MACROECONOMIA CADERNO DE EXERCÍCIOS
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- Geovane Peres Raminhos
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1 MACROECONOMIA CADERNO DE EXERCÍCIOS Ano Letivo 2016/2017 1
2 A Macroeconomia consiste no estudo do modo como uma economia, no seu todo, afeta recursos, produz riqueza e decide sobre a utilização do rendimento gerado. Ela considera, em simultâneo, o conjunto das decisões tomadas por todos os agentes que desempenham um papel no sistema económico: famílias, empresas, Estado, instituições financeiras e exterior. O conhecimento da realidade agregada é, por sua vez, essencial para que cada agente individual saiba que escolhas fazer e em que sentido decidir. Nunca o estudo da Macroeconomia foi tão relevante como atualmente. Aplicada na definição de políticas que fomentam o crescimento económico, que combatem o desemprego e que promovem a estabilidade dos preços, a Macroeconomia estuda o comportamento de uma economia como um todo. A Macroeconomia é uma disciplina indispensável para a compreensão das causas e possíveis soluções de problemas tão importantes como as crises económicas, os défices orçamentais, o desemprego, a inflação e o crescimento económico. 2
3 A CONTABILIDADE NACIONAL 1. Com base nos dados da tabela em baixo, responda às perguntas que se seguem. Contas Nacionais do país A, de 2010, a preços constantes de 2009 (em milhões de euros) Consumo privado 72152,6 Consumo público 24515,9 Procura interna ,4 Formação bruta de capital fixo 32190,4 Variação de existências 1026,5 Exportações 39561,2 Importações 50500,2 Impostos sobre a produção e a importação 1235,9 Subsídios sobre a produção e a importação 245,8 a) Determine o valor da procura global. b) Determine o valor do PIBpm. c) Calcule o valor do Rendimento Nacional, admitindo para esse efeito que o saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o Resto do Mundo foi de ,6 milhões de euros. d) Explicite as vantagens da utilização dos valores a preços constantes. e) Calcule as remunerações do trabalho, admitindo que os rendimentos da empresa e da propriedade são de 25546,8 milhões de euros. 3
4 2. Das contas Nacionais do país X foram retirados os seguintes valores, em milhões de unidades monetárias. PIBcf 500 Amortizações 50 Impostos indiretos 90 Subsídios à produção 70 Saldo dos Rendimentos com o Resto do Mundo -10 a) Calcule o PNLpm. b) Calcule o valor da Despesa Interna. 3. O país A apresenta os seguintes valores: DN= u.m. Amortizações=36095 u.m. Subsídios à produção=30900 u.m. Impostos Indiretos=94400 u.m. Saldo do Resto do Mundo=14487 u.m. a) Calcule o PIBpm. b) Calcule o PNLcf. 4. De uma certa economia conhecem-se os seguintes dados (em unidades monetárias): Consumo privado 600 Consumo público 160 Investimento 280 Exportações 310 Importações 380 Rend. Líquidos recebidos do resto do mundo 20 Impostos indiretos 100 Impostos indiretos-subsídios 200 Transf. Internas líquidas para os particulares 200 Transf. Externas líquidas para os particulares 60 Amortizações 140 4
5 Determine: a) O PIBpm e o PIBcf. b) O PNBpm e o PNBcf. c) O rendimento nacional. 5. Suponha uma pequena economia sem relações com o exterior que produz apenas 5 produtos. A quantidade de cada produto (mil toneladas) e os preços finais a que são transacionados no mercado (unidades monetárias- u.m.) são, para os anos de 2012, 2013 e 2014, os seguintes: Quantidade Preço Quantidade Preço Quantidade Preço Produto 1 220,0 6,0 229,9 6,6 226,5 7,0 Produto 2 110,0 10,0 115,0 11,0 113,2 11,7 Produto 3 405,0 12,0 423,2 13,2 416,9 14,0 Produto 4 370,0 8,0 386,7 8,8 380,9 9,3 Produto 5 520,0 15,0 543,4 16,5 535,2 17,5 a) Determine o crescimento real desta economia nos anos de 2013 e 2014 (tendo como referência o ano anterior). b) Qual o valor do produto de 2014 a preços de 2012? 6. Considere a seguinte informação: Bem X Bem Y Período Quantidade Preço Quantidade Preço Consumo a) Calcule o consumo real dos dois bens para os primeiros dois períodos, tomando como base o período 1. b) Calcule a taxa de crescimento nominal do consumo entre os períodos 1 e 2 e decomponha-o em crescimento real e crescimento dos preços. c) Calcule a taxa de crescimento médio do consumo nominal para a totalidade do período. 5
6 7. Considere a seguinte informação relativa à economia do país X (valores em u.m.): Despesas com cuidados de saúde a preços correntes Despesas com cuidados de saúde a preços do ano anterior Índice de preços implícito nas despesas com saúde (base 2009) ,22 109,32 a)determine as taxas de crescimento nominal das despesas com saúde e as taxas de crescimento dos preços implícitas nas despesas com saúde em b) Determine a taxa de crescimento dos preços implícita nas despesas com saúde em 2013, e calcule o índice de preços implícito nas despesas com saúde em 2012 (base 2009). 8. Considere a seguinte série de Índices de Preços no Consumidor (IPC): IPC (1976: 100) , , , , , , , ,7 Calcule para o período em causa as taxas de crescimento anuais dos preços no consumidor (base: 1976). 9. No quadro que se segue, indica-se o PIB da área do euro (valores em mil milhões de euros) a preços correntes, bem como o deflator do PIB. Ano PIB preços correntes Deflator PIB , ,4 1, ,2 1, ,0 1, ,1 1,091 a) Calcule a taxa de inflação da área do euro em b) Calcule a taxa de crescimento do PIB real em
7 c) Determine a série do PIB para os anos de 2006 a 2009, avaliado a preços de d) Terá havido um aumento da produção na zona euro entre 2006 e 2009? Justifique. O MODELO KEYNESIANO 1. Numa economia caracterizada pelas seguintes expressões para o consumo e o investimento. C=50+0,75Y I=250 a) Calcule os valores de equilíbrio do rendimento, consumo e poupança. b) As famílias, por cada unidade adicional de rendimento, resolvem poupar menos 5% do que faziam anteriormente. Quais são os novos valores para o rendimento, consumo e poupança de equilíbrio? Interprete os valores obtidos. c) Se o investimento aumentar para 260, quais são os novos valores de equilíbrio para o rendimento e o consumo? (utilize as expressões para os multiplicadores do investimento em relação ao rendimento e ao consumo) 2. Na economia do exercício anterior vamos introduzir a atividade governamental. As equações de comportamento dessa economia passam agora a ser as seguintes: C=50+0,75Yd I=250 G=200 T=0,2Y TR=80 a) Determine os valores de equilíbrio do rendimento e do saldo orçamental. b) Se o rendimento de pleno emprego for Yp=1500, e se se pretender atingi-lo através de uma variação dos gastos, qual deverá ser essa variação? (utilize o valor do multiplicador dos gastos em relação ao rendimento). c) Calcule a repercussão que a medida adotada na alínea anterior terá no saldo orçamental, utilizando o multiplicador relevante. 7
8 3. Considere uma economia na qual tanto um aumento da despesa pública em 4 unidades como um aumento dos subsídios em 5 unidades provocam um aumento do produto de equilíbrio igual a 12 unidades. Sabendo que esta economia não tem fluxos com o exterior, calcule, com base no modelo keynesiano simples: a) O valor do multiplicador keynesiano. b) O valor da propensão marginal para o consumo. c) O valor da taxa de imposto. 4. Suponha uma economia fechada com Estado onde o consumo depende do rendimento disponível sendo que por cada unidade de variação do rendimento disponível o consumo aumenta 0,6 e uma parte autónoma igual a 100 unidades. O investimento total da economia é de 300 unidades monetárias e o Estado apresenta um total de despesas de 150 u.m. e cobra de impostos, independentemente do nível de rendimento, 100 u.m. a) Determine o rendimento de equilíbrio da economia e o saldo orçamental b) Analise o impacto no rendimento e no saldo orçamental de um aumento dos impostos autónomos em 50 unidades. 5. Suponha uma economia fechada com Estado descrita pelas seguintes equações: C=100+0,8Yd I=100 G=150 T=150+0,25Y a) Determine o rendimento de equilíbrio e o saldo orçamental. b) Analise o impacto no rendimento de equilíbrio e no saldo orçamental de um aumento dos gastos autónomos e de uma diminuição do investimento em 10 u.m., em simultâneo. c) Se o Estado decidir intervir na economia de forma a atingir o PIB potencial deverá utilizar o instrumento de política fiscal dos impostos ou dos gastos públicos? Analise a decisão do Estado tendo em conta o valor obtido para o saldo orçamental. (Nota: considere os valores da alínea a). 8
9 6. Considere uma economia descrita pelo seguinte modelo: Y=D D=C+I+G Yd=Y-T+TR C=24+0,75Yd I=40 G=36 T=36 TR=10 a) Calcule o consumo privado. b) Determine o novo rendimento de equilíbrio no fim de um processo resultante de uma variação autónoma e positiva de 10% nos gastos públicos. c) Tendo em conta que o Estado pretende manter inalterado o saldo orçamental e só o poderá fazer, ora por via da alteração dos impostos autónomos ora por via da alteração das transferências, de forma a compensar a variação ocorrida nos gastos públicos (alínea b), determine, de forma quantitativa, a melhor solução. 7. Determine os seguintes dados referentes a uma determinada economia. - a função consumo depende linearmente do rendimento disponível e sabe-se que o consumo autónomo assume o valor de 40 u.m. e quando o rendimento disponível varia uma unidade o consumo varia, no mesmo sentido, 0,75 u.m. - o investimento é de 200 u.m. - os impostos autónomos atingem o valor de 20 u.m. -os gastos públicos são de 300 u.m. -as exportações têm o valor de 160 u.m. -o Estado transfere para as famílias 10 u.m. - as importações autónomas são no montante de 16 u.m. - as taxas de imposto e de importação são, respetivamente, 20% e 10%. a) Calcule o valor do rendimento de equilíbrio, o saldo orçamental e o saldo da balança comercial. b) Considere que o Estado decidiu diminuir as suas transferências em 10 u.m. Indique, efetuando os respetivos cálculos, se esta medida foi benéfica para as contas públicas. c) Se o Estado decidir equilibrar o Orçamento alterando os seus gastos, calcule em quanto é que estes deverão variar para se atingir o referido objetivo. d) Se o rendimento de pleno emprego desta economia se situar em 1400 u.m., diga qual a variação que deverá ocorrer, simultaneamente, nos gastos do Estado e nos impostos autónomos para se atingir esse montante. 9
10 e) Após esta intervenção do Estado na economia, diga se houve e qual a alteração no saldo da balança comercial. Justifique. 8. Suponha uma economia aberta com Estado descrita pelas seguintes equações: Y=D Y=C+I+G+X-M C=150+0,7Yd I=200 G=250 T=250 X=150 M=150+0,1Y PIB potencial: Yp=1100 u.m. a) Calcule o rendimento de equilíbrio. b) Averigue a veracidade desta afirmação: Esta economia regista um equilíbrio no saldo orçamental e na balança comercial. c) Analise o impacto no rendimento de um aumento das exportações em 10 u.m. d) Prove a veracidade da seguinte afirmação: Um aumento simultâneo, de 10 u.m. nas exportações e na parte autónoma das importações, produz uma variação nula no PIB e no saldo da balança comercial. e) Se o Estado decidir intervir na economia de forma a atingir o rendimento de pleno emprego, investigue a forma do Estado concretizar este objetivo mantendo o saldo orçamental equilibrado. 9. Considere uma economia aberta em situação de equilíbrio, onde se admite como hipótese simplificadora a não intervenção do Estado. Y=D D=C+I+X-M Yd=Y+TRE C=26+0,8Yd I=100 TRE=15 X=80 M=10+0,2Y a) Deduza a forma reduzida do modelo e determine o nível de rendimento de equilíbrio e o saldo da balança comercial. b) Prove, com os cálculos que considere necessários, que um aumento das exportações pelo valor do défice da alínea a) não fará equilibrar a balança comercial desta economia. Justifique. 10. Para determinada economia, em situação de equilíbrio, são conhecidas as seguintes equações de comportamento: C=70+0,75Yd T=10+0,1Y M=20+0,2Y Conhecem-se ainda os seguintes valores autónomos. I=60 G=50 TR=15 TRE=2 X=100 10
11 a) Apresente e explique o significado da equação da despesa e da equação que define o rendimento disponível, neste modelo. b) Determine o rendimento de equilíbrio, o saldo orçamental e o saldo da balança comercial. c) Suponha que o Estado pretende equilibrar o seu orçamento por via de uma variação nos impostos autónomos. Qual o montante requerido desta variação? Qual o rendimento de equilíbrio correspondente a este orçamento de saldo nulo? 11. Assuma uma economia aberta e sem Estado onde, de acordo com os pressupostos do modelo keynesiano, é conhecida a seguinte informação: C=20+0,75Yd M=40+0,1Y I=200 X=100 TRE=-10 a) Calcule o rendimento de equilíbrio e o saldo da balança comercial. b) Sabendo que uma variação no valor das exportações provocou uma queda de 30 u.m. no rendimento de equilíbrio, quantifique a referida variação nas exportações. 12. Assuma uma economia aberta e sem Estado onde, de acordo com os pressupostos do modelo keynesiano, é conhecida a seguinte informação. C=30+0,9Yd M=9+0,1Y I=10 X=20 TRE=-1,111 a) Calcule o rendimento de equilíbrio e o saldo da balança comercial. b) Sabendo que uma variação no valor do consumo autónomo provocou um acréscimo positivo de 10 u.m. no rendimento de equilíbrio, quantifique a referida variação naquele consumo. 13. Considere uma economia fechada onde, de acordo com os pressupostos do modelo keynesiano, é conhecida a seguinte informação: Y=D D=C+I+G Yd=Y-T+TR C=10+0,75Yd I=70 G=50 T=50 TR=5 a) Calcule o rendimento de equilíbrio e o saldo orçamental. b) Suponha uma variação positiva de 10 u.m. no investimento Qual o novo rendimento de equilíbrio após esta variação? 11
12 14. Considere uma economia fechada, com intervenção do Estado, em situação de equilíbrio. C=200+0,75Yd T=50+0,2Y G=800 I=500 TR=50 a) Determine o rendimento de equilíbrio e o saldo orçamental. Calcule ainda o valor do saldo orçamental em percentagem do PIB (ou seja, do rendimento de equilíbrio) e interprete o resultado. b) Encontre e interprete os valores do consumo e da poupança após uma variação real e positiva de 10 u.m. no investimento. 15. Assuma uma economia fechada para a qual é conhecida a seguinte informação: C=1200+0,8Yd T=300 G=300 I=700 TR=50 a) Calcule o rendimento de equilíbrio e o saldo orçamental. Interprete os valores obtidos. b) Averigue qual o impacto sobre o rendimento de equilíbrio de um aumento simultâneo e no mesmo montante do investimento, dos impostos e das transferências internas. 16. Assuma uma economia aberta sem Estado para a qual é conhecida a seguinte informação: C=10+0,75Yd M=8+0,15Y I=80 X=28 a) Interprete o significado das diversas equações do modelo. b) Calcule o rendimento de equilíbrio. Quantifique o impacto de um decréscimo de 5 u.m. no investimento sobre tal rendimento de equilíbrio. 17. Para uma determinada economia, são conhecidas as seguintes equações de comportamento: C=100+0,7Yd M=10+0,1Y I=60 G=50 T=60 TR=15 TRE=2 X=100 a) Apresente o modelo na sua forma reduzida e determine o rendimento de equilíbrio. Calcule o saldo orçamental. b) Suponha um acréscimo de 10 u.m. no valor das exportações. Indique qual o impacto desta variação sobre o rendimento de equilíbrio e sobre o saldo da balança comercial. 12
13 18. Considere uma economia fechada, com intervenção do Estado, em situação de equilíbrio. C=100+0,75Yd T=30+0,2Y G=215 I=200 TR=10 a) Calcule os valores do rendimento de equilíbrio e do saldo orçamental. Calcule ainda o valor do saldo orçamental em percentagem do PIB (rendimento de equilíbrio) e interprete o valor obtido. b) Imagine que a economia se encontra em recessão e o Estado decide aumentar o consumo público no sentido de fazer convergir o valor do rendimento para o seu nível potencial (Yp=1300). Encontre o valor de acréscimo de consumo público necessário para que este objetivo seja atingido. 19. Numa qualquer economia, a propensão marginal a poupar é em determinado ano igual a 0,25. Explique o significado deste valor e identifique qual o impacto sobre o consumo privado de um aumento de 10 u.m. no valor do rendimento disponível das famílias. 20. Considere uma economia fechada ao exterior e para a qual os impostos são autónomos. Nesta economia, os valores normais do rendimento de equilíbrio em dois períodos de tempo consecutivos são os seguintes: Y0=400 u.m. e Y1=440 u.m. É ainda conhecida a taxa de inflação entre os dois períodos: 5%. a) Calcule a taxa de crescimento do rendimento real nesta economia. b) Suponha que a variação nominal observada no rendimento foi provocada por uma variação, também ela nominal, de 10 u.m. no investimento. Determine o valor da propensão marginal a consumir e interprete o significado deste valor. 21. Considere a seguinte informação referente a um modelo macroeconómico keynesiano. C=10+0,9Yd T=20+0,1Y G=100 I=200 13
14 Se o investimento sofrer um acréscimo de 5%, qual o aumento resultante, em unidades monetárias, no rendimento de equilíbrio? Apresente os cálculos efetuados. 22. Considere uma economia para a qual o rendimento de pleno emprego é Yp=555 u.m. As seguintes equações caracterizam o estado da economia num dado momento: C=7,5+0,75Yd T=10+0,2Y I=90 G=130 a) Calcule o nível de rendimento de equilíbrio e compare-o com o valor de pleno emprego. b) Na ausência de transferências para as famílias, o Estado controla duas variáveis que pode manipular no sentido de alterar o valor do rendimento de equilíbrio. Identifique essas variáveis e quantifique, para cada uma delas, as variações necessárias para que o rendimento de pleno emprego seja reposto. c) Averigue qual das duas medidas a que se faz referência em b) é menos penalizadora do ponto de vista orçamental. 23. Para determinada economia, regida pelos pressupostos do modelo keynesiano, são conhecidas as seguintes equações de comportamento: C=100+0,8Yd T=40+0,25Y G=500 I=200 TR=40 a) Determine o rendimento de equilíbrio e o saldo orçamental. Identifique e quantifique duas possíveis políticas públicas que, alternativamente, possibilitem um acréscimo de 10% no rendimento de equilíbrio. Verifique que essas políticas têm impactos diferentes sobre o saldo orçamental. O MODELO IS-LM 1.Seja uma economia fechada descrita pelas seguintes equações: C=50+0,85Yd G=250 I=160-18i L=0,3Y-30i M=300 T=10+0,2Y TR=60 P=1 14
15 a) Determine as expressões para as curvas IS e LM. b) Determine os valores de equilíbrio para o rendimento, a taxa de juro, o consumo, o investimento e o saldo orçamental. c) Se se constatar que os valores observados para o rendimento e a taxa de juro são respetivamente de Y=1500 e i=3,65, o que se pode concluir sobre o mercado de produto e o mercado monetário? Justifique. d) O Governo deste país, dada a proximidade das eleições gerais, pensou aumentar os seus gastos em 50 u.m.. Qual seria o efeito desta medida sobre o produto e o saldo orçamental? (Utilize os valores dos respetivos multiplicadores). e) Em relação à alínea anterior, existiria algum efeito de crowding-out? Em caso afirmativo, quantifique-o. Qual a política monetária acomodatícia a seguir por forma a que o efeito de crowding-out desapareça? f) O referido país é uma economia fechada. Prevendo a próxima abertura da economia, os empresários aumentaram o seu investimento autónomo em 50% (utilize os dados iniciais). Qual é o efeito desta medida sobre a taxa de juro e o saldo orçamental? (Para este último caso, utilize o multiplicador do investimento em relação ao saldo orçamental). g) Finalmente o país em análise passou a ter relações comerciais com os outros países. Se as suas exportações e importações se comportarem de acordo com as seguintes equações Ex=225 e Im=55+0,3Y calcule quais os novos valores de equilíbrio para o rendimento, taxa de juro, consumo, investimento, saldo orçamental e para os multiplicadores dos gastos e das transferências em relação ao rendimento. Justifique e interprete. h) A que é igual o multiplicador do orçamento equilibrado nesta economia aberta? i) Se a função de investimento desta economia passar a ser dada por I=160-18i+0,1Y o que acontecerá aos multiplicadores? Justifique. 2. Retomemos o país do exercício anterior, enquanto economia fechada. a) Diga qual é maior, o multiplicador dos gastos ou da massa monetária em relação ao rendimento? 15
16 b) Que parâmetros deveriam variar para que se verificasse a situação inversa? Descreva os raciocínios económicos subjacentes, e relacione-os com as inclinações das curvas IS e LM. c) Encontre as expressões para as curvas de procura e de oferta agregadas, dizendo qual o seu significado. d) Suponha que devido a um aumento súbito do preço das matérias-primas, o índice de preços subiu 25%, continuando as empresas dispostas a produzir qualquer quantidade de produto aos novos preços. Que acontecerá aos novos valores de equilíbrio do produto, taxa de juro, investimento e saldo orçamental? Calcule esses novos valores de equilíbrio. e) Entretanto o índice de preços regressou a P=1. Com o decurso do tempo a economia conseguiu atingir a perfeita flexibilidade de preços e de salários. O seu rendimento de pleno emprego é de Yp=1365. Devido ao envelhecimento da população, o governo viu-se obrigado a aumentar as suas transferências em 100 u.m. Indique qual o efeito desta medida sobre o rendimento, índice de preços, taxa de juro, investimento, consumo e saldo orçamental. Quantifique essas variações e utilize gráficos explicativos. 3. Em relação ao modelo IS-LM em economia fechada: a) Deduza a forma reduzida desse modelo em relação à taxa de juro. b) Encontre as expressões para os multiplicadores dos gastos, do investimento autónomo, dos impostos autónomos e da massa monetária em relação à taxa de juro, dizendo se são positivos ou negativos. Mencione os mecanismos económicos que conduzem aos resultados alcançados. c) Em que condições são esses multiplicadores máximos e mínimos? Justifique. 4. Considere uma economia descrita pelo seguinte modelo: D=C+I+G C=C+cYd Yd=Y-T+TR TR=TR I=I G=G Y=D a) Mostre que a igualdade entre poupança e investimento (S+SO=I) decorre da condição de equilíbrio Y=D. b) Obtenha as expressões para a poupança privada, pública e total em função do rendimento nacional Y. 16
17 5. Considere uma economia cujo comportamento está de acordo com o modelo IS-LM e que tem as seguintes características: G=100+0,1Y t=0,25 C=0,8Yd-1000i Ip= i NX=25 Ld=1,5Y i Ms=1000 P=1 a) Obtenha as expressões analíticas da curva IS e da curva LM e calcule os valores de equilíbrio do produto e da taxa de juro. b) Qual o efeito de um aumento de 10 unidades do consumo público autónomo, sabendo que as autoridades monetárias: b1) não intervêm. b2) praticam uma política de acomodação total. b3) praticam uma política de compensação total. 6. No modelo IS-LM, entre que valores varia o multiplicador do orçamento equilibrado? 7. Suponha que uma certa economia pode ser descrita pelas seguintes equações: C=100+0,8Yd G=125 I=150-20i T=15+0,25Y L=0,2Y-40i M=50 TR=60 P=1 a) Determine as expressões para as curvas IS e LM e diga qual o seu significado. b) Calcule os valores de equilíbrio do rendimento, taxa de juro, consumo, investimento e saldo orçamental. c) Determine os valores para os multiplicadores dos gastos, saldos monetários reais e transferências. d) Suponha que se quer aumentar o rendimento de equilíbrio de 10 u.m., mantendo a taxa de juro constante, através de manipulações dos gastos e da massa monetária. Quantifique essas medidas de política económica. e) Se os preços aumentarem, o que sucederá à taxa de juro e ao rendimento de equilíbrio? Ilustre graficamente. Calcule o efeito destas medidas sobre o rendimento de equilíbrio de um aumento de 25% no índice de preços. 17
18 f) Suponha que o Estado resolve aumentar os gastos e os impostos autónomos em 20 u.m. Qual seria o efeito destas medidas sobre o rendimento de equilíbrio e o saldo orçamental? g) A que é igual o multiplicador do orçamento equilibrado nesta economia? 8. Suponha a economia do exercício anterior. A que será igual o valor do crowding-out, se os gastos do Estado aumentarem 10 u.m.? 9. Suponha que a equação da IS é dada por Y= i, a função de procura de moeda por L=0,2Y-40i e que a oferta real de moeda é igual a 800 u.m. a) Se o multiplicador do investimento autónomo considerando unicamente o mercado de produto for igual a 2,5, qual é o efeito de um aumento dos gastos do Estado de 100 u.m. sobre o rendimento e a taxa de juro? b) A que é igual o valor do crowding-out? c) Se a procura de moeda dependesse só do nível de rendimento, qual seria o efeito desse aumento de gastos sobre o produto de equilíbrio e qual seria o valor do crowding-out? O Modelo IS-LM em Economia Aberta 1. Certa economia é descrita pelas seguintes equações: C=0,8Yd T=0,2Y I=20-80i NX=32R-0,28Y-4 R=eP*/P L=0,18Y-40i P=P*=1 G=20 M=16 e=1 Não há mobilidade de capitais e a taxa de câmbio é fixa. a) Obtenha o rendimento, a taxa de juro de equilíbrio e o saldo da balança corrente. b) Calcule os efeitos de uma desvalorização de 20% sobre o rendimento, taxa de juro e saldo da balança corrente. 18
19 c) Repita as alíneas anteriores admitindo agora perfeita mobilidade de capitais e que a taxa de juro internacional é 0,05. Calcule a variação na massa monetária. 2. A economia A é descrita pelas seguintes equações: C=0,8Yd Yd=Y-T T=0,15Y G=12 I=22-25i NX=32R-0,32Y R=eP*/P e=p=p*=1 L=0,18Y-18,75i M=16,5 A economia B distingue-se da economia A apenas na função de exportações líquidas, que é NX=8R-0,08Y. Em nenhuma das economias existe mobilidade de capitais. a) Determine o rendimento, a taxa de juro de equilíbrio e o saldo da balança corrente em cada uma das economias. b) Em cada uma das economias o Estado aumenta os gastos públicos em 2 u.m. e os bancos centrais seguem uma política monetária acomodatícia de forma a manter constantes as respetivas taxas de juro. Determine para cada uma das economias os efeitos destas políticas sobre o produto e sobre a balança corrente. Compare a evolução nos dois países e explique eventuais diferenças. c) Quantifique as políticas monetárias da alínea anterior. d) Calcule os efeitos sobre o produto a taxa de câmbio das políticas da alínea b) num regime de câmbios flexíveis. Compare os resultados com os obtidos na alínea b) e justifique as diferenças encontradas. 3. O funcionamento de uma economia é descrito pelas seguintes equações: C=5/6Yd Yd=Y-T+TR T=0,2Y I=21-50i L=0,2Y-45i NX=100/3R-Y/3 P=P*=1 No ano passado verificou-se ainda que TR=7, G=11,5, M=15,5 e i*=0,1 (10%). a) Num regime de câmbios fixos, com e=1, e sem qualquer mobilidade de capitais, calcule o rendimento de equilíbrio, a taxa de juro e as exportações líquidas do ano passado. b) Neste ano verificou-se um aumento dos gastos do Estado de 2 unidades. Calcule o efeito deste aumento sobre o rendimento, taxa de juro e exportações líquidas. c) Calcule o efeito sobre as mesmas variáveis de um aumento da massa monetária de 1,5 u.m. d) Admita agora que os câmbios são flexíveis e que continua a não haver mobilidade de capitais. Obtenha o rendimento, a taxa de juro e a taxa de câmbio de equilíbrio do ano passado. Calcule o efeito sobre aquelas variáveis das políticas das alíneas b) e c). e) Repita a alínea d) admitindo perfeita mobilidade de capitais e câmbios fixos. f) Repita a alínea d) admitindo perfeita mobilidade de capitais e câmbios flexíveis 19
20 4. Uma economia é descrita pelas seguintes equações: C=0,85Yd T=5+0,2Y I=17-40i NX=32R-0,32Y R=eP*/P L=0,2Y-50i P=P*=1 Nesta economia é vigente um regime de câmbios fixos e não existe mobilidade de capitais. Inicialmente verificam-se G=16, TR=13, M=16,25 e e=0,85. a) Determine o rendimento, a taxa de juro de equilíbrio e o saldo da balança corrente. b) Se o governo pretendesse equilibrar a balança corrente recorrendo somente a uma combinação de políticas orçamental e monetária, qual seria a variação do produto e da taxa de juro? c) Qual seria a variação do produto, taxa de juro e da taxa de câmbio se o objetivo fosse agora equilibrar a balança corrente através de uma alteração da taxa de câmbio? d) Imagine agora que o rendimento se encontrava inicialmente no nível de pleno emprego e que o governo pretende equilibrar a balança corrente sem alterar o produto. Indique um conjunto de medidas que permitissem alcançar este objetivo. e) Repita a alínea c) admitindo perfeita mobilidade de capitais e uma taxa de juro externa de 0,075. f) Repita a alínea d) admitindo perfeita mobilidade de capitais e uma taxa de juro externa de 0,075. Curvas da Procura e Oferta Agregadas 1. Suponha que uma certa economia pode ser descrita pelas seguintes equações: C=100+0,8Yd G=125 I=150-20i T=15+0,25Y L=0,2Y-40i M=50 TR=60 P=1 a) Determine as expressões para as curvas da procura e oferta agregadas, e diga qual o seu significado. b) Se a função investimento passar a ser I=150-20i+0,1Y, o que acontecerá aos multiplicadores? Justifique. Comprove a sua afirmação, calculando o valor do multiplicador dos gastos em relação ao rendimento. c) Adicionalmente, suponha que a função consumo é igual a C=100+0,8Yd+0,05(W/P), em que w representa a riqueza nominal e é igual a Encontre as expressões para as curvas da procura e oferta agregadas. d) Calcular o rendimento de equilíbrio. 20
21 2. Considere os valores da economia do exercício anterior. Suponhamos agora que o rendimento de pleno emprego é Yp=872 e que os preços e os salários são perfeitamente flexíveis. a) Quais são as expressões para as curvas da procura e oferta agregadas? Diga qual o seu significado. b) Quais são os valores para os multiplicadores em relação ao rendimento? Justifique. c) Qual é o efeito de um aumento de 10 u.m. nos gastos do Estado no rendimento, taxa de juro, consumo, investimento, saldo orçamental e índice de preços? Explique as razões económicas dos valores encontrados e utilize análise gráfica adequada. d) Se, por qualquer razão, a economia apresentar os valores Y=872 e i=5, o que acontece nos mercados do produto e monetário? 3. Comente a seguinte afirmação: Uma diminuição da oferta de moeda dá origem a um aumento do défice orçamental 21
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