PARA UMA RELAÇÃO ARTÍSTICA CONSIGO:

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PARA UMA RELAÇÃO ARTÍSTICA CONSIGO:"

Transcrição

1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO INSTITUTO DE FILOSOFIA, ARTES E CULTURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA PARA UMA RELAÇÃO ARTÍSTICA CONSIGO: A QUESTÃO DO SUJEITO NOS ÚLTIMOS ESCRITOS DE MICHEL FOUCAULT Débora Chaves de Lima Ouro Preto 2012

2 2 Débora Chaves de Lima PARA UMA RELAÇÃO ARTÍSTICA CONSIGO: A QUESTÃO DO SUJEITO NOS ÚLTIMOS ESCRITOS DE MICHEL FOUCAULT Dissertação apresentada ao curso de Mestrado em Estética e Filosofia da Arte do Instituto de Filosofia, Artes e Cultura da Universidade Federal de Ouro Preto, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Filosofia. Linha de pesquisa: Interfaces da Estética Orientador: Prof. Dr. Bruno A. Guimarães Universidade Federal de Ouro Preto Ouro Preto 2012

3 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO INSTITUTO DE FILOSOFIA, ARTES E CULTURA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA Dissertação intitulada Para uma relação artística consigo: a questão do sujeito nos últimos escritos de Michel Foucault, de autoria de Débora Chaves de Lima, aprovada pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores: Prof. Dr. Bruno Almeida Guimarães - IFAC/UFOP - Orientador Prof. Dr. Olímpio José Pimenta Neto - IFAC/UFOP Prof. Dr. Hélio Rebello Cardoso Júnior IF/UNESP Prof. Dr. Gilson de Paulo Moreira Iannini Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estética e Filosofia da Arte IFAC/UFOP Ouro Preto, março de 2012.

4 Para minha mãe, Lenilda Chaves de Lima, minha irmã, Denise Chaves de Lima, meu sobrinho, Pedro Augusto Chaves de Lima Macias e em memória de meu pai, Domingos Bueno de Lima. 4

5 Para a pequenina e amada vida que esperamos... 5

6 6 AGRADECIMENTOS Minha sincera gratidão: Aos meus queridos pais e à minha querida irmã, pelo gigantesco prazer da convivência, da aprendizagem e do amor a mim concedidos. Ao meu esposo Fabrício, pela doce, divertida e carinhosa companhia. Aos meus professores, por suas admiráveis e singulares competências. Aos colegas do IFAC, funcionários e companheiros de classe, pela diversão das conversas em bares, corredores e ladeiras ouropretanas. Ao meu orientador, Bruno Almeida Guimarães, pela calma e sábia orientação. Este trabalho recebeu um importante apoio financeiro da Universidade Federal de Ouro Preto, através da PROPP Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa.

7 7 Quanto ao motivo que me impulsionou foi muito simples. Para alguns, espero, esse motivo poderá ser suficiente por ele mesmo. É a curiosidade em todo caso, a única espécie de curiosidade que vale a pena ser praticada com um pouco de obstinação: não aquela que procura assimilar o que convém conhecer, mas a que permite separar-se de si mesmo. De que valeria a obstinação do saber se ele assegurasse apenas a aquisição dos conhecimentos e não, de certa maneira, e tanto quanto possível, o descaminho daquele que conhece? Existem momentos na vida onde a questão de saber se se pode pensar diferentemente do que se pensa, e perceber diferentemente do que se vê, é indispensável para continuar a olhar ou a refletir. Michel Foucault

8 8 RESUMO Este estudo tem sua origem nas reflexões de Foucault sobre a estética da existência, mais especificamente, na questão do sujeito moral enquanto um compositor de sua própria vida. A partir dos últimos escritos de Foucault, esse trabalho pretende apresentar a problematização sobre o sujeito mantendo como pontos importantes da questão a liberdade, a verdade e o poder. Palavras-chave: Estética da Existência, Subjetividade, Verdade, Liberdade e Poder.

9 9 ABSTRACT This study has its origin in the thoughts of Foucault on the "aesthetics of existence", more specifically, the question of the moral subject as a "composer" of his own life. From the Foucault s last writings, this work intends to present the questioning on the subject keeping as important points of the issue freedom, truth and power. Keywords: Aesthetics of Existence, Subjectivity, Freedom, Truth and Power.

10 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CUIDADO, CONHECIMENTO E TRANSFORMAÇÃO DE SI: a relação entre sujeito e verdade na cultura greco-romana A questão do sujeito no diálogo Alcibíades O sujeito moral no período helenístico Cuidado de si e Conhecimento de si Sujeito, arte, verdade e transformação de si SOBRE O FIM DO CUIDADO DE SI A PARTIR DO CRISTIANISMO E DO PENSAMENTO CARTESIANO As continuidades e descontinuidades de uma moral Os preceitos cristãos O conhece-te a ti mesmo cartesiano Pensamento e prática de si na modernidade PARA UMA RELAÇÃO ARTÍSTICA CONSIGO Para uma relação consigo mais autônoma e livre O saber como possibilidade de transformação O poder como exercício da liberdade A ética de si como composição de uma obra CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA INTRODUÇÃO O relacionamento com o pensamento de Michel Foucault é também um sobrevoo sobre a história do pensamento humano. É um sobressalto diante de uma paisagem gigantesca

11 11 e complexa, na qual reconhecemos a profunda dedicação, o esforço incansável do autor sobre a obra. Nos últimos retoques dessa excepcional escultura, dessa prosa corajosa, o autor indica aquela que teria sido sua principal perspectiva, a relação entre sujeito e verdade : Meu problema sempre foi o das relações entre sujeito e verdade: como o sujeito entra em um certo jogo de verdade. (FOUCAULT, 2004, p. 274) Tendo em vista seu principal problema, certos campos das experiências humanas tornar-se-iam privilegiados para as reflexões do filósofo, sendo eles, principalmente, o campo do saber, do poder e o da conduta individual: Esses três grandes domínios da experiência só podem ser entendidos uns em relação aos outros, e não podem ser compreendidos uns sem os outros. (Ibidem, 2004, p. 253) Tal aviso nos adverte sobre o cuidado necessário a tomar nas andanças sobre o pensamento foucaultiano. Para um principiante desavisado, talvez seja suficiente uma arguta leitura sobre A História da Loucura: entre o saber médico que classifica e desclassifica, seria possível entrever poderes permeando as decisões médicas, e entre estas, uma vaga sombra do objeto que estaria no meio ou quem sabe à margem (o louco) o sujeito. Em As Palavras e as Coisas, o que aparecia sob um delicado traço, surge agora sob uma análise mais aparente. A questão do sujeito e as condições que teriam permitido colocá-lo como objeto de estudo são análises destacadas a partir de um vasto campo de saberes cotidianos: a linguagem, o trabalho, a vida. Em Vigiar e Punir, os contornos do sujeito em sua relação com o proibido apareceriam mais visíveis sob o viés do poder, reconhecido então como poder disciplinar. Com o texto O Uso dos Prazeres segundo volume da História da Sexualidade Michel Foucault muda a direção de suas pesquisas e passa a priorizar a questão do sujeito em sua relação consigo, ou, como o próprio filósofo definiria: os modos de subjetivação, os modos das relações de si para si estabelecidas em determinados momentos históricos. Tratava-se de entender o que o indivíduo pensava sobre si mesmo a partir de certos discursos instituídos como verdadeiros. Tendo em mãos uma herança nietzschiana o método genealógico o filósofo analisaria tal

12 12 questão a partir de uma premissa necessária: não há um sujeito substancial, universal. A ideia de sujeito seria importante na medida em que, a partir dela, poderíamos analisar criticamente como, num determinado momento histórico, o homem pôde pensar sobre si mesmo, relacionar-se consigo. Tratava-se então de introduzir de novo o problema do sujeito que eu havia mais ou menos deixado de lado em meus primeiros estudos, e de tentar seguir os caminhos e as dificuldades através de toda a sua história. (Ibidem, 2004, p. 262) Tratava-se, sobretudo, de aproximar a vista sobre o sujeito: aquele que pensa sobre si e age para si a partir de uma certa verdade, de um determinado discurso verdadeiro. De posse do principal e constante foco a relação entre sujeito e verdade, Foucault partiria então para um estudo minucioso sobre a Antiguidade e o período Helenístico. A volta ao passado greco-romano se tornaria o distanciamento necessário àquilo que talvez tenha sido uma das características nietzschianas mais presente no pensamento de Foucault: sua constante suspeita frente aos costumes (pensamentos e ações) estabelecidos. O filósofo francês usaria luvas no trato com a História. Tal é o cuidado que um trabalho severamente crítico deveria manter. A cultura grega aparece como momento primeiro a ser analisado, estudos estes que estão apresentados no escrito O Uso dos Prazeres, de A abordagem sobre o sujeito aparece entrelaçada à questão do desejo: Através de quais jogos de verdade o ser humano se reconheceu como homem de desejo?. (FOUCAULT, 1984, p. 12) Em outras palavras, como o desejo se forma? Sob quais condições ele pode ou deve acontecer? Sob quais imposições? Sob quais liberdades? Diante dessa peculiaridade das questões, Foucault encontraria no cotidiano grego, nos hábitos descritos pela tradição, no dia a dia grego, o espaço privilegiado para seus estudos. A Dietética, a Econômica e a Erótica seriam algumas das principais divisões desse vasto campo de pesquisas acerca do cotidiano da cultura Antiga.

13 13 No terceiro volume da obra História da Sexualidade O Cuidado de Si é o pensamento helenístico que servirá como importante fonte de pesquisas para o filósofo. Foucault, cercando agora o cotidiano romano, distingue mudanças (e continuidades) importantes no modo de subjetivação dessa sociedade. Semelhanças e modificações se encontram num todo que não mais poderá ser reconhecido como uma continuidade da cultura grega. Tratava-se de reconhecer rupturas, encontros e desencontros. Mas tratava-se ainda, principalmente, de manter a mesma questão acerca do sujeito: (...) convinha pesquisar quais são as formas e as modalidades da relação consigo através das quais o indivíduo se constitui e se reconhece como sujeito. (Idem, 1984, p. 11) Tais questões, Foucault as abordaria em várias de suas entrevistas concedidas e nos cursos ministrados e compilados em livros, tais como, A Hermenêutica do sujeito, Subjetividade e Verdade e Do Governo dos Vivos. Este estudo se limita, principalmente, a esse terceiro e último campo de pesquisas desenvolvido pelo filósofo francês: a questão do sujeito, os modos de subjetivação priorizados em determinadas épocas históricas. Tal problema será analisado aqui a partir de uma hipótese: Foucault parece privilegiar, num determinado modo do relacionar-se consigo, desenvolvido em determinados momentos históricos, certos aspectos artísticos. Mas, de que espécie de arte se trata? Como o filósofo faz essa união entre arte e modos de subjetivação? Por que ele o faz? Acredita-se aqui que a questão da liberdade é o alicerce de toda essa problemática, quiçá, de todo pensamento foucaultiano. Trata-se de reconhecer em tais particularidades relacionadas à arte, condições favoráveis à liberdade do indivíduo. Se tal experiência foi possível num determinado povo, num determinado momento da história, seria necessária uma observação mais criteriosa acerca das peculiaridades dessa relação consigo. De que maneira a arte poderia contribuir para a liberdade do indivíduo? Como a arte atuaria nesse jogo entre sujeito e verdade? Mais importante: como seria a relação consigo de um

14 14 sujeito que manteria como parâmetros principais certos aspectos artísticos na conduta moral? Portanto, importa aqui a demonstração de como, ao longo dos escritos e entrevistas concedidas, Foucault une arte e ética de si. Tal união serviria como experiência possível e favorável àqueles que desejassem uma vida mais autêntica e livre. O ponto de partida encontra-se sobre os dois tipos de relação consigo estabelecidas na cultura greco-romana: o conhecimento de si e o cuidado de si. No primeiro capítulo tais relações são analisadas e precedidas por uma análise ainda mais elementar: o sujeito moral na Grécia Antiga e o sujeito moral na cultura helenística. Para o desenvolvimento ulterior será preciso comparar as diferenças, as modificações, ocorridas na própria concepção que o sujeito tinha de si: o que é o si para o homem grego? E para o homem helenístico? Quais as verdades estabelecidas de si para si e de si para o exterior que influenciariam o pensamento do sujeito e suas ações? Tais análises nos conduziriam a uma importante questão nesse capítulo: quais seriam as peculiaridades da relação sujeito e verdade problema caro a Foucault na cultura greco-romana? O segundo capítulo abarca as reflexões realizadas por Foucault sobre dois modos de subjetivação que teriam sido considerados importantíssimos para a cultura ocidental: o relacionamento consigo cristão e o cartesiano. De acordo com Foucault, a partir desses dois tipos de relações de si para si, os sujeitos passariam, cada vez mais, a se distanciar dos parâmetros artísticos anteriormente estabelecidos, em outras palavras, os sujeitos se distanciaram, cada vez mais, de sua própria liberdade. O poder pastoral e a relação sujeito (o que conhece) e objeto (o próprio sujeito) o modelo cartesiano conduziriam os modos de subjetivação à questão da sujeição, da obediência, do distanciamento de si. Importará compreender melhor quais os aspectos dessas relações consigo que teriam sido contrárias à arte para si.

15 15 No terceiro e último capítulo, a hipótese anteriormente levantada, qual seja, a de que Foucault parece privilegiar certos aspectos artísticos nas relações de si para si, passa a ser analisada tendo em vista os dois campos de estudos anteriormente abordados pelo filósofo: saber e poder. Como Foucault teria advertido, só seria possível entender um campo, tendo em vista os dois outros. Dessa forma, os aspectos artísticos vislumbrados nos modos de subjetivação passam a ser analisados pelas perspectivas do poder e do saber. Acredita-se aqui que os últimos escritos de Foucault (a questão dos modos de subjetivação) seriam um arremate das questões anteriores. O filósofo vislumbraria uma espécie de saída para as imposições, para as sujeições estabelecidas ao longo dos tempos. Tornar-se-ia fundamental para o indivíduo constituir sua própria liberdade. Para isso, o ponto de partida deveria ser o próprio indivíduo: Não se deve passar o cuidado dos outros na frente do cuidado de si; o cuidado de si vem eticamente em primeiro lugar, na medida em que a relação consigo mesmo é ontologicamente primária. (FOUCAULT, 2004, p. 271) O passeio proposto neste estudo é limitado, curto, frente ao enorme montante escrito, problematizado, por Michel Foucault. Mas talvez possamos sentir algum prazer nesse simples caminhar. Importa escutarmos por um breve momento a voz de Foucault que se configura numa grande obra sobre a liberdade. CAPÍTULO I

16 16 CUIDADO, CONHECIMENTO E TRANSFORMAÇÃO DE SI: A RELAÇÃO ENTRE SUJEITO E VERDADE NA CULTURA GRECO-ROMANA A volta ao passado greco-romano representaria para Michel Foucault uma nova perspectiva sobre sua familiar questão: a relação entre sujeito e verdade. Analisada anteriormente através dos meandros do saber e do poder, o filósofo a destacaria a partir de um

17 17 aspecto mais elementar: as relações de si para si. Tratava-se, portanto, de uma reflexão mais minuciosa sobre o pólo sujeito, um estudo em torno da lenta formação, durante a Antiguidade, de uma hermenêutica de si. (FOUCAULT, 1984, p. 11) Foucault parte então para a História e passa a averiguar na Antiguidade Grega e no período Helenístico os modos de relação de si para si ali estabelecidos. Inúmeros escritos seriam analisados pelo pensador francês, recebendo maior destaque aqui o diálogo Alcibíades de Platão e algumas obras de Sêneca, Epicuro e Marco Aurélio. Consideração importante a fazer, caminha-se com Foucault, nesse momento de suas pesquisas, sobre uma vastíssima paisagem do cotidiano greco-romano. Os hábitos na lida com a casa, o cuidado com o corpo e a satisfação dos prazeres serviriam como campos profundamente profícuos para suas análises. O ethos grecoromano receberia a mira criteriosamente genealógica de Michel Foucault. Importava tornar visíveis determinados aspectos das relações de si para si estabelecidas na cultura Antiga, tais como: o que era, para o indivíduo da Grécia e Roma Antigas, o eu? De que forma esse eu se constituía tendo em vista os inúmeros discursos que o circundavam? Ou seja, como os Antigos se constituíam como sujeitos? Exercício cauteloso e caracterizado pelos matizes da suspeita entre outras, sua herança nietzschiana para o filósofo francês, o retorno ao passado greco-romano representaria uma nova fonte de críticas sobre seu próprio tempo e, principalmente, uma nova perspectiva, uma nova oportunidade de manter com o conhecimento uma relação pautada, principalmente, na transformação de si A questão do sujeito no diálogo Alcibíades

18 18 No curso proferido em 1982 no Collège de France, A Hermenêutica do Sujeito, Foucault mantém como um dos fios condutores de suas reflexões o diálogo Alcibíades, de Platão. A análise tem seu início numa questão levantada por Sócrates e direcionada a Alcibíades: entre morrer logo ou ter uma vida longa sem nenhum brilho, qual opção Alcibíades escolheria? (...) preferiria morrer hoje a levar uma vida que não me trouxesse mais do que já tenho. (FOUCAULT, 2006, p. 43) A opção escolhida levaria Sócrates a entender que, diante da velha questão da educação grega 1, Alcibíades mantinha-se insatisfeito com apenas os privilégios de sua linhagem nobre. Alcibíades não quer contentar-se com isto. Quer voltar-se para o povo, quer tomar nas mãos o destino da cidade, quer governar os outros. (Ibidem, 2006, p. 44) Para Sócrates, essa escolha de Alcibíades representa o início de um novo e importante problema: para governar os outros é preciso saber governar a si mesmo e para governar a si mesmo, é preciso antes saber o que é o si mesmo. O que é este sujeito, que ponto é este em cuja direção deve orientar-se a atividade reflexiva, a atividade refletida, esta atividade que retorna do indivíduo para ele mesmo? O que é este eu?. (Ibidem, 2006, p. 50) A primeira resposta a essa pergunta, apresentada por Foucault com algumas peculiaridades, permite uma indagação importante: no pensamento platônico (e por esta expressão abarca-se um período importantíssimo da história ocidental), como o eu era reconhecido? De modo geral, quando o corpo faz alguma coisa, há um elemento que se serve do corpo. Mas que elemento é este que se serve do corpo? Evidentemente, não é o próprio corpo: o corpo não pode servir-se de si. Diremos que quem se serve do corpo é o homem, o homem entendido como um composto de alma e corpo? Certamente não. Pois, mesmo a título de simples componente, mesmo supondo que ele esteja com a alma, o corpo não pode ser, nem a título de adjuvante, o que se serve do corpo. Portanto, qual é o único elemento que, efetivamente, se serve do corpo, das partes do corpo, dos órgãos do corpo e, por consequência, dos instrumentos e, finalmente, se servirá da linguagem? Pois bem, é e só pode ser a alma. (FOUCAULT, 2006, p. 69) 1 - Referência feita por Foucault acerca da escolha de Aquiles: morrer ainda jovem, mas tornando-se um herói na Guerra de Tróia, ou voltar a sua terra natal e ter uma longa vida, mas não receber nenhuma glória.

19 19 Portanto, o eu 2 seria reconhecido como alma. Mas a resposta não é simples assim. De acordo com Foucault, o modo como o eu está apresentado no Alcibíades é diferente de outros diálogos platônicos, tais como, na Apologia, no Crátilo e no Fédon. No Alcibíades, a ideia de eu como alma se aproximaria muito do que é exposto na República, mas ainda não seria idêntica. No Fédon a alma aparece como prisioneira do corpo em vias de ser libertada, no Fedro ela é equiparada a um atrelamento de cavalos alados que seria preciso conduzir na boa direção e na República ela é arquiteturada segundo uma hierarquia de instâncias que seria preciso harmonizar. (FOUCAULT, 2006, p. 70) No Alcibíades a alma é reconhecida (...) unicamente enquanto sujeito da ação, a alma enquanto se serve [do] corpo, dos órgãos [do] corpo, de seus instrumentos, etc. (Ibidem, 2006, p. 70) Esse se servir, traduzido a partir do verbo grego khrêsthai e do substantivo khrêsis, abarcaria um sentido muito mais complexo do que a simples ideia de instrumentalização. Khrêsthai (khráomai: eu me sirvo) designa, na realidade, vários tipos de relações que se pode ter com alguma coisa ou consigo mesmo. (Ibidem, 2006, p. 70) A alma como substância é substituída pela ideia de sujeito de ação. No diálogo Alcibíades, o homem (o seu eu ) aparece como ser que se relaciona consigo e com os outros; ser que assume determinada postura diante de si, dos outros e dos objetos que o cercam. Pode-se dizer que, quando Platão se serviu da noção de khrêsis para buscar qual é o eu com que nos devemos ocupar, não foi, absolutamente, a almasubstância que ele descobriu, foi a alma sujeito. (Ibidem, 2006, p. 71) Portanto, para uma primeira aproximação do homem grego, ou ainda, do homem enquanto perspectiva do pensamento platônico nos limites estabelecidos pelo diálogo Alcibíades, é preciso antevê-lo (o homem) como um ser que age. Um ser que possui uma alma com finalidades práticas, um sujeito de ação. Tendo em vista a intenção de Alcibíades, qual seja, o governo da cidade, Sócrates reivindicaria antes o cuidado de si mesmo, o cuidado com a alma, condição 2 - Na Grécia Clássica, todo indivíduo possui uma alma (psyche), a qual, porém, não deve ser entendida como um eu, como um indivíduo psicológico. (ORTEGA, 1999, p )

20 20 obrigatória para um bom governo dos outros. De fato, o homem enquanto sujeito de ação emerge do diálogo platônico a partir de uma preocupação política: o governo dos outros. Essa estreita relação entre homem e cidade, entre o governo de si e o governo dos outros, possibilitaria a busca do si mesmo e também um encontro com os outros, com a cidade. Ponto importante a ser destacado, Alcibíades fazia parte de um grupo seleto de Atenas: Jovens que, desde a mocidade, são devorados pela ambição de prevalecer sobre os outros, sobre seus rivais na cidade, assim como sobre seus rivais de fora da cidade, em suma, de passar a uma política ativa, autoritária e triunfante. (Ibidem, 2006, p. 55) A verdade estabelecida para Alcibíades através de Sócrates, qual seja, que o homem é um sujeito de ação, estaria vinculada desde já ao poder. Homem (sua alma) e cidade se encontram, se confundem, desde que, a partir daquele, o poder seja exercido. O eu identifica-se com a cidade quando a intenção é governar. Trata-se, pois, de um mundo em que se problematizam as relações entre o status de primeiros e a capacidade de governar: necessidade de ocuparse consigo mesmo na medida em que se há que governar os outros. (Ibidem, 2006, p. 56) A busca pelo eu inicia-se no momento em que um outro elemento está em jogo: o governo da cidade O sujeito moral no período helenístico Paralelamente aos estudos da Grécia Clássica, Michel Foucault volta-se para o período helenístico, séculos I e II d. C. O estoicismo e o epicurismo, entre outras correntes filosóficas dessa época, são analisados e comparados aos estudos clássicos. A partir desse novo tempo histórico, Foucault ressaltaria certos rompimentos ocorridos nas novas relações de si para si, especificamente, no cuidado que se tem consigo. Quando digo que se rompem, não quero com isto significar, e o enfatizo de uma vez por todas, que se rompem naquele

21 21 momento como se algo de brutal e súbito tivesse ocorrido (...). (Ibidem, 2006, p. 102) De acordo com Foucault, essas mudanças decorreram numa longa evolução e já se apresentavam nas obras de Platão. No Alcibíades, o cuidado de si seria determinado por três condições: 1ª- quem deve ocuparse consigo são apenas os jovens aristocratas destinados a exercer o poder, 2ª- o cuidado consigo estaria profundamente vinculado ao exercício do poder, 3ª- o cuidado de si seria um conhecimento de si. Questões fundamentais que serão abordadas posteriormente, o cuidado de si e o conhecimento de si tornam-se importantes para que seja possível a averiguação de um elemento: o eu. Nos séculos I e II, as condições pelas quais o cuidado de si se dava se apresentavam modificadas: Primeiro, ocupar-se consigo tornou-se um princípio geral e incondicional, um imperativo que se impõe a todos, durante todo o tempo e sem condição de status. Segundo, a razão de ser de ocupar-se consigo não é mais uma atividade bem particular, a que consiste em governar os outros. Parece que ocupar-se consigo não tem por finalidade última este objeto particular e privilegiado que é a cidade, pois se se ocupa consigo agora, é por si mesmo e com finalidade em si mesmo. (FOUCAULT, 2006, p. 102) No Alcibíades, se o eu era reconhecido pela alma, e alma enquanto sujeito de ação, o cuidado consigo, o cuidado desse eu, coincidia-se com o cuidado da cidade. A cidade mediatizava a relação de si para consigo, fazendo com que o eu pudesse ser tanto objeto quanto finalidade, finalidade, contudo, unicamente porque havia a mediação da cidade. (Ibidem, 2006, p. 102) No período helenístico há uma modificação no cuidado de si. Como condição dessa nova mudança, o pensamento sobre o próprio eu apresentaria outro formato. O eu apareceria tanto como objeto do qual se cuida, algo com que se deve preocupar, quanto, principalmente, como finalidade que se tem em vista ao cuidar-se de si. (Ibidem, 2006, p. 103) Quando se cuida de si é para si mesmo, não para a cidade. Reconhecese, portanto, uma atenção crescente sobre si mesmo, a importância de se respeitar a si mesmo, não simplesmente em seu próprio status, mas em seu próprio ser racional. (FOUCAULT, 1985, p ) Poderíamos reconhecer então as marcas iniciais do

22 22 individualismo ocidental? Poderíamos também associar o eu às cercanias exclusivas do indivíduo? De acordo com Foucault, tais aproximações não seriam de todo erradas, mas o que se evidenciaria mais claramente era a intensidade das relações consigo, isto é, das formas nas quais se é chamado a tomar a si próprio como objeto de conhecimento e campo de ação para transformar-se, corrigir-se, purificar-se, e promover a própria salvação. (Idem, 1985, p. 48) A diferença, a mudança ocorrida, entre o eu grego e o eu romano poderia ser assim destacada: na Grécia Clássica, a ideia de si era intrínseca à ideia de cidade, de governo da cidade. O eu era pensado sob a perspectiva do sujeito de ação quando, o que se tinha em vista, era a possibilidade de governar a cidade, de governar os outros. Na cultura romana, devido a fatores políticos e matrimoniais ponto que será desenvolvido posteriormente o eu passaria a ser pensado sob a perspectiva do próprio indivíduo: a finalidade pela qual se pensava sobre o eu era o próprio eu. O eu enquanto sujeito moral definia-se pelo bom governo de si mesmo. Tais modificações sobre a noção de eu tornar-se-iam grandes mudanças nas relações estabelecidas de si para si. O modo mesmo como o sujeito podia ou devia direcionar o pensamento sobre si seria determinante ainda para sua conduta na sociedade. Suas obrigações de cidadão, de marido, de amigo, etc., estariam diretamente ligadas ao pensamento estabelecido sobre si, sobre essa identidade que, pela extensão de sua influência, estabeleceria também para o próprio indivíduo os limites de sua liberdade Cuidado de si e conhecimento de si

23 23 Para Michel Foucault, a teoria do cuidado de si platônico estaria descrita principalmente no diálogo Alcibíades. Sócrates, utilizando o método maiêutico com seu interlocutor, faz com que este chegue à seguinte conclusão: é preciso cuidar bem de si mesmo, é preciso saber se governar para poder governar bem os outros. Mas do que se trata o cuidado de si? Que importância essa teoria assume nos estudos foucaultianos sobre os modos de subjetivação? No início do curso A Hermenêutica do Sujeito 3, Foucault anuncia: A questão que apreciaria abordar neste ano é a seguinte: em que forma de história foram tramadas, no Ocidente, as relações que não estão suscitadas pela prática ou pela análise histórica habitual, entre estes dois elementos, o sujeito e a verdade. (FOUCAULT, 2006, p. 4) Trata-se de uma investigação genealógica sobre os modos de subjetivação, sobre como, a partir das relações estabelecidas de si para si, o homem teria se conduzido diante de si mesmo e diante dos outros. Trata-se, portanto, de uma investigação bastante familiar para Foucault já que, os dois elementos, sujeito e verdade, representariam o principal foco do filósofo francês desde seus primeiros escritos. Tendo em vista esse projeto principal, o cuidado de si surge como campo favorável de investigação quando, o que se pode analisar nesta noção grega é a preocupação que se tem consigo: o quanto o indivíduo se volta para si e se ocupa consigo, o quanto ele cuida de si mesmo e o quanto, a verdade que o cerca, pode ou não contribuir para uma existência mais livre. Para Foucault, manter o Cuidado de Si como campo profícuo de suas investigações, parecia ser paradoxal e sofisticado pelo menos em relação aos escritos de Platão já que, a noção que teria circundado as questões sobre o sujeito a princípio, o sujeito platônico teria sido o preceito délfico conhece-te a ti mesmo. Há uma sobreposição dinâmica, um apelo recíproco entre gnôthi seautón e a epiméleia heautoû 3 - Curso no Collège de France que, junto com o curso Subjetividade e Verdade, representam os estudos preparatórios para A História da Sexualidade

24 24 (conhecimento de si e cuidado de si). Esta sobreposição, este apelo recíproco, é, creio, característico de Platão. (Ibidem, 2006, p. 87) Quando, no diálogo entre Alcibíades e Sócrates, o eu é colocado em destaque, é para que Alcibíades saiba qual o objeto que ele deve cuidar para que possa então governar bem a cidade. Saber (conhecer) o que é o eu parece ser, portanto, o ponto de partida para o cuidado de si. De posse de sua própria alma, alma enquanto sujeito de ação, seria preciso a partir daí ter uma boa tékhne para viver, uma boa técnica para cuidar de si mesmo. Com essas indicações para Alcibíades, Sócrates seria conhecido como o mestre do cuidado de si: Esta, portanto, é a ordem pela qual os deuses confiaram a Sócrates a tarefa de interpelar as pessoas, jovens e velhos, cidadãos ou não, e lhes dizer: ocupai-vos com vós mesmos. Esta, a tarefa de Sócrates. (Ibidem, 2006, p. 9) Sendo o cuidado de si (epiméleia heautoû) uma noção familiar para os gregos, Sócrates a caracterizaria pelo preceito ainda mais familiar dos atenienses: o preceito délfico conhece-te a ti mesmo. O cuidado de si se tornará o solo, o fundamento a partir do qual se justifica o imperativo conhece-te a ti mesmo. (Ibidem, 2006, p. 11) Quando Sócrates incita Alcibíades a olhar mais para si mesmo, a cuidar melhor de si, ele também invoca seu discípulo a conhecer este si mesmo que é preciso cuidar. Essas abordagens sobre a sobreposição entre cuidado e conhecimento de si estão apresentadas principalmente no curso A Hermenêutica do Sujeito. Como seria possível esse conhecimento sobre si? Como se dá esse tipo de conhecimento? Sócrates se apropria do velho recurso da metáfora, a metáfora do olho, para que Alcibíades possa entender a ideia de conhecimento de si. Ora, se quisermos saber como a alma, posto que sabemos agora que é a alma que deve conhecer-se a si mesma, pode conhecer-se, tomemos o exemplo do olho. Sob que condições e como um olho pode se ver? (Ibidem, 2006, p. 87) A conclusão obtida é que o olho se vê no princípio da visão. (Ibidem, 2006, p. 88) O olho se vê em si mesmo, mas não como um reflexo de si a partir de outro olho, mas pelo princípio mesmo que permite a visão. Ou seja, é

25 25 preciso pertencer à mesma natureza, é preciso ter uma identidade de natureza para que um homem possa conhecer o que ele é. Essa relação de identidade realiza-se pelo reconhecimento do princípio que constitui a natureza da alma, qual seja, o pensamento e o saber. Mas que elemento, que princípio, está no pensamento e no saber e que, pela identidade, a alma poderá conhecer-se? É o elemento divino: Ele faz do conhecimento do divino a condição do conhecimento de si. (...): para ocupar-se consigo, é preciso conhecer-se a si mesmo; para conhecer-se, é preciso olhar-se em um elemento que seja igual a si; é preciso olhar-se em um elemento que seja o próprio princípio do saber e do conhecimento; e este princípio do saber e do conhecimento é o elemento divino. Portanto, é preciso olhar-se no elemento divino para reconhecer-se: é preciso conhecer o divino para reconhecer a si mesmo. (FOUCAULT, 2006, p. 89) O conhecimento de si (platônico) destacar-se-ia do cuidado de si quando, o que podemos reconhecer no primeiro, é uma relação consigo estabelecida a partir de uma análise, de um uso da razão voltada para si mesma. O exercício sobre si parte de um exercício da alma (da razão) que desemboca numa teoria sobre o homem. O homem, essencialmente racional, realiza-se, exercita-se, a partir do uso correto da razão. Cuidar de si é também se conhecer, entender que o homem possui um elemento divino, o pensamento. Mas é preciso cautela nessas reflexões. Em alguns textos, aos quais teremos ocasião de retornar, é bem mais como uma espécie de subordinação relativamente ao preceito do cuidado de si que se formula a regra conhece-te a ti mesmo. (Ibidem, 2006, p. 7) A razão volta-se sobre si mesma, no conhece-te a ti mesmo, para que o indivíduo possa cuidar bem de si, e no caso de Alcibíades de um modo geral, da juventude grega masculina o cuidado de si surge como necessidade de uma boa atuação política. Foucault apresenta o cuidado de si a partir de três características: 1- o cuidado de si representa uma certa maneira de estar no mundo, de agir, de relacionar-se consigo e com os outros. 2- o cuidado de si é também uma forma de atenção consigo mesmo: é preciso voltar a atenção para o próprio pensamento. 3- o cuidado de si designa também algumas ações que se tem para consigo, ações pelas quais nos assumimos,

26 26 nos modificamos, nos purificamos, nos transformamos e nos transfiguramos. (Ibidem, 2006, p. 14) Nas análises sobre o Cuidado de Si, tal como será apresentado nos livros O Uso dos Prazeres e O Cuidado de Si, o que está em evidência é um exercício de si fundamentado principalmente na prática do pensamento, do saber. É a razão voltada para as questões do cotidiano. Tendo como objetivo uma vida dotada de mais poder sobre si e sobre os outros, certas práticas do cotidiano tornar-se-iam também exercícios para esse mesmo ideal. O bom domínio sobre o próprio corpo, sobre a casa e sobre o amor seriam os indícios necessários de um bom governante. No segundo volume da História da Sexualidade, O Uso dos Prazeres, Foucault inicia suas análises a partir de uma questão mais específica: a questão do desejo, do prazer, dos aphrodisia. Através de quais jogos de verdade o ser humano se reconheceu como homem de desejo? (FOUCAULT, 1984, p. 12) Com essa especificidade, o caminho das pesquisas se apresentaria muito mais extenso e complexo, já que se trata, efetivamente, de um estudo das formas e transformações de uma moral. (Ibidem, 1984, p. 26) Ressaltando a ambiguidade da palavra moral, Foucault a insere numa perspectiva bastante peculiar. Entendida a princípio como um conjunto de valores e regras de ação propostas aos indivíduos e aos grupos por intermédio de aparelhos prescritivos diversos (Ibidem, 1984, p. 26), de acordo com o filósofo, ela poderia ser também analisada pelo comportamento real dos indivíduos em relação às regras e valores que lhes são propostos. (Ibidem, 1984, p. 26) É a partir dessa segunda perspectiva que o cuidado de si pode ser melhor visualizado: Com efeito, uma coisa é uma regra de conduta; outra, a conduta que se pode medir a essa regra. Mas, outra coisa ainda é a maneira pela qual é necessário conduzir-se isto é, a maneira pela qual se deve constituir a si mesmo como sujeito moral, agindo em referência aos elementos prescritivos que constituem o código. (FOUCAULT, 1984, p. 27) Diante das várias prescrições estabelecidas, existiriam diversas maneiras do indivíduo conduzir-se, de dar um estilo próprio às suas ações, de tornar-se um sujeito de

27 27 ação a partir de si mesmo, de um exercício de si. Tratava-se de uma tentativa constante de autotransformação, de modificação de si, tendo em vista uma boa condução da própria vida: Ora, parece, pelo menos numa primeira abordagem, que as reflexões morais na Antiguidade grega ou greco-romana foram muito mais orientadas para as práticas de si, e para a questão da askesis, do que para as codificações de condutas e para a definição estrita do permitido e do proibido. (FOUCAULT, 1984, p. 30) Importava antes saber governar bem a própria vida. Esses exercícios de si, Foucault os destacaria a partir de três grandes campos do cotidiano: o da Dietética (relação do indivíduo com o próprio corpo), da Econômica (o homem enquanto chefe de família) e da Erótica (o homem e o rapaz na relação de amor). Na Dietética, na relação estabelecida entre si mesmo (sua alma) e seu próprio corpo, o homem poderia exercitar o bom governo de si e dos outros. Este exercício se dava quando, o que se colocava em prática, era o controle firme dos apetites, a demarcação de uma medida equilibrada, de uma justa medida. A experiência desse controle, dessa medida, se estenderia ao campo da moral, no exercício de uma firmeza moral. Mas é também porque o rigor de um regime físico, com a resolução que é exigida para segui-lo, demanda uma indispensável firmeza moral, e ela permite fazê-lo. (Ibidem, 1984, p. 95) Não se tratava de uma aceitação amedrontada diante de códigos universalistas, nem se tratava de uma distinção entre boas e más ações. Essa firmeza diante dos apetites, o cuidado dedicado à saúde do corpo, mantinha-se muito mais pela experiência que se podia fazer de si do que por uma obediência cega às regras. O regime não é para ser considerado como um corpo de regras universais e uniformes; é, antes de mais nada, uma espécie de manual para reagir à situações diversas nas quais é possível encontrar-se; um tratado para ajustar o comportamento de acordo com as circunstâncias. (Ibidem, 1984, p. 97) O cuidado com o corpo inseria-se portanto numa experiência muito mais complexa e rica. Na Econômica, reconhecida pela relação estabelecida no meio familiar, mais especificamente, entre o homem e a família governada por ele e a mulher e suas obrigações

28 28 enquanto esposa e mãe, destaca-se a equivalência deste meio ao ambiente político e militar: A arte doméstica é da mesma natureza que a arte política ou a arte militar, pelo menos na medida em que se trata, lá como aqui, de governar os outros. (Ibidem, 1984, p. 139) O exercício de ser o chefe de família, de ser um bom chefe de família, estendia-se, portanto, aos campos de batalha e da cidade. O que impera aqui é o exercício da força masculina sobre os outros (sua família e seus adversários) e a obediência feminina reconhecida pela tradição: A temperança do marido diz respeito a uma arte de governar, de se governar, e de governar uma esposa que é preciso conduzir e respeitar ao mesmo tempo, pois ela é, diante do marido, a dona obediente da casa. (Ibidem, 1984, p. 148) Mais uma vez, não se trata de estabelecer o permitido e o proibido, mas de prescrever para o ambiente familiar as condutas específicas de cada um conforme o status reconhecido pela tradição, pelos costumes. A Erótica pode ser reconhecida pela relação de amor entre o homem e o rapaz, mais especificamente, na relação entre dois homens que são considerados como pertencendo a duas classes de idade distintas, e dos quais um, ainda bem jovem, não terminou sua formação, não atingiu seu status definitivo. (Ibidem, 1984, p. 173) Esse campo de relações, reconhecido pela tradição grega, teria sido problematizado a partir de uma preocupação com a formação de uma moral específica: a do rapaz, aquele que ainda estava em formação. É sobre ele que as considerações são formuladas, porque sua juventude representa um estado delicado para o pensamento moral. (FONSECA, 2003, p. 118) De acordo com Foucault, trata-se de colocar como problema a formação do indivíduo preocupado com o futuro governo de si mesmo e dos outros, em outras palavras, de um indivíduo preocupado com sua liberdade. É ainda o tema da estilização de uma liberdade que está presente. (Idem, 2003, p. 118) Segundo Ortega: A moderação exercida pelo homem livre não corresponde a uma lei, à qual o indivíduo se submete, nem a um código que se tenta definir, mas à procura de um estilo, de uma estilização do comportamento configurada segundo os critérios de uma estética da existência, ou seja, das formas por meio das quais o homem se apresenta e se esboça, se esquece ou se desmente ante seu destino de ser vivo e

29 29 mortal. Moderação é uma questão de escolha, de estilo, de atitude (e não de atos ou de desejos); ela encarna a vontade de dar forma à existência. O indivíduo se constitui como sujeito moral nessa sociedade não mediante a generalização das regras da ação; trata-se antes de uma atitude, um ethos, que visa a individualizar as ações e dotá-las de uma beleza e um esplendor únicos. Através da estilização dessa atitude, o indivíduo dota sua vida de uma forma digna de longa lembrança. (ORTEGA, 1999, p. 75) No terceiro volume da História da Sexualidade, O Cuidado de Si, Michel Foucault direciona suas análises para outro período histórico, os séculos I e II de nossa era. A cultura romana, o ethos romano, destaca-se para que novas em certos casos, as mesmas relações sejam averiguadas. De acordo com o filósofo, certos acontecimentos, novas configurações do contexto sociopolítico teriam sido decisivas para que o homem estabelecesse consigo outro modelo de relação. De um modo geral, o que se percebe é uma acentuação, um aumento da atenção voltada para si mesmo, sobre as exigências advindas da conduta moral do indivíduo. Para dar conta dessa nova acentuação pode-se recorrer a diversas explicações. Podese colocá-la em relação com certos esforços de moralização feitos sob um modo mais ou menos autoritário pelo poder político, esses esforços foram particularmente explícitos e firmados sob o principado de Augusto; e nesse último caso, é verdade que medidas legislativas protegendo o casamento, favorecendo a família, regulamentando a concubinagem e condenando o adultério foram acompanhadas por um movimento de ideias o qual talvez não fosse inteiramente artificial que opunha, ao relaxamento dos tempos presentes, a necessidade de retorno ao rigor dos costumes antigos. (FOUCAULT, 1985, P ) Mas essa maior preocupação com a conduta moral dos indivíduos ainda não estaria inserida numa tentativa de universalização dos códigos morais, muito menos na intenção de se definir o certo e o errado, o permitido e o proibido. Como já foi ressaltado acima, o que se tornara mais visível na cultura romana foi a atenção voltada para si, uma maior preocupação consigo mesmo, com a conduta moral. Enquanto na Grécia o Cuidado de Si estava voltado para um fim específico, o governo da cidade, em Roma o cuidado de si tornar-se-ia um preceito para a vida inteira. Os textos dos grandes pensadores dessa época evidenciariam a recorrência e a importância do preceito cuida de ti mesmo, tal com Sêneca demonstra nas Cartas a Lucíolo. Também Marco Aurélio experimenta essa mesma pressa em ocupar-se consigo:

30 30 nem a leitura nem a escrita devem afastá-lo por mais tempo dos cuidados diretos que deve ter com o próprio ser. (FOUCAULT, 1985, p. 52) Mas seria Epicteto o grande representante do cuidado de si. O homem, diferente dos animais, deveria velar por si mesmo, deveria cuidar melhor de si. É, sem dúvida, em Epicteto que se marca a mais alta elaboração filosófica desse tema. O ser humano é definido nos Diálogos, como o ser a quem foi confiado o cuidado de si. (Idem, 1985, p. 52) De fato, tanto o Cuidado de Si como o Conhecimento de Si representavam uma exigência moral que deveria ser colocada sobre si mesmo, que deveria ser exigida de si para si. Mas, importante ressaltar, não se trata de leis para subjugar o homem a partir de preceitos universalistas. O rigor, a exigência severa voltada para si mesmo, fundamentava-se em uma maior liberdade para o homem, em uma vontade de se ter prazer consigo pela beleza de sua vida. Na Grécia, sob a verdade destinada aos cidadãos, aos jovens cidadãos, qual seja, aquela que define o homem como ser racional (seu elemento divino), o jovem ateniense manteria essa mesma verdade como principal condição para o bom governo da cidade, antecedido pelo bom governo de si. Portanto, a verdade estabelecida proporcionaria para si mesmo melhores condições de liberdade, autonomia e prazer. Com as devidas singularidades, tal seria o resultado entre o si a verdade na cultura romana: maior liberdade e prazer consigo Sujeito, arte, verdade e transformação de si Nos modelos de relação consigo estabelecidos entre gregos e romanos reconhecidos aqui como cuidado e conhecimento de si, considerados em suas singularidades, um ponto apresentar-se-ia como similar nos dois preceitos: o fato de, na relação entre o si mesmo e a verdade, o eu (o indivíduo) sair modificado, transformado, após seu contato com a verdade. Esse processo de modificação de si seria o resultado das

31 31 inúmeras técnicas, dos vários exercícios diários, estabelecidos de si para si e de um mestre para um discípulo. Entre os cuidados com o corpo, com a casa, com o prazer, outras técnicas de existência proporcionariam aos indivíduos uma espécie de treinamento para que, entre o indivíduo e a verdade que o circunda, aquele pudesse acrescentar à sua existência, cada dia mais, um bom governo de si, uma maior liberdade para si mesmo. Tal seria o processo estabelecido para os jovens atenienses: diante da verdade encontrada pela própria razão, aquela que diz que o homem é um ser racional, caberia aos jovens o bom uso desse elemento divino, o que lhes proporcionaria, efetivamente, uma boa atuação política. Mas, de fato, para exercer o bom uso da razão, seria preciso uma disciplina severa ao longo do dia: o que, com o passar do tempo, provocaria uma transformação do próprio indivíduo. É um traço geral, um princípio fundamental, que o sujeito enquanto tal, do modo como é dado a si mesmo, não é capaz de verdade. E não é capaz de verdade, contudo, a não ser que ele efetue em si mesmo certas operações, certas transformações e modificações que o tornarão capaz de verdade. (FOUCAULT, 2006, p. 234) Essa relação entre o si mesmo e a verdade seria muito diferente daquilo que se configuraria posteriormente quando, entre o indivíduo e a verdade, restaria para aquele, exclusivamente, a apropriação segura de um conhecimento. Essa modificação de si, essa transformação de si pelo contato com a verdade, como já foi salientado, tinha como fim principal um bom governo de si, uma maior liberdade para si, em outras palavras, uma vida melhor, uma vida mais bela. E o indivíduo que alcançava esse bom governo de si, transformava-se em um belo modelo para os outros. Não que os cidadãos tivessem que repetir, copiar, seguir a vida de outro indivíduo. Tratava-se, principalmente, de reconhecer diante da beleza de uma vida bem governada, a possibilidade de essa beleza ser realizada em si mesmo. De fato, a beleza a qual estamos referindo, não manteria os mesmos padrões na Grécia e em Roma. De um lado, temos a beleza reconhecida numa vida bem governada aliada ao tempo certo de adquirir o bom governo da cidade, de uma atuação política de outro, temos a beleza reconhecida através de uma vida inteira bem

32 32 governada, independente da posição política que se tem. Mas nos dois tipos de relação consigo, Tratava-se de saber como governar sua própria vida para lhe dar a forma mais bela possível (aos olhos dos outros, de si mesmo e das gerações futuras, para as quais se poderá servir de exemplo). Eis o que tentei reconstituir: a formação e o desenvolvimento de uma prática de si que tem como objetivo constituir a si mesmo como o artesão da beleza de sua própria vida. (FOUCAULT, 2003, p. 244) Tal cuidado com a vida, com a existência, receberia, portanto, padrões estéticos. Beleza que seria reconhecida pelo bom governo que se tem consigo. E mais importante: o exercício de composição de uma vida bela resultaria em uma transformação de si. O indivíduo, pelo contato com a verdade, não seria mais o mesmo se quisesse ter uma vida fundamentada nessa mesma verdade. Essas análises sobre os relacionamentos estabelecidos de si para si na cultura greco-romana recairiam sobre um importante problema filosófico, ou ainda, sobre uma questão da própria Filosofia. Vislumbrados a partir de Sócrates e de outros vários pensadores, tais como, Epicteto, Marco Aurélio, Sêneca, os preceitos cuidado e conhecimento de si apresentariam uma forma específica do relacionamento entre o indivíduo e a verdade, entre o sujeito e a verdade: O saber teve um papel diferente no cuidado de si clássico. Há coisas muito interessantes a serem analisadas sobre as relações entre o saber científico e a epimeleia heautou. Aquele que cuidava de si mesmo tinha que escolher dentre todas as coisas que se pode conhecer através do saber científico apenas aquelas relativas a ele e importantes para a vida. (DREYFUS; RABINOW, 1995, p. 269) O cuidado de si representaria, portanto, uma maneira peculiar de usar o pensamento, de refletir, de filosofar. Essa peculiaridade do cuidado de si e de seu correspondente modo de filosofar onde o ser do sujeito se transforma no contato com a verdade encontra-se destacada no início do curso A Hermenêutica do Sujeito, reconhecida pela expressão espiritualidade 4. Enfim, a espiritualidade postula que, quando efetivamente aberto, o acesso à verdade produz efeitos que seguramente são conseqüência do procedimento espiritual 4 - Expressão reconhecida nos escritos de Pierre Hadot

33 33 realizado para atingi-la, mas que ao mesmo tempo são outra coisa e bem mais: efeitos que chamarei de retorno da verdade sobre o sujeito. Para a espiritualidade, a verdade não é simplesmente o que é dado ao sujeito a fim de recompensá-lo, de algum modo, pelo ato de conhecimento e a fim de preencher este ato de conhecimento. (...) Resumindo, acho que podemos dizer o seguinte: para a espiritualidade, um ato de conhecimento, em si mesmo e por si mesmo, jamais conseguiria dar acesso à verdade se não fosse preparado, acompanhado, duplicado, consumado por certa transformação do sujeito, não do indivíduo, mas do próprio sujeito no seu ser de sujeito. (FOUCAULT, 2006, p. 21) Na espiritualidade o saber seria intrínseco ao modo de vida. É o que podemos reconhecer na expressão: a filosofia como modo de vida. 5 Não que o conhecimento fosse uma espécie de instrumento para uma boa vida, mas sim que, com o cuidado destinado a si mesmo, ser e saber constituíam um elemento apenas. A incorporação do saber a um determinado estilo de vida não se dava pela mera adequação de uma teoria infiltrada nas experiências da vida, trava-se de uma relação onde o sujeito, quando de posse de um saber, já não seria o mesmo sujeito de antes. A obtenção de um saber significaria, ao mesmo tempo, uma mudança de si, uma transformação de si, ou seja, um distanciamento de si mesmo, tendo em vista o que se era antes de obter a verdade. Esse distanciamento de si, essa perda constante de si, paradoxalmente, levaria o sujeito a um encontro consigo mais livre, mais autônomo, mais belo. Essa condição específica na relação entre sujeito e verdade, a transformação do sujeito, seria substituída por uma relação em que o sujeito, no contato com a verdade, reivindicaria para si a posição do conhecedor, do fundador do verdadeiro e do falso. Essa nova relação entre sujeito e verdade teria sua consumação na Idade Moderna, sendo favorecida pelo pensamento cartesiano e um pouco antes, pelo pensamento cristão. Assim, na modernidade, o conhecimento seria o principal e único objetivo a ser alcançado quando da aproximação com a verdade: Isto é, no momento em que o filósofo (...), sem que mais nada lhe seja solicitado, sem que seu ser de sujeito deva ser modificado ou alterado, é capaz, em si mesmo e unicamente por seus atos de conhecimento, de reconhecer a verdade e a ela ter 5 - No mesmo sentido do livro de Pierre Hadot: Philosophy as a Way of Life, de 1995

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

O SUJEITO EM FOUCAULT

O SUJEITO EM FOUCAULT O SUJEITO EM FOUCAULT Maria Fernanda Guita Murad Foucault é bastante contundente ao afirmar que é contrário à ideia de se fazer previamente uma teoria do sujeito, uma teoria a priori do sujeito, como se

Leia mais

DE 06/01/82, DO FOUCAULT. Edição utilizada: L heméneutique du sujet. Cours au Collège de France. 1981-1982. Paris:

DE 06/01/82, DO FOUCAULT. Edição utilizada: L heméneutique du sujet. Cours au Collège de France. 1981-1982. Paris: 1 RESUMO DA DA 1ª. E 2ª. H. HORAS DA AULA DE DE 06/01/82, DO DO CURSO A HERMENÊUTICA DO SUJEITO, DE MICHEL FOUCAULT Resumo feito por: Fábio Belo Edição utilizada: L heméneutique du sujet. Cours au Collège

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE

A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Aline Trindade A LIBERDADE COMO POSSÍVEL CAMINHO PARA A FELICIDADE Introdução Existem várias maneiras e formas de se dizer sobre a felicidade. De quando você nasce até cerca dos dois anos de idade, essa

Leia mais

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault

Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Formação de Professores: um diálogo com Rousseau e Foucault Eixo temático 2: Formação de Professores e Cultura Digital Vicentina Oliveira Santos Lima 1 A grande importância do pensamento de Rousseau na

Leia mais

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock ABCEducatio entrevista Sílvio Bock Escolher uma profissão é fazer um projeto de futuro A entrada do segundo semestre sempre é marcada por uma grande preocupação para todos os alunos que estão terminando

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil.

Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. Rousseau e educação: fundamentos educacionais infantil. 1 Autora :Rosângela Azevedo- PIBID, UEPB. E-mail: rosangelauepb@gmail.com ²Orientador: Dr. Valmir pereira. UEPB E-mail: provalmir@mail.com Desde

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores.

LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO. 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. LISTA DE EXERCÍCIOS RECUPERAÇÃO 1. Quais foram as principais características da escolástica? Cite alguns de seus pensadores. 2. Como acontecia a aprendizagem nas escolas no período medieval? Quem era apto

Leia mais

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES

DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES DA UNIVERSIDADE AO TRABALHO DOCENTE OU DO MUNDO FICCIONAL AO REAL: EXPECTATIVAS DE FUTUROS PROFISSIONAIS DOCENTES Karem Nacostielle EUFRÁSIO Campus Jataí karemnacostielle@gmail.com Sílvio Ribeiro DA SILVA

Leia mais

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750

John Locke (1632-1704) Colégio Anglo de Sete Lagoas - Professor: Ronaldo - (31) 2106-1750 John Locke (1632-1704) Biografia Estudou na Westminster School; Na Universidade de Oxford obteve o diploma de médico; Entre 1675 e 1679 esteve na França onde estudou Descartes (1596-1650); Na Holanda escreveu

Leia mais

Estratégia de escuta psicanalítica aos imigrantes e refugiados: uma oficina de português

Estratégia de escuta psicanalítica aos imigrantes e refugiados: uma oficina de português Estratégia de escuta psicanalítica aos imigrantes e refugiados: uma oficina de português Christian Haritçalde Miriam Debieux Rosa Sandra Letícia Berta Cristiane Izumi Bruno Maya Lindilene Shimabukuro O

Leia mais

Palestrante: José Nazareno Nogueira Lima Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA

Palestrante: José Nazareno Nogueira Lima Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA A ÉTICA NA POLÍTICA Palestrante: Advogado, Diretor -Tesoureiro da OAB/PA, Consultor da ALEPA A origem da palavra ÉTICA Ética vem do grego ethos, que quer dizer o modo de ser, o caráter. Os romanos traduziram

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ

UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ UMA PESQUISA SOBRE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL NO IFC-CÂMPUS CAMBORIÚ Autores: Jaqueline Lima PALOMBO (Bolsista PIBIC-EM/CNPq); Nadia Rocha VERIGUINE (Orientadora); Ângelo Augusto FROZZA (Co-orientador). Introdução

Leia mais

O que são Direitos Humanos?

O que são Direitos Humanos? O que são Direitos Humanos? Por Carlos ley Noção e Significados A expressão direitos humanos é uma forma abreviada de mencionar os direitos fundamentais da pessoa humana. Sem esses direitos a pessoa não

Leia mais

A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL. Palavras Chave: Modelagem Matemática; Educação de Jovens e Adultos (EJA); Internet Móvel.

A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL. Palavras Chave: Modelagem Matemática; Educação de Jovens e Adultos (EJA); Internet Móvel. A MODELAGEM MATEMÁTICA E A INTERNET MÓVEL Márcia Santos Melo Almeida Universidade Federal de Mato Grosso do Sul marciameloprofa@hotmail.com Marcos Henrique Silva Lopes Universidade Federal de Mato Grosso

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

O Indivíduo em Sociedade

O Indivíduo em Sociedade O Indivíduo em Sociedade A Sociologia não trata o indivíduo como um dado da natureza isolado, livre e absoluto, mas como produto social. A individualidade é construída historicamente. Os indivíduos são

Leia mais

Vendo aquilo que se vê e sendo aquilo que se é 1

Vendo aquilo que se vê e sendo aquilo que se é 1 Vendo aquilo que se vê e sendo aquilo que se é 1 Monica Aiub filósofa clínica e-mail: monica_aiub@uol.com.br Vendo o que não se vê, tema do Congresso, suscita, imediatamente, a pergunta: o que se vê e

Leia mais

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom Entrevista esclarece dúvidas sobre acúmulo de bolsas e atividadess remuneradas Publicada por Assessoria de Imprensa da Capes Quinta, 22 de Julho de 2010 19:16 No dia 16 de julho de 2010, foi publicada

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 21 Discurso na cerimónia de instalação

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos:

Idealismo - corrente sociológica de Max Weber, se distingui do Positivismo em razão de alguns aspectos: A CONTRIBUIÇÃO DE MAX WEBER (1864 1920) Max Weber foi o grande sistematizador da sociologia na Alemanha por volta do século XIX, um pouco mais tarde do que a França, que foi impulsionada pelo positivismo.

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

DITADURA, EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: REFLEXÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA

DITADURA, EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: REFLEXÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA DITADURA, EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: REFLEXÕES SOBRE O LIVRO DIDÁTICO DE EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA Rafael Nóbrega Araújo, graduando em História (UEPB) e-mail: rafaelnobreg@hotmail.com Patrícia Cristina Aragão,

Leia mais

1. Você escolhe a pessoa errada porque você espera que ela mude após o casamento.

1. Você escolhe a pessoa errada porque você espera que ela mude após o casamento. 10 Maneiras de se Casar com a Pessoa Errada O amor cego não é uma forma de escolher um parceiro. Veja algumas ferramentas práticas para manter os seus olhos bem abertos. por Rabino Dov Heller, Mestre em

Leia mais

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS

A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS A EDUCAÇÃO PARA A EMANCIPAÇÃO NA CONTEMPORANEIDADE: UM DIÁLOGO NAS VOZES DE ADORNO, KANT E MÉSZÁROS Kely-Anee de Oliveira Nascimento Universidade Federal do Piauí kelyoliveira_@hotmail.com INTRODUÇÃO Diante

Leia mais

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO

FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 FORMANDO AS LIDERANÇAS DO FUTURO Fúlvia Rosemberg: analisa ações de inclusão e apresenta programa voltado para a formação de novas lideranças

Leia mais

A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE

A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE A QUESTÃO DO CONHECIMENTO NA MODERNIDADE Maria Aristé dos Santos 1, Danielli Almeida Moreira 2, Janaina Rufina da Silva 3, Adauto Lopes da Silva Filho 4 ¹ Alunas do Curso de Licenciatura em Filosofia da

Leia mais

Revista Filosofia Capital ISSN 1982 6613 Vol. 2, Edição 4, Ano 2007. EAD E O PROCESSO AVALIATIVO: BREVE ENSAIO SOBRE UMA PEDAGOGIA EM CONSTRUÇÃO

Revista Filosofia Capital ISSN 1982 6613 Vol. 2, Edição 4, Ano 2007. EAD E O PROCESSO AVALIATIVO: BREVE ENSAIO SOBRE UMA PEDAGOGIA EM CONSTRUÇÃO 78 EAD E O PROCESSO AVALIATIVO: BREVE ENSAIO SOBRE UMA PEDAGOGIA EM CONSTRUÇÃO Júlia de Holanda juliadeholanda@filosofiacapital.org Brasília-DF 2007 79 EAD E O PROCESSO AVALIATIVO: BREVE ENSAIO SOBRE UMA

Leia mais

Objetivos da aula: Emile Durkheim. Ciências Sociais. Emile Durlheim e o estatuto da cientificidade da sociologia. Profa. Cristiane Gandolfi

Objetivos da aula: Emile Durkheim. Ciências Sociais. Emile Durlheim e o estatuto da cientificidade da sociologia. Profa. Cristiane Gandolfi Ciências Sociais Profa. Cristiane Gandolfi Emile Durlheim e o estatuto da cientificidade da sociologia Objetivos da aula: Compreender o pensamento de Emile Durkheim e sua interface com o reconhecimento

Leia mais

O ENSINO DE FILOSOFIA NA ESCOLA BÁSICA: UMA LEITURA FOUCAULTIANA Liliana Souza de Oliveira - UFSM

O ENSINO DE FILOSOFIA NA ESCOLA BÁSICA: UMA LEITURA FOUCAULTIANA Liliana Souza de Oliveira - UFSM O ENSINO DE FILOSOFIA NA ESCOLA BÁSICA: UMA LEITURA FOUCAULTIANA Liliana Souza de Oliveira - UFSM Introdução O artigo 36 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9.394/96) determina que

Leia mais

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM Celso João Ferretti: o processo de desintegração da educação atingiu em menor escala as escolas técnicas.

Leia mais

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO

ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: TEMA, PROBLEMATIZAÇÃO, OBJETIVOS, JUSTIFICATIVA E REFERENCIAL TEÓRICO PROF. ME. RAFAEL HENRIQUE SANTIN Este texto tem a finalidade de apresentar algumas diretrizes para

Leia mais

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA. A educação artística como arte de educar os sentidos

CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA. A educação artística como arte de educar os sentidos CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ARTÍSTICA Porto, Casa da Música, 29-31 de Outubro de 2007 A educação artística como arte de educar os sentidos Yolanda Espiña (Escola das Artes Universidade Católica Portuguesa)

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

Motivação. Robert B. Dilts

Motivação. Robert B. Dilts Motivação Robert B. Dilts A motivação é geralmente definida como a "força, estímulo ou influência" que move uma pessoa ou organismo para agir ou reagir. De acordo com o dicionário Webster, motivação é

Leia mais

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5 Sexo Idade Grupo de Anos de Escola docência serviço Feminino 46 Filosofia 22 Distrito do Porto A professora, da disciplina de Filosofia, disponibilizou-se para conversar comigo sobre o processo de avaliação

Leia mais

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem.

LÍDER: compromisso em comunicar, anunciar e fazer o bem. ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati Paranavaí / / "Quanto mais Deus lhe dá, mais responsável ele espera que seja." (Rick Warren) LÍDER:

Leia mais

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA

AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA AGOSTINHO, TEMPO E MEMÓRIA Fábio de Araújo Aluno do Curso de Filosofia Universidade Mackenzie Introdução No decorrer da história da filosofia, muitos pensadores falaram e escreveram há cerca do tempo,

Leia mais

1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Avaliador Revisor

1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Avaliador Revisor 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Avaliador Revisor Em seu diálogo A República, Platão descreve na célebre Alegoria da Caverna a situação de homens aprisionados desde a infância no fundo de uma caverna e de tal

Leia mais

Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles. Profa. Ms. Luciana Codognoto

Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles. Profa. Ms. Luciana Codognoto Filosofia na Antiguidade Clássica Sócrates, Platão e Aristóteles Profa. Ms. Luciana Codognoto Períodos da Filosofia Grega 1- Período pré-socrático: (VII e VI a.c): início do processo de desligamento entre

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE

A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR DE PEDAGOGIA DA FESURV - UNIVERSIDADE DE RIO VERDE Bruna Cardoso Cruz 1 RESUMO: O presente trabalho procura conhecer o desempenho profissional dos professores da faculdade

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador:

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: São Luis 2015 (TÍTULO DO PROJETO) (NOME DO ALUNO) Projeto de Pesquisa do Programa

Leia mais

CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA CURIOSOS E PESQUISADORES: POSSIBILIDADES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA Cíntia Nunes (PPGEdu/UFRGS) Apoio: CNPq Resumo: Este trabalho trata de investigar a curiosidade e a pesquisa escolar sob um ponto

Leia mais

5 Equacionando os problemas

5 Equacionando os problemas A UA UL LA Equacionando os problemas Introdução Nossa aula começará com um quebra- cabeça de mesa de bar - para você tentar resolver agora. Observe esta figura feita com palitos de fósforo. Mova de lugar

Leia mais

ENTREVISTA. Clara Araújo

ENTREVISTA. Clara Araújo ENTREVISTA Clara Araújo RE - Inicio de suas atividades acadêmicas? CA - Iniciei minhas atividades acadêmicas como professora de uma Faculdade que não mais existe, aqui no Rio, em 1985. Depois comecei a

Leia mais

NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM

NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias outubro/2007 página 1 NA POSTURA DO PROFESSOR, O SUCESSO DA APRENDIZAGEM Marina Muniz Nunes: É inegável que determinadas ações e posturas do professor, tal como

Leia mais

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática 1 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática Introdução Neste artigo apresenta-se uma pesquisa 1 que tem por tema a formação inicial de professores

Leia mais

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia

Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber. Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia Unidade 3: A Teoria da Ação Social de Max Weber Professor Igor Assaf Mendes Sociologia Geral - Psicologia A Teoria de Ação Social de Max Weber 1 Ação Social 2 Forma de dominação Legítimas 3 Desencantamento

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR

O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR Título do artigo: O COORDENADOR PEDAGÓGICO COMO FORMADOR: TRÊS ASPECTOS PARA CONSIDERAR Área: Gestão Coordenador Pedagógico Selecionadora: Maria Paula Zurawski 16ª Edição do Prêmio Victor Civita Educador

Leia mais

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos)

Katia Luciana Sales Ribeiro Keila de Souza Almeida José Nailton Silveira de Pinho. Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton Silveira de Pinho Resenha: Marx (Um Toque de Clássicos) Universidade Estadual de Montes Claros / UNIMONTES abril / 2003 Katia Luciana Sales Ribeiro José Nailton

Leia mais

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG).

CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de graduação da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (FEF/UFG). ANÁLISE DAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL E EDUCAÇÃO FÍSICA PRESENTES EM UMA INSTITUIÇÃO FILÁNTROPICA E MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA CIDADE DE GOIÂNIA/GO CASTILHO, Grazielle (Acadêmica); Curso de

Leia mais

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA PROPOSTAS

Leia mais

Ambos os métodos possuem vantagens e desvantagens, por isso deve se analisar cada caso para decidir qual o mais apropriado.

Ambos os métodos possuem vantagens e desvantagens, por isso deve se analisar cada caso para decidir qual o mais apropriado. Módulo 4 Como Organizar a Pesquisa O questionário e a observação são dois métodos básicos de coleta de dados. No questionário os dados são coletados através de perguntas, enquanto que no outro método apenas

Leia mais

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot

f r a n c i s c o d e Viver com atenção c a m i n h o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot Viver com atenção O c a m i n h o d e f r a n c i s c o Herança espiritual da Congregação das Irmãs Franciscanas de Oirschot 2 Viver com atenção Conteúdo 1 O caminho de Francisco 9 2 O estabelecimento

Leia mais

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental Adriele Monteiro Ravalha, URI/Santiago-RS, adrieleravalha@yahoo.com.br

Leia mais

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE

HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE HEGEL: A NATUREZA DIALÉTICA DA HISTÓRIA E A CONSCIENTIZAÇÃO DA LIBERDADE Prof. Pablo Antonio Lago Hegel é um dos filósofos mais difíceis de estudar, sendo conhecido pela complexidade de seu pensamento

Leia mais

Família. Escola. Trabalho e vida econômica. Vida Comunitária e Religião

Família. Escola. Trabalho e vida econômica. Vida Comunitária e Religião Família Qual era a profissão dos seus pais? Como eles conciliavam trabalho e família? Como era a vida de vocês: muito apertada, mais ou menos, ou viviam com folga? Fale mais sobre isso. Seus pais estudaram

Leia mais

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Elba Siqueira de Sá Barretto: Os cursos de Pedagogia costumam ser muito genéricos e falta-lhes um

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID Michele Dalzotto Garcia Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro- Oeste/Irati bolsista do PIBID CAPES Rejane Klein Docente do

Leia mais

Dia_Logos. café teatral

Dia_Logos. café teatral café Café Teatral Para esta seção do Caderno de Registro Macu, a coordenadora do Café Teatral, Marcia Azevedo fala sobre as motivações filosóficas que marcam esses encontros. Partindo da etimologia da

Leia mais

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR?

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR? POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR? Póvoa, J. M, Ducinei Garcia Departamento de Física - Universidade Federal de São Carlos Via Washington Luiz, Km

Leia mais

Docente: Gilberto Abreu de Oliveira (Mestrando em Educação UEMS/UUP) Turma 2012/2014 Email: oliveira.gilbertoabreu@hotmail.

Docente: Gilberto Abreu de Oliveira (Mestrando em Educação UEMS/UUP) Turma 2012/2014 Email: oliveira.gilbertoabreu@hotmail. Docente: Gilberto Abreu de Oliveira (Mestrando em Educação UEMS/UUP) Turma 2012/2014 Email: oliveira.gilbertoabreu@hotmail.com Blog: http://historiaemdebate.wordpress.com 1 Principais Conceitos sobre os

Leia mais

Elaboração e aplicação de questionários

Elaboração e aplicação de questionários Universidade Federal da Paraíba Departamento de Estatística Curso de Bacharelado em Estatística Elaboração e aplicação de questionários Prof. Hemílio Fernandes Campos Coêlho Departamento de Estatística

Leia mais

Educar filhos: cuidar mais do que proteger. Júlio Furtado www.juliofurtado.com.br

Educar filhos: cuidar mais do que proteger. Júlio Furtado www.juliofurtado.com.br Educar filhos: cuidar mais do que proteger Júlio Furtado www.juliofurtado.com.br As 4 principais tarefas dos pais DESENVOLVER: 1. Independência emocional 2. Autodisciplina 3. Capacidades 4. Moral Educar

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS

Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas. Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Universidade Federal da Bahia Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas Grupo de Pesquisa em Interação, Tecnologias Digitais e Sociedade - GITS Reunião de 18 de junho de 2010 Resumo

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE Cuidando de quem cuida Instituto de Capacitação e Intervenção Psicossocial pelos Direitos da Criança e Adolescente em Situação de Risco O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

Leia mais

Resultado da Avaliação das Disciplinas

Resultado da Avaliação das Disciplinas Avaliação Curso Direito Imobiliário Registral Aplicado aos Bens Públicos DISCIPLINAS: 1- Propriedade e demais direitos reais 2- Modos de aquisição e perda da propriedade e demais direitos reais CARGA HORÁRIA:

Leia mais

7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo

7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo RELATÓRIO DE ARTES 1º Semestre/2015 Turma: 7º ano Professora: Mirna Rolim Coordenação pedagógica: Maria Aparecida de Lima Leme 7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo Sinto que o 7º ano

Leia mais

LEGADOS / CONTRIBUIÇÕES. Democracia Cidadão democracia direta Olimpíadas Ideal de beleza Filosofia História Matemática

LEGADOS / CONTRIBUIÇÕES. Democracia Cidadão democracia direta Olimpíadas Ideal de beleza Filosofia História Matemática LEGADOS / CONTRIBUIÇÕES Democracia Cidadão democracia direta Olimpíadas Ideal de beleza Filosofia História Matemática GEOGRAFIA, ECONOMIA E POLÍTICA Terreno montanhoso Comércio marítimo Cidades-estado

Leia mais

Estética da Existência na Pedagogia Teatral Ms. Profª Tânia Cristina dos Santos B oy1

Estética da Existência na Pedagogia Teatral Ms. Profª Tânia Cristina dos Santos B oy1 Estética da Existência na Pedagogia Teatral Ms. Profª Tânia Cristina dos Santos Boy 1 Universidade de Sorocaba Palavras-chave: Processo colaborativo, pedagogia teatral, cuidado de si. Neste trabalho nos

Leia mais

A criança e as mídias

A criança e as mídias 34 A criança e as mídias - João, vá dormir, já está ficando tarde!!! - Pera aí, mãe, só mais um pouquinho! - Tá na hora de criança dormir! - Mas o desenho já tá acabando... só mais um pouquinho... - Tá

Leia mais

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) -

Questão (1) - Questão (2) - A origem da palavra FILOSOFIA é: Questão (3) - EXERCICÍOS DE FILOSOFIA I O QUE É FILOSOFIA, ETIMOLOGIA, ONDE SURGIU, QUANDO, PARA QUE SERVE.( 1º ASSUNTO ) Questão (1) - Analise os itens abaixo e marque a alternativa CORRETA em relação ao significado

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

O ENSINO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA EDUCAÇÃO DOS JOVENS E ADULTOS EM UMA ABORDAGEM CTS 1. Educação Matemática na Educação de Jovens e Adultos GT 11

O ENSINO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA EDUCAÇÃO DOS JOVENS E ADULTOS EM UMA ABORDAGEM CTS 1. Educação Matemática na Educação de Jovens e Adultos GT 11 O ENSINO DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA EDUCAÇÃO DOS JOVENS E ADULTOS EM UMA ABORDAGEM CTS 1 Educação Matemática na Educação de Jovens e Adultos GT 11 Ana Luiza Araujo COSTA anaepietro26@gmail.com Maria Simone

Leia mais

UFMG - 2004 4º DIA FILOSOFIA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2004 4º DIA FILOSOFIA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2004 4º DIA FILOSOFIA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Filosofia Questão 01 Leia este trecho:... aquele que não faz parte de cidade alguma [ápolis], por natureza e não por acaso, é inferior ou

Leia mais

Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório

Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório Recursos Humanos Coordenação de Gestão de Pessoas Pesquisa de Clima Análise dos dados da Pesquisa de Clima Relatório Introdução No dia 04 de Agosto de 2011, durante a reunião de Planejamento, todos os

Leia mais