PRESENTE E FUTURO DA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
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- Jorge Santana Regueira
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1 12 as Jornadas de Ciências Farmacêuticas INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE EGAS MONIZ PRESENTE E FUTURO DA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA História da prescrição farmacêutica: Realidades Inglesa e Portuguesa Filipa da Palma Carlos Alves da Costa CEFAR- ANF; ISCSEM
2 Reino Unido - Portugal The NHS Prescrição por enfermeiros Prescrição por farmacêuticos Motores de mudança e suas premissas Realidade actual em Portugal Futuro da classe farmacêutica
3 The NHS Serviço Nacional de Saúde Século XX Esquemas das Sociedades Amigáveis Esquema de Segurança Social Nacional Poor Law, cuidados gratuitos para os pobres que não o merecem, i.e., os idosos e os doentes Beveridge Report (1942): cuidados acessíveis a todos. NHS (1948): objectivo de prestar cuidados de saúde gratuitos para todos os cidadãos 1974 reorganização do NHS: coordenação dos serviços de autoridade local - PCTs 1980/90 financiamento baseado em regras geográficas 1989 Working for patients
4 Prescrição por enfermeiros 1978: District nurses dressings - dificuldades sentidas pelos enfermeiros para adquirir o material necessário para cuidar dos doentes Sobretudo material de penso; também ajustes da medicação. Situação mais grave em cuidados paliativos.
5 Prescrição por enfermeiros 1986: The Cumberledge Report - recomendações para que enfermeiros qualificados possam prescrever 1987: Governo criado comité para reunir evidência 1988: Proposta de critérios para a prescrição à BMA e à RPSGB Focada necessidade: - Equipa multidisciplinar - Treino sobre prescrição; acesso aos registos dos doentes The Crown Report (DoH, 1989): 1) Circunstâncias sob as quais os enfermeiros podem prescrever 2) Categorias de itens passíveis de prescrição 3) Métodos de prescrição permitidos
6 Prescrição por enfermeiros The Crown Report (DoH, 1989): Listagem com 32 recomendações Definição de um formulário de prescrição Protocolos de actuação para grupos de doentes particulares Casos individuais: permitida a alteração da dosagem e do intervalo de administração. Colocado em prática em 01/04/1992. Em 2004 a lista passível de prescrição por enfermeiros foi alargada, passando a incluir praticamente qualquer substância excepto as controladas, sendo essencial a formação adequada, Qualified Extended Formulary Nurse Prescribers. Entrou em vigor este ano Desde 01/05/2006 podem igualmente prescrever 16 substâncias controladas (e.g. buprenorfina transd. em cuidados paliativos)
7 Prescrição por farmacêuticos Motores de mudança: 1998 e 2003: 12% da workforce Técnicos: > responsabilidade Os cuidados prestados ao doente não podem ser prejudicados por barreiras rígidas entre profissões NHP
8 Prescrição por farmacêuticos Aprendizagem ao longo da vida Conhecimentos e capacidades actualizados é um dever Competência Garantia de privacidade Integração de serviços Partilha dos dados dos doentes Registos actualizados Premissas:
9 R.U.: Farmacêuticos 2002: Receita médica renovável 2004: Dispensa de quantidade < à prescrita a pedido do doente 2004: Receita Electrónica 2000: Projectos piloto que levam a que em 2003 MS anuncie implementação registo electrónico dos cuidados de saúde até 2010
10 R.U.: Farmacêuticos Conselheiros de prescrição Farmacêutico Clínico Prescrição complementar: Clinical Management Plan (CMP) - (Health and Social Care Act, 2001); anunciado em 2002, iniciado plano de formação, em prática no final de : Prescrição independente Farmacêutico consultor
11 Novo Contrato para Farmácia Comunitária 1. Privilegia os serviços de elevada qualidade em detrimento dos serviços essenciais. 2. Serviços avançados e melhorados são pagos. Obrigatória a certificação da farmácia e dos farmacêuticos. 3. Entrou em vigor em 04/2005 com 6 meses de transição. 4. Prescrição de acordo com protocolos de intervenção rígidos (sem necessidade de receita médica) na contracepção oral de emergência e cessação tabágica.
12 Prescrição complementar IP SP Condições crónicas Tratamentos a longo-prazo Sem formulário ou lista de medicamentos Excepção = medicamentos controlados Não pode ser para indicações off-label SP é aconselhado a prescrever genéricos CMP é obrigatório
13 Prescrição complementar: formação Módulo 1: Consulta e tomada de decisão Módulo 2: Psicologia da prescrição Módulo 3: Prescrição num contexto de equipa Módulo 4: Actualização em Terapêutica Módulo 5: Princípios e métodos de monitorização Módulo 6: Prática baseada na evidência Módulo 7: Aspectos legais, políticos e éticos Módulo 8: Prescrição num contexto de saúde pública
14 Grelha de competências um exemplo A consulta Conhecimento clínico e farmacêutico Estabelecimento de opções Comunicação com o doente Prescrever com segurança Prescrição segura Prescrição profissional Melhorar a prática de prescrição Prescrever em contexto Informação em contexto O NHS em contexto A equipa e o indivíduo em contexto Mantém a confidencialidade do doente Sabe quando deve referenciar para o IP, ou procurar o seu conselho
15 Plano de Monitorização Clínica (Clinical Management Plan - CMP) Plano escrito Associado a doente individual e condição específica. Plano acordado previamente entre os 3 intervenientes (autorização do doente) Acesso ao registo do doente Informação no Plano: - indicações sobre o doente; condições passíveis de tratamento; duração do plano; data da revisão (IP) - classes farmacoterapêuticas abrangidas - restrições à dose/período de administração. SP Doente IP Referência a guidelines nacionais ou locais. Circunstâncias em que SP deve referenciar o doente a, ou procurar conselho do IP.
16 Prescrição independente 1. Áreas previstas em 2000: terapêutica com necessidade de monitorização estreita com ajuste de doses, e casos em que o tratamento se centra em produtos especializados. 2. Em 2005 com o lançamento de Choosing health through pharmacy o Governo identifica áreas cujo benefício é particularmente claro e algumas com impacto a nível da saúde pública: obesidade, tabagismo, saúde sexual e prevenção de doenças do foro cardíaco 3. 01/05/2006 entrou em vigor a legislação. O programa de prescrição não médica dá aos doentes um acesso mais rápido aos medicamentos, melhora o acesso aos serviços de saúde e faz melhor uso das capacidades técnicas dos enfermeiros e outros profissionais de saúde. DoH, 2005
17 Prescrição independente: Requisitos, restrições e formação Qualquer medicamento, excepto substâncias controladas NCCP serviço melhorado Monitorização pelos PCTs Grelha de competências Formação variável de acordo com direitos de prescrição.
18 R.U. evidência Estudo envolvendo doentes, por efeito da colaboração entre 27 farmacêuticos e 39 consultórios médicos foi possível demostrar: alterações nas doses mudanças de medicamentos interrupções da terapêutica As implicações directas nos custos demonstram o valor acrescentado do estabelecimento e manutenção deste tipo de colaboração IJPP 2002
19 Portugal: ameaças MNSRM Liberalização da farmácia? Alteração do modelo de receita renovável Rede de Cuidados Primários Receita renovável Receita electrónica Gabinete de utente Portugal: realidade
20 Portugal: oportunidades Incremento do número de farmacêuticos; maioria dedica-se à farmácia comunitária Preparação académica e pós-graduada dos farmacêuticos...ffuc/anf Restruturação dos serviços profissionais...anf Revalidação da carteira profissional...of
21 Portugal: o futuro desejável Apostar em serviços de qualidade em detrimento da competitividade irreal a nível de preços com outros pontos de venda de medicamentos Tornar a farmácia um verdadeiro espaço de saúde Abandonar o conceito de há tudo como na farmácia Consciencialização dos farmacêuticos do seu papel Lutar pelo desenvolvimento das suas competências clínicas Criação de parcerias com outros profissionais de saúde em condições de igualdade Demonstração da sua utilidade ao público em geral
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