6 APRENDIZADOS PARA POR CAROLINA DE ANDRADE, GESTORA DO SOCIAL GOOD BRASIL

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "6 APRENDIZADOS PARA POR CAROLINA DE ANDRADE, GESTORA DO SOCIAL GOOD BRASIL"

Amadeu Peralta Desconhecida
6 Há anos
Visualizações:

1 6 APRENDIZADOS PARA s a t u x n e s i a i c o s s p u t r a POR CAROLINA DE ANDRADE, t s GESTORA DO SOCIAL GOOD BRASIL

2 Florianópolis já é uma cidade que desponta no Brasil como uma das principais capitais de empreendedorismo e tecnologia. O ICom (Instituto Comunitário Grande Florianópolis) e o IVA (Instituto Voluntários em Ação) em 2010 já vislumbravam que esta vocação poderia ser aproveitada para a inclusão e impacto social, quando criaram o primeiro Seminário Internacional no tema de tecnologia para transformação social, chamado TiB (Together is Better).

Em 2013 ambas organizações dentro do escopo do programa Social Good Brasil realizaram uma iniciativa única no Brasil de apoio a inovadores com foco em iniciativas de alto impacto social usando a

3 Em 2013 ambas organizações dentro do escopo do programa Social Good Brasil realizaram uma iniciativa única no Brasil de apoio a inovadores com foco em iniciativas de alto impacto social usando a metodologia de Startup enxuta: o Social Good Brasil Lab. O Social Good Brasil Lab tem duração de 4 meses e foca no desenho e teste de uma ideia, operando na fase inicial de desenvolvimento de um negócio, organização ou movimento social.

4 Um dos princípios que permeia a metodologia do Startup enxuta é de aprendizado a partir das hipóteses preconcebidas da iniciativa. E a falha é vista como um sucesso ao provar que alguma hipótese estava equivocada e não será mais erroneamente perseguida. Nós buscamos aplicar esta proposta no Social Good Brasil Lab e aprendemos muito. São nossos aprendizados que servem como dicas para inovadores sociais, mas aqui cito seis marcantes:

5 Inovação na prática não obedece um processo linear 1 Esqueça planejamentos, processos lineares e uma receita de bolo, inovação na prática é cheia de feedbacks e iterações, onde um comportamento e percepção adequados prevalecem a um bom plano. Na prática, ao ouvir os inovadores participantes do lab, nós mudamos o processo que tínhamos inicialmente desenhado algumas vezes, e percebemos que eles não iriam abrir mão da ideias originais antes de explorar absolutamente o que já tinham em mente. Assim, fizemos um processo em que começamos colocando as ideias já concebidas pelos empreendedores num modelo primeiro, para serem testadas e depois para fazer um exercício de criatividade. Ficou claro que o processo se repete algumas vezes dentro dele mesmo, e que cada vez mais o momento mais criativo é aquele após um ou dois testes daquela ideia, quando insights reais do que é possível ou não fazer surgem, quando o usuário dá um feedback interessante, e assim a ficha cai ou lâmpada da ideia ascende!

6 Mas ao começar, o marco zero deve ser um profundo exercício de empatia 2 Tanto na abordagem da Start-up enxuta como do Design-thinking, empatia é fundamental para o sucesso e o mais difícil de criar de fato, uma vez que não basta seguir a técnica, seja qual for, exige de nós sensibilidade, abertura para escutar um novo modo de pensar, ir a fundo nos porques, uma curiosidade incrível com o que o outro diz. Neste momento é necessário entender a dor do seu público-alvo. Bem importante reforçar que isso vale mesmo para o caso de você mesmo ser o público-alvo do seu projeto, pois mesmo assim você precisa validar a experiência e a dor de um grupo maior de públicos-alvo. Também, quanto mais reflito sobre processos de inovação, mais chego a conclusão que a inovação do futuro, ou do campo social, exige um olhar humano, e que neste campo mais abstrato e menos racional e lógico, que iremos criar as inovações do futuro, que não estão prontas nas respostas das pessoas, mas no seu desejo mais profundo. Para inovar de verdade é preciso ter interesse genuíno no ser humano.

7 Crie métricas para validar sua hipótese antes de sair para testar 3 Quem não sabe para onde vai, vai para qualquer lugar serve para muitos contextos. Neste caso, a métrica deve ser definida antes de sair para a rua para testar, no sentido de saber antes quantos não e quantos sim irão apontar o caminho para minha startup. Não é no primeiro sim ou no primeiro não que saberei a resposta. E também a métrica para uma startup é diferente da métrica para outra. Nos materiais do Lab apontamos algumas sugestões bem práticas de como definir sua métrica. Confira nos materiais disponíveis no nosso site. ; )

8 Monitore quanto tempo você leva para criar seu mínimo produto viável (MVP) 4 A cultura de trabalho nos impulsiona a desenhar e planejar muito, fugindo da interação direta com o público-alvo ou usuário da solução que queremos propor. Ou seja, ficamos no escritório em vez de ir para a rua. A tendência em geral é investirmos muito tempo neste desenho que facilmente depois pode ser alterado com o feedback do usuário e um desenho que levou tempo para ser feito é mais difícil de alterar, criamos um certo apego a ele e queremos garantir que algum investimento feito seja aproveitado e aí está nossa armadilha. Por isso, faça protótipos rápidos, não se permita uma dedicação longa neles, se isso acontecer, sinal vermelho!

9 Saiba a diferença entre pivotar" e mudar de ideia constantemente 5 Na prática da Start-up enxuta o pivot acontece após o empreendedor fazer algumas validações interessantes da sua solução, em que o público-alvo aponta uma nova direção, que deve ser testada. Mas tome muito cuidado para não derrubar absolutamente sua ideia e começar outra diferente do zero. O Pivot é uma volta ao redor da ideia original, uma mudança de angulo, salvo exceções. A mudança de ideia constante não te permite construir em cima dos aprendizados, mas sempre começar do zero, e aí você se sente não saindo do lugar.

10 Tão boa quanto uma ideia é implementá-la 6 Se existe uma receita de bolo para todo este processo, é de alinhar-se com um novo modelo mental em que vamos a rua, testamos, fazemos. Sem me repetir, queria deixar esta mensagem final, que tanto as metodologias da startup enxuta como design-thinking são baseadas em novos modelos mentais que nos provocam a uma nova cultura de trabalho, em que somos menos perfeccionistas no seu sentido negativo da palavra, e somos mais ativos, pioneiros, mão-na-massa. Os insights que um teste te possibilita é um salto de compreensão sobre sua solução. E melhor que uma ideia brilhante, super cool é uma ideia que funciona, que arrasta multidões, que dá certo, é usada pelas pessoas de fato, e no nosso caso que tenha impacto social e contribua com a solução dos nossos problemas.

11 Saiba mais sobre o Social Good Brasil Lab: Social Good Brasil Lab

12 INICIATIVA PARCEIROS MASTER PARCEIRO DE COREALIZAÇÃO DO SGB LAB PARCEIROS INTERNACIONAIS

Documentos relacionados

CAMINHO. empreendedor

CAMINHO. empreendedor INTELIGÊNCIA EM EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA. A SEMENTE DESENHA E EXECUTA PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DE EMPREENDEDORES. ACREDITAMOS QUE UM BOM PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO É RELEVANTE PARA O EMPREENDEDOR INOVADOR