Pesquisa em Administração: Origens, Usos e Variantes do Método Fenomenológico

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1 Pesquisa em Administração: Origens, Usos e Variantes do Método Fenomenológico Autoria: Daniel Augusto Moreira Resumo Embora exista uma certa tendência crescente do uso do método fenomenológico na pesquisa em administração de empresas, alguns fatores ainda continuam confundindo os pesquisadores e inibindo uma utilização mais intensa. Entre tais fatores, conta-se o uso do adjetivo fenomenológico : com freqüência, ele é usado apenas para indicar um tipo de dado ou resultado supostamente mais verdadeiro ou mais profundo, isto é, além de um primeiro contato superficial. Outro fator reside no fato de que, mesmo quando se faz referência a um certo método fenomenológico, raramente fica claro qual é a moldura conceitual na qual se baseia a pesquisa. Fala-se então de método fenomenológico num sentido excessivamente vago. Além disso, é preciso lembrar que o método fenomenológico nasceu no contexto da especulação filosófica, e sua transposição para o contexto da pesquisa empírica forçosamente cria problemas a superar. Por último, existe pouca ou nenhuma divulgação de variantes do método que possam ser aplicadas na pesquisa em administração. O objetivo do presente trabalho é o de analisar tais problemas e cobrir as lacunas apontadas, apresentando o método fenomenológico em suas origens na filosofia, apontando as adaptações para seu uso na pesquisa empírica, e estudando três de suas variantes que podem ser úteis na pesquisa em administração. 1. Introdução, Objetivos e Justificativas Embora o interesse pelas metodologias qualitativas de pesquisa tenha crescido nos últimos anos, ainda persiste um relativo desconhecimento em relação a muitas de suas características, possibilidades e limitações (Cassell e Symon, 1994). Dentre as metodologias menos compreendidas encontra-se sem dúvida o método fenomenológico. Porque existe tal dificuldade de compreensão do método? Existe mais de um motivo, sem dúvida. Parte da falta de familiaridade com relação ao método fenomenológico reside no fato de que o adjetivo fenomenológico tem sido usado em diferentes sentidos na pesquisa em administração, muitos dos quais referenciados não a um método mas sim a um mero ponto de vista. Assim, temos resultados ou dados fenomenológicos, obtidos através do método da análise de conteúdo (Mick e DeMoss, 1990; Rudmin, 1994)); perspectiva ou abordagem fenomenológica, obtida ou não através de entrevistas (Kliot, 1987; Spivey et al., 1997; Swinder e Troccchia, 2001); entrevista fenomenológica (Stern, Thompson e Arnould, 1998); clarificação fenomenológica (Schipper, 1999); grupo de foco fenomenológico (Durgee, 1987); investigação fenomenológica, usando vídeo tapes de julgamentos criminais (Lanzara e Patriotta, 2001), entre muitos outros exemplos. Em todos esses casos, não se trata do método fenomenológico como tal: os autores, ao usar o adjetivo fenomenológico, estão simplesmente se referindo ao fato de que os dados ou resultados obtidos são supostamente reais, profundos e espelham o melhor possível o fenômeno em estudo. Trata-se de ir até o fundo das coisas, até às coisas mesmas, um lema clássico da fenomenologia. Em outras oportunidades, os pesquisadores usam alguma variante não especificada do método fenomenológico, com pouca ou nenhuma justificativa teórica ou quadro conceitual (por exemplo Watson, 1998; Worthen e McNeill, 1996; Gentry et al., 1995; Brown e Campion, 1994; Helgeson, 1994). Apenas raramente é feita referência explícita a uma moldura conceitual ou a uma variante específica do método fenomenológico (por exemplo, Chikudate, 2000; Mills e Daniluk, 2002). 1

2 Por outro lado, o método não nasceu originalmente na pesquisa empírica, mas sim no campo da especulação filosófica, o que traz alguns problemas práticos de transposição de conceitos. Finalmente, faz falta, para os pesquisadores, a divulgação de algumas variantes do método fenomenológico já populares em outras disciplinas. Desta forma, justifica-se qualquer tentativa de clarificar adequadamente o método fenomenológico, em suas raízes, aplicações, limitações e variantes, sendo este o objetivo geral do presente estudo. Mais especificamente, serão retomados os conceitos de fenômeno e fenomenologia; restauradas as raízes do método fenomenológico na filosofia, onde nasceu e de onde se transportou para a pesquisa empírica; analisadas suas características como método na filosofia; debatidos os esforços de transposição para a pesquisa em ciências humanas e sociais; apresentadas algumas poucas variantes do método dentro da pesquisa empírica e, finalmente, discutidas a validade interna e externa do método fenomenológico. 2. Conceito Preliminar de Fenomenologia A fenomenologia é um dos movimentos filosóficos mais importantes e fascinantes do século XX. O método de investigação crítico, rigoroso e sistemático da fenomenologia tem paulatinamente ganhado reconhecimento como uma abordagem à pesquisa qualitativa, aplicável ao estudo dos fenômenos importantes em vários campos da administração de empresas, incluindo marketing, recursos humanos, desenvolvimento organizacional, pesquisa de gerência, etc. Em qualquer momento em que se queira dar destaque à experiência de vida das pessoas, o método de pesquisa fenomenológico pode ser adequado. Não obstante, para os pesquisadores, o método fenomenológico continua a ser relativamente desconhecido e pouco divulgado nos manuais tradicionais de pesquisa. Giorgi (1985) argumenta que um dos problemas mais difíceis com o pensamento fenomenológico é a sua comunicação, pois ele, além de intrinsecamente difícil (já que vai contra a tendência natural da consciência de dirigir-se às coisas ao invés de seus processos), baseia-se no trabalho de E. Husserl, o qual continuou em evolução por toda sua vida, as mesmas idéias sofrendo alterações ao longo dos trabalhos publicados, tornando difícil um quadro seguro dessas idéias. Adicionalmente, os discípulos de Husserl desenvolveram interpretações variadas da fenomenologia. É muito mais comum a diferença de critérios que a sua coincidência Conceito de fenômeno Como movimento filosófico, e com o sentido e as ramificações que ostenta até o presente, a fenomenologia nasce ao início do século, com a obra Investigações Lógicas, de Edmund Husserl ( ). Esse livro foi publicado originalmente em dois volumes, o primeiro em 1900 e o segundo em Para Husserl, a fenomenologia era uma forma totalmente nova de fazer filosofia, deixando de lado especulações metafísicas abstratas e entrando em contato com as "próprias coisas, dando destaque à experiência vivida. A Filosofia devia construir-se (ou reconstruir-se) através da fenomenologia, como uma ciência rigorosa, que desse apoio a todas as ciências positivas, assim entendidas de forma geral as ciências físicas e naturais. A fenomenologia deveria proporcionar um método filosófico que fosse livre por completo de todas as pressuposições que pudesse ter aquele que refletisse; a fenomenologia descreveria os fenômenos enfocando exclusivamente a eles, deixando de lado quaisquer questões sobre suas origens causais e sua natureza fora do próprio ato da consciência. Desta forma, a fenomenologia não irá pressupor nada, nem o senso comum, nem o mundo natural, nem as descobertas e as teorias da ciência. A fenomenologia ficará postada antes de qualquer crença e de qualquer juízo, para explorar simplesmente o fenômeno tal como é dado à consciência. A palavra fenomenologia deriva de duas outras palavras de raiz grega: phainomenon (aquilo que se mostra a partir de si mesmo) e logos (ciência ou estudo). Portanto, etimologicamente, a fenomenologia é o estudo ou a ciência do fenômeno, sendo que por 2

3 fenômeno, no seu sentido mais genérico, entende-se tudo o que aparece, que se manifesta ou se revela por si mesmo. O conceito de fenômeno representa, a nosso ver, a primeira grande dificuldade no estudo da fenomenologia. Isto se deve em parte ao fato de que a palavra tem mais de um sentido: o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (1) lista dez sentidos diferentes para a palavra, sendo que apenas um deles diz respeito à fenomenologia no sentido que lhe dá Edmund Husserl; mesmo assim, trata-se de uma "definição de dicionário", que necessita elaboração posterior. Vejamos inicialmente os conceitos de fenômeno, mais comuns, que apesar de não interessarem à fenomenologia, irão nos ajudar a ressaltar o objeto de estudo desta. Em primeiro lugar, fenômeno indica "qualquer modificação operada nos corpos pela ação dos agentes físicos ou químicos". Esta é talvez a noção mais encontradiça, sedimentada pelos cursos de química, física e ciências naturais do primeiro ou segundo grau. Outro sentido de fenômeno, que adiciona à generalidade sem esclarecer muita coisa, é "qualquer fato de natureza moral ou social". De várias formas, também, o sentido de fenômeno é ligado a eventos ou coisas "incomuns" ou "extraordinárias", como na frase "Mozart foi um fenômeno da música", etc. É preciso acrescentar que a palavra fenômeno pode também remeter a eventos de uma natureza particular e distinguível, como em "fenômeno físico" ou "fenômeno de massa", "fenômeno natural", etc. Sem dúvida, um dos sentidos listados pelo Dicionário Aurélio aproxima-se do que nos interessa, ou seja, fenômeno é tudo "o que se manifesta à consciência". Entretanto, é ainda muito impreciso para ser útil. Rotineiramente, embora nem sempre, entende-se por percepção o método complexo de obter informação acerca do mundo que nos rodeia, especificamente através dos nossos sentidos, e apreendendo essa informação na consciência. Em outras palavras, a percepção (nos seres humanos) indica o processo pelo qual a estimulação sensorial é transformada em experiência organizada. Dado qualquer objeto no mundo ao nosso redor, objeto esse que nós percebemos através dos sentidos, fenômeno é a percepção desse objeto que se torna visível à nossa consciência. Husserl propõe a volta às coisas mesmas, interessando-se pelo puro fenômeno tal como se torna presente e se mostra à consciência. A apreensão, análise e descrição do fenômeno que assim se dá à nossa consciência é o objeto primário da fenomenologia. Nas palavras de Moustakas (1994): O que aparece na consciência é o fenômeno. (Fenômeno) significa trazer à luz, colocar sob iluminação, mostrar-se a si mesmo em si mesmo, a totalidade do que se mostra diante de nós... Assim, a máxima da fenomenologia: a volta às próprias coisas. Num sentido amplo, aquilo que aparece provê o ímpeto para a experiência e para a geração de novo conhecimento. Os fenômenos são os blocos básicos da ciência humana e a base para todo o conhecimento. Qualquer fenômeno representa um ponto de partida desejável para uma investigação. O que é dado em nossa percepção de uma coisa é sua aparência, e esta não é uma ilusão vazia. Serve como o começo essencial de uma ciência que busca determinações válidas que são abertas à verificação de qualquer um. (Moustakas, 1994, p. 26) Além da aparência das coisas físicas na consciência, também a aparência de algo intuído, de algo julgado, de algo imaginado, de algo fantasiado, de algo desejado, de algo temido, etc., também são fenômenos. Seguindo pois a explanação de Husserl que vimos acima, o fenômeno inclui todas as formas de estar consciente de algo, aí incluídos sentimentos, pensamentos, desejos e vontades. 3. Início e Variantes do Movimento Fenomenológico Há cinco tendências filosóficas dominantes e sucessivas (às vezes superpostas) na fenomenologia do século XX, segundo Lester Embree (2), e que são as seguintes: I. Fenomenologia descritiva O movimento fenomenológico começa com Edmund Husserl - com a obra Investigações Lógicas - original alemão de 1900/1901. Por causa da sua abordagem reflexiva, evidencial e descritiva tanto dos encontros como dos objetos como encontrados, 3

4 este começo da fenomenologia é às vezes chamado de fenomenologia descritiva. A fenomenologia descritiva é o tronco, mas existem quatro grandes ramos na árvore da fenomenologia, fora outros ramos menores. II. Fenomenologia realista Enfatiza a busca pelas essências universais de vários tipos de assuntos, incluindo as ações humanas, os motivos e os selfs. Além disso, vários estudiosos foram acrescentando temáticas à agenda fenomenológica: filosofia da lei, ética, teoria do valor, religião, antropologia filosófica, filosofia das ciências humanas, estética, arquitetura, música, filmes, literatura. Essa tendência começou a florescer na Alemanha durante a década de 20, mas continua até hoje. III. Fenomenologia constitutiva O texto básico é a obra Idéias Relativas a uma Fenomenologia Pura e a uma Filosofia Fenomenológica - original alemão de Husserl de Este trabalho incorpora no escopo da fenomenologia a filosofia das ciências naturais. IV. Fenomenologia existencial Originada pelo trabalho de Martin Heidegger Sein und Zeit (Ser e Tempo) de 1927, embora não fosse essa a intenção do autor. Esse movimento teve lugar principalmente na França, com Emmanuel Levinas, Gabriel Marcel, Simone de Beauvoir, Maurice Merleau- Ponty e Jean Paul Sartre. V. Fenomenologia hermenêutica Deriva também do método lançado em Sein und Zeit, de Heidegger, segundo o qual a existência humana é interpretativa. A fenomenologia hermenêutica manifesta-se primeiro com Hans Georg Gadamer (Platon dialektische Ethik, 1931 e Wahrheit und Methode, 1960). Uma importante observação: todas as vertentes tem sua influência na pesquisa empírica nas ciências humanas e sociais, aí incluídas as disciplinas aplicadas como administração, educação, serviço social, etc. Essa influência se dá sob dois grandes rótulos. De um lado, temos a fenomenologia propriamente dita, que adota a agenda da fenomenologia descritiva. Quando se fala simplesmente em método fenomenológico, é a essa grande corrente metodológica que estamos geralmente nos referindo. Do outro lado, temos a fenomenologia hermenêutica, que se constitui em outra grande corrente metodológica na pesquisa empírica, sob a influência do trabalho de Martin Heidegger, notadamente Ser e Tempo. Muito mais raramente (ao menos no campo de administração de empresas) aparecem trabalhos sob o rótulo de fenomenologia existencial, realista ou constitutiva. 4. Conceitos Indispensáveis à Compreensão da Fenomenologia É o momento agora de discorrermos brevemente sobre alguns poucos conceitos que nos permitirão consolidar melhor o que foi dito acerca da fenomenologia Essência Como vimos, o programa da fenomenologia a concebia como uma ciência de rigor, uma ciência das essências. A fenomenologia seria uma ciência que partiria "do zero", sem pressuposições. O único ponto de partida admissível seria a experiência comum, partindo-se dos processos comuns de pensamento e da linguagem comum, sem o auxílio de quaisquer teorias científicas ou filosóficas. A fenomenologia deveria retornar ao que é diretamente dado, e na forma em que é dado, através de intuições que se autovalidem. O foco da fenomenologia está no que é dado na intuição apenas, sem o apoio de qualquer outro tipo de conhecimento. Husserl segue o princípio dos princípios, segundo o qual o conhecimento dado originalmente na intuição é conhecimento verdadeiro, e deve ser aceito como se apresenta. A fenomenologia, pois, será uma ciência de essências puras, abstraindo de todas as características fatuais de nossa experiência. As essências referem-se ao sentido ideal ou verdadeiro de alguma coisa, dando um entendimento comum ao fenômeno sob investigação. Emergindo tanto isoladamente como em relação umas com as outras, as essências são 4

5 unidades de sentido vistas por diferentes indivíduos nos mesmos atos ou pelo mesmo indivíduo em diferentes atos. As essências representam as unidades básicas de entendimento comum de qualquer fenômeno, aquilo sem o que o próprio fenômeno não pode ser pensado Mundo natural e atitude natural A concepção do senso comum é chamada por Husserl de atitude natural. Na atitude natural a consciência (ingênua) vê os objetos como sendo exteriores e reais. À atitude natural Husserl opõe a atitude fenomenológica, segundo a qual o mundo é simplesmente o que ele é para a consciência, ou seja, fenômeno. A atitude fenomenológica não nega o mundo, apenas não se preocupa com que ele seja real ou não Redução fenomenológica e redução eidética Uma das noções centrais da fenomenologia de Husserl e também uma das mais controvertidas - é a redução fenomenológica, necessária segundo Husserl para que se consiga atingir a atitude filosófica ou fenomenológica. É comum distinguir-se dois tipos de redução, que irão depois compor no método fenomenológico em pesquisa. São eles: a redução fenomenológica (ou transcendental) e a redução eidética. Redução fenomenológica A redução fenomenológica ou transcendental é também chamada de epoqué, palavra que significava suspensão do julgamento na filosofia grega. A redução fenomenológica ou epoqué é o método básico da investigação fenomenológica, tal como Husserl o desenvolveu, tendo trabalhado nele durante toda sua carreira. Na redução fenomenológica, suspendemos nossas crenças na tradição e nas ciências, com tudo que possam ter de importante ou desafiador: são colocados entre parêntesis, juntamente com quaisquer opiniões, e também todas as crenças acerca da existência externa dos objetos da consciência. Trata-se pois de uma atitude radical: a da suspensão do mundo natural. O mundo natural não fica negado, nem se duvida de sua existência. A redução fenomenológica não se compara nem com a dúvida cartesiana, nem com a negação da realidade. Redução eidética A redução eidética é a forma pela qual nos movemos da consciência de objetos individuais e concretos para o domínio transempírico das essências puras, atingindo a intuição do eidos (a palavra eidos significa forma em grego) de uma coisa, ou seja, do que existe em sua estrutura essencial e invariável, separado de tudo que lhe é contingente ou acidental (Sokolowski, 2000). Para atingir a essência, a redução eidética usa o chamado método da variação livre. Começa-se sempre com um objeto concreto, o qual é variado imaginativamente em diferentes aspectos. As limitações dessas variações são o efetivamente dado, e o próprio eidos, a própria essência. As séries de variações se superpõem e o aspecto no qual se superpõem é a essência. Para atingir as essências torna-se necessário depurar o fenômeno de tudo que não seja essencial, ou seja, é preciso promover a redução eidética. A essência se definirá pela análise mental como uma consciência da impossibilidade, ou seja, como aquilo que é impossível à consciência pensar de outro modo, ou então, como aquilo sem o que a coisa ou o fenômeno são impensáveis. 5. O Método Fenomenológico na Filosofia O Dicionário de Filosofia de Niccola Abbagnano (Abbagnano, 1998) traz para a palavra método dois significados. No seu primeiro sentido, a palavra indica a mesma coisa que doutrina, enquanto que no segundo, mais restrito, indica "um procedimento de investigação organizado, repetível e autocorrigível, que garanta a obtenção de resultados válidos" (pág. 668). No presente contexto, a palavra doutrina significa simplesmente um conjunto de princípios que serve de base a um determinado sistema filosófico, no caso a 5

6 fenomenologia. No seu primeiro sentido, pois, método fenomenológico é o conjunto de princípios que dá fundamento à fenomenologia. Enquanto praticado ou defendido no âmbito dos estudos filosóficos, o método fenomenológico apresenta-se mais como doutrina do que como seqüência de procedimentos de trabalho de investigação; não obstante, seu sentido permanece um tanto ou quanto amplo, flutuando por vezes entre uma e outra interpretação. Entre todos os interessados na fenomenologia - críticos, estudiosos, comentaristas e fenomenólogos - talvez a mais completa abordagem sobre o método fenomenológico tenha sido desenvolvida pelo notável historiador da fenomenologia, Herbert Spiegelberg. Na tentativa de dar um fecho condizente com a grandeza de sua obra maior (The Phenomenological Movement), Spiegelberg (1971) começa por reconhecer que a fenomenologia mostra muitas diferenças em suas manifestações, além de ter sido usada em projetos de estudo muito divergentes, o que Spiegelberg mostra com clareza, estudando autores como Husserl, Heidegger, Merleau-Ponty, Sartre, Gabriel Marcel, Paul Ricoeur, Brentano, Stumpf e outros. Como separar então uma fenomenologia, a partir de tantas fenomenologias? Apesar de tantas diferenças, o que há de mais característico na fenomenologia é o seu método, com o que concorda a maioria dos fenomenólogos. Spiegelberg (1971) procura então agrupar o que considera como sendo caracteristicamente o método fenomenológico, em alguns passos supostamente seqüenciais. Em cada um desses passos, existe um procedimento e um resultado específicos. Em nenhum momento, porém, Spiegelberg (1971) sugere a aplicação desses passos na pesquisa empírica; aparentemente, eles servem para se levar a cabo estudos filosóficos com base nos pressupostos da fenomenologia. Para Spiegelberg, os passos do método fenomenológico praticamente aceitos de forma unânime por todos quantos trabalham com fenomenologia são os seguintes: I. Investigação de fenômenos particulares; II. Investigação de essências gerais; III. Apreensão de relações fundamentais entre as essências. Vejamos uma breve explanação sobre cada um desses passos. Investigação de fenômenos particulares Este passo consiste na verdade em três operações distintas, às vezes de difícil separação: a percepção intuitiva do fenômeno, seu exame analítico e sua descrição. A percepção intuitiva requer uma grande concentração sobre o objeto intuído, sem perder no entanto a capacidade crítica. É uma operação de ensinamento difícil, pois não tem regras precisas. Por ser a operação intermediária, é difícil distinguir a análise fenomenológica tanto da percepção intuitiva do fenômeno como da sua descrição. A análise fenomenológica procura identificar os elementos e as estruturas dos fenômenos obtidos por meio da intuição. Busca distinguir os constituintes do fenômeno, bem como explorar suas relações e conexões com fenômenos adjacentes. Spiegelberg (1971) recomenda que a descrição fenomenológica realmente se siga às etapas da intuição e da análise do fenômeno, pois a descrição é predicação, mas esta pressupõe a experiência pré predicativa. Investigação de essências gerais Para que haja a intuição de essências, deve haver antes a intuição de particulares, seja através da percepção, da imaginação, ou da combinação de ambas. Esses particulares devem ser encarados como exemplos da essência geral, que é então o universal. As essências são concebidas como algo que está nos particulares, e no entanto difere deles. A operação pela qual prosseguimos do particular para o universal é chamada de ideação. A ideação deve ser seguida pelas mesmas operações de análise e descrição que são cumpridas no caso de fenômenos particulares. Apreensão de relações fundamentais entre as essências 6

7 O estudo fenomenológico das essências inclui a descoberta de relações ou conexões básicas entre essas essências. O que pretendemos é descobrir se os componentes são ou não necessários para que a essência continue a ser o que é, ou se apenas são compatíveis com ela. Para responder a essa questão, é necessária uma operação chamada variação imaginativa livre, a qual envolve tanto abandonar alguns componentes totalmente, como substituí-los por outros. A omissão ou substituição poderá levar desde a uma situação onde a estrutura não é afetada (o componente não toma parte na essência) até o ponto em que a omissão ou substituição destrói completamente a essência, ou seja, o componente é parte obrigatória da essência. 6. Transporte da Fenomenologia para o Domínio da Pesquisa Como passar de um método filosófico para um método empírico? O método fenomenológico da filosofia é um método pessoal, onde o dado é dado à pessoa que o apreende. O fenomenólogo deve se libertar de teorias, pressuposições ou hipóteses explicativas. A apreensão do fenômeno deve dar-se em primeira mão. No entanto, na pesquisa empírica, ao menos na rotina dos casos, quem vive a experiência não é o pesquisador, mas sim o sujeito da pesquisa. Qualquer que seja o procedimento que irá resultar na coleta dos dados referentes à experiência vivida, o pesquisador deve obtê-los - ou pelo menos a uma grande parte deles - de segunda mão, por alguma forma de relato do sujeito da pesquisa. Ou falando, numa entrevista, ou escrevendo de próprio punho. O primeiro a usar o método fenomenológico - ou pelo menos algo próximo ao método fenomenológico - foi Karl Jaspers, na sua obra Psicopatologia Geral (original alemão de 1913). Essa abertura foi, provavelmente, a primeira de todas que iriam se seguir, consolidando ao longo das décadas seguintes o método fenomenológico como ferramenta de pesquisa qualitativa. O primeiro capítulo da Psicopatologia Geral (no original em alemão) chama-se Os Fenômenos Subjetivos da Vida Abnormal da Psique, tendo entre parênteses o título alternativo de Fenomenologia. Jaspers reconhecia que o material indireto fornecido pelas descrições dos pacientes devia ser interpretado pelo psiquiatra em analogia com seus próprios meios de experienciar. Essa interpretação haveria de basear-se nos procedimentos seguintes, que o psiquiatra deveria seguir: a) imersão no comportamento e nos movimentos expressivos do paciente; b) exploração ou questionamento, levado a cabo pelo psiquiatra, resultando em informação fornecida pelos pacientes acerca de si próprios; c) relatos espontâneos dos pacientes, por escrito. Como se verá posteriormente, há muita semelhança entre o método fenomenológico (ou, melhor dizendo, com as muitas variantes do método fenomenológico) tal como praticado hoje na pesquisa empírica, e a metodologia sugerida por Karl Jaspers ao início do século. Em particular, a fonte básica de informações, isto é, as descrições dos fenômenos, ainda é freqüentemente representada pelos relatos dos sujeitos (co-pesquisadores ou participantes, numa linguagem mais atual). O fato de que o método fenomenológico (aqui também consideradas suas variantes) tenha tido sucesso na sua transposição da filosofia para a pesquisa, não significa que esteja anulado o problema de passar do método filosófico para o empírico. Existe um sentido no qual não podemos conhecer o que outra pessoa está conhecendo. Só saberemos se a pessoa em questão nos contar. Não temos acesso aos conteúdos de outras mentes Características do método fenomenológico aplicado à pesquisa empírica A passagem direta de um método, da filosofia para a pesquisa empírica, por se tratarem de campos de reflexão tão diferentes, não poderá e não deverá dar-se de forma simples, sem concessões e adaptações. Na passagem, pois, algumas questões devem ser colocadas e - tanto quanto possível - respondidas. Consideraremos aqui apenas duas dessas questões. 7

8 A primeira delas refere-se ao tipo de situações de pesquisa onde o método fenomenológico é apropriado. A segunda importantíssima - questão diz respeito aos elementos do método fenomenológico original (Spiegelberg, 1971), que se conservam quando se transpõe o contexto do estudo, da filosofia para a pesquisa empírica. Passemos a cuidar mais detalhadamente de cada uma das grandes questões colocadas acima. Em que tipo de situações se usa o método fenomenológico O método fenomenológico pesquisa fenômenos subjetivos na crença que verdades essenciais acerca da realidade são baseadas na experiência vivida. É importante a experiência tal como se apresenta, e não o que possamos pensar, ler ou dizer acerca dela. O que interessa é a experiência vivida no mundo do dia a dia da pessoa. Streubert e Carpenter (1995) argumentam que o pesquisador pode perguntar-se 3 questões, cujas respostas positivas podem auxiliá-lo a decidir se o método fenomenológico é ou não o mais apropriado: a) Existe uma necessidade de maior clareza no fenômeno selecionado? Talvez exista pouca coisa publicada, ou o que exista precise ser descrito em maior profundidade. b) Será que a experiência vivida compartilhada é a melhor fonte de dados para o fenômeno de interesse? Desde que o método básico de coleta é a voz da pessoa que vive um dado fenômeno, o pesquisador deve determinar se esta abordagem lhe dará os dados mais ricos e mais descritivos. c) Em terceiro lugar, o pesquisador deve considerar os recursos disponíveis, o tempo para o término da pesquisa, a audiência a quem a pesquisa será apresentada, e o próprio estilo pessoal do pesquisador e sua habilidade para se engajar em um método de forma rigorosa. A utilização ou não do método fenomenológico irá, pois, nascer de uma investigação prévia sobre o objeto de estudo e as pretensões do pesquisador quanto ao tipo de informação que mais lhe interessa. Para resumir, em geral os tópicos apropriados ao método fenomenológico incluem aqueles que são centrais à experiência de vida de seres humanos: alegria ou medo, estar presente, estar envolvido, ser um gerente ou um líder, ou o sentido de algum tipo de experiência para pessoas num dado ambiente (pessoas numa instituição, por exemplo). Na área médica e de enfermagem, são adequados entre outros os tópicos: o sentido da dor, qualidade de vida vivendo-se com uma particular doença crônica, ou a perda de uma parte do corpo, etc. Quais elementos do método fenomenológico (na filosofia) sofrem adaptações no contexto da pesquisa empírica? Sempre é bom lembrar que Husserl nunca se propôs a desenvolver um método de realizar pesquisa empírica. A mera transposição do método fenomenológico para o contexto empírico, pois, não poderia fazer-se sem adaptações e concessões de rigor. Além disso, conceitos fundamentais no método fenomenológico enquanto no patamar filosófico poderiam perder sentido, ou mais propriamente, poder explicativo, quando se tratasse do referencial empírico. O assunto é por demais complexo e se constitui no ponto cego que existe ao se tentar fazer comunicar os dois domínios, o filosófico e o empírico. De forma quase unânime, o método fenomenológico (quando realmente esta designação é apropriada) aplicado à pesquisa (ou suas variantes, como se verá logo mais a seguir) tem como componentes básicos as duas reduções, e freqüentemente culmina com a descoberta das essências relacionadas ao fenômeno estudado. Podemos particularizar então a questão de abertura quais elementos do método fenomenológico sofrem adaptações para como são levadas a efeito as reduções na pesquisa empírica e como transpor uma atividade fundamentalmente reflexiva a variação imaginativa livre necessária à obtenção das essências, para o contexto empírico? 8

9 À primeira vista, pode surpreender a constatação de algumas das variantes do método fenomenológico talvez a maioria delas - sequer fazem menção à redução fenomenológica (já ressaltamos seu caráter polêmico), embora, de alguma forma, a busca de essências sempre se faça presente. Das variantes que estaremos apresentando na próxima seção, os métodos de van Kaam (1959) e Colaizzi (1978) não fazem referência direta à epoqué, enquanto que o método de Sanders (1982) menciona que o pesquisador deve desfazer-se de idéias pré concebidas sobre o fenômeno em estudo. Entre algumas variantes que não estaremos apresentando neste trabalho, o método de Paterson e Zderad (1976) não se refere à epoqué, enquanto o método de Streubert (1991) prescreve que o pesquisador deve colocar entre parêntesis todas as suas pressuposições. O método de van Manen (1984) não determina que o pesquisador pratique a epoqué, mas sim que tome ciência de seus pressupostos básicos e suas idéias prévias. Como se observa, pois, a epoqué nem de longe é uma unanimidade entre os pesquisadores. 7. Algumas Variantes do Método Fenomenológico na Pesquisa Empírica Ao se transpor o fosso entre a filosofia e a prática da pesquisa, será normal o aparecimento de muitas variantes do método fenomenológico. Não obstante, não existe uma variante que possa ser apontada inequivocamente como o representante básico desta ferramenta na pesquisa empírica. Não é difícil apontar van Kaan (1959) como o primeiro autor reconhecido como proponente de um método fenomenológico para a pesquisa empírica; outros métodos tornaram-se conhecidos, como o de Giorgi (1985) ou o de Colaizzi (1978), mas existe um grande número de proposições menos adotadas e menos conhecidas. Devemos reconhecer que existem facetas comuns a todas as variantes - o que seria de esperar, dadas as suas raízes comuns e a moldura operacional que circunscreve qualquer metodologia de coleta e análise de dados em pesquisa envolvendo seres humanos. Particularmente, há bastante semelhança na estratégia de coleta de dados e na apresentação dos resultados da pesquisa fenomenológica, qualquer que seja o particular autor que o investigador resolva privilegiar como quadro teórico metodológico. No método fenomenológico, as principais estratégias de coleta de dados são: a) entrevista: os participantes descrevem verbalmente suas experiências de um fenômeno; b) descrição escrita de experiências pelo próprio participante; c) relatos autobiográficos, em forma escrita ou oral; d) observação participante: aqui, o pesquisador parte das observações do comportamento verbal e não verbal dos participantes, de seu meio ambiente, das anotações que ele mesmo fez quando no campo, de áudio e vídeo tapes disponíveis, etc.. De longe, a mais utilizada dessas estratégias é a entrevista oral, geralmente aberta, com poucos participantes - 1 a 10, geralmente, raramente mais que esse número, com a mediana por volta de 6 a 8 participantes. Por outro lado, observa-se que os resultados da pesquisa fenomenológica são invariavelmente descritos a partir da orientação dos participantes, ao invés de serem codificados em linguagem cientifica ou teórica. Usa-se as palavras reais dos participantes para ajudar na descrição. O pesquisador identifica temas ou essências nos dados; a partir dos temas é desenvolvida uma explicação estrutural Método fenomenológico de van Kaam (1959) No método proposto por van Kaam aparece inicialmente a palavra expressão que pode ser melhor entendida como frase" ou pensamento, enquanto que as palavras momento da experiência, também de van Kaam, são equivalentes a qualquer frase ou conjunto de frases que tenha (m) um sentido bem definido. Esses momentos da experiência, com sentido próprio quando retirados do seu contexto, são chamados de constituintes ou constituintes descritivos. Os constituintes relevantes comuns às diversas experiências (ou 9

10 seja, constantes no relato dos diferentes participantes) recebem um rótulo comum (em outras palavras, são os temas ou essências encontrados para o fenômeno). O método, apresentado abaixo, tem cinco passos bem definidos: I. Obter um núcleo de experiências comuns; II. Listar e preparar um agrupamento preliminar rudimentar de cada expressão apresentada pelos participantes; III. Redução e eliminação de constituintes não essenciais; IV. Tentativamente, identificar os constituintes descritivos. Todos os constituintes relevantes comuns são juntados em um núcleo que é rotulado de forma mais abstrata que expresse o tema comum; V. Finalmente, identificar os constituintes descritivos por aplicação. Esta operação consiste em avaliar os constituintes identificados tentativamente contra casos aleatórios da amostra, principalmente verificando se eles estão expressos explicita ou implicitamente em algumas ou na maioria das descrições. Como se observa, o método (em que pese a terminologia um tanto quanto diferente da que estamos usando) centra os detalhes na determinação das essências do fenômeno (experiência) em estudo; a determinação das essências é descrita no Passo IV, e o teste de sua adequação é descrito no Passo V. Reparar, como foi dito em outra oportunidade, que o método não menciona a epoqué Método fenomenológico de Colaizzi (1978) O método de Colaizzi supõe que as descrições das experiências vividas dos participantes já foram coletadas e transpostas na forma escrita. O autor adverte que os passos seguintes (sete ao todo) devem ser vistos como típicos, mas não definitivos. Como os passos costumam na prática se sobrepor, eles e a sua seqüência devem ser vistos de forma flexível e livre pelo pesquisador, dependendo da circunstância com que ele se aproxima do fenômeno em estudo. Os passos e sua seqüência são: I. Leia todas as descrições dos participantes, convencionalmente chamadas de protocolos, de forma a adquirir uma visão geral; II. Retorne a cada protocolo e extraia deles frases ou sentenças que digam respeito diretamente ao fenômeno investigado; isso é conhecido como extração de assertivas significativas ; III. Tente colocar em palavras o sentido de cada assertiva significativa. Esta etapa é conhecida como formulação de sentidos. (Colaizzi adverte que este passo encerra um momento criativo, pois o pesquisador deve passar daquilo que os participantes dizem para aquilo que isso significa.); IV. Repita o procedimento acima para cada protocolo, e organize os sentidos formulados em conjuntos de temas. Em seguida, teste estes conjuntos de temas contra os protocolos originais de forma a validá-los. Isto é atingido perguntando-se se existe algo nos protocolos originais que não é levado em conta nos conjuntos de temas, e também se estes propõem algo que não esteja nos protocolos; V. Todos os resultados obtidos até agora são integrados em uma descrição exaustiva do tópico investigado; VI. Um esforço é feito para formular a descrição exaustiva do fenômeno investigado em uma declaração de sua estrutura, de forma a mais inequívoca possível; VII. Um passo final de validação pode ser obtido retornando-se a cada participante e, ou numa entrevista simples ou numa série de entrevistas, perguntando-lhe sobre a adequação dos resultados obtidos. A grande popularidade do método de Colaizzi deve-se, sem dúvida, à clareza com que é formulado. Novamente, não há referências à epoqué Método fenomenológico de Sanders (1982) Para Sanders, existem três componentes fundamentais naquilo que chama de estrutura fenomenológica de pesquisa : a) Determinação dos limites do que e quem deve ser investigado; b) Coleta de dados; c) Análise fenomenológica dos dados. Vejamos com alguns detalhes cada um desses componentes. I. Determinação dos limites Sanders sugere que os assuntos que não se prestam à quantificação são os candidatos naturais à abordagem fenomenológica. Quanto ao quem, são exatamente aquelas pessoas 10

11 que possuem as características sob observação ou aquelas que podem fornecer informações confiáveis sobre o fenômeno sendo investigado. Alerta para uma importante regra para o pesquisador: mais participantes não necessariamente darão mais informação. Quantidade não pode ser confundida com qualidade. O pesquisador deve aprender a trabalhar em profundidade com um pequeno número de participantes da pesquisa. Sanders sugere que informação suficiente pode ser conseguida a partir de aproximadamente três a seis participantes. Outra regra vital é a de que não se deve fazer quaisquer generalizações além do grupo sob estudo. II. Coleta de dados Uma vez definido o assunto (fenômeno) a ser investigado e identificados os participantes, segue-se a coleta de dados, para a qual Sanders admite as seguintes possibilidades: entrevistas em profundidade com os participantes, gravadas em áudio e transcritas posteriormente; estudo documental efetuado sobre material escrito dos participantes; técnicas de observação participante. III. Análise fenomenológica dos dados O último passo é a análise do conteúdo das transcrições. A análise fenomenológica é efetuada nas seguintes etapas (3): A. Descrição do fenômeno tal como revelado nas transcrições das entrevistas. As transcrições identificam e descrevem as qualidades da experiência e consciência humana que dão à pessoa sendo estudada a sua identidade própria. (Sanders, 1982, página 357); B. Esta é a etapa de identificação de temas ou invariantes que emergem das descrições. Os temas referem-se a comunalidades que aparecem dentro e entre as descrições. O que identifica um tema é a sua importância e centralidade, e não a freqüência com que ocorre; C. Finalmente, o pesquisador junta os temas em conjuntos de essências que caracterizam a estrutura do fenômeno.embora a seqüência proposta por Sanders não se refira diretamente à epoqué, a consideração de que o pesquisador deve abstrair-se de pressuposições e idéias pré existentes sobre o fenômeno fazem parte das recomendações iniciais do trabalho da autora. 8. Conclusão e Questão Final: É Científico o Método Fenomenológico? O que se pretendeu com este trabalho foi fundamentalmente uma clarificação da natureza do método fenomenológico, de seus usos e de suas limitações. Nosso propósito é o de oferecer ao pesquisador um rápido quadro de referência, para que a utilização do método possa fazer-se com mais segurança e propriedade. Não obstante, uma última questão se impõe. Ao término de qualquer curso que tenhamos desenvolvido sobre o método fenomenológico, nestes últimos anos, infelizmente sobra uma grande questão, por vezes um tanto frustrante, já que, durante todo o tempo, estávamos tentando respondê-la, ainda que de forma indireta. Depois de tudo, a dúvida continua sendo: afinal de contas, o método fenomenológico é científico ou não? Repensada a questão, é mais conveniente precisar o que se entende por conhecimento científico ou verdadeiramente científico. Na maioria das vezes, considera-se científico o conhecimento de conceitos e leis que permitam explicar e prever os fenômenos com a máxima exatidão possível, de forma independente do maior número possível de fatores. Fica imediatamente claro que, para explicar e prever o fenômeno a que se refere, o conhecimento adquirido por um método qualquer precisa ser verdadeiro, isto é, deve pelo menos ser aplicável à amostra a partir da qual foi adquirido. Chama-se de validade interna de um método a sua capacidade de fornecer informações verdadeiras. Temos mais: para que o conhecimento possa ser considerado científico, ele deve aplicar-se a um grande número de fenômenos do mesmo tipo, isto é, ele deve ser generalizável. Deve, portanto, ter um outro tipo de validade, conhecida como validade externa, que novamente é função do método. 11

12 Podemos colocar a pergunta inicial, pois, da seguinte forma: até que ponto o método fenomenológico é condizente com os dois tipos fundamentais de validade, a interna e a externa? É fácil ver que a validade interna é condição necessária para a validade externa, mas de forma alguma suficiente. O que é válido para um pequeno grupo pode perfeitamente não sê-lo para outros grupos. Comecemos por considerar a validade interna do método fenomenológico Validade interna do método fenomenológico A coleta das informações, no método fenomenológico, dá-se principalmente através de entrevistas abertas, embora o uso de documentos pessoais não seja incomum, principalmente relatos do próprio sujeito. Existem dois planos nos quais podem ocorrer problemas com a confiabilidade dos dados: um deles diz respeito à autenticidade do próprio relato, seja oral, seja escrito, e outro se relaciona com os efeitos da interação entre o pesquisador e o sujeito. Há vários motivos pelos quais as informações fornecidas pelo participante podem estar enviesadas. As informações podem ser simplesmente escondidas, por desejo de privacidade, ou por influência de desejabilidade social; o informante pode esquivar-se a perguntas mais diretas, fornecendo respostas evasivas ou simplesmente inventadas. Claro está que a experiência do entrevistador pode captar tais desvios e, com recursos técnicos da própria entrevista, diminuir os riscos de obter informação pouco valiosa. Há problemas maiores, entretanto, quando o informante constrói suas informações, no sentido de que tenta acomodar, tudo o que aconteceu, às suas expectativas, à imagem que deseja fazer de si mesmo, e à imagem pública que gostaria de ter. O participante pode enganar-se a tal ponto, que não estará mais forjando mentiras, mas sim inventando verdades, chegando a acreditar sinceramente nas próprias informações. Se os desvios forem suficientemente grandes em relação aos demais participantes da pesquisa, é provável que sejam descobertos; se fizerem algum sentido dentro do quadro geral de informações, porém, o método fenomenológico, ao menos como é correntemente aplicado, dificilmente proverá formas de controle. Em grande parte, pois, repousa a qualidade dos dados na boa escolha da amostra, e também na experiência do entrevistador. Quanto melhor for a descrição da amostra utilizada de sujeitos, maiores serão as possibilidades de análise da validade interna por parte do leitor ou usuário da pesquisa. Outra fonte de problemas reside nos pontos de contato entre o pesquisador e o pesquisado. Empatia ou falta de empatia, a forma de questionar, a forma de conduzir-se o entrevistador durante a entrevista, sua capacidade de fazer perguntas e obter respostas, seus próprios defeitos e convicções que guiem inadvertidamente o entrevistado, até mesmo sua própria maneira de vestir-se ou apresentar-se, tudo pode contribuir para gerar informações falhas de conteúdo. Uma pergunta está agora em questão: este problema existe apenas com o método fenomenológico? Dificilmente. Como exemplo, lembre-se que questionários fechados são representativos da visão de mundo do pesquisador, e não do pesquisado. Um questionário é construído na hipótese de que o investigador tem todas as informações relevantes sobre o fenômeno a ser pesquisado, e deseja apenas certificar-se de relacionamentos que já pode pressupor a priori. Sempre que o pesquisador desejar conhecer melhor o que existe na visão de mundo do participante, o questionário será indesejável: além de refletir mais o que pensa o pesquisador do que o que pensa o participante, também há pouco controle no tocante à qualidade da informação, embora tal problema seja parcialmente resolvido através do tamanho da amostra. Entretanto, o questionário terá que ser devidamente apurado para assegurar uma confiabilidade desejável ou mesmo mínima. 12

13 8.2. Validade externa do método fenomenológico No caso da pesquisa qualitativa em geral e no método fenomenológico em particular, não se pode esquecer que o objetivo é comumente o de explorar e desvendar conhecimentos, através da experiência vivida do sujeito. Como se costuma dizer, trata-se mais do contexto da descoberta de conhecimentos e não do contexto da verificação, tão característico da pesquisa quantitativa. A amostra tomada, quase certamente, não será estatística. Ao contrário, freqüentemente ela será intencional, ou seja, será composta por sujeitos que foram escolhidos exatamente por causa de certas características que os habilitavam a fazer parte da amostra. Nestes casos, fica totalmente fora de questão falar de generalização estatística, que é o sentido usual dentro da pesquisa quantitativa. Com as amostras intencionais, é possível falar apenas de generalização lógica ou generalização naturalística. Este tipo de generalização é sempre mais limitado em relação à generalização estatística: os resultados obtidos com a amostra intencional podem ser (supondo-se validade interna satisfatória) transpostos para uma parcela mais ou menos definida da população de trabalho que tenha fortes semelhanças com os sujeitos da amostra. Este julgamento de adaptação poderá ser explicitamente feito pelo pesquisador nos seus comentários, mas será freqüentemente feito também pelo leitor ou pelo usuário da pesquisa. Para efeito de ilustração, vamos tecer alguns rápidos comentários sobre uma típica investigação fenomenológica. Tomemos como exemplo um trabalho que procurava identificar a experiência vivida de homens e mulheres (casais) com relação à infertilidade (Phipps, 1995). A questão básica de pesquisa era: como se comparam os elementos essenciais da experiência de infertilidade de homens e mulheres? A amostra tomada pela autora consistiu de oito casais brancos, de classe média. Com essa amostra, procurava-se saber sobre a experiência de infertilidade em comum destes casais. Usou-se a entrevista aberta para a coleta de dados, perguntando-se aos participantes uma única questão: como é para você, como homem ou mulher, não ser capaz de gerar um filho quando deseja isso? Todos os participantes foram entrevistados em suas casas, mas separadamente. Para os maridos, a idade variava entre 26 a 40 anos, com mediana de 34 anos. A idade das esposas variava de 23 a 42 anos, com mediana de 32 anos. Todos os participantes tinham cursado o nível superior ou pelo menos freqüentado os bancos escolares superiores. Seis dos oito casais eram protestantes, enquanto dois casais não tinham preferência religiosa. Quatro dos casais estava em tratamento de infertilidade à época da entrevista. Em um dos casos, a infertilidade podia ser associada ao marido e em outro podia ser associada a ambos os cônjuges. Os participantes foram recrutados de uma clínica de fertilidade local ou através de indicações de conhecidos da pesquisadora. Tratava-se de uma amostra tipicamente intencional. Após os contatos iniciais e as autorizações dos participantes, as entrevistas foram gravadas. A autora do trabalho declara que seguiu o método de Colaizzi, visto anteriormente. Após as 16 entrevistas, foram identificadas 10 categorias (temáticas) que compareciam. Nove dessas categorias eram comuns, quais sejam: Avaliação do sentido de viver sem filhos, sentimentos associados com a infertilidade, estratégias para conviver com a falta de filhos, funcionamento do casamento, papel do gênero, relacionamentos, investimento, perseverança e percepção do sistema de saúde. Uma categoria diferenciada, auto percepção, apareceu apenas para as mulheres. Era usual, dentro de uma dada categoria, ainda que comum a maridos e esposas, existirem aspectos típicos a homens ou mulheres, ao lado de aspectos comuns dentro da categoria. Não é nosso propósito apresentar em detalhe cada categoria, embora elas tenham seu próprio interesse. O que vamos focalizar é a discussão dos resultados apresentada pela autora, já que traz nas entrelinhas algumas das suposições fundamentais do trabalho. 13

14 Embora a autora não estabeleça discussões sobre validade interna ou validade externa, indiretamente parece estar bastante consciente da limitação dos resultados. Os comentários dos resultados (páginas 84/5) ressaltam o que foi descortinado em cada categoria, sempre se referindo tão somente aos esposos e esposas da amostra. Não é feita nenhuma tentativa de generalizar, embora algumas implicações do trabalho sejam discutidas, particularmente as implicações no papel das enfermeiras quando em contato com casais em situação semelhante à da pesquisa. A autora tem uma firme consciência do papel do método fenomenológico em explorar o mundo do outro, em desvendar conhecimento. De qualquer forma, não se configura a tentativa de generalização que, sem dúvida, seria problemática, dadas as características muito particulares da amostra (casais brancos, de classe média, etc.). Embora a autora não faça qualquer menção ao problema da validade interna, o cuidado da pesquisa de um modo geral permite-nos esperar que a amostra deva ter sido escolhida em condições criteriosas, aumentando a possibilidade de se esperar esta validade. Embora o exemplo abordado mostre-nos uma pesquisa de qualidade, bem conduzida em todos os seus aspectos e bem comentada pela sua autora, é evidente que nem sempre isso acontece. Tanto o investigador como o leitor e consumidor de pesquisa fenomenológica devem estar bem atentos para a questão das validades interna e externa. Repetimos mais uma vez: a validade interna não é absolutamente suficiente para assegurar a validade externa, ou seja, a possibilidade de se generalizar os resultados da pesquisa. A validade interna, não obstante, é fundamental para que a pesquisa mereça ser considerada como tal. Por outro lado, nada obriga a que o pesquisador busque a validade externa. Tem, isso sim, a obrigação de fixar claramente as características de sua amostra, para que os leitores e usuários da pesquisa tenham uma idéia firme de sua possível aplicabilidade que, por sinal, irá depender sempre das similaridades entre a amostra utilizada e a parcela da população para a qual se deseja estender os resultados. Notas 1. Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2 a edição, Lester Embree é editor geral da Encyclopaedia of Phenomenology, obra de Suas observações podem ser encontradas no site (12/03/02). 3. Na verdade, Sanders (1982) distingue quatro etapas e não apenas três, como estamos descrevendo. Para maior simplicidade, juntamos a terceira e a quarta etapas em uma só, o que não altera a essência do método de Sanders. Referências Bibliográficas Abbagnano, Niccola (1998). Dicionário de Filosofia. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, 3 a edição. Brown, Barbara K.; Campion, Michael A. (1994). Biodata phenomenology: Recruiters perceptions and use of biodata. Journal of Applied Psychology, 79 (6): Cassel, C., Symon, G., eds (1994). Qualitative Methods in Organizational Research. A Practical Guide. London: Sage Publications. Chikudate, Nobuyuki (2000). A Phenomenological Approach to Inquiring into an Ethically Bankrupted Organization: A Case Study of a Japanese Company. Journal of Business Ethics, 28: Colaizzi, Paul F. (1978). Psychological Research as the Phenomenologist Views It. In: Valle, Ronald S.; King, Mark. Existential Phenomenological Alternatives for Psychology. New York: Oxford University Press, pág Durgee, Jeffrey F. (1987). Point of View: Using Creative Writing Techniques in Focus Groups. Journal of Advertising Research, 26 (6):

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