Inteligência Competitiva, Balanced Scorecard e o Desenvolvimento de Novos Produtos Industriais: um estudo na Case New Holland Latin America

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Inteligência Competitiva, Balanced Scorecard e o Desenvolvimento de Novos Produtos Industriais: um estudo na Case New Holland Latin America"

Transcrição

1 Inteligência Competitiva, Balanced Scorecard e o Desenvolvimento de Novos Produtos Industriais: um estudo na Case New Holland Latin America Resumo Autoria: Edmar Aderson Mendes de Paula, Paulo Henrique de Oliveira, Carlos Alberto Gonçalves Nos últimos anos, um conjunto de modelos e teorias foi desenvolvido na academia para tentar explicar porque que determinadas empresas conseguem conquistar e sustentar desempenhos superiores e outras não, mesmo quando instaladas em um mesmo mercado ou setor industrial (BARNEY; CLARK, 2007). Com o crescimento e a modernização da competição, percebidos em praticamente todos os setores econômicos mundiais (D AVENI, 1995), novos desafios têm surgido com certa frequencia para os estrategistas contemporâneos, especialmente na condução de modelos de gestão e organização que privilegiem, cada vez mais, a flexibilidade estrutural, a rapidez decisória e a inovação contínua de produtos e serviços disponibilizados pelas empresas aos seus mercados consumidores em crescente transformação. Inteligência Competitiva (IC), Balanced Scorecard (BSC) e o Projeto de Desenvolvimento de Novos Produtos (PDNP) são três importantes capacidades empresariais na atualidade, especialmente para aquelas empresas instaladas em ambientes de acirrada competição que precisam inovar continuamente seus produtos e serviços, de maneira eficiente e eficaz, para conquistarem vantagens competitivas continuadas em seus mercados consumidores. Este trabalho apresenta os resultados de um estudo de caso descritivo, realizado em uma grande empresa do setor de máquinas de construção (CNH Case New Holland), que teve como objetivo central analisar as relações de dependência informacional do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento - P&D, em relação ao departamento responsável pelas atividades de Inteligência Competitiva - IC sob a ótica do Balanced ScoreCard - BSC, no processo de desenvolvimento de novos produtos industriais. Para a análise da dependência informacional do departamento de P&D, duas variáveis foram consideradas neste processo: grau de importância de cada informação e a frequência de acesso às mesmas. Os dados foram coletados através da aplicação de questionários semi-estruturados aplicados aos principais responsáveis dos departamentos ligados ao desenvolvimento de produtos. Foi também solicitado para que informassem a fonte de origem de cada informação listada no questionário: se proveniente do departamento de IC, de departamentos ligados às atividades de BSC ou de outros departamentos. Os resultados demonstraram o alto de grau de importância de informações estratégicas e da concorrência, bem como de informações dos clientes principalmente aquelas ligadas ao seu nível de satisfação, sendo a maioria provida pelo setor de IC ou pelos departamentos ligados às atividades de BSC. Com menor importância, ainda pode-se observar a importância de acesso a outras fontes de informações, como no caso da consulta a dados secundários através da Internet. Este estudo conclui que a interligação do departamento de IC com os departamentos ligados às atividades de BSC poderá gerar informações mais confiáveis, em menor tempo e com melhor relação custobenefício para o departamento de P&D, no desenvolvimento de novos produtos industriais, ao invés de cada um trabalhando em separado. 1

2 INTRODUÇÃO Inteligência Competitiva (IC), Balanced Scorecard (BSC) e o Projeto de Desenvolvimento de Novos Produtos (PDNP) são três importantes capacidades empresariais na atualidade, especialmente para aquelas empresas instaladas em ambientes de acirrada competição que precisam inovar continuamente seus produtos e serviços, de maneira eficiente e eficaz, para conquistarem vantagens competitivas continuadas em seus mercados consumidores. Com o crescimento e a modernização da competição, percebidos em praticamente todos os setores econômicos mundiais (D AVENI, 1995), novos desafios têm surgido com certa frequencia para os estrategistas contemporâneos, especialmente na condução de modelos de gestão e organização que privilegiem, cada vez mais, a flexibilidade estrutural, a rapidez decisória e a inovação contínua de produtos e serviços disponibilizados pelas empresas aos seus mercados consumidores em crescente transformação. Nos últimos anos, um conjunto de modelos e teorias foi desenvolvido na academia para tentar explicar porque que determinadas empresas conseguem conquistar e sustentar desempenhos superiores e outras não, mesmo quando instaladas em um mesmo mercado ou setor industrial (BARNEY; CLARK, 2007). Dentre os principais deles, estão os modelos econômicos da Organização Industrial, o da Visão Baseada em Recursos, o das Capacidades Dinâmicas e o dos Processos de Mercado. Nesta pesquisa, o suporte teórico se fundamenta nas abordagens que consideram os recursos e as capacidades diferenciadas das empresas como potenciais fontes de vantagem competitiva, como é o caso da Visão Baseada em Recursos de Penrose (1959), Wernerfelt (1984), Rumelt (1984), Peteraf (1993) e Barney (1986, 1991, 1997) e o das Capacidades Dinâmicas de Teece, Pisano e Shuen (1997). No plano empírico, muitas pesquisas realizadas no campo da estratégia têm se utilizado desses modelos e teorias para explicar o fenômeno da vantagem competitiva, mas poucas delas têm considerado as capacidades empresariais da IC, do BSC e do PDNP dentro de uma perspectiva informacional integrada, o que abre uma oportunidade interessante de pesquisa a ser explorada. Nesta pesquisa considera-se que a informação é o recurso principal de qualquer processo ou capacidade empresarial (AGUILAR, 1967; AUSTER; CHOO, 1994; DAVEN- PORT; PRUSAK, 1998; CHOO, 2003), especialmente por que a mesma orienta as decisões tomadas pelos gestores em benefício de maior eficiência e eficácia das mesmas. Dada a crescente necessidade dos gestores por informações de qualidade, sejam elas provenientes de fontes internas e/ou externas à empresa, este artigo apresenta os resultados de um estudo de caso descritivo realizado em uma grande empresa multinacional do setor de máquinas de construção (CNH Case New Holland) instalada em Minas Gerais, tendo como objetivo central mapear e analisar as relações de dependência informacional do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em relação ao departamento de Inteligência Competitiva e departamentos ligados às atividades de BSC no processo de desenvolvimento de novos produtos industriais. Para mensurar o grau de dependência informacional do departamento de P&D duas variáveis foram consideradas neste processo: importância de cada informação e a frequência de acesso às mesmas para o desenvolvimento de novos produtos industriais. Os dados foram coletados por meio da aplicação de questionários estruturados aos principais responsáveis pelos respectivos departamentos. Para a análise dos dados foram utilizadas técnicas de estatística descritiva e o software UCINET 6.0 for Windows para o mapeamento e mensuração das relações de dependência informacional existentes entre os respectivos departamentos. 2

3 Para o alcance do objetivo proposto, o presente artigo está estruturado da seguinte forma. Na primeira parte, da qual faz parte esta introdução, são apresentados o contexto e o objetivo da pesquisa; na segunda, apresenta-se os fundamentos básicos do processo de Inteligência Competitiva; em seguida, discute-se os elementos centrais do Balanced Scorecard; na quarta parte, delineia-se os procedimentos metodológicos; por fim, analisa-se os dados e apresenta-se as principais conclusões desta pesquisa. INTELIGÊNCIA COMPETITIVA Inteligência Competitiva (IC) é um assunto em expansão na literatura da estratégia, o que pode ser comprovado pelo crescente número de pesquisas publicadas em periódicos de renome nacional e internacional nesses últimos anos. Normalmente entendida como um processo ético e legal, ou como um produto deste processo, a IC tem sido relacionada com a redução dos riscos envolvidos na tomada de decisão estratégica (FULD, 1995; MILLER, 2002; MURPHY, 2005; LIEBOWITZ, 2006), especialmente porque a mesma disponibiliza produtos de inteligência sobre os movimentos estratégicos realizados ou intencionados pelos concorrentes, como também, sobre os recursos e capacidades controlados pelas empresas que possam atuar como potenciais fontes de vantagens competitivas sustentáveis em ambientes altamente complexos e dinâmicos, característicos do início deste século XXI (PORTER, 1980; D AVENI, 1995; FULD, 1995; TYSON, 1998; HERRING, 2002; MILLER, 2002; BERGE- RON; HILLER, 2002; LIEBOWITZ, 2006). Com a expansão da IC nos contextos acadêmicos e empresariais, muitas tentativas de definição foram apresentadas na literatura, mas a grande maioria delas a considera como um processo composto por quatro etapas principais, conforme ilustra a FIGURA 1. Decisões Estratégicas Ambiente Competitivo P Estrategistas C D A Processo de IC FIGURA 1 - Visão sistêmica do processo de Inteligência Competitiva Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa 3

4 De acordo com a FIGURA 1, percebe-se que o processo de IC inicia-se com a etapa de planejamento(p), ou seja, com a identificação das necessidades de inteligência e dos respectivos usuários. Nessa etapa, são fontes de dados o ambiente competitivo, os funcionários da empresa e os próprios profissionais de inteligência que podem adaptar o modelo 5W1H (O quê, Quem, Quando, Onde, Por quê e Como) para fazer algumas perguntas essenciais que orientarão as ações subsequentes, como por exemplo, questões relacionadas com a demanda dos usuários em relação aos produtos de inteligência, com a importância destes produtos para o processo estratégico e dos custos envolvidos na obtenção dos mesmos, dentre outros. Em seguida, os profissionais de IC identificam e selecionam as fontes de dados e informações para o processo de coleta(c), o qual pode selecionar diversos tipos de fontes de informações, sejam elas primárias e/ou secundárias. A FIGURA 2 lista algumas das principais fontes de dados e informações internas e externas à empresa que podem ser acessadas pelos profissionais de IC. Externas Internas Agências de Publicidade da Empresa Funcionários da empresa Bancos Engenharia Consultores Finanças Clientes Recursos Humanos Distribuidores Centros de Informação Imprensa Geral ou Setorial Produção Fabricantes de Equipamentos Marketing Analistas Financeiros Suprimentos Governo Relações Públicas Sindicatos Pesquisa e Desenvolvimento Advogados Vendas Especialistas em Patentes Ex-Funcionários Fornecedores Associações Setoriais FIGURA 2 - Fontes internas de informações competitivas Fonte: GORDON (2004, p ) Na análise dos dados e das informações(a), os profissionais de IC devem agir de maneira proativa e criativa, prospectando, analisando, comparando, fazendo projeções, analogias, enfim, tentando encontrar algum significado útil ou valor agregado aos dados e informações obtidos na fase anterior (MILLER, 2002; MURPHY, 2005). Nesta etapa, os dados são transformados em informações e estas em produtos de inteligência. A FIGURA 3 apresenta algumas das principais ferramentas (métodos e técnicas) de análise à disposição dos profissionais de IC. Instrumentos de Análise Modelo de 5 Forças de Porter. Matriz de Crescimento Fatores Críticos de Sucesso. Gerenciamento pelo Valor Econômico Análise SWOT. Custeio Baseado em Atividades (Custeio ABC) Balanced Scorecard (BSC) Análise da Cadeia de Valor Benchmarking Análise das citações de patentes Data Mining (Mineração de Dados) Competências Essenciais (Core Competences) Data Warehousing (Armazém de Dados). FIGURA 3 Algumas técnicas e modelos analíticos para a IC Fonte: TARAPANOFF (2001, p ); MILLER (2002, p ) 4

5 A última fase refere-se ao processo de disseminação(d) (ou distribuição) da inteligência produzida aos responsáveis pela tomada de decisão estratégica, normalmente composta pelos integrantes da alta cúpula da empresa. Essa transmissão pode ser oral, documentada ou digital e pode acontecer através de sumários executivos ou mapas de conhecimento, através de relatórios formais de pesquisa, reuniões de equipe, site interno da empresa (intranet), memorandos ou por outros meios tecnológicos ou não (MILLER, 2002). As decisões estratégicas afetarão o ambiente competitivo, que por sua vez gerará novos dados à etapa de planejamento, reiniciando-se o ciclo de IC. Para Miller (2002, p.38), qualquer que seja o conteúdo ou formatação, no entanto, o essencial é que disseminem os resultados eficazmente e que entender de que maneira os responsáveis pelas decisões preferem que as informações lhes sejam repassadas certamente aumenta a integridade e a futura utilização do que é relatado. Desta maneira, pode-se observar que, nesta fase do processo de IC, é de suma importância que os profissionais de inteligência tenham plena consciência de que as necessidades dos decisores estratégicos foram satisfeitas em sua plenitude, para que o sistema traga os resultados desejados, ou seja: decisões estratégicas eficazes e orientadas para a obtenção de vantagens competitivas sustentáveis. O BALANCED SCORECARD APLICADO À INDÚSTRIA EM CENÁRIO DE ACIR- RADA COMPETIÇÃO A aplicação do Placar Balanceado (Balanced ScoreCard - BSC) normalmente é parte de uma metodologia de gestão estratégica, e está vinculada à utilização de um sistema de informação específico (software), desenvolvido em conformidade com a terminologia da própria técnica. Os aspectos teóricos e um exemplo de utilização desta ferramenta têm sido apresentados em situações e cenários diversos, sendo um exemplo, o proposto por Oliveira e Lacerda (2006) para organizações públicas e privadas. A metodologia do BSC, criada por Robert Kaplan, professor da Harvard Business School, e David Norton, executivo de uma das unidades de pesquisa da KPMG, é útil na gestão estratégica e se propõe a medir o desempenho gerencial das empresas com base em indicadores financeiros e não financeiros, podendo ser referenciada como um sistema de avaliação de desempenho empresarial. Indicadores financeiros nem sempre são suficientes para a medição do desempenho das organizações empresariais, visto que os mesmos mostram os resultados dos investimentos e das atividades, não contemplando os impulsionadores de rentabilidade a longo prazo (KA- PLAN; NORTON, 1997). O BSC está ligado à gestão estratégica das empresas, utiliza indicadores que apontam as tendências do desenvolvimento e dos resultados futuros da empresa e pode ser também considerado como um sistema balanceado de avaliação e gestão estratégica que utiliza indicadores operacionais relacionados às quatro perspectivas de desempenho, a saber: financeira, dos clientes, dos processos internos e da aprendizagem (e do crescimento). Mediante essas perspectivas, pode-se obter resultados positivos, se utilizados alguns indicadores, tais como: a) Financeiros: lucro, crescimento e a composição da receita, redução de custos, melhoria da produtividade, utilização dos ativos e a estratégia de investimentos, faturamento, retorno do investimento, margem de lucro, etc.; 5

6 b) Clientes: participação no mercado (market share), conquista, satisfação e retenção de clientes, fidelidade, solicitações e reclamações, etc.; c) Processos Internos: qualidade, produtividade, tempo de ciclo, pontualidade na entrega, segurança e a qualidade ambiental; d) Aprendizagem e Crescimento: desenvolvimento de competências pessoais e da equipe, infra-estrutura tecnológica, cultura organizacional e o ambiente de ação, reciclagem, inovações, patentes novas, sugestões e o clima organizacional. Cada uma destas quatro perspectivas tem sua área de abrangência, sendo que a Perspectiva Financeira é ligada à medição e avaliação dos resultados organizacionais que levam ao crescimento e à expectativa dos acionistas. A Perspectiva dos Clientes direciona as decisões e ações do negócio e atividades da empresa para a satisfação e fidelidade dos clientes (mercado e clientes). A Perspectiva dos Processos Internos relaciona-se com a melhoria do desempenho organizacional, sendo muito abrangente e ao mesmo tempo devendo ser estudada em particular para cada tipo de empresa. Se a empresa é do tipo em que predominam os processos de fabricação industrial com elevado grau de automação, certamente um número menor de parâmetros estarão envolvidos na análise, em relação à outra empresa em que predominam processos semi-automatizados ou artesanais. Finalmente, a Perspectiva de Aprendizagem e Crescimento diz respeito aos recursos humanos da organização e seu capital intelectual. A FIGURA 4 ilustra cada uma destas perspectivas dentro de uma visão integrada. Para Para sermos sermos bemsucedidos bemsucedidos financeiramente, financeiramente, como como deveríamos deveríamos ser ser vistos vistos pelos pelos nossos nossos acionistas? acionistas? Para Para satisfazermos satisfazermos nossos nossos acionistas acionistas e e clientes, clientes, em em que que processos processos devemos devemos alcançar alcançar excelência? excelência? Finanças Processos internos Para Para alcançarmos alcançarmos nossa nossa visão, visão, como como deveríamos deveríamos ser ser vistos vistos pelos pelos nossos nossos clientes? clientes? Clientes Visão e Estratégia Aprendizado e Crescimento Para Para alcançarmos alcançarmos nossa nossa visão, visão, como como sustentaremos sustentaremos nossa nossa capacidade capacidade de de mudar mudar e e melhorar? melhorar? FIGURA 4. Estrutura do Balanced Scorecard para a tradução da estratégia de negócios em termos operacionais Fonte: OLIVEIRA, GONÇALVES e DE PAULA (2010, p.71) Para empresas industriais, pode ser utilizado um conceito estendido, também ligado à medição, acompanhamento e gestão do desempenho empresarial, como é o caso do Placar de Desempenho Total (Total Performance Scorecard - TPS). Este conceito estende a visão do BSC e é entendido por Rampersad (2003) como um processo sistemático, contínuo e gradual de melhoria, desenvolvimento e aprendizado, que concentra-se no aprimoramento sustentável do desempenho pessoal e organizacional, em que o conhecimento é a interseção destes três 6

7 elementos (melhoria, desenvolvimento e aprendizado) e é função da informação, da cultura e das habilidades, ou seja: conhecimento = f (< informação >, < cultura >, < habilidade >). Normalmente, as empresas que aprendem são aquelas que estimulam seus funcionários a adquirirem e explorarem novas perspectivas, facilitam e promovem o trabalho em equipes multifuncionais, multi-regionais e multi-empresariais e se esforçam, permanentemente, para evitar a síndrome do NIH (not invented here. não existia isto antes ) por meio de um claro direcionamento ao mercado, aos clientes e ao aprendizado com parceiros, concorrentes, fornecedores e comunidade. Complementarmente, os Mapas Estratégicos, representação gráfica visual das conexões dos indicadores estratégicos organizacionais, surgem como contribuição à parte para as empresas, propostos por Kaplan e Norton (2004). Tais indicadores estratégicos não podem ser vistos como medidas de desempenho nas quatro perspectivas independentemente, mas como uma série de relações de causa e efeito entre os objetivos. Um Mapa Estratégico fornece uma maneira uniforme e consistente de descrever a estratégia, facilitando a definição e o gerenciamento dos objetivos e indicadores e representa o elo entre a formulação e a execução da estratégia (KAPLAN; NORTON, 2004). INTELIGÊNCIA COMPETITIVA E O BALANCED SCORECARD NO PROJETO DE DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS: uma perspectiva informacional integrada A Inteligência Competitiva é uma metodologia mais conceitual que o BSC e pressupõe a utilização de práticas agressivas e contundentes que contemplam quatro processos fundamentais na gestão de negócios empresariais e acompanhamento concorrencial, quais sejam o planejamento(p), em que se levanta as necessidades de informações e os decisores-chave, os processos de coleta(c)e de análise(a) dos dados e informações e o processo de disseminação(d) da inteligência gerada aos responsáveis pelo processo de tomada de decisão organizacional, processos estes que compõem o chamado Ciclo de IC, apresentado na FIGURA 1. Eticamente, pode-se ter barreiras na fase de coleta de dados, razão pela qual é recomendado extremo cuidado durante a mesma, visto que a invasão de privacidade, tentativa de obtenção de dados empresariais estratégicos de forma ilegal, relacionados ou não com características de produtos, entre outras práticas, não fazem parte do conjunto de práticas de IC (FULD, 1995; MILLER, 2002; OLIVEIRA et al, 2007). O BSC também é uma metodologia de gestão estratégica, ligada à medição do desempenho empresarial, e normalmente se presta bem à utilização de um software que pode trazer embutida toda sua terminologia e facilidades de elaboração de relatórios e compilação de dados gerenciais. O que se propõe aqui é a utilização das duas metodologias conjuntas como fontes de informações para o processo de desenvolvimento de novos produtos industriais (FIGURA 5), a IC e o BSC em um mesmo cenário de uma organização industrial. Neste caso particular, propõe-se utilizá-las para diagnosticar, definir e gerir os aspectos concorrenciais quanto aos produtos de uma empresa do ramo industrial, bem como, diagnosticar, definir e gerir os níveis de desempenho da mesma organização quanto ao desenvolvimento de novos produtos, aspecto este que é contemplado diretamente por todas as perspectivas do BSC, a dos clientes, dos processos internos, da aprendizagem (e do crescimento) e da perspectiva financeira. A FI- GURA 5 apresenta, então, um modelo teórico para representar o fluxo informacional existente 7

8 entre os processos de Inteligência Competitiva (IC) e Balanced Scorecard (BSC) e a relação dos mesmos para o desenvolvimento de novos produtos industriais. FIGURA 5. Abordagem informacional integrada dos processos de Inteligência Competitiva (IC) e do Balanced Scorecard (BSC) no desenvolvimento de novos produtos industriais Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa ETAPAS: 1. Levantamento dos desejos e necessidades dos clientes em relação a um novo produto; 2. Estruturação de um processo de monitoramento do concorrente (Benchmarking); 3. Coleta e armazenamento de dados e informações sobre clientes e concorrentes; 4. Produção de produtos e insights sobre o perfil do consumidor e a base tecnológica e estrutural dos concorrentes (produtos); 5. Disseminação dos produtos de inteligência aos altos executivos responsáveis pelo sistema de gerenciamento estratégico (BSC); 6. Feedback e comunicação de novas necessidades de inteligência; 7. Definição de objetivos e metas financeiras; 8. Definição de objetivos e metas para a satisfação dos desejos e necessidades dos clientes; 9. Definição de objetivos e metas para os processos internos diretamente relacionados com a produção do novo produto, observando as perspectivas financeiras (sócios/acionistas) e os clientes; 10. Definição de objetivos e metas de aprendizado (equipe de profissionais) e de crescimento da organização; 11. Comunicação dos objetivos para os profissionais responsáveis pela área de projeto e produção do novo produto; 12. Projeto do novo produto e 13. Disponibilização do produto ao mercado consumidor (Produtos a, b, c... n). 8

9 MÉTODO Para a consecução do objetivo proposto foi realizado um estudo de caso descritivo na CNH Case New Holland (antiga FiatAllis), importante empresa do setor de máquinas de construção. Instalada em Minas Gerais desde 1969, a empresa conta atualmente com mais de 750 funcionários. O faturamento mundial bruto anual da empresa, envolvendo as áreas agrícolas e de construção, superou os U$ 17 bilhões em Por ser uma empresa de renome nacional e internacional, a escolha da mesma foi intencional e não-probabilística, onde foram considerados os departamentos diretamente envolvidos no processo de desenvolvimento de novos produtos industriais, ou seja: Administração Estratégica (BSC), Inteligência Competitiva, Pesquisa e Desenvolvimento, Engenharia de Produto e Produção. Os dados foram coletados através de questionários estruturados e aplicados aos principais responsáveis pelos respectivos departamentos, levando-se em consideração as seguintes variáveis: importância de cada informação para o departamento de P&D e a frequência de a- cesso deste departamento às mesmas. Escalas foram consideradas para mensurar as variáveis propostas, conforme demonstrado pelas FIGURAS 6 e 7. Fontes de Informação Frequência de Uso Grau de Importância n. FIGURA 6 - Escala para mensurar o Grau de Dependência. Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa A mensuração da frequência de uso das fontes de informações deve ser fundamentada no número de vezes que o tomador de decisão as usa em seu processo decisório por uma unidade de tempo, que pode ser diária, semanal, mensal, bimestral, semestral, ou anual, dependendo de cada processo e de cada organização. A FIGURA 7 ilustra a primeira fase de mensuração desta variável. Valor Grau 0 Não acessa 1 Acessa muito pouco 2 Acessa pouco 3 Acessa razoavelmente 4 Acessa muito 5 Acessa muitíssimo FIGURA 7 - Escala para mensurar a frequência de acesso às fontes de informação Fonte: Elaborado pelos autores da pesquisa e 2. Os questionários respondidos ficaram distribuídos conforme indicado nas TABELAS 1 9

10 TABELA 1 Importância e Frequência de acesso às fontes de informações para o desenvolvimento de novos produtos industriais (escala de 1 a 5 quanto mais próximo de 5, maior a frequência de acesso e a importância da fonte de informação para o desenvolvimento de novos produtos industriais; FA funcionário A; FB funcionário B, assim por diante). Clientes Média Média Necessidades de Total da Total da Escala do grau de Total Grau de aritmética Escala da frequência aritmética da informações para o Total Grau de Frequência Frequência importância importância grau de de acesso mensal frequência desenvolvimento de importância de acesso de acesso % importância total de acesso produtos industriais mensal mensal (%) (0-5) mensal (0-5) FA FB FC FD FE FF FA FB FC FD FE FF Aspectos demográficos % % 1 Aspectos psicográficos % % 1 Segmentação de uso do produto % % 3 Nível de satisfação do cliente (fidelidade) % % 3 Estrutura tecnológica % % 3 Número de inovações realizadas nos últimos anos Perfil dos clientes atendidos (segmentação) % % % % 2 Concorrência Investimentos em P&D e instalações de novas fábricas % % 2 Pós-vendas % % 2 Estratégia posicionamento de preço % % 2 Marcas e Patentes Inovações % % 3 Custo de fabricação % % 2 Volume de produção % % 4 Market Share % % 4 Indicador de qualidade do produto Indicador de segurança do produto % % % % 3 Indicadores de sustentabilidade ambiental na fabricação % % 2 Volume de vendas planejado Metas de redução de custo Posicionamento de preço % % % % % % 3 Estratégica Informações financeiras do novo projeto: Receita bruta total % % 4 Informações financeiras do novo projeto: Margem % % 4 de lucro Informações financeiras do novo projeto: Total de investimento % % 5 Informações financeiras do novo projeto: Payback Aprovação financeira do novo projeto % % % % 4 Fonte: Dados da pesquisa 10

11 Conforme destaca a TABELA 1, os tipos de informações para o desenvolvimento de novos produtos industriais foram agrupados em três grupos principais: clientes, concorrentes e estratégica. Nesta pesquisa, o departamento de IC foi considerado o principal responsável pelo fornecimento de informações sobre os clientes (desejos e necessidades) e concorrentes (inovações, estratégias de produção, entre outras). Por outro lado, no grupo de informações estratégicas estão todas aquelas informações disponibilizadas ao departamento de Pesquisa e Desenvolvimento por fontes internas diretamente relacionadas com o processo em questão como, por exemplo, os departamentos de Administração Estratégica, Engenharia de Produto e Produção. TABELA 2 IC e departamentos ligados às atividades de BSC como fontes de informações para o departamento de P&D conforme tipos de informações disponibilizadas (clientes, concorrentes e estratégicas) Necessidades de informações para o desenvolvimento de produtos industriais Respostas dos Funcionários Frequência das Respostas FA FB FC FD FE FF Contador de ic Contador de BSC Contador de Outros Moda Clientes Aspectos demográficos ic ic ic ic ic ic ic Aspectos psicográficos ic ic ic ic ic ic ic Segmentação de uso do produto ic ic ic ic ic ic ic Nível de satisfação do cliente (fidelidade) Outros ic Outros ic ic ic ic Estrutura tecnológica Outros ic Outros bsc bsc Outros outros Número de inovações realizadas nos últimos anos Outros ic Outros bsc ic Outros outros Perfil dos clientes atendidos (segmentação) ic ic ic ic ic ic ic Investimentos em P&D e instalações de novas fábricas Outros bsc Outros bsc bsc bsc bsc Concorrência Pós-vendas ic ic ic bsc ic ic ic Estratégia posicionamento de preço ic ic ic ic ic ic ic Marcas e Patentes Inovações ic Outros ic bsc ic ic ic Custo de fabricação Outros bsc Outros bsc bsc bsc bsc Volume de produção ic ic ic ic ic ic ic Market Share ic ic ic ic ic ic ic Indicador de qualidade do produto ic Outros Outros bsc ic Outros outros Indicador de segurança do produto ic Outros Outros bsc bsc Outros outros Indicadores de sustentabilidade ambiental na ic bsc Outros bsc bsc bsc 1 fabricação 4 1 bsc Volume de vendas planejado ic ic ic ic ic ic ic Metas de redução de custo bsc bsc bsc bsc ic bsc bsc Posicionamento de preço ic ic ic ic ic ic ic Estratégica Informações financeiras do novo projeto: Receita bruta ic bsc bsc bsc bsc bsc 1 total 5 0 bsc Informações financeiras do novo projeto: Margem de ic bsc bsc bsc bsc bsc 1 lucro 5 0 bsc Informações financeiras do novo projeto: Total de bsc bsc bsc bsc bsc bsc 0 investimento 6 0 bsc Informações financeiras do novo projeto: Pay-back bsc bsc bsc bsc bsc bsc bsc Aprovação financeira do novo projeto bsc bsc bsc bsc bsc bsc bsc Fonte: Dados da pesquisa Para a análise dos dados foram consideradas técnicas estatísticas (análise exploratória de dados), especialmente frequência e gráficos de barra para demonstrar o grau de dependência informacional do departamento de Pesquisa e Desenvolvimento em relação aos demais departamentos diretamente envolvidos no desenvolvimento de novos produtos industriais. Utilizou-se, também, o software UCINET 6.0 for Windows para ilustrar as relações de dependência informacional existentes entre os diversos departamentos no processo em questão. 11

12 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS IC e BSC aplicados ao desenvolvimento de novos produtos 5 5 GRAU DE IMPORTÂNCIA FREQUÊNCIA DE ACESSO Volume de vendas planejado Informações financeiras do novo projeto: Total de investimento 0 Aprovação financeira do novo projeto Volume de produção Market Share Informações financeiras do novo projeto: Pay-back Nível de satisfação do cliente (fidelidade) Indicador de qualidade do produto Metas de redução de custo Informações financeiras do novo projeto: Margem de lucro Custo de fabricação Indicador de segurança do produto Estrutura tecnológica Número de inovações realizadas nos últimos anos Indicadores de sustentabilidade ambiental na fabricação Segmentação de uso do produto Informações financeiras do novo projeto: Receita bruta total FONTES DE INFORMAÇÕES Estratégia posicionamento de preço Posicionamento de preço Perfil dos clientes atendidos (segmentação) Marcas e Patentes Inovações Investimentos em P&D e instalações de novas fábricas Pós-vendas Aspectos psicográficos Aspectos demográficos Estratégico Concorrente Cliente 0 Grau de importância Frequência de acesso FIGURA 8 Gráfico sobre o Grau de Importância e a Frequência de Acesso das Fontes de Informação em atividades de Inteligência Competitiva e Balanced ScoreCard Fonte: Dados da pesquisa Analisando-se o gráfico da FIGURA 8, percebe-se um grau de importância elevado no recebimento de informações relacionadas às informações estratégicas tal como volumes de vendas planejado, total de investimento em novos projetos e análise financeira relativas à a- provação do novo projeto e seu respectivo pay-back, alternando com dados informativos do concorrente relativos ao seu volume de produção e sua participação de mercado (market share). Conforme levantado durante a coleta de dados (questionários estruturados), quanto maior o market share melhor para a empresa, pois além do aumento de sua receita, aumenta o valor de revenda de seus produtos. Também com valor de importância elevado está o nível da satisfação de cliente que deve ser monitorado constantemente, pois disto dependerá o seu nível de fidelidade à marca e aos produtos da empresa. Observado durante a coleta de dados, para o desenvolvimento de novos produtos, alguns dos principais dados informacionais para monitorar o nível de satisfação dos clientes são aqueles relativos aos índices de desempenho do produto trabalhando no campo tais como: fator de disponibilidade do equipamento (horas efetivamente trabalhadas) e valores pagos em garantia que estão relacionados aos índices de falhas, além dos dados primários levantados em pesquisas específicas com este propósito, dada a extrema importância de ouvir o cliente no desenvolvimento de novos produtos dada a sua orientação de mercado que tem por premissa atender às necessidades do cliente. Desta forma, conforme observado no gráfico (FIGURA 8) tem-se alta importância com elevada frequência de acesso. Com grau de importância ligeiramente menor, porém ainda elevado, tem-se a importância de informações relativas ao indicador de qualidade do produto da concorrência e as metas de redução de custos que deverão ser perseguidas pela companhia sem comprometimento das características de qualidade e desempenho do produto, visto que os clientes sempre irão comparar estas características dos produtos concorrentes no mercado. Em escala decrescente de importância, porém ainda alternando entre dados da concorrência, dados estratégicos e dados dos clientes estão as informações relativas à concorrência: margem de lucro, custo de 12

13 fabricação, estrutura tecnológica e número de inovações realizadas nos últimos anos, sendo que isto influenciará o posicionamento de preço da concorrência no mercado e o ritmo de lançamento de novos produtos. Do ponto de vista estratégico pode-se destacar, além da importância dos indicadores de segurança do produto que devem atender a normas específicas de agências regulamentadoras, a importância da informação financeira relativa à receita bruta total, sendo esta uma das componentes da análise financeira citada anteriormente que impactam no pay-back de um novo projeto. Na sequência de importância temos as informações da concorrência relativas aos indicadores de sustentabilidade ambiental na fabricação de novos produtos, pois esta preocupação vem crescendo dia a dia e é uma das premissas pregadas pelo Marketing Societal o qual prevê que empresas podem obter vantagens competitivas a partir da preservação do meio ambiente, além de obviamente propiciar melhor qualidade de vida. Os próximos 3 itens observados no gráfico alternam entre dados da concorrência, estratégico e dados do cliente respectivamente: segmentação de uso do produto, estratégia de posicionamento de preço sob a ótica da empresa e posicionamento do preço sob a ótica do cliente. Quanto à segmentação de uso do produto, é importante verificar as ações que estão sendo demandadas pelos clientes de cada segmento para que a empresa possa tomar suas a- ções específicas direcionadas ao público de cada segmento. É adotado o critério definido pela ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) da qual a CNH Latin America, representada pelas suas marcas CASE e New Holland, é membro ativo. O mercado é dividido em sete segmentos sendo eles: Construção, Locação, Governo, Mineração, Indústria, Agrícola e Florestal. Com relação à estratégia de posicionamento de preço são levados em consideração a definição de análise de valor de forma que consegue-se melhor posicionamento de preço reduzindo o custo do equipamento sem comprometimento de sua qualidade e performance e/ou aumentado o benefício percebido pelo cliente, sendo este último o principal parâmetro onde o cliente efetivamente perceberá a valor agregado ao produto. Em escalas de menor importância temos ainda informações relativas à concorrência: perfil dos clientes atendidos, investimentos em P&D e instalações de novas fábricas, marcas e patentes inovações e pós-vendas. Quanto ao perfil dos clientes atendidos, reforça-se a necessidade de se ter um bom conhecimento da divisão de segmentação para que se possa direcionar as ações estratégicas aos segmentos específicos. Quanto a investimentos em P&D e instalações de novas fábricas, marcas e patentes estas também ajudarão na informação do ritmo de lançamento de novos produtos e no volume de máquinas demandados pelo mercado e na sequência o pós-vendas, sendo este último, conforme informado pelos respondentes, de pouca importância sob o ponto de vista de obtenção desta informação da concorrência para o desenvolvimento de novos produtos, mas esta deve ser uma preocupação máxima da empresa em ser a melhor do mercado em atendimento de serviços e peças de reposição estando entre as principais preocupações da CNH no atendimento ao cliente, garantindo a disponibilidade do equipamento e satisfação do cliente. E por fim, as informações sobre os clientes: Aspectos psicográficos e aspectos demográficos. Apesar de o tipo de trabalho assemelhar-se do sul ao norte do país, várias características demográficas/psicográficas são diferenciadas e precisam ser levadas em consideração tornando determinados componentes opcionais na montagem das máquinas. Pode-se citar que em regiões mais quentes existirá uma maior demanda de cabines com ar condicionado e em outras apenas o aquecedor. Percebe-se, analisando-se o gráfico acima (FIGURA 8), que em geral as informações dos concorrentes apesar de importantes, têm menor frequência de acesso, quando comparados 13

14 com a frequência de acesso às informações estratégicas, que normalmente dependem dos setores internos à empresa, ou com a frequência de acesso às informações dos clientes, com os quais se tem facilidade de contato. Isto se deve à dificuldade natural de se conseguir tais dados. Aqui vale a pena ressaltar, conforme um dos respondentes, que algumas informações são trocadas pela maioria dos fabricantes de máquinas, tais como volumes de vendas por modelos e vendas por segmento, reforçando o conceito de benchmarking saudável entre os concorrentes e que os dados obtidos pelo departamento de IC ou qualquer outro departamento, são sempre obtidos de forma ética. IC e BSC aplicados ao desenvolvimento de novos produtos industriais Indicador de segurança do produto Indicador de qualidade do produto IC BSC Outros Número de inovações realizadas nos últimos anos Estrutura tecnológica Indicadores de sustentabilidade ambiental na fabricação Custo de fabricação Marcas e Patentes Inovações Investimentos em P&D e instalações de novas fábricas Nível de satisfação do cliente (fidelidade) Informações financeiras do novo projeto: Margem de lucro Fontes de Informações Informações financeiras do novo projeto: Receita bruta total Metas de redução de custo Pós-vendas Aprovação financeira do novo projeto Informações financeiras do novo projeto: Pay-back Informações financeiras do novo projeto: Total de investimento Posicionamento de preço Volume de vendas planejado Market Share Volume de produção Estratégia posicionamento de preço Perfil dos clientes atendidos (segmentação) Segmentação de uso do produto Aspectos psicográficos Aspectos demográficos Moda FIGURA 9 Gráfico das fontes de informações para utilizadas pelos profissionais envolvidos com as atividades de Inteligência Competitiva e Balanced ScoreCard 14

15 FIGURA 10 Mapeamento das relações de dependência informacional entre os departamentos envolvidos no processo de desenvolvimento de novos produtos industriais No gráfico acima (FIGURA 9) ou na rede de relacionamentos (FIGURA 10) traçada pelo software Ucinet 6.0 for Windows, percebe-se que a grande maioria das informações para o desenvolvimento de novos produtos industriais são providas principalmente pelo departamento de IC ou por departamento cujas atividades principais estão relacionadas às atividades de BSC. Das informações providas pelo departamento de IC com moda 6 em 6 entrevistados pode-se destacar: aspectos demográficos, aspectos psicográficos e posicionamento de preços sob a ótica dos clientes, segmentação, volume de produção e market share da concorrência além das informações estratégicas de preços e volumes de vendas planejados. Ainda com moda 6 em 6 entrevistados estão as seguintes informações providas por setores ligados às atividades de BSC: informações financeiras do novo projeto: total de investimento, informações financeiras do novo projeto: pay-back e aprovação financeira do novo projeto, sendo todas estas, informações estratégicas gerenciadas pelo setor financeiro. Com moda 5, provida pelo departamento de IC, estão as informações de pós-vendas e as informações providas por setores ligados aos BSC: informações financeiras do novo projeto: margem de lucro (concorrência) e as informações financeiras do novo projeto: receita bruta total e metas de redução de custos (estratégicas). Com moda 4 estão também as informações fornecidas por IC: nível de satisfação do cliente (fidelidade) e marcas e patentes inovações (concorrência) e as informações também da concorrência fornecida por setores ligados ao BSC: investimentos em P&D e instalações de novas fábricas,custo de fabricação e indicadores de sustentabilidade ambiental na fabricação de produtos. E por fim, com moda 3, estão outras fontes de informação que fornecem os dados: estrutura tecnológica, número de inovações realizadas nos últimos anos e indicadores de qualidade do produto (concorrência) e indicador de segurança do produto (estratégica), que conforme a maioria dos respondentes, a principal fonte é a consulta a dados secundários providos pela Internet. 15

16 Conforme mencionado anteriormente, pela densidade de linhas que saem do setor de IC, percebe-se o maior grau de dependência do setor de P&D no desenvolvimento de novos produtos do setor de IC, seguido pelos departamentos cujas atividades estão relacionas ao BSC. CONCLUSÕES Este artigo teve por objetivo mostrar a importância da interligação do departamento de IC com os departamentos ligados às atividades de BSC para que conjuntamente possam trabalhar com o mesmo foco no suprimento de informações importantes para o setor de P&D em empresas que trabalham com atividades de IC e utilizam-se da metodologia BSC. Isto foi comprovado através do estudo de caso apresentado na CNH Latin America, onde pôde-se perceber a importância das informações estratégicas, dados dos concorrentes e informações dos seus clientes, além da frequência de acesso aos mesmos no desenvolvimento de novos produtos. Foi ainda constatado a importância dos setores de IC e setores ligados às atividades de BSC como principais fontes provedoras de informações para obtenção de vantagem competitiva no desenvolvimento de produtos. Outras fontes também foram citadas, com menor importância, com ênfase principal à consulta a dados secundários utilizando-se a Internet. Conforme pode-se notar, nos gráficos apresentados, as informações importantes para o desenvolvimento de novos produtos são providas na maioria pelo setor de IC seguidos por departamento ligados às atividades de BSC, tal como o setor financeiro/controladoria que se encarregam de gerenciar as metas financeiras da empresa os quais são monitorados através dos valores de receita bruta; total de investimento, pay-back entre outras. Observa-se também a importância do feed-back dos clientes e da concorrência para as melhorias do processo interno e no estabelecimento das metas da empresa, caracterizando-se desta forma a aplicação do BSC através da integração dos setores mencionados na definição das metas e estratégia da empresa em conjunto com o departamento de IC. Por tratar-se de um estudo de caso descritivo, a principal limitação decorre da incapacidade de generalização dos resultados para outras empresas do mesmo setor ou não, o que não inviabiliza a importância do estudo realizado, uma vez que os seus resultados podem servir de base para o desenvolvimento de novas pesquisas acadêmicas sobre os temas em questão e em uma amostra maior de empresas para a generalização confiável dos resultados alcançados. Nesse sentido, sugere-se a seleção de uma amostra confiável e a utilização de técnicas estatísticas mais complexas para verificar as relações informacionais ou teóricas destas importantes capacidades estratégicas (IC, BSC, PDNP) paras as empresas na atualidade. REFERÊNCIAS AGUILAR, Francis J. Scanning the business environment. New York, NY: Macmillan, AUSTER, E., CHOO, C. W. CEOs, information, and decision-making: scanning the environment for strategic advantage, Library Trends, v.43, n.2, p , Fall BARNEY, J. B. Strategic factor markets: expectations, luck, and business strategy. Management Science, v. 32, n. 10, p , Firm resources and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p , Gaining and sustaining competitive advantage. Reading, MA: Addison- Wesley Publishing Company, BERGERON, P., HILLER, C. A. Competitive intelligence. Annual Review of Information Science and Technology, v.36, 2002, p CHOO, C. W. A Organização do Conhecimento. São Paulo: Ed. SENAC, D AVENI, Richard A. Hipercompetição: Estratégias para dominar a dinâmica do mercado. 16

17 Rio de Janeiro, Campus, DAVENPORT, T.H.; PRUSAK, L. Working knowledge. Boston: Harvard Business School Press, FULD, L. The new competitor intelligence. New York: Wiley, GORDON, J.H. De olho na concorrência: como vencer a batalha por mercado e clientes. São Paulo: Futura, HERRING, Jan P. Tópicos fundamentais de inteligência: processo para identificação e definição de necessidades de inteligência. In PRESCOTT, John E.; MILLER, Stephen H. Inteligência Competitiva na Prática. São Paulo: Campus, p KAPLAN, Robert S., NORTON, David P., A Estratégia em Ação: Balanced Scorecard. Rio de Janeiro: Campus, KAPLAN, R. S., NORTON, D. P. Mapas Estratégicos Balanced Scorecard: Convertendo Ativos Intangíveis em Resultados Tangíveis. Rio de Janeiro: Campus, LIEBOWITZ, Jay. Strategic intelligence: business intelligence, competitive intelligence, and knowledge management. [S.l.]: Auerbach, MILLER, J. P. O milênio da Inteligência Competitiva. Porto Alegre: Bookman, MURPHY, C. Competitive intelligence: gathering, analyzing and putting it to work. Aldershot, UK: Gower Publishing, PORTER, Michael E. Competitive strategy: techniques for analyzing industries and competitors. New York: Free Press, OLIVEIRA, A. R., LACERDA, J. M.; Balanced Scorecard: da Teoria à Prática, In: 1º. Seminário Nacional de Sistemas Industriais e Automação (SSIA), BH: CEFET/MG, Anais em CDrom, OLIVEIRA, P.H.; ALMEIDA, P. P., LACERDA, J.M. Práticas de inteligência competitiva no setor varejista de Belo Horizonte: um estudo exploratório. In 20º Congresso Internacional de Administração, 2007, Ponta Grossa: UEPG, OLIVEIRA P. H., LACERDA, J. M. Monitoramento Ambiental, Inteligência Competitiva e Melhoramento da Produção no Contexto do Benchmarking: Um Referencial Integrado, In: 3º. Seminário Nacional de Sistemas Industriais e Automação (SSIA), BH: CE- FET/MG, Anais em CDrom, OLIVEIRA, P. H. ; GONÇALVES, C.A. ; PAULA, E. A. M. Visão baseada em recursos da empresa, inteligência competitiva e Balanced Scorecard: em busca da vantagem competitiva sustentável. Revista de Ciências da Administração (CAD/UFSC), v. 12, p , PENROSE, E. The theory of the growth of the firm. New York: Oxford University Press, PETERAF, M. A. The cornerstones of competitive advantage: a resource-based view. Strategic Management Journal, v. 14, n. 3, p , Mar PRESCOTT, J. E. Inteligência competitiva Lições das trincheiras. In: PRESCOTT, J. E.; MILLER, S. H. Inteligência Competitiva na Prática. Rio de Janeiro: Editora Campus, p RAMPERSAD, H.K.Scorecard para a performance total. São Paulo: Campus, RUMELT, R. P. Toward a strategic theory of the firm. In: LAMB, R. Competitive strategic management. Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, TARAPANOFF, Kira (org). Inteligência Organizacional e Competitiva. Editora Universidade de Brasília, Brasília, TYSON, K. W.M. The complete guide to competitive intelligence. Lisle (Chicago): Kirk Tyson International, WERNERFELT, B. A resource-based view of the firm. Strategic Management Journal, v. 5, p ,

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

1 - Como definir o Balanced Scorecard (BSC)?

1 - Como definir o Balanced Scorecard (BSC)? 1 - Como definir o Balanced Scorecard (BSC)? Conceitualmente, o Balanced Scorecard, também conhecido como BSC, é um modelo de gestão que auxilia as organizações a traduzir a estratégia em objetivos operacionais

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Módulo 2. Origem do BSC, desdobramento do BSC, estrutura e processo de criação do BSC, gestão estratégica e exercícios

Módulo 2. Origem do BSC, desdobramento do BSC, estrutura e processo de criação do BSC, gestão estratégica e exercícios Módulo 2 Origem do BSC, desdobramento do BSC, estrutura e processo de criação do BSC, gestão estratégica e exercícios Origem do BSC Cenário Competitivos CONCORRENTE A CONCORRENTE C VISÃO DE FUTURO ESTRATÉGIA

Leia mais

Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro. Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014

Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro. Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014 Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014 INTRODUÇÃO Sobre o Relatório O relatório anual é uma avaliação do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC sobre as práticas

Leia mais

Modelos, Métodos e Técnicas de Planejamento

Modelos, Métodos e Técnicas de Planejamento UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Faculdade de Filosofia e Ciências Câmpus de Marília Departamento de Ciência da Informação Modelos, Métodos e Técnicas de Planejamento Profa. Marta Valentim Marília 2014 Modelos,

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Universidade de Brasília. Faculdade de Ciência da Informação. Prof a Lillian Alvares

Universidade de Brasília. Faculdade de Ciência da Informação. Prof a Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Prof a Lillian Alvares Fóruns Comunidades de Prática Mapeamento do Conhecimento Portal Intranet Extranet Banco de Competências Memória Organizacional

Leia mais

Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE

Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE Belo Horizonte 2011 Felipe Pedroso Castelo Branco Cassemiro Martins BALANCED SCORECARD FACULDADE BELO HORIZONTE

Leia mais

Implementação rápida do modelo Balanced Scorecard (BSC) nas empresas de seguros

Implementação rápida do modelo Balanced Scorecard (BSC) nas empresas de seguros Implementação rápida do modelo Balanced Scorecard (BSC) nas empresas de seguros Uma evolução nos sistemas de controle gerencial e de planejamento estratégico Francisco Galiza Roteiro Básico 1 SUMÁRIO:

Leia mais

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking David Vicentin e José Goldfreind Benchmarking pode ser definido como o processo de medição e comparação de nossa empresa com as organizações mundiais best-in-class.

Leia mais

Lean Seis Sigma e Benchmarking

Lean Seis Sigma e Benchmarking Lean Seis Sigma e Benchmarking Por David Vicentin e José Goldfreind O Benchmarking elimina o trabalho de adivinhação observando os processos por trás dos indicadores que conduzem às melhores práticas.

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

IETEC Instituto de Educação Tecnológica. Artigo Técnico

IETEC Instituto de Educação Tecnológica. Artigo Técnico IETEC Instituto de Educação Tecnológica Artigo Técnico A Importância Do Desenvolvimento Dos Fornecedores Para A Atividade De Compras Autor: Fernando de Oliveira Fidelis Belo Horizonte MG 11 de Agosto de

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

Qualider Consultoria e Treinamento Instrutor: José Roberto

Qualider Consultoria e Treinamento Instrutor: José Roberto BALANCED SCORECARD Qualider Consultoria e Treinamento Instrutor: José Roberto Por que a Implementação da Estratégia torna-se cada vez mais importante? Você conhece a Estratégia de sua Empresa? Muitos líderes

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

Disciplina : Avaliação de Desempenho. Prof. Robson Soares

Disciplina : Avaliação de Desempenho. Prof. Robson Soares Capítulo 4 Balanced Scorecard Disciplina : Avaliação de Desempenho Prof. Robson Soares À medida que são verificados os diversos conceitos e concepções ligados a avaliação de desempenho, torna-se necessário

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com Quem somos? A BEATRIZ DEHTEAR KM apresenta a seus clientes uma proposta totalmente inovadora para implementar a Gestão do Conhecimento Organizacional. Nosso objetivo

Leia mais

K & M KNOWLEDGE & MANAGEMENT

K & M KNOWLEDGE & MANAGEMENT K & M KNOWLEDGE & MANAGEMENT Conhecimento para a ação em organizações vivas CONHECIMENTO O ativo intangível que fundamenta a realização dos seus sonhos e aspirações empresariais. NOSSO NEGÓCIO EDUCAÇÃO

Leia mais

BSC Balance Score Card

BSC Balance Score Card BSC (Balance Score Card) BSC Balance Score Card Prof. Gerson gerson.prando@fatec.sp.gov.br Uma das metodologias mais visadas na atualidade éobalanced ScoreCard, criada no início da década de 90 por Robert

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE TRANSPORTE DE CARGAS EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ENFOQUE LOGÍSTICO

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE TRANSPORTE DE CARGAS EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ENFOQUE LOGÍSTICO AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE TRANSPORTE DE CARGAS EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ENFOQUE LOGÍSTICO Pré-logística: gestão voltada para o custo do transporte (redução do frete de frotas contratadas ou redução dos custos

Leia mais

Artigo publicado. na edição 17. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. julho e agosto de 2010

Artigo publicado. na edição 17. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. julho e agosto de 2010 Artigo publicado na edição 17 Assine a revista através do nosso site julho e agosto de 2010 www.revistamundologistica.com.br :: artigo 2010 Práticas Logísticas Um olhar sobre as principais práticas logísticas

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS Gilmar da Silva, Tatiane Serrano dos Santos * Professora: Adriana Toledo * RESUMO: Este artigo avalia o Sistema de Informação Gerencial

Leia mais

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes PROPOSTA TÉCNICA COMERCIAL Versão 2.0 Setembro de 2014 Agosto de 2008 Índice ÍNDICE...2 1. CONTEXTO...3 2. VISÃO, ESCOPO E ATIVIDADES DESTE PROJETO...5

Leia mais

IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA BALANCED SCORECARD NAS EMPRESAS INCUBADAS NO

IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA BALANCED SCORECARD NAS EMPRESAS INCUBADAS NO IMPLANTAÇÃO DA METODOLOGIA BALANCED SCORECARD NAS EMPRESAS INCUBADAS NO MIDILAGES Autores: Msc. Angelo Augusto Frozza Msc. Carlos Eduardo de Liz Gr. Rafael Magnabosco Campo Grande, setembro 2010 Este artigo

Leia mais

Noções de Planejamento Estratégico e Gestão Estratégica

Noções de Planejamento Estratégico e Gestão Estratégica Noções de Planejamento Estratégico e Gestão Estratégica Utilizando como ponto de partida os artigos Idéias de Sucesso: Utilizando o Balanced Scorecard escrito por Luis Augusto German, A difícil tarefa

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA 1 OBJETIVOS 1. O que os administradores precisam saber sobre organizações para montar e usar sistemas de informação com sucesso? 2. Que

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Balanced Scorecard BSC. O que não é medido não é gerenciado. Medir é importante? Também não se pode medir o que não se descreve.

Balanced Scorecard BSC. O que não é medido não é gerenciado. Medir é importante? Também não se pode medir o que não se descreve. Balanced Scorecard BSC 1 2 A metodologia (Mapas Estratégicos e Balanced Scorecard BSC) foi criada por professores de Harvard no início da década de 90, e é amplamente difundida e aplicada com sucesso em

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas 1) Resumo Executivo Descrição dos negócios e da empresa Qual é a ideia de negócio e como a empresa se chamará? Segmento

Leia mais

Fornecendo Inteligência, para todo o mundo, a mais de 20 anos.

Fornecendo Inteligência, para todo o mundo, a mais de 20 anos. Fornecendo Inteligência, para todo o mundo, a mais de 20 anos. Fundada em 1989, a MicroStrategy é fornecedora líder Mundial de plataformas de software empresarial. A missão é fornecer as plataformas mais

Leia mais

Gestão por Processos. Gestão por Processos Gestão por Projetos. Metodologias Aplicadas à Gestão de Processos

Gestão por Processos. Gestão por Processos Gestão por Projetos. Metodologias Aplicadas à Gestão de Processos Gestão por Processos Gestão por Projetos Gestão por Processos Gestão de Processos de Negócio ou Business Process Management (BPM) é um modelo de administração que une gestão de negócios à tecnologia da

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

cada fator e seus componentes.

cada fator e seus componentes. 5 CONCLUSÃO Conforme mencionado nas seções anteriores, o objetivo deste trabalho foi o de identificar quais são os fatores críticos de sucesso na gestão de um hospital privado e propor um modelo de gestão

Leia mais

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI João Maldonado / Victor Costa 15, Outubro de 2013 Agenda Sobre os Palestrantes Sobre a SOLVIX Contextualização Drivers de Custo Modelo de Invenstimento

Leia mais

Módulo 4. Módulo 4. Estudo de caso, identificação de objetivos, métricas e metas, lições aprendidas, exercício e conclusões

Módulo 4. Módulo 4. Estudo de caso, identificação de objetivos, métricas e metas, lições aprendidas, exercício e conclusões Módulo 4 Módulo 4 Estudo de caso, identificação de objetivos, métricas e metas, lições aprendidas, exercício e conclusões Estudo de Caso: Biblioteca da Universidade AAA - BSC Aplicação do BSC Perspectiva

Leia mais

O que é o Balanced Scorecard Por David Kallás

O que é o Balanced Scorecard Por David Kallás O que é o Balanced Scorecard Por David Kallás BSC (Balanced Scorecard) é uma sigla que, traduzida, significa Indicadores Balanceados de Desempenho. Este é o nome de uma metodologia voltada à gestão estratégica

Leia mais

Palestra Informativa Sistema da Qualidade NBR ISO 9001:2000

Palestra Informativa Sistema da Qualidade NBR ISO 9001:2000 Palestra Informativa Sistema da Qualidade NBR ISO 9001:2000 ISO 9001:2000 Esta norma considera de forma inovadora: problemas de compatibilidade com outras normas dificuldades de pequenas organizações tendências

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

O QUE É O BALANCED SCORECARD

O QUE É O BALANCED SCORECARD O QUE É O BALANCED SCORECARD 1 SUMÁRIO SUMÁRIO 2 I. O QUE É O BALANCED SCORECARD? 3 O QUE NÃO É O BSC 5 CONHECENDO O SIGNIFICADO DE ALGUMAS TERMINOLOGIAS 5 II. QUAL O OBJETIVO DO BSC? 6 POR QUE AS EMPRESAS

Leia mais

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica Ementários Disciplina: Gestão Estratégica Ementa: Os níveis e tipos de estratégias e sua formulação. O planejamento estratégico e a competitividade empresarial. Métodos de análise estratégica do ambiente

Leia mais

Líder em consultoria no agronegócio

Líder em consultoria no agronegócio MPRADO COOPERATIVAS mprado.com.br COOPERATIVAS 15 ANOS 70 Consultores 25 Estados 300 cidade s 500 clientes Líder em consultoria no agronegócio 3. Gestão empresarial 3.1 Gestão empresarial Objetivo: prover

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores O Planejamento Estratégico deve ser visto como um meio empreendedor de gestão, onde são moldadas e inseridas decisões antecipadas no processo

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA DIVISÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS PROGRAMA DE DISCIPLINA DEPARTAMENTO DE SAÚDE CÓDIGO: SAU532 DISCIPLINA: GESTÃO EMPRESARIAL EM ORGANIZAÇÕES NA ÁREA DA SAÚDE CARGA HORÁRIA: 45h EMENTA: Abordagens contemporâneas

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

Módulo 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Módulo 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Módulo 4.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EVOLUÇÃO DA COMPETIÇÃO NOS NEGÓCIOS 1. Revolução industrial: Surgimento das primeiras organizações e como consequência, a competição pelo mercado de commodities. 2.

Leia mais

Como implementar a estratégia usando Remuneração e Reconhecimento

Como implementar a estratégia usando Remuneração e Reconhecimento Como implementar a estratégia usando Remuneração e Reconhecimento De Luís Cláudio S. Pinho As organizações buscam continuamente gerar valor para maximizar a riqueza no longo prazo e, conseqüentemente,

Leia mais

Gestão e estratégia de TI Conhecimento do negócio aliado à excelência em serviços de tecnologia

Gestão e estratégia de TI Conhecimento do negócio aliado à excelência em serviços de tecnologia Gestão e estratégia de TI Conhecimento do negócio aliado à excelência em serviços de tecnologia Desafios a serem superados Nos últimos anos, executivos de Tecnologia de Informação (TI) esforçaram-se em

Leia mais

Administração de CPD Chief Information Office

Administração de CPD Chief Information Office Administração de CPD Chief Information Office Cássio D. B. Pinheiro pinheiro.cassio@ig.com.br cassio.orgfree.com Objetivos Apresentar os principais conceitos e elementos relacionados ao profissional de

Leia mais

Teoria Geral da Administração II

Teoria Geral da Administração II Teoria Geral da Administração II Livro Básico: Idalberto Chiavenato. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7a. Edição, Editora Campus. Material disponível no site: www..justocantins.com.br 1. EMENTA

Leia mais

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani Planejamento Estratégico de TI Prof.: Fernando Ascani BI Business Intelligence A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

UTILIZANDO O BALANCED SCORECARD PARA GERENCIAR PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. JOSÉILTON SILVEIRA DA ROCHA MS.c 1 PAULO MAURICIO SELIG Dr.

UTILIZANDO O BALANCED SCORECARD PARA GERENCIAR PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. JOSÉILTON SILVEIRA DA ROCHA MS.c 1 PAULO MAURICIO SELIG Dr. UTILIZANDO O BALANCED SCORECARD PARA GERENCIAR PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. JOSÉILTON SILVEIRA DA ROCHA MS.c 1 PAULO MAURICIO SELIG Dr. 1 UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA JSROCHA@EPS.UFSC.BR UFSC UNIVERSIDADE

Leia mais

Como tudo começou...

Como tudo começou... Gestão Estratégica 7 Implementação da Estratégica - BSC Prof. Dr. Marco Antonio Pereira pereira@marco.eng.br Como tudo começou... 1982 In Search of Excellence (Vencendo a Crise) vendeu 1.000.000 de livros

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

CONCEITOS FUNDAMENTAIS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO RESPEITAR PONTO DE VISTA. Material preparado e de responsabilidade de Júlio Sérgio de Lima

CONCEITOS FUNDAMENTAIS PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO RESPEITAR PONTO DE VISTA. Material preparado e de responsabilidade de Júlio Sérgio de Lima INDICADORES DE RH E METAS ORGANIZACIONAIS JÚLIO SÉRGIO DE LIMA Blumenau SC PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATEGICO E PERSPECTIVAS DE NEGOCIO, ARQUITETURA DE MEDIÇÃO DO DESEMPENHO E NIVEIS DOS

Leia mais

Inteligência Competitiva e os Indicadores de Performance e Desempenho

Inteligência Competitiva e os Indicadores de Performance e Desempenho Inteligência Competitiva e os Indicadores de Performance e Desempenho Daniela Ramos Teixeira Um dos grandes desafios nas organizações é encontrar indicadores de performance e desempenho que ajudem os profissionais

Leia mais

No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o

No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o DATABASE MARKETING No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o empresário obter sucesso em seu negócio é

Leia mais

Objetivos da comunicação

Objetivos da comunicação Prof. Edmundo W. Lobassi Use palavras simples, que todos compreendam, assim todos irão entendê-lo. (Prof. Edmundo W. Lobassi) 1 Estude algumas pesquisas e ouça pessoas experts, pois nada é mais importante

Leia mais

Inteligência Competitiva

Inteligência Competitiva Inteligência Competitiva Prof. Patricia Silva psilva@univercidade.br Aula 6 Objetivos da aula 6 n Análise SWOT n Bibliografia: Estratégia de Marketing O C. Ferrell Cap. 4 Strenghts (forças), Weaknesses

Leia mais

Administração Judiciária

Administração Judiciária Administração Judiciária Planejamento e Gestão Estratégica Claudio Oliveira Assessor de Planejamento e Gestão Estratégica Conselho Superior da Justiça do Trabalho Gestão Estratégica Comunicação da Estratégia

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

GESPÚBLICA. Brasília ǀ 25 de Setembro de 2012

GESPÚBLICA. Brasília ǀ 25 de Setembro de 2012 GESPÚBLICA Brasília ǀ 25 de Setembro de 2012 Resultados Decisões Estratégicas Informações / Análises O PROCESSO DE GESTÃO ESTRATÉGICA Ideologia Organizacional Missão, Visão,Valores Análise do Ambiente

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS Asia Shipping Transportes Internacionais Ltda. como cópia não controlada P á g i n a 1 7 ÍNDICE NR TÓPICO PÁG. 1 Introdução & Política 2 Objetivo 3 Responsabilidade

Leia mais

Gestão Estratégica e o Balanced Scorecard

Gestão Estratégica e o Balanced Scorecard Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (http://www.trt23.jus.br) Gestão Estratégica e o Balanced Scorecard José Silva Barbosa Assessor de Planejamento e Gestão Setembro/2009 Objetivos Apresentar a

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina IEL/SC

Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina IEL/SC Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina IEL/SC Uma estrutura de apoio à Inovação Eliza Coral, Dr. Eng., PMP Outubro, 2010 Diretrizes Organizacionais Missão Contribuir para o desenvolvimento sustentável

Leia mais

O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares

O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares O Uso da Inteligência Competitiva e Seus Sete Subprocessos nas Empresas Familiares O uso da Inteligência Competitiva como processo para monitorar tecnologias, legislação, ambiente regulatório, concorrência,

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING CENÁRIO E TENDÊNCIAS DOS NEGÓCIOS 8 h As mudanças do mundo econômico e as tendências da sociedade contemporânea.

Leia mais

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ

ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ ESTUDO DA IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARA O COMÉRCIO VAREJISTA LUCIMEIRI CEZAR ANDRÉ Acadêmica de Administração Geral na Faculdade Metropolitana de Maringá /PR - 2005 RESUMO: A atividade comercial

Leia mais

A Controladoria no Processo de Gestão. Clóvis Luís Padoveze

A Controladoria no Processo de Gestão. Clóvis Luís Padoveze 1 A Controladoria no Processo de Gestão Clóvis Luís Padoveze Cascavel - 21.10.2003 2 1. Controladoria 2. Processo de Gestão 3. A Controladoria no Processo de Gestão 3 Visão da Ciência da Controladoria

Leia mais

REVIE a Rede de Valor para Inteligência Empresarial. Este é o 1º dos artigos da série sobre o Método REVIE que foi publicado no portal Meta Análise.

REVIE a Rede de Valor para Inteligência Empresarial. Este é o 1º dos artigos da série sobre o Método REVIE que foi publicado no portal Meta Análise. REVIE a Rede de Valor para Inteligência Empresarial Daniela Ramos Teixeira Este é o 1º dos artigos da série sobre o Método REVIE que foi publicado no portal Meta Análise. Vamos começar apresentando o Método

Leia mais

Unidade II GESTÃO DO CONHECIMENTO. Profa. Leonor Cordeiro Brandão

Unidade II GESTÃO DO CONHECIMENTO. Profa. Leonor Cordeiro Brandão Unidade II GESTÃO DO CONHECIMENTO Profa. Leonor Cordeiro Brandão Relembrando Vimos alguns conceitos importantes: O que são dados; O que é informação; Quando uma informação se transforma em conhecimento;

Leia mais

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA Profº Paulo Barreto Paulo.santosi9@aedu.com www.paulobarretoi9consultoria.com.br 1 Analista da Divisão de Contratos da PRODESP Diretor de Esporte do Prodesp

Leia mais

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo:

3. Processos, o que é isto? Encontramos vários conceitos de processos, conforme observarmos abaixo: Perguntas e respostas sobre gestão por processos 1. Gestão por processos, por que usar? Num mundo globalizado com mercado extremamente competitivo, onde o cliente se encontra cada vez mais exigente e conhecedor

Leia mais

Vantagens Competitivas (de Michael Porter)

Vantagens Competitivas (de Michael Porter) Vantagens Competitivas (de Michael Porter) CURSO: Administração DISCIPLINA: Comércio Exterior FONTE: SOARES, Claudio César. Introdução ao Comércio Exterior Fundamentos Teóricos do Comércio Internacional.

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY

CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY CURSO FERRAMENTAS DE GESTÃO IN COMPANY Instrumental e modular, o Ferramentas de Gestão é uma oportunidade de aperfeiçoamento para quem busca conteúdo de qualidade ao gerenciar ações sociais de empresas

Leia mais

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios Caro (a) aluno (a), Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. O Plano de Negócios deverá ter no máximo

Leia mais

REVIE Rede de Melhores Práticas para MKT e Vendas

REVIE Rede de Melhores Práticas para MKT e Vendas REVIE Rede de Melhores Práticas para MKT e Vendas Este artigo foi publicado originalmente em abril de 2009 por Daniela Ramos Teixeira no portal Meta Análise. Este é o 1º dos artigos da série que Daniela

Leia mais

Balanced Scorecard. As quatro perspectivas de desempenho compreendem diversos indicadores, tais como:

Balanced Scorecard. As quatro perspectivas de desempenho compreendem diversos indicadores, tais como: Balanced Scorecard Inicialmente desenvolvido pelo Dr. Robert Kaplan e David Norton - Harvard, o Balanced Scorecard é uma filosofia prática e inovadora de gestão da performance das empresas e organizações.

Leia mais

Gestão Estratégica de Marketing

Gestão Estratégica de Marketing Gestão Estratégica de Marketing A Evolução do seu Marketing Slide 1 O Marketing como Vantagem Competitiva Atualmente, uma das principais dificuldades das empresas é construir vantagens competitivas sustentáveis;

Leia mais

Otimismo desenvolvedoras de softwares

Otimismo desenvolvedoras de softwares Otimismo nas nuvens Ambiente favorável alavanca negócios das empresas desenvolvedoras de softwares, que investem em soluções criativas de mobilidade e computação em nuvem para agilizar e agregar flexibilidade

Leia mais

Balanced Scorecard. by Edmilson J. Rosa

Balanced Scorecard. by Edmilson J. Rosa Balanced Scorecard Balanced Scorecard O Balanced Scorecard, sistema de medição de desempenho das empresas, foi criado por Robert Kaplan e David Norton, professores da Harvard Business School. Tendo como

Leia mais

PHARMACEUTICAL BENEFIT MANAGEMENT PBM

PHARMACEUTICAL BENEFIT MANAGEMENT PBM PHARMACEUTICAL BENEFIT MANAGEMENT PBM CONCEITO, DESCRIÇÃO E ASPECTOS CONTRATUAIS CASTRO PEIXOTO ADVOCACIA PBM - Pharmaceutical Benefit Management Conceito, descrição e aspectos contratuais 1. PBM Conceito

Leia mais

UnG. As cinco funções do administrador são: Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar.

UnG. As cinco funções do administrador são: Planejar, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar. Balanced Scorecard Estratégia Michael Porter difundiu a ideia de que estratégia ou posicionamento estratégico consiste em realizar um conjunto de atividades distinto da dos competidores, que signifique

Leia mais