A importância do Factoring para pequenas e médias empresas. Resumo

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1 A importância do Factoring para pequenas e médias empresas. Resumo Trata-se de uma abordagem descritiva sobre a atividade de factoring e sua relevância para o fomento das pequenas e médias empresas. Tem por finalidade apresentar esta atividade mercantil, bem como suas características, funções e vantagens oferecidas a este segmento do setor produtivo, o qual notadamente encontra dificuldades na obtenção de capital de giro e de gerenciamento de suas empresas. Dessa forma, busca-se explanar o fundamento de sua atuação no mercado brasileiro e também demonstrar, através do balizamento legal, que esta atividade não se confunde com atividades típicas de instituições financeiras, nem com a prática da agiotagem. Portanto, pode-se afirmar que o factoring é uma alternativa de grande utilidade ao segmento das pequenas e médias empresas por constituir uma forma menos burocrática de concessão de capital de giro, e por proporcionar diversos serviços de assessoria gerencial. Palavras-chave: Factoring. Pequenas e Médias Empresas. Vantagens. Abstract This is a descriptive approach on the factoring activity and its relevance to the promotion of small and medium enterprises. Its purpose is to present this commercial activity, as well as its features, functions and advantages offered to this segment of the productive sector, which has notably difficulties in obtaining working capital and management of their companies. Thus, we seek to explain the basis of their performance in the Brazilian market and also demonstrate, through the marking law, that this activity should not be confused with typical activities of financial institutions, nor the practice of usury. Therefore, one can say that factoring is a useful alternative to the segment of small and medium enterprises because it constitutes a less bureaucratic granting working capital, and by providing various management advisory services. Key words: Factoring. Small and Medium Enterprises. Advantages. Robson Silva Batista Graduando em Administração Geral pela Faculdade do Vale do Ipojuca FAVIP. robsonbatista@hotmail.com João Francisco Lins Brayner R. Junior Professor orientador. Possui Graduação em Psicologia, Especialização e Mestrado em Administração. Atualmente é doutorando em Psicologia Cognitiva - UFPE joao_lins@hotmail.com Caruaru, 2012

2 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho consiste em uma análise descritiva e tem como objetivo apresentar a atividade de factoring e sua relevância para a gestão das pequenas e médias empresas, contextualizando os conceitos, as funções desempenhadas, os serviços oferecidos e as vantagens que esta atividade oferece a mais de 150 mil pequenas e médias empresas e um mercado de mão de obra de cerca de 2,5 milhões de empregos formais diretos e indiretos (ANFAC, 2012). Como se pode perceber, o mercado alvo das empresas de factoring vai de encontro às pequenas e médias empresas, segmento este que normalmente encontra dificuldade em áreas gerenciais, administrativas ou financeira. Portanto, o factoring está focado para fomentar o setor produtivo, pois possui um grande know-how em suporte às atividades de gestão empresarial, fator este, que pode ser essencial para a sobrevivência das pequenas e médias empresas. Embora o fomento mercantil já possua trinta anos de atuação no cenário brasileiro, ainda persistem o desconhecimento da atividade e o preconceito ao comparar o factoring com a prática da agiotagem e com atividades típicas de instituições financeiras bancárias. Assim, será abordado o balizamento do factoring e a relação entre estes institutos, a fim de desmistificar esse paradigma. Desta forma, a justificativa ao tema escolhido é uma forma de mostrar a importância da atividade de factoring em prol do desenvolvimento socioeconômico das pequenas e médias empresas, as quais são fundamentais para promover o crescimento econômico, criar empregos, gerar renda e melhorar as condições de vida da população. No que diz respeito aos procedimentos metodológicos utilizados, foram realizadas as pesquisas bibliográfica, documental e de campo, que contribuíram de forma significante para o desenvolvimento deste trabalho. 2 CARACTERIZAÇÃO DO FACTORING 2.1 ORIGENS A atividade de factoring surgiu desde as civilizações antigas, entre os que prosperavam o comércio no Ocidente, Oriente Médio e Mediterrâneo, época em que este era 2

3 baseado nas trocas de mercadorias, conhecido como o escambo. A partir de então, surge a figura do factor, que era representado por um comerciante próspero e bastante conhecedor do comércio local, era um típico consultor de negócios (LEITE, 2004). Além de suas funções de prestar informações creditícias de outros comerciantes, receber e armazenar mercadorias provenientes de outras praças, tinha ainda por finalidade facilitar e garantir bons negócios, desempenhando assim, um papel fundamental para a economia local. Segundo Leite (2004), a expressão factoring, cuja etimologia advém do radical latino factor, recebe no Brasil diversas denominações, tais como fomento comercial, fomento mercantil ou ainda faturização, que significa o desenvolvimento e a expansão mercadológica, gerencial e financeira de uma empresa. No Brasil, a ideia de factoring apareceu em 1968, mas só na década de 80, mais especificamente em 11 de fevereiro de 1982, que suas atividades foram iniciadas com a fundação da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil - Factoring (ANFAC); que segundo Leite (2004) é uma entidade representativa do setor do fomento mercantil e tem a finalidade de reunir as empresas de fomento mercantil e divulgar os objetivos e as vantagens do factoring para o seu mercado-alvo: as pequenas e médias empresas. 2.2 CONCEITOS Para Leite (2004), o factoring caracteriza-se como uma atividade comercial mista atípica que envolve uma contínua prestação de serviços, conjugada com a compra de créditos oriundos das empresas-clientes, resultantes de suas vendas mercantis ou de prestação de serviços, realizadas a prazo. Já o conceito proposto por Donini (2004, p.04) é mais abrangente, conceituando como: [...] atos que envolvem a compra de crédito, antecipação de recursos não financeiros (matéria-prima) e prestação de serviços convencionais ou diferenciados, conjugados ou separadamente, a título oneroso entre dois empresários, faturizador e faturizado. Outro conceito interessante sobre factoring é ilustrado pela ANFAC (2012), como sendo uma atividade caracterizada na prestação de serviços, os mais variados e abrangentes, de apoio às pequenas e médias empresas, conjugada com a compra de direitos creditórios originados de vendas mercantis realizadas por sua clientela. 3

4 2.3 CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA DE FACTORING Segundo a ANFAC (2012) uma empresa de factoring é constituída conforme as mesmas regras existentes para as demais empresas comerciais, a especificidade está na área de atuação. Quanto à classificação da sociedade, Leite (2004) afirma que ela pode ser limitada ou anônima e deve possuir registro de seus atos constitutivos na Junta Comercial, porém não necessita de autorização do Banco Central (BACEN), tendo em vista que não se trata de uma instituição financeira. Ainda segundo Leite (2004), os recursos da sociedade de fomento mercantil são provenientes do capital próprio, do mútuo dos sócios, acionistas ou empresas coligadas e também por linhas de crédito bancário. Vale ressaltar que, não há exigência de valor definido, porém a ANFAC (2012) recomenda o valor mínino de R$ ,00 (cem mil reais), para efeito de registro e arquivo do contrato social da empresa na Junta Comercial. O mercado-alvo do factoring está voltado para as pessoas jurídicas, mais especificamente, as empresas de pequeno e médio porte. A receita da empresa de fomento mercantil resulta das comissões cobradas mais o diferencial na compra dos créditos por ela efetuada, afirma Leite (2004). Conforme a ANFAC (2012), as empresas de factoring estão obrigadas a apurar o resultado líquido do exercício através do Regime de Lucro Real e quanto aos impostos, devem recolher no plano federal o Imposto de Renda (IR) sobre o lucro real, a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSSLL), a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (CONFINS) correspondente a toda sua receita bruta, o Programa de Integração Social (PIS) e ainda, no plano municipal, recolher o Imposto Sobre Serviços (ISS). 2.4 SUJEITOS DA RELAÇÃO CONTRATUAL Por ser uma atividade mercantil, em que ocorre transferência do direito de crédito, entre as partes, as quais são pessoas jurídicas, é necessário um contrato para estabelecer a relação jurídica, na qual serão definidos entre outros, os serviços que serão prestados (SAMPAIO, 2006). Para celebrar o contrato de factoring, será necessária a presença de três elementos pessoais: o sacado, a faturizada e o faturizador. O faturizador é a empresa de faturização factoring; a faturizada é a empresa-cliente do faturizador, seja esta, indústria, comércio ou 4

5 prestadora de serviços, desde que em razão de sua atividade econômica recebam títulos de crédito a serem negociados no factoring; O sacado é o cliente da faturizada, é aquele que emite o título de crédito pelo pagamento do serviço prestado ou pela compra de mercadoria realizada na empresa da faturizada (SAMPAIO, 2006). Em síntese, o sacado emite o título de crédito a favor da faturizada pela compra a prazo de mercadorias ou prestação de serviços utilizados. Por sua vez, a faturizada em posse do título que recebeu, dirigir-se-á ao faturizador, a fim de receber este crédito à vista visando obter capital de giro para sua empresa. Por fim, o faturizador compra o título de crédito da faturizada mediante a negociação de uma remuneração. 2.5 RELAÇÃO FACTORING X BANCOS X AGIOTAGEM No Brasil, a atividade de factoring normalmente é confundida com outros institutos similares, como por exemplo: as instituições financeiras bancárias (bancos) e a prática da agiotagem. Essa semelhança se dá porque ambos se relacionam com atividades de caráter financeiro, pois fornecem a outra parte capital financeiro. Esclarece Donini (2004. p. 50): Por se tratarem de operações econômicas para satisfazer necessidades de financiamentos, permite-se, de uma forma ou de outra, confusão desses institutos com o factoring em face desse ponto em comum. A empresa de factoring atua como parceira da pequena e média empresa, dispondo uma série de serviços de gestão empresarial conjugados com capital de giro oferecido às pequenas e médias empresas, permitindo a estas, dedicar-se as atividades de produção e comercialização de seus produtos. Enquanto que, os bancos representam apenas intermediadores financeiros, sendo, regulamentados por Lei, diferentemente da prática da agiotagem. O desconto bancário é um tipo de serviço oferecido pelos bancos que, normalmente é confundido a um serviço do factoring devido à semelhança entre ambos. Porém, a diferença entre eles está na captação dos recursos, pois no desconto bancário a instituição financeira capta recursos de terceiros para efetuar a compra dos créditos, enquanto que no fomento mercantil a empresa de factoring não capta recursos de terceiros. Segundo Leite (2004) é vedado à empresa de factoring desenvolver quaisquer atividades com as características privativas das instituições financeiras e também não podem captar recursos no mercado e aplicá-los em empréstimos, pois quem capta dinheiro e empresta 5

6 dinheiro são as instituições financeiras, que dependem da autorização do BACEN para o seu funcionamento. Ainda segundo Leite (2004), o quadro 01 diferencia alguns fatores da relação entre factoring e banco: BANCO Capta recursos de terceiros. Empresta dinheiro. Remuneração através da cobrança de juros. Spread - diferença entre o custo de captação e o de empréstimo do dinheiro coletado no mercado. Instituição financeira autorizada pelo BACEN. FACTORING Não capta recursos de terceiros. Não faz empréstimos; presta serviços e compra créditos. É remunerada através de preço ajustado com o cliente. Fator - precificação da compra de crédito, onde são ponderados os custos operacionais, de oportunidade, os tributos e expectativa de lucro e de risco. Não é instituição financeira; é uma atividade comercial. Quanto à agiotagem, conforme Nascimento (2012) caracteriza-se pela prática de empréstimos de dinheiro a juros exorbitantes, os quais ultrapassam o limite previsto na legislação pátria e sem as devidas permissões legais para tal fim. Trata-se de operações de empréstimo, cuja pessoa que cede o dinheiro é chamada de agiota e seu intuito principal é a obtenção de lucros exagerados. Portanto, pode-se dizer que as empresas de factoring, os bancos e a agiotagem realizam atividades distintas, não cabendo comparações com esses institutos. 2.6 ESTATÍSTICAS DO FACTORING NO BRASIL Segundo a ANFAC (2012), o fomento mercantil tem contribuído com relevantes serviços de natureza socioeconômica ao desenvolvimento brasileiro ao garantir a sobrevivência de mais de 150 mil pequenas e médias empresas e de um mercado de mão de obra de cerca de 2,5 milhões de empregos formais diretos e indiretos. Em Pernambuco, o Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring de Pernambuco (SINFAC-PE), possui em torno de 50 associados, os quais atendem a uma carteira de clientes que gira por volta de sete mil pequenas e médias empresas. 6

7 Conforme Rosângela Lins Alves (Informação verbal) 1, no município de Caruaru, existem aproximadamente 12 empresas de factoring regulamentadas, as quais são devidamente filiadas a ANFAC ou associadas a alguma entidade de classe. Porém existem outras que não estão nos parâmetros legais e exercem a atividade sem a devida regulamentação, conhecidas como empresas informais. 3 FUNÇÕES DESEMPENHADAS E MODALIDADES OPERACIONAIS A faturização apresenta uma variedade de serviços, tanto de gestão financeira quanto de gestão comercial, com isso o faturizador se encarrega de gerenciar a parte financeira e operacional da empresa faturizada, direcionando o faturizado a produção e vendas de seus produtos ou serviços. Neste sentido, Leite (2004, p. 404) explica o fundamento do factoring: O factoring existe para fomentar o setor produtivo, ou seja, propiciar as suas empresas-clientes condições de produzir e gerar riquezas a fim de agregar valores, em que elas adquirem o bem para revender e obter lucro, requisitos essenciais característicos da compra e venda mercantil, contratam pessoas para trabalhar e pagam impostos. Como se pode perceber, a finalidade desenvolvida pela empresa de fomento mercantil é proporcionada a empresa faturizada na obtenção de capital de giro, como forma desta evitar as burocratizações impostas pelas instituições financeiras, aumentar sua liquidez, reduzir os custos operacionais, e conseqüente aumento do grau de alavancagem. As funções desempenhadas pelas empresas de factoring são a compra de crédito, a prestação de serviços e a antecipação de recursos não financeiros. Neste sentido, Donini (2004) explica que a compra de crédito consiste na transferência dos títulos de créditos, representados geralmente por duplicata ou cheque prédatados, provenientes da atividade mercantil da empresa faturizada ao faturizador. A remuneração, chamada de fator, pela compra do crédito a prazo em à vista será ajustada entre os contratantes. A prestação de serviços pode ser convencional, aquela em que o faturizador presta serviços administrativos, tais como: acompanhamento de contas a pagar e a receber, avaliação de fornecedores e clientes, cobrança simples, administração de fluxo de caixa, entre outros; e 1 Informação verbal fornecida por Rosângela Alves Lins, assistente administrativa na empresa Capital Factoring Fomento Comercial Ltda. Caruaru, junho de

8 diferenciado, em que há uma relação de confiança entre faturizador e empresa faturizada, pois neste caso, o faturizador prestará serviços de gestão empresarial, ficando ao seu cargo, além da administração, a direção da empresa faturizada. A antecipação de recursos não financeiros trata da aquisição pelo faturizador, de matéria-prima ou insumos para a produção da empresa faturizada. A remuneração, neste caso, será ajustada mediante o valor do crédito que foi antecipado para tal fim. É imprescindível notar que, nesta função não haverá a antecipação de recursos financeiros, pois neste caso, a empresa de factoring visa disponibilizar matéria-prima e os insumos necessários para fomentar o desenvolvimento e a produção da atividade da empresa faturizada, já que esta, por muitas vezes, carece desses recursos não financeiros por vender a prazo, não possuindo, assim, capital em caixa. Após a caracterização das funções desempenhadas pelo factoring, é fundamental definir as modalidades operacionais, as quais, no Brasil, se apresentam conforme Donini (2004) sob cinco tipos: Convencional, Maturity, Trustee, matéria-prima e Importaçãoexportação. Convencional: é a modalidade mais utilizada e está configurada como a prestação de serviços em caráter contínuo, conjugada com a compra de créditos de vendas mercantis realizadas, a prazo, por suas empresas contratantes. Maturity: conhecida também como faturização no vencimento, neste caso o faturizador compra os créditos de vendas mercantis na data de vencimento do mesmo; A prestação de serviços é opcional. Trustee: nesta modalidade o factoring fornece assessoria administrativa e financeira, sem ocorrer à compra de créditos. Existe uma relação de confiança entre os contratantes, pois o factoring assume, por exemplo, a gestão administrativa da empresa-cliente. Matéria-prima: consiste na antecipação de recursos não-financeiros para o faturizado, em que a empresa de factoring compra do fornecedor, a vista, a matéria-prima para atender a empresa faturizada. Importação-exportação: esta modalidade se destina ao comércio exterior, cuidando das operações realizadas fora do país, e é intermediada por duas empresas de factoring sendo uma de cada país envolvido, garantindo a operacionalidade e liquidação do negócio. 8

9 4 BALIZAMENTO LEGAL DO FACTORING A atividade de factoring, embora com trinta anos de existência no cenário brasileiro, ainda não possui uma lei específica, o que gera discussão sobre a sua regulamentação. Todavia, Sampaio (2006) afirma que a atividade está amplamente amparada pelas legislações já existentes em nosso país. Assim, Leite (2004, p.98) afirma que O fomento mercantil factoring é uma atividade cujos fundamentos são regidos basicamente pelos princípios do direito mercantil [...]. Vale salientar que existe o Projeto de Lei da Câmara nº 13/2007, que visa regulamentar as atividades de fomento mercantil Factoring; cuja Lei, está sendo analisada pelas Casas Legislativas do Congresso Nacional. Pode-se assim dizer, que a atividade de factoring é celebrada entre as partes através de um contrato atípico, pois não há uma lei especifica disciplinando-o, podendo ser classificado, ainda, como um contrato misto, no qual é possível aplicar subsidiariamente as normas do direito cambiário e do Código Civil que envolvam a cessão de crédito, a prestação de serviços, entre outros. Trata-se de uma relação empresarial, conforme leciona Donini (2004, p ): O faturizado (cedente-cliente do factoring) na cessão de crédito se apresenta como tomador de recursos para fomentar sua empresa, ou seja, para ser empregado em sua atividade ou cadeia produtiva que não se enquadra como consumidor ou destinatário final. Desta forma, o factoring consiste num instrumento capaz de viabilizar e estimular a produção, a venda e a mão-de-obra da empresa faturizada. Assim, não configura uma relação de consumo, visto que o faturizado não é o destinatário final, pois este emprega o crédito adquirido no desenvolvimento de sua atividade econômica, aplicando o recurso na compra de matéria-prima e no pagamento de funcionários, por exemplo, consistindo, então, em uma relação empresarial. 5 FACTORING - ATIVIDADE DE SUPORTE ÀS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (MPES) 5.1 ASPECTOS GERAIS DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS 9

10 As pequenas e médias empresas (MPEs) possuem fundamental importância para o desenvolvimento do país, tanto como fonte geradora de empregos, quanto crescimento e rendimento econômico. Segundo dados do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (apud BRASIL), as pequenas e médias empresas representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB), são responsáveis por 60% dos 94 milhões de empregos no país e constituem 99% dos 6 milhões de estabelecimentos formais existentes no país. Traduzindo estes números, temos o quadro 02: Dados gerais das MPEs brasileiras As MPEs no Brasil O que isso representa 20% do PIB 99% das empresas 60% dos empregos R$ 700 bilhões 5,7 milhões de MPEs 56,4 milhões de empregos Fonte: IBGE, DIEESE, SEBRAE NACIONAL (Apud BRASIL) As pequenas e médias empresas são classificadas de acordo com vários critérios, tais como: número de funcionários, volume de faturamento bruto anual, a forma jurídica de constituição, entre outros, assim, encontra-se o porte da empresa, a partir do qual será identificado o tipo de enquadramento e sua forma de tributação. Conforme Reis (2007), surgiram nos últimos anos milhares de novas empresas. Porém, em conseqüência de vários fatores nem todas sobrevivem, algumas encerram suas atividades antes mesmo de completarem dois anos de abertura, e a permanência no mercado está baseada em um início árduo das atividades empresariais, tendo em vista que, grande maioria desses novos empreendimentos possui pouco ou quase nenhum recurso financeiro. Observa-se que tais empresas são importantes para o Brasil, embora não recebam o tratamento adequando, exceto aquelas que se beneficiam dos serviços prestados pelo Serviço de Apoio À Micro e Pequena Empresa (SEBRAE), pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos bancos estatais, com discreta participação, inexistindo, portanto, no mercado financeiro, uma maior preocupação e atenção às suas necessidades básicas de suprimento de capital de giro, em volume e nível de taxas, fornecimento de serviços de orientação ou suporte à gestão empresarial. (COCHRANE, 2005, p.1). Como visto, além da gestão financeira, as pequenas e médias empresas também encontram dificuldades em sua gestão empresarial, principalmente, no que diz respeito às 10

11 atividades rotineiras de acompanhamento de contas a pagar e a receber, seleção de compradores ou fornecedores, controle de estoques, entre outros. E, tendo em vista, que estas atividades demandam grande parte de tempo dos empresários e nem todas as empresas que estão nos primeiros anos de sua atividade possuem condições financeiras de contratar um profissional para cada área de sua empresa, pois os custos ficariam onerosos. A partir desse paradigma, surgem, portanto, as empresas de factoring justamente para atender às necessidades das pequenas e médias empresas, fornecendo um suporte gerencial e recursos de capital de giro, através da compra de recebíveis a prazo. 6 VANTAGENS DO FACTORING PARA PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS O factoring tem foco em suprir às necessidades que as pequenas e médias empresas encontram em setores de gestão administrativa, financeira ou mercadológica, através de uma gama de serviços ofertados, a fim de oferecer melhores condições de desenvolvimento a estas que possuem fundamental importância para a economia nacional. Assim, Leite (2004) afirma que os benefícios da utilização do factoring para a empresa-cliente são representados por uma maior concentração do empresário em suas atividades de produção, conseqüentemente um menor envolvimento e preocupação com as atividades de rotina, segurança no recebimento de suas vendas, orientação empresarial e acesso a recursos financeiros através da oportunidade de negociar os recebíveis de suas vendas a prazo sem necessidades de reciprocidades e outras exigências como observado em instituições financeiras. Ainda conforme Leite (2004), os benefícios do factoring para pequenas e médias empresas são inquestionáveis, pois além de ser uma fonte legal de recursos, ajudam a empresa faturizada no controle de estoques, no acompanhamento de contas a receber e a pagar, na expansão de suas vendas, na orientação de tomada de decisões importantes, no fornecimento de recursos necessários para a produção, ou seja, propiciar às suas empresas-clientes condições de produzir e gerar riquezas no sentido de agregar valores. Pode-se assim dizer que a atividade de factoring permite uma melhor gestão de suas atividades rotineiras e conseqüentemente o fornecimento simplificado do capital de giro, possibilitando, então, o equilíbrio financeiro das pequenas e médias empresas. 11

12 Cochrane (2005) comenta outro ponto interessante, em face das instituições financeiras bancárias, quando estas cobram elevadas taxas de juros em suas operações de empréstimos, sob a modalidade de títulos descontados, aumentando consideravelmente o custo destas operações, se comparadas com as operações de factoring, as negociações com tais empresas tornam-se atrativas para as pequenas e médias empresas. Outro ponto fundamental é a empresa-cliente, ou seja, a pequena e média empresa não gerar endividamento, pois ela não está tomando empréstimos e sim antecipando suas receitas com a venda de seus recebíveis a prazo. Sampaio (2006) comenta outra vantagem quando menciona que a empresa de factoring realiza uma cautelosa seleção de clientes e fornecedores para sua empresa-cliente, isto, vem a evitar que a empresa faturizada corra maiores riscos em seus negócios. Destaca-se também uma maior capacidade de pagamento das empresas fomentadas juntos aos seus fornecedores, pois, estas ao venderem seus títulos de crédito a vencer e receberem o pagamento a vista da empresa de factoring, ficam com capital em caixa para realizar seus pagamentos em dia e também poderão realizar compra de matéria-prima a vista, obtendo assim, conseqüente redução de custos para sua empresa. De acordo com o SEBRAE-PA (2012), as vantagens diretas e indiretas do factoring para as pequenas e médias empresas são as seguintes: Vantagens Diretas: 1. Pagamento à vista, de vendas realizadas a prazo, pelo empresário; 2. Garantia de pagamento de créditos comerciais; 3. Ampliação do capital de giro das empresas; 4. Redução do endividamento das empresas, proveniente de clientes inadimplentes; 5. Acesso às fontes legais de recursos, com disponibilidade imediata de dinheiro, amenizando as restrições impostas as micro e pequenas empresas, que dependem de difíceis empréstimos; 6. Acesso seguro às exportações; 7. Capitalização da empresa. 12

13 Vantagens Indiretas: 1. Aprimoramento de estruturas financeiras, simplificação contábil e redução de custos fixos nas vendas a prazo, eliminando esforços de cobrança de crédito duvidoso; 2. Reorganização interna dos setores administrativos e contábil, com redução de custos internos; 3. Maior confiança na expansão de vendas das empresas; 4. Otimização de capacidade gerencial do empresário em termos de compras e vendas; 5. Maior estabilidade empresarial o factoring assume riscos de impontualidade do comprador; Diante do exposto, Leite (2004, p.403) finaliza: O resultado para as empresas-clientes da factoring consiste em uma racionalização organizativa: redução de custos, eliminação de endividamento e diminuição dos riscos de insolvência e, enfim, otimização de sua capacidade gerencial. Desta forma, verifica-se que, a ligação entre factoring e as pequenas e médias empresas está direcionada a uma relação de parceria, onde o factoring busca utilizar de toda a sua experiência em gestão empresarial para o fomento de sua empresa-cliente. 7 DESVANTAGENS DO FACTORING Infelizmente como em qualquer outra atividade comercial, pode acontecer de uma empresa de factoring que não atenda pelos princípios legais e éticos, fazer o uso da atividade sem cumprir às normas estabelecidas pelo mercado nacional, implicando assim, em cobrar preços abusivos ou então não ter um know-how das atividades que deve desempenhar para suas empresas-clientes. Portanto, é aconselhável ao pequeno e médio empresário, que antes de contratar os serviços de uma factoring, verificar se a mesma é filiada à ANFAC ou se ela está associada a alguma entidade de classe, a fim de obter referências e idoneidade; também é importante pesquisar junto a outras empresas de factoring sobre os valores cobrados, se estes estão de acordo com o mercado e se a empresa possui know-how em gestão empresarial. 13

14 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este estudo buscou apresentar a atividade de factoring, fazendo um levantamento dos serviços prestados e das vantagens de sua utilização em prol do desenvolvimento e da alavancagem mercadológica das pequenas e médias empresas. Para tanto, buscou-se na pesquisa bibliográfica, as principais características e os aspectos pertinentes ao factoring, embora este assunto ainda não tenha uma vasta bibliografia, foram consultados alguns autores, a fim de demonstrar a aplicabilidade desta ferramenta de gestão, como meio de gerenciamento empresarial para as pequenas e médias empresas. Como demonstrado, a atividade de factoring desempenha múltipla função, como a compra de créditos, a antecipação de recursos não financeiros (matéria-prima) e a prestação de serviços convencionais ou diferenciados, sendo a compra de créditos a principal função desenvolvida pelo instituto. Como visto, as pequenas e médias empresas carecem capital de giro para se desenvolverem, contudo, encontram dificuldades impostas pelas instituições financeiras em liberar tais recursos financeiros devido a uma série de fatores. Então a alternativa é recorrer à empresa de factoring, cuja obtenção de capital de giro se dá de forma menos burocrática. Embora a atividade de factoring não possua uma lei específica, ela está amplamente amparada pela legislação já existente no país, principalmente pelo Código Civil e pelo direito cambiário. No entanto, com a aprovação do PLC nº 13/2007, a qual dispõe sobre o factoring iria por fim a discriminação e o desconhecimento que persiste na sociedade, uma vez que, de forma alguma o factoring pratica atividades privativas de instituições financeiras nem se assemelha com a agiotagem. Portanto, a atividade de factoring, uma vez administrada dentro dos parâmetros legais e utilizada de forma séria, observando a sua aplicabilidade e os benefícios para o fomento mercantil, é um instrumento de grande relevância ao segmento das pequenas e médias empresas, e ainda, contribui para o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil. 14

15 REFERÊNCIAS ANFAC Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring. Disponível em: < Acesso em: 22 de maio de BRASIL. Mapa das micro e pequenas empresas. Disponível em: < Acesso em: 18 de maio de COCHRANE, Terezinha M. Cavalcanti. As empresas de factoring e as micro e pequenas e médias empresas: parceria Disponível em: < Acesso em: 17 de maio de DONINI, Antônio Carlos. Manual do factoring. São Paulo: Klarear, LEITE, Luiz Lemos. Factoring no Brasil. 09. ed. São Paulo: Atlas, NASCIMENTO, Rafael Pereira. Factoring vs. Agiotagem. Disponível em: < Acesso em: 10 de junho de Projeto de Lei da Câmara, nº 13/ Senado Federal. Disponível em: < Acesso em: 14 de abril de REIS, Zenaide Radanesa dos. Micro e pequenas empresas: A importância de conhecê-las. São Luís, Disponível em: < Acesso em: 18 de maio de SAMPAIO, Rita Joseneide Patriota. O Instituto do Factoring no Brasil. Olinda, Disponível em: < Acesso em: 18 de maio de SEBRAE-PA Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Pará. Disponível em: < Acesso em: 01 de maio de SINFAC-PE Sindicato das Sociedades de Fomento Mercantil Factoring de Pernambuco. Disponível em: < Acesso em: 26 de maio de

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