CURSO DE ESTADO-MAIOR CONJUNTO (CEMC)
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- Márcio Fraga Gusmão
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1 MINISTÉRIO DA DEFESA ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA RESUMO HISTÓRICO CURSO DE ESTADO-MAIOR CONJUNTO O Curso de Estado-Maior Conjunto tem raízes no Curso de Alto Comando, criado em 1942 e ministrado sob a direção do Estado-Maior Geral, que antecedeu ao antigo Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA). A organização da Escola Superior de Guerra (ESG), constante do seu primeiro Regulamento, aprovado pelo Decreto nº , de 28 de setembro de 1949, além de instituir o Curso Superior de Guerra (CSG), previu a possibilidade da formação de outros cursos. Assim sendo, foi criado em 1953, o Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas (CEMCFA). Na época, voltado só para militares, teve menor duração que o CSG, iniciando em 20 de julho de 1953, e tratando principalmente da Doutrina Militar Brasileira. Como fundamentação para esses estudos e tendo em vista a Formulação da Política Nacional e o Planejamento Governamental, deu-se ênfase, principalmente, ao aspecto da conjuntura brasileira. As primeiras instruções baixadas pelo EMFA, por meio do Decreto nº , de julho de 1953, para o funcionamento do CEMCFA, embora fixassem a duração do período letivo em apenas 22 semanas, concebiam uma estrutura especial, constituída por um Diretor de Ensino e Divisões de Assuntos, sem menção de número, devendo dispor cada uma, no mínimo, de um instrutor de cada Força Singular. Nos seus primeiros anos o CEMCFA não funcionou de maneira uniforme. Em 1953, o primeiro curso dito preparatório, durou apenas 4 meses, coroando um chamado estágio de adaptação. Em 1954, o curso regular passou a ter cinco meses e meio, e em 1955 e 1956, respectivamente, 7 meses e meio e 5 meses. De 1957 a 1959, o período foi de seis meses e meio; e a partir de 1960, o CEMCFA teve a duração igual à do CSG. Os objetivos principais do CEMCFA eram os seguintes: a) habilitar os oficiais das Forças Armadas para o exercício de funções de comando, de chefia e de Estado-Maior de organizações e de forças combinadas e aliadas; e
2 b) cooperar na experimentação e desenvolvimento da doutrina brasileira de comando e estado-maior combinado, estudando a doutrina de organização, emprego e logística de organizações e forças combinadas. O regulamento de 1954 estabelecia a duração do período letivo do CEMCFA em 10 meses, e também os objetivos, definidos nas Instruções de 1953, acrescentando, porém, que o aprimoramento da técnica de Estado-Maior devia visar à cooperação no planejamento da segurança nacional. O Regulamento de 1961 progrediu sensivelmente, revelando melhor compreensão das questões referentes à Doutrina Militar Brasileira, sendo competência do curso cooperar na experimentação, desenvolvimento e divulgação da mesma. E, além do preparo do trabalho combinado, recomendou o estudo também das ações conjuntas. O Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas funcionou até Para atender às necessidades de ensino das Forças Singulares, transformou-se em Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia Militares (CAEPEM), mantendo-se com esta denominação até 14 de novembro de O então Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Sérgio Gitirana Florêncio Chagastelles, por meio do Ofício nº 2.123/ , da Marinha do Brasil, propôs a formação de um Grupo de Trabalho (GT) para estudar novos currículos para os cursos da ESG, tendo em vista a criação do Ministério da Defesa e a necessidade de constituir novas doutrinas de emprego combinado das Forças Armadas. O GT realizou seus estudos no período de janeiro a outubro de O relatório final foi aprovado pelo Ministério da Defesa em 25 de outubro de 2000, propondo, entre outros assuntos, a criação do Curso de Estado-Maior de Defesa (CEMD). O ano de 2001 foi dedicado ao planejamento e às ações necessárias para a operacionalização do CEMD, que funcionaria a partir de Essa denominação foi utilizada até No tocante à duração do curso, um GT, constituído em 2006, reduziu-o de 20 para 10 semanas, já para a edição Outro GT, formado em 2007, fixou nova duração de 13 semanas já para a edição 2008, e também recebeu uma nova nomenclatura: Curso de Estado-Maior Combinado (CEMC 2008). Com a publicação da Estratégia Nacional de Defesa, em 18 de dezembro de 2008, (com vista à adequação do nome do curso aos objetivos) constatou-se a importância de mudar a denominação de Curso de Estado-Maior Combinado para Curso de Estado-Maior Conjunto, que passou a vigorar a partir da edição Atualmente, o CEMC é estruturado em dois módulos: não presencial e presencial.
3 O módulo I, não presencial, realizado em ambiente virtual de aprendizagem, é destinado à revisão conceitual e atualização dos fundamentos necessários à compreensão do planejamento e emprego de forças em operações conjuntas. É realizado em 4 (quatro) semanas, com previsão de 2 h/a por dia, de 2ª a 6ª feira. A estrutura curricular do módulo II, presencial, é desenvolvida em 2 (duas) fases, Básica e Específica, ao longo de 16 (dezesseis) semanas, com uma carga horária de 451 h/a destinadas às Atividades de Estudo, distribuída em 4 (quatro) disciplinas, além de 114 h/a relativas às Atividades Complementares. CARACTERÍSTICAS DO CURSO a) As turmas são compostas por oficiais superiores das três Forças Singulares; b) suas atividades transcorrem em todos os dias da semana em horário integral; e c) os trabalhos são desenvolvidos por meio de palestras, debates, discussão dirigida, painéis, trabalhos em grupo, viagens e visitas de estudos. DIPLOMADOS DO CURSO DE ESTADO-MAIOR CONJUNTO ANO DIPLOMADOS TOTAL MARINHA EXÉRCITO AERONÁUTICA
4 Total LEGENDA Evolução dos nomes do Curso Curso de Estado-Maior e Comando das Forças Armadas (CEMCFA) Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia Militares (CAEPEM) Curso de Estado-Maior de Defesa (CEMD)
5 Curso de Estado-Maior Combinado Curso de Estado-Maior Conjunto
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