VEREDAS E ALAMEDAS: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO CRÍTICA E CRIATIVA DOS EDUCANDOS DO ENSINO MÉDIO

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1 YARA HELENA DE ANDRADE VEREDAS E ALAMEDAS: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO CRÍTICA E CRIATIVA DOS EDUCANDOS DO ENSINO MÉDIO MESTRADO EM EDUCAÇÃO UNISAL Americana 2010

2 1 YARA HELENA DE ANDRADE VEREDAS E ALAMEDAS: A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA FORMAÇÃO CRÍTICA E CRIATIVA DOS EDUCANDOS DO ENSINO MÉDIO Dissertação apresentada ao Centro Universitário Salesiano de São Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Educação, sob a Orientação do Prof. Dr. Severino Antônio Moreira Barbosa. UNISAL Americana 2010

3 2 Autor: Yara Helena de Andrade Título: Veredas e alamedas: a importância da literatura na formação crítica e criativa dos educandos do ensino médio Dissertação apresentada como exigência parcial para a obtenção do grau de Mestre em Educação. Trabalho de conclusão de curso defendido e aprovado em 27/02/2010 pela comissão julgadora: Prof. Dr. Severino Antonio Moreira Barbosa (orientador- UNISAL) Prof. Dr. Luís Antonio Groppo (membro interno UNISAL) Prof. Dr. Edivaldo José Bortoleto (membro externo UNIMEP)

4 3 AGRADECIMENTOS Findar este Mestrado é a realização de um sonho. Não pela titulação em si, mas por tudo quanto ela representa para mim em se falando em crescimento pessoal, conhecimento, prazer e busca de sentido. Por isso, primeiramente agradeço a Deus, que me deu este período de presente no momento mais difícil de minha vida, ajudando-me a preencher um grande vazio e me dando sempre forças para continuar, todas às vezes em que eu pensava já não ser possível chegar ao fim. À minha avó Adalgisa, que dedicou sua vida para me tornar naquilo que sou hoje e não mede esforços para me ver feliz e realizada em tudo aquilo que considero importante. Também à minha madrinha Izilda e à minha mãe Sílvia, cuja colaboração foi indispensável ao trilhar este caminho. À minha bisavó Quita e meu avô Sebastião que, mesmo com poucas oportunidades de estudos, me ensinaram o amor pela arte, principalmente pela literatura, pelas histórias. Que Deus os tenha recebido amorosamente em sua glória. À tia Vilma, minha primeira professora da escola especial em Campinas, que me ensinou o Braille e me apresentou um vasto alargamento dos meus horizontes que eu pensava estreitos, abrindo-me, com suas primeiras letrinhas, as portas do mundo da literatura, que hoje é o meu. À tia Cecília, sem cujo incentivo eu poderia sequer sonhar em concretizar esta etapa de minha vida profissional e pessoal; estando com Deus, onde estiver, que possa sentir sempre a minha gratidão, respeito, carinho e saudade. A todos os professores cujas palavras ecoaram na minha vida, em especial a Inês, que despertou a minha vocação latente para as Letras e, sem o saber, para o mundo da literatura; ao Marcos e a Zezão, que estiveram comigo durante o Ensino Médio, quando, pela faixa etária, eu faria parte do

5 4 grupo de alunos alvo desta pesquisa, e que agora, ainda, me ajudam a descortinar inclusive as questões práticas relacionadas à literatura e à escola, neste período em que já sou professora; a Jô, que, na graduação e pósgraduação, contribuiu para que eu alicerçasse as origens das reflexões desta dissertação. Ao meu enigmático orientador, professor Severino, que me ensinou, em seu tempo sem hora, como o de Drummond, que a vida é uma longa e preciosa conversa; pelos compridos diálogos e gentis metonímias com que me presenteou durante nossa convivência perpassada por seu sorriso largo e sereno e pelo afago, renovado a cada semana, quando me avisava de sua chegada; também por me apresentar a autores como Borges, que me propiciaram falar de como vivo a leitura e a literatura, com apoio literário e teórico. Ao professor Edivaldo, que observou, acompanhou e compartilhou o meu desabrochar para o maravilhoso mundo do pensamento filosófico e seus inquietantes e infindáveis questionamentos, ele que tem sido uma companhia prazerosa e constante nos desvelamentos da literatura e que agora está novamente comigo, compondo a minha banca; que sempre seja assim. E ao professor Groppo, pelos esclarecimentos sempre prontos e entremeados de gentileza. Aos três, que nunca se obrigaram a me facilitar coisa alguma por causa de minha diferença física. Ter sido tratada como a pessoa normal, saudável e produtiva que todo ser humano pode ser ou vir a ser foi o meu melhor presente. Agora, fica a amizade. Aos meus incansáveis ledores, sem os quais não teria sido possível mergulhar este trabalho na poesia da criação. Também a todos aqueles que, de tantas outras formas, encamparam as minhas pesquisas antes e durante este Mestrado, e também àqueles que traduziram visualmente, para agradar aos olhos do leitor, a beleza que os meus escritos possam trazer (minha avó, Cibele, Talita, Neusa, Carol, entre outros tantos). Aos amigos, de ontem e de hoje, que sempre fizeram a minha vida valer a pena. E a Camila, cujo convite carinhoso foi a abertura para que eu pudesse trilhar o caminho que hoje se encerra.

6 5 A todos vocês, é pouco dizer apenas obrigada, palavra tão significativa, mas que ainda assim parece não portar toda a gratidão que sinto. Que Deus, que tudo pode, tudo sabe e tudo vê, possa abençoá-los e protegê-los durante toda sua caminhada e esteja conosco quando pela última vez nos encontrarmos, então para todo sempre.

7 6 Já não quero dicionários / consultados em vão. / Quero só a palavra / que nunca estará neles / nem se pode inventar. / Que resumiria o mundo / e o substituiria. / Mais sol do que o sol, / dentro da qual vivêssemos / todos em comunhão, / mudos, / saboreando-a. Carlos Drummond de Andrade (1980) [...] ó meus deuses. chamo-vos, nesta doce tarde, convoco o poder vosso, vinde conduzir o escriba canhestro e preguiçoso pelos meandros, as ladeiras. Os poços a perquirir. Histórias, vinde. Habitai-me. Possuí-me, fazei de mim vossa morada. Antonio Carlos Villaça (1970) [...] a sua personalidade ganhará firmeza, a sua solidão há-de alargar-se e tornar-se uma morada crepuscular e o ruído dos outros passará ao longe. E se desse voltar-se para dentro, desse mergulho no seu mundo próprio, surgirem versos, então não lhe ocorrerá perguntar a alguém se eles são bons. Também não fará a tentativa de interessar as revistas nesses trabalhos, pois verá neles a sua dileta e natural propriedade, um pedaço e uma voz da sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasce da necessidade. Nesta sua maneira de irromper está o seu veredicto: não há mais nenhum. Rainer Maria Rilke (1995) A Literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo ela nos reorganiza, nos liberta do caos e portanto nos humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade. Antonio Candido (1995)

8 7 RESUMO O presente trabalho visa a investigar a importância da literatura na formação crítica e criativa dos educandos do Ensino Médio, questionando, por um lado, a instrumentalização pela qual essa disciplina vem passando, por parte das escolas privadas brasileiras, em nome de sua utilização nos exames vestibulares, e, por outro, a formação para a cidadania por meio da leitura da literatura, priorizada pelas escolas públicas nacionais, e aventando as possibilidades de salvação desta linguagem. Para tanto, procedeu-se uma pesquisa teórico- bibliográfica baseada nas considerações de autores renomados como Walter Benjamin (1994), Italo Calvino (1993), Antonio Candido (1995), Alberto Manguel (1997), entre outros, acerca do componente artístico da literatura e da relação dela com seu leitor. Para que se pudesse elucidar como se dá a instrumentalização da literatura em nome de seu ensino em âmbito privado, foram analisadas também nesta pesquisa as provas de literatura da Fundação Universitária para o Vestibular FUVEST, relacionadas à primeira e à segunda fase, dos anos de 2007, 2008 e 2009, visto que cada uma dessas duas fases exige um tipo diferente de leitor de literatura para respondê-la de modo satisfatório, bem como a lista de obras literárias solicitadas aos alunos no referido período. Constou ainda desta pesquisa uma análise das Orientações Curriculares Nacionais para O Ensino Médio (2006) no que tange aos conhecimentos de literatura, a fim de que se pudesse aferir como é proposta essa formação cidadã por meio da leitura da literatura. As inferências sobre a literatura como manifestação artística, sobre a relação entre a literatura e seu leitor e sobre os distintos tratamentos dados ao ensino de literatura no Brasil me permitiram delinear a existência de abismos entre essas duas formações oferecidas no Ensino Médio brasileiro: a privada, cuja maior se não única preocupação são os exames vestibulares, e a pública, que vê esses mesmos exames como assunto que não tem necessidade de ser debatido e/ou considerado, priorizando apenas a formação cidadã e deixando claro que seu objetivo para os alunos é o mundo do trabalho, vedando-lhes voluntariamente o acesso ao Ensino Superior. Porém, este trabalho prestou-se também a verificar a possibilidade de haver formas de eliminar esses abismos ou ao menos diminui-los. Palavras-chave: Educação Linguagem Arte Literatura Leitura Leitor.

9 8 ABSTRACT This research aims to investigate the importance of Literature on the critic and creative background of the students of hight school, questioning, on one hand, the instrumentalization this discipline is facing, on Brazilian private schools, because of its usage on the vestibular examinations, and, on the other hand, the formation for the citizenship through the reading of Literature, which is priorized by the national public schools, and ventilating the possibilities of salvation for this language. To reach this goal, a theoretical-bibliographical research was done, which was based on the reflections of renowned authors such as Walter Benjamin (1994), Italo Calvino (1993), Antonio Candido (1995), Alberto Manguel (1997), and so on, about the artistic component of Literature and its relationship with its reader. In order to analize how this instrumentalization of Literature can happen because of its teaching process on Brazilian private schools, this study has examinated also the Literature tests of Fundação Universitária para O Vestibular FUVEST, which are related to the first and the second phases of this examination, concerning to the period of 2007, 2008 and 2009, because each one of these two phases demands a different kind of Literature reader to answer it in a satisfactory way, as well as the list of Literature books which was demanded of the students in the reffered period. This research still contains an analysis of Orientações Curriculares Nacionais para O Ensino Médio (2006) concerning to the knowledge of Literature, in order to gauge how this background for the citizenship is proposed through the reading of Literature. The considerations about Literature as an artistic manifestation, about the relationship between Literature and its reader and about the distinct treatments which are given to Literature teaching on Brazilian high schools have allowed me to delineate what are the abysses between these two backgrounds which are offered by the Brazilian highschools: the private formation, for which one of the biggest if not the bigger preoccupation are the vestibular examinations, and the public one, for which the same examinations are a subject which there is no need to discuss about or even consider, priorizing only the background for citizenship and letting people know that its objective for the students is the world of work, obstructing volunteerly their access to College. But this research is also useful for checking out the possibility of finding ways to eliminate these abysses or, at least, to cut them down. Key-Words: Education Language Art Literature Reading Reader.

10 9 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3 Seleção de questões objetivas e dissertativas FUVEST de 2007 a Compilação verbete rugir... Critérios de verificação das questões objetivas e dissertativa da FUVEST de 2007 a

11 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO, LINGUAGEM E LITERATURA A Literatura Um Anseio Histórico, Filosófico e Cultural de Representação Abrindo Caminhos a Uma Escuta Poética e Atenta do Ancestral Cotidiano Adormecido Paulo Freire e A Educação Arte, Alteridade, Autonomia e Intersubjetividade Italo Calvino: um olhar estético sobre a linguagem As Antenas de Ezra Pound Do Clássico na Arte, Esboçado por Italo Calvino Perguntemos a Própria Literatura a que Veio Antonio Candido: a Assunção da Literatura como Necessidade Humana Fundamental Alfredo Bosi e As Três Vias da Reflexão Estética Walter Benjamin e O Apreciador como Centro da Reflexão Estética CAPÍTULO II O LEITOR E A LEITURA DA LITERATURA Jorge Luís Borges e O Encontro Primeiro e Verdadeiro com A Literatura A Metáfora Sentida e Entendida como Metáfora Da Versatilidade das Modalidades Literárias Alberto Manguel, A Leitura e O Leitor Um Olhar Atento À Leitura Ouvida Amos Oz e Os Pactos Silenciosos entre A Literatura e O Leitor Homo Videns: O Conhecimento e O Homem de Nosso Tempo Daniel Pennac e A Reconciliação do Leitor com A Leitura CAPÍTULO III A LITERATURA E A ESCOLA

12 Tzvetan Todorov, Algumas Considerações Acerca do Vestibular, do Uso de Textos Críticos e da Literatura na Escola As Raízes Estéticas do Desencantamento da Literatura Da Materialidade do Texto Literário A Literatura como Instrumento A Literatura e As Orientações Curriculares Nacionais para O Ensino Médio Do Poder da Literatura: Tzvetan Todorov e Yves Bonnefoy CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO 197 Memorial saber o sabor do sentir e sentir o sabor do saber

13 12 INTRODUÇÃO A literatura confirma e nega, propõe e denuncia, apóia e combate, fornecendo a possibilidade de vivermos dialeticamente os problemas. (Antonio Candido, 1995) A arte da palavra consiste em reviver e potenciar a expressão que o uso desgastou. Nem se deve ignorar, como o faria o mau estrategista, o valor desse uso e o seu alcance comunicativo. (Alfredo Bosi, 1986) Este estudo tem como tema a importância da literatura na formação crítica e criativa dos educandos do Ensino Médio, visando a investigar as relações delicadas existentes entre o leitor e a leitura da literatura. Levando-se em conta que, em algumas ocasiões durante a escritura deste trabalho, serão tratadas experiências e cogitações muito particulares desta e a esta pesquisadora, no que concerne ao seu contato com a arte literária, optei por implicar-me neste estudo, escrevendo-o em primeira pessoa do singular sempre que estiver diretamente envolvida com ele, visto que, como afirma o cientista político italiano contemporâneo Giovanni Sartori (1998) Apaixonar-se é implicar-se, fazer participar, criar sinergias simpáticas (no significado etimológico do termo simpatheia, conformidade de pathos). (SARTORI, 1998, p. 114, tradução e grifos meus). Considerando-se que refletir sobre o mundo que nos rodeia, de forma a não sermos apenas meros expectadores de seus eventos, implica, segundo Paulo Freire em A Importância do Ato de Ler (2006), tomar distanciamento dele para podermos reconhecê-lo, ainda de acordo com o autor, é a leitura que nos oferece esta possibilidade: primeiro fazemos crítica e criativamente a "leitura do mundo", para depois fazermos a "leitura da palavra.

14 13 Tomando-se por premissa o fato de que a leitura da palavra passa indubitavelmente, primeiro, por esta leitura de mundo da qual nos fala Freire (2006), esta pesquisa bibliográfica visa a responder da melhor forma possível ao seguinte questionamento: como se dá a formação do leitor de literatura no Ensino Médio brasileiro em suas duas distintas vertentes pública e privada? 1 Buscando trilhar o caminho que conduza a uma possível resposta a este questionamento, o presente estudo assume que a literatura, antes de ser uma disciplina escolar exigida protocolarmente dos estudantes, é uma manifestação artística inerente ao homem e indispensável ao seu estar-no-mundo, pessoal e socialmente. Escrevo em consonância com o pensamento do filósofo alemão Walter Benjamin (1994), que, fundamentado nas idéias estéticas de Kant, estabelecia que, para fazer sentido para seu apreciador, a arte deve ser constituída de quatro características fundamentais a serem detalhadamente examinadas em etapa posterior deste trabalho: percepção, experiência, expressão e mímese. Tomado por essas dimensões da arte literária explicitadas por Benjamin (1994) e percebendo, por meio delas, que a literatura pode ser parte integrante de sua vida se ele estiver aberto para isso, o educando experimentará um "espanto", uma "dis-posição afetiva" semelhante àquela evocada por Heidegger (1996), em O que é isto - A Filosofia? ao narrar o surgimento da filosofia para os antigos gregos; uma "dis-posição" que o fará iniciar suas escolhas como ser social e pensante e o manterá nelas por todo o tempo que sua existência durar, uma "dis-posição" que, vindo de seu interior e guiando-o, o fará avançar e recuar a um só tempo e de tal forma que a reflexão crítica e criativa e o hábito da leitura da literatura caminharão juntos nele. Essa meta de proporcionar que o educando alicerce sua formação crítica e criativa na leitura da literatura pode parecer ambiciosa, mas segundo Italo Calvino (1990), outro dos arautos deste trabalho, a literatura deve viver de 1 Considerando-se que já foi assumida, na pergunta fundadora desta pesquisa, a presença de duas vertentes de formação no Ensino Médio brasileiro, neste caso no tocante à literatura, é importante esclarecer que, no ensino público brasileiro, não há a disciplina denominada Literatura; esta se inscreve na disciplina de Língua Portuguesa. Já no ensino privado, há as duas disciplinas anteriormente citadas.

15 14 objetivos desmesurados, já que dispõe dos meios para cumpri-los. Dispõe, porque ela permite ao jovem fazer que suas experiências sejam duradouras e comunicáveis, que por meio delas ele possa aconselhar a si mesmo e aos outros com sensatez e autonomia, faculdades que, segundo Benjamin (1994), faltam ao homem de nosso tempo e podem ser tanto adquiridas quanto aguçadas por meio da leitura da literatura. Quanto à formulação e delineamento desta pesquisa, no primeiro capítulo, serão apresentadas minhas concepções de educação, linguagem e literatura, unidas pela historicidade, que é indissociável do homem e que, por exemplo, na etimologia, vereda escolhida para unir neste trabalho a educação, linguagem e literatura, apresenta ao homem e lhe relembra, quando parte de seu universo, os vestígios e desdobramentos pelos quais veio passando a cultura em que este se insere; o segundo capítulo será dedicado às relações entre a literatura e seu leitor, destacando-se as várias estratégias de se fazer leituras, e, entre elas, a leitura ouvida, o exercício da escuta do texto literário e a presença do ledor na vida do homem contemporâneo, sobre as quais não se tem conhecimento de muitas produções científicas; e o terceiro capítulo será voltado ao binômio literatura escola e às diferenças e/ou semelhanças de formação proporcionadas pelo Ensino Médio brasileiro público e privado no tocante à presença da literatura na formação pessoal e social dos estudantes e cidadãos. De acordo com Boff (1997) a literatura tem muito a dizer a cada um de nós, e cada um de nós tem muito a dizer por meio e a respeito da literatura e de tudo quanto ela nos proporciona: Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é à vista de um ponto. Para entender como alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é sua visão de mundo. Isso faz da leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma interação.

16 15 Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita. (BOFF, 1997, p. 9) Este estudo objetiva analisar o peso que a literatura pode ter como disciplina apta para propiciar a formação crítica e criativa dos educandos, não só no ambiente escolar, onde normalmente ela é introduzida e esperada, mas mais amplamente, na vida desses educandos, considerando-os como sujeitos sócio-histórico-culturais de seu tempo, no qual essa formação crítica e criativa que se espera vir da escola vai se refletir. Há que se pesquisar o peso da literatura nessa formação, visto que já foi possível perceber, por meio das práticas de sala de aula, que a leitura e a literatura não se constituem, para a grande maioria dos adolescentes e jovens brasileiros, como veredas por meio das quais se possa atingir a ampliação de horizontes e o enriquecimento de visões de mundo. Conseqüentemente tenho como objetivo, por meio deste estudo, conhecer e analisar mais profundamente a arte literária em suas potencialidades, a fim de instaurar a possibilidade da educação como prática estética constitutiva da presença humana sobre a Terra, já que considero que a literatura é um importante caminho para a formação de cidadãos pensantes, críticos e criativos e, por isso, ela deve retomar este lugar que, por algum ou alguns motivos que tentei detectar em minha pesquisa bibliográfica, lhe foi tirado nos bancos escolares. Sendo assim, assumo que este trabalho vê a educação a partir da perspectiva da estética, encampando a idéia de que a conjugação entre educação e estética é o chamado fio de Ariádine que desvelará a possibilidade de instaurar-se a literatura como caminho por meio do qual se possa propiciar a formação crítica, criativa e autônoma dos educandos, já que creio que é por meio da palavra elaborada na, para, pela e como linguagem que esta formação pode se dar, conforme explicitarei mais adiante. Este estudo se justifica, portanto, porque, em última análise, a obra de arte existe para nos ajudar a compreender quem somos e onde desejamos chegar, que tipo de pessoas e cidadãos desejamos ser; ela reflete nossos

17 16 sonhos, anseios, idéias, metas etc. Então, analisá-la sob a perspectiva da literatura e compartilhá-la, cultivando-a, são importantes passos nesse caminho, individual e coletivamente falando. Espero, com este trabalho, deixar à comunidade acadêmica e aos profissionais que se dedicam ao ensino e, mais do que isso, ao cultivo da literatura em nosso país, algumas contribuições que sejam relevantes no concernente a estimular, dentro da escola, prioritariamente no caso desta pesquisa, do Ensino Médio, a presença realmente efetiva e benéfica da literatura na formação crítica e criativa dos alunos brasileiros em ambas as vertentes constitutivas deste ensino, pois como nos diz o estudioso búlgaro Tzvetan Todorov (2009): Sendo objeto da literatura a própria condição humana, aquele que a lê e a compreende se tornará não um especialista em análise literária, mas um conhecedor do ser humano. Que melhor introdução à compreensão das paixões e dos comportamentos humanos do que uma imersão na obra dos grandes escritores que se dedicam a essa tarefa há milênios? E, de imediato: que melhor preparação pode haver para todas as profissões baseadas nas relações humanas? Se entendermos assim a literatura e orientarmos dessa maneira o seu ensino, que ajuda mais preciosa poderia encontrar o futuro estudante de direito ou de ciências políticas, o futuro assistente social ou psicoterapeuta, o historiador ou o sociólogo? Ter como professores Shakespeare e Sófocles, Dostoievski e Proust não é tirar proveito de um ensino excepcional? E não se vê que mesmo um futuro médico, para exercer o seu ofício, teria mais a aprender com esses mesmos professores do que com os manuais preparatórios para concurso que hoje determinam o seu destino? Assim, os estudos literários encontrariam o seu lugar no coração das humanidades, ao lado da história dos eventos e das idéias, todas essas disciplinas fazendo progredir o pensamento e se alimentando tanto de obras quanto de doutrinas, tanto de ações políticas quanto de mutações sociais, tanto da vida dos povos quanto da de seus indivíduos. (TODOROV, 2009 p ) Tendo sido atribuído por este estudioso búlgaro um papel de tamanha relevância da arte literária nas vidas humanas, só me resta então, neste momento, amparada por suas palavras, invocar delicada e sorrateiramente, como faz a própria literatura, a presença dos possíveis leitores deste texto, para que, ao virar desta página, adentrem comigo o mundo da arte feita nas e

18 17 pelas palavras. Me serão concedidos então a honra e o prazer de sua companhia?

19 18 CAPÍTULO I DA EDUCAÇÃO, LINGUAGEM E LITERATURA É não só interessante, mas profundamente importante que os estudantes percebam as diferenças de compreensão dos fatos, as posições às vezes antagônicas entre professores na apreciação dos problemas e no equacionamento de soluções. Mas é fundamental que percebam o respeito e a lealdade com que um professor analisa e critica as posturas dos outros. (Paulo Freire, 1997) 1.1. A Literatura Um Anseio Histórico, Filosófico e Cultural de Representação Tua face, meu cavaleiro, é como um livro/onde os homens podem ler estranhas coisas. (William Shakespeare, 1981) Para iniciar as análises e interpretações presentes neste estudo, cabe explicitar que, falar da literatura, da arte da representação dos anseios, pensamentos e sentimentos humanos por meio da linguagem escrita, é, indissociavelmente, falar da história e falar da filosofia, inseparáveis como são, como Tália, Aglaia e Eufrosine, as três graças da mitologia grega. A literatura, como forma de arte que é, constitui-se numa área que guarda potencialmente todos os conhecimentos humanos. Historicista por tradição, é impossível falar dela sem mencionar seu contexto de produção, seu tempo-espaço, a sociedade que então representava, e ainda as implicações que tem, chegando

20 19 até nós, vindo de que tempo venha, sendo antiga, medieval, moderna ou contemporânea a nós. Qualquer tentativa de separar-se a literatura da história é tanto inexeqüível como infrutífera. Quanto à filosofia, é igualmente inseparável da literatura, e mesmo da história, visto que, pensar a história, assim como pensar a literatura, é já refletir acerca dos pensares do homem sobre a Terra, de suas ações e representações, sabendo-se que a maneira como ele age historicamente é alicerçada pelo modo como pensa o mundo em que se insere, pelas marcas do seu horizonte histórico-cultural e pelos demais horizontes histórico-culturais que carrega atrás de si, e aquilo que representa artisticamente, no caso específico deste trabalho aquilo que representa por meio da literatura, é também reflexo do modo como pensa seu mundo e os horizontes históricoculturais dos quais é fruto. Etimologicamente, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001), filosofia do grego philosophía significa amor à sabedoria. Sabedoria esta que, felizmente, engloba as mais diferentes áreas do conhecimento, inclusive a literatura, eixo central a partir do qual se desenrolará esta pesquisa. A filosofia, oscilação pendular perfeita entre a poesia poíesis, eós em seu sentido grego original de criação presente em todas as coisas, e a ciência em seu sentido latino original scientia, ae, conhecimento, saber (ambas as etimologias de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa ), tem na literatura a porta-voz de seus enunciados. Assim foi desde a filosofia antiga, quando, por exemplo, do aparecimento dos diálogos do filósofo grego Platão (428-7 a.c. a a.c.), e assim é até nossos dias, quando vemos a reflexão fluir dos textos literários e os textos literários fluírem das reflexões. Nesse sentido é que poderei falar, no desenrolar desta pesquisa, das formas históricas e filosóficas e, por extensão, culturais e sociais que assume a literatura ao constituir-se parte fundamental dos existires humanos: Neste contexto, falar das formas literárias da filosofia adquire um sentido preciso. Não se trata de estudar alguns aspectos formais episódicos, mas sim de refletir sobre este estatuto ambíguo do discurso filosófico e, mais especificamente, de explicitar a íntima relação entre formas de exposição,

21 20 apresentação, enunciação - Darstellungsformen - e a constituição de conhecimento(s) ou de verdade(s) em filosofia. A hipótese de princípio consiste em afirmar que tais formas não são indiferentes ou exteriores aos enunciados filosóficos, mas, como formas de exposição ou de apresentação (Darstellung), que participam inseparavelmente da transmissão de conhecimento ou da busca de verdade que visa o texto filosófico. Um exemplo torna esta hipótese mais clara: qual seria a "verdade" que almejam os Diálogos de Platão? Se esquecermos a forma literária "diálogo" para procurar estabelecer um "sistema" de afirmações platônicas e, a partir delas, extrair algumas proposições essenciais que formassem a verdade procurada, encontraremos muitas contradições, muitas incoerências, poucas certezas e poucas evidências. Mas se levarmos a sério a forma diálogo, isto é a renovação constante do contexto e dos interlocutores, o movimento de idas e vindas, de regressos e de avanços, as resistências, o cansaço, os saltos, as aporias, os momentos de elevação, os de desânimo, etc., então percebemos que aquilo que Platão nos transmite não é nenhum sistema apodíctico, nenhuma verdade proposicional, mas, antes de mais nada, uma experiência: a do movimento incessante do pensar, através da linguagem racional (logos) e para além dela, "para além do conceito através do conceito" dirá também Adorno. O movimento auto-reflexivo da filosofia sobre seu caráter de linguagem, seu caráter lingüístico (sprachlich) no sentido amplo do termo, isto é, também sobre sua forma literária, permite, em termos de história da filosofia, uma leitura renovada, mais atenta à singularidade dos textos. (GAGNEBIN, 2004, p. 14) (grifos meus) Num movimento contido dentro da dialogicidade que o pensar dialético traz em si, a literatura tem, quando linguagem artística ativa, reflexiva e criativa nas vidas de seus apreciadores, o atributo de funcionar como princípio ordenador dos universos desses indivíduos, bem como de reconduzi-los a um necessário novo caos de idéias que nega a realidade anterior, para que se instaure uma nova ordem a ser futuramente desordenada e reordenada ad aeternum, pois deste movimento se constituem as salutares reflexões humanas, das quais a literatura é parte indispensável e integrante. Exposto o contexto dentro do qual entendo a literatura como forma de representação artística, de acordo com o panorama cultural no qual se inserem

22 21 seus apreciadores, passarei então a considerações mais explícitas sobre o tema propriamente dito deste trabalho, sobre o leitor e a leitura da literatura. Pesquisar um assunto tão complexo quanto o proposto neste estudo A Importância da Literatura na Formação Crítica e Criativa dos Educandos do Ensino Médio envolve um movimento não linear, que caminha por três vias que se interpenetram: educação, linguagem e literatura. Cada um desses movimentos será explorado a seu tempo, mas é imprescindível lembrar que os três formam um contínuo, não devendo, por isso, serem considerados isoladamente pelos possíveis leitores deste estudo, pois a educação se faz, se dá por meio da linguagem, e a literatura é a forma pela qual, por meio da linguagem, se representam os pensamentos, anseios, sentimentos, enfim, tudo o que habita o homem em seu ser-no-mundo Abrindo Caminhos a Uma Escuta Poética e Atenta do Ancestral Cotidiano Adormecido Todos os dias atravessamos a mesma rua ou o mesmo jardim; todas as tardes nossos olhos batem no mesmo muro avermelhado feito de tijolos e tempo urbano. De repente, num dia qualquer, a rua dá para um outro mundo, o jardim acaba de nascer, o muro fatigado se cobre de signos. Nunca os tínhamos visto e agora ficamos espantados por eles serem assim: tanto e tão esmagadoramente reais. Não, isso que estamos vendo pela primeira vez, já havíamos visto antes. Em algum lugar, onde nunca estivemos, já estavam o muro, a rua, o jardim. E à surpresa segue-se a nostalgia. Parece que recordamos e quereríamos voltar para lá, para esse lugar onde as coisas são sempre assim, banhadas por uma luz antiqüíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Nós também somos de lá. Um sopro nos golpeia a fronte. Estamos encantados... Adivinhamos que somos de um outro mundo. (Octavio Paz, 1982)

23 22 Orientando o entrelaçamento dessas três vigas-mestras está a historicidade, contida na dialética como dialogicidade, como modo de o homem, em seu contexto histórico, com seus iguais, estar-sendo no mundo. Ao longo de todo este estudo, uma das formas adotadas de se juntar a historicidade à educação, literatura e linguagem será a etimologia segundo a lingüista argentina Ivonne Bordelois (2005), do grego etymon, o jeito certo, entendendo-se como certo o momento originário da palavra, aquele momento inaugural em que ela foi pronunciada pela primeira vez, assim como o entendiam os antigos gregos. Creio que, resgatando-se a origem histórica das palavras e por que não dizer, das simbologias guardadas nelas no decorrer dos tempos desde seus surgimentos, instaura-se uma maneira de pensar o entrelaçamento destas três palavras-chave que norteiam este capítulo e os caminhos que as unem e por elas ziguezagueiam. Sempre que forem apontadas etimologias ao longo deste estudo, registre-se que foram colhidas ao Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2001), do filólogo, lexicógrafo, professor e ensaísta brasileiro Antônio Houaiss ( ), e de seu parceiro e sobrinho Mauro Salles Villar. Mas, por que, entre tantas possíveis matrizes conceituais a serem adotadas nas definições pertinentes a este trabalho, escolhi exatamente a matriz da conceituação etimológica? Explicar-me-ei melhor. De acordo com a lingüista, ensaísta e poeta contemporânea argentina Ivonne Bordelois, em seu livro A Palavra Ameaçada (2005), é preciso fazer um resgate das palavras nesse nosso mundo contemporâneo, um resgate da magia ancestral das línguas, rememorando-se sempre que, muito mais do que comunicação, a linguagem e seus usos devem ser lugar de prazer para o homem. Nesse sentido, rememorar a origem histórico-concreta das palavras é resgatar o modo como pensavam, agiam, sentiam e simbolizavam aqueles que delas fizeram usos desde a primeira vez em que perceberam a necessidade de sua existência concreta, criando-as e empregando-as, bem como o modo pelo qual essas palavras, passando para outras línguas e conseqüentemente para o repertório lingüístico de outras sociedades e povos, foram empregadas para outras distintas reflexões, ações, sensações e representações, de modo a propiciar que, com toda sua carga ancestral de séculos, e por vezes de

24 23 milênios, chegassem até nós e continuassem a ser usadas por tempos indefinidos. Por esse motivo, o tempo venera a linguagem, pois ela é das poucas entidades que guarda e perpetua seus vestígios, independente de quanto tempo tenha se passado e de por onde esse tempo tenha passado. A linguagem não impede a passagem do tempo, assim como nada pode fazê-lo, mas conserva suas marcas, tanto as mais superficiais e previsíveis quanto as mais profundas e inesperadas, como alguém que anda pela areia da praia e vai deixando pegadas atrás de si. As relações que estabelecemos entre as palavras, nos usos que fazemos das línguas como linguagens, são modelos das relações sociais universais nas quais nos inserimos, pois cada língua carrega as experiências das nações, povos e sociedades que dela fizeram e fazem todos os seus possíveis usos, orais e escritos. Ocorre que, em nosso tempo, perdemos o dom de escutar o que as línguas têm a nos dizer, tanto como linguagens propiciadoras dos nossos mais diversos contextos de vivência, como na relação de semelhanças e diferenças entre uma língua e outra, que nos acompanha desde o mito bíblico da torre de Babel, descrito no Livro do Gênesis (1993). A linguagem precede as coisas, mas hoje prestamos muito mais atenção às coisas que nos rodeiam do que às simbologias que as precedem. Não há mais tempo para a música poética e intransferível das palavras. Se a linguagem por meio da qual nos expressamos é um espelho das relações universais nas quais nos inserimos, significa que cada cultura tem sua linguagem própria, e a ela deve estar incondicionalmente atenta, pois muito além de ser um caminho de celebração, as linguagens das quais fazemos usos, em suas distintas modalidades, são caminhos de produção de conhecimento, visto que representam a ligação misteriosa, impenetrável, importante entre corpo e sociedade, como afirma Bordelois (2005). Isso significa que na linguagem, como na filosofia que já é também uma linguagem -, estão igualmente contidas as dimensões etimológicas originais de ciência e poesia, respectivamente: o saber como conhecimento e a magia da criação, da revelação, como prazer, celebração.

25 24 Estamos inseridos num modo social que, em nome do consumo, da informação que nem sempre é conhecimento e do trabalho, cumpre o terrível papel de desalojar nossas consciências lingüísticas, transformando nossas linguagens em meras consignações, do latim consignatio, onis, registro, documento redigido ou reconhecido. Porém, como vimos, a linguagem carrega consigo uma determinada história e uma determinada cultura, sendo muito mais do que um registro burocraticamente reconhecido e estático desse panorama como um todo. Vivenciando esse consumismo de tudo que contemporaneamente nos assola, sentimos e presenciamos o que o professor e poeta contemporâneo Severino Antônio chama de perda do poético, em seu livro Uma Nova Escuta Poética da Educação e do Conhecimento (2009). Para ele, assim como para esta pesquisadora: A perda do poético desnuda a perda de sentido, em todos os campos da existência. A solidão e o desenraizamento: já não sentimos o nosso pertencimento a uma família, a uma comunidade, a uma classe social, a um povo. Nem nosso pertencimento à humanidade, à Terra, ao cosmos. A desfiguração e as dilacerações: sem voz própria, partidos, perdemos a imagem do mundo e a nossa própria imagem; esquecemos nossa história, quem realmente somos, o que genuinamente desejamos, o que precisamos vir a ser. (SEVERINO ANTÔNIO, 2009, p. 121) O que Bordelois (2005) nos propõe, a fim de evitar esse aniquilamento de nossas consciências lingüísticas, a fim de encontrarmos tempo para ouvir a música das palavras, e que tentarei levar a cabo neste trabalho, é uma escuta atenta da linguagem cotidiana, pois, como afirma o poeta e ensaísta mexicano Octavio Paz ( ), em seu O Arco e A Lira (1982), a poesia está em todas as coisas. Então creio que, por extensão, está também nas coisas cotidianas, na sabedoria oculta da linguagem do cotidiano, precisando, por isso, ser ouvida de maneira atenta, para que se conheçam as virtudes ancestrais e adormecidas que guarda. É como cita uma segunda vez Severino Antônio (2009):

26 25 Precisamos do viver poético, da poetização do pedagógico, primeiro nas menores coisas. Se a poesia não estiver presente nas frestas dos dias, e em pequenos gestos cotidianos, não estará em nenhum lugar. Como no célebre haikai, de Issa, que recrio livremente de memória: através da fresta / no papel da janela / um espetáculo: a Via-Láctea. (SEVERINO ANTÔNIO, 2009, p. 121) Também em consonância com este pensamento, já há algumas dezenas de anos, estava o escritor norte-americano Ernest Hemingway ( ) ao escrever seu consagrado O Velho e O Mar (2003), explorando em determinado trecho a musicalidade da língua castelhana e as diferenças de tratamento dadas ao mar, respectivamente por alguém habituado a ouvir a música ancestral e poética do cotidiano, o velho e sábio pescador cubano Santiago, e os demais pescadores mais jovens, a quem importava mais o sustento monetário concedido pelo mar do que seu valor afetivo e simbólico em meio ao cotidiano da ilha. Vejamos: Ele sempre pensava no mar como la mar, que é como as pessoas a chamam em espanhol quando a amam. Às vezes aqueles que a amam lhe dão nomes vulgares, como se falassem de uma mulher. Alguns dos pescadores mais jovens, que usam bóias como flutuadores para suas linhas e têm barcos a motor, comprados quando os fígados de tubarões valiam muito dinheiro, falam dela como el mar, que é masculino. Falam dela como de um adversário, de um lugar ou mesmo de um inimigo. Mas o velho sempre pensava nela como feminino, como algo que dava ou recusava grandes favores, e se ela fazia selvagerias ou crueldades, era porque não podia evitá-las. A lua a afeta como afeta a mulher, pensava. (HEMINGWAY, 2003, p ). (Tradução e grifos meus) 1.3. Paulo Freire e A Educação O educando que exercita sua liberdade ficará tão mais livre quanto mais eticamente vá assumindo a responsabilidade de suas ações. Decidir é romper e, para isso, preciso correr o risco. Não se rompe como quem toma

27 26 um suco de pitanga numa praia tropical. Mas, por outro lado a autoridade coerentemente democrática jamais se omite. Se recusa, de um lado, silenciar a liberdade dos educandos, rejeita, de outro, a sua supressão do processo de construção de boa disciplina. (Paulo Freire,1997) Agora que já exemplifiquei na literatura, linguagem por excelência da qual extrairei as diretrizes que moverão este trabalho, a possibilidade do caminho etimológico escolhido para alavancá-lo, passarei a fazer o mesmo sempre que seja necessário, começando por delinear minhas concepções de educação, de linguagem e da própria literatura, sempre entrelaçadas pela historicidade dialético-dialógica do homem e pela música ancestral das palavras aparentemente cotidianas. Para falar de educação, deixar-me-ei conduzir pelo educador brasileiro Paulo Freire ( ), prioritariamente por sua Pedagogia da Autonomia (1997). Numa terminologia muito cara ao autor, comungo dos pressupostos básicos que ele elenca a fim de garantir a autonomia dos educandos como sujeitos pensantes, críticos e criativos, ao que também viso com este trabalho, elegendo por isso esta sua obra como matriz a partir da qual esboçarei minhas concepções educacionais nesta pesquisa. Segundo o autor (1997), a historicidade do homem se deve ao fato de o ser humano se constituir de forma inconclusa, incompleta, inacabada. É esse nunca terminar que permite ao homem avançar em sua história de acordo com o contexto em que está inserido. A esperança, ligada àquilo que Freire (1970) chama de a vocação ontológica do homem para ser mais, seria o elemento indispensável a sua existência histórica, pois lhe permitiria, regido por suas utopias e sonhos, nunca desistir de procurar maneiras de marcar o seu estarno-mundo. A natureza que a ontologia cuida se gesta socialmente na História. É uma natureza em processo de estar sendo com

28 27 algumas conotações fundamentais sem as quais não teria sido possível reconhecer a própria presença humana no mundo como algo original e singular. Quer dizer, mais do que um ser no mundo, o ser humano se tornou uma Presença no mundo, com o mundo e com os outros. Presença que, reconhecendo a outra presença como um não-eu se reconhece como si própria. Presença que se pensa a si mesma, que se sabe presença, que intervém, que transforma, que fala do que faz mas também do que sonha, que constata, compara, avalia, valora, que decide, que rompe. (FREIRE, 1997, p. 20) É nessa existência histórica inacabada que se encerra a educabilidade do homem. Educabilidade no sentido em que o descrevem Houaiss e Villar (2001) em seu dicionário: procedente do verbo educar do latim educare dar a alguém todos os cuidados necessários ao pleno desenvolvimento de sua personalidade. Garantir a autonomia dos educandos, por meio da educação, exige uma reflexão crítica sobre a prática, tanto por parte dos educadores, cujo papel é auxiliar na construção desta autonomia discente de reflexão, como por parte dos educandos, que precisam assumir os estudos como forma de compartilhamento, de troca de experiências, de interação dialógica, não somente deles com os professores e vice-versa, mas também deles com os colegas e vice-versa. É nessas interações que o professor, ajudando a desvelar o que já conhece e mesmo revelando seu desconhecimento nas horas oportunas, colaborando para criar no educando uma curiosidade que, mais do que ingênua, seja verdadeiramente epistemológica, poderá propiciar que a educação seja uma das formas a contribuir na formação das autonomias pensantes, críticas e criativas dos alunos, o que mais tarde resultará na formação de cidadãos que ajam e decidam com essa mesma reflexão, criticidade e criatividade. Dessa forma, como diz Freire (1997), o educador que sabe que a educação é uma forma de intervenção no mundo, terá contribuído para que o educando se tornasse verdadeiramente o artífice de sua própria formação, pois como nos alerta ainda Severino Antônio (2009):

29 28 Dissociar a consciência crítica e a consciência criativa é uma forma de desfiguração. Por isso, reiteramos: precisamos educar a inteligência, mas também a sensibilidade e a imaginação. Os sentidos têm sua história, assim como os sentimentos e a imaginação. Sem educá-los, não há desenvolvimento significativo das possibilidades humanas, não ampliamos as margens da consciência, da capacidade criativa e da própria existência. E ainda há outra questão: dissociado da sensibilidade, a inteligência tende a se tornar um espectro. Conceitos abstratos tendem a tornar-se ideias mortas, que ressecam o sentimento de estarmos vivos, vivendo e convivendo. (SEVERINO ANTÔNIO, 2009, p. 58) Considerar-se, como já dito, a historicidade o elo a ligar neste capítulo educação, literatura e linguagem, implica, ao falar-se desses três tópicos, em compreender-se que, historicamente, cada indivíduo nasce e se insere dentro de uma cultura, que lhe dá um tipo de educação, que se faz dentro de algumas determinadas linguagens, entre as quais de alguma forma se inscreve a literatura pela qual esse indivíduo é permeado, o que origina a maneira como o educando as assume em suas vivências, resultando todas essas confluências em sua identidade cultural, que deve ser respeitada durante seu processo de ensino aprendizagem, visto que só assim o professor poderá colaborar para a formação de cidadãos críticos, reflexivos, criativos e essencialmente éticos, necessidade preconizada por Freire (1997), para que o educando possa exercitar com sabedoria sua liberdade de estar-no-mundo: A invenção da existência envolve, repita-se, necessariamente, a linguagem, a cultura, a comunicação em níveis mais profundos e complexos do que o que ocorria e ocorre no domínio da vida, a espiritualização do mundo, a possibilidade de embelezar como enfear o mundo e tudo isso inscreveria mulheres e homens como seres éticos. Capazes de intervir no mundo, de comparar, de ajuizar, de decidir, de romper, de escolher, capazes de grandes ações, de dignificantes testemunhos, mas capazes também de impensáveis exemplos de baixeza e de indignidade. Só os seres que se tornam éticos podem romper com a ética. (FREIRE, 1997, p. 57) Quando mais tarde voltar a afirmar minhas concepções educacionais em capítulo subseqüente deste estudo, será para debater uma das questões centrais deste trabalho: a maneira como a literatura vem muitas vezes sendo

30 29 instrumentalizada em nome dos exames vestibulares e daquilo que dela dizem os textos críticos. Essa seria uma forma de agir que Freire classificaria como parte daquilo que chama em outro de seus ensaios a Pedagogia do Oprimido (1970) de educação bancária, na qual se depositam no educando os conhecimentos transmitidos, de forma linear, unívoca e cumulativa. Combater práticas como essa ou tentar propor, como neste estudo, formas de que essa instrumentalização não ocorra ou ao menos aconteça menos freqüentemente, me leva a concordar novamente com o autor quando ele diz que o futuro é sim problemático, mas não inexorável. Isso me faz reafirmar o caráter ideológico da educação e, por extensão, do papel do educador e dos educandos neste processo, já que se trata de uma relação dialógica. No entanto, é necessário ter cuidado ao combater-se a instrumentalização pela qual passa hoje a literatura, e fazê-lo de forma que essa manifestação artística não seja transformada em outro tipo de instrumento de manipulação de idéias: o instrumento de combate ideológico e de doutrinação. Proceder-se dessa maneira é apenas modificar-se a localização do problema; sai-se então do reducionismo um tanto mecanicista e muitas vezes mercadológico proposto pelas memorizações condicionantes, freqüentes nos exames vestibulares e textos críticos acerca da literatura, para entrar-se no reducionismo de transformar o artístico na mera refutação de alguma ideologia que nos incomoda, o que, para nossos alunos, é igualmente perigoso e sem vantagens no que concerne a sua formação crítica e criativa. Trata-se aqui sim de entrar em consonância não com a ética do mercado responsável pela pedagogia bancária mas com a ética universal do ser humano, aquela em que essa interação e dialogicidade que preconizo são a tônica e matriz indispensável Arte, Alteridade, Autonomia e Intersubjetividade Nada existe sobre a face da terra que seja mais ávido de beleza e que embeleze mais facilmente do que a alma humana... É por isso que

31 30 poucas almas na terra resistem ao domínio de uma alma que se devote à beleza. É o belo que provém de uma necessidade interior da alma. É belo o que é belo interiormente! (Wassily Kandinsky,1996) A respeito daquilo que penso sobre educação, cabe ainda centrar este estudo no veio da educação sócio-comunitária, eixo que propicia a existência do Programa de Mestrado no qual me inscrevi para realizar esta pesquisa. O presente estudo é adequado à educação sócio-comunitária como área de concentração deste Programa de Mestrado, na medida em que os objetivos deste estudo têm por base a independência, criticidade e criatividade das vidas dos sujeitos históricos de nosso tempo. Sei, como professora que sou, que é somente colaborando para a formação da independência, criticidade e criatividade de meus alunos, que verei construir-se sua autonomia social como descrita por este Programa de Mestrado: produtiva, revolucionária e socialmente ativa. Minha forma de colaborar para essa construção é contribuir para fazer da literatura um caminho que proporcione a meus alunos um aprofundamento da cultura, história e sociedade em que estão inseridos, por meio do contato não exclusivamente com os métodos de análise literária, mas com as obras propriamente ditas, do ambiente micro para o macro, do individual para o coletivo, ajudando-os, assim, a garantir sua autonomia social e intelectual. No que tange às linhas de pesquisa deste Programa de Mestrado, minha dissertação é adequada à linha 2: "A intervenção educativa sócio-comunitária: linguagem, intersubjetividade e práxis". A arte literária, assim como as artes de modo geral, é uma forma bastante eficaz de intervenção educativa sóciocomunitária, pois esta manifestação artística, assim como todas as outras, só existe para dar conta da existência do homem como ser social, coletivo. Todos os anseios, sonhos, pensamentos, sentimentos, objetivos, etc., representados pelas formas de arte são concernentes a várias pessoas de variadas épocas e distintas sociedades. Não existe uma forma de arte que surja para representar

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