PATOLOGIAS NOS SISTEMAS DE REVESTIMENTOS DE FACHADAS
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- Ayrton Ventura Peralta
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1 Setembro, 2009 PATOLOGIAS NOS SISTEMAS DE REVESTIMENTOS DE FACHADAS 1
2 O QUE NÃO QUEREMOS: O QUE NÃO QUEREMOS, MESMO!! 2
3 NUNCA!!!! JAMAIS! 3
4 NA MINHA OBRA NÃO! Fonte:FUMEC É CADA UMA... 4
5 JÁ? TÃO CEDO... Considerações Iniciais Especificamente nas fachadas dos edifícios, a Tecnologia de Sistemas de Revestimentos promove uma contribuição SIGNIFICATIVA para se atingir desempenho e durabilidade, uma vez que os métodos tradicionais de execução têm resultado em tantos desgastes, custos e problemas judiciais entre construtores e consumidores. 5
6 SISTEMAS DE REVESTIMENTO Definição Segundo a NBR 13529, Sistema de Revestimento é o Conjunto formado por revestimento de argamassa e acabamento decorativo, compatível com a natureza da base, condições de exposição, acabamento final e desempenho, previstos em projeto. De onde conclui-se que: EM UM SISTEMA DE REVESTIMENTO DE FACHADA DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO TUDO QUE INTERFIRA EM SUA VIDA ÚTIL E DESEMPENHO. SISTEMAS DE REVESTIMENTO Funções Os Sistemas de Revestimentos de Fachadas visam: Embelezar e proteger a edificação das intempéries; Evitar a degradação dos materiais de construção; Promover a segurança e conforto dos usuários. 6
7 SISTEMAS DE REVESTIMENTO A grande incidência de problemas como eflorescências, bolores, destacamento de pastilhas, fissuras, infiltrações e descolamento de pinturas mostra que o segmento da construção civil precisa se preocupar cada vez mais com o sistema de revestimento de uma edificação compatibilizando mão de obra, sistemas construtivos e a tradição, de maneira condizente à Engenharia. SISTEMAS DE REVESTIMENTO Ação das Intempéries Ante a certeza dos fatores externos (gradientes térmicos, chuvas, ventos e deformações mecânicas), o estudo e desenvolvimento de um projeto executivo de fachadas poderá evitar o aparecimento das patologias ou, no mínimo, diminuí-las sensivelmente, aumentando a vida útil dos revestimentos. 7
8 AGENTES EXTERNOS Variações Térmicas Recalques Deformações Mecânicas Ventos Chuvas PATOLOGIAS EM FACHADAS Casos mais freqüentes Queda freqüente de pastilhas e placas cerâmicas; Fissuração mais intensa dos revestimentos, com aumento de permeabilidade; Degradação prematura de pinturas; Descolamento das pinturas; Formação de eflorescências; Descolamento da argamassa de revestimento da alvenaria. 8
9 PATOLOGIAS EM FACHADAS Fatores Determinantes Elevada espessura dos revestimentos externos, em certos casos devido a perda de prumada; Grandes extensões de painéis (sem juntas no revestimento); Maior velocidade imposta à execução dos revestimentos; Uso de altos teores de argila, com conseqüente aumento da fissuração; PATOLOGIAS EM FACHADAS Fatores Determinantes Inexistência de procedimento de cura; Utilização de revestimentos mais pesados e com pedras de maior dimensões; Emprego de Cimentos mais finos; Tonalidade do acabamento. 9
10 PATOLOGIAS - Exemplos PATOLOGIAS - Exemplos 10
11 PATOLOGIAS - Exemplos PATOLOGIAS - Exemplos Aço com corrosão 11
12 PATOLOGIAS - Exemplos? PATOLOGIAS EM FACHADAS Conforme já foi exposto anteriormente, a ocorrência das patologias nas fachadas das edificações são o prenúncio de problemas, também, em seus interiores. Deste modo, os problemas que ocorrem do lado de fora não devem ser vistos apenas como agressões estéticas à vitrine das obras, mas sim como avisos de que outras patologias ou acidentes ocorrerão mais cedo ou mais tarde. 12
13 PATOLOGIAS EM FACHADAS O processo de conceber e detalhar fachadas normalmente não recebe a devida atenção dos empreendedores, construtores e projetistas. Além disso, os projetos de arquitetura, estrutura, alvenaria e esquadrias muitas vezes são desenvolvidos sem a definição do produto final que será aplicado na fachada. PATOLOGIAS EM FACHADAS Assim, podemos afirmar que a falta de consideração de qualquer elemento, mesmo que considerado insignificante, no que diz respeito à qualidade dos materiais, ao projeto e a construção da fachada, afeta certamente, a imagem do edifício e, provavelmente, tornará muito mais difícil sua correção. 13
14 PATOLOGIAS EM FACHADAS De acordo com o observado, pode-se sintetizar as origens para o aparecimento de manifestações patológicas nas edificações da seguinte forma: Materiais: Utilização de componentes (cerâmica, juntas, rejuntes, argamassa de assentamento, cimento, cal, areia e suas misturas) em desacordo com as especificações e recomendações da normalização brasileira, ou, quando da sua inexistência, de normas internacionais e pesquisas já realizadas. PATOLOGIAS EM FACHADAS Projeto: Todos os aspectos ligados à concepção da edificação, desde a falta de coordenação entre projetos, escolha de materiais inadequados, até a negligência quanto a aspectos básicos como o posicionamento de juntas de trabalho e telas de reforço (metálicas ou plásticas). 14
15 PATOLOGIAS EM FACHADAS Produção: Envolve o controle de recebimento dos materiais, preparação das misturas, obediência aos prazos mínimos para a liberação dos serviços e, principalmente, o acompanhamento da execução de todas as camadas do sistema, sobretudo o assentamento das placas cerâmicas. PATOLOGIAS EM FACHADAS Uso: Trata dos fatores ligados à operação durante a vida do componente e, fundamentalmente, às atividades de manutenção requeridas para um desempenho adequado do conjunto com o decorrer dos anos. 15
16 Fatores e agentes intervenientes nos Sistemas de Revestimento de Fachada (SRF) REVESTIMENTO DECORATIVO PROJETOS TINTA / ARG. COLANTE CONSTRUTOR SRF REJUNTE/ SELANTES BASE E SUBSTRATO ESPECIFICAÇÕES MÃO-DE-OBRA FERRAMENTAS PATOLOGIAS Causas???? 16
17 PATOLOGIAS Tipos Congênitas Construtivas Adquiridas Acidentais PATOLOGIAS Causas a) Congênitas : São aquelas originárias rias da fase de projeto, em função da não observância das Normas Técnicas, ou de erros e omissões dos profissionais, que resultam em falhas no detalhamento e concepção inadequada dos revestimentos. São responsáveis por grande parte das avarias registradas em edificações. 17
18 PATOLOGIAS - Congênitas : Ausência de juntas PATOLOGIAS - Congênitas : Estruturas em balanço Lajes inclinadas Variação de volume Fonte : FUMEC 18
19 PATOLOGIAS - Congênitas b) Construtivas : PATOLOGIAS Causas Sua origem está relacionada à fase de execução da obra, resultante do emprego de mão-de-obra despreparada, produtos não certificados e ausência de metodologia para assentamento das peças, o que, segundo pesquisas mundiais, também são responsáveis por grande parte de das anomalias em edificações. 19
20 PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção 20
21 PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção 21
22 PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção 22
23 PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção PATOLOGIAS - Construtivas Fonte:Carasek,
24 PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção 24
25 PATOLOGIAS - Construtivas Fonte: Comunidade da Construção PATOLOGIAS Causas c) Adquiridas : Ocorrem durante a vida útil dos revestimentos, sendo resultado da exposição ao meio em que se inserem, podendo ser naturais, decorrentes da agressividade do meio, ou decorrentes da ação humana, em função de manutenção inadequada ou realização de interferência incorreta nos revestimentos, danificando as camadas e desencadeando um processo patológico. 25
26 PATOLOGIAS - Adquiridas PATOLOGIAS - Adquiridas Fonte: Comunidade da Construção Fonte:Tessele,
27 PATOLOGIAS - Adquiridas Fonte: Comunidade da Construção PATOLOGIAS - Adquiridas Fonte: Comunidade da Construção 27
28 PATOLOGIAS Causas d) Acidentais : Caracterizadas pela ocorrência de algum fenômeno atípico, resultado de uma solicitação incomum, como a ação a da chuva com ventos de intensidade superior ao normal, recalques e, até mesmo incêndio. Sua ação a provoca esforços os de natureza imprevisível, vel, especialmente na camada de base e sobre os rejuntes, quando não atinge até mesmo as peças, provocando movimentações que irão desencadear processos patológicos em cadeia. PATOLOGIAS - Acidentais Fonte: 28
29 E o custo de tudo isso? Fonte de dados do professor Otávio Luiz do Nascimento, com período compreendido entre 1995 e 1999, tendo pesquisado 585 edifícios, indica que: as patologias de fachadas decorriam de problemas de mão de obra; as patologias de fachadas decorriam de problemas de projeto; PATOLOGIAS EM FACHADAS as patologias de fachadas decorriam de problemas da cerâmica; as patologias de fachadas decorriam de problemas da argamassa. Verificou-se, ainda, que o prejuízo financeiro foi da ordem de R$ ,00 (quarenta e sete milhões de reais), o que endossa os pressupostos de estudar detalhadamente este tema. 29
30 PATOLOGIAS EM FACHADAS Na grande maioria das situações não há uma única origem para o surgimento da patologia, ocorrendo uma combinação de fatores cujas influências são variáveis caso a caso; De uma maneira geral, a patologia decorre de falhas ligadas a aspectos como especificação dos materiais, projeto e produção começa a ocorrer pouco tempo após o término da execução do revestimento, chegando no máximo a 5 anos; PATOLOGIAS EM FACHADAS As situações de projeto consideradas mais críticas, e portanto mais sujeitas ao descolamento numa edificação são os panos fechados, ou seja, sem aberturas para janelas ou varandas, trechos em curva, panos situados no lado poente (oeste) e cerâmicas de cor escura; Deficiências como a ausência de juntas de dilatação e falha de preenchimento do tardoz da cerâmica com a argamassa de assentamento têm influência significativa no surgimento do problema; 30
31 PATOLOGIAS EM FACHADAS Observa-se uma correspondência clara entre o processo de assentamento das placas cerâmicas e o grau de preenchimento do seu tardoz com argamassa. Pois é, E em Salvador? Bem...Veja bem... 31
32 Levantamento das Principais Patologias de Revestimentos de Fachada de Edifícios na Cidade de Salvador em Pesquisadores: TRABALHO DE PESQUISA: Lílian Sirlene Rissutti Cirne (Bolsista de iniciação científica - UFBA) Prof a Fabiana Lopes de Oliveira (UFBA) Prof a Tatiana Bittencourt Dumêt (UFBA) Coordenadora: Prof a Tatiana Bittencourt Dumêt (UFBA) LOCAIS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO 32
33 LOCAIS LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO CONCLUSÕES De acordo com esse levantamento pôde-se observar que a maioria das fachadas que apresentam manifestações patológicas é de prédios antigos e em princípio, foi detectada que a causa principal dessas falhas é proveniente da falta de manutenção e não da execução. Os principais problemas registrados foram: Descolamento das pastilhas e das placas cerâmicas; Manchas na pintura (microorganismos); Sujeira; Fissuração; Eflorescências; Destacamento da pintura; Diferenças de tonalidades nas fachadas. 33
34 PESQUISA COM CONSTRUTORAS 10 EMPRESAS Na pesquisa junto às construtoras, verificou-se que apenas duas delas tiveram projeto de revestimento de fachada, sendo que uma não o seguiu integralmente. A realização desse projeto por um profissional especializado ameniza a ocorrência das patologias, como indicou o resultado da pesquisa, pois a obra que o seguiu integralmente, não apresentou manifestações patológicas. PESQUISA COM CONSTRUTORAS 10 EMPRESAS Outro fator importante identificado foi a qualidade de execução do revestimento de fachada. O fato de terceirizar esse serviço não garante a qualidade do mesmo, o que ocorreu em duas das obras analisadas. Uma das construtoras optou por treinar sua própria equipe, promoveu a formação de um encarregado de fachada que recebeu treinamento específico sobre as etapas de execução da fachada e participou da elaboração do plano de ataque e, também, criou a figura do conferencista da fachada que fazia avaliações dos serviços executados após terem sido considerados concluídos pelo encarregado. Após s um ano de serviços concluídos não apareceram solicitações de manutenção pelos clientes. 34
35 PESQUISA COM CONSTRUTORAS 10 EMPRESAS FINALMENTE... Nessa pesquisa, pode-se afirmar que na maioria dos casos patológicos ocorridos nas obras pesquisadas, a causa principal é proveniente da falta de mão-de-obra qualificada ou na falta de projeto executivo que auxilie na fase de revestimento de fachada. Nas empresas que desenvolveram projeto ou que promoveram treinamento para seus funcionários os resultados obtidos foram positivos. ACESSE: s/lnk05/ 04/PesquisaPatologia.pdf COMO EVITAR PATOLOGIAS? Elaboração de Projeto executivo detalhado do Revestimento de Fachada. Atendimento às especificações de projeto; Aquisição e controle dos materiais empregados; Preparação adequada da base; Produção e aplicação adequada da argamassa de revestimento; 35
36 COMO EVITAR PATOLOGIAS? (II) Execução de Controle Tecnológico adequado; Treinamento e conscientização da mão-deobra; Atenção constante do engenheiro da obra. Especificações e Procedimentos da ABNT Muitas das recomendações feitas nos projetos executivos de fachadas vêm das Normas Brasileiras existentes sobre o tema, em especial as seguintes: NBR Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas - Procedimento; NBR Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos Requisitos. CONSULTEM AS NORMAS TÉCNICAS SOBRE O TEMA!!! 36
37 AS FERRAMENTAS... AS FERRAMENTAS... A aplicação da engenharia Experiência, boas práticas 37
38 A MAIOR DELAS... A ENGENHARIA!!!! E QUE ENGENHARIA!!! 38
39 VII SEMANA PENSANDO EM ARGAMASSA OBJETIVO...contribuir para a transformação de práticas construtivas tradicionais em tecnologia aplicada à construção civil e divulgação de melhorias tecnológicas. Até a VIII SEMANA PENSANDO EM ARGAMASSA!!!! OBRIGADO!! 39
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