Giuliana Cristina Agnello. Cisticercose Suína

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1 Giuliana Cristina Agnello Cisticercose Suína São Paulo 2009

2 Faculdades Metropolitana Unidas Giuliana Cristina Agnello Cisticercose suína Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora, como exigência parcial para obtenção do título de graduação em Medicina Veterinária, pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, sob orientação do professor Carlos Augusto Donini São Paulo 2009

3 Faculdades Metropolitana Unidas Giuliana Cristina Agnello Cisticercose suína Prof. Dr. Carlos Augusto Donini FMU Orientador Prof. Dr. Arnaldo Rocha FMU Prof. Dr. [nome do professor] FISP

4 Dedico esse trabalho a meus pais Waldir Agnello, e Roseli Agnello por jamais terem duvidado de minha capacidade para seguir meu sonho e por terem me apoiado em todo o tempo.

5 Agradeço em primeiro lugar a Deus, que permitiu que tudo acontecesse. A toda minha família que sempre me incentivou, e a todos aqueles que de alguma forma, mesmo que pequena, participaram dessa importante etapa da minha vida.

6 RESUMO A Cisticercose suína é uma doença parasitária, uma zoonose, provocada pela ingestão de ovos de Taenia solium, cujas formas adultas tem o homem como hospedeiro final. Esta intimamente relacionada com problemas de higiene e saúde pública. O homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da Taenia solium, as adquirindo pela ingestão de carne suína mal cozida, água e alimentos contaminados. Os animais são abatidos e condenados dependendo da infestação pelos cisticercos, ou seja, não existe tratamento. É uma doença possível de se erradicar, mas para isso é necessário principalmente a colaboração do homem em tudo que diz respeito a educação sanitária e ambiental da população. Palavras-chave: cisticercose, suíno, zoonose, Taenia solium, saúde pública.

7 ABSTRACT Swine cysticercosis is a parasitic disease, a zoonoses, caused by the ingestion of Taenia sollium, whose adult forms has the humans as final host. It s closely realated with public health and hygienic sanitary s problems.humans are the only definitive host of the Taenia sollium s adult forms, acquiring them by the ingestion of raw swine meat, water and contaminated food. Animals are slaughtered and depending on the cysticercus infestation they are condened, that means there is no treatment available. It s possible to eradicate, but it is necessary, manly the men s cooperation in everything that is related to ambiental and sanitary education of the population. Keys word: cysticercose, swine, zoononoses, Taenia solium, public health.

8 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO 1.1 HISTÓRICO 2. OBJETIVO 3. DESCRIÇÃO 3.1 ESTRUTURAS ESCÓLEX PROGLOTE 3.2 DIFERENCIAÇÃO 4. LOCALIZAÇÃO 4.1 NO HOSPEDEIRO DEFINITIVO 4.2 NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO 4.3 NO HOSPEDEIRO ACIDENTAL 5. OVO 6. CICLO BIOLÓGICO DA Taenia sollium 6.1 HETEROINFECÇÃO 6.2 AUTO-INFECÇÃO EXÓGENA 6.3 AUTO-INFECÇÃO ENDÓGENA 7.CICLO ECONOMICO 8.CISTICERCOSE NO BRASIL E NO MUNDO 8.1 BRASIL 8.2 INDONÉSIA 8.3 CHINA

9 9.CADEIA EPIDEMIOLÓGICA DA CISTICERCOSE 9.1 FONTE DE INFECÇÃO 9.2 VIA DE ELIMINAÇÃO 9.3 VIAS DE TRASMISSÃO 9.4 SUSCETÍVEIS 9.5 PERÍODO DE INCUBAÇÃO 10.PATOGENIA 11. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 11.1 NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO 11.2 NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO ACIDENTAL 12. DIAGNÓSTICO 12.1 NO SUÍNO 12.2 NO HOMEM 13. TRATAMENTO 13.1 TENÍASE NO HOMEM 13.2 DA CISTICERCOSE NO HOMEM 13.3 DA CISTICERCOSE SUÍNA 14. PROFILAXIA 14.1 FONTE DE INFECÇÃO 14.2 VIAS DE TRANSMISSÃO 14.3 SUSCETÍVEIS 15. ERRADICAÇÃO 16. INSPEÇÃO SANITÁRIA 17.CONCLUSÕES

10 1.INTRODUÇÃO A carne suína é a mais produzida e consumida do mundo, representando 50% do consumo de carnes, sendo que mais da metade da produção de carne suína, está localizada na China e União Européia, os Estados Unidos é o terceiro e o Brasil é o quarto maior produtor (SILVEIRA, 2007). Segundo dados da ABCS (Associação brasileira de criadores de suínos), em 2008 apesar da crise mundial, o Brasil terminou o ano com uma produção de 3,03 milhões de toneladas, em relação a 2,98 milhões de t em Frente a esses números, fica claro o porque da preocupação com a sanidade animal, aspecto esse onde o desenvolvimento tecnológico da suinocultura tem contribuído muito, desenvolvendo ações para controle de doenças que representam riscos ao consumidor e perdas para o comércio, tornando o Brasil um grande competidor internacional, por terem ações da defesa sanitária e controle ou vigilância de doenças importantes, conquistando assim novos mercados. Quanto mais tecnificada for a produção, menor serão os riscos mediante a saúde pública, mas o fato de a doença existir, por menor que seja seu risco, não deve de maneira alguma ser descartada sua possibilidade ou ter seu valor minimizado principalmente pelos profissionais da saúde responsáveis pela produção. A cisticercose suína, a teníase e a neurocisticercose humana (NCC), causadas por Taenia solium, são problemas graves de saúde pública. Consideradas endêmicas em muitos países, nos quais a persistência dessas zoonoses está relacionada a fatores culturais e socioeconômicos (Sarti et al., 2002), tais como, condições higiênico-sanitárias deficientes, sistemas precários de criação de suínos e não inspeção da carne, além da ausência de medidas de controle dessas doenças (Phiri et al., 2002) como por exemplo a orientação da população quanto aos males que a doença acomete. Também é popularmente conhecida como solitária. Existem também outras denominações para a doença causada pela forma imatura do verme, como pipoquinha e canjiquinha, onde sua principal manifestação é a formação de lesões musculares, ocasionadas pelo Cistycercus cellulosae (PINTO, 2004).

11 O complexo teníase-cisticercose é uma doença parasitária de alto potencial zoonótico causada por duas espécies de cestóide denominados Taenia sollium, cujo hospedeiro intermediário é o suíno e Taenia saginata que apresenta o bovino como hospedeiro intermediário. O homem é o único hospedeiro definitivo, ou seja, que apresenta a forma adulta do parasita no intestino delgado. Nesse caso a maior preocupação com relação à saúde pública é o desenvolvimento da neurocisticercose, manifestação mais grave, cuja localização dos cisticercos é no sistema nervoso (GERMANO, 2008). A teníase é diagnosticada facilmente através de exames coproparasitológicos e seu tratamento consiste basicamente em anti-parasitários de baixo custo. Já a cisticercose em humanos, possui um diagnóstico mais detalhado, através de exames laboratoriais, principalmente realização de provas sorológicas. No entanto pode haver variações na sintomatologia, dependendo da quantidade e local em que se alojará o Cysticercus celullosae (PINTO, 2004; CAMPOS, 1994). Os suínos com cisticercose, não apresentam manifestações clínicas evidentes, notando a doença apenas nos abatedouros. Diante disso, fica evidente a importância de uma inspeção veterinária e um controle sanitário adequado, levando a um destino correto das carcaças e órgãos parasitados (GERMANO, 2008). As pequenas propriedades são a causa de maior preocupação para as autoridades sanitárias, devido ao total desconhecimento das técnicas de manejo dos animais, à ausência de princípios mínimos de higiene, às preacarias condições físicas dos criatórios e à inexistência de saneamento, responsáveis pela alta incidência da infecção nos suínos desses locais.(germano et. al, 2008). A profilaxia da cisticercose e da teníase requer a adoção de medidas de controle em todos os níveis da cadeia epidemiológica da doença, visando minimizar os riscos da infecção para os homens e para os animais (CORTES, 2000).

12 1.1HISTÓRICO Observar proglotes de Taenia sollium é relativamente fácil, quando ela é eliminada do organismo junto com as fezes. Provavelmente por causa dessa facilidade, é que se encontra referencias à teníase, desde a remota antigüidade. No Papyrus Ebers há indicações de que os egípcios conhecessem a teníase. (CHENG 1964). Segundo FOSTER (1965) e PESSOA & MARTINS (1988), é interessante notar que, desde remotas eras, pouco duvidou-se da natureza animal da tênia adulta. Já com relação à natureza animal dos cisticercos seu reconhecimento não ocorreu tão cedo como o das tênias adultas, tendo sido objeto de discussão por muito tempo.houve hipóteses de que fossem tumores hidáticos, glândulas em degeneração, acúmulos de pus e soro, alterações vasculares, varizes linfáticas e degeneração de sacos mucosos (PESSOA & MARTINS, 1988). Segundo FOSTER (1965), citado por TAVARES JUNIOR (1995), F. Redi, o fundador da Parasitologia, em 1684 ( Osservazioni intorno agli animali viventi, Che se trovano negli animali viventi ) em Florença; Malpigi em 1686; Hartmann, em 1685, em Honigsberg; Johann Wepfer, na Suíça e Tyson, em 1691, em Londres, vão percebendo, gradualmente, que os cisticercos são parasitas animais, ao observarem seus movimentos ondulatórios quando colocados em água morna. Em 1760, Rudolf Pallas relata que essa noção achava-se já assimilada e confirmada. Em 1853, Küchenmeister consegue claramente, fazer a distinção entre as duas espécies de tênias humanas: a T. solium e a T. saginata. Por fim, entre 1855 e 1860, R. Leuckart, Küchenmeister e Hauber demonstram, experimentalmente, o ciclo da T.solium. É dramática a comprovação da relação entre a teníase humana e a cisticercose suína, efetuada por Küchenmeister, por meio de experimentação humana, em condenados à morte. Em 1854, Küchenmeister obtém permissão do governo da Saxônia para seu primeiro experimento e, nos três dias anteriores à execução, adiciona 75 cisticercos frescos à alimentação de um assassino marcado para ser dissipado de sua vida para a morte, pela guilhotina (Mc GREEVY & NELSON 1991). Segundo KÜCHENMEISTER (1855), que obtém nova permissão do governo e administra vinte cisticercos, no pão, a outro condenado, quatro meses antes da execução, e nova dose de mais vinte, dois meses antes. Na autópsia, há 19 tênias intestinais bem desenvolvidas, 11 já com proglotes maduros. Tão grandes são o fascínio e a curiosidade determinados pelos estudos de Küchenmeister que dois estudantes de Medicina, Humbert, de Genebra e Hollenbach, de Montercarlo, decidem repetir em si próprios a experimentação para comprová-la. Semanas após ingerir cisticercos, confirmam sua própria teníase intestinal por meio de análise coprológica. Nessa época, o termo Cysticercus cellulosae deixa de designar uma espécie à parte e passa representar a forma larval da T. solium. (SAIZ MORENO, 1987).

13 2.OBJETIVO O objetivo desse trabalho é discutir o fato que apesar de toda tecnificação na produção suína, a cisticercose ainda é uma realidade em muitos lugares, principalmente os que não praticam a produção tecnificada, bem como fazer revisão de literatura acerca de seus aspectos etiológicos, epidemiológicos e clínicos da cisticercose humana e suína.

14 3.DESCRIÇÃO Esse parasita é representado pelo gênero Taenia e família Taenidae (CORTES, 2000), e faz parte da classe cestoda, possuindo corpo segmentado e achatado, sem tubo digestório, tem um ou dois conjuntos de órgãos reprodutivos, masculino e feminino (CAMPOS,1994). Também pertence à ordem Cyclophillidea, possuindo uma escólex (cabeça), com quatro ventosas e um rostelo, com presença de ganchos ou acúleos responsáveis pela fixação na parede intestinal de seu hospedeiro, por isso também é chamada de tênia armada. 3.1 ESTURURAS 3.1.1Escólex É o nome que se dá a cabeça do parasita, caracterizado por forma quadrangular e globosa com cerca de 1milímetro de diâmetro e quatro ventosas salivares, rostro pouco desenvolvido, possui duas séries de acúleos em forma de foice localizada ao redor do rostro, com tamanhos diferentes Proglote As proglotes são hemafroditas, podendo ocorrer a fertilização cruzada entre proglotes ou autofertilização (URQUHART, 1998). 3.2 DIFERENCIAÇÃO A presença de acúolos na Taenia sollium é o que a difere da Taenia saginata, responsável pela cisticercose bovina.

15 Figura1e 2: Taenia sollium, presença de acúleos. Fonte: Figura 3 e 4: Taenia Saginata, sem presença de acúolos. Fonte:

16 4.LOCALIZAÇÃO 4.1 NO HOSPEDEIRO DEFINITIVO Localiza-se na mucosa do intestino delgado, fixando-se nela pelo rostro, o resto do corpo fica em contato no intestino delgado e de forma enovelada (FORTES, 1997). 4.2 NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO O hospedeiro do Cysticercus cellulosae pode ser qualquer vertebrado, incluindo o cão, gato, macaco e o homem, porém os hospedeiros intermediários clássicos são os suínos e os javalis, os demais são hospedeiros acidentais (CÔRTES, 2000). Pesquisas mostram que suínos parasitados com Cysticercus cellulosae apresentavam 78,6% no coração(figura 5), 77,5% nos músculos mastigadores e 75% na língua, e o restante em outros órgãos e carcaças(figura 6) (FISCHMANN,1994, TAKAYANAGUI,1998) Figura 5: Cysticercus cellulosae em coração. Fonte: Figura 6: Fígado de suíno apresentando Cysticercus cellulosae. Fonte:

17 4.3 NO HOSPEDEIRO ACIDENTAL O homem também pode contaminar-se ao ingerir ovos de Taenia sollium levado a boca, através de mãos sujas, alimentos ou água contaminada, ou autoinfecção por retroperistaltismo, localizando-se no sistema nervoso (FORTES, 1997; VAZ, 2001). O agente etiológico da teníase é a Taenia solium, sua forma adulta e da cisticercose é a Cysticercus cellulosae, sua forma larvar. A cisticercose, por Cysticercus cellulosae, é uma importante zoonose, que acomete os suínos. Porém em certas circunstâncias os seres humanos também podem ser afetados, semelhantemente aos suínos, sofrendo como hospedeiros intermediários (MOLIN, 2005). A Taenia sollium apresenta um pescoço curto e delgado e em seguida uma cadeia de estróbilos, que são compostos por vários proglotes, sendo essa sua parte reprodutiva (figura 2), ocorrendo a reprodução sexuada do verme (CAMPOS, 1994). Os proglotes jovens não possuem órgãos genitais, já na porção final esses proglotes são chamados de grávidos, pois possuem um útero formado por um eixo longitudinal com 8 a 12 ramificações dendríticas de cada lado, não sendo muito numerosos, porém são repletos de ovos e são os eliminados com as fezes (CABRAL, 1992).

18 5.OVO Os ovos possuem dois envoltórios, são esféricos, medindo de 30 a 35 micrometros de diâmetro, com casca espessa estriada no interior do ovo (Figura 7), onde fica a larva denominada embrião hexanto (SOUZA, 2006). Figura 7:Ovo de Taenia Fonte: SOUZA, 2006 Não podemos ve-los a olho nu, porém as proglotes podem ser vistas nas fezes com certa facilidade. Os ovos são bastante resistentes, principalmente quando envolvido por uma película de água, com isso podem permanecer nas fezes presente no solo por até um ano, o que facilita sua dispersão em qualquer ambiente. Além disso, também são resistentes a substâncias químicas, porém podem ser destruídos através de uma fervura acima de 90ºC (FORTES, 1997). Sua duração no ambiente é de aproximadamente 12 meses(côrtes,2000).

19 Figura 8: Os ovos da Taenia sollium, são morfologicamente indistinguíveis dos ovos de outras espécies de Taenias (Singh, 2002).

20 6.CICLO BIOLÓGICO DA Taenia sollium O ciclo biológico da Taenia sollium é relativamente simples e consiste em dois hospedeiros e ambiente. O homem, hospedeiro definitivo carrega o cisticerco adulto, que produz milhares de ovos diariamente, os quais são disseminados no ambiente através das fezes. O porco, que é o hospedeiro intermediário ingere os ovos e então quando o homem ingere carne de porco contaminada com cisticerco, esse irá se desenvolver no intestino do homem (SINGH,2002). A contaminação ocorre pelo hábito do homem defecar a céu aberto em pastos, matas, próximos a reservatórios ou instalações sanitárias inadequadas, sem um destino correto das fezes (CORTES, 2000). As proglotes são expulsas e misturadas nas fezes do homem (SOBESTIANSKY, 1999), quando atingem o ambiente, liberam os ovos embrionados, podendo chegar até ovos, mas nem todos são maduros (FORTES, 1997). Uma vez ocorrida à ingestão desses ovos pelo suíno, seu hospedeiro intermediário, vão para o estômago, penetram na parede intestinal, então caem na circulação, onde as larvas são transportadas para os tecidos em um período de 2 a 4 meses, no qual se fixam e ficam envoltas por uma cápsula transparente, denominadas cisticercos (GERMANO, 2008).

21 Figura 9: Ciclo teníase Fonte: Para que o ciclo do parasito seja concluído e assim ele possa continuar persistindo na natureza, é necessário agora que haja a ingestão pelo homem, (seu único hospedeiro definitivo) da carne do suíno contaminado com os cisticercos viáveis. Com a ingestão da carne crua ou mal cozida, o homem se contamina e adquire a teníase, a partir das larvas que estavam dentro dos cisticercos. Tais larvas se aderem ao intestino e dão origem a parasitos adultos (Taenia solium), completando então seu ciclo de vida e pronto para uma nova contaminação (MOLIN, 2005; PINTO 2004).

22 6.1 HETEROINFECÇÃO É ocasionada apartir da ingestão de ovos da Taenia solium que foram distribuídos no meio ambiente por um indivíduo, contaminando os alimentos, como verduras, água frutos e ingerido por outro indivíduo (CORTES, 2000). Figura 10: Ciclo da contaminação Fonte: AUTO-INFECÇÃO EXÓGENA A pessoa portadora da teníase, por um descuido na higiene pessoal após a defecação, acaba se auto contaminando com ovos da tênia liberados na suas próprias fezes, no simples fato de por a mão na boca (MOLIN, 2005; CORTES, 2000). 6.3 AUTO INFECCÇÃO ENDÓGENA Também ocorre com a pessoa portadora da teníase, onde através de seus movimentos peristálticos, acaba ocorrendo um refluxo do conteúdo intestinal (retro peristaltismo) e os ovos maduros voltam para o estômago, com isso sofrem ação dos sucos gástricos e voltam para o intestino, também sofrendo ação dos sucos

23 entéricos, levando a ativação das larvas e gerando uma infecção endógena (CORTÊS 2000; MOLIN, 2005). Figura 11: Ciclo da teníase e cisticerose suína. Fonte:

24 7.CICLO ECONÔMICO Os autores G. Singh, S. Prabhakar, descrevem em seu livro Taenia Solium Cysticercosis: From Basic to Clinical Science (Taenia Sollium: do básico à ciência clinica) a importância de se considerar o ciclo econômico no entendimento da doença. Diversos fatores econômicos sustentam o ciclo de vida da Taenia sollium em regiões sub desenvolvidas. Muitas casas rurais, em certos países em desenvolvimento criam porcos em pequenos números, criando assim não apenas carne para se alimentar, mas também uma fonte de renda. A produção não tecnificada de animais, necessita de um investimento mínimo e gera certo lucro ao produtor rural de baixa renda. Com falta de infra-estrutura sanitária, as pessoas usam seus quintais, áreas abertas para defecar e se lavar. Isso permite que os suínos tenham acesso as fezes humanas, facilitando a transmissão do parasita para o porco. Esses produtores não licenciados de suínos acabam por não fazer inspeção na carne suína, devido à ameaça de haver condenação de carcaça. Além disso, costumes culinários podem facilitar o consumo de carne mal passada. Esses fatores, levam a maior transmissão do parasita do porco ao homem em áreas endêmicas. Fatores sócio-ecologicos e econômicos tem forte influencia na transmissão da Taenia sollium e são responsáveis por sua concentração em certas áreas. ( SINGH, PRABHAKAR, 2002).

25 8.CISTICERCOSE NO BRASIL E NO MUNDO É uma infestação de distribuição mundial, sendo mais freqüente em países que consomem carne de porco crua ou mal cozida como na Alemanha, África, Índia e Extremo Oriente (VAZ, 2001). A América Latina possui alta prevalência, principalmente no México, Venezuela e Equador. A cisticercose suína não é bem registrada nas Américas, devido ao abate clandestino de suínos, sem inspeção e controle sanitário, gera a falta de notificação, mas mesmo assim há uma alta prevalência (ALVARENGA, 2006). 8.1 No Brasil A associação brasileira de criadores de suínos tem cerca de 12 milhões de porcos registrados no sul do Brasil, 9 milhões no nordeste, 7 milhões no sudeste, e 6 milhões no centro-oeste. No entanto, essa não é uma estimativa real, já que muitos porcos são criados em quintais das casas por exemplo. Fontes oficiais revelam que no período de ª prevalência de cisticercose suína foi de % em diversas regiões do país, no entanto, pesquisas epidemiológicas estimam que a verdadeira prevalência pode ser de 13-28% em certas regiões. (SIGH, 2002) Informações sobre a natureza endêmica da neurocisticercose estão disponíveis em diversos estados (Figura 11), enquanto outros estados não tem casos registrados da ocorrência. (SIGH, 2002).

26 Figura 11: freqüência de neurocisticercose no país Fonte: SIGH, 2002 Pesquisa desenvolvida no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2002, em dois abatedouros municipais do Paraná, ambos com Sistema de Inspeção Municipal (SIM), revelou que dos 1571 suínos abatidos, originários de criações zootécnicas planificadas, apenas um animal estava com cisticercose. Este resultado evidencia que a cisticercose em animais criados sob boas condições de manejo é uma uma condição patológica de baixa prevalência. Quando diante de condições menos tecnificadas, passa a ser um problema maior para saúde publica, conforme estudo epidemiológico feito para identificar possíveis áreas endêmicas, teste feito em 855 animais provenientes de criação doméstica no Mato Grosso. Foi registrado uma freqüência de 34,4% de reatividade para o teste de

27 ELISA. A precariedade das condições sanitárias destas criações aliadas ao baixo nível socioeconômico e cultural favoreceu a persistência do parasita, bem como sua disseminação. Estudo soroepidemiologico com suínos abatidos no Brasil, em diferentes localidades, revelou que no grupo originário de criações zootécnicas, abatido sob inspeção sanitária post mortem, constituído por 322 animais, a soro-prevalencia de cisticercose foi da ordem de 3,4%; enquanto no grupo criado livre no ambiente, abatido sem qualquer tipo de inspeção, comporto por 322 animais, a soropositividade foi de 16,3%. Esse resultado comprovou que a oportunidade de contrair a cisticercose suína é 5,5 vezes maior entre animais criados livremente.(germano,2008) 8.2 INDONÉSIA Na Indonésia há uma confiança forte em práticas culinárias tradicionais, e maneiras erradas de preparar carne de suíno, esses são os principais motivos da prevalência considerável de teníase e cisticercose. Por exemplo, habitantes em tribos de Bali, usam a casas de seus animais domésticos como locais para sua própria higienização. Em algumas comunidades, é comum a pratica de defecar no jardim de sua casa e deixar com que os suínos limpem tudo durante a noite. Sem contar com um tradicional prato de Bali, o qual é feito com carne de porco crua, pedaços de cocos e temperos típicos. Claro que problemas com cisticercose não são freqüentes em locais onde se predomina a religião mulçumana. Nas regiões afetadas, a prevalência vai de 2% em Bali, a 48% na cidade de Irian Jaya, uma das maiores prevalências no mundo.

28 Figura 12: Regiões na Indonésia tradicionalmente endêmicas, altamente endêmicas, e com grandes chances de se tornar endêmica. Fonte: SIGH, CHINA A China tem a maior população de suínos do mundo(em 1997 foi estimado cerca de 4.6 bilhões de suínos), e cerca de 70% da população é rural, porem uma grande parte deles pertence a religiões que não consomem carne suína. Apesar disso, o consumo de suíno não atinge as mesmas proporções do que em outros países.

29 9. CADEIA EPIDEMIOLÓGICA DA CISTICERCOSE 9.1 FONTE DE INFECÇÃO O homem é a única fonte de infecção da Cysticercus cellulosae e é capaz de eliminar os ovos viáveis, sendo portador da forma adulta deste parasita, portanto, o hospedeiro definitivo (CABRAL, 1992; CORTES, 2000). 9.2 VIA DE ELIMINAÇÃO Os ovos são eliminados de proglotes maduras da tênia pelo trato gastrintestinal de humanos misturados as fezes (CÔRTES, 2000). 9.3 VIAS DE TRASMISSÃO A cisticercose é apenas adquirida de forma horizontal indireta, através da ingestão de alimentos contaminados contendo fezes com ovos viáveis, pelos hospedeiros adequados, no caso da Cysticercus cellulosae são os suínos e javali ou por hospedeiro acidental, o homem (CÔRTES, 2000). 9.4 SUSCETÍVEIS São eles os suínos e os javalis, de qualquer raça, idade e sexo (CÔRTES,2000). 9.5 PERÍODO DE INCUBAÇÃO Pode variar de 1 a 35 anos, mas geralmente o quadro clínico da cisticercose manifesta-se entre 2 e 5 anos após infecção. (GERMANO, 2008)

30 10. PATOGENIA Os locais freqüentemente parasitados pelo Cysticercus cellulosae são os que possuem intensa irrigação, por uma atividade funcional maior, como coração, músculos mastigadores (masseter), língua, diafragma, musculatura esquelética, sistema nervoso, globo ocular, além de algumas outras localizações particulares, descritas em pesquisas (TAKAYANAGUI, 1998; FORTES, 1997; CORTES, 2000). Durante a invasão, podem ocorrer enterites com pontos hemorrágicos, na mucosa intestinal, além de lesões hepáticas e pulmonares, principalmente nos casos de parasitismos intensos. Quando chegam aos locais de eleição, ocorre um processo de transformação, para completar sua forma vesicular, chamada de cisticerco, sendo uma lesão esbranquiçada e globulosa (Figura 13), tal forma é alcançada em torno de 40 dias após a infecção (CORTES, 2000). Com relação aos suínos, essas formações vesiculares, aparentemente não trazem danos ao organismo. Já no caso dos humanos com cisticercose, ocorre uma gravidade maior no que diz respeito à localização, quantidade e tamanho dessas lesões vesiculares, podendo então instalar-se no globo ocular, levando a perda da visão, e principalmente atingir o sistema neurológico, nesse caso as alterações podem variar de acordo com a área afetada, podendo até levar o individuo a óbito. O problema maior se dá quando ocorre a morte desses cisticercos, pois se degeneram e se calcificam, levando a ações tóxicas (CORTES, 2000; GERMANO, 2001). Figura 13: Cisticerco em musculatura de carne suína Fonte: : Fundamentos de higiene e inspeção de carnes. PRATA, 2001.

31 Nos suínos e humanos, o Cysticercus cellulosae, pode sobreviver por vários anos. A condição de saúde do hospedeiro também interfere na vida do cisticerco, onde algumas doenças aceleram a morte do parasita e sua calcificação (CORTES, 2000).

32 11. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Os sintomas da cisticercose em seus hospedeiros de uma forma geral é silencioso, surgindo apenas quando a infestação é muito intensa ou atrapalham o funcionamento de órgãos vitais (CORTES, 2000) NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO Nos suínos, durante a invasão dos embriões, pode ocorre uma enterite na mucosa intestinal, seguidas de cólicas e tensão da parede abdominal, podendo levar a dores na palpação. Quando começa sua disseminação, as manifestações podem se apresentar por dispersão dos embriões nos tecidos, levando a uma dificuldade de apreensão dos alimentos, acarretando uma má nutrição e até mesmo problemas neurológicos, mais geralmente não ocorre, além disso, os animais são abatidos antes que os sintomas se desenvolvam. Outros sinais também podem ocorrer, como paralisia de língua, sensibilidade do focinho, emagrecimento e convulsões (PINTO 2004; CORTES, 2000) NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO ACIDENTAL Já na espécie humana, a manifestação clínica é variável. Geralmente apresentam fraqueza muscular, febre, diarréia, cólica, náuseas, perda de peso e constipação. Sintomas mais graves dependem do número de larvas e do local acometido. No caso de cistos no globo ocular, pode levar a cegueira do indivíduo e mais grave que isso é a neurocisticercose, pois sua localização cerebral leva a episódios convulsivos, confusão mental, aumento da pressão intracraniana, quadros de encefalite e óbito (CORTES, 2000; VALADARES, 1997).

33 12. DIAGNÓSTICO 12.1 NO SUÍNO Por tratar-se de uma doença silenciosa, torna-se deficiente seu diagnóstico, pois não produzem manifestações clínicas visíveis, o que também acaba implicando no controle dessas infecções. No entanto o diagnóstico da cisticercose suína baseiase principalmente nas linhas de inspeção dos frigoríficos, através da inspeção postmortem, consistindo na detecção visual dos cisticercos que encontram-se alojados em vísceras de eleição pelo Cysticercus cellulosae, como o coração, língua, masseter e diafragma, além de algumas outras partes da musculatura (PINTO, 2004). É importante o corte dos nódulos encontrados, para avaliação da viabilidade das larvas (CORTES, 2000). Nos suínos, também é possível fazer um exame sublingual (ante-mortem), mostrando geralmente uma especificidade de 100%, o que contribui bastante para seu diagnóstico, principalmente para determinar a prevalência em áreas endêmicas (CORTES, 2000; PINTO, 2004). Existe recentemente a aplicação de métodos laboratoriais, que são feitos através de exames sorológicos, em especial o ELISA e o Imunoblot, que vem sendo estudados e recomendados para a cisticercose suína (PINTO, 2004). Além desses métodos de diagnóstico, é importante a obtenção de informações através de uma boa anamnese, a verificação de portadores de teníase em granjas, ou também histórico de pacientes humanos que venham de locais onde o consumo da carne suína é de caráter duvidoso com carnes sem inspeção e frigoríficos, principalmente quando trata-se de áreas endêmicas (CORTES, 2000).

34 12.2 NO HOMEM O diagnóstico da cisticercose na espécie humana exige maior cautela, onde o paciente deve passar por uma bateria de exames para chegar a um diagnóstico confiável, diante da gravidade das manifestações clinicas (CORTES, 2000). Em pessoas portadoras da teníase, o diagnóstico é realizado freqüentemente através de exames coproparasitológicos, visualizando os ovos. Assim como também podem ser vistos os proglotes nas fezes, porém esses dois métodos possuem baixa especificidade, por esses ovos serem indistinguíveis microscopicamente com o de outras espécies (GERMANO, 2001). Também são realizados exames laboratoriais que permitem diagnosticar a cisticercose no homem. Entre os mais destacados estão o exame do líquido cefalorraquidiano, determinando processos inflamatórios crônicos; provas sorológicas, onde as mais utilizadas são o ELISA, a Imunoeletroforese, a Imunofluorescência indireta, hemaglutinação indireta, imunodifusão dupla, ensaio imunoenzimático de eletrotransferência, fixação de complemento, além de exame radiológico, no qual observa-se cistos calcificados, só ocorre após a morte do parasita e tomografia computadorizada. Pode ser realizada biopsia dos nódulos subcutâneos (CAMPOS, 1994; CORTES, 2000; GERMANO, 2001).

35 13. TRATAMENTO 13.1 TENÍASE NO HOMEM Baseia-se na utilização de anti-helmínticos. A finalidade do tratamento é de limitar a eliminação dos ovos (SPINOSA, 1999). As drogas recomendadas são: Mebendazol, Niclosamida ou Clorossalicilamida, Praziquantel, Albendazol. No entanto, para controle e cura, é importante a eliminação da escólex, sendo avaliada através da um exame parasitológico de fezes. Qualquer um destes anti-helmínticos são contra indicados nos três primeiros meses de gestação e em crianças com menos de um ano de idade.(valadares, 1997) DA CISTICERCOSE NO HOMEM Dependendo do diagnóstico, vendo a localização e número de parasitas, o tratamento pode ser feito através do uso de fármacos específicos para sintomatologia; administração de antiparasitários, sendo os mais indicados Praziquantel e mais recente o Albendazol. Nesses casos os resultados são satisfatórios (CORTES, 2000). No caso da neurocisticercose, forma mais grave da doença, requer procedimento mais cuidadoso, particularmente quando a quantidade de cisticercos é grande e viável. Nesse caso não recomenda-se cirurgia, somente em casos leves e se a localização é em globo ocular(figura 14) (CORTES, 2000; TAKAYANAGUI, 1998). Também recomenda-se que o paciente seja internado nesses casos graves, para administrar o uso de anticonvulsivantes e se necessário corticosteróide como medicamento concomitante para prevenir reações imunológicas (CAMPOS, 1991). O melhor tratamento para neurocisticercose é a prevenção (CORTES, 2000). Figura 14:Cisticercose ocular

36 Fonte: SINGH, DA CISTICERCOSE SUÍNA Seu tratamento através de medicamentos específicos muitas vezes desnecessários (SPINOSA, 1999). Quanto aos cisticercos em suínos, não existem drogas capazes de destruição. Sendo seu tratamento inviável (CORTES, 2000).

37 14.PROFILAXIA O controle da cisticercose suína e humana e da teníase baseia-se na adoção de medidas profiláticas em todos os níveis da cadeia epidemiológica da doença, como as fontes de infecção, vias de transmissão e susceptíveis (CORTES, 2000) FONTE DE INFECÇÃO O homem sendo a única fonte de infecção da cisticercose, assim como os suínos sendo o da teníase, é de suma importância o uso de algumas medidas preventivas. Uma das mais indicadas é a educação sanitária, sendo primordial para o conhecimento da transmissão e prevenção da doença, além de proporcionar a conscientização das pessoas, para mudanças em hábitos básicos de higiene pessoal, bem como lavar as mãos após defecar e antes de comer, evitar a contaminação fecal do solo, alimentos e águas, é importante também que as pessoas só bebam águas devidamente tratadas ou fervidas, cozer totalmente as carnes suínas, não comprá-las sem saber sua procedência e sem terem passado por uma inspeção oficial, além disso, realizar o tratamento imediato de indivíduos contaminados visando sua proteção e de seus contatos (VALADARES, 1997; GERMANO, 2001). Em abatedouros, deve ser realizada a inspeção dos suínos, e no caso de estarem com cisticercos, dependendo do grau de infestação serem destinadas corretamente para condenação total, rejeição parcial, aproveitamento condicional, congelamento ou reprocesso (RIISPOA, 1952) VIAS DE TRANSMISSÃO Os fatores que contribuem para tornar a doença endêmica são muitos como: destino inadequado das fezes humanas, falta de infra-estrutura sanitária, irrigação de plantações com água contaminada, acesso dos suínos as fezes humanas(sigh, 2002). Muitos desses fatores, não são raros no Brasil, permitindo assim com que haja prevalência de cisticercose (Figura 15). (SINGH 2002). Nesse caso as medidas preventivas são direcionadas ao saneamento do meio ambiente e educação sanitária, visando principalmente o destino e tratamento

38 das fezes humanas evitando a dispersão de ovos (GERMANO 2001). Deve-se orientar a população quanto ao destino adequado das fezes, evitando a contaminação de águas, solos e alimentos, através do uso de fossas, banheiros químicos instalados próximos a plantações e também evitar o uso de efluentes de esgoto para irrigação de pastagens, afim da fertilização do solo.(cortes, 2000; GERMANO, 2001). Também é importante a população ter consciência de se consumir carne inspecionada. Figura 15: Alguns fatores contribuintes para cisticercose: (A) Lixo perto de uma placa (flecha) indicando não jogar lixo. (B)Água de lago que serve como bebida e higiene de humanos(flechas) e de suínos ao mesmo tempo. (C)Plantação de vegetais irrigada com água contaminada do rio (flecha). (D) Carne de porco com cisticerco vindo de abatedouro clandestino. Fonte: SIGH, 2002.

39 14.3 SUSCETÍVEIS É importante ser feito um programa de erradicação e educação, com mudanças de hábitos adotando medidas de higiene pessoal e alimentar a fim de evitar uma auto-infecção exógena, ou uma heteroinfecção, no caso de portadores da teníase (PINTO, 2004; GERMANO, 2001, CORTES, 2000). Realizar inspeção da carne nos mercados, açougues, abatedouros, frigoríficos, por parte da vigilância sanitária e denunciar as autoridades os abatedouros clandestinos. (CAMPOS, 1991). Evitar a criação de suínos soltos e não consumir carnes sem inspeção sanitária. Notificar a doença para fazer o mapeamento geográfico das áreas mais afetadas, proporcionando o direcionamento para as medidas de controle (VALADARES, 1997).

40 15. ERRADICAÇÃO Em 1993 a International Task Force for Diseases Eradication, vendo a gravidade da doença em relação á saúde pública, colocou a cisticercose entre as doenças possíveis de erradicação. Através de conhecimentos atuais sobre as tênias, foram avaliados motivos pelos quais a cisticercose pode ser erradicada (GERMANO, 2008). Com base nos conhecimentos atuais, a erradicação da Taenia solium é perfeitamente possível pelas seguintes razões: - Os ciclos de vida necessitam do homem como hospedeiro definitivo. - A única fonte de infecção para os hospedeiros intermediários é o homem portador de teníase. - Os animais domésticos, como hospedeiros intermediários, podem ser controlados. - Existem drogas seguras e eficazes para combater a teníase. (GERMANO, 2008)

41 16. INSPEÇÃO SANITÁRIA A ocorrência da cisticercose é um indicador importante das más condições higiênicos-sanitárias dos plantéis e como conseqüência, os animais quando infectados normalmente não apresentam sintomas, o que dificulta mais a identificação da doença (GERMANO, 2008). Além das conseqüências diretas a saúde humana, principalmente ocasionada pela cisticercose humana, também tem os problemas relacionados a grande perda econômica, causada pelo elevado número de carcaças com cisticercose, apresentando cistos e tornando-se impróprias para o consumo (ROCHA, 2004). Os prejuízos são grandes, a indústria tem gastos adicionais com os processos pelo qual se submetem a carne contaminada, pois se não tivesse a doença poderiam ser comercializadas de imediato. O fato dos suínos serem espécies importantes tanto do ponto de vista alimentar, econômico e de saúde pública, gerouse maiores cuidados no que diz respeito à inspeção federal, municipal e estadual, onde através do ministério da agricultura, foi imposta uma lei para detecção de carcaças com cisticercose e destino correto das mesmas, oferecendo então uma maior qualidade da carne e conseqüentemente a garantia de um consumo saudável sem afetar a saúde pública. Dependendo do grau de comprometimento, há três destinos possíveis para a carcaça, sendo a liberação, seqüestro para tratamento pelo frio ou salga e graxaria (Tabela 1), (PRATA, 2001). DESTINO DAS CARCAÇAS NO FRIGORÍFICO Número de cisticercos na carcaça Procedimentos na indústria Deságio 1 cisticerco calcificado Carcaça liberada 0% Até 3 cisticercos vivos A carcaça seqüestrada e encaminhada ao Tratamento pelo frio (TF) de 15 a 21 dias em câmara frigorífica a Até 30%

42 20C, sendo, posteriormente, liberada para consumo. De 4 a 10 cisticercos A carcaça é seqüestrada e encaminhada para salga por 21 dias, sendo posteriormente liberada, contudo para aproveitamento condicional (conserva ou salsicharia). Até 50% Mais de 10 cisticercos A carcaça é encaminhada para graxaria (condenação total) onde origina produtos derivados como óleos, banhas e farinha animal. 100% TABELA 1: Destino das carcaças no frigorífico Fonte: RIISPOA (Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal), A cisticercose suína, não é bem registrada ainda, devido a grande quantidade de abates clandestinos, sem inspeção e controle sanitário, principalmente nos países da América Latina, sendo essa a causa fundamental da falta de notificação (ROCHA, 2004). A inspeção sanitária de carnes contribui muito para o controle da teníase e da cisticercose, sendo fundamental para a vigilância epidemiológica da doença, através de notificações de casos aos serviços de saúde pública e animal. Geralmente não é uma doença de notificação compulsória, porém em regiões endêmicas torna-se mais fácil a procedência dos casos (PINTO, 2004).

43 17.CONCLUSÕES Em grandes centros, onde a produção de suínos é altamente tecnificada, a cisticercose está longe de ser uma realidade, porém não se pode fechar os olhos para o fato de que o Brasil e muitos lugares do mundo tem o abate clandestino integrado já a maneira de viver da população. Por isso a importância de se levar a educação sanitária ao maior numero de pessoas possíveis. O homem por ser o principal disseminador da doença deve ser o foco das medidas preventivas no combate a infecção, onde através de uma boa educação sanitária

44 com normas básicas de higiene pessoal, a importância de se defecar em locais adequados,distribuição adequada de rede de esgoto, compreensão do ciclo de vida do parasita e os modos de transmissão, verá a importância da sua colaboração para controle, prevenção e até mesmo, erradicação da doença. Também é importante ensinar a população da importância de consumir carne com de onde se sabe que vem de procedência adequada. Anexo1:

45

46 Notificação individual de cisticercose humana (VALADARES, 1997).

47 ALVARENGA, P. F. Cisticercose no mundo: Disponível em <http: Alves, L. A. PREVALÊNCIA DA CISTICERCOSE SUÍNA CONSTATADA EM ABATEDOUROSDA REGIÃO DO ALTO VALE DO ITAJAÍ Disponível em edo%29.pdf Associação Brasileira dos criadores de suínos- exportações brasileiras de carne suína. Disponivel em /estatisticas/exportacoes.html CAMPOS, C. A. M. Roteiro ilustrado de parasitologia: Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1082p Embrapa Disponivel em Food and Agriculture Organization of the United Nations. Disponível em FORTES, E. Parasitologia veterinária. 3ªed. São Paulo, p. FOREYT, J.W. Parasitologia veterinária, manual de referência: 5ª Ed. São Paulo, Rocca, GERMANO, L. M. P.; GERMANO, S. I. M. Higiene e vigilância Sanitária de alimentos: 3ª ed. São Paulo, editora Manole, Cap.21 p GOTTSCHALK, S. ; BUZI A. K. ; GALINDO L.A. ; Aspectos da cisticercose suína em criações fundo de quintal na região de Registro- SP.Revista de Veterinária e Zootecnia UNESP v. 13, 2006 p LOBATO, V. C. J. : A CISTICERCOSE E O CONSUMO DA CARNE SUÍNA. Disponível em:

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