Biodiversidade. Iniciativa

Transcrição

1 Bio div e rsid e d a

2 Efeito da poluição nas espécies e habitats Sendo que a natureza é um sistema que está interligado, os elementos que aí actuam interagem entre si. Assim, quando um elemento é afectado todos os outros acabam, mais cedo ou mais tarde, por ser também afectados. Ao interferir nos habitats, a poluição pode levar a desequilíbrios nos ecossistemas que originam a diminuição ou extinção de espécies, causando perdas da biodiversidade. O que leva à perda da biodiversidade? A poluição, o uso excessivo dos recursos naturais, a expansão das fronteiras agrícola, urbana e industrial em detrimento dos habitats naturais, entre outros factores. Espécies ameaçadas em Portugal As espécies ameaçadas são identificadas como aquelas cujo número de exemplares é muito reduzido. Estas espécies têm um risco elevado de virem a desaparecer, caso não sejam protegidas. O Instituto da Conservação da Natureza e da (ICNB) identificou, no seu Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, as espécies de animais vertebrados ameaçadas em Portugal (continente e ilhas). Podes consultá-lo em (Fonte: Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Consultado em em Agosto de 2010). A POLUIÇÃO pode ser entendida como a introdução pelo homem, directa ou indirecta, de substâncias ou energia no ambiente, que provocam um efeito negativo no seu equilíbrio, causando assim danos na saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema. O termo BIODIVERSIDADE descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.

3 EXEMPLOS DE ESPÉCIES AMEAÇADAS EM PORTUGAL ANIMAIS VERTEBRADOS AVES ÁGUIA-REAL ABUTRE PRETO CORUJA-DO-NABAL GARAJAU-GRANDE GARÇA-VERMELHA MAMÍFEROS BALEIA AZUL BÔTO GATO-BRAVO LINCE IBÉRICO LOBO PEIXES ENGUIA-EUROPEIA SÁVEL SAVELHA SARAMUGO RÉPTEIS TARTARUGA-COMUM CÁGADO DE-CARAPAÇA-ESTRIADA

4 Efeitos das alterações climáticas nos ecossistemas e nas migrações Os ecossistemas são responsáveis por nos fornecerem vários recursos essenciais à vida: a disponibilização de alimento e água limpa, a captura e armazenamento de grandes quantidades de CO2, o fornecimento de elementos essenciais para a produção de medicamentos, entre outras. Contudo, as alterações climáticas (ACs) põem em risco estas funções. São vastos e já bem visíveis os efeitos das ACs sobre os ecossistemas. Estes podem provocar impactes nos ecossistemas e na saúde, cuja extensão e gravidade se desconhece. Enumeram-se alguns exemplos: Surgimento de espécies novas, adaptadas às novas condições ambientais. Um ECOSSISTEMA é considerado um sistema formado pelo ambiente e pelos seres vivos que nele vivem e com o qual se relacionam. Consideram-se num ecossistema, as diversas populações de animais, plantas e bactérias e os factores externos que as afectam como por exemplo, a água, o sol, o solo, o gelo, o vento, entre outros. Assim, um ecossistema pode ser visto como um conjunto de comunidades que interagem entre si e influenciam ou são influenciados pela acção dos factores externos. Dificuldade de adaptação dos diferentes ecossistemas às rápidas alterações climáticas. Extinção de espécies. Diminuição de alimento/recursos para a sobrevivência das espécies. Alterações no regime de migração das aves. Perda de habitats. Redução da produtividade dos ecossistemas. As ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS são alterações, aceleradas, que se verificam nas características do clima. São provocadas pela alteração do equilíbrio natural da atmosfera e podem ser motivadas pelos ciclos naturais da natureza ou pela emissão de poluentes derivados das actividades humanas.

5 As áreas protegidas de Portugal Em Portugal, existem vários locais e até mesmo regiões onde são feitos esforços, como por exemplo, dinamização de iniciativas e promoção de acções, para proteger a natureza, os seus ecossistemas e habitats. O Parque Nacional da Peneda-Gerês é parque nacional que engloba vários ecossistemas inalterados ou pouco alterados pela intervenção humana. Integra amostras naturais, espécies vegetais e animais, característicos da região. O termo ESPÉCIE é entendido como um conjunto de organismos semelhantes e que, em condições naturais, se cruzam entre si, dando origem a descendentes férteis, similares aos progenitores. O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros e o do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina são exemplos de parques naturais. São caracterizados por abrangerem paisagens naturais e humanizadas, de interesse nacional, e representarem a integração harmoniosa da actividade humana e da Natureza. As reservas naturais são áreas destinadas à protecção da flora e da fauna, de forma a manter os processos naturais em estado imperturbado. Exemplos destes locais são as reservas naturais das Dunas de São Jacinto e da Serra da Malcata. Existem, ainda, outros locais dotados de um estatuto para salvaguardar os aspectos ambientais, estéticos, culturais e sociais, protegendo, directa ou indirectamente, os ecossistemas associados. São exemplos as paisagens protegidas e os monumentos naturais. Existem várias definições para o termo NATUREZA, no entanto, é difícil limitar o que é a Natureza. Assim, deixamos algumas frases que espelham o conceito: mundo exterior ao homem, sistema das leis que regem e explicam o conjunto do mundo exterior, manifestação das forças naturais num dado local, conjunto dos caracteres que fazem com que uma coisa ou um ser pertençam a uma espécie ou a uma categoria determinada.

6 SABIAS QUE? Foi no mar que a Vida na Terra teve origem. No começo do século XX a taxa de extinção atingiu uma espécie por ano. Por cada espécie vegetal que se extinga muitas outras espécies animais podem desaparecer. Em cada ano, aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta tropical são desflorestados e que, se isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que habitam as florestas tropicais poderão estar extintas dentro dos próximos 30 anos. As florestas ocupam 32% da superfície total dos continentes e são importantíssimas para a regulação do clima e do ciclo da água, para a produção de madeira e para a conservação da biodiversidade. Na Europa já pouco resta das florestas primitivas que começaram a ser derrubadas na Idade Média. Também muitas espécies de peixes estão hoje em declínio devido à pesca excessiva. Na Suécia, a poluição e a acidez das águas impede a sobrevivência de peixes e plantas em quatro mil lagos do país. Em França, o rio Sena recebe tanta quantidade de efluentes urbanos que, no Verão, metade das águas do rio são águas de esgoto. Entre 70 e 75 por cento da superfície terrestre é coberta por água. A mesma água que existia na Terra há milhões de anos ainda está presente hoje. Sem água, ninguém poderia comer, porque não poderíamos molhar os alimentos com saliva e não poderíamos respirar sem humidade nos pulmões. São necessários cerca de 23 litros de água para cultivar um pé de alface. São necessários litros de água para produzir o aço usado numa bicicleta. Para se cultivar 1 tonelada de trigo, são necessárias 1000 toneladas de água. Para se obter um 1 litro de gasolina a partir do petróleo, podem ser necessários até 10 litros de água. Cultivar a alimentação diária de um adulto médio exige 24 mil litros de água. Para se produzir 1 Kg de papel são necessários 600 litros de água, 1 litro de cerveja, 15 litros de água, 1 Kg de trigo, 450 litros de água, 1 kg de arroz, 2000 litros e 1 litro de leite 3800 litros.

7 FICHA TÉCNICA Ficha Temática Desenvolvimento dos conteúdos Núcleo de Ambiente do ISQ Storyboards LearnAbout Web-design LearnAbout Imagens Bancos de imagens do Office online e da União Europeia Desenvolvimento tecnológico LearnAbout Propriedade Comissão Europeia Concepção ISQ e-learning / LearnAbout Produto desenvolvido no âmbito do Plano de Comunicação 2010, instrumento para a promoção da política de informação e comunicação da União Europeia em Portugal, uma iniciativa da Comissão Europeia, desenvolvido no âmbito de um concurso promovido pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD), enquanto Organismo Intermediário, Acção 3.5 Produtos Pedagógicos sobre Por uma Eco-Europa. As opiniões expressas neste produto vinculam apenas os seus autores, não representando a opinião da União Europeia. A Comissão Europeia não se responsabiliza por qualquer uso que possa ser feito da informação aqui contida.