nova carta de atenas ( )
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- Luiz Guilherme Carneiro Leão
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1 nova carta de atenas ( ) adoptada pelo Conselho Europeu de Urbanistas, em 1998 processo de revisão e actualização todos os 4 anos Carta de Atenas de 1933 (arquitectos) visão prescritiva sobre o desenvolviemnto das cidades Racionalista e funcionalista, com áreas de habitação e trabalho de alta densidade ligadas por sistemas de transporte eficazes Nova Carta de Atenas e revisão de 2003 (urbanistas) centra-se nos habitantes e nos utilizadores da cidade e nas suas necessidades, num mundo em grande mudança propõe visão corente de cidade propõe novos sistemas de governância e de envolvimento dos cidadãos nos processos de tomada de decisão, utiliza novas tecnologias de comunicação e de informação (TIC). convergência de esforços de urbanistas e outros profissionais distingue aspectos da cidade em que o urbanismo exerce influência e outros em que não exerce 1
2 Visão das cidades europeias no século XXI assenta na: conservação da sua riqueza cultural e diversidade ligação das cidades por uma multitude de redes criatividade e competitividade + complementaridade e cooperação contribuição para o bem-estar dos habitantes e dos que as utilizam O planeamento estratégico do território + Urbanismo indispensáveis para Desenvolvimento Sustentável (gestão prudente do espaço comum, que é um recurso crítico de oferta limitada com procura crescente nos locais onde se concentra a civilização) implica equipas multidisciplinares várias escalas processos de longo prazo saber considerar simultaneamente uma variedade de questões prever seu impacto no espaço e sociedade 2
3 Contra os prognósticos pessimistas: baixa de produtividade, abandono das zonas urbanas centrais criminalidade, poluição e degradação ambiental falta de coerência material falta de coerência na continuidade de evolução do tempo, na continuidade dos espaços construídos e na continuidade da identidade Visão de cidade coerente cidade em rede, composta de conjuntos urbanos policêntricos organizados em rede O compromisso dos urbanistas europeus requer convergência de outros actores e inclui: elementos de coerência visual e material das construções mecanismos de coerência entre as diversas funções urbanas redes de infra-estruturas utilização das novas TIC 3
4 Coerência no tempo a história e a diversidade política e socio-económica modelaram as diferenças entre as cidades europeias Barcelona Toledo Coerência no tempo as actividades nas cidade do século XXI alastram para os espaços rurais e naturais 4
5 Coerência no tempo as redes de transportes e infra-estruturas que ligam as actividades dispersas, fragmentam o espaço Coerência no tempo criam-se contínuos urbanos ligando pequenas e grandes cidades, que se tornam componentes de novas redes Exemplo Sistema urbano do Noroeste 5
6 Coerência no tempo Manter as funções dos centros, servidos por redes de comunicação e transportes que não prejudiquem a sua vitalidade Xanghai - Lu Zia Sul Desenvolvimento urbano policêntrico, compacto e sustentável, baseado em uma estrutura integrada de espaços públicos e sistemas de transporte Richard Rogers Partnership Alterações sociais e políticas Globalização + europeização Inovações tecnológicas Desenho de computador sobre a recuperação de South Bank, Londres Grande área coberta, com cafés, restaurantes, livrarias e galerias de Richard Rogers Partnership 6
7 Alterações sociais e políticas Diferenças culturais dos imigrantes Procura diversificada de serviços e produtos Alterações sociais e políticas Estilo empresarial de gestão com visão de curto prazo e objectivos financeiros em vez da promoção do interesse público Partenariados públicos/privado Recursos de técnicas de marketing e procura de investimentos promocionais Negligência da participação do público nas políticas de urbanismo estratégico Peso excessivo do sector privado na distribuição dos benefícios sociais do desenvolvimento 7
8 Alterações sociais e políticas Cidadãos excluídos dos benefícios das comunicações modernas, transportes, equipamentos e serviços Londres Congestionamento e poluição Alterações sociais e políticas Guetos de ricos e guetos de pobres Insegurança urbana Condomínio privado, Montegordo Cidade do Medo, Filadélfia do Norte, 1989, ponto de tráfico de droga 8
9 Alterações sociais e políticas grandes disparidades sociais, desemprego, pobreza, exclusão, criminalidade e violência Fortaleza, Brasil Alterações sociais e políticas Envelhecimento da população, transformação da estrutura familiar novas necessidades de infraestruturas Idosos sofrendo do vento acentuado pelo tipo de urbanização: Prédios altos em lâmina e largas praças 9
10 Desafios sociais e políticos Desenvolvimento sustentável social, económico e ambiental para Richard Rogers, Cidades para um pequeno planeta A cidade sustentável é: Uma cidade justa Uma cidade bonita Uma cidade criativa Uma cidade ecológica Uma cidade fácil Uma cidade compacta e policêntrica Uma cidade diversificada Desafios sociais e políticos Identidade urbana Novas identidades baseadas nas novas influências culturais Vida em comunidade Recuperação de laços de solidariedade intergeracional Segurança pública Protecção da saúde Desenvolvimento de processos inovadores de democracia local Na última sexta feira de cada mês, os ciclistas ocupam as ruas do centro de Londres durante as horas de ponta 10
11 Coerência social conjugar interesses da sociedade como um todo + + necessidades, direitos e deveres dos grupos e dos cidadãos indivíduos facilitar a multiculturalidade e troca entre diferente grupos sociais a imigração urbana e a integração entre diferentes culturas reforçam a identidade urbana restabelecer laços de coesão entre as gerações, ao nível social, económico, de infra-estruturas e redes, criando actividades e espaços públicos para reformados e mais velhos Coerência social (cont.) maior diversidade de oportunidades, e de escolhas económicas e de emprego variedade de escolhas de modos de transporte e de redes de informação activas, integração das políticas de transporte e urbanas assegurar acesso (custo e funcionamento) a equipamentos e serviços (educação, saúde) assegurar direito à habitação 11
12 Coerência social (cont.) novos sistemas de representação e de participação maximizando o acesso à informação por parte dos cidadãos e dos residentes, e facilitando o desenvolvimento de redes de cidadãos para maior sentimento de segurança é necessário nova abordagem de governância envolvendo todos os actores e propondo corrigir as grandes disparidades sociais Alterações económicas e tecnológicas Aumento da velocidade do desenvolvimento tecnológico: influencia as estruturas do território 12
13 Alterações económicas e tecnológicas (cont.) Serviços de ponta + acesso universal aos equipamentos informáticos em rede Critérios de localização de empresas já não são os de economia de escala das indústrias transformadoras Trocas electrónicas menos necessidade de equipamentos mas mais necessidade de tráfego de transporte de entrega de mercadorias Alterações económicas e tecnológicas (cont.) Globalização Enfraquecimento da economia local tradicional exclusão social e precariedade Desafios económicos e tecnológicos Economia baseada no saber mais actividades culturais e de lazer animação dos centros urbanos menor poluição valorização das qualidades ambientais e culturais 13
14 Desafios económicos e tecnológicos cont. valorização da identidade histórica O velho e o novo: revitalização A pirâmide do Louvre (arqº Serge Hamburg) Coerência económica cidades interdependentes, eficazes e produtivas, com altos níveis de emprego globalização, especialização e diversidade capitalizar as vantagens competitivas, atributos endógenos e exógenos (atributos culturais e naturais, singularidade e diversidade) redes urbanas policêntricas entre cidades com especializações semelhantes ou diferentes ou partilhando interesses comuns melhorar atractividade de cada cidade 14
15 Alterações ambientais Urbanização acelerada + diminuição de espaços exteriores + declínio da agricultura + expansão de redes de infra-estruturas e de serviços Poluição + contaminação do solo, da água, do ar + ruído + consumo de recursos não renováveis Alterações ambientais (cont) más condições de saúde espaços naturais no interior e redor das cidades tendem a desaparecer mudanças climáticas inundações e catástrofes naturais Gravura alemã do terramoto de 1 de novembro de
16 Desafios ambientais ter em conta os ecosistemas na gestão da cidade proteger os espaços naturais e a biodiversidade preservar e incentivar a agricultura nas franjas da cidade, para abastecimento dos mercados locais (sobretudo agricultura biológica ou biodinàmica) Coerência ambiental relação do homem com o ambiente, sentido de pertença ao sítio, é condição para a qualidade de vida na cidade. espaços de proximidade, ligados a património cultural e natural bem conservado criação de novos espaços livres para dar coerência aos tecidos urbanos ordenamento dos vales inundáveis e das bacias hidrográficas protecção dos espaços naturais contra extensão e multiplicação das redes urbanas aumento de florestas e estruturas verdes, no interior e em redor das cidades, de forma a melhorar qualidade do ar e diminuir impactos de processos de urbanização galopantes. 16
17 Coerência ambiental (cont.) protecção contra poluição e degradação tratamento e reutilização dos recursos importados utilização prudente dos recursos não renováveis, ar, água, solo utilização de fontes de energia renovável Alterações urbanas As novas tecnologias de informação e comunicação, para transporte de pessoas e bens, e as infra-estruturas que ligam as actividades dispersas, melhoram a acessibilidade, mas criam barreiras aos modos de transporte lentos e fragmentam a cidade 17
18 Alterações urbanas A suburbanização e a dispersão de funções urbanas para a periferia implica deslocações maiores A diminuição no uso do transporte colectivo e o aumento do transporte individual agrava os problemas urbanos ,6 biliões hab / 50 milhões de automóveis ,6x2 / 50x10 Desafios urbanos Aplicação das TIC na informação e nos transportes Novos equilíbrios entre história + cultura + tecnologia Lazer em ambientes virtuais e físicos Projecto para Londres, 1996 Richard Rogers Conversão de zona ribeirinha Frente a Somerset house Via pedestre a ligar jardins históricos Substituição de ponte ferroviária para pedonal Serviços e restaurajntes flutuantes no rio 18
19 Desafios urbanos Novas regras para o desenho e composição urbana - elementos essenciais para o renascimento das cidades para ligar as partes urbanas antigas e novas, para ligar os espaços livres e os espaços construídos eliminando as clivagens existentes entre as várias partes da cidade e garantindo a sua continuidade para preservar o carácter próprio de cada cidade e contrariar à tendência à homogeneização Integrar a mistura social e a mistura urbana Objectivos do desenho urbano e da composição urbana proteger e melhorar as ruas, as praças, os caminhos de peões e outros percursos, como instrumentos da coesão social e de continuidade do tecido urbano; facilitar os contactos entre as pessoas e multiplicar os locais de descanso e de lazer Londres, 1966, Richard Rogers, Proposta de novo espaço pedonal frente à National Gallery, reivindicado pela população Rua residencial relvada por um dia, Leeds 19
20 Objectivos do desenho urbano e da composição urbana reabilitar as formas urbanas não humanizadas e degradadas; melhorar o sentimento individual e colectivo de segurança, elemento essencial da liberdade e bem-estar individuais; criar ambientes urbanos simbólicos provenientes do espírito próprio de cada lugar, valorizando a diversidade de cada cidade; manutenção e exigência de um alto nível de excelência estética em todos os locais da cidade; protecção sistemática dos elementos do património natural e cultural, assim como a protecção e extensão das redes de espaços abertos urbanos Os compromissos dos urbanistas Para desenvolver todas as etapas do processo do planeamento do território e conseguir pôr em prática a implementação, gestão, monitorização e revisão dos planos e programas, o papel do urbanista requer: capacidades acrescidas em matéria de: síntese composição urbana, gestão administração a procura de um consenso social, sempre no respeito pelas diferenças individuais e decisões políticas, 20
21 Os compromissos dos urbanistas (cont.) O urbanista será: humanista e cientista planeador urbano e territorial visionário conselheiro estratégico e mediador gestor-administrador urbano fim 21
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