O MERCADO DE CARNE SUÍNA NO PARANÁ: ANÁLISE DE OFERTA E DEMANDA

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1 O MERCADO DE CARNE SUÍNA NO PARANÁ: ANÁLISE DE OFERTA E DEMANDA LOURIVAL DA SILVA FILHO CPF: Bacharel em Ciências Econômicas Universidade Estadual de Londrina - UEL Departamento de Economia Campus Universitário Caixa Postal: 6001 CEP: Londrina PR depeco@uel.br ANTONIO CARLOS MORETTO CPF: Professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina UEL Campus Universitário Caixa Postal: 6001 CEP: Londrina PR acmoretto@uel.br CARLOS ROBERTO FERREIRA CPF: Professor do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina UEL Campus Universitário Caixa Postal: 6001 CEP: Londrina PR robert@uel.br ROSSANA LOTT RODRIGUES CPF: Professora do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Londrina UEL Campus Universitário Caixa Postal: 6001 CEP: Londrina PR rlott@uel.br Área Temática Área Temática: 1 Comercialização, Mercados e Preços Agrícolas Forma de Apresentação Forma: Apresentação com presidente da sessão e sem a presença de debatedor

2 2 O MERCADO DE CARNE SUÍNA NO PARANÁ: ANÁLISE DE OFERTA E DEMANDA Resumo A suinocultura brasileira vem apresentando resultados promissores nos últimos anos. O Paraná é o terceiro maior produtor nacional e o sistema de produção paranaense está baseado na integração vertical, em que os grandes frigoríficos e as empresas processadoras de carne suína negociam diretamente com o produtor e oferecem apoio tecnológico para a produção. Este trabalho tem o objetivo de estimar a equação de oferta e demanda de carne suína no Paraná por meio do Método de Equações Simultâneas e demonstrar o impacto das variáveis econômicas no mercado de carne suína paranaense. Os resultados indicam que uma variação positiva de 1% no preço de carne suína diminui em 0,33% a quantidade demandada e 0,27% na quantidade ofertada, em função da influencia da quantidade demandada sobre a quantidade ofertada. A variação positiva de 1% no preço da carne bovina e/ou da carne de frango, aumenta em 0,18% e 0,20% a quantidade demandada de carne suína, respectivamente, mostrando que estes produtos são substitutos para o consumidor paranaense. Quanto à renda, aumentos de 1%, proporcionam um aumento de 0,39% na quantidade demandada, evidenciando que a carne suína é um bem normal e o consumidor paranaense possui curva de Engel ascendente. PALAVRAS-CHAVE: Suinocultura paranaense, integração vertical, oferta e demanda.

3 3 O MERCADO DE CARNE SUÍNA NO PARANÁ: ANÁLISE DE OFERTA E DEMANDA 1 INTRODUÇÃO O agronegócio é responsável direto pelo processo de desenvolvimento das maiores economias mundiais e não tem sido diferente no caso do Brasil. A agricultura, a pecuária e os negócios ligados a ambas tornaram-se o principal impulsionador da economia brasileira nos últimos 30 anos, sendo responsáveis por um em cada três reais gerados na economia (VEJA, 2004). Dados do Ministério da Agricultura (2004) revelam que o PIB rural cresceu 5% no ano de 2003 e o país consolidou-se como campeão em exportações de diversos ramos da pecuária e agricultura e melhorou, de maneira significativa, em outros. A agropecuária é responsável por 42% das exportações brasileiras e geram juntas 37% do emprego total no país, não deixando de lado o ciclo de investimentos que vêm sendo direcionados ao setor que, certamente, aumentarão estes índices (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, 2004). O sucesso do agronegócio está relacionado com os excepcionais resultados na exportação da soja, da carne bovina, do açúcar, do suco de laranja, da produção de leite, do frango, do café, do milho, do algodão e da carne suína. A manipulação genética e utilização de tecnologia intensiva permitiram que o suíno brasileiro não encontrasse tantas restrições sanitárias em outros países. As pocilgas são limpas e bem estruturadas, com controle de temperatura e sistema automático de limpeza e desinfecção. Este controle de higiene adotado com os suínos geneticamente modificados e a utilização única de ração na alimentação dos animais, evita a utilização de vermífugos e melhoram a qualidade do rebanho, tendo exemplares com 31% menos gordura na carne e toucinho, 14% menos calorias e 10% menos colesterol (VEJA, 2004). Este processo aumenta os lucros, pois, segundo a EMBRAPA (2004), o porco light custa 7% mais que o convencional, tem até 62% de carne na carcaça e consome 10% menos ração. É certo que nem todas as pocilgas adotam este processo tecnológico. Na sua grande maioria, os favorecidos com a tecnologia são as granjas em que os criadores estão ligados, por meio de contratos, com grandes empresas de processamento da carne suína que estão localizadas, em sua maioria, na região sul do país. De acordo com as estatísticas da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS, 2004), o Brasil é, atualmente, o quarto maior produtor mundial de carne suína, estando atrás da China, União Européia e Estados Unidos da América. Sua importância tem aumentado, nas últimas décadas, graças aos investimentos em pesquisa e desenvolvimento por parte do Governo Federal e iniciativa privada. O nível técnico de nossos profissionais, o empenho dos centros de pesquisa e a crescente introdução de tecnologia nas pocilgas têm impulsionado a criação de suínos no país, aumentando a participação do Brasil no mercado mundial. A cadeia produtiva da suinocultura tem maior expressão na região sul do país, sendo o Paraná o terceiro maior produtor nacional. O Paraná possui, hoje, uma suinocultura tecnificada, com produtores que trabalham no sistema de contratos com frigoríficos, voltados ao abastecimento do mercado interno e, também, para exportação. A oferta de carne suína no Paraná esta condicionada a diversos fatores, entre eles pode-se citar o preço da carne suína, o preço do milho (principal insumo utilizado na alimentação dos suínos), os salários pagos aos trabalhadores rurais, o volume de carne suína exportada e o consumo interno de carne suína. Da mesma forma, a demanda por carne suína no Estado tem como influência, entre outros fatores, o preço da carne suína, o preço de outras carnes (como, por exemplo, carne bovina e carne de frango) e a renda dos consumidores.

4 4 De acordo com a ABIPECS (2004), o Estado do Paraná ocupa posição de destaque na suinocultura nacional, sendo responsável por 18,02% do total de abates e 15,6% das exportações nacionais em No entanto, a lucratividade no setor não tem sido muito atrativa. Vasiluc (1998) descreve que o preço pago aos produtores em alguns casos não supera os custos de produção, gerando o acúmulo de perdas e levando a descapitalização do produtor, principalmente para os não-integrados, pois este processo inibe o investimento em tecnologia por parte dos pequenos produtores, dificultando a ampliação da produção e tendo como resultado o sucateamento das pocilgas. O estudo da suinocultura no Estado é importante no intuito de levantar informações úteis para o desenvolvimento deste setor da economia paranaense e para a implementação dos negócios auxiliando, também, no processo de tomada de decisões e investimentos neste setor altamente instável. Com base nas informações expostas acima, este estudo tem como objetivo principal estimar as equações de demanda e oferta de carne suína no Estado do Paraná no período de janeiro de 1995 a abril de 2004 buscando, especificamente, analisar o comportamento das variáveis que influenciam o mercado do produto. Assim, o presente estudo, além desta introdução, apresenta na segunda parte a estrutura atual do mercado de carne suína. Na terceira, será apresentada a metodologia utilizada neste estudo. A quarta parte apresenta os resultados e respectiva análise, enquanto a última, apresenta as considerações finais. 2 ESTRUTURA ATUAL DO MERCADO DE CARNE SUÍNA O mercado da carne suína brasileiro é formado pelo sistema de contratos verticais com frigoríficos e, de acordo com Wedekin (1995), a análise da cadeia produtiva da suinocultura nacional tem como aparato metodológico a Teoria da Organização Industrial (alicerçada no paradigma Estrutura-Conduta-Desempenho dos Mercados) e sua aplicação no setor de alimentos. Segundo este autor, o conceito de Organização dos Mercados ou Organização Institucional é atribuído às diferentes formas de relações contratuais que são estabelecidas dentro das cadeias produtivas, tendo como base a teoria dos custos de transação. Para Marques e Aguiar (1993), a origem da mudança de preços de um produto pode se dar do lado da compra de insumos, da venda de produtos ou simultânea. O sentido desta mudança e a transmissão dos preços no Brasil mostram que as variações de preços agrícolas geralmente se originam ao nível do atacado, mas podem, também, partir do produtor (produtos de exportação) e do varejo (produtos com alta elasticidade-renda da demanda). As principais características de um mercado são os processos de troca e de formação de preço. Os limites de um mercado são definidos pelo grau de interdependência de compradores e vendedores no tempo, forma e espaço, e esta interdependência é medida pela sensibilidade de preço (MENDES, 1989). Neste sentido, a diferenciação é o principal meio de competição numa estrutura de mercado oligopolizado e tanto pode ser facilmente perceptível no produto, como pode ser conseguida através da propaganda maciça. Os porcos (vivos) podem ser essencialmente iguais entre si, mas as marcas individuais de bacon podem ser significativamente diferentes, devido a aspectos físicos, procedimento de processamento diferente, embalagens, entre outros. A competição de preço é geralmente evitada (MENDES, 1989). Mendes (1989) descreve, ainda, que pelo lado da compra dos produtos agrícolas, os produtores rurais, na condição de vendedores, se defrontam com o monopsônio e mais comumente com o oligopsônio, os quais, com o intuito de maximizar seus lucros com a

5 5 aquisição de produtos na agropecuária, pagam preços abaixo dos níveis que vigorariam, se houvesse concorrência pura. Devido ao poder econômico dos monopsônios e oligopsônios, é fundamental o fortalecimento das cooperativas de produtores agrícolas. O autor acima ressalta que este tipo de estrutura de mercado é caracterizado pela existência de poucos compradores, de modo que as ações de um ou mais podem ter um efeito significativo sobre o preço de mercado dos outros compradores. É, portanto, um mercado com poucos, mas grandes compradores, fazendo com que haja uma forte interdependência entre as firmas. Marques e Aguiar (1993) descrevem que, além da intensidade com que as variações de preços são transmitidas para os diferentes níveis de mercado, a origem dessas variações e o sentido dessas transmissões precisam ser conhecidos para que se possa inferir como funciona o setor de comercialização agrícola. Quanto ao sentido da transmissão de preços, que é também conhecido como sentido de causalidade, muitos autores consideram que a transmissão ocorre nos preços de compra para os preços de venda, pressupondo a aplicação de um mark-up sobre os custos de produção, enquanto outros consideram que ela ocorre dos preços de venda para os preços de compra. O processo de integração favorece o produtor porque diminui os riscos de produção e possibilita rapidez na introdução de novos conhecimentos mas, também, favorece a integradora, por assegurar insumos homogêneos entregues de acordo com o fluxo de produção da empresa (MARQUES e AGUIAR, 1993). Ainda em Marques e Aguiar (1993), a integração vertical se dá quando diferentes firmas passam a tomar decisões administrativas conjuntamente, embora mantenham sua individualidade jurídica. A nova função de lucro a ser otimizada deixa de ser função da firma independente e passa a ser uma função composta pelo somatório das funções de lucro das firmas independentes. Castle (1958) apud Marques e Aguiar (1993, p. 119) argumenta que o desenvolvimento dos mercados de produção e consumo aproxima as diversas firmas nos diferentes estágios de produção, a otimização da atividade num determinado estágio pode envolver a maximização conjunta das atividades em vários níveis de mercado. 2.1 Suinocultura em Nível Mundial Segundo o USDA (2004), existe uma tendência significativa, em nível mundial, de aumento nos níveis de demanda por proteínas de origem animal. Esse aumento estaria ligado a melhorias de renda nos países em desenvolvimento, ao aumento da urbanização e ao crescimento populacional. Assim, a demanda internacional por todos os tipos de carne continuará crescendo fortemente nos próximos anos. Os setores de produção animal nos países em desenvolvimento, impulsionados por uma demanda crescente, estão passando por grandes mudanças. Entre o início dos anos 70 e meados dos anos 90, o volume de carne consumida nos países em desenvolvimento cresceu, praticamente três vezes mais rápido do que nos países ditos desenvolvidos. Assim, projeta-se que a demanda por carne nos países em desenvolvimento dobrará entre 1995 e Essas perspectivas estão dispostas em análise desenvolvida pelo Rabobank (2004), instituição financeira com forte presença no agronegócio internacional que indicou que a demanda mundial por carne suína e derivados continuará a crescer gradualmente, graças, principalmente, ao aumento dos níveis de consumo nos países asiáticos. A produção mundial de carne suína cresceu 1,3% e chegou a 87,2 milhões de toneladas (ABIPECS, 2004). Este crescimento relativo, segundo a mesma fonte, deve se repetir em 2004, quando a produção somaria 88,3 milhões de toneladas. O incremento na

6 6 produção mundial de carne suína continua concentrado na China, o principal produtor do planeta. Em 2003, a produção chinesa de suínos chegou a 44,1 milhões de toneladas, ou 50,6% do total mundial. Nos 15 países da União Européia foram produzidas 17,8 milhões de toneladas em 2003, enquanto nos Estados Unidos o volume chegou a 8,9 milhões. A Tabela 1 mostra a evolução da produção mundial das principais carnes, onde se observa que a carne suína ocupa destaque como a mais produzida no mundo, seguida pela carne de frango e a carne bovina, que revezaram a segunda posição no período de 1999 a Tabela 1 - Evolução da produção mundial das principais carnes, 1999 a Carnes/ Ano (Em milhões de t) 1999 % 2000 % 2001 % 2002 % 2003* % 2004** % Suína 81,7 44,5 81,4 43,7 83,1 44,6 86,0 44,2 87,2 44,8 88,3 44,6 Frango 47,5 25,9 50,1 26,9 51,7 27,6 52,8 27,1 52,8 27,1 54,6 27,6 Bovina 49,6 27,0 50,1 26,9 48,9 25,3 51,0 26,2 49,8 25,6 50,0 25,3 Peru 4,7 2,6 4,7 2,6 4,8 2,5 4,9 2,5 4,9 2,5 4,9 2,5 Total 183,5 100,0 186,3 100,0 188,5 100,0 194,7 100,0 194,7 100,0 197,8 100,0 Fonte: ABIPECS (2004). * Previsão ** Estimativa A Tabela 2 mostra os principais países produtores e a produção de carne suína, onde se destaca a China como maior produtor, seguido da União Européia e logo depois os Estados Unidos. A carne suína é a mais consumida no mundo e sua produção vem crescendo de maneira sustentada nos últimos anos. O processo de concentração e integração na criação, abate e processamento de suínos, a exemplo do que ocorre no caso do complexo agroindustrial avícola, sustentará essa tendência de crescimento, permitindo expressiva ampliação da produção (ABIPECS, 2004). TABELA 2 Evolução da produção de carne suína dos principais produtores mundiais, (em mil t.) * 2004** China União Européia Estados Unidos Brasil Canadá Rússia Polônia Japão Coréia Filipinas México Outros Total Fonte: ABIPECS (2004). * Previsão; ** Estimativa Segundo Besen et al. (2002), a produção de carne suína elevou-se nos Estados Unidos, Canadá e China em conseqüência da baixa nos preços dos grãos, reduzindo o custo da alimentação animal. Conseqüentemente, houve melhora na situação da suinocultura nesses países, levando suas indústrias a projetar uma expansão da produção. Todavia, na UE a

7 7 produção foi ligeiramente menor devido à contração do rebanho, em face dos preços mais baixos e de interesses ambientais. De acordo com a Tabela 3, o consumo mundial de carne suína aumentou 1,3% em 2003 em relação a 2002, chegando a 86,732 milhões de toneladas, de acordo com a ABIPECS (2004). Este desempenho é explicado pelo incremento no consumo na China, o maior mercado do mundo, que somou 43,856 milhões de toneladas em No Brasil, sexto maior mercado consumidor mundial, o consumo de carne suína, segundo apuração da ABIPECS (2004), caiu 7,9% em 2003 em relação a 2002, ficando em 2,2 milhões de toneladas. Tabela 3 Evolução do consumo mundial de carne suína, (Em milhões de t) Países 1999 % 2000 % 2001 % 2002 % 2003* % 2004** % China 40,024 49,0 40,291 49,7 41,764 50,4 43,101 50,3 43,856 50,6 44,708 50,9 União Européia 16,723 20,5 16,169 20,0 16,239 19,6 16,666 19,5 16,940 19,5 17,000 19,3 Estados Unidos 8,596 10,5 8,457 10,4 8,388 10,1 8,684 10,1 8,733 10,1 8,835 10,1 Japão 2,212 2,7 2,228 2,8 2,268 2,7 2,377 2,8 2,380 2,7 2,435 2,8 Rússia 2,321 2,8 2,019 2,5 2,119 2,6 2,429 2,8 2,304 2,7 2,289 2,6 Brasil 1,748 2,1 2,430 3,0 2,466 3,0 2,397 2,8 2,208 2,5 2,351 2,7 Polônia 1,484 1,8 1,544 1,9 1,487 1,8 1,587 1,9 1,640 1,9 1,660 1,9 México 1,131 1,4 1,252 1,5 1,299 1,6 1,349 1,6 1,375 1,6 1,395 1,6 Coréia 984 1,2 1,059 1,3 1,159 1,4 1,200 1,4 1,255 1,4 1,300 1,5 Filipinas 997 1,2 1,032 1,3 1,073 1,3 1,116 1,3 1,155 1,3 1,185 1,3 Canadá 1,063 1,3 1,047 1,3 1,081 1,3 1,073 1,3 1,026 1,2 1,035 1,2 Outros 4,435 5,4 3,489 4,3 3,441 4,2 3,660 4,3 3,860 4,5 3,711 4,2 Total 81, ,0 81, ,0 82, ,0 85, ,0 86, ,0 87, ,0 Fonte: ABIPECS (2004) * Previsão; ** Estimativa 2.2 A Suinocultura Brasileira A suinocultura industrial brasileira exibe indicadores de produtividade de primeiro mundo. Esta eficiência pode ser medida pelo número de terminados/porcas/ano, que dobrou nos últimos vinte anos, chegando a 24 animais. Com apenas 160 dias de idade, os porcos chegam a pesar mais de 100 quilos (ABIPECS, 2004). O Brasil continuou na posição de quarto maior produtor mundial de carne suína, com 2,7 milhões de toneladas em 2003, o que representou uma queda de 6% em relação ao ano anterior. O resultado refletiu, evidentemente, o impacto do sistema de cotas adotado pela Rússia, o maior comprador externo da carne suína brasileira. De acordo com estimativas da ABIPECS (2004), a produção brasileira aponta para 2004 fortes sinais de estabilidade, permanecendo ao redor de 2,7 milhões de toneladas. O início do progresso da suinocultura brasileira data de meados dos anos 70. O sistema de produção começou a ser integrado aos frigoríficos, modernizando a atividade do produtor ao industrial e rendendo frutos como altos índices de produtividade. O plantel de suínos no Brasil tem alimentação rigorosamente controlada, baseada em cereais de excelência, da qual estão completamente excluídos aditivos ou reguladores. Os cuidados sanitários também são os mais rigorosos, incluindo ambientes higiênicos que atendem a todos os requisitos de conservação do meio ambiente (ABIPECS, 2004). Verifica-se que o desempenho dos milhares de produtores, também, incluiu fantásticos avanços no setor da genética. Seguindo a perspectiva da demanda do mercado consumidor por uma alimentação mais saudável, foi enfatizada a introdução de animais produtores de carne magra. O resultado de todas estas iniciativas dos suinocultores brasileiros foi, portanto, a excelência em nutrição e sanidade que a carne suína brasileira passou a oferecer ao mercado interno e exterior (Tabela 4).

8 8 TABELA 4 - Evolução da suinocultura brasileira, Matrizes Alojadas Nº de Matrizes (mil) 228,1 231,2 246,1 266,3 287,1 248,6 Produção / Abate Cabeças (mil) Total (t.) Cabeças - Abate com SIF (mil) Consumo Total (t.) Per Capita (kg/hab) 9,98 10,71 14,34 14,30 13,70 12,43 % da Produção 95,20 95,00 95,10 90,30 83,50 81,80 Exportações Total (t.) Importações Total (t.) População Brasileira Habitantes (milhões) 16,2 16,32 16,95 17,24 17,5 17,76 Fonte: ABIPECS (2004). 2.3 A Suinocultura Paranaense De acordo com Besen et al. (2002), a cadeia da carne suína no Estado do Paraná pode ser demonstrada, grosso modo, na Figura 1, a qual permite identificar seus principais elos, seus atores, relevância e conexões. Esquematicamente, o fluxograma da cadeia agroindustrial da carne suína no Paraná permite uma aproximação dos principais atores envolvidos e suas relações sistêmicas. Ressalte-se, no entanto, que a conformação técnico-produtiva da cadeia se diferencia para o conjunto dos participantes desse Sistema Agroindustrial. Ou seja, a forma como se distribuem os ativos interfere na condição técnica de organizar o sistema, influenciando muito na determinação dos riscos associados ao processo produtivo e, conseqüentemente, no grau de competitividade da cadeia. Exemplo dessa afirmação são os suinocultores não integrados que, em função de atuarem independentemente das processadoras, corre o risco de ofertar mais suínos que a programação de abate, desencadeando um excesso de oferta e rebaixamento dos preços, com impactos negativos sobre a margem de lucro da suinocultura em geral. No Paraná, o setor de abate e processamento de carnes apresenta situação bastante diversificada em relação ao mercado, ao porte das empresas, à localização geográfica e ao nível tecnológico. No caso da carne suína, o segmento de industrialização tem se diversificado e evoluído sensivelmente. As grandes empresas, normalmente operam em sistemas de integração, a exemplo do que acontece no complexo ave. O setor de suínos, no Paraná, seguindo a tendência nacional, possui grupo composto por poucas e grandes empresas frigoríficas. É interessante notar que essas empresas também trabalham com o abate e processamento de aves, possuem processos de produção compatíveis com o moderno paradigma tecnológico mundial e competem eficientemente no mercado mundial e nacional. Trabalham, basicamente, com embutidos e produtos industrializados de maior valor agregado e, hoje, operam como holding, congregando um grupo de empresas de alimentos com forte representatividade no complexo agroindustrial do país, possuem várias unidades de produção, centros de distribuição e milhares de integrados formando estruturas operacionais de grande dimensão, onde se incluem as plantas localizadas em território paranaense (BESEN et al., 2002).

9 9 FIGURA 1 Fluxograma da cadeia produtiva de carne suína no Estado do Paraná, Fonte: BESEN et al. (2002). Besen et al. (2002) destacam que as unidades de produção das empresas líderes instaladas no Paraná não são autônomas. A atuação do estabelecimento bem como seus resultados e estratégias decorrem do planejamento estratégico do grupo. Esses estabelecimentos são meros cumpridores de metas, ou seja, as ordens de produção são todas organizadas pela matriz. Assim, no segmento de abate e processamento paranaense, o elemento diferenciador das estruturas produtivas está fortemente centrado no direcionamento de mercado. As empresas de abate com atuação no mercado externo respondem por 83% do abate inspecionado e se diferenciam das demais em tecnologia, escala, gestão e relações com o mercado. As empresas com atuação exclusiva no mercado interno são, em geral, de menor porte e fortemente sujeitas aos movimentos de mercado das empresas exportadoras. De acordo com a Tabela 5, o rebanho suinícola paranaense em 1999 contava mil cabeças, o qual se encontrou praticamente estabilizado nos últimos três anos. O plantel do rebanho industrial atingiu o patamar de mil cabeças, representando 72% do rebanho total, alojado em 33 mil estabelecimentos, o equivalente a 26% de todas as propriedades do Estado que possuem suínos, ou seja, um quarto dos produtores participa com quase dois terços da produção. TABELA -5 Características da suinocultura no paranaense, Itens Rebanho Geral Rebanho Industrial Propriedades (n o ) Efetivo (cabeças) Produção (toneladas) Fonte: BESEN et al. (2002).

10 10 A exemplo do que se verifica para a Região Sul como um todo, o rebanho industrial paranaense é predominantemente (70%) desenvolvido por sistemas de produção organizados em torno da integração entre produtores e indústria processadora. Assim, coexiste no Estado um sistema de produção integrado, com perfil tecnológico mais desenvolvido em função do controle mais rígido por parte da indústria, e um sistema de produção independente, em que os criadores detêm organização interna distinta e maior autonomia, embora ainda restrita quanto às características do rebanho. Nesse caso, mesmo que as raças criadas e o sistema de alimentação do rebanho e de administração da propriedade não sejam diretamente determinados pelas empresas processadoras de carne, as raças são resultado direto da inovação genética, cuja criação depende de controle mais estrito por parte da indústria processadora (BESEN et al., 2002). Na análise de Besen et al. (2002), para o Paraná, vem apontando uma terceira forma de organização dessa produção, baseada na oferta de animais terminados por associados de cooperativas. Essas cooperativas não possuem unidades de abate e/ou processamento e atuam exclusivamente como mediadoras entre a demanda industrial e a produção dos cooperados, ou seja, a partir da demanda acordada e contratada com a indústria, planejam e organizam a oferta dos cooperados e coordenam o processo de comercialização. No que tange às exportações de carne suína, o Paraná, tem apresentado crescimento substancial no período de 1998 a 2001 conforme mostrado na Tabela 6. TABELA 6- Exportações paranaense de carne in natura e industrializada, 1995 a (Em t.) Anos Quantidade Aves Bovinos Suínos Outros Total Fonte: Besen et al.(2002). 3 METODOLOGIA Para estimar as equações de oferta e de demanda de carne suína no Estado do Paraná utilizou-se o Método de Equações Simultâneas 1. Para tanto foram utilizados dados coletados de diversos institutos, associações, sindicados e centros de pesquisas, no período compreendido entre 1995 e 2004, estimando-se as equações com as variáveis na forma logarítmica por apresentar direto o resultado das elasticidades. A metodologia de análise e desenvolvimento deste estudo foi baseada em um estudo feito por Martins e Lima (2003) sobre estimação da oferta e demanda de ovos no Estado do Ceará utilizando o Método de Equações Simultâneas. De acordo com a teoria microeconômica, a curva de demanda de um produto mostra a quantidade máxima que um consumidor ou um grupo de consumidores estão dispostos a consumir de um bem, dado o seu preço. A curva de demanda de uma mercadoria específica mostra a relação entre a quantidade de equilíbrio dessa mercadoria comprada ao 1 Para a descrição completa do modelo de equações simultâneas, veja os capítulos 18, 19 e 20 de Gujarati (2000).

11 11 preço de mercado, mantendo-se constante a renda monetária nominal e os preços das outras mercadorias (FERGUNSON, 1993). Assim, no caso da demanda de carne suína no Paraná, formulou-se a seguinte função de demanda: Qd = f ( Ps, Pb, Pf, R) (3.1) em que: Qd = quantidade total consumida de carne suína/mês no Paraná (kg); Ps = preço médio no atacado da carne suína em geral no Paraná (R$/kg); Pb = preço médio no atacado da carne bovina em geral no Paraná (R$/kg); Pf = preço médio no atacado do frango resfriado/congelado no Paraná (R$/kg); R = salário médio dos trabalhadores no Paraná (R$/mês). A curva de oferta mostra a quantidade mínima que um produtor está disposto a produzir dado o seu preço. De acordo com Varian (1999), a curva de oferta informa à quantidade que os produtores estão dispostos a vender para cada preço que possam receber no mercado. A curva é inclinada para cima porque quanto mais alto for o preço, maior será o número de empresas aptas e desejosas a produzir e vender e, portanto, maior será a quantidade ofertada. Dessa forma, percebe-se que na oferta a relação preço-quantidade é direta. Para a oferta de carne suína no Paraná formulou-se a seguinte função de oferta: Qs = f ( Ps, Pp, Pm, Px, S, X ) (3.2) em que: Qs = quantidade total de cabeças abatidas (suínos) no Paraná (un.); Ps = preço médio no atacado da carne suína em geral no Paraná (R$/kg); Pp = preço médio recebido pelo produtor de suínos no Paraná (R$/kg); Pm = preço médio no atacado de milho e farelo no Paraná (R$/kg); Px = preço médio de exportação da carne suína no Paraná (U$/kg); S = salário médio do trabalhador rural paranaense (R$/mês); X = exportação total de carne suína paranaense (kg); Com base nas funções (3.1) e (3.2), desenvolve-se o modelo econométrico para demanda e oferta de carne suína no Estado do Paraná, formando suas respectivas equações estruturais: Equação de demanda: Qd = α 0 + α1ps + α 2Pb + α 3Pf + α 4R + u1 (3.3) e espera-se que: α 1 < 0, α 2 > 0, α 3 > 0, α 4 > 0 Equação de oferta: Qs = β 0 + β1ps + β 2Pp + β 3Pm + β 4Px + β 5S + β 6 X + μ 2 (3.4) e espera-se que: β 1 > 0, β 2 > 0, β 3 < 0, β 4 > 0, β 5 < 0, β 6 > 0 Nas equações acima, os α (s) e β (s) são os parâmetros estruturais e u1 e u2 são os termos de perturbação estocástica das equações de demanda e oferta, respectivamente. Preço (Ps) e Quantidade ( Qd, Qs) são determinados dentro do modelo e, portanto, são variáveis endógenas. As demais são determinadas fora do modelo, portanto, são variáveis exógenas. Antes de aplicar o método verificou-se o sistema de equações simultâneas estava completo e identificado, para se tornar possível à solução única e obter as equações na forma reduzida. Observou-se que as equações de oferta e demanda são superidentificadas e atende as condições necessária e suficiente, conforme descrito em Gujarati (2000). Para a estimativa dos parâmetros utilizou-se o Método dos Mínimos Quadrados de dois estágios. Martin e Perez (1975) apud Martins e Lima (2003, p. 6), afirmam que a utilização desse método é vantajosa pela facilidade de uso e por ser eficiente na estimação para pequenas e grandes amostras. Para Matos (2000), o MQ2E tem o objetivo de retirar da

12 12 variável endógena de determinada equação o componente que está correlacionado com o termo perturbação. De acordo com Matos (2000), a estimação pelo método MQ2E permite o cálculo do erro-padrão dos parâmetros estimados. Entretanto, os resíduos utilizados para calcular as estatísticas de avaliação não são obtidos apenas a partir dos resultados do segundo estágio. Os valores estimados da variável dependente são calculados mediante a utilização dos parâmetros estimados consistentes, obtidos no segundo estágio, e as variáveis explicativas da equação estrutural. Assim, os parâmetros estruturais são substituídos por sua estimativa consistente, obtida no segundo estágio do MQ2E. A partir dos valores estimados da variável dependente, obtidos no segundo estágio, são calculados os resíduos que, por sua vez, são utilizados para o cálculo da variação residual (VR). Com base no valor de VR, elabora-se o quadro de análise de variância, possibilitando os cálculos da variância residual (S 2 ), da estatística R 2 e da estatística F. Tais resíduos corrigidos são igualmente usados para o cálculo da estatística d de Durbin-Watson para o teste de autocorrelação serial. Para verificar a presença de simultaneidade, utilizou-se o teste proposto por White (1980) apud Matos (2000, p. 224), que consiste em regredir o quadrado dos resíduos de MQO (e 2 ) sobre os produtos cruzados e de segunda ordem de todos seus regressores, incluindo o termo constante: e 2 i = a 0 + k j= 1 k j= k a s X ij X ik 2 A estatística do teste é definida por W = n R, onde n é o tamanho da amostra e R 2 é o coeficiente de determinação obtida pela estimação da equação, W tem distribuição qui-quadrado e k graus de liberdade, onde k corresponde ao número de regressores incluídos na estimativa da equação (3.5). Caso seja aceita a hipótese de presença de viés de simultaneidade, a especificação de um modelo de equações simultâneas será mais adequada do que o uso de modelo uniequacional. De acordo com Hill et al. (1999), os testes F, t não são estritamente válidos no MQ2E. Para verificar a significância dos parâmetros, é preciso observar se estes possuem valores absolutos maiores que seus respectivos erros-padrão. Caso contrário, os parâmetros não serão significativos. Se o parâmetro é o dobro, em valor absoluto, do seu erropadrão a sua estimativa é razoavelmente segura. Os testes de Durbin-Watson e o coeficiente de determinação R 2 também não são estritamente válidos para fazer estimativas com esse método, mas se usados, deverão ser analisados com cautela. Para verificar a existência de multicolinearidade nas equações do sistema, utilizou-se o teste proposto por Jonhston apud Matos (2000, p. 126), que consiste em regredir cada variável explicativa sobre todas as outras, e analisar se os parâmetros são estatisticamente significativos, utilizando para isto os teste t e F, com a hipótese nula de ausência de multicolinearidade. Para verificar se os resíduos são correlacionados entre si (autocorrelação serial), utilizou-se o método proposto por Durbin e Watson (1951), apud Matos (2000, p. 136). Para a estatística d, utilizo-se o método para grandes amostras d = 2(1 r). Para verificar o pressuposto da homocedasticidade utilizou-se do teste de Pesaran e Pesaran (1987), apud Matos (2000, p. 152). Para se realizar o teste é necessário calcular os valores estimados de Qd e Qs e, em seguida, encontrar os respectivos resíduos. Depois, regride-se o quadrado dos resíduos ( e i ) sobre o quadrado dos valores estimados da variável dependente ( Qi ), como segue: (3.5)

13 13 2 ei = a + bq + v i 2 (3.6) O teste da estimativa do parâmetro b pela estatística t ou F revela a significância ou não da relação (3.6) e, conseqüentemente, a do grau de heterocedasticidade. 4 ANÁLISE DOS RESULTADOS Inúmeras tentativas foram feitas no intuito de estimar as equações de oferta e demanda de carne suína no Estado do Paraná. Neste processo, devido a problemas de significância, houve a necessidade de alguns ajustes nos dados selecionados (e até mesmo a exclusão de alguns) como por exemplo, o preço de exportação (Px). A idéia inicial seria apresentar os valores desses preços em reais, mas por motivos de multicolinearidade, regrediu-se o modelo utilizando os dados na forma em que foi coletado, ou seja, em dólar. No processo de escolha das equações estruturais, foram levados em consideração: a realidade da suinocultura paranaense; o poder explicativo da regressão; a consistência com a teoria econômica e o nível de significância dos parâmetros. O teste de White revelou a presença de viés de simultaneidade, indicando ser mais adequado o uso do modelo multiequacional. Os resultados obtidos através das equações foram estimados sob a forma logarítmica para as duas equações. A análise das equações e os testes realizados serão apresentados a seguir. 4.1 Análise da Equação de Demanda Os resultados estimados da equação estrutural da demanda de carne suína no Estado do Paraná são mostrados na Tabela 7. Com base nestes resultados, estimou-se a equação logarítimica da demanda de carne suína no Paraná dada por: Qd = 14,4214 0,3329Ps + 0,1845Pb + 0,2070Pf + 0, 3988R (4.1) TABELA 7 - Equação logarítmica da demanda de carne suína no Estado do Paraná, Variável Coeficiente Erro Padrão Estatística t Constante 14, , , Ln Ps -0, , , Ln Pb 0, , , Ln Pf 0, , , Ln R 0, , , R 2 0, F 28, d 1, n (n o de períodos/meses) 112 Fonte: Estimativas dos autores. De acordo com Hill et al. (1999), embora o R 2 não seja válido para as equações estruturais, convém apresentá-lo para indicar aproximadamente a proporção da variação total explicada pela regressão. O coeficiente de determinação múltiplo (R 2 ) foi de 0,5188, ou seja, 51,88% da variação de Qd é explicada pela variação das variáveis explicativas, representando um bom ajuste.

14 14 A estatística F mostra o efeito conjunto das variáveis explicativas sobre a variável dependente, ou seja, serve para verificar se pelo menos uma das variáveis é estatisticamente significante. No modelo proposto para a demanda de carne suína o valor de F calculado foi de 28,84, sendo o F crítico igual a 2,45, rejeita-se a hipótese nula de ausência de efeito. A estatística t de Student, apresentou valores absolutos maiores que o dobro de seu erro-padrão em todas variáveis, sendo razoáveis suas estimativas, de acordo com a aplicação deste teste para o MQ2E. A estatística d calculada foi de 1,9043, sendo o valor crítico inferior di igual a 1,592 e superior du igual a 1,758. Assim, verificou-se que não há presença de autocorrelação serial. Estatisticamente, os coeficientes estimados de todas as variáveis apresentaram resultados significativos. Segundo a teoria econômica, o sinal de α 1 deve ser menor que zero, o que representa uma relação inversa entre preço e quantidade demandada de carne suína. No modelo estudado, a elasticidade preço da demanda da carne suína foi igual a 0,33, ou seja, para cada 1% de variação positiva no preço da carne suína, há um decréscimo de 0,33% na quantidade demandada, mantido tudo o mais constante. De acordo com o resultado para o Estado do Paraná, a demanda por carne suína apresenta-se bastante inelástica, ou seja, a variação proporcional (ou percentual) da quantidade demandada dividida pela variação proporcional (ou percentual) do preço é menor que 1. Na elasticidade preço-cruzada da demanda de carne suína em relação à carne bovina e à carne de frango, α 2 e α 3 apresentaram sinal positivo. Isso implica que a carne suína é produto substituto da carne bovina e da carne de frango, ou seja, quando o preço da carne bovina e/ou da carne de frango aumenta, o consumidor paranaense reage com aumento na quantidade demandada de carne suína. No modelo apresentado, para cada 1% de variação positiva no preço da carne bovina e/ou da carne de frango, há um acréscimo de 0,184% e de 0,207%, respectivamente, na quantidade demandada de carne suína, mantido tudo o mais constante. De acordo com Abreu (1995), o resultado do coeficiente α 4 mostra que a carne suína é um bem normal no Paraná, ou seja, sua elasticidade-renda foi maior que zero e menor que um. Especificamente, para cada 1% de variação positiva no salário dos trabalhadores do Estado do Paraná, há acréscimo de 0,3988% na quantidade demandada de carne suína. O teste aplicado para verificar o pressuposto da homocedasticidade na equação de demanda de carne suína, permitiu aceitar a hipótese de ausência de heterocedasticidade nos dados, ou seja, a variação dos resíduos gerados pela estimação é constante (pressuposto da homocedasticidade aceito). Constatou-se que existe multicolinearidade para a equação estrutural da demanda, pois o coeficiente preço da carne bovina apresentou multicolinearidade com as variáveis preço do suíno e preço do frango, o que não foi possível corrigir, pois foi eliminada a variável preço da carne suína e, mesmo assim, não foi eliminado o problema da multicolinearidade. Segundo Gujarati (2000), suprimir uma variável do modelo para aliviar o problema da multicolinearidade pode resultar em viés de especificação. Conseqüentemente, em algumas situações, a tentativa de correção do modelo pode impedir a estimativa precisa dos parâmetros. Assim, omitir uma variável pode nos enganar seriamente no que diz respeito aos valores dos parâmetros.

15 Análise da Equação de Oferta Os resultados estimados da equação estrutural da oferta de carne suína no Estado do Paraná encontram-se na Tabela 8. Com base nestes resultados, a equação logarítmica da oferta de carne suína no Paraná é dada por: Qs = 10,0547 0,272Ps + 0,0782Pp + 0,1764Pm + 0,0412Px + 0,3238S + 0, 0511X TABELA 8 - Equação logarítmica da oferta de carne suína no Estado do Paraná, 995 a Variável Coeficiente Erro Padrão Estatística t Constante 10, , , Ln Ps -0, , , Ln Pp 0, , , Ln Pm 0, , , Ln Px 0, , , Ln S 0, , , Ln X 0, , , R 2 0, F 93, d 1, n (número de períodos meses) 112 Fonte: Estimativas dos autores. Para a equação de oferta de carne suína no Paraná, o coeficiente de determinação múltiplo (R 2 ) foi de 0,8421, ou seja, 84,21% da variação de Qs é explicada pela variação das variáveis explicativas, representando um ótimo ajuste. O valor de F calculado foi de 93,33, sendo o F crítico igual a 2,18, rejeitando-se a hipótese nula de ausência de efeito. A estatística DW calculada foi de 1,8219, sendo o valor critico inferior di igual a 1,55 e superior du igual a 1,803. Verificou-se assim, que não há presença de autocorrelação serial. Estatisticamente, os coeficientes estimados de todas as variáveis apresentaram resultados significativos. Para a equação de oferta de carne suína, a estatística t de Student apresentou valores absolutos maiores que o dobro de seu erro-padrão na maioria das variáveis, sendo razoáveis suas estimativas, de acordo com a aplicação do teste para o MQ2E. No caso das variáveis Ps e Pp, os resultados apresentaram-se não significativos. De acordo com a teoria econômica, o sinal de β 1 deve ser maior que zero, o que representa uma relação direta entre preço e quantidade ofertada de carne suína. No modelo estudado, a elasticidade preço da oferta de carne suína foi igual a 0,27, indicando que, para cada 1% de variação positiva no preço no atacado de carne suína, há decréscimo de 0,27% na quantidade ofertada, mantido tudo o mais constante. Esta relação não condiz com a teoria econômica, mas é explicada pelo fato de ocorrer no mercado suinícola paranaense, influência da quantidade demandada na quantidade ofertada. Conforme aumenta Ps, ocorre a redução de Qd. Como os frigoríficos e empresas processadoras de carne suína trabalham integrados com os produtores, com a redução de Qd, aqueles não se sentem estimulados a aumentar as encomendas, diminuindo a compra de cabeças de suínos dos produtores, reduzindo, por conseqüência, a quantidade ofertada Qs. No modelo apresentado, para cada 1% de variação positiva no preço recebido pelo produtor, há acréscimo de 0,078% na quantidade ofertada, e, para cada 1% de (4.2)

16 16 variação positiva no preço de exportação da carne suína paranaense, há acréscimo de 0,041% na quantidade ofertada de carne suína, mantido tudo o mais constante, o que demonstra que o suinocultor paranaense está investindo o lucro obtido na ampliação da produção. Para cada 1% de variação na quantidade exportada de carne suína, ocorre aumento de 0,051% na quantidade ofertada. Para cada 1% de variação do salário paga aos trabalhadores rurais do Estado do Paraná, há acréscimo de 0,323% na quantidade ofertada, demonstrando que o trabalhador rural paranaense produz mais quando é melhor remunerado. No caso de uma variação positiva do preço do milho, espera-se que ocorra uma variação negativa na quantidade ofertada de carne suína. No modelo estimado, tal relação não se verificou. Uma variação positiva de 1% no preço do milho proporciona uma variação positiva de 0,176% na quantidade ofertada de carne suína. Segundo Martin e Perez (1975) apud Martins e Lima (2003, p. 9), pelo menos três fatores podem causar esses resultados. Primeiro, os dados talvez não estejam captando os preços efetivamente pagos pelos suinocultores. Assim, o uso de alimentos produzidos na própria fazenda ao invés de rações compradas ou falta de inclusão do custo de transporte nos custos das rações faz com que o preço da ração utilizada não represente efetivamente o custo do alimento dado aos suínos. Em segundo lugar, o modelo especificado, talvez não possa separar os efeitos de substituição e produção. Como a quantidade produzida de suínos está aumentando ao longo do tempo, o uso de todos os insumos também deve aumentar. Então, o efeito "produção" está eliminando o efeito "substituição". Finalmente, o modelo pode não estar corretamente especificado: faltam outras variáveis "insumos" como custos de edifícios e equipamentos, uso de créditos, despesas com medicamentos, ou na administração da empresa. Porém, considerando a equação da oferta em geral, inclusive o R 2 e os testes F e Durbin-Watson, os resultados são razoáveis. O teste aplicado para verificar o pressuposto da homocedasticidade na equação de oferta de carne suína, permitiu aceitar a hipótese de ausência de heterocedasticidade nos dados, ou seja, a variação dos resíduos gerados pela estimação é constante (pressuposto da homocedasticidade aceito). Constou-se a existência de multicolinearidade para a equação estrutural da oferta, pois o coeficiente preço do milho apresentou multicolinearidade com as variáveis preço do produtor, preço de exportação e salário dos trabalhadores rurais. Não foi possível a correção, pois as variáveis demonstraram significância e a tentativa de correção dos dados piorou o modelo. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A suinocultura brasileira ocupa posição de destaque internacional, sendo o Brasil o quarto maior produtor mundial e o Paraná o terceiro maior produtor nacional. Considerando os objetivos descritos neste trabalho, as equações de demanda e oferta foram estimadas, buscando sempre representar a realidade do consumidor e do produtor paranaense. As estimativas indicam que a carne suína para o Estado do Paraná é um bem normal, com demanda e oferta inelásticas. Constatou-se, também, que o aumento dos preços da carne suína reduz a quantidade demandada, pois, conforme observado, o aumento dos preços da carne bovina e/ou da carne de frango aumentam a quantidade demandada de carne suína, demonstrando que estes produtos são bens substitutos. Assim, o contrário também é verdadeiro, ou seja, o aumento do preço da carne suína proporciona o aumento da quantidade demandada de carne de frango e/ou carne bovina (mantendo tudo mais constante), explicando a relação inversa do preço e da quantidade demandada. O aumento da renda do consumidor paranaense influência positivamente a demanda de carne suína, demonstrando que o produto possui curva de Engel ascendente.

17 17 Observou-se que o aumento dos preços de suínos reduz a quantidade ofertada de carne suína. Portanto, alterações nos preços devem ser cuidadosamente planejadas por parte dos frigoríficos e empresas processadoras. A análise na curva de oferta permite inferir que a expansão da suinocultura paranaense está relacionada com o potencial de exportação da carne suína, pois variações positivas no preço de exportação e na quantidade exportada influenciam positivamente a quantidade ofertada. O mercado externo é bastante dinâmico, conforme observado, e há espaço para a carne suína brasileira, sendo fundamental ao produtor investir em sanidade e tecnologia no intuito de alcançar maior lucratividade. As variações positivas nos salários pagos aos trabalhadores rurais e no preço recebido pelo produtor proporcionam um acréscimo da quantidade ofertada. Quanto ao preço da ração (aqui representada pelo preço do milho), o modelo não foi conclusivo, pois se mostrou incoerente com a teoria econômica. De forma geral, verificou-se que a cadeia produtiva de carne suína paranaense está, em sua maior parte, sobre controle dos frigoríficos e empresas processadoras. O produtor é apenas um tomador de preços e o comportamento do consumidor paranaense está de acordo com a teoria econômica no caso de variações no preço e na renda. Tendo como base os dados deste estudo, pode-se concluir que a variável que representa maior significância na variação da quantidade demandada é a renda. Assim, uma recomendação importante aos frigoríficos e empresas processadoras de carne suína, seria o investimento em propaganda, com intuito de consolidar a preferência do consumidor paranaense em sua marca e em seus produtos, possibilitando a redução da relação de substituição com as outras carnes. No caso da oferta de carne suína, uma recomendação necessária aos produtores paranaenses, seria a sua organização coletiva em cooperativas, com o objetivo de tornarem-se mais competitivos no mercado e negociar melhores preços junto aos frigoríficos e empresas processadoras de carne suína. REFERÊNCIAS ABIPECS, Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína. Relatório Anual Disponível em: < Acesso em 15 de maio de ABREU, Jether. Microeconomia: Uma abordagem introdutória. São Paulo, Makron Books, BESEN, G. M. V.; et al. Análise da competitividade da cadeia agroindustrial de carne suína no Estado do Paraná. Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social, Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade e Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais da UFSCAR, Curitiba: IPARDES, EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em: < Acesso em 28 de maio de FERGUSON, C. E. Teoria microeconômica. 17 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, GUJARATI, Damodar N. Econometria Básica. São Paulo: Pearson Education do Brasil, Makron Books, 2000.

18 18 HILL, R. C.; GRIFFITHS, W. E.; JUDGE, G. G. Econometria. São Paulo: Saraiva, MARQUES, P. V.; AGUIAR, D. Rolim D. de. Comercialização de Produtos Agrícolas. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, MARTINS, G.; LIMA, E. S. Uma Análise Econométrica do Mercado de Ovos no Estado do Ceará. In.: XXXIX Congresso Brasileiro de Economia e Sociologia Rural, Anais do... Recife: SOBER, CD-ROM. MATOS, O. C. de. Econometria básica: Teorias e aplicações. São Paulo, Atlas, MENDES, J. T. G. Economia Agrícola: Princípios Básicos e Aplicações. Curitiba: Scientia et Labor, MINISTÉRIO da Agricultura. Análise da agricultura e pecuária brasileira. Disponível em: < Acesso em 17 de maio de RABOBANK; Food & agribusiness research. The world beef industry: market study. Disponível em: < Acesso em 21 de junho de SALVATORE, D. Microeconomia. Tradução de Eduardo P. Hingst e Danilo A. Nogueira; revisão técnica de Sandra de N. Brisolla. São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, USDA, United States Department of Agriculture. Vertical coordination and consumer welfare: The case of the pork industry. Disponível em: < Acesso em 23 de junho de VARIAN, Hal, R. Microeconomia. Princípios básicos. Tradução da 4ª edição americana. Rio de Janeiro: Campus, VASILUC, F. L. Cadernos de Economia: Avaliação da Rentabilidade da Suinocultura no Oeste Catarinense Chapecó, 3 (2): C122c, Grifos, VEJA, Revista. O Brasil que planta e colhe dinheiro. Edição especial Agronegócio. Ano 37, nº 1848, p Abril WEDEKIN, V. S. P. Agricultura em São Paulo: Cadeia Produtiva da Suinocultura no Brasil. São Paulo, 42 (1), IEA ISSN

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