VIII - HIDROGEOLOGIA. Hidrostratigrafia

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1 VIII - HIDROGEOLOGIA Hidrostratigrafia Sob o ponto de vista hidrogeológico, a região abrangida pela folha 27-A (Vila Nova de Ourém) é dominada por uma unidade central, correspondente ao Maciço Calcário Estremenho, que ocupa a maior parte da área coberta por aquela folha. Esta unidade confina com outras três zonas com características próprias (ZBYSZEWSKI et al., 1974): Bordadura meso-cenozóica do NW do referido maciço A NE a Bacia Cretácica de Vila Nova de Ourém A SE o bordo ocidental da bacia terciária do Tejo Exceptuando alguns filões e massas eruptivas com desenvolvimento reduzido e praticamente sem interesse hidrogeológico, todas estas áreas são constituídas por terrenos sedimentares de idade mesozóica e ceno-antropozóica. O Complexo pelítico carbonatado evaporítico de Dagorda (Margas de Dagorda) constitui um substrato praticamente impermeável, podendo no entanto ter implicações hidrogeológicas importantes, já que podem constituir uma origem de contaminação natural, visto incluir massas de rochas evaporíticas (gesso e sal-gema) muito solúveis. Os Dolomitos em plaquetas, devido à reduzida expressão dos seus afloramentos, também não oferecem perspectivas de aproveitamento hidrogeológico. Os dolomitos do Sinemuriano (Camadas de Coimbra) e os calcários da base da formação Calcários margosos e margas da Fórnea, embora ocorram em faixas estreitas, apresentam-se carsificados e podem constituir um aquífero confinado entre as margas da Dagorda e os termos superiores da referida formação, estando relacionados com algumas das nascentes do rio Lena. Com excepção de alguns níveis calcários, onde ocorrem pequenas nascentes, os Calcários margosos e margas da Fórnea e termos inferiores das Margas e Calcários margosos de Zambujal não apresentam interesse hidrogeológico. Os termos superiores das Margas e Calcários margosos de Zambujal e as rochas do Bajociano, Batoniano e Caloviano são as formações mais importantes sob o ponto de vista hidrogeológico, 116

2 constituindo o suporte do sistema aquífero do Maciço Calcário Estremenho, referido adiante. A importância hidrogeológica das Camadas de Cabaços e de Montejunto, que são ainda constituídas por rochas carsificáveis, diminui para o topo, devido ao aumento dos níveis margosos. As formações detríticas do Malm (Camadas de Alcobaça e Argilas e arenitos de Bombarral), devido à sua forte componente argilosa, não oferecem interesse hidrogeológico. Os dados disponíveis de caudais obtidos durante os ensaios, aquando da construção dos furos, situam- -se entre 0,3 e 3,3 l/s. A série detrítica cretácica (Conglomerados da Caranguejeira) constitui uma das formações mais interessantes pela sua produtividade e qualidade das suas águas. Tanto o complexo carbonatado cretácico (Calcários margosos de Ourém e Batalha) como as formações sobrejacentes, Conglomerados e tufos vulcânicos de Nazaré e Arenitos de Monsanto, têm interesse hidrogeológico reduzido. Os Arenitos de Ota e os Calcários de Santarém e Almoster são formações com interesse hidrogeológico, fazendo parte do sistema aquífero do Tejo-Sado/margem direita. Os Arenitos de Alburitel podem constituir um aquífero livre ou aquitardo, sendo a produtividade fraca. Os Arenitos de Assentiz e de Batalha têm interesse hidrogeológico, fazendo parte do sistema aquífero de Alpedriz. Os Depósitos de Terraços e Aluviões têm extensão e espessura relativamente reduzidas, pelo que são explorados por poços com produtividade modesta. Nas aluviões do Rio Lena, a S de Porto de Mós, foram realizados 4 furos de pesquisa, com profundidades entre 9 m e 32 m. Dois deles foram abandonados por improdutividade e os outros dois, com 9,4 m e 31,2 m de profundidade, forneceram caudais de 7,8 l/s e 1 l/s, respectivamente (ZBYSZEWSKI et al., 1974). Sistemas aquíferos As diversas formações ocorrentes podem ser agrupadas, em função da sua produtividade, em: Formações muito produtivas Formações de produtividade média Formações pouco produtivas 117

3 No primeiro grupo, apenas se incluem os calcários do Dogger que constituem o Maciço Calcário Estremenho. No segundo grupo, podemos inserir as formações carbonatadas e detríticas do Cretácico, formações detríticas do Miocénico e Plio- -Quaternário. Estas formações podem produzir caudais relativamente elevados, embora a maioria das captações forneça caudais médios (medianas entre 2 e 5 l/s). Nas formações pouco produtivas, incluímos os arenitos do Jurássico superior, as formações do Paleogénico e as formações margosas do Liásico, compreendendo as margas de Dagorda. Quando as formações com produtividade média ou alta mostram continuidade e extensão razoáveis, é possível considerar algumas manchas como sistemas aquíferos, unidades estas que apresentam um funcionamento hidrogeológico mais ou menos independente, podendo ser constituídas por um ou mais aquíferos sobrepostos, mas de algum modo interrelacionados. Assim, a área coberta pela folha 27-A inclui parte dos seguintes sistemas aquíferos (ALMEIDA et al., 1996): Sistema aquífero de Alpedriz Sistema aquífero de Ourém Sistema aquífero de Tejo-Sado/margem direita Sistema aquífero do Maciço Calcário Estremenho Sistema aquífero do Maciço Calcário Estremenho Características gerais Este sistema ocupa uma grande parte da área coberta pela folha 27-A, estendendo-se para além dos limites da carta, estando representado ainda nas folhas 23-C, 26-B, 26-D e 27-C. Os limites do Sistema não correspondem totalmente aos da unidade geomorfológica, designada por Maciço Calcário Estremenho, pois a circulação subterrânea estende-se para lá dos limites deste maciço. A área total coberta é de cerca de 800 km 2. Este sistema é muito complexo, apresentando um comportamento típico de aquífero cársico, caracterizado pela existência de um número reduzido de nascentes perenes e várias nascentes temporárias com 118

4 caudais elevados, mas com variações muito acentuadas ao longo do tempo. É constituído por vários subsistemas cuja delimitação coincide, aproximadamente, com grandes unidades morfoestruturais que dividem o Maciço Calcário Estremenho. Cada um desses subsistemas está relacionado com uma nascente cársica perene e, por vezes, com várias nascentes temporárias que descarregam apenas em períodos de ponta. A delimitação das áreas de alimentação de cada nascente apresenta grandes dificuldades, devido ao padrão altamente complexo do escoamento em meios cársicos. Como acontece nos maciços cársicos desenvolvidos, muitos dos furos para captação de água apresentam-se pouco produtivos ou mesmo improdutivos, dado que a água circula essencialmente através de galerias cársicas, por vezes de grande capacidade, inseridas em maciços rochosos de permeabilidade muito mais baixa. Esta dificuldade de captar água neste tipo de meios é bem demonstrada no Maciço Calcário Estremenho, onde os dados referentes a sondagens realizadas no seu interior, embora escassos, indicam caudais em geral fracos ou nulos. Assim, na área coberta pela folha 27-A, 8 furos produziram caudais entre, 0,3 e 5 l/s, situando-se os valores mais frequentes (entre o primeiro e o terceiro quartil) entre 0,9 e 2,6 l/s. Deve notar-se, todavia, que não se inclui nesta caracterização os furos improdutivos, dado não se dispor dessa informação. As captações com mais sucesso localizam-se perto das principais áreas de descarga ou quando é possível intersectar algum eixo principal de circulação subterrânea. O grau de organização da drenagem subterrânea do maciço pode ser avaliado pelo facto de esta ser efectuada apenas por quatro nascentes perenes importantes (Alviela, Almonda, Lis e Chiqueda) e algumas temporárias. A drenagem superficial é praticamente inexistente. As restantes nascentes, que ocorrem no maciço, podem ser agrupadas em dois tipos principais: a) nascentes temporárias com carácter marcadamente cársico, isto é, apresentando importantes variações de caudal, podendo este ser muito elevado; situadas perto do contacto com rochas menos permeáveis, nos bordos do sistema ou no seu interior; b) nascentes com caudal reduzido, temporárias ou permanentes, relacionadas com o epicarso ou com pequenos aquíferos suspensos em rochas calcárias com menor potencial de carsificação, por exemplo, do Jurássico superior, ou com depósitos detríticos. 119

5 CRISPIM (1995) apresenta um inventário bastante completo das nascentes do Maciço Calcário Estremenho, totalizando 120. A posição das nascentes mais importantes condiciona as principais direcções e sentidos de fluxo. Na figura seguinte, extraída de CRISPIM (1995), mostram-se os aspectos essenciais da drenagem subterrânea. Uma parte das conclusões, que foi possível obter, deve-se a resultados de traçagens, a outra é deduzida com base nas características geológicas, estruturais e geomorfológicas. A definição rigorosa das linhas divisórias de águas subterrâneas é razoavelmente conhecida nalgumas áreas, em outras, estará sujeita a confirmação, à medida que forem obtidos mais dados. Fig Esquema mostrando algumas direcções de fluxo em volta das depressões de Alvados e Minde (CRISPIM, 1995). Legenda: 1- Contactos geológicos: (a) entre rochas com diferentes graus de carsificação, (b) entre rochas carsificáveis e impermeáveis; 2 - Zonas de divergência de escoamento; 3 - Áreas com circulação organizada: (a) faixas monoclinais, (b) faixas dobradas; 4 - Áreas com circulação concentrada: (a) corredores NNW a NNE, (b) barreira parcial, (c) barreira total; 5 - Zonas de emergência: (a) contacto semipermeável, (b) contacto impermeável. 120

6 Tendo em conta os vários aspectos hidrogeológicos, geomorfológicos e estruturais, podemos considerar, sob o ponto de vista hidrogeológico, os seguintes sectores: - Serra de Candeeiros e Plataforma de Aljubarrota - Planalto de Santo António - Planalto de S. Mamede e Serra de Aire - Depressões de Mendiga, Alvados e Minde Serras de Porto de Mós e Candeeiros e Plataforma de Aljubarrota A drenagem deste sector faz-se a oeste, através das nascentes de Chiqueda, e a sul, pelas nascentes situadas próximo de Rio Maior, pelo que a Serra de Porto de Mós é, provavelmente, drenada pelas nascentes de Chiqueda. Planalto de Santo António O Planalto de Santo António alimenta a nascente mais importante do sistema: a dos Olhos de Água do Alviela, já situada na área coberta pela folha 27-C. A área de alimentação desta nascente deverá incluir a quase totalidade do planalto, que apresenta declive geral para sul, o qual coincide igualmente com o pendor das camadas calcárias. Na região sudoeste, as falhas NW-SE mostram-se frequentemente injectadas por filões de rochas básicas, devendo funcionar como barreiras hidráulicas, totais ou parciais, que tenderão a impedir o escoamento para sul e a desviá-lo no sentido da nascente dos Olhos de Água. O remanescente dessa circulação mais meridional é drenado por várias nascentes situadas no bordo sul, perto do contacto com os terrenos menos permeáveis, entre as quais as do Olho da Mata, Olho da Coutada de Cima e Olho da Mari'Paula (nascente de Vila Moreira). Uma pequena área a noroeste do planalto, incluindo a depressão cársica de Chão das Pias, é drenada pelas nascentes do Lena, das quais apenas uma, Olho de Água da Ribeira de Cima, tem carácter permanente, sendo as restantes (Nascente do Cabeço da Pedra e Nascente da Tapada da Freira, entre outras) temporárias. Esta ligação ficou provada através de traçagens, tendo como ponto de injecção o 121

7 Algar da Arroteia, situado no bordo da referida depressão. Uma parte da circulação é ainda descarregada pelas nascentes temporárias, situadas na Fórnea de Alvados, das quais a mais importante é a Cova da Velha. Demonstrou-se, por traçagens, que tanto a nascente de Vila Moreira como a dos Olhos de Água do Alviela recebem uma contribuição proveniente do Polje de Minde. De facto, as referidas traçagens patentearam a existência de uma ligação muito rápida entre sumidouros situados no fundo da depressão, perto de Minde, e as referidas nascentes, tendo sido o traçador recuperado fundamentalmente em Vila Moreira, mas verificando-se uma deflexão significativa para os Olhos de Água do Alviela. Presumivelmente, nos períodos em que a nascente de Vila Moreira permanece inactiva, toda a drenagem se faz para os Olhos de Água do Alviela. Traçadores injectados também no fundo do Polje de Minde, noutros sumidouros, provaram uma ligação com a nascente do Rio Almonda. Isto significa que o Polje de Minde coincide com uma zona de divergência de fluxo, nas direcções NE e SE. É possível que o padrão de drenagem mude em função dos níveis piezométricos, isto é, ao longo do ano hidrológico. É de sublinhar a importância das referidas ligações pelas implicações que podem ter em termos de contaminação. De facto, a introdução de substâncias contaminantes, de forma acidental ou deliberada, implica a rápida contaminação das nascentes referidas. Acontece que a área terminal da depressão de Minde se encontra bastante degradada, sendo utilizada para depositar rejeitos sólidos e líquidos. Planalto de S. Mamede e Serra de Aire Este extenso planalto é drenado essencialmente pelas nascentes dos rios Lis e Almonda. A nascente do Almonda, designada originalmente por Olho do Moinho da Fonte, é a mais importante. Encontra-se localizada no contacto do maciço calcário com os terrenos menos permeáveis da Bacia do Tejo e o seu caudal aproxima-se bastante do dos Olhos de Água do Alviela. Embora ainda não se disponha de séries suficientemente extensas para tirar conclusões seguras, estima-se que a descarga anual se situe entre 80 e 100 hm 3/ ano (ALMEIDA et al., 1996). De entre as nascentes temporárias com o mesmo condicionamento estrutural da do Almonda, são de referir as nascentes de Rexaldia e 122

8 Fungalvaz. Além das de Fungalvaz, outras, situadas a sudoeste de Fátima, nos calcários margosos do Malm, drenam para a Ribeira da Bezelga. No bordo noroeste do Planalto de S. Mamede, entre Reguengo do Fetal e Porto de Mós, são também conhecidas nascentes cársicas temporárias, relacionadas, quer com a drenagem nos calcários do Dogger (por exemplo o Buraco Roto, em Reguengo do Fetal) quer com circulações que atravessam as formações do Jurássico superior (Fonte dos Marcos, Rio Seco). Depressões de Mendiga, Alvados e Minde A sul do Poije da Mendiga e da área coberta pela folha 27-A, existem várias nascentes temporárias de pequeno caudal que brotam no fundo dos vales que entalham as formações do Jurássico superior, e são nalguns casos condicionadas por falhas. O Olho de Água de Alcobertas é a única nascente perene; as mais importantes das temporárias situam-se na Mata do Rei e no Xartinho. O Planalto de S. Mamede encontra-se separado do Planalto de Santo António por um corredor deprimido, relacionado com fossas tectónicas, onde se instalaram as depressões cársicas de Alvados (Polje de Alvados) e Minde (Polje de Minde). Estas depressões constituem uma área de descarga, embora de importância relativamente reduzida, do Planalto de S. Mamede e do Planalto de Santo António. As descargas relacionadas com o Planalto de Santo António já foram referidas (Cova da Velha, na Fórnea de Alvados, e outras) e são menos importantes. No Polje de Alvados, a nascente a destacar é a Falsa, na base da escarpa conhecida por Pena da Falsa, mas ao longo do Vale do Alcaide conhecem-se várias outras que drenam o fundo do polje ou áreas do Planalto de S. Mamede (Fonte de Avelar, Catadouro, Rio Alcaide e Várzea de Santo António). No Polje de Minde, conhecem-se quatro nascentes temporárias: o Olho de Mira, Poio, Contenda e Regatinho. Todas elas estão relacionadas com redes de galerias a considerar. O Olho de Mira foi há muitos anos atrás usado para abastecimento industrial e, posteriormente, para abastecimento público, situação que se prolonga até ao 123

9 presente. A exploração inicial consistia apenas em bombear água a partir da galeria natural, o que implicava frequentes deslocações do grupo de bombagem, acompanhando as descidas e subidas de nível. Posteriormente foi construído um poço com o objectivo de alcançar a galeria natural, o que só foi conseguido após a edificação de uma galeria que estabeleceu a ligação (PARADELA, 1983; PARADELA & ZBYSZEWSKI, 1971). O sistema de extracção ali instalado tem capacidade para bombear um caudal de 70 l/s com carácter permanente (ZBYSZEWSKI et al., 1974). Já foi referida a presença de vários sumidouros na parte terminal do polje, perto de Minde, que efectuam a drenagem do polje para as nascentes do Almonda, de Vila Moreira ou do Alviela. A maioria das águas deste sistema tem mineralização total mediana, sendo moderadamente duras a muito duras, de fácies bicarbonatada cálcica (Fig. 14). As estatísticas foram calculadas com base em análises de nascentes referentes a um período compreendido entre 1988 e 1991 (Quadro II). Sob o ponto de vista químico, podem ser consideradas águas de boa qualidade para abastecimento, pois não se verifica nenhum caso Fig Diagrama de Piper, relativo às águas do Sistema do Maciço Calcário Estremenho. 124

10 QUADRO II Principais estatísticas relativas às águas do Sistema do Maciço Calcário Estremenho Média Desvio padrão Mínimo Q 1 Mediana Q 3 Máximo Cond ph 7,3 0,2 6,8 7,2 7,4 7,4 7,7 HCO Cl 23,6 21,4 12,8 14,9 16,3 21,7 156,9 SO 4 5,7 3,4 0,3 3,1 5,7 7,1 18,4 Na 12,5 18,8 4,3 6,1 6,7 9,7 101,3 K 0,9 0,5 0,1 0,7 0,9 1,1 2,7 Ca 61,1 19, ,4 65,6 74,4 99,2 Mg 13,8 9,5 0 6, ,3 38,5 de violação dos VMA, situando-se a maioria dos parâmetros abaixo dos respectivos VMR. No entanto, dada a vulnerabilidade deste tipo de aquífero podem ocorrer contaminações súbitas de diversos tipos, sendo conhecidos casos pontuais de excesso de gorduras, hidrocarbonetos, metais pesados, etc. Do ponto de vista bacteriológico, a qualidade pode-se considerar deficiente, pois ocorrem frequentemente valores muito superiores aos admissíveis, nomeadamente de coliformes fecais e totais, estreptococos e, mesmo, salmonelas, certamente relacionados com as deficientes condições de saneamento básico no interior do Maciço (CRISPIM & ROMARIZ, 1990). A maioria das águas (95,3 %) pertence à classe C 2 S 1, pelo que representam um perigo de salinização médio e um perigo de alcalinização baixo. As restantes pertencem à classe C 3 S 1. Os parâmetros físico-químicos cumprem todos os VMA e VMR, excepto o cloreto, em duas amostras, que se situa acima do último daqueles limites. Balanço hídrico A precipitação média anual nesta região é da ordem dos 1000 a 1500 mm/ano. Considerando que, da área total do sistema, 800 km 2, 125

11 uma parte é constituída por rochas com menor aptidão aquífera e menor capacidade de infiltração, é provável que os recursos hídricos médios, renováveis, sejam da ordem dos 300 hm 3 /ano a 350 hm 3 /ano. O total escoado através das três nascentes principais, Alviela, Almonda e Fontes (Lis), é estimado em cerca de 275 hm 3 /ano (ALMEIDA et al., 1995), correspondendo ao Lis 60 a 70 hm 3 /ano. Considerando como válido o valor acima indicado para as entradas, as restantes nascentes debitarão entre 25 e 75 hm 3 /ano, ou seja, entre 10 % e 20 % do total. Alguns autores admitem a possibilidade de existirem, ainda, saídas ocultas para os aquíferos da Bacia do Tejo. No entanto, a haver essas saídas, seriam difíceis de estimar, no estado actual de conhecimentos. Sistema Aquífero de Ourém A área abrangida pela Carta 27-A inclui a terminação sul de um sistema aquífero relativamente importante, designado Sistema Aquífero de Ourém, que ocupa uma área de cerca de 320 km 2. O Complexo Detrítico Cretádco constitui a unidade aquífera principal deste sistema. No entanto, os depósitos detríticos mio-plio-quaternários e os calcários do Cenomaniano superior podem ser também explorados, isoladamente ou em conjunto com os arenitos cretácicos. O Complexo Detrítico Cretácico apresenta um comportamento hidrogeológico muito diversificado, conforme a posição e o grau de permeabilidade das várias formações (variação da composição litológica), podendo dar alguns níveis aquíferos importantes. Constitui, no seu conjunto, um aquífero poroso estratificado ou multicamada. Os aquíferos formam-se em níveis cascalhentos, na dependência dos níveis argilosos, podendo ser confinados ou semiconfinados. Na região de Ourém, apresenta uma espessura na ordem dos 75 m. No vale da Rib.ª de Ceissa, o primeiro nível aquífero surge a cerca de 20 m de profundidade, associado a um nível de seixo fino e médio. As zonas mais produtivas correspondem a furos instalados nos depósitos detríticos, nas proximidades dos canais de escoamento das principais ribeiras. A maioria destas captações apresenta artesianismo, por vezes repuxante. Na povoação de Caxarias, situada 7 km a NE de Ourém, esse artesianismo existe em inúmeras captações, com caudais que podem atingir 5 l/s (PARALTA & SILVA, 1998). 126

12 A partir de 34 registos de bombagem, efectuados para a Câmara Municipal de Ourém, verifica-se que os caudais oscilam entre 2 e 25 l/s com valor médio de 9,5 l/s. O caudal especifico médio é de 0,8 l/s.m. Os casos de insucesso das captações são raros nesta região. Os valores de transmissividade, obtidos em ensaios de bombeamento para o aquífero cretácico, variam entre 35 e 772 m 2 /dia. Valores T, estimados a partir de valores de caudal especifico, variam entre 3 e 527 m 2 /dia com média de 47 m 2 /dia. Os valores de coeficiente de armazenamento, aplicando o método de Theis a dois ensaios de bombeamento com piezómetro, na região norte da Bacia de Ourém, foram de 4, e 7, Os Calcários Margosos de Ourém e Batalha (Cenomaniano) não apresentam grande interesse como aquífero, quer para rega quer para consumo humano. As captações sob a forma de poços foram progressivamente abandonadas e localizam-se em zonas de difícil acesso. O comportamento hidráulico é mal conhecido. Na base desta formação no contacto com os conglomerados da Caranguejeira, ocorrem várias nascentes difusas. No castelo de Ourém, à cota de 300 m ocorre uma pequena nascente com caudal permanente (Nascente Gótica). As águas são bicarbonatadas-cálcicas, duras, de condutividade média e reacção ligeiramente alcalina. Registou-se um valor de 20 mg/l de nitratos. A formação dos Arenitos de Alburitel cobre o topo dos principais planaltos da região de Ourém, sobrepondo-se aos calcários cenomanianos Em termos hidráulicos correspondem a terrenos porosos de média e baixa permeabilidades, com comportamento geral de aquífero livre, embora localmente possam ser aquitardos. As produtividades são baixas com valores médios entre 0,2 e 0,3 l/s. A fácies hidroquímica das águas, provenientes dos poços, é bicarbonatada-cálcica, muito dura (DT > 250 mg/l de CaCO 3, podendo apresentar pontualmente elevados índices de contaminação por nitratos, devido a reduzida profundidade do nível freático. A principal finalidade das captações deste aquífero local é a rega de pequenas parcelas agricultadas. Neste sentido a água é adequada ao fim a que se destina, à excepção de culturas muito sensíveis à salinidade. Em termos hidroquímicos, as águas do sistema podem ser classificadas como essencialmente cloretadas-sódicas, sódico-cálcicas e sódico-magnesianas (Fig. 15). São águas hipossalinas (Rs<100 mg/l), 127

13 Fig Diagrama de Piper, relativo às águas do Sistema de Ourém. hipotermais, com ph inferior a 7 e, por vezes, com elevado teor relativo em sílica, como seria de esperar em águas provenientes de formações essencialmente psamíticas. O estado de equilíbrio, relativamente ao quartzo, varia entre a subsaturação e a sobressaturação e, relativamente à calcite, é de subsaturação em todas as 29 amostras analisadas. No que diz respeito à qualidade da água para consumo humano, a proveniente das captações é de boa qualidade, segundo o Dec.-Lei 236/98, com teores médios de nitrato e fluoreto de 9 e 0,4 mg/l respectivamente. As características hidroquímicas, a ausência de contaminação antrópica e a relativa estabilidade dos parâmetros que caracterizam a água subterrânea desta região levaram recentemente à qualificação, como água de nascente, de uma ocorrência nas vizinhanças de Ourém. A água captada em poços pouco profundos apresenta já alguma contaminação, nomeadamente de nitratos. Quanto à qualidade para uso agrícola, as águas do sistema correspondem maioritariamente à classe C 1 S 1, pelo que o perigo de salinização e alcalinização dos solos é baixo. 128

14 Balanço hídrico Na sua generalidade, a alimentação do sistema aquífero faz-se por recarga directa, sendo a área de alimentação principal as regiões altas situadas a N e NW e, eventualmente, alguma recarga advinda das formações turonianas, como é o caso da região do Olival (PARALTA et al., 1999). Este autor, considerando uma taxa de recarga situada entre 10% e 15% da precipitação média, estima para os recursos hídricos subterrâneos renováveis um valor entre 20,1 e 30,2 hm 3 /ano. Este valor corresponderia apenas à área de afloramento dos arenitos cretácicos. Segundo dados da Compagnie Général des Eaux (Portugal), concessionária da gestão e distribuição de água no concelho de Ourém, o volume total de extracções para abastecimento público, em 1997, cifrou-se em 2,2 hm 3. Desconhece-se o total extraído pelas captações particulares, para usos domésticos, industriais e regadio. No entanto, dadas as características da região, é provável que não ultrapasse muito aquele valor. A descarga natural deverá verificar-se na região oriental, de acordo com o padrão da superfície piezométrica. Admitindo como valor de recarga 20 hm 3 /ano e 4 hm 3 /ano as extracções, as descargas naturais corresponderiam a 16 hm 3 /ano, ou seja, mais de 500 l/s, valor que parece excessivo. A ser assim, as estimativas de recarga, mesmo as mais conservadoras, estariam provavelmente sobreavaliadas. Sistema Aquífero de Alpedriz Esta unidade corresponde em grande parte à estrutura geológica denominada Sinclinal de Alpedriz-Porto de Carro (LAUVERJAT, 1982) e aos afloramentos de arenitos do Cretácico inferior, aqui denominados por Complexo Gresoso de Cós-Juncal, que o enquadram a sul e sudeste. O referido sinclinal apresenta uma forma aproximadamente elíptica, alongada segundo a direcção NE-SW. Apenas uma pequena fracção deste sistema se situa na área coberta pela folha 27-A, no sector NW da mesma, estendendo-se a maior parte pela folha 26-B. O complexo detrítico cretácico constitui a principal unidade aquífera, sendo formado por arenitos argilosos, mais ou menos grosseiros, 129

15 com passagens conglomeráticas e lentículas argilosas, podendo atingir uma espessura da ordem dos 250 m. O substrato, sobre o qual assenta discordantemente, é composto, na sua maior parte, por formações do Jurássico superior. Sobre o complexo detrítico assenta uma sequência predominantemente carbonatada, datada do Cenomaniano. Esta sequência é representada por margas, arenitos, calcários detríticos, calcários margosos, calcários compactos, etc., atingindo uma espessura que pode ultrapassar meia centena de metros. As formações cretácicas são cobertas no núcleo do sinclinal por uma sucessão de formações terciárias. Tanto estas como as cretácicas são cobertas irregularmente por depósitos pliocénicos e quaternários. Trata-se de um sistema multicamada que ocupa uma área de cerca de 107 km 2, confinado na sua maior extensão. Em certos locais, as captações apresentavam artesianismo repuxante, na época da construção. A distribuição espacial dos caudais de exploração apresenta- -se irregular. As camadas captadas são fundamentalmente as dos arenitos cretácicos, embora algumas captações interceptem exclusivamente as camadas carbonatadas do cretácico sobrejacente aos arenitos ou as duas formações conjuntamente. Existe ainda um pequeno número de captações implantadas no Terciário, interceptando quer os depósitos do Eocénico-Oligocénico quer do Miocénico (Complexo greso-argiloso de Alpedriz). O comprimento das sondagens oscila entre poucas dezenas de metros e próximo de 250 m. Nas melhores captações é possível obter caudais superiores a 10 l/s, por exemplo na região de Calvaria, mas na maioria dos casos os caudais são francamente inferiores. De facto, num conjunto de 34 dados, os valores centrais (entre o primeiro e o terceiro quartil) situam- -se entre 1,7 e 3,7 l/s, com mediana igual a 2,2 l/s. A transmissividade, apenas para o complexo arenítico cretácico, estimada a partir de 16 caudais específicos, situa-se entre 4 e 156 m 2 /dia, sendo a média e mediana, respectivamente, 39 e 23 m 2 /dia. A maioria das águas deste sistema tem mineralização total moderada, dureza baixa, fácies cloretada-sódica ou bicarbonatada- -cálcica. A partir dos dados disponíveis podem-se considerar as águas deste sistema como de boa qualidade para consumo humano, pois apenas o 130

16 Ferro apresenta valores acima do VMA. Quanto aos restantes parâmetros, verifica-se que apenas os cloretos, sódio e ph não cumprem os VMR. Sublinhe-se os baixos teores de nitrato. Água de boa qualidade para uso agrícola. Metade das águas analisadas pertencem à classe C 1 S 1, pelo que representam um perigo baixo de salinização e alcalinização dos solos. As restantes distribuem-se pelas classes C 2 S 1, (30 %), C 3 S 1, e C 3 S 2 (1 % cada). Balanço hídrico Na sua generalidade, a alimentação do sistema aquífero faz-se por recarga directa, situando-se a área de alimentação da formação aquífera principal, o Complexo Gresoso, fundamentalmente a sul e sudoeste, correspondendo aos maiores afloramentos daquela formação, e a área de recarga das formações aquíferas menos importantes, na área restante. Os recursos relativos ao total da área coberta pela formação aquífera principal deverão rondar os 2 hm 3 /ano. As extracções para abastecimento público, centradas em duas regiões, Casais de Matos e Pinheiros, aproximam-se de 2 hm 3 /ano. Sistema Aquífero da Bacia do Tejo-Sado Os terrenos da Bacia terciária do Tejo, que afloram a SE do maciço calcário, fazem parte de um grande sistema hidrogeológico, o Sistema Aquífero da Bacia do Tejo-Sado. As formações aquíferas principais deste sistema, na margem direita do Tejo, são os Arenitos da Ota e os Calcários de Santarém e não se dispõe de informação suficiente para fazer uma caracterização sumária dos principais traços da hidrogeologia da área coberta pela folha 27-A, pelo que apenas se pode referir que três furos que cortaram os calcários, forneceram caudais entre 10 e 20 l/s, com caudais específicos entre 1,16 e 1,92 l/s.m. As transmissidades estimadas a partir dos caudais específicos situam-se entre 100 e 200 m 2 dia. 131

17 Bibliografia do Capítulo Hidrogeologia (p ) ALMEIDA, C.; SILVA, M. L. & CRISPIM, J. A. (1996) - COST 65 - National Report for Portugal. Hydrogeological Aspects of Groundwater Protection in Karstic Areas, Final Report, EUR EN, pp CRISPIM, J. A. (1995) - Dinâmica Cársica e Implicações Ambientais nas Depressões de Alvados e Minde. Dissertação Apresentada à Universidade de Lisboa para obtenção do Grau de Doutor em Geologia, Especialidade geologia do Ambiente, Lisboa, Departamento de Geologia, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, 394 p. CRISPIM, J. A. & ROMARIZ, M. A. (1990) - Nota Preliminar sobre a Contaminação Bacteriológica de Algumas Nascentes do Maciço Calcário Estremenho. Lisboa, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, GEOLIS, Vol. IV, Fasc. 1 e 2, pp LAUVERJAT, J. (1982) - Le Crétacé Supérieur dans le Nord du Bassin Occidental Portugais. Thèse de Doctorat d'état, Université Pierre et Marie Curie (Paris VI), Paris. MANUPPELLA, G. & BALACÓ, J. C. (1974) - Calcários e Dolomitos da Serra dos Candeeiros 1ª Parte. Lisboa, Direcção-Geral de Geologia e Minas, Estudos Notas e Trabalhos do Serviço de Fomento Mineiro, Vol. XXIII, Fasc. 1-2, pp (1975) - Panorama dos Calcários Jurássicos Portugueses. Serviços Geológicos de Portugal, Boletim de Minas, Lisboa, Vol. 12, nº 4, pp MANUPPELLA, G.; BALACÓ, J. C.; GRAÇA E COSTA, J. R. & CRISPIM, J. A. (1985) Calcários e Dolomitos do Maciço Calcário Estremenho. Lisboa, Direcção-Geral de Geologia e Minas, Estudos Notas e Trabalhos do Serviço de Fomento Mineiro, Tomo 27, pp

18 MANUPPELLA, G.; RAMALHO, J.; ANTUNES, M. & BALACÓ, J. C. (1988) Calcários Ornamentais do Maciço Calcário Estremenho. Lisboa, Direcção-Geral de Geologia e Minas, Estudos Notas e Trabalhos do Serviço de Fomento Mineiro, Tomo 30, pp PARADELA, P. L. (1983) - Localização Geofísica do Algar "Olho de Água " (Mira d'aire) a Partir de uma Galeria em Fundo de Poço. Lisboa, Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos, Seminários sobre Hidrogeologia de Rochas Compactas Fissuradas, 28 p. PARADELA, P. L. & ZBYSZEWSKI, G. (1971) - Hidrogeologia Geral do Centro e Sul de Portugal. Lisboa, Direcção-Geral de Geologia e Minas e Serviços Geológicos de Portugal, l Congresso Hispano- -Luso-Americano de Geologia Económica, p PARALTA, E. & LOURENÇO DA SILVA, M. (1998) - Contribuição para o conhecimento da Hidrogeologia da bacia de Ourem. V Congresso Nacional de Geologia, Lisboa, vol. 2, pp PARALTA, E.; RIBEIRO, L. & LOURENÇO DA SILVA (1999) - Hidrogeologia da bacia de Ourem - Aplicação de estatística multivariada na caracterização hidrogeoquímica do aquífero cretácico. IV Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos dos Países de Língua Oficial Portuguesa (SILUSBA). 24 a 26 de Maio, Coimbra. ZBYSZEWSKI, G.; MANUPPELLA, G.; VEIGA FERREIRA, O.; MOUTERDE, R.; RUGET-PERROT, C. H. & ASSUNÇÃO, T. (1974) - Carta Geológica de Portugal, 1:50 000, Notícia Explicativa da Folha 27-A: Vila Nova de Ourém. Serviços Geológicos de Portugal, 82 p.

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