UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Instituto de Ciências Jurídicas RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO. Ídala Maria de Bragança Pedrosa

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Instituto de Ciências Jurídicas RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO. Ídala Maria de Bragança Pedrosa"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Instituto de Ciências Jurídicas RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO Ídala Maria de Bragança Pedrosa Cabo Frio 2009

2 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA Instituto de Ciências Jurídicas RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO Ídala Maria de Bragança Pedrosa Trabalho apresentado para conclusão do curso de de Direito, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, da Universidade Veiga de Almeida, orientado pela professora Renata Granha. Cabo Frio 2009 RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO

3 ÍDALA MARIA DE BRAGANÇA PEDROSA Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Veiga de Almeida, como requisito para obtenção do título de bacharel em Direito. Aprovada em: / /2009 Banca examinadora: Professora Renata Granha Professora do Institudo de Ciências Jurídica da UVA. Presidente da Banca Examinadora. Professora Izabela Padilha Professora do Instituto de Ciências Jurídicas da UVA. Membro da banca examinadora. Professor Renato Silva Professor do Instituto de Ciências Jurídicas da UVA. Membro da banca examinadora. Grau: Cabo Frio,junho de 2009

4 A minha querida mãe Thiophyla que já não se encontra mais aqui, essa é minha conquista.

5 À Mestre Renata Granha, pelas sábias orientações e ajuda didática, as minhas filhas e marido pelo apoio sempre. RESUMO

6 O objetivo primordial da responsabilidade civil é a reparação do dano causado por outrem através da recomposição patrimonial, visando o estabelecimento do status quo ante. Este estudo analisou a responsabilidade do cirurgião plástico. Foi visto que é opinião corrente tanto nos meios médicos quanto jurídicos que o profissional em questão é apenado de modo exacerbado quando comparado aos profissionais das demais especialidades médicas e aqueles que entendem ser incorreta a diferenciação entre cirurgias estéticas e as demais entendem também ser injusta tal situação. A verificação da ocorrência do erro médico é de extrema dificuldade aos operadores do Direito e, de modo especial, aos aplicadores do Direito e, atualmente, essa dificuldade só vem aumentando, uma vez que as demandas indenizatórias crescem de maneira plausível. Constatou-se que nessas demandas, os autores tentam mostrar de todas as formas as evidências de máprática do profissional, ao passo que a parte contrária tenta demonstrar, respaldada em compêndios científicos e laudos periciais, que em momento algum se afastou da Ciência Médica. Resta, portanto, ao juiz estabelecer se há culpa e se existe o nexo de causalidade entre a ação ou omissão médica e o resultado danoso ao paciente, tarefa esta, muito árdua. Palavras-chave: Responsabilidade civil; Erro médico; Cirurgia plástica ABSTRACT

7 The primary goal of liability is to repair the damage caused by others through asset recovery, to establish the "status quo ante." This study examined the responsibility of the plastic surgeon. It was seen that this view is both in medical facilities as the legal professional in question is just so exacerbated when compared to professionals from other medical specialties and those who believe be wrong to differentiate between cosmetic surgery and other means also be unfair this situation. The verification of the occurrence of medical error is extremely difficult for operators of the law - and, in particular, applications of law and, currently, the only difficulty is increasing as the demands grow on a reasonable compensation. It was found that these demands, the authors try to show all forms of evidence of bad-practice in training, while the party tries to demonstrate, supported by scientific compendiums and expert reports, that at no time moved away from the Science Médica. It remains, therefore, the judge determine whether there is guilt and there is a causal link between the act or omission harmful to the doctor and patient outcome, this task very difficult. Key words: Liability, Medical Error, Plastic Surgery SUMÁRIO

8 CAPA...1 INTRODUÇÃO RESPONSABILIDADE CIVIL Considerações Gerais acerca da responsabilidade civil PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA Ação ou omissão do agente Culpa ou dolo do agente RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL Responsabilidade Contratual Responsabilidade Extracontratual RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO Natureza Jurídica da Obrigação Erro de Diagnóstico e erro de conduta RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO Obrigação das Partes Ilícito Civil praticado pelo Cirurgião Plástico CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS INTRODUÇÃO

9 O presente trabalho tem como tema a responsabilidade civil do cirurgião plástico. No primeiro capítulo será abordado as considerações gerais acerca da responsabilidade Civil: Ação ou omissão do agente e culpa ou dolo. O Direito Civil visa regulamentar a relação existente entre as pessoas e entre estas e os bens. Ou seja, o Direito Civil trata da responsabilidade patrimonial. Como constitui em apenas um ramo do Direito Privado, seu principal objetivo é a conquista da paz social. Todavia, o contato direto entre os homens acaba por gerar, não raras vezes, um conflito de interesses que, se não for composto de forma amigável, o Estado, através do Poder Judiciário, intervirá de maneira a realizar a prestação jurisdicional. O objetivo primordial da responsabilidade civil é a reparação do dano causado por outrem através da recomposição patrimonial, visando o estabelecimento do status quo ante. Nas situações fáticas nas quais não for possível esta reparação, a vítima deverá ser indenizada. Ocorre o mesmo face ao Código de Defesa do Consumidor e, mais especificamente, nas relações que envolvem prestação de serviços. Concernente aos profissionais liberais existe as obrigações de meio e de resultado. Na primeira, basta o profissional provar que os meios utilizados durante a prestação do serviço foram adequados ao caso apresentado para eximirse de qualquer responsabilidade patrimonial. Na segunda, contudo, deverá demonstrar que utilizou dos meios adequados e que o resultado não ocorreu pela ocorrência de caso fortuito ou força maior. Já o segundo capítulo abordará a respeito dos pressupostos da responsabilidade Civil objetiva e subjetiva, onde engloba ação ou omissão, assim como, a culpa ou dolo do agente. Na ação o agente tem o dever jurídico de não fazer, um comportamento positivo e não ato ilícito, se assim o fizer será compelido a reparar o

10

11 10 dano que cometeu a outrem. Na omissão se processa da mesma forma, só que aqui o agente deixa de fazer uma ação que tinha o dever de fazer. Tratando-se de Dolo e Culpa, tanto em um como no outro, o agente tem conduta voluntária. No Dolo a conduta nasce ilícita, a vontade é dirigida para que se concretize um resultado antijurídico, enquanto na culpa, a conduta nasce lícita, mas, na medida em que se desvia dos padrões sociais, torna-se ilícita. Já no terceiro Capítulo abordará a responsabilidade Civil contratual e Extracontratual, objetivando a análise de que tanto uma como a outra, derivam do princípio superior de Direito de que ninguém pode causar dano a outrem. No quarto Capítulo abordará a Responsabilidade Civil do Médico, a natureza jurídica da Obrigação, Erro de Diagnóstico e Erro de Conduta. Tratando-se de responsabilidade por Erro médico é atributo de o paciente fazer prova de que o médico teve culpa a elaborar seu trabalho. O Profissional responde por Culpa no seu procedimento. Feitas estas considerações iniciais, o presente estudo no quinto capítulo analisou a responsabilidade do cirurgião plástico. Assim, analisou-se o tema proposto através de levantamento de dados bibliográficos, jurisprudenciais e outros meios capazes de permitir uma observação crítica e lançar luzes perante as novas concepções a respeito do assunto. A Constituição Federal de 1988, o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor, as Leis extravagantes, as notícias veiculadas pelos meios de comunicação, pesquisa bibliográfica, jurisprudencial, e os demais instrumentos competentes foram analisados para atingir os objetivos propostos neste trabalho. 1 RESPONSABILIDADE CIVIL

12 Considerações Gerais acerca da responsabilidade civil A responsabilidade civil tem origem na raiz latina respondere que significa responsabilizar-se, garantir-se, assumir o pagamento do ato que praticou ou do pagamento de que se obrigou onde se vincula o devedor, nos contratos verbais do direito romano. O fundamento da responsabilidade civil está no fato de que ninguém pode lesar interesse ou direito de outrem. De acordo com Rui Stoco: Toda vez que alguém sofrer um detrimento qualquer, que for ofendido física ou moralmente, que for desrespeitado em seus direitos, que não obtiver tanto quanto foi avençado, certamente lançará mão da responsabilidade civil para ver-se ressarcido. A responsabilidade civil é, portanto, a retratação de um conflito 1. Maria Helena Diniz leciona que: [...] poder-se-á definir a responsabilidade civil como a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato do próprio imputado, de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda (responsabilidade subjetiva), ou, ainda, de simples imposição legal (responsabilidade objetiva). Definição esta que guarda, em sua estrutura, a idéia da culpa quando se cogita da existência de ilícito e a do risco, ou seja, da responsabilidade sem culpa 2. A responsabilidade civil é a contraprestação de reparação de dano causado em razão de fato ou ato praticado por uma pessoa ou que esteja sobre a guarda dela. 1 STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil..In Revista dos Tribunais,7 ed. São Paulo: p. 112.Atualizada em: 14 junh.2009.disponível em Acesso em 16 junh.2009, 2 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 17 ed. São Paulo: Saraiva, p. 36.

13 12 A responsabilidade civil é o meio jurídico utilizado de responsabilidade para que sejam reparados os danos que uma pessoa ocasionou a terceiros, por ato por ela praticado. Em outras palavras, a responsabilidade civil é definida como a aplicação de medidas que obriga uma pessoa à reparar o dano causado a terceiro, em razão de a mesma ter praticado ato de pessoa por quem ela responda por imposição legal. As excludentes da responsabilidade isentam o agente de obrigação de indenizar a vítima pelos danos resultantes. São divididas em: a legítima defesa, o estado de necessidade, o exercício regular de um direito e o estrito cumprimento do dever legal, a culpa exclusiva da vítima, o fato de terceiro e caso fortuito ou força maior. Os artigos 188 (inciso II e seu parágrafo único), 929 e 930 dispõem sobre o estado de necessidade: Art Não constituem atos ilícitos: II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente. Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, não excedendo os limites do indispensável para a remoção do perigo. Art Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso do inciso II do art. 188, não for culpado do perigo, assistir-lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. Art No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado 3. O agente no estado de necessidade, para impedir um perigo iminente, danifica coisa alheia, tendo uma justificativa para o prejuízo causado à vítima. Nesse caso o ato é ilícito, mas é admitido por Lei. O estado de necessidade é a destruição ou deterioração a um direito alheio, para remover um perigo eminente de valor jurídico igual ou menor daquele 3 Brasil. Constituição Federal da República Federativa do Brasil-1998, Código Civil e Código de Processo Civil Brasileiro.

14 13 que se protege. Quando não houver alternativa a ser tomada, atuando em estado de necessidade é admissível. Se o ato foi praticado contra o próprio agressor, e em legítima defesa, não poderá ser o agente responsabilizado Civilmente pelos danos provocados. Entretanto, se por engano ou erro de pontaria uma terceira pessoa foi atingida, ou alguma coisa de valor, deve o agente reparar o dano. Mas cabe neste caso ação regressiva contra o agressor, para se ressarcir da importância desembolsada. 4. O ato deve ser usado proporcionalmente ao ato do agressor, pois se for usado em excesso o direito veta. O artigo 187 do Código Civil trata sobre o exercício regular de direito: Art Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes 5. São excludentes de indenização os danos ocasionados pelo exercício regular de direito. Assim também o estrito cumprimento do dever legal por atuar de acordo com o que estabelece a lei. Sendo Vítima culpada no estrito cumprimento do dever legal, o agente não é responsável pelo dano causado à vítima, não está obrigada a pagar pelos prejuízos proporcionados. Se a culpa é da vítima, não haverá vinculação de causa e efeito entre o ato culposo praticado pelo agente e o prejuízo ocasionado. Por exemplo, se a vítima, com a intenção de cometer o homicídio de seu filho, joga-o na frente de um carro, no qual o motorista dirige normalmente com toda prudência, não pode ele ser considerado culpado pela vontade da mãe da criança que foi atropelada. Sobre a culpa exclusiva da vítima, tem-se o entendimento de Maria Helena Diniz: [...] caso em que se exclui qualquer responsabilidade do causador do dano. A vítima deverá arcar com todos os prejuízos, pois o agente que causou o dano é apenas um instrumento do acidente, não se podendo falar em nexo de causalidade entre a sua ação e a lesão (RT, 632:191, 440:74, 563:146, 44:86). P. ex.: se um indivíduo tentar suicidar-se, atirando-se sob as rodas 4 GONÇALVES, Carlos Roberto.Direito Civil Brasileiro- Responsabilidade Civil. 4 ed. Vol.IV.São Paulo: Saraiva, p ARTIGO 187 do Código Civil Brasileiro.

15 14 de um veículo, o motorista estará isento de qualquer composição do dano; [...] 6. Ou seja, a culpa exclusiva da vítima é uma das causas excludentes do dever de indenizar. Embora não prevista em lei, a doutrina e a jurisprudência vêm entendendo a vítima, pode dar causa ao prejuízo por ela mesmo suportado e, por conseguinte afasta o dever de indenizar da outra parte. No que se refere ao caso fortuito e a força maior são excludentes do nexo de causalidade, por serem interrompidos ou cerceados, no caso da obrigação do devedor dar coisa incerta, não será excluído o nexo causal se for alegado pelo devedor perda por força maior ou caso fortuito 7. O caso fortuito e a força maior são excludentes do nexo causal, porque o diminuem, ou o interrompem. Nos dois a relação de causa e efeito entre a conduta do agente e o resultado danoso inexiste. do Código Civil: Sobre caso fortuito e força maior, dispõe o artigo 393, parágrafo único Art O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não eram possível evitar ou impedir 8. Sendo assim, os órgãos competentes deverão analisar e comprovar todas as causas excludentes da responsabilidade civil, para que seja comprovada a culpa do agente, a que deixe o lesado sem a composição do dano sofrido. Pode ser também excludente de responsabilidade Civil o fato de terceiro, mas precisa ser caracterizado. O problema é saber se o agente causador DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 17 ed. São Paulo: Saraiva, p. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 17 ed. São Paulo: Saraiva, p. ARTIGO 393,parágrafo único do Código Civil Brasileiro

16 15 do dano fica isento da obrigação de indenizar a vítima. O que importa e interessa é verificar se o terceiro foi o verdadeiro causador do dano ou se também o agente participou do ato danoso. Concluindo que a culpa foi exclusivamente do terceiro, fica então, excluído o nexo causal. Cabe ação regressiva, se o dano for ocasionado por fato de terceiro. São poucas as decisões jurisprudenciais que aceitam o fato de terceiro como uma excludente da responsabilidade civil. Embora o fato de terceiro, como causa excludente de responsabilidade, não possua disciplina específica no Código Civil, seu estudo acha-se ligado às figuras do caso fortuito e da força maior, predominando-se o entendimento jurisprudencial, segundo o qual se equipara o fato de terceiro ao fortuito. Assim, haverá exclusão de responsabilidade quando o ato é imputável não ao agente aparente, mas a terceiro. 2 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA 2.1 Ação ou omissão do agente

17 16 A ação ou omissão, ou seja, a conduta humana da pessoa é que vem causar dano ou prejuízo a outrem. Esse ato pode ser do agente ou de outro que está sob sua responsabilidade e vem produzir resultado danoso por negligência, imperícia, imprudência ou dolo. A ação ou omissão que qualifique a responsabilidade civil pode ser lícita ou ilícita. Ter-se-á ato ilícito se a ação contrariar dever geral previsto no ordenamento jurídico, integrando-se na seara da responsabilidade extracontratual, e se ela não cumprir obrigação assumida, caso em que se configura a responsabilidade contratual. [...] há atos que embora não violem a norma jurídica, atinge o fim social a que ela se dirige, caso em que se têm os atos praticados com abuso de direito, e se tais atos prejudicarem alguém ter-se-á o dever ressarci tório 9. De acordo com o artigo 186, do Código Civil: Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito 10. Aquele que comete ato ilícito está compelido a reparar o dano cometido a outrem, basta À conduta antijurídica para gerar o direito da parte prejudicada de provocar a tutela jurisdicional para impedir que seja produzido efeito pelo ato ilícito, e até pedir que os danos causados sejam reparados. A antijuridicidade do ato causado por aquele que por ação ou omissão voluntária, imprudência ou negligência, causa dano a outrem, mesmo que só mesmo moral, está exaltada pela expressão violar direito. O art. 927 do Código Civil fica encarregado do efeito decorrido deste: Art Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo 11. A responsabilidade Civil do agente pode ser por ato de próprio, por ato de terceiros que o agente é responsável, ou por coisas que estejam em sua guarda. 9 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro: responsabilidade civil. 17 ed. São Paulo: Saraiva, ARTIGO 186 do Código Civil Brasileiro-2002 ARTIGO 927 do Código Civil Brasileiro-2002.

18 17 A responsabilidade por omissão deve antes de tudo, ser necessária a existência de um dever jurídico de que seja praticado um determinado fato de não se omitir e que o dano poderia ter sido evitado se tivesse praticado o dever de ação. Esse dever de não se omitir pode advir por Lei ou resultante de convenção e até pela criação de uma determinada situação de perigo especial. A condição negativa do omitente contribui para que a causa opere. Só aquele que tem obrigação jurídica de agir é que pode ser responsabilizado por não impedir o resultado. A ação consiste em um comportamento positivo, onde estão obrigados a não praticar atos que venham a lesar outrem, está obtido em um fazer. O primeiro ato da responsabilidade Civil encontra-se na ação ou omissão. A omissão surge quando agente não realizou uma ação na qual deveria ter feito. A ação é a própria prática do ato que não deveria ter sido feita, já a omissão a não observância de um ato que deveria ser realizado e não foi. A relação de causalidade ou nexo causal é um dos pressupostos fundamentais para que se configure a responsabilidade Civil e também o dever do agente em indenizar. 2.2 Culpa ou dolo do agente A culpa é entendida como violação de um dever jurídico, imputável a alguém que ao causar o dano não tinha intenção de causa-lo, mas por imprudência, imperícia ou negligência veio a ocasionar. Caracterizando a culpa, mesmo sem intenção, surge o dever de reparar, compreendendo: o dolo, que é a violação intencional do dever jurídico e a culpa em sentido estrito, caracterizada pela imperícia, imprudência ou negligência, sem qualquer deliberação de violar um dever. Para que o agente não resulte em violação lesando bens jurídicos de outrem, ele deve no seu atuar, observar a necessária cautela que são a atenção ou diligência que é chamado dever de cuidado objetivo. Mas, não basta só o dever de cuidar, se faz necessário que o agente tenha possibilidade de prever e agir, impedindo se possível, a configuração do dano, através do critério padrão abstrato do homem médio.

19 18 A culpa é um erro de conduta imputada a um agente que se fosse cometido por agente avisado não acometeria por ter conhecimentos do fato de que deve se comportar por dever incumbido ao homem de lealdade para com os seres humanos. Se o evento é possível, pode-se cogitar a culpa, pois ela não é presumida, devendo ser apurada no exame de cada caso concreto. A culpa em sua essência é sempre a mesma coisa a violação de um dever de cuidado. A conduta culposa é dada de diversas maneiras, sendo as modalidades desdobradas em diversas violações do dever jurídico de cuidado. Pode-se dizer que o fenômeno é examinado por diversos ângulos. Dessa forma, temo: a culpa grave, leve e levíssima. A culpa grave é examinada pelo ângulo de atuação do agente, se ele atuou com grosseria, falta de cautela, ao homem normal, injustifica o seu descuidado, por ser impróprio do homem comum. Essa é a culpa consciente, ele prevê o resultado, mas o agente não acredita que ele pode ocorrer. Se a falta puder ser evitada com cuidado próprio do homem comum, com a tensão haverá culpa leve. Já a falta de atenção exagerada, pela ausência de conhecimento singular, ou de habilidade especial, é que caracteriza a culpa levíssima. Entendemos sobre a culpa contratual se o dever violado estiver por fonte obrigacional preexistente de uma relação jurídica, ou seja, oriunda de um contrato. Na culpa extracontratual ou aquiliana, a causa geradora é o dever da Lei ou um preceito geral de direito. Da culpa concorrente, podemos falar quando a conduta do agente causador do dano esta concorrente com a conduta culposa da vítima, ocasionando o evento danoso de ambos pelo comportamento. É recomendação da jurisprudência e da doutrina, que havendo culpa concorrente, haja divisão da indenização pelo grave de culpabilidade de cada um dos agentes envolvidos. Dessa forma, o dolo é quando se tem vontade de agir, assumindo resultado previsto e a culpa é quando a pessoa não teve a intenção de ocasionar o dano, mas por imprudência, imperícia ou negligência, ocasiona o dano involuntariamente.

20 19 No dolo, o agente tem a intenção de praticar o dano, assume o risco do resultado previsto. O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 18, inciso I, o conceitua: Diz o crime: I- doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzilo. No dolo o agente tem vontade de agir. Para que a vítima consiga ser indenizada, pela responsabilidade civil, terá que demonstrar nos autos que a pessoa que ocasionou o dano a ela agiu de forma culposa, ou seja, para que possa surgir à responsabilidade civil, é necessário que haja culpa RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL 3.1 Responsabilidade Contratual Descumprido uma obrigação contratual, uma pessoa pode causar prejuízo a outrem. Há quem critique a separação entre responsabilidade contratual e 12 Ibid, p. 17.

21 20 extracontratual, alegando que são uniformes os efeitos e que se há dano, a obrigação de reparar existe independente da culpa ser contratual ou extracontratual. É importante fazer uma distinção entre as duas espécies, pois cada uma delas possui um regime jurídico próprio, conforme será tratado neste subitem. Quando a responsabilidade deriva da inexecução de um negócio jurídico unilateral ou bilateral, sendo o agente inadimplente, ou descumprindo o contrato gera um ilícito que dize-se ser a responsabilidade contratual. Dispõe o artigo 389 do Código Civil: Art Não cumprida à obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado 13. Assim sendo, o inadimplemento da obrigação positiva e líquida, de pleno direito, constitui em mora o devedor e não havendo termo, se constitui a mora mediante interpelação judicial ou extrajudicial. É uma infração a um dever especial fixada pelas partes em um contrato, decorrente de uma norma jurídica contratual, e ocorre um dano pelo descumprimento da obrigação estabelecida no contrato baseada no dever de resultado, acarretando culpa pela inexecução evitável, imprevisível da obrigação que é prejudicial à outra parte. A responsabilidade contratual é a violação de uma obrigação, para tanto o credor só está obrigado a demonstrar que a obrigação não foi cumprida conforme estipulação contratual. Cabe ao devedor o ônus da prova, ficando incumbido de provar a inexecução de sua culpa, ante o inadimplemento, e até mesmo, a indenizar, como no caso fortuito ou força maior, referenciados pelos artigos 1056 e 1058 do Código Civil Brasileiro. O artigo 395 do Código Civil diz que: Art Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado ARTIGO 389, do Código Civil Brasileiro-2002 ARTIGO 395, do Código Civil Brasileiro-2002

22 21 De acordo com o enunciado 162 do CEJ, a inutilidade da prestação que autoriza a recusa da prestação por parte do credor deverá ser aferida objetivamente, consoante o princípio da boa fé e a manutenção do sinalagma, e não de acordo com o mero interesse subjetivo do credor 15. Então, na responsabilidade contratual, ao credor basta a prova presumida da culpa do inadimplente. A responsabilidade do médico será contratual quando decorrer de contrato existente entre o médico e seu cliente, isto é, quando o profissional estiver unido o seu paciente por um vínculo contratual. Não parece hoje dúvida quanto à responsabilidade do médico em natureza contratual. Acredita-se, não obstante sua colaboração no capítulo dos atos ilícitos, logo o paciente em relação ao seu médico tem a total liberdade de elegê-lo, aceiro o encargo está presente a obrigação contratual. Assim, basta ao paciente demonstrar que a obrigação não foi cumprida para que surja a responsabilidade da obrigação pelo profissional da inexecução culposa e o nexo de causalidade entre eles e o dano causado. O médico só não será obrigado a indenizar, se provar que o dano decorreu de causa que não participou. Mas, o profissional não pode ter a culpa presumida, mesmo que a responsabilidade médica seja considerada contratual. Entende-se como conseqüência dessa natureza jurídica, o fato do médico não se comprometer a curar, mas, a proceder conforme as regras e os métodos exigidos pela própria profissão. Entre médico e paciente pode existir contrato verbal ou escrito. Será contrato verbal quando, o paciente faz uma consulta com um médico plantonista num hospital, com queixa de fortes dores no abdome, permitindo a execução do exame clínico. O médico não precisou de autorização do paciente para realização dos exames necessários para poder diagnosticá-lo, bastou uma submissão ao exame para que o contrato verbal ficasse realizado. O contrato será, porém, de forma escrita quando, por exemplo, o paciente assina uma autorização para que o médico realize determinada cirurgia. Assim, observa-se que a diferença entre os dois tipos de contrato está no fato de um depender, necessariamente, de documento escrito e/ou assinado pelo paciente e 15 NEGRÃO, Theotônio e GOUVÊA, José Roberto F. BRASIL. Código Civil e legislação civil em vigor. 25 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

23 22 pelo médico, não sendo exigível no contrato verbal. Destarte, havendo contrato, é no âmbito de seus limites que será apurado o inadimplemento por parte do paciente ou o descumprimento do contrato por parte do médico. Há descumprimento do contrato, quando, por exemplo, em cirurgia plástica o médico contrata com a sua paciente comprometendo-se a deixar seu nariz igual ao de uma determinada atriz. Contudo, realizada a cirurgia, o resultado é diverso do contratado; logo, analisando-se pelo âmbito contratual, houve, nesse caso, um descumprimento do profissional com o que foi previamente pactuado com a paciente. Para que fique configurada a responsabilidade contratual, assim como a extracontratual, se requer em essência três condições: o dano, o ato ilícito e a causalidade, ou seja, o nexo de causa e efeito entre os primeiros elementos. 3.2 Responsabilidade Extracontratual A responsabilidade extracontratual é aquela em que um agente comete uma ação ilícita, por culpa no sentido estrito ou dolo, violando uma norma e causando um prejuízo, fica obrigado a repará-lo civilmente. Na responsabilidade extracontratual o agente infringe um dever legal, mas não existe nenhum vínculo jurídico entre a vítima e o agente causador do dano. A responsabilidade extracontratual é a obrigação jurídica dada ao agente causador do dano, ou para o responsável pelo fato de terceiro, ou seja, para aquele que por ação ou omissão voluntária, infringir a lei e ocasionar prejuízo à outra pessoa 16. Na responsabilidade extracontratual, a vítima tem que provar a culpa ou o dolo do agente causador do dano, ou seja, tem o ônus de provar que o agente cometeu ato ilícito STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil..In Revista dos Tribunais,7 ed. São Paulo: p. 140.Atualizada em: 14 junh.2009.disponível em Acesso em 16 junh.2009, 17 RODRIGUES, Silvio. Direito Civil Responsabilidade Civil. 20 ed. v. 4. São Paulo: Saraiva, p. 10.

24 23 De outro lado, poderá abranger a responsabilidade sem culpa, baseada na teoria do risco, a responsabilidade extracontratual, diferentemente da responsabilidade contratual, onde o contratante não precisa provar a culpa, tendo-se assim a responsabilidade subjetiva. Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho distinguem as duas responsabilidades: Com efeito, para caracterizar a responsabilidade civil contratual, faz-se mister que a vítima e o autor do dano já tenham se aproximado anteriormente e se vinculado para o cumprimento de uma ou mais prestações, sendo a culpa contratual a violação de um dever de adimplir, que constitui justamente o objetivo do negócio jurídico, ao passo que, na culpa aquiliana, viola-se um dever necessariamente negativo, ou seja, a obrigação de não causar dano a ninguém. Justamente por essa circunstância é que, na responsabilidade civil aquiliana, a culpa deve ser sempre provada pela vítima, enquanto na responsabilidade contratual, ela é, de regra, presumida, invertendo-se o ônus da prova, cabendo à vítima comprovar, apenas, que a obrigação não foi cumprida, restando ao devedor o ônus probandi, por exemplo, de que não agiu com culpa ou que ocorreu alguma causa excludente do elo de causalidade 18. Na responsabilidade extracontratual, não há contrato firmado entre paciente e médico, como no caso da responsabilidade contratual, o que ocorre nessa modalidade de responsabilidade é uma voluntariedade por parte do profissional em querer ajudar, cuidar de seu paciente tratando-o, sem que para isso, seja firmado um acordo com ele. Assim, o médico presta serviços de maneira espontânea. Exemplo básico disso é quando o médico é deparado com a vítima de acidente em num hospital e precisa atendê-la, de maneira urgente. Nesse caso, o consentimento expresso não foi feito, não houve o consentimento da vítima em querer ser atendida por aquele médico, devido à sua impossibilidade momentânea. Por tanto, embora não tenha sido firmado um contrato entre o médico e o paciente, não esta o médico isento da obrigação de indenizar, caso ocorra algum dano; haja contrato ou não. 18 GAGLIANO, Pablo Stolze; FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil. 4. ed. São Paulo: Saraiva, p. 18.

25 24 Deve o autor da ação na responsabilidade extracontratual ou delituosa provar a imprudência, imperícia ou negligência do agente causador do dano ( médico) para que prove a culpa, e o mesmo possa ser responsabilizado a indenizar a vítima. De certo, tanto na responsabilidade contratual, como na extracontratual há sempre uma violação de um dever jurídico preexistente. O que a distingue é a sede desse dever. Se o dever jurídico estiver previsto no contrato e se for o mesmo violado haverá responsabilidade contratual. Fica adstrito o dever especifico a uma observância do comportamento dos contratantes. Na responsabilidade contratual preexiste uma relação contratual entre as partes. Se o dever jurídico violado estiver previsto na Lei ou na ordem jurídica, e não no contrato, haverá responsabilidade extracontratual. Cabe ao paciente na responsabilidade extracontratual provar que o médico agiu com culpa estricto sensu, ou seja, com imprudência, negligencia ou imperícia. Para que seja exigida a reparação do dano causado pelo médico, se faz necessário que a vítima prove que o mesmo agiu com culpa quando praticou o ato. Portanto, há uma dificuldade grande ao lesado de se fazer a prova, por conta de não existir vínculo jurídico contratual entre ela e o profissional que foi o causador do dano a que ela sofreu. 4 RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO No século passado, o ato médico se resumia na relação entre sua consciência e a confiança do paciente. A imagem do médico era de profissional que

26 25 assegurava a onisciência, ou seja, médico, conselheiro e amigo da família, pessoa de uma social relação que não admitia dúvida a respeito da capacidade de seus serviços. Porém, hoje, mudaram as circunstâncias. Criou-se certa distancia entre o médico e seu paciente, expandindo a relação social. O médico passou a ser prestador de serviço e o paciente usuário, mudando-se a denominação de sujeito da relação. A sociedade de consumo se encontra cada vez mais consciente dos seus direitos, por tanto, passou a observar melhor e conseqüentemente passou a ser mais exigente a respeito dos resultados. A matéria da responsabilidade civil é bastante abrangente e vasta, especialmente, quando se refere à responsabilidade civil médica. Como Stoco 19 preleciona: [...] o médico tem o dever de agir com diligência e cuidado no exercício de sua profissão, exigível de acordo com o estado da ciência e as regras consagradas pela prática médica, dever esse consubstanciado em um Código de Ética, ao qual deve respeito e obrigação. Portanto, essa exigência e cuidado devem ser estabelecidos segundo o atual estágio da ciência e as regras consagradas pela prática médica. [...] Aliás, a legislação a respeito é pobre e escassa, pois rege a matéria, basicamente, a Lei 3.268, de , dispondo apenas sobre os Conselhos de Medicina, regulamentada pelo Decreto , de , e o Código de Ética Médica (Resolução 1.246, de , do Conselho Federal de Medicina). Logo, antes de tudo, o médico precisa proceder conforme o que ordena seu Código de Ética Médica, precisando agir com cuidado e diligência no exercício de sua profissão, para com isto, não se responsabilize por certo ato seu. É necessário levar em consideração que o médico seja contratado para prestar serviços a um paciente, ganhando honorários por seu trabalho, ou trabalhe como voluntário profissional, realizando seu trabalho de modo gratuito, nos dois 19 STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil..In Revista dos Tribunais,7 ed. São Paulo: p. 565.Atualizada em: 14 junh.2009.disponível em em 16 junh.2009,

27 26 casos o dever de reparar o prejuízo à vítima prevalecerá, caso este venha a acontecer, já que, mesmo o médico voluntário precisa obedecer às regras do Código de Ética Profissional, sempre se lembrando de seu juramento. São vários os conceitos encontrados a respeito da responsabilidade civis médica, por isto, o presente trabalho mencionará somente certos autores, para que, de certo modo, torne o objetivo almejado mais claro, isto é, indicar em quais situações na pratica pode acontecer à responsabilidade do médico por causa de algum erro realizado em sua profissão e que de um modo sintético, fiquem as ocasiões evidenciadas onde o médico será responsabilizado pelos seus atos. O Código de Ética Médica determina diversas regras de conduta profissional sendo esta relação somente exemplificativa e nunca exaustiva. Em seu artigo 12, dispõe que: o médico precisa buscar a adequação melhor do trabalho para o ser humano e o controle ou a eliminação dos riscos relacionados ao trabalho. Isto é, o médico precisa adequar seu trabalho ao paciente controlando e/ou evitando os riscos relacionados à sua profissão, não deixando ocorrer nenhuma forma de erro que prejudique seu paciente. E, ainda, em seu art. 29: é vedado ao médico praticar atos profissionais danosos ao paciente, que possam ser caracterizados como imperícia, imprudência ou negligência. Assim, de acordo com o que foi explicado anteriormente, o médico precisa evitar qualquer erro profissional que ofereça prejuízo ao paciente, seja por agir de modo imprudente, negligente ou com imperícia ao assunto. Não é possível fugir às normas constantes deste Código, já que é um dos apoios que o profissional tem para se eximir de uma indenização em caso do erro médico. Os artigos acima citados dispõem explicitamente que o médico precisa realizar seu trabalho de uma maneira adequada ao ser humano, sendo necessário eliminar ou controlar os riscos que pode fica exposto o paciente; portanto, se devido a algum motivo, isso não acontecer, o médico deverá ser responsabilizado por seus atos 20. É da leitura do art. 29, já citado anteriormente, que chega-se a esta conclusão, ou seja, é vedada ao profissional a prática de atos danosos que 20 ROSSI, Júlio César; ROSSI, Maria Paula Cassone. Direito Civil: responsabilidade civil. São Paulo: Atlas, 2007, p.176.

28 27 caracterizem a imperícia, imprudência ou negligência. Logo, de acordo com tudo já estudado até aqui, certo que haverá a responsabilidade médica, caso o médico aja com um desses três institutos. Os médicos quando no exercício profissional estão sujeito a obrigação de ordem cível, administrativa e até mesmo penal, quando de um resultado lesivo causado ao paciente por imprudência, imperícia ou negligencia. O médico tem a obrigação de suportar as conseqüências pelos fatos que cometeu no exercício da profissão, respondendo na esfera Cível pelo dano causado ao paciente. Destaca-se o exposto no Código Civil (Lei 10406/02), que no seu artigo 951 preceitua a hipótese de indenização devido a vitima por ação de reparação de dano, será o médico responsabilizado no exercício de sua função, seja por negligencia, imperícia ou imprudência, veio causar lesão, morte, ou agravar o mal deixando o paciente inabilitado para exercer o seu trabalho. Essa regra aplica-se a todos os profissionais liberais, portanto, inclui-se o médico. Assim, o médico, será responsabilizado pelos seus atos, se no atender de um paciente causar prejuízo a este, seja uma lesão corporal leve, como de modo gravíssimo que ocasiona a morte do paciente. Dessa forma para que o profissional seja responsabilizado são precisos os seguintes elementos: o agente (o médico), a imperícia, imprudência ou negligência (a culpa), a lesão, o agravamento do mal ou até mesmo a morte (o ato lesivo do profissional), ou a omissão ou ação que causou o dano pelo médico (o nexo da causalidade entre o dano e o ato). O código de defesa do Consumidor dispõe no mesmo sentido, no seu artigo 14, parágrafo quarto: A responsabilidade pessoal do profissional liberal será apurada mediante a verificação de culpa. O referido diploma permite ao juiz inverter o ônus da prova em favor do consumidor (artigo sexto, VIII). A hipossuficiência nele mencionada refere-se principalmente a técnica, não apenas econômica, por estar o medico em melhores condições probatórias necessárias aos outros para analise de sua responsabilidade. Analisadas as responsabilidades do médico, acrescenta-se nas várias modalidades das mesmas, ressalta- a responsabilidade delitual dos médicos, não só pelo dano que causa ao paciente, mas quando dão atestados médicos falsos,

29 28 omitem socorro, pelo dano causado a outra pessoa, no caso por falta de vigilância do doente mental, deixa-o escapar do asilo, ou o contagio de doença a outra pessoa por seu paciente, por culpa do medico. O Médico pode a vir a responder por fato danoso praticado por terceiros que sob suas determinações estejam obrigados, como os enfermeiros que atua pela ordem médica. Os artigos sexto, inciso III e artigo 31 ambos do Código de Defesa do consumidor, estão ligados ao princípio da transparência, que obriga o fornecedor a prestar todas as informações possíveis a cerca do produto e do serviço, devendo o médico informar sobre as propriedades das drogas que o paciente está usando, assim como a sua composição que a real situação e condições do paciente, no caso de riscos existentes pela administração do medicamento. Se os cuidados forem retardados e provocou dano ao paciente, pode ser o medico responsabilizado pela perda de uma chance. Nesse caso, a vantagem futura do paciente ficou interrompida, não alcançado beneficio, ficou irremediavelmente destruída pelo fato antijurídico. Se o paciente estiver impossibilitado de manifestar a sua vontade para o tratamento médico ou até mesmo a intervenção cirúrgica que o paciente tenha risco, deve ser obtida por escrito pelo cônjuge ou qualquer parente maior da linha reta ou colateral até segundo grau. No caso de uma emergência em que o paciente esteja em risco, se o médico não tiver tempo para tomar estas providências, fica o mesmo obrigado a realizar o tratamento, mesmo sem a autorização e estando eximido de qualquer responsabilidade pelo fato de não ter obtido a autorização. Se mostrado que a conduta médica foi inadequada, causada pela imperícia, constituindo-se na causa do dano que o paciente sofreu, ou do agravamento provocado pelo mesmo. Segundo Venosa 21 : [...] como em toda responsabilidade profissional, a responsabilidade do médico será, em regra, aferida mediante o cauteloso exame dos meios por 21 VENOSA, Silvio de Salvo. Teoria geral das obrigações e teoria geral dos contratos. In: Direito civil. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004, v. 2.

30 29 ele empregados em cada caso. Em Medicina, como em Direito, há casos semelhantes, mas não idênticos. Mesmo porque não existem pessoas iguais, embora a ciência já admita produzir clones. Assim, conceituar a responsabilidade civil do médico é um trabalho árduo, pois, de acordo com o doutrinador supracitado, deve-se analisar o caso em concreto, por ser uma matéria de grande relatividade. A doutrina diverge de maneira expressiva quando se trata de definir a natureza jurídica da relação médico-paciente, isto é, encontra dificuldade para definir se essa relação se trata de relação contratual ou extracontratual. Em razão disso, o presente trabalho mostrará as regras específicas em cada caso. Ainda discute-se em quais casos a responsabilidade civil do médico pode ser considerada objetiva ou subjetiva. E em determinadas circunstâncias faz-se a análise quanto ao seu fim, qual seja, se a obrigação profissional do médico é de meio ou de resultado. 4.1 Natureza Jurídica da Obrigação A natureza jurídica da prestação de serviços médicos é controvertida, entre os doutrinadores, alguns se portam a obrigação de resultado e outros a obrigação de meio. Seguramente a obrigação de meio é regra na grande maioria dos médicos que atuam buscando melhoras de seu paciente, embora por fatores inerentes a sua responsabilidade não posam garantir a cura. Entendendo que o médico tem seu trabalho amparado em procedimentos técnicos essenciais ao combate da doença, fica claro que o erro médico seria, conclusivamente, representado pela não obtenção daquele objetivo desejado. O erro médico pode, ser entendido como uma falha no exercício da profissão,pela ação ou omissão do profissional que tem um resultado adverso.

31 30 Portanto, o erro médico é o falho no exercício da profissão, advindo um mau resultado ou um resultado diferente do esperado, efetivando-se, através de conduta comissiva ou imperita, negligente ou imprudente. No entanto, ressalte-se que em determinados casos algum dano poderá ocorrer para tratar de um mal maior, como por exemplo, a quimioterapia em pacientes com câncer, que os deixa totalmente indispostos, atingindo, na maioria das vezes, os órgãos digestivos e o sistema imunológico e aumentando a possibilidade de contraírem mais doenças. Nessa hipótese, não há que se falar em erro médico, pois o meio utilizado pelo médico é o menos gravoso, pois embora a quimioterapia produza efeitos danosos ao organismo, é necessária para combater o câncer. Há o erro médico quando a técnica aplicada é a adequada, no entanto, a atuação do médico é incorreta. Tal erro é civilmente punível, por denominar-se erro inescusável, não justificável; ensejando, então, o dever de reparar 22. Exemplo de erro médico seria de uma criança que nasce com os pés tortos submeter-se a intervenção cirúrgica nos pés e fica manco em decorrência do médico erroneamente ter cortado um nervo importante no calcanhar e não há possibilidade nenhuma de reversibilidade. Dessa forma, indubitavelmente, o médico será responsabilizado pela conduta danosa, está claro o seu erro quando da intervenção cirúrgica ao tiver cortado, desnecessariamente o nervo do pé desse paciente. Também, a falta de esterilização de parelho cirúrgico pode configurar a culpa do médico, pois poderá advir danos graves ao paciente, essa negligencia, o que enseja a reparação pelo médico que os ocasionou. O erro escusável está baseada no uso de técnicas usualmente utilizadas e conhecida. A imperfeição na ciência é uma realidade. No erro profissional o medico age com dolo ou culpa e se desse agir resultar em dano para o paciente, houve erro medico e age direito de indenizar. Quando se trata em definir a natureza jurídica da relação medico - paciente, a doutrina diverge expressivamente por essa relação ser contratual ou extracontratual. 22 ROSSI, Júlio César; ROSSI, Maria Paula Cassone. Direito Civil: responsabilidade civil. São Paulo: Atlas, 2007, p.180.

32 31 Também discute-se a responsabilidade objetiva ou subjetiva, em quais casos se encaixa a responsabilidade civil do médico. Faz-se também determinante analise quanto ao seu fim, ou seja, obrigação do médico é de meio ou de resultado. A obrigação de meio é aquela na qual o médico na prestação de um trabalho, ele vai utilizar todos os meios, cuidados, dedicação e prudência, toda a sua diligências, dentro dos recursos de que ele dispõe, com previsão de alcançar uma meta, não se comprometendo a obtenção da cura. O profissional deve empregar toda a sua técnica médica e conhecimento sobre o assunto, com o objetivo de curar o paciente, não se comprometendo, porém, com a total cura dele. Caso típico dessa obrigação é quando o médico utiliza-se de todo o seu conhecimento técnico para tratar a doença de seu paciente, como por exemplo, do câncer. Essa doença por ser muito grave, depende de tratamento muito profundo e, por vezes, agressivo. Logo, a quimioterapia é um dos tratamentos mais utilizado pelos médicos. No entanto, esse tratamento causa diversos efeitos colaterais, como a perda de cabelos, resistência imunológica muito baixa, que pode provocar outras doenças. Assim, caso o médico não atinja a cura, só poderá ser responsabilizado por danos advindos, se for provada a sua negligência, imprudência ou imperícia. O paciente já se encontra prejudicado devido os danos ocorridos e ainda tem que provar que foi o profissional que atuou de forma culposa? Não parece ser a maneira mais correta de se proteger aqueles necessitados que não possua condições financeiras e nem psicológicas para promover uma ação indenizatória, pois terá um trabalho muito árduo e, que, provavelmente, não terá nenhum êxito futuramente 23. É nesse sentido que preceitua o Código de Defesa do Consumidor, isto é, preserva a parte hipossuficiente, ou seja, a parte mais fraca num contrato de prestação de serviços 24. Para alcançar um resultado positivo num tratamento de seus pacientes, o medico deverá usar todo seu conhecimento técnico co dedicação para que possa 23 CAVALIERI FILHO, Sérgio. Programa de Responsabilidade Civil. 4 ed. São Paulo: Malheiros, 2003, p ROSSI, Júlio César; ROSSI, Maria Paula Cassone. Direito Civil: responsabilidade civil. São Paulo: Atlas, 2007, p.30.

33 32 atingir seu objetivo, não devendo assegurar um resultado positivo do tratamento, que é a cura de seu paciente. E faz necessário que o paciente ou seus familiares seja informado de todos os riscos que poderão correr em detrimento do tratamento e ate mesmo a situação em que se encontra o paciente. O medico afasta o risco da responsabilidade Civil ou Penal quando demonstra diligências correta e adequada, atuando em conformidade da doença do paciente promovendo um tratamento adequado ao estado clinico do paciente. Como já reverenciamos anteriormente, cabe ao paciente demonstrar a culpa do médico, pois na obrigação de meio, o ônus da prova este aludido à ocorrência de culpa e é indispensável à averiguação da responsabilidade Civil. A obrigação de meio é aquela que o médico não se compromete a um resultado específico e nem determinado, ele busca melhora u a cura do paciente,se comprometendo a aplicar toda a sua habilidade e técnica, nunca garantindo o resultado positivo ao paciente, baseando-se na consciência de que o mesmo depende de outros fatores, embora o profissional use de técnicas e recursos disponíveis, mesmo agindo com diligência e prudência, empregando meios possíveis para a cura não está obrigado a alcança lo. Portanto, na obrigação de meio, independente da responsabilidade ser contratual ou extracontratual, cabe ao paciente comprovar que o médico agiu com culpa, sendo imprudente, imperito ou negligente. Na obrigação de resultado a essência é o compromisso que o médico assume de obtenção de um resultado. Se o profissional conseguir proporcionar ao paciente o resultado prometido, cumpre sua obrigação. A obrigação de resultado não esta restrita só ao cirurgião plástico estético, mas também em exames clínicos, transfusões de sangue, exames radiológicos, neles estão à obrigação de resultado médico, onde os médicos deverão obrigatoriamente chegar ao resultado almejado. Não resta qualquer dúvida que se tratando de cirurgia plástica estética, a atividade medica do cirurgião plástico é de resultado, se não for atingido, compactuado com o paciente responde o mesmo em obrigação de responsabilidade Civil.

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP

Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico. Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP Conflitos entre o Processo Penal E o Processo Administrativo sob O ponto de vista do médico Dr. Eduardo Luiz Bin Conselheiro do CREMESP PRÁTICA MÉDICA A prática médica se baseia na relação médicopaciente,

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa).

Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Aula 5 Pressupostos da responsabilidade civil (Culpa). Pressupostos da responsabilidade civil subjetiva: 1) Ato ilícito; 2) Culpa; 3) Nexo causal; 4) Dano. Como já analisado, ato ilícito é a conduta voluntária

Leia mais

DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO por Jackson Domenico e Ana Ribeiro - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA

DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO por Jackson Domenico e Ana Ribeiro - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO MÉDICO por Jackson Domenico e Ana Ribeiro - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SUBJETIVA A responsabilidade civil tem como objetivo a reparação do dano causado ao paciente que

Leia mais

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado Conceito Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca

A p s e p c e t c os o s Ju J r u ídi d co c s o s n a n V n e t n ilaç a ã ç o ã o M ec e â c n â i n ca Aspectos Jurídicos na Ventilação Mecânica Prof. Dr. Edson Andrade Relação médico-paciente Ventilação mecânica O que é a relação médico-paciente sob a ótica jurídica? Um contrato 1 A ventilação mecânica

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO

RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL NA ÁREA DA SEGURANÇA DO TRABALHO RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRABALHO Constituição Federal/88 Art.1º,III A dignidade da pessoa humana. art.5º,ii

Leia mais

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades Administrador Administrador é a pessoa a quem se comete a direção ou gerência de qualquer negócio ou serviço, seja de caráter público ou privado,

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA Vitor Kenji HIGUCHI 1 José Artur Teixeira GONÇALVES 2 RESUMO: Com frequência, as pessoas buscam a cirurgia plástica estética com o objetivo de

Leia mais

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito

Deontologia Médica. Deontologia Médica. Conceito Medicina Legal Professor Sergio Simonsen Conceito A deontologia médica é a ciência que cuida dos deveres e dos direitos dos operadores do direito, bem como de seus fundamentos éticos e legais. Etimologicamente,

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL O ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81

Leia mais

Profilaxia das alegações de erro médico. Paulo Afonso - BA

Profilaxia das alegações de erro médico. Paulo Afonso - BA Profilaxia das alegações de erro médico Paulo Afonso - BA Princípios Fundamentais do CEM I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS RESPONSABILIDADE CIVIL DOS OPERADORES DE NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS Atividade de intermediação de negócios imobiliários relativos à compra e venda e locação Moira de Toledo Alkessuani Mercado Imobiliário Importância

Leia mais

Osvaldo Albuquerque Sousa Filho Presidente do Coren-CE

Osvaldo Albuquerque Sousa Filho Presidente do Coren-CE Osvaldo Albuquerque Sousa Filho Presidente do Coren-CE História / Relação: (Antiguidade) (Início séc. XX) (Atualmente) Relação religiosa/ mágico/ desígnios de Deus. Relação de amigo/ confiança conselheiro

Leia mais

Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho. M. J. Sealy

Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho. M. J. Sealy Responsabilidade Civil e Criminal em Acidentes de Trabalho O Conceito de Acidente de Trabalho (de acordo com a Lei 8.213/91 Art. 19) Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço

Leia mais

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL SÍLVIO DE SALVO VENOSA 1 Para a caracterização do dever de indenizar devem estar presentes os requisitos clássicos: ação ou omissão voluntária, relação

Leia mais

Responsabilidade Civil nas Atividades Empresariais. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Responsabilidade Civil nas Atividades Empresariais. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Responsabilidade Civil nas Atividades Empresariais Para Reflexão Ao indivíduo é dado agir, em sentido amplo, da forma como melhor lhe indicar o próprio discernimento, em juízo de vontade que extrapola

Leia mais

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos CÓDIGO CIVIL Livro III Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III Dos Atos Ilícitos Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

Leia mais

Responsabilidade civil médicohospitalar na jurisprudência do STJ

Responsabilidade civil médicohospitalar na jurisprudência do STJ Responsabilidade civil médicohospitalar na jurisprudência do STJ 4º Congresso Brasileiro de Aspectos Legais para Gestores e Advogados de Saúde São Paulo, 24 de maio de 2013 Ricardo Villas Bôas Cueva Ministro

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. RESPONSABILIDADE CIVIL É A OBRIGAÇÃO QUE INCUMBE A ALGUÉM DE

Leia mais

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Trabalho de Direito Civil Curso Gestão Nocturno Realizado por: 28457 Marco Filipe Silva 16832 Rui Gomes 1 Definição: Começando, de forma, pelo essencial, existe uma situação de responsabilidade

Leia mais

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc)

CONTRATUAL Obrigação de meio X Obrigação de Resultado. EXTRACONTRATUAL (ex. direito de vizinhança, passagem, águas, etc) Artigo 186, do Código Civil: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. CONTRATUAL

Leia mais

29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS. Fraiburgo Santa Catarina

29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS. Fraiburgo Santa Catarina 29 a 30 de maio de 2008 RESPONSABILIDADE CIVIL E RELAÇÕES TRABALHISTAS Fraiburgo Santa Catarina A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano moral ou patrimonial

Leia mais

Direito Penal Emerson Castelo Branco

Direito Penal Emerson Castelo Branco Direito Penal Emerson Castelo Branco 2014 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. DIREITO PENAL CONCEITO DE CRIME a) material: Todo fato humano que lesa ou expõe a perigo

Leia mais

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico.

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO CONDUTA A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. Na Teoria Causal Clássica conduta é o movimento humano voluntário produtor de uma modificação no mundo

Leia mais

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade Acimarney Correia Silva Freitas¹, Celton Ribeiro Barbosa², Rafael Santos Andrade 3, Hortência G. de Brito Souza 4 ¹Orientador deste Artigo

Leia mais

Responsabilidade Civil de Provedores

Responsabilidade Civil de Provedores Responsabilidade Civil de Provedores Impactos do Marco Civil da Internet (Lei Nº 12.965, de 23 abril de 2014) Fabio Ferreira Kujawski Modalidades de Provedores Provedores de backbone Entidades que transportam

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL Filipe Rezende Semião, est.. Sumário: I - Pressupostos da Responsabilidade Civil II - Dispositivos legais III - Dano ao corpo IV - Indenização na lesão corporal

Leia mais

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Contrato de Prestação de Serviços. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Contrato de Prestação de Serviços Contrato de Prestação de Serviços Visão Geral dos Contratos: Formação dos Contratos;e Inadimplemento Contratual. Formação dos Contratos Validade do Negócio Jurídico: Agente

Leia mais

PRÓTESES PIP E RÓFIL DIREITO MÉDICO

PRÓTESES PIP E RÓFIL DIREITO MÉDICO O caso das PRÓTESES PIP E RÓFIL O Ingracio Advogados Associados vem por meio desta apresentar breves considerações acerca do tema esperando contribuir com o esclarecimento da classe médica. 1. A ANVISA,

Leia mais

PLANO DE ENSINO 2014.1

PLANO DE ENSINO 2014.1 FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIENCIAS JURIDICAS PLANO DE ENSINO 2014.1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Disciplina/Módulo: Responsabilidade Civil Código/Turma: J774-81 Pré-requisito:J557

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL NA APRESENTATAÇÃO ANTECIPADA DO CHEQUE PÓS-DATADO

A RESPONSABILIDADE CIVIL NA APRESENTATAÇÃO ANTECIPADA DO CHEQUE PÓS-DATADO A RESPONSABILIDADE CIVIL NA APRESENTATAÇÃO ANTECIPADA DO CHEQUE PÓS-DATADO GONÇALVES, L. R. S. Resumo: O cheque é um título de crédito de ordem de pagamento à vista regido pela Lei nº 7.357/1985, porém

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR

RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR E DEVERES DO ADMINISTRADOR A punição administrativa ou disciplinar não depende de processo civil ou criminal a que se sujeite também o servidor pela mesma falta, nem obriga

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade

FATO TÍPICO. Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Nexo de causalidade Tipicidade TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO Conduta (dolosa ou culposa; comissiva ou omissiva) Resultado Nexo de causalidade Tipicidade RESULTADO Não basta existir uma conduta. Para que se configure o crime é necessário

Leia mais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais

Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Relato de Casos: Comissão Técnica Riscos Pessoais Convidado para Diretor Sem Fronteiras Dr. Lodi Maurino Sodré Comissão indicou para os Grupos de Trabalhos e demais Comissões. A questão está na aplicação

Leia mais

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR

PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR PEDIDOS DE AUTORIZAÇÃO PARA RETIRADA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ACOLHIDAS DAS ENTIDADES ORIENTAÇÕES TÉCNICAS DO CAOPCAE/PR 1 - A autorização para que crianças e adolescentes passem as festas de final de

Leia mais

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES Espécies de Conduta a) A conduta pode ser dolosa ou culposa. b) A conduta pode ser comissiva ou omissiva. O tema dolo e culpa estão ligados à

Leia mais

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO FALANDO SOBRE NEXO EPIDEMIOLOGICO Um dos objetivos do CPNEWS é tratar de assuntos da área de Segurança e Medicina do Trabalho de forma simples de tal forma que seja possível a qualquer pessoa compreender

Leia mais

A RESPONSABILIDADE DO PERSONAL TRAINER DOUTOR PAQUITO RESUMO

A RESPONSABILIDADE DO PERSONAL TRAINER DOUTOR PAQUITO RESUMO A RESPONSABILIDADE DO PERSONAL TRAINER DOUTOR PAQUITO RESUMO O presente artigo traz a concepção da responsabilidade civil aplicada ao personal trainer, um estudo que merece atenção tanto do profissional

Leia mais

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1. Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO CONTRATUAL 1 Angélica Santana NPI FAC SÃO ROQUE INTRODUÇÃO Para o Direito existem alguns princípios pelo qual, podemos destacar como base fundamental para estabelecer

Leia mais

Perícia contábil em Ação Civil Pública, relativa a ato de improbidade administrativa e enriquecimento sem causa de Servidor Público.

Perícia contábil em Ação Civil Pública, relativa a ato de improbidade administrativa e enriquecimento sem causa de Servidor Público. Perícia contábil em Ação Civil Pública, relativa a ato de improbidade administrativa e enriquecimento sem causa de Servidor Público. Prof. MSc. Wilson Alberto Zappa Hoog i Resumo: Apresentamos uma breve

Leia mais

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Anne Karoline ÁVILA 1 RESUMO: A autora visa no presente trabalho analisar o instituto da consignação em pagamento e sua eficácia. Desta

Leia mais

DIREITO DO CONSUMIDOR II

DIREITO DO CONSUMIDOR II DIREITO DO CONSUMIDOR II RESPONSABILIDADE CIVIL Prof. Thiago Gomes Direito do Consumidor II RESPONSABILIDADE CIVIL DO FORNECEDOR 1. CONTEXTUALIZAÇÃO E agora Doutor? Direito do Consumidor II RESPONSABILIDADE

Leia mais

ATO ILÍCITO E RESPONSABILIDADE CIVIL

ATO ILÍCITO E RESPONSABILIDADE CIVIL ATO ILÍCITO E RESPONSABILIDADE CIVIL Professor Dicler ATO ILÍCITO E RESPONSABILIDADE CIVIL Ato ilícito é o ato praticado em desacordo com a ordem jurídica, violando um direito (art. 186 do CC) ou abusando

Leia mais

Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito.

Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito. Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito. Ordem jurídica: estabelece deveres positivos (dar ou fazer alguma coisa) e negativos

Leia mais

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo

A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo PROJETO DE LEI Nº 172/2012 Dispõe sobre a responsabilidade no fornecimento de bebidas alcoólicas. A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo D E C R E T A Art. 1º. O fornecedor de bebidas alcoólicas

Leia mais

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº 0059871-12.2007.8.19.0001 Apelante: JONETES TERESINHA BOARETTO Apelado: GRANDE HOTEL CANADÁ LTDA. Relator: DES. CUSTÓDIO TOSTES DECISÃO MONOCRÁTICA

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Responsabilidade civil do cirurgião-dentista Por Ricardo Emilio Zart advogado em Santa Catarina 1. Introdução Tendo em vista a quantidade cada vez mais crescente de ações judiciais

Leia mais

CAUSAS EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL OU MEIOS DE DEFESA

CAUSAS EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL OU MEIOS DE DEFESA CAUSAS EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL OU MEIOS DE DEFESA Rosana Silva de OLIVEIRA¹ Sumário: Resumo. Palavras - chave. Introdução. Estado de necessidade e legítima defesa. Exercício regular do direito

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 06. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 06. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 06 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva Direitos da Personalidade 2. Características (continuação):

Leia mais

II Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

II Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho II Jornadas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho A responsabilidade civil e criminal no âmbito da SHST Luís Claudino de Oliveira 22/maio/2014 Casa das Histórias da Paula Rego - Cascais Sumário 1.

Leia mais

PARECER CRM/MS N 11/2012 PROCESSO CONSULTA CRM-MS N 03 / 2012 ASSUNTO: Falta a plantão médico PARECERISTA: Conselheiro Faisal Augusto Alderete Esgaib

PARECER CRM/MS N 11/2012 PROCESSO CONSULTA CRM-MS N 03 / 2012 ASSUNTO: Falta a plantão médico PARECERISTA: Conselheiro Faisal Augusto Alderete Esgaib PARECER CRM/MS N 11/2012 PROCESSO CONSULTA CRM-MS N 03 / 2012 ASSUNTO: Falta a plantão médico PARECERISTA: Conselheiro Faisal Augusto Alderete Esgaib EMENTA: O médico poderá faltar a um plantão preestabelecido,

Leia mais

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA Seminário Direitos & Deveres do Consumidor de Seguros Desembargador NEY WIEDEMANN NETO, da 6ª. Câmara Cível do TJRS Introdução O contrato de seguro, regulado pelos artigos

Leia mais

A SEGURADORA GLOBAL DE CONFIANÇA

A SEGURADORA GLOBAL DE CONFIANÇA A SEGURADORA GLOBAL DE CONFIANÇA RESPONSABILIDADE CIVIL Principais Características ÍNDICE O que é RC Riscos Excluídos Forma de Contratação e Prescrição O que é a Responsabilidade Civil Responsabilidade

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES:

RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES: RESPONSABILIDADE CIVIL DOS ADMINISTRADORES: E A CORPORATE GOVERNANCE MARIA DA CONCEIÇÃO CABAÇOS ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO MINHO 18 de Novembro de 2015 PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Para que os

Leia mais

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 25 de novembro de 2014

Núcleo de Pesquisa e Extensão do Curso de Direito NUPEDIR VII MOSTRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (MIC) 25 de novembro de 2014 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS MÉDICOS NAS INTERVENÇÕES ESTÉTICAS: UMA OBRIGAÇÃO DE MEIO OU DE RESULTADO? Carla Beatriz Petter 1 Juciani Schneider 2 Rosane Dewes 3 Julia Bagatini 4 SUMÁRIO: 1 INTRODUÇÃO. 2

Leia mais

ASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN)

ASSESSORIA JURÍDICA. PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) ASSESSORIA JURÍDICA PARECER N 7/AJ/CAM/2002 Brasília (DF), 11 de junho de 2002. PARA: DA: REFERÊNCIA: Senhora Presidente do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) Assessoria Jurídica Expedientes Jurídicos

Leia mais

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna:

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: São consideradas universitas personarum, quando forem uma associação de pessoas, atenderem aos fins e interesses dos sócios. (fins mutáveis)

Leia mais

Segurança do Trabalho. Papel do Gestor Frente a Prevenção

Segurança do Trabalho. Papel do Gestor Frente a Prevenção Segurança do Trabalho Papel do Gestor Frente a Prevenção Papel do gestor frente a prevenção O gestor é responsavel pela segurança de suas equipes: Integração de novos funcionários Conhecer através da CIPA

Leia mais

Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica.

Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica. Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica. Art. 14, parágrafo 3º, II do Código de Defesa do Consumidor e art. 5º da Resolução ANEEL nº 61. Responsabilidade

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

obrigada relação jurídica

obrigada relação jurídica DIREITO DAS OBRIGAÇÕES CONCEITO Conjunto de normas e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre um credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo) a quem incumbe o dever de cumprir,

Leia mais

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência:

Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS DIREITO EMPRESARIAL P á g i n a 1 Questão 1. Sobre a ação de responsabilidade prevista no art. 159 da Lei das Sociedades Anônimas e sobre a Teoria da Aparência: I. A ação

Leia mais

O fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização

O fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização O fornecimento de senhas e caracteres de acesso à terceiros, causa negativa em indenização Contribuição de Dr. Rodrigo Vieira 17 de dezembro de 2008 Advocacia Bueno e Costanze O fornecimento de senhas

Leia mais

TRANSPORTE. 1. Referência legal do assunto. Arts. 730 a 756 do CC. 2. Conceito de transporte

TRANSPORTE. 1. Referência legal do assunto. Arts. 730 a 756 do CC. 2. Conceito de transporte 1. Referência legal do assunto Arts. 730 a 756 do CC. 2. Conceito de transporte TRANSPORTE O CC define o contrato de transporte no art. 730: Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br As excludentes da responsabilidade civil decorrentes do acidente de trabalho Paula Gracielle de Mello* Sumário: 1. Introdução. 2. Responsabilidade Civil no Direito Brasileiro.3.

Leia mais

A nova responsabilidade civil escolar

A nova responsabilidade civil escolar A nova responsabilidade civil escolar Introdução Atualmente, constata-se enorme dificuldade em relação à busca e à definição dos reais limites da responsabilidade civil das escolas particulares e públicas

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

PONTO 1: Litisconsórcio na Seara Laboral PONTO 2: Sucessão Trabalhista PONTO 3: Terceirização 1. LITISCONSÓRCIO NA SEARA LABORAL

PONTO 1: Litisconsórcio na Seara Laboral PONTO 2: Sucessão Trabalhista PONTO 3: Terceirização 1. LITISCONSÓRCIO NA SEARA LABORAL 1 DIREITO DO TRABALHO PONTO 1: Litisconsórcio na Seara Laboral PONTO 2: Sucessão Trabalhista PONTO 3: Terceirização 1. LITISCONSÓRCIO NA SEARA LABORAL 1.1 FORMAÇÃO DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO FACULTATIVO

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

O Dano Moral no Direito do Trabalho

O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 O Dano Moral no Direito do Trabalho 1 - O Dano moral no Direito do Trabalho 1.1 Introdução 1.2 Objetivo 1.3 - O Dano moral nas relações de trabalho 1.4 - A competência para julgamento 1.5 - Fundamentação

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Civil IVI Publicação no semestre 2014.1 no curso de Direito. Autor: Vital Borba

Leia mais

DO USO DO CELULAR DURANTE HORÁRIO DE TRABALHO

DO USO DO CELULAR DURANTE HORÁRIO DE TRABALHO DO USO DO CELULAR DURANTE HORÁRIO DE TRABALHO Nos dias atuais o aparelho celular tem sido o meio de comunicação mais usado pelas pessoas. Além da facilidade de contactar quem se precisa falar, com rapidez,

Leia mais

Princípios ABC do Grupo Wolfsberg Perguntas Frequentes Relativas a Intermediários e Procuradores/Autorizados no Contexto da Banca Privada

Princípios ABC do Grupo Wolfsberg Perguntas Frequentes Relativas a Intermediários e Procuradores/Autorizados no Contexto da Banca Privada Princípios ABC do Grupo Wolfsberg Perguntas Frequentes Relativas a Intermediários e Procuradores/Autorizados no Contexto da Banca Privada Por vezes surgem perguntas relativas a Intermediários Promotores

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

PROCESSO-CONSULTA CFM Nº 8.077/07 PARECER CFM Nº 16/08 INTERESSADO: S.J.W ASSUNTO:

PROCESSO-CONSULTA CFM Nº 8.077/07 PARECER CFM Nº 16/08 INTERESSADO: S.J.W ASSUNTO: PROCESSO-CONSULTA CFM Nº 8.077/07 PARECER CFM Nº 16/08 INTERESSADO: S.J.W ASSUNTO: Exigência, pelo médico, de fornecimento de materiais e instrumentais de determinada marca comercial para realização de

Leia mais

ERROS NOS PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM CONTEXTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO E RESPONSABILIDADES

ERROS NOS PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM CONTEXTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO E RESPONSABILIDADES ERROS NOS PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM CONTEXTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO E RESPONSABILIDADES Palestrante: Cláudio Márcio de Oliveira Leal Procurador Geral COREN/PI FUNDAMENTOS LEGAIS DO REGISTRO DE ENFERMAGEM.

Leia mais

FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE

FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE FADI - SOROCABA DIREITO CIVIL III CONTRATOS PRIMEIRO SEMESTRE 18/05/12 A-) GESTÃO DE NEGÓCIOS: - Noção: é a intervenção não autorizada de uma pessoa, denominada gestor, na condução dos negócios de outra,

Leia mais

ANO XXII - 2011-4ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2011 TRIBUTOS FEDERAIS ICMS - BA

ANO XXII - 2011-4ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2011 TRIBUTOS FEDERAIS ICMS - BA ANO XXII - 2011-4ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2011 TRIBUTOS FEDERAIS CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Introdução - Autoridades Administrativas e o Abuso de

Leia mais

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br

Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br O suicídio é coberto ou não pelo seguro de vida dentro do período de carência? Felipe Galesco São Paulo: 2012 www.galesco.com.br Para responder esta pergunta, vamos entender qual a sistemática do Código

Leia mais

SOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL

SOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL SOCIEDADE VIRTUAL: UMA NOVA REALIDADE PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL FABRICIO DOS SANTOS RESUMO A sociedade virtual, com suas relações próprias vem se tornando uma nova realidade para a responsabilidade

Leia mais

Aspectos da responsabilidade civil no Código de Defesa do Consumidor e excludentes

Aspectos da responsabilidade civil no Código de Defesa do Consumidor e excludentes Aspectos da responsabilidade civil no Código de Defesa do Consumidor e excludentes Michele Oliveira Teixeira advogada e professora do Centro Universitário Franciscano em Santa Maria (RS) Simone Stabel

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO: APLICAÇÃO DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO: APLICAÇÃO DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE A RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DO TRABALHO: APLICAÇÃO DA TEORIA DA PERDA DE UMA CHANCE CHAMORRO, N. A. A. Resumo: O estudo baseia-se na responsabilidade civil do empregador pela perda

Leia mais

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas

18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas 18. Convenção sobre o Reconhecimento dos Divórcios e das Separações de Pessoas Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando facilitar o reconhecimento de divórcios e separações de pessoas obtidos

Leia mais

1.4. Seu conteúdo e aprovação são de responsabilidade da Comissão de Certificação de Correspondentes do Instituto Totum.

1.4. Seu conteúdo e aprovação são de responsabilidade da Comissão de Certificação de Correspondentes do Instituto Totum. 1. 1.1. O referente à Certificação de Correspondentes no País Modalidade Transacional (chamado a partir de agora de ), tem por base a legislação que rege a atuação dos correspondentes no País, pela atuação

Leia mais

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO

ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO ROTEIRO DE ESTUDOS DIREITO DO TRABALHO TERCEIRIZAÇÃO Estudamos até o momento os casos em que há vínculo empregatício (relação bilateral, nas figuras de empregado e empregador) e, também, casos em que existe

Leia mais

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ

COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO CEARÁ 1. ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) A importância do TCLE. A Resolução CNS 196/96 afirma

Leia mais

ABANDONO INTELECTUAL DE FILHO E A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

ABANDONO INTELECTUAL DE FILHO E A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ABANDONO INTELECTUAL DE FILHO E A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Daniela Galvão de Araujo Mestre em Teoria do Direito e do Estado Especialista em Direito Processual Civil, Penal e Trabalhista Docente do

Leia mais

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Ética e Legislação Profissional Assunto: Responsabilidades do Profissional Prof. Ederaldo

Leia mais