O CONTO POLICIAL COMO OBJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM LÍNGUA PORTUGUESA

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2 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA: UNIDADE DIDÁTICA O CONTO POLICIAL COMO OBJETO DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM LÍNGUA PORTUGUESA PROFESSORA PDE TURMA 2010 SORAIA ADRIANA PATENE LONDRINA 2011

3 2 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ - SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE O Conto policial como objeto de ensinoaprendizagem em Língua Portuguesa Produção didático-pedagótica: unidade didática apresentada ao Núcleo Regional de Educação sob orientação da Profª Drª Elvira Lopes Nascimento (UEL) pela professora PDE Soraia Adriana Patene, turma 2010, na área/disciplina: ensino e aprendizagem de leitura como requisito básico para a conclusão do Programa de Desenvolvimento Educacional. LONDRINA 2011

4 3 IDENTIFICAÇÃO NOME DO PROFESSOR PDE: Soraia Adriana Patene ÁREA/DISCIPLINA: Ensino e Aprendizagem de Leitura ESCOLA DE LOTAÇÃO: Escola Est. Kazuco Ohara Ensino Fundamental NRE: Londrina PÚBLICO A OBJETO DA INTERVENÇÃO: alunos da 8ª série/9º ano PROFESSORA ORIENTADORA: Dra Elvira Lopes Nascimento TEMA DE ESTUDO: O discurso do narrar no conto policial para adolescentes TÍTULO: O Conto policial de ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa

5 4 SUMÁRIO 1 FICHA CATALOGRÁFICA APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA Tema Justificativa Objetivo Objetivo geral Objetivos específicos Apresentação do corpus Proposta interacionista sociodiscursiva Procedimentos MODELO DIDÁTICO O que dizem os especialistas sobre o gênero Conceitos dicionarizados Contexto sócio-histórico do gênero conto policial O crime ao longo da história Análise do corpus Contexto de produção Arquitetura interna...25 A) Infra-estrutura textual...26 Plano textual global...26 Tipo de discurso predominante...26 Foco narrativo...26 Personagens...27 Sequências textuais...29 B) Mecanismos de textualização...32 Conexão...32

6 5 Coesão nominal...32 Coesão verbal...33 C) Mecanismos de enunciação...33 Análise linguística...33 Posicionamento enunciativo e vozes ENGENHARIA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA Apresentação da situação Objetivos Procedimentos Produção inicial Módulos...37 Oficina 1: Contexto de produção...38 Oficina 2: Planejamento textual...39 Oficina 3: Tipo de discurso predominante...39 Oficina 4: Foco narrativo...40 Oficina 5: Personagem...41 Oficina 6: Sequências: narrativa, descritiva e dialogal/análise linguística...42 Oficina 7: Conexão...49 Oficina 8: Coesão nominal e verbal...50 Oficina 9: Posicionamento enunciativos e vozes Produção final Reestruturação textual: Avaliação Recursos ANEXOS REFERÊNCIAS...56

7 6 1. FICHA CATALOGRÁFICA FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA Título: O Conto policial de ensino-aprendizagem em Língua Portuguesa Autor Escola de Atuação Município da escola Núcleo Regional de Educação Orientador Instituição de Ensino Superior Disciplina/Área Produção Didático-pedagógica Público Alvo Localização Apresentação: Soraia Adriana Patene Escola Est. Kazuco Ohara Ensino Fundamental Londrina Londrina Dra Elvira Lopes Nascimento Universidade Estadual de Londrina (UEL) Língua Portuguesa Unidade didática Alunos da 8ª série/9º ano Rua Serra Mantiqueira, Jd Bandeirantes A narrativa encontra-se associada ao próprio constituir-se humano. Além de ser uma necessidade social, possui um efeito cativante que será transportada para a realidade educacional como instrumento pedagógico. O ficcional no conto policial é favorecido por seu efeito desafiador, provocante que vai de encontro ao imaginário adolescente propenso à quebra de barreiras e ao desafio do perigo. Para reverter o quadro de apatia e falta de perspectivas que imperam nas salas de aulas propomos este projeto, com o intuito de nos valer dessa atração pelo perigo como um motor para a aprendizagem da leitura e da escrita, despertando o interesse dos alunos e contribuindo para a protagonização do seu processo de ensino-aprendizagem. Palavras-chave Trata-se da construção de um Modelo Didático do gênero conto policial que embasará a elaboração de uma Sequência Didática, a qual permitirá ao professor posicionar-se como agente do processo educacional, conferindo-lhe status de pesquisador que imprime sua digital em seu trabalho em sala de aula. Favorecendo de forma significativa para a construção de ambiente favorável, desafiador e inovador para as aulas de língua portuguesa. Conto, gênero textual, sequência didática

8 7 2. APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA 2.1. Tema: O discurso do narrar no conto policial para adolescentes 2.2. Justificativa A educação brasileira passa por profundas mudanças motivadas, principalmente, pela grande propulsão de analfabetos funcionais oruindos das mais diferentes classes sociais, independentemente se pertencentes a rede pública ou particular. Com o objetivo de reverter esta situação caótica, não é de hoje que a perspectiva do ensino de Língua Portuguesa vem sendo questionada e discutida entre profissionais de educação. A noção de gênero tem sido amplamente debatida a partir da contribuição bakhtiniana que, inclusive, respaldou os PCN no final da na década de 90. Prima-se por uma pedagogia do ensino de gênero textual alicerçado no Interacionismo sócio-discursivo e no Interacionismo social, entendido como atividade de linguagem em detrimento ao estudo da gramática descontextualizada - por entender a linguagem ao ser praticada em sua função social Objetivo Objetivo geral: Implementar a transposição didática do gênero conto policial por meio de uma Unidade Didática, tendo em vista que as DCEs preconizam o ensino de Língua Portuguesa em uma abordagem textual-discursiva Objetivos específicos: Internalizar o conceito de gênero textual na perspectiva da teoria da enunciação bakthiniana; Elaborar um Modelo Didático a partir na análise e descrição de um corpus de textos do gênero para apreender as características como um instrumento de ação comunicativa; Pesquisar as peculiaridades do gênero na visão dos experts da

9 8 literatura; Analisar e descrever a infra-estrutura de textos do gênero (plano global, tipo de discurso, foco narrativo, sequências); Analisar e descrever os mecanismos de textualização (conexão,k coesão nominal e verbal; Analisar e descrever os mecanismos de enunciação (análise linguística e posicionamento enunciativo e vozes); Elaborar um projeto de transposição didática (Sequência Didática) a partir das características do gênero apontadas no Modelo Didático; Implementar a Sequência Didática em uma turma de 8ªsérie/9ºano da Escola Estadual Kazuco Ohara, ensino fundamental Apresentação do corpus O ato de contar encontra-se intrinsecamente ligado à vida em comunidade como uma necessidade de falar, de comunicarmos ao outro o que estamos sentindo, pensando, descobrindo, desejando e assim por diante. Tão forte quanto essa necessidade de nos expressar, encontra-se a curiosidade de escutar, ter conhecimento, descobrir o outro, suscitando a fantasia e a imaginação. Este relacionamento cúmplice entre o que se fala e o que se ouve remete a tempos mais longínquos onde os contadores seduziam seus ouvintes para garantir a permanência da atenção no que estava sendo dito. E, até hoje, a narrativa cativa ouvidos, olhos e corações humanos, mesmo os mais resistentes - como os dos nossos adolescentes. Sobre essa questão, ARRIGUCI (2011) justifica esse trabalho didático com o discurso do narrar ao afirmar que: Porque todo mundo gosta de história e de poesia. Não há sociedade sem narrativa. O homem é um animal narrativo. Homo narrador. Todo mundo quer ouvir histórias. Contamos histórias desde o amanhecer até a hora de dormir. Senta num táxi, história; entra em um ônibus, história; vai para a escola, história; dá uma topada, história; briga com o namorado, história. Todas as situações da vida propiciam acontecimentos narráveis e vivemos desse entrelaçamento de narrativas.

10 9 E é justamente essa necessidade humana que pretendemos transportar para a realidade educacional como instrumento pedagógico essencialmente relevante tanto na educação fundamental quanto no ensino médio como uma proposta inovadora que favoreça o multiletramento. E ainda, delimitamos contos com o intuito de conquistar leitores adolescentes, por se tratar de uma narrativa geralmente curta, porém densa e envolvente. Por se tratar de um contexto escolar para 8ª série (9º ano), dentre os mais diferentes tipos de contos, primamos pelo conto policial ou de suspense, principalmente por seu efeito desafiador, provocante, gerando no imaginário adolescente uma condição favorável para explorar o ficcional. Nessa faixa etária, há uma grande propensão à quebra de barreiras, desafiar o perigo, adentrar ao desconhecido. E esse gênero exerce uma forte atração por propiciar aventura sem sair da sua zona de conforto, através de um enredo instigante, fatos desafiadores e ambientes marcados pelo inesperado gerados pelos conto de suspense, sem jamais correr riscos reais. Para reverter o quadro de apatia, desinteresse e falta de perspectivas que imperam nas salas de aulas propomos este projeto, com o intuito de nos valer dessa atração pelo perigo como um motor para a aprendizagem da leitura e da escrita. Com essa pesquisa visamos apresentar um projeto de comunicação para despertar o interesse dos alunos e contribuir para que eles se sintam protagonistas do seu processo de ensino-aprendizagem. Como resultado dessa investigação teórica será elaborado um modelo didático da esfera do narrar seguido de uma sequência didática, objetivando um explorar minucioso e atraente aos alunos de 8ª série/9º ano para o gênero conto policial. A educação brasileira passa por profundas mudanças motivadas, principalmente, pela grande propulsão de analfabetos funcionais oruindos das mais diferentes classes sociais, independentemente se pertencentes a rede pública ou particular. Com o objetivo de reverter esta situação caótica, não é de hoje que a perspectiva do ensino de Língua Portuguesa vem sendo questionada e discutida entre profissionais de educação. A noção de gênero tem sido amplamente debatida a partir da contribuição bakhtiniana que, inclusive, respaldou os PCN no final da na década de 90.

11 10 Prima-se por uma pedagogia do ensino de gênero textual alicerçado no Interacionismo sócio-discursivo e no Interacionismo social, entendido como atividade de linguagem em detrimento ao estudo da gramática descontextualizada - por entender a linguagem ao ser praticada em sua função social. Sendo assim, a questão que norteia esta pesquisa é a organização de um trabalho didático em atividades sequenciais sobre uma prática discursiva da esfera da criação literária. Como os contos policiais podem propiriciar oportunidades pedagógicas inovadoras em aulas de Língua Portuguesa? 2.5. Proposta interacionista sociodiscursiva Desde a década de 80 um novo termo tem sido abordado e discutido entre os profissionais da educação. Trata-se da noção de letramento que ultrapassa o limite em apenas ler e escrever como um ato decodificatório e adentra ao uso com que as pessoas fazem da leitura e da escrita em suas práticas sociais. (COLELLO, 2006) A partir de 1996, este conceito ampliou-se ainda mais com o vocábulo multiletramento referindo-se a ênfase à diversidade linguística e cultura, bem como, a influência da linguagem das novas tecnologias onde escrita, imagens, movimento, áudio se encontram imbricados, associados, como destaca COSTA (2008). De acordo com HILA (2009), na noção de letramento é considerado bom leitor todo aquele que é capaz de atribuir sentidos a mensagens oriundas de múltiplas formas de linguagens, bem como capaz de produzir mensagens, incorporando múltiplas fontes de linguagem. E é nesse contexto que inserimos a necessidade de romper com o tradicional e proporcionar uma perspectiva inovadora para as aulas de língua portuguesa. Tendo em vista que letramento é um processo de apropriação de gêneros textuais, sentimos a importância de fugir da limitação do livro didático e assumir nossa condição de sujeitos na construção linguística do nosso educando, o que lhe garantirá a promoção dos múltiplos letramentos através dos discursos do narrar ficcional configurado no conto policial. Por que trabalhar com gênero? Segundo Hila (2009), a formação de leitores na rede de ensino pública precisa passar por uma ressignificação tendo em vista que apesar de há mais de

12 11 uma década estar contemplado pelos PCNs conceitos como texto, contexto, estratégias e fases de leitura ainda não foram completamente assimilados pelos professores principalmente nas séries iniciais. Ainda predomina um desconhecimento a cerca do que vem a ser gêneros textuais, e o texto acaba sendo pretexto para o ensino de gramática. O gênero textual apresenta-se como articulador indispensável das práticas de leitura em sala de aula na formação de leitores críticos, No caso da prática de leitura, o que se tem ressaltando é que a escola precisa formar leitores críticos que consigam construir significados para além da superfície do texto, observando as funções sociais da leitura e da escrita nos mais variados contextos, a fim de levá-los a participar plena e criticamente de prática sociais que envolvem o uso da escrita e da oralidade. A noção, portanto, de prática social, convoca um dos primeiros argumentos em defesa do uso dos gêneros em sala de aula. (HILLA, 2009) Entendemos como práticas sociais as formas que organizam uma sociedade suas atividades e ações desenvolvidas por pessoa dentro do grupo a que pertence que expressam os papéis que desempenha, bem como, em que posição(ões) que se encontram frente aos seus pares. As atividades coletivas da humanidade ocorrem dentro de um contexto social as quais configuram as práticas sociais ocorre dentro de uma esfera cultural. Ou seja, as práticas coletivas constituem um conjunto do saber/agir disponível às atividades de um indivíduo singular que as materializa gêneros textuais. De acordo com Dolz, Noverraz e Scheneuwly (2004) Gêneros textuais são as características semelhantes, regularidades presentes nos textos (orais ou escritos) apesar de sua diversidade. Sendo assim, os estudos bakhtinianos servem como âncora da abordagem ao termo gênero, originário - a priore - da retórica e da literatura, como sendo tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados em cada esfera de troca (lugar social dos interlocutores), os quais são caracterizados pelo conteúdo temático, estilo e construção composicional, e escolhidos em função de uma situação definida por alguns parâmetros (finalidade, destinatários, conteúdo). (BAKHTIN, 1997). Este posicionamento se justifica porque os gêneros do discurso resultam de estruturas sócio-historicamente cristalizadas oriundas das necessidades humanas

13 12 construídas em diferentes lugares sociais da comunicação. O que são gêneros do discurso? A noção de gênero do discurso possui como bases epistemológicas o Interacionismo Social de Bakhtin, bem com, o Interacionismo sóciodiscursivo e a Escola de Genebra apresentadas por Bronckart, Schneuwly, Dolz. No Brasil, posicionamento defendido por NASCIMENTO, entre outros. Neste enfoque os elementos contextuais ou situação social mais imediata (BAKHTIN), onde o texto é fortemente marcado pelo não-verbal presente na situação em que os elementos linguísticos integram a composição textual. Esse mesmo autor, também define com enunciado concreto o emprego da língua efetuase em forma de enunciados (orais ou escritos) concretos e únicos, proferidos pelos integrantes desse ou daquele campo da atividade humana Nessa abordagem, a presença de parceiros (locutor/interlocutor) e a noção de compreensão responsiva ativa é denominada de dialogismo. De uma forma mais elucidativa, Hila (2009) expõe que cada esfera da atividade humana produz seus tipos específicos de enunciados, o que faz com que cada enunciado, cada gênero textual, traga marcas da esfera na qual está inserido. Tais esferas, tanto do cotidiano como dos sistemas ideológicos (a Arte, a Política, a Ciência, a Religião, entre outras) estão intimamente relacionadas à produção de sentido fundamento considerado como alicerce do letramento. E, em se tratando do processo ensino/aprendizagem, Dolz & Schneuwly (1996), delimitaram cinco agrupamentos de gêneros alicerçados em três critérios: domínio social da comunicação a que pertencem; capacidades de linguagem envolvidas na produção e compreensão desses gêneros e sua tipologia geral. Foram assim nomeados: agrupamento da ordem do relatar, agrupamento da ordem do argumentar, agrupamento da ordem do expor, agrupamento da ordem do descrever ações e agrupamento da ordem do narrar. Este último abarca gêneros de domínio da cultura literária ficcional assinalado pela manifestação estética e tendo como característica a mimesis da ação por meio da criação, da intriga no domínio do verossímil. Dentre os diversos exemplos de gêneros orais e escritos que compõem a Cultura Literária ficcional encontra-se o conto. E, além disso, possuir característica central de condensar conflito, tempo,

14 13 espaço e reduzir o número de personagens. O termo conto deriva do latim comentum, in. (invenção, ficção, plano, projecto), ligado ao v. contueor, eris (olhar atentamente para, contemplar, ver, divisar). Narração oral ou escrita (verdadeira ou fabulosa); obra literária de ficção, narração sintética e monocrónica de um fato da vida. (COELHO, acesso maio/2011) O conto é considerado um gênero literário muito antigos, sendo datado a séculos antes de Cristo e em diversas civilizações. E em nosso país, este gênero teve origem desde o início da colonização como narrativas orais, mais tarde, mescladas com as civilizações africanas e indígenas. Apresentado de forma escrita durante a primeira metade do século XIX com o advento do Romantismo, sendo considerado como uma febre entre leitores da época. Porém, o primeiro grande contista nacional surgiu durante o Realismo: Machado de Assis. Muitos contistas mais tarde surgiram conquistando cada vez mais uma seleta parcela do público leitor. Entretanto com advento do Modernismo o conto atinge o status de estilo brasileiro com uma narrativa altamente marcada pela oralidade e o linguajar dos imigrantes. Durante o início do século XX, passou a ser difundido principalmente em revistas e jornais, exteriorizando a síntese da complexidade da vida humana. E no seu final desse século é marcado pela grande profusão de temas, estilos, problemáticas caracterizando o estilo brasileiro de ser. O conto policial ou de suspense se constitui um terreno ficcional propício para envolver e cativar um alunado cada vez mais carente de letramento. Dentre os diversos estilos de contos, desejamos atrair uma faixa etária que se sente desafiada pelo inesperado, por um desfecho que prima pelo inusitado que surpreende Este gênero permite ao leitor se sentir superior, imune ao ambiente conflitivo e ameaçador em que o universo ficcional está descortinando aos seus personagens. Um pseudo-controle sobre um mundo permeado pela incerteza, pela ansiedade e pela proximidade de fatos, posicionamentos, decisões, revelações tidos como de suma importância. O efeito de suspense é provocado no conto por diversos fatores estrategicamente combinados, tais como a tipificação das personagens, suas ações, o ritmo empregado no enredo, levando ao desenlace da trama que provoca uma

15 14 reação psíquica em níveis diferentes nos leitores. Cujos principais objetivos são despertar e prender a atenção do leitor até a última palavra. Interacionismo sócio-discursivo do gênero da ordem do narrar: uma análise Para esta análise, tomaremos como base os dois níveis de análise da ação da linguagem proposto por Bronckart (2003), os quais serão expostos no quadro a seguir, contemplando o segmento da ordem do narrar. NÍVEL I CONTEXTO DE PRODUÇÃO Características da situação de produção: quem é o emissor, em que papel social se encontra, a quem se dirige. a) Contexto físico: quem é o receptor e em que papel se encontra. local em que é produzido, em qual instituição social se produz. b) Contexto sóciosubjetivo: momento da produção. suporte em que o texto está veiculado, com que objetivo, tipo de linguagem utilizada, atividade não verbal a que se relaciona, qual o valor social que lhe é atribuído etc. NÍVEL II FOLHADO TEXTUAL 1) Plano geral/global do texto: refere-se aos conteúdos que aparecem no texto, como se fosse um resumo do texto. 2) tipos de discurso: referem-se aos mundos discursivos construídos a) infra-estrutura geral do texto no texto. No segmento do narrar (disjunção), pode ser implicado ou autônomo (apresentar ou não implicação em relação ao ato de produção por meio de dêiticos espaciais, temporais e de pessoa). 3) Sequências: dividem-se em: narrativa, descritiva, argumentativa, explicativa, injuntiva e dialogal.

16 15 b) mecanismos de textualização Uma sequência narrativa é composta de intriga e tensão (script). 1) conexão: trata-se das relações entre os níveis de organização de um texto e é explicitada pelos organizadores textuais. (conexão entre as macro ideias do texto). 2) Coesão: nominal (retomadas nominais e pronominais; anáforas e catáforas). verbal (tempos e modos verbais). c) Mecanismos enunciativos 1) Modalizações: responsáveis pelas diversas avaliações do enunciador sobre um ou outro aspecto do conteúdo temático e que podem ser divididas em lógicas, deônticas, pragmáticas e apreciativas. 2) Vozes presentes no texto. a voz do autor empírico. vozes sociais (pessoas ou instituições humanas que não participam do conteúdo temático do texto). as vozes das personagens (pessoas ou instituições que participam do conteúdo temático do texto) Procedimentos Em primeira instância foi necessário uma investigação sobre o que se constituía gênero. Para tanto se respaldou na teoria interacionista sócio-discursiva do gênero da ordem do narrar mencionada anteriormente.

17 16 O passo seguinte foi a delimitação dos textos que constituiriam o corpus a ser analisado. A seguir, realizou-se uma investigação sobre o gênero do conto policial e tudo o que já se conhecia sobre o mesmo compondo assim o seu Modelo de Gênero. E, a partir desta averiguação, se propôs uma didatização do gênero em questão por meio de uma Sequência didática

18 17 3. MODELO DO GÊNERO CONTO POLICIAL Idealizado pelo grupo de Genebra como uma proposta do interacionismo sócio discursivo, constitui um instrumento para didatizar o trabalho pedagógico com gênero textual. Nascimento, Gonçalves & Saito (2009) definem como uma síntese prática que guia as ações do professor-pesquisador e, por outro lado, torna evidente aquilo que pode ser ensinável por meio de uma SD. O modelo didático constitui uma pesquisa aprofundada sobre um gênero textual específico que abarcam o máximo de informações possíveis sobre o ponto de vista histórico, arquitetônico e finalidade do mesmo, consolidando-se como ponto de partida para o trabalho didático-pedagógico com gêneros, norteando assim, uma SD. Entendido como centro do processo de ensino-aprendizagem, possui caráter normativo e revela-se como um espaço de reflexões e práticas pedagógicas segundo Pietro & Schneuwly (2003). Nascimento (2008) apresenta um roteiro prático que descreve as ações necessárias para a elaboração de um modelo didático que subsidiará uma SD. Os passos esse trajeto: Inicia-se com a delimitação do gênero a ser trabalhado proveniente das necessidades pedagógicas; Em seguida, realiza-se uma seleção de um corpus de análise constituído de 5 a 10 textos do gênero a ser estudado; A definição desse gênero em dicionários pode ser importante, bem como, uma pesquisa em torno daquilo que já se publicou a respeito; Outro fator importante é identificar suas funções: social e comunicativa; Também identificar da temática recorrente nesse gênero e em qual suporte circula; O contexto de produção dever ser minuciosamente caracterizado (de onde ele veio, quem escreve, onde, quando, quem Le, como se faz, seus objetivos, onde encontramos...); Além disso, as características composicionais ou organizacionais do gênero em questão devem ser identificadas (elementos verbais e não verbais, suporte, etc); Precisam ser elencadas as marcas lingüísticas e discursivas relativas ao seu estilo (o que é predominante neste gênero, sua função, categorias nominais e verbais, pontuação, escolhas de elementos coesivos, tipos

19 18 de discurso predominante, nível de formalidade, vocabulário, tempos verbais, estruturas frasais, estruturas para chamar a atenção, nível discursivo, destaques gráficos, vozes que integram o texto, entre outros) Essa investigação detalhada permitirá ao professor posicionar-se como agente do processo educacional, conferindo-lhe status de pesquisador que imprime sua digital algo que lhe único e particular em seu trabalho em sala de aula. Contribui de forma significativa para a construção de ambiente favorável, desafiador e inovador para as aulas de língua portuguesa. Nascimento (2004; 2009), defende que a elaboração do modelo didático de um gênero textual é o trabalho prévio crucial para o planejamento de uma sequência didática. Ao levarmos em consideração o que postula a autora, buscamos conhecer as dimensões ensináveis do conto policial que sejam adequadas e pertinentes para alunos da educação básica, examinamos um corpus constituído por diversos textos do gênero tomando por pressuposto teórico e metodológico aportes do Interacionismo Sócio-Discursivo (ISD) e do grupo de Didática de Línguas da UNIGE- Genebra/Suíça; que propõe práticas pedagógicas inspiradas nas noções de Modelo Didático (MD) e de Seqüência Didática (SD). Nessa perspectiva, o Modelo Didático torna evidente aquilo que pode ser ensinado, subsidiando o meu trabalho para a transposição didática O que dizem os especialistas sobre o gênero: A princípio, para se montar um modelo didático do gênero, neste caso do conto policial, faz-se necessário investigar alguns aspectos para melhor compreensão do que será estudado Conceitos dicionarizados: Conto: Costa, Borges e Corrêa (2000) conceituam conto como gênero narrativo em prosa caracterizado por uma extensão reduzida, poucas personagens e concentração espaço-temporal. A ação é linear, circunscrevendo-se a um conflito, a um episódio ou a um acontecimento insólito, por vezes, insignificante.

20 19 Os dicionários são sucintos ao abordarem o verbete conto. No Aurélio(1975) expõe que se trata de uma narração falada ou escrita; narrativa pouco extensa, concisa e que contem unidade dramática concentrando-se a ação num único ponto de interesse. No Luft (1998) apenas afirma que é uma narração ficcional breve, falada ou escrita. Enquanto Houaiss(2001) completa que se trata de uma historia curta em prosa com um só conflito e ação e poucos personagens. Coelho em seu dicionário terminológico esclarece detalhadamente O termo conto deriva do latim comentum, in. (invenção, ficção, plano, projeto) ligado ao v. Conteor, eris (olhar atentamente para, contemplar, ver, divisar). Narração oral ou escrita (verdadeira ou fabulosa); obra literária de ficção, narração sintética e monocrônica de um fato da vida. Paz e Moniz(1997) expõem detalhadamente que conto origina-se do latim computu- que significa cálculo, conto. E acrescentam da área da aritmética o vocábulo passou à literatura para designar o relato breve, oral ou escrito, de uma história de ficção na qual participa reduzido número de personagens, numa concentração espaço-temporal. Pela sua brevidade e concisão, bem como pela sobriedade de recursos que utiliza, o conto é uma narrativa mais eficaz de comunicação, detectando-se facilmente a intenção nuclear do seu autor Massaud Moisés (1997) acrescenta a palavra conto latim computu(m) cálculo, conta, ou conto(m); grego kóntos, extremidade da lança; ou commentu(m), invenção, ficção; ou deverbal de computare, calcular, contar. Francês conte, Espanhol cuento, Inglês short-stoty ou tale, Alemão novelle, erzählung ou märchen, Italiano novelle ou racconto. Literatura de massa: D'Onofrio(1995) esclarece que Um gênero literário, individualizado pelo agrupamento de obras que possuem formas estéticas e conteúdos ideológicos semelhantes, como qualquer elemento vivo, tem seu surgimento, seu período de apogeu, sua fase estandardização, em que se formam estereótipos que levam ao seu declínio e à sua transformação num novo gênero. Moniz e Paz(1997), na obra Dicionário Breve de Termos Literários expõem que o vocábulo paraliteratura deriva do grego pará que significa proximidade. E ainda, acrescentam termo que designa, em conjunto com outros (subliteratura,

21 20 literatura kitsch ou pimba ), uma série de textos que são considerados não literário, embora possam reconhecer-se neles alguns elementos de valor literário: novela corde-rosa ou sentimental, policial, faroeste, de terror, de ficção científica, fotonovela. De acordo com Carpeaux (1968), trata-se de uma receita segura: lança a suspeita contra inocentes e revela, enfim, que o mais insuspeito é o criminoso. É um jogo monótono. Mas justamente essa permanência do quadro garante o sucesso. Conto policial: Nos dicionários de língua portuguesa não apresentam tal verbete, apenas alguns se referem a romance policial. No que tange ao termo policial, afirmam que: no Aurélio(1975) relativo ou próprio da policia ou que serve aos seus fins; assuntos policiais; inquérito policial, no Houaiss(2001) relativo ou pertencente a policia; que envolve ou trata de crimes (romance) e Cegalla (2005) romance ou filme policial; que serve aos objetivos da policia; de recorrência criminosa e do desvendamento de crimes: romance policial Pires afirma que: em linhas gerais, o romance policial é um tipo de narrativa que expõe uma investigação fictícia, ou seja, a superação metódica de um enigma ou a identificação de um fato ou pessoa misteriosos. Toda a narrativa policial apresenta um crime e alguém disposto a desvendá-lo, porém nem toda a narrativa em que esses elementos estão presentes pode ser considerada policial. Isto porque além da necessidade de um crime, é preciso também uma forma de articular a narrativa, de estabelecer a relação do detetive com o crime e com a narração. Carpeaux (1968) garante que o sucesso do conto policial deve-se ao fato de bajular a inteligência do leitor ao convidá-lo a embrenhar-se em atividades mentais consideradas de alto grau de dificuldade Contexto sócio-histórico do gênero conto policial: Segundo D'Onofrio(1995) o suspense pode ser entendido como a arte de manter 'em suspenso' o leitor ou espectador, quer pelo enigma da realização de um crime, quer pela investigação da identidade do assassino. Essa característica remota as mais antigas narrativas. Desde as conhecidíssimas as aventuras contadas por Zerazade em As mil e uma noites, passando pela tragédia grega do Édipo Rei de Sófocles. Entretanto, somente no séc. XIX a narrativa de suspense atinge status de

22 21 gênero com estrutura e especificidade que lhe são próprias, atualmente denominada literatura de massa. Esse gênero literário evolui do conto de aventura onde o elemento suspense passou a ser indispensável. Essa transformação ocorre quando o maravilhoso ingênuo (mitos) ou maravilhoso mágico (mistério ou terror) passou a ser o maravilhoso lógico que supervaloriza a inteligência humana capaz de descobrir qualquer tipo de enigma sob a luz da razão. O conto policial encontra-se pautado no Positivismo - que considera o conhecimento científico como a maneira exclusiva de adquirir conhecimento verdadeiro, por apenas considerar dados concretos ou positivos, em detrimento a todas as outras formas que não possam ser comprovadas cientificamente. Ainda tem como aliado o avanço científico com todos os equipamentos, tais como, microscópicos, laboratórios de física e química, descobertas cientificas sobre subconsciente individual e coletivo que expurgavam o misticismo, crenças populares e enaltecem a força do intelecto. Este posicionamento filosófico acabou sendo reforçado no pensamento mecânico da Revolução Industrial. Inclusive, este evento social possui uma grande importância para o conto policial. Isto porque foi marcado pelo deslocamento de uma grande quantidade de pessoas interioranas para as grandes cidades em busca de trabalho e melhoria de vida na era dos trens e telégrafos. Esta grande concentração populacional, desmedida e em tão pouco tempo, criou o cenário ideal para este gênero, pois teve como consequência o aumento significativo da criminalidade. A aglomeração facilitava ao assassino tanto a realização do ato criminoso como sua fuga em meio a multidão de prédios e homens. Some-se a isso, o capitalismo que gera o desejo da ascensão social e aquisição de bens (as vezes a qualquer custo) um dos fatores estimuladores da criminalidade, como considera a ética marxista. Outro fator decorrente deste contexto histórico é o sentimento de suspeitar, não confiar; que segundo D'Onofrio (1995) a desconfiança nos meios de prevenção e de repressão do crime, pela incompetência e pela corrupção do sistema policial, faz surgir, por sua vez, o investigador particular, que é o herói desse tipo de narrativa. E cabe a ele por meio de sua capacidade de observação aguçada e intelecto brilhante. recuperar a ordem social, restabelecendo a justiça e entregando aos órgãos competentes para que punam o culpado.

23 O crime ao longo da história: O quadro a seguir apresenta obras que abordaram o crime dentro da literatura e gestaram elementos que estão presentes em contos policiais conforme Costa (2002): Bíblia Sagrada: O primeiro homicídio (Gênesis 4.8) Bíblia Sagrada: livro de Juízes Egito Antigo anônimo - V a.c. Caim matou seu irmão Abel Saga do fortíssimo Sansão O tesouro de Rhampsinit Séc. XII-XVI coletânea histórias e contos populares originárias do Médio Oriente e sul da Ásia posteriormente traduzidas em 1704 para o francês por Antoine Galland. As mil e uma noites - artimanhas, suspenses, crime-castigo para cativar seus ouvintes. Sófocles Édipo Rei inaugura características da psicanálise Charles Perrault ( ) O barba azul - gestava o 1º serial-killer. Voltaire ( ) Honoré de Balzac ( ) Charles ( ) e Mary Lamb ( ) Fiódor Dostoievski ( ). Robert Louis Stevenson ( ) Alexandre Herculano ( ). O cão e o cavalo - base das histórias de detetives raciocínio lógico dedutivo Um caso tenebroso em A comédia humana prenuncio do romance policial e também discute se um crime cometido pelo sistema deixa de ser crime Macbeth - revela uma história sanguinária. Crime-castigo Crime abordado sob os aspectos filosóficoteológico, ético-estético A morte do lidador em Lendas e Narrativas Franz Kafka ( ) A dicotomia crime/castigo em Diante da lei que retoma o crime de Caim. Charles Dickens ( ) Em O sinaleiro revela um misto de conto de terror e policial Machado de Assis ( ) Aborda em A cartomante o dueto ciúmes/morte. Coelho Neto ( ). Medeiros e Albuquerque ( ) A importância da ciência em nosso dia a dia e expressa em A sombra O 1º livro brasileiro de contos policiais Se eu fosse Sherlock Holmes de

24 23 Valdomiro Silveira ( ) Medeiros e Albuquerque/Coelho Neto, Viriato Corrêa/ Afrânio Peixoto em 1920 Monteiro Lobato ( ) Aníbal Machado ( ) Antônio de Alcântara Machado ( ). A temática de morte/crime também são vistos em: Força escondida 1º romance policial brasileiro chamado O mistério - editado por Monteiro Lobato Além de tradutor de contos policiais, também escreveu contos de suspense como O estigma A morte da porta-estandarte Luiz Lopes Coelho (1911- ) A morte no envelope Murilo Rubião ( ) Uma cena de crime urbano é apresentado em Amor e Sangue Botão de Rosa Mafra Carbonieri (1935- ) Armas e Bagagens, e ainda, Homem esvaziando os bolsos. Marcos Rey ( ) Com O último cuba-libre Marçal Aquino (1958- ) Miss Danúbio; O amor e outros objetos pontiagudos; e Faroeste. Rubem Fonseca (1925- ) Os prisioneiros (1963); A coleira do cão(1965) e Pequenas criaturas(2002), inclusive o melhor conto brasileiro de detetives Mandrake. Samuel Rawet ( ), Que os mortos enterrem seus mortos Ignácio de Loyola Brandão (1936- ) Cabeças de segunda-feira Wander Piroli (1931- ) Lá no morro Segundo D Onofrio (1995), as narrativas policiais apresentam repetições estético-ideológicas já que o público alvo está habituado com crime, investigação, pistas e falsas pistas e criminoso ser o menos provável entre todos os suspeitos, bem como, sua consecutiva punição após minucioso detalhamento do que, por que e como ocorreu o fato. Desta maneira é uma marca da literatura de massa a incidência da mesma estrutura textual, mesmo ambiente, mesmo tipologia de personagens pois, principalmente, o detetive é uma personagem tipo. O leitor busca um padrão que lhe gera uma 'zona de conforto com a recorrência dos elementos constitutivos deste gênero textual que no policial clássico é o suspense. Para este mesmo autor o consumidor de literatura de massa não quer saber de mudanças: gosta de encontrar, no livro ou na tela do cinema ou da televisão, figuras conhecidas, que ele mesmo possa imediatamente identificar. E como ainda ele afirma a fixidez da história corresponde a fixidez caracterológica do protagonista onde o constitui um gênero previamente estabelecido e classificado, onde a redundância predomina em que sua fidelidade

25 24 aos padrões o destacam e o elevam em relação aos demais, em detrimento a originalidade dos outros gêneros literários. Ele ainda acrescenta que, em relação ao conteúdo ideológico está calcado na recorrência isotópica, ou seja, sempre o mesmo sentido, mesma ideologia em que há uma manutenção de um conjunto de valores sociais que, segundo esta sociedade, garantem a felicidade humana e qualquer indivíduo ou até um grupo que os coloquem em risco deve ser considerado um 'perigo público'. O herói da literatura de massa, pouco importa se agindo dentro, à margem ou fora do sistema policial, representa o símbolo do desejo de salvaguardar os valores sociais, lutando contra os elementos perturbadores da ordem, inimigos do Estado e dos cidadãos integrados na sociedade. D'Onofrio (1995) Assim, o detetive, que simboliza o bem lutando contra o mal, apesar de um possível sofrimento inicial ou mesmo no meio da narrativa, tem vitória garantida. O elemento maléfico é incluso apenas para ser subjugado pelas forças do bem que restituem a harmonia, a justiça, a ordem revelando assim sua característica didático-moralizante em que alerta aos marginais sociais, que se ousarem praticarem o mal, serão inegavelmente punidos Análise do corpus do gênero policial de acordo com a proposta do interacionismo sócio- discursivo (Bronckart, 2003): Contexto de produção: Os três textos que serviram de base analítica foram: A. O mistério do sobrinho perfumado de Hélio de Soveral; B. Se eu fosse Sherlock Holmes de Medeiros de Albuquerque; C. O último cuba-libre de Marcos Rey. O conto de Hélio de Soveral foi retirado do livro didático Português: Idéias e Linguagens da 8ª série das Profª Maria da Conceição Castro e Dileta Antonieta Delmanto F. De Matos - publicado pela Editora Saraiva. Os demais contos, que constituem o corpus em análise, compõem a obra Para Gostar de Ler (v. 12): História de Detetives da Editora Ática e integram o acervo de muitas bibliotecas das

26 25 escolas públicas estaduais do Paraná. Assim, o que se pode depreender deste gênero é que se apresenta na modalidade escrita, pertencente à esfera literária (paraliteratura, subliteratura ou literatura de massa) e se caracteriza por ser uma narrativa curta ficcional verossímil constituída de personagens tipo com ambiente recorrente dentro do tempo e do espaço, em que é indispensável a presença da personagem que norteia a trama: o detetive. Produzido por autor enunciador contista - que tem como objetivo produzir contos que despertem fruição, prazer com a finalidade comercial - embasado no pensamento lógico maniqueísta, ou seja, a luta do bem contra o mal. Possui como público-alvo leitores juvenis e adultos que compram, emprestam coletâneas e/ou acessam via internet esse gênero. Destinatários oriundos das mais diversas classes sociais, constituídos um perfil social subjetivo baseados na lógica e que apreciem uma narrativa curta, marcada por uma estrutura previamente conhecida e um conteúdo recorrente por se tratar de uma literatura de massa em que considera que quanto mais fiel ao padrão, tanto melhor será. A relação entre o produtor e o destinatário se efetua de forma assimétrica, já que o leitor é apenas um ser passivo do deslumbre do raciocínio do autor que se vale do narrador para enunciá-lo no texto. A valoração social deste gênero em primeira instância é o entretenimento, seguido do pedagógico moralizante. Os suportes mais comuns são livros, coletâneas, antologias, livros didáticos e em sites na internet. Os seus meios de circulação são basicamente internet, bibliotecas e salas de aula Arquitetura interna: No procedimento descendente proposto pelo interacionismo sócio-discursivo (BRONCKART, 2003), os textos serão examinados como produtos sociais. Isso nos leva a considerar uma questão central: as condições externas de produção. Nascimento (2009) recomenda que, a partir da análise da situação de produção dos textos do gênero em foco, passa-se à análise dos elementos essenciais da arquitetura interna dos textos que se compõe por três níveis principais: a) a infra-estrutura textual, que é constituída pelo plano textual global, pelos tipos de

27 26 discurso e sequências textuais; b) os mecanismos de textualização; c) os mecanismos enunciativos. A) Infra-estrutura textual: Plano textual global: o planejamento textual Na esfera de comunicação em que circulam, os contos policiais apresentam as seguintes regularidades relacionadas ao plano textual global: a) título: com todas as letras em maiúsculo e pouco freqüente a presença de verbos; b) corpo textual: geralmente iniciado pela primeira letra maiúscula em destaque em relação às demais, formado por parágrafos que podem ou não apresentarem discurso direto (marcado de acordo com o estilo pessoal de seu produtor por aspas ou travessão) e/ou discurso indireto e até mesmo direto livre. c) autor: apresentado ou no final to texto ou como marcas extralingüísticas como cabeçalho na parte superior a partir da segunda página textual - junto com a numeração da mesma. d) ocasionalmente tradutor entre parênteses. Tipo de discurso predominante A narração ficcional do gênero conto policial é constituída pelo discurso do narrar autônomo, ou seja, não é necessário ter conhecimento das condições de produção para que seja efetuada a interpretação textual. (BRONCKART, 2003) Foco da narrativa O foco da narrativa, segundo Platão & Fiorin (1996), a narração pode ser feita de forma com que o narrador se inclua no discurso (em primeira pessoa) ou excluindo-se dele (em terceira pessoa). Nesse primeiro caso - em primeira pessoa, pode ser narrado por uma personagem principal (que não invade o íntimo das demais personagens, entretanto revela seus próprios pensamentos, sentimentos e percepções a cerca de tudo e de todos que a cercam) ou secundária (que aborda o ponto de vista de dentro dos acontecimentos, narrando o que viu e ouviu sem,

28 27 porém, conseguir ter ciência dos pensamentos e sentimentos das demais personagens apenas inferindo, e até mesmo comentando os acontecimentos). No último caso em terceira pessoa, ainda ele pode posicionar-se como narrador onisciente: quando tem conhecimento de todos os acontecimentos, pensamentos e sentimentos das personagens, assumindo o papel analítico, crítico onde tudo fica expresso através de comentários; ou como narrador observador: também é sabedor de tudo, porém limita-se a narrar de uma forma neutra os detalhes do enredo de uma forma menos invasiva sob um aspecto mais subjetivo. Dando a impressão que a própria história tomasse o curso sozinha e se auto-narrasse. Considerando o exposto acima e os contos analisados, constata-se que o texto A é narrado em 3ª pessoa, mais especificamente por um narrador observador apesar de incluir um pronome possessivo nosso para estabelecer um vínculo entre o enunciador e o destinatário como se a personagem principal fosse algo em comum entre ambos. Mas o nosso herói só soube dele no domingo, quando foi visitar o tio, o delegado Orlando Quental, chefe do Departamento Especial de Polícia Civil O texto C também é narrado na terceira pessoa, entretanto constata-se que o narrador tem ciência até dos pensamentos das personagens como em O que o empresário-detetive imaginava era a ameaça de algum marido ou amante ciumento (...) revelando-se assim um narrador onisciente. Todavia, o texto B é narrado em primeira pessoa pela personagem principal neste caso o Detetive. Fi-lo, porém, prometer que, quando houvesse algum crime, eu o acompanharia a todas as diligências. Personagens Dentro do conto policial a personagem do detetive revela-se o eixo norteador de toda a trama textual. Além dele, estão presentes: a vítima, o criminoso, poder público (polícia) e demais personagens para constituir o cenário humano textual. a) Os detetives mais importantes: O quadro a seguir evidencia os detetives mais importantes dentro da literatura universal, de acordo com Costa (2002):

29 28 DETETIVE AUTOR(A) ORIGEM CURIOSIDADE C. Augusto Dupin Edgar Allan Poe ( ) EUA 1º detetive da história dos contos policiais; divertia-se enquanto ajudava seus semelhantes na solução de casos que aos demais simples mortais seria praticamente impossível. Sherlock Holmes e seu fiel ajudante Dr. Watson Arthur Conan Doyle ( ) Escócia o mais conhecido mundialmente serviu de modelo para os que o seguiram Arsène Lupin Maurice Leblanc ( ) França contribuiu para que esse gênero fosse difundido universalmente. Padre Brown G. K. Chesterton ( ). Inglaterra um padre protagonizou história de crime como o detetive-padre Sam Spade Dashiell Hammett EUA Autor fora ex-detetive na vida real e cria um detetive durão que além de usar a cabeça emprega também os punhos em sua obra O falcão maltês. Nero Wolfe e seu ajudante Archie Goodwin Rex Stout ( ) EUA A festa de Natal apresenta a personagem que possui a função do ajudante chamado de Archie Goodwin e que narra os fatos do detetive Nero Wolfe. Inspetor jules Maigret Georges Simenon ( ). Bélgica Protagonizou 75 novelas e 28 contos, além de vários filmes para a TV Superintendente da Scotland Yard Roderich Alleyn Edith Ngaio Marsh ( ). Nova Zelândia A autora chegou a ser confundida com um homem por assinar apenas seu sobrenome Lord Peter Winsuy e Montague Egg Dorothy L. Sayers ( ). Na época áurea do conto policial Hercule Poirot e Miss Marple. Agatha Christie ( ) Inglaterra Autora conhecida como a Duquesa da Morte, Rainha do Crime ou Dama do crime publicou mais de 80 livros foi pioneira ao fazer com que os desfechos de seus livros fossem extremamente impressionantes e inesperados, sendo praticamente impossível ao leitor descobrir quem é o assassino. Cordélia Gray. P. D. James (1920- ) Inglaterra rainha das histórias inglesas de detetives

30 29 b) Caracterização das personagens Conforme D'Onofrio (1995), o que é indispensável no perfil de um bom detetive são sua faculdade analítica e uma observação detalhista e o compara com um intuitivo jogador de damas onde a sagacidade, a avaliação e entendimento do funcionamento das estruturas determinam seu sucesso. Ainda o iguala a um jogador de cartas consegue descobrir quais cartas cada integrante da mesa possui por suas expressões faciais e/ou corporais, análise de cada jogada proveniente de um profundo exame dos detalhes. Mas para torná-lo um detetive brilhante faz necessário acrescentar um profundo conhecimento geral de mundo, bem como, um entendimento das regras de seu funcionamento. Em um contexto capitalista, essa intelectualidade geralmente é enfatizada em detrimento ao desapego material onde a reclusão introspectiva meditativa o torna um excêntrico. Essa clausura não é maior pela presença do seu amigo/ajudante que compõe a dupla detetive-amigo confidente (geralmente seu assistente) como, por exemplo, Sherlock-Watson preconizada pela tradição anglo-saxônica tradicional. Sequências textuais: O gênero conto policial compreende predominantemente três tipos de sequências: narrativa, descritiva e dialogal. Sequências narrativas: De acordo com D'Onofrio (1995), a narrativa policial clássica é formada por duas sequências narrativas encadeadas: a história do crime em que a vítima é a personagem principal e na história do inquérito tem como protagonistas o detetive e o criminoso. E possui como temática recorrente: crime, morte, investigação, punição. Conforme Bronckart (2003), a sequência narrativa estrutura-se em torno de uma intriga onde todos os acontecimentos são selecionados e organizados para comporem uma unidade. Começa com uma condição equilibrada (início), que após instaurado uma tensão condiciona uma ou mais transformações (meio) para conduzirem ao restabelecimento do equilíbrio(fim). Considerando os estudos de Labov e Waletzky (apud BRONCKART, 2003, página ano, página 220) em que se padronizou cinco fases da narrativa, pode-se

31 30 verificar no conto policial: a) situação inicial: apresentação das personagens e do ambiente em que será inserido o enigma a ser elucidado. b) Complicação: constata-se o crime; c) ações: através do raciocínio lógico e da observação detalhista do detetive ocorre a investigação das pistas e falsas d) Resolução: onde o crime é desvendado. e) situação final, ocorre a punição do malfeitor e o reconhecimento ao herói que livrou a sociedade de um ser que prejudicou e possivelmente prejudicaria ainda mais seus semelhantes. O desfecho é a explicação final da narrativa e dos fatos que coordenaram agradavelmente na descoberta do mistério. Tudo nesse desfecho se encaminha para um único ponto: apagam-se as discordâncias, os erros, os desvios, as falsas pistas. Com o leitor, o autor recapitula os fatos seguindo a sua ordem lógica. É como a contra-prova do acontecimento D ÁVILA (1967) Em relação à história do crime, geralmente o leitor é apresentado a um mistério cujas circunstâncias inclusas a situação não são reveladas portanto, serão necessário uma explicação racional e lógica para os fatos constituindo um desafio à mente humana. Neste momento entra em cena o detetive dotado de observação aguçada e raciocínio que excedem a normalidade dos demais seres humanos. O suspense encontra-se no modo como que os fatos vão sendo elucidados cientificamente, em detrimento a uma possível explicação sobrenatural, fantasiosa que uma mente despreparada pudesse fazer uso. Em relação à história do inquérito, ainda podem ser subdivididos em: inquérito da polícia, inquérito do detetive, reconstrução do crime e o fim da história. No Inquérito da polícia compreendem os depoimentos das testemunhas e um possível suspeito que geralmente funcionará como bode expiatório para mascarar a incompetência do sistema em resolver o caso. No inquérito do detetive, que surge para desfazer uma injustiça e localizar o verdadeiro culpado. Essa personagem, que funciona como o maestro e pivô central, costura a trama entrelaçando vitima assassino fazendo uso basicamente da investigação da cena do crime, da observação minuciosa cujos detalhes que

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