NOTAS DE AULA - AULA 2
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- Anderson Benke Avelar
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1 NOTAS DE AULA - AULA 2 Disciplina: Meteorologia Aplicada Professora: Rita de Cássia Marques Alves METAR - Guia de interpretação O METAR é uma mensagem para fins aeronáuticos, que tem o objetivo de informar os fenômenos meteorológicos em um determinado aeródromo, a uma determinada hora. METAR SBJR 1400Z 18012KT 3000 HZ FEW008 SCT020 OVC100 25/20 Q1010 Descrição de cada parte da mensagem: METAR: Natureza da mensagem, este nome é posto a fim de diferenciar esta mensagem das outras. SBJR: Código do Aeródromo a que a mensagem se refere Z: Dada e hora da mensagem. Dia 10; às 12 horas UTC (Universal Time Coordinated. [Hora Universalmente Coordenada]. Também conhecida por "Hora Zulu" ou, ainda, "Hora GMT"). Obs: Não ha necessidade o mês, pois essa mensagem é trocada de hora em hora KT: Direção e velocidade do vento. Vindo de 180 com 12nós. Variantes encontradas neste grupo da mensagem: Informações relacionadas a rajadas são indicadas pela letra G (Gust). Exemplo: 18012G25KT - Ventos de 180 graus com 12 nós de velocidade, e rajadas de 25nós. Direção do vento não precisa indicada por VRB. Exemplo: VRB12KT - Ventos de direção indeterminada com 12nós.
2 Variações na direção com limitações definidas. Exemplo: 18012KT 140V220: o 180 indica a média da direção = 360: 2 = 180; o vento está variando entre 140 e 220 graus. Valores da velocidade do vento superiores a 99KT são informados com a letra P (plus). Exemplo: 180P99KT Vento calmo. Exemplo: 00000KT Obs: Na meteorologia o vento só é calmo quando sua velocidade for 00. Diferente da aviação que ventos abaixo de 06KT são considerados calmos. 3000: Visibilidade, codificada em metros. Observações: 1) Visibilidade superior a 10Km ou 10000m indicar-se-á ) Visibilidade ZERO é informada ) Pode haver da visibilidade observada não for a mesma em todos os setores do aeródromo, neste caso será adicionados os pontos cardeais ou colaterais, em relação ao aeródromo, conforme exemplos a seguir: 3500NW: 3500 metros no setor noroeste do aeródromo. 1500S: 1500 metros no setor sul do aeródromo. 4) Caso o aeroporto possua visibilhometros (instrumento capaz de medir a visibilidade representativa da pista, conhecida como RVR - Runway Visual Range / Alcance Visual na Pista) será informado da seguinte forma: R20/2000: R20 - pista 20; 2000 metros de visibilidade. Tendências do alcance visual: R20/2000U: 2000 metros, tendendo a aumentar (U - up) R20/2000N: 2000 metros, sem tendências (N - no change) R20/2000D: 2000 metros, tendendo a diminuir (D - down) HZ: Fenômeno significativo presente. Fenômenos significativos:
3 Intensidade ou Proximidade: - (sinal de negativo) - LEVE (sem sinal) - MODERADA + (sinal de positivo) - FORTEVC: NAS VIZINHANÇAS Descritor: TS - TROVOADASH - PANCADA Precipitação: DZ - CHUVISCORA - CHUVASN - NEVEGR - GRANIZOGS - GRANIZO PEQUENO Obscurecedor: BR - NEVOA ÚMIDAFG - NEVOEIROFU - FUMAÇAVA - CINZAS VULCANICASSA - AREIAHZ - NEVOA SECA FEW008 SCT020 OVC100: Nebulosidade (OVC + SCT). Informadas até três camadas, por altura, da mais baixa para a mais alta. Será informada a quarta camada caso haja alguma nuvem de natureza CB ou TCU. FEW - poucas nuvens - 1/8 ou 2/8 da abóbada celeste. SCT - nuvens esparsas - 3/4 ou 4/8 da abóbada celeste. BKN - nublado - 5/8 a 7/8 da abóbada celeste. (Constitui teto) OVC - encoberto - 8/8 da abobada celeste. (Constitui teto) Obs: A altura das nuvens será informada em centenas de pés. CAVOK - Indicará céu claro. Ceiling And Visibility OK Obs: Não havendo nuvens a 5000 pés ou mais, e caso não possa ser utilizado o termo CAVOK será codificado NSC (No Significant Clouds). 25/20: Temperatura do ar e temperatura do ponto de orvalho, respectivamente, em graus Celsius. Obs: Temperaturas negativas serão informadas por M (minus)
4 Q1010: Pressão ao nível do mar para ajuste de altímetro no aeródromo. Informações Adicionais: Será usada a sigla RE junto aos fenômenos meteorológicos, caso este fenômeno tenha acontecido recentemente. RERA - Significa que recentemente estava chovendo no Aeródromo. Ao final da mensagem será reportada a existência de WindShear, e a pista de ocorrência. Por exemplo: WS RWY 20 (Windshear pista 20) / WS ALL RWY (Windshear em todas as pistas) EXEMPLO: METAR: SBGL Z 20015KT 5000 BKN030 +RA 22/15 Q1025 INTERPRETAÇÃO: GALEAO DIA 12, 11 HORAS UTC, VENTOS DE 200 COM 15 NÓS, VISIBILIDADE 5KM, NUBLADO A 3000FT, CHUVA FORTE, TEMPERATURA DO AR 22 C, PONTO DE ORVALHO 15 C, AJUSTE DE ALTÍMETRO 1025HPA Introdução Skew-T log P O diagrama Skew-t log P é utilizado para plotar os perfis verticais da atmosfera. Tem sido usado há muitas décadas para obter as condições das variáveis meteorológicas mais notavelmente a estabilidade atmosférica.
5 Considerando que uma amostra de ar pode estar sujeita as transformações energéticas, tais como adiabática seca, pseudo-adiabática, isobárica ou outros processos. O geopotencial desta amostra também poderá variar devido aos movimentos verticais. Um meio conveniente para estudar as transformações energéticas no diagrama termodinâmico, no qual estão representados graficamente num conjunto de processos, que serão estudados através da plotagem manual no diagrama Skew-T log P. O diagrama Skew-T log-p (Figura 1) foi selecionado pelo AWS (Air Weather Service) como o mais conveniente diagrama termodinâmico para uso generalizado em meteorologia. Outros diagramas, como o Tefigrama e o diagrama de Stuve expressam as mesmas relações físicas, apenas diferem na disposição das coordenadas. Abaixo segue algumas razões para a escolha de um diagrama termodinâmico: - Isopletas importantes retilíneas (não curvas); - Ângulos entre isoterma e adiabáticas sejam suficientemente abertos (facilitar estimativa de estabilidade); - Relação entre área na carta e energia termodinâmica seja a mesma em qualquer parte do diagrama; - Plotar uma sondagem completa; - O nível vertical na atmosfera aproxima-se da coordenada vertical do diagrama. Como a pressão decresce logaritimicamente com a altura na atmosfera, o diagrama tem linhas de pressão constante (isóbaras) espaçadas logaritimicamente. Isto leva ao aparecimento de linhas de temperatura constante (isotermas). Por isso o diagrama é chamado de Skew-T log P.
6 Figura 1: Sistemas de coordenadas do diagrama Skew-T log P
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