Bienal do Mercosul: responsabilidade e inovação nas aproximações entre arte e educação

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1 Bienal do Mercosul: responsabilidade e inovação nas aproximações entre arte e educação MercosulBiennial: responsibility and innovation in approaches between art and education estevaofontoura@yahoo.com

2 The educational projects of the MercosulBiennials are becoming increasingly complex and complete since the 6th edition in 2007, showing the concern of this institution and the people who work there with the responsibility that comes with a mega art event held with money raised through incentive laws, which means, public money. This concern is translated into action within the Education Programme, which offers many programs such as continuing education for teachers, for example, as a return to the community.

3 The creation of the role of education curator, and the election of curators with profiles less conservative and more interested in using the power and visibility of the Biennial to show processes and cause small changes in the relations (arteducation, artist-public, institution-artist), show a direction focused on the transformation and make the Mercosul Biennial an event that, despite seasonal and short duration, is endowed with undeniable educational role. In this talk I will present the actions that define the innovative attitude of the education program, which eventually became the "flagship" of the MercosulBiennial, attracting the eyes of artists, curators, educators and students around the world, and the consequences of these actions in the context of education in the state of Rio Grande do Sul, Brazil.

4 Histórico do Projeto Pedagógico Presente desde a primeira edição da Bienal do Mercosul(1997). Até a 5ª edição (2005) - foco no conceito das exposições e nas obras expostas; 6ª edição (2007) antecipação das ações, curadoria pedagógica, projeto de avaliação, fortalecimento das parcerias e início do processo de descentralização do projeto; 2008 início do Projeto Pedagógico permanente; 7ª edição (2009)- metodologias artísticas, a educação como espaço de criação e experiências, descentralização das ações e a ideiade mediação de saberes; 2010 foco nas parcerias internas, redes sociais e criação de programas permanentes.

5 6ª Bienal do Mercosul 2007 Curador: Gabriel Perez-Barreiro Curador pedagógico: Luis Camnitzer

6 Material permanente para professores: dividido em 8 grandes temas 1. A visão e a perspectiva 2. A representação do conhecido 3. O reconhecimento do significado 4. O reconhecimento do desconhecido 5. O desconhecimento do conhecido 6. A importância das conexões 7. A organização da informação 8. Os mapas

7 7ª Bienal do Mercosul 2009 Curadores: Victoria Northoorn e Camilo Yañez Curadora pedagógico: Marina De Caro

8 Projeto Pedagógico: artistas em disponibilidade A curadora pedagógica Marina de Caro propõe dar visibilidade, através de um programa de residências, à propostas educativas desenvolvidas de maneira independente e não-formal por artistas contemporâneos que, interessados em expandir seu campo de trabalho, repensam a própria prática e escutam as necessidades tanto da comunidade artística como da sociedade em geral. A artista argentina Diana Aisenberg realizou em escolas de Porto Alegre uma versão de seu projeto Histórias da Arte, dicionário de certezas e intuições, propondo criar um dicionário de definições coletivas sobre as palavras grito e escuta, uma referência ao título desta Bienal.

9 O dicionário foi produzido em colaboração com estudantes e professores, através de oficinas artísticas em sala de aula e o envio por de definições para as palavras propostas por Diana. As respostas foram editadas, dando voz e visibilidade a um grupo social dinâmico e aberto de participantes-autores. A intenção era que professores e alunos criassem formatos de trabalho realizados em diversos meios e suportes, e que resultassem como construções de sentido sobre a palavra eleita.

10 8ª Bienal do Mercosul 2011 Curador: Jose Roca Curador pedagógico: Pablo Helguera

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13 Projeto Pedagógico da 8ª Bienal O Projeto Pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul contemplou atividades de formação de professores, curso para formação de mediadores, oficinas, palestras, seminários, publicações destinadas a diversos públicos e, especialmente, a programação da Casa M. Agendamento de visitas mediadas, transporte gratuito para escolas públicas e atividades diferenciadas foram oferecidos ao público visitante durante o período da mostra.

14 Exposições e atividades Geopoéticas exposiçãocomobraseartistasquepõememchequeanoção de nacionalidade, explorando diversas formas de medir e representar o mundo. Algumas micronações - pequenas nações com ou sem território também fizeram parte desta exposição como zonas de autonomia poética ZAPs. Além Fronteiras uma visão crítica da paisagem do Rio Grande do Sul mostrada através de obras inéditas de nove artistas e peças de acervos de museus do Estado. Estará em cartaz no no MARGS Museu de Arte do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Cidade Não Vista obras dearte em nove locais do centro de Porto Alegre, que destacam estes lugares e privilegiam a experiência e o sensorial.

15 Exposições e atividades Continentes sete espaços independentes internacionais realizam atividades em caráter de residências artísticas em três espaços independentes do Rio Grande do Sul, nas cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul e Santa Maria. Este projeto teve como objetivo a troca de experiência e a formação de redes de intercâmbio. Cadernos de Viagem expedições de artistas em nove regiões do Rio Grande do Sul cujos trabalhos foram exibidos em mostras individuais em instituições culturais de diversas cidades do estado e, no período da Bienal, em exposição coletiva no Cais do Porto, em Porto Alegre. Casa M espaço dedicado à promoção, ao desenvolvimento e ao intercâmbio artístico, localizado no centro de Porto Alegre, com uma intensa programação cultural, de maio à dezembro de 2011.

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17 A Casa M como Zona de Autonomia Poética Na 8ª Bienal do Mercosul Michele Zgiet de Carvalho

18 A função da arte Eduardo Galeano Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul. Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando. Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza. E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai: -Me ajuda a olhar!

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20 Um dos projetos-chave da 8ª Bienal do Mercosuléacriaçãoda CasaM,umespaço de encontro para a comunidade artística local, pessoas interessadas em arte e cultura, professores e estudantes de arte e áreas afins. A proposta parte da vontade de criar uma comunidade temporária em torno da mostra, promovendo a reflexão e o diálogo e favorecendo o intercâmbio e a criação de redes. Para além do período da 8ª Bienal, a Casa M terá a duração de sete meses, oferecendo à comunidade uma programação de residências curatoriais, pequenas exposições, conversas, oficinas e outras atividades. Casa M

21 O local conta com um espaço de convivência, sala de leitura, biblioteca e ateliê, entre outros ambientes. A programação da Casa M foi originalmente criada pela equipe curatorial da 8ª Bienal em parceria com o Projeto Pedagógico, contando com o apoio de um conselho formado por sete artistas, teóricos e agentes culturais de Porto Alegre. Casa M

22 Duetos O programa reúne doze artistas e coletivos de diferentes linguagens música, literatura, teatro, vídeo, cinema, dança e artes visuais para utilizar a Casa M como espaço de trabalho e investigação ao longo do ano e desenvolver propostas em colaboração. Cada convidado forma dois duetos, apresentados ao público quinzenalmente, e oferece uma oficina aberta à comunidade. Integram o programa: Carla Borba, Coletivo Avalanche, Daniel Galera, Diego Mac, Elcio Rossini, Maíra Coelho, Marcelo Noah, Panetone, Tatiana Rosa, Teatro Geográfico e Yanto Laitano. Combos Três convidados, de diferentes linguagens artísticas e campos do conhecimento, compartilham com o público projetos em desenvolvimento e trocam ideias sobre suas práticas.

23 Residência Quatro curadores de diferentes países da América Latina passam uma semana em Porto Alegre, conhecendo a produção local e ativando a programação da Casa M, ao propor uma oficina e uma conversa aberta ao público. Curadores residentes:clarissa Diniz(Recife, Brasil),Karina Granieri(Buenos Aires, Argentina),Mauricio Marcín(Cidade do México, México), Soledad García(Santiago, Chile) Oficinas Práticas e teóricas, as oficinas são voltadas às artes visuais, literatura, cinema, música, dança e teatro, entre outras linguagens e campos do conhecimento.

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25 Cursos para Professores Os Cursos para professores da 8ª Bienal têm como objetivo discutir sobre a possibilidade da arte como ferramenta pedagógica e o entendimento da educação como campo poético. A partir dessa premissa, são oferecidos cursos de diferentes formatos e temáticas que visam ampliar e aprofundar a discussão sobre arte contemporânea, tendo como ponto de partida outros campos do conhecimento, tais como a filosofia, a literatura, a geografia, a história, a sociologia. Os cursos aconteceram de junho a novembro, em Porto Alegre, e de junho a setembro, em 14 cidades do Rio Grande do Sul.

26 Chá da casa Um momento de encontro e troca, que agrega vizinhança, visitantes e artistas em torno da mesa com jeito de casa -café, chá, água e o que cada um trouxer de seu para alimentar a convivência, seja uma boa conversa, seja um bolo de laranja. Vitrine Na Vitrine, um nicho com pouco mais de 1m² voltado para a rua Fernando Machado, artistas expoemtrabalhos criados especialmente para esse lugar. A cada mês, um artista.

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35 Arte Efêmera com EPA e Casa M 25/10/2011

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