Evolução de Curvas em Visão Computacional

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Evolução de Curvas em Visão Computacional"

Transcrição

1 Evolução de Curvas em Visão Computacional Ralph Costa Teixeira 3deNovembrode2009 Resumo É dada uma curva Γ no plano parametrizada por Q(s,0). Esta curva evolui com o tempo t de acordo com uma das seguintes velocidades: Reação : Q t=n(s,t) Difusão : Q t=k(s,t)n(s,t) onde N é a normal unitária à curva e K é a sua curvatura. Nestas notas, analisamos várias propriedades matemáticas interessantes destas duas evoluções. Discutimos brevemente algoritmos que as calculam, e apresentamos aplicações destas evoluções ao reconhecimento de formas visuais(visão Computacional), e à limpeza de ruídos em imagens(processamento de Imagens). 1 Evoluindo Curvas em Visão Computacional Um dos objetivos principais da Visão Computacional é criar algoritmos que ensinem computadores a ver (isto é, não só capturar imagens mas também interpretá-las). Parte deste processo consiste em separar uma imagem em diversas regiões (cada uma correspondendo a algum objeto) para depois analisá-las. Não discutiremos aqui como encontrar tais regiões(que já é um problema bastante complicado por si só), mas estamos interessados em algumas técnicas matemáticas simples que nos permitam analisá-las. Nestesentido,éútildefiniralgumtipodeesqueletodeumaregiãodoplano istoé,algumobjetounidimensionalque funcionaria como uma espécie de eixo de simetria da região(mesmo que a região não seja exatamente simétrica). Também é útil classificar a região apresentada em pedaços distintos, para facilitar a sua análise. Figura1: Umaregiãodoplanoeseu"esqueleto" Para descrever matematicamente objetos deste tipo, a linguagem natural é a da Geometria Diferencial. Assim, suponha que Q(s) = (x(s),y(s)) (com s [0,B]) é a parametrização de uma curva simples e fechada Γ do plano, que limita a região R em questão (para facilitar, suporemos que esta parametrização percorre a curva no sentido anti-horário). Sendo esta parametrização regular (isto é, Q (s) 0 para todo s), denotaremos por T(s)(ouT(s))ovetor unitário tangente a estacurvae N(s)(ouN(s))ovetorunitárionormalqueapontapara"dentro"daregião. Para ser mais exato, vamos a seguir evoluir(ou deformar, propagar) esta curva paulatinamente(com o objetivo não só de encontrar o esqueleto ou subdividir a região original, mas com a esperança de que a matemática desta deformação seja bonita e interessante). Esta evolução pode ser representada por Q(s,t) = (x(s,t),y(s,t)) onde t é o tempo da evolução e séoparâmetroque percorrecadauma das muitascurvas geradas(abusaremosanotaçãoedenotaremosacurvainicial por Q(s) = Q(s,0)). Assim, Q s =(x s,y s ) representa a direção tangente à curva em cada ponto, enquanto Q t = (x t,y t ) representa a velocidade que cada ponto segue durante a propagação. 1

2 2 Evolução por Reação e Função Distância 2.1 Evolução por Reação A primeira evolução que gostaríamos de estudar é Q t (s,t)=n(s,t) ouseja,emcadapontoavelocidadedepropagaçãoéanormalunitáriaàcurvanaqueleponto. Quepropriedadestemesta evolução? Resolver esta equação vetorialmente é simples: convidamos o leitor a notar que Q(s,t)=Q(s)+tN(s) éumasoluçãodestapropagação. Afinal, ésimplesderivarestaequaçãoeencontrarqueq t =N(s) ficafaltandoapenas mostrarquen(s)=n(s,t),istoé,queanormalunitáriaàcurvaγoriginalsemantémparasfixoàmedidaquetvaria. Exercício1 DetermineasoluçãodestaevoluçãoquandoacurvainicialΓéaelipseQ(s)=(acoss,bsins)coma b. Qualomenorvalordetquefazcomqueaparametrizaçãoemsdeixedeserregular? ( ) bcoss [Resposta: acoss a t,bsins asins 2 sin 2 s+b 2 cos 2 s a t. Aparametrizaçãodeixadeserregularquandot= b2 2 sin 2 s+b 2 cos 2 s a.] AfiguraabaixoàesquerdamostraaevoluçãodaelipseQ(s)=(2coss,sins)parat=0:0.1:0.7. Notecomoacurva deixa de ser regular quando t=0.5 (destacada), formando umbico sobre o eixo x. Isto ocorre pois em t =0.5 no ponto (0.5, 0) temos o primeiro choque da propagação, quando a frente de propagação do primeiro quadrante se choca com a frente de propagação do quarto quadrante. De fato, se permitíssemos t > 0.5, as frentes de propagação se cruzariam. y 1.0 y x x O leitor atento vai perceber que a distância do ponto Q(s,t) ao ponto Q(s,0) é exatamente t; mais ainda, como o segmentoqueuneq(s,0)aq(s,t)énormalàcurvaoriginal,entãoadistânciadeq(s,t)àcurvaoriginalét(pelomenos antesdoprimeirochoque). Emoutraspalavras,fixadoumponto(x 0,y 0 )doplano,aevoluçãochega(pelaprimeiravez)ao ponto(x 0,y 0 )notempotqueéigualàdistânciade(x 0,y 0 )àcurvaoriginal. Em suma: as curvas obtidas por esta evolução são exatamente as curvas de nível da função distância, pelo menos até os choques. Então vamos redefinir nossa evolução de uma forma mais implícita, evitando os entrecruzamentos que aparecem na figura àdireitaacima: dadaacurvaoriginalγ=c 0,definimosacurvaΓ(t)comosendooconjuntodetodosospontosdaregião R (interior a Γ) cuja distância à Γ seja t. Ou seja, sempre que houver um choque, descartamos os entrecruzamentos, e continuamos com curvas simples e fechadas(ainda que tenham bicos). Uma segunda vantagem deste nova definição é que ela não precisa da definição do vetor normal e, portanto, independe da curva original ser diferenciável. Assim, a figura inicial pode até mesmo ser um polígono, se desejarmos. Outro detalhe desta evolução: se a curva inicial não for convexa, esta evolução poderá dividir a curva propagada em pedaços desconexos, como no exemplo abaixo. 2

3 Exercício2 Sejam n 1 e n 2 os vetores unitários normais a dois lados consecutivos de um polígono convexoqueestá se movendodeacordocomaevoluçãoporreação. Mostrequeovérticeentreestesladossemovecomvelocidade v= n1+ n2 1+ n 1, n 2 = n 1 + n 2 1+sinθ ondeθéoângulointernodopolígononaquelevértice. Enquanto não é realmente necessário definir esta evolução para valores negativos de t, isto pode ser feito sem grande dificuldade. Definição3 DadaumacurvasimplesfechadaΓlimitandoumaregiãoR,definimosafunçãodistânciacomsinalf como { d(x,γ) sex R f(x)= d(x,γ),casocontrário Esta função distância tem várias propriedades interessantes. Em particular, as figuras devem convencer o leitor de que ogradientedestafunçãodistânciaf éexatamenteovetornormalunitárioàcurva(excetonospontosdechoqueondeela nem é diferenciável). Em suma, temos uma outra caracterização da função distância via E.D.P.s: a função distância deve ser, em algum sentido, a solução do seguinte problema com a Equação Eikonal: { f(x) =1excetonoschoques f(x)=0sex Γ Por outro lado, fazer esta caracterização rigorosa é surpreendentemente sutil; em primeiro lugar,"exceto nos choques"é vago demais; em segundo lugar, há casos patológicos(que não nos interessam) que"as figuras"acima não representam bem. Os exercícios a seguir mostram que f = 1, exceto em alguns casos patológicos. Exercício4 Mostrequeafunçãodistânciaf éumacontraçãofraca 1,istoé,dadosdoispontosAeB doplano,tem-se f(a) f(b) d(a,b) Exercício5 Mostrequeafunçãodistânciaf(x,y)satisfazaEquaçãoEikonal,asaber f =1 emtodosospontosdointeriorderondeelaédiferenciável. [Dica: oproblemaanteriormostraque f 1;agora,dado XnointeriordeR,encontreY sobreγtalquef(x)=d(x,y);usandopontosnointeriordosegmentoxy seaproximando dex,mostreque f(x) 1]. Exercício6 SejaΓacurvadefiniday= x cos ( 1 x) parax ( 1,1)(emx=0,tomey=0;longedaorigem,fechea curvadamaneiraquevocêpreferir). Mostreque,se X <r,então f(x) 4πr 2. Concluaque f(o)= 0(naorigem). 2.2 Choques: Eixo Medial Estamos agora prontos para apresentar uma primeira definição de "esqueleto"de uma região delimitada por uma curva fechada. Definição7 O eixomedialdeumaregiãodelimitadarporumacurvaγéo(fechodo)conjuntodepontosondeafunção distânciaassociadaaγnãoédiferenciável. Emoutraspalavras,oeixomedialéoconjuntodospontosdechoquedaevolução por reação associada à região R. 1 E,porconseqüência,f édiferenciávelq.t.p. 3

4 Deumamaneiramaisgeométrica,consideretodososcírculoscontidosnaregiãoRquesejammaximais 2. Oconjuntodos centros destes círculos é o eixo medial. Exemplo 8 SearegiãoRéumretângulo,seueixomediallembraumtelhadovistodecima;adicionepequenasindentações e o eixo medial cria ramos inteiros naquelas direções: Exemplo 9 Searegiãoéaelipse x2 a 2 + y2 b 2 =1coma b,oeixomedialéumsegmentosobreeixomaiordecomprimento 2a 2b2 a. Claramente, o eixo medial de um círculo é um ponto isolado, seu centro. O eixo medial tem várias propriedades interessantes, como por exemplo: Os extremos do eixo medial são centros de curvatura correspondentes a pontos de curvatura máxima(ou mínima) do bordo; Oeixomedialéco-varianteporisometrias 3 ; 2 Essencialmente,estessãooscírculosque sãotangentesàcurva Γem doisoumaispontosdistintos;"essencialmente"porque,paracompletaro eixomedial,temosdeincluirtambém centrosdecírculosquesãotangentesaγem apenasum ponto,mascom ordem detangênciamaior sãoos pontos A 3 da figura aseguir. 3 Em outraspalavras,se Rgirarou transladar,oeixo medialgira ou translada "junto". 4

5 Quando bem definida, a direção tangente ao esqueleto num ponto é bissetriz das direções tangentes nos pontos correspondentes de Γ; Maisainda,épossívelreconstruiraregiãoRsearmazenarmosoesqueletoeoraiodocírculobitangenteemcadaumde seus pontos(de fato, a região R é simplesmente a união destes círculos). Esta é uma maneira interessante de representar a regiãor oesqueletocapturaadireçãogeral daregiãor,enquantoosraiosdoscírculoscapturamagrossuradecadaparte der. Istodito,arepresentaçãodeumaregiãoporseueixomedialefunçãoraiotemproblemas;oprincipaldeleséasensibilidade a ruídos(vide retângulo com indentações) pequenos ruídos na região R ou no seu bordo Γ levam a representações bastante distintas com eixos mediais. Por este motivo, aplicações práticas que se utilizam de esqueletos costumam passar por alguma espécie de suavização da curva Γ ou poda do eixo medial, para eliminar seus trechos irrelevantes. 2.3 Computação e Aplicações Para computar o eixo medial, há várias abordagens: Para polígonos, o eixo medial é uma espécie de diagrama de Voronoi (mas, ao invés de usarmos distâncias a pontos como é usual, usaríamos distâncias aos lados). Assim, é possível adaptar algoritmos que calculam diagramas de Voronoi para calcular eixos mediais; Há métodos que consistem em primeiro resolver o problema f = 1emR f = 0emΓ= R paraencontrarafunçãodistânciaf mascuidadodevesertomadopoissingularidadesdef sãopermitidasemr(que serão exatamente o eixo medial!). Para grids discretos, computar a função distância é um problema simples de Programação Dinâmica. Para ver algumas aplicações de eixos mediais em Visão Computacional, consulte, por exemplo, os sites The Hypermedia Image Processing Reference 4 ou o exemplo de classificação de peças (aplicação industrial) do MMach/Khoros no site da Unicamp 5 ambosestãonosslidesdestecurso. 4 Em em 5 Em 5

6 3 Evolução por Difusão Nesta seção, definiremos uma segunda evolução de curvas que tem suas próprias aplicações e propriedades interessantes. O leitor que precise relembrar as propriedades das curvaturas de curvas planas deve consultar o apêndice. Para referência, todas as nossas curvas são simples, fechadas, orientadas no sentido anti-horário, e, portanto, com normal unitária apontando paradentrodacurva. Nanossanotação,Q(s,t)éafamíliadecurvas,cadaumaparametrizadapors,ondetéotempoda evolução;amétricadacurvaég(s,t)= Q s (s,t),eacurvaturaék(s,t). Notequesnãoénecessariamentecomprimento dearco denotamosoparâmetrocomprimentodearcoporl,ouseja,dl=g.ds. 3.1 Movimento por Curvatura Vamos agora estudar uma nova evolução, denominada evolução por difusão ou movimento por curvatura: Q t (s,t)=k(s,t)n(s,t) ouseja,emcadapontoavelocidadedepropagaçãoéacurvaturavezesanormalunitária. Em primeiro lugar, façamos algumas experiências; as figuras abaixo mostram a deformação de uma curva por esta lei(a primeira para valores pequenos de t, e a segunda para valores maiores). Convidamosoleitoraverecriarseusprópriosexemplos; paratanto, visiteossitesdoprof. J. Sethian(Berkeley) 6 ou interajacomojava2dclosed CurveSimulator doprof. ShinYoshizawa(Aizu) 7,quegerouasfigurasacima. Notecomo os trechos da curva que são pontudos desaparecem rapidamente, e a curva acaba se transformando numa bolha redonda que, por sua vez, desaparecerá em tempo finito. Exercício10 Se a curva inicial for um círculo de raio R 0, como a curva evolui por este movimento? [Resposta: será umcírculoderaior(t)= R 2 0 2t,que,portanto,desapareceapóst= R2 0 2.] Que propriedades tem esta evolução? Comecemos então por fazer alguns cálculos interessantes: Exercício11 UmacurvaregularfechadasimplesQ(s,t)=(x(s,t),y(s,t))éparametrizadapors [0,B]eevoluicom otempotdeacordocomaleiq t (s,t)=k(s,t)n(s,t). a)usequeq st =Q ts paramostrarqueamétricasatisfaz g t = gk 2 T t = K s g N en t= K s g T b)sendol(t)ocomprimentodacurvaea(t)aáreaporeladelimitada,mostreque L (t) = A 0 A (t) = 2π K 2 dl (ondedl=g.dséoelementodecomprimentodearco)pelomenosenquantoacurvaforc 1. c) Mostre que K t =K LL +K O endereço da Universidade de Aizu parece estar desatualizado. Uma cópia deste Applet está em 6

7 Uma consequência desta última equação é uma espécie de princípio do mínimo para K: se K(s,t 0 ) > 0 para todo s, entãok(s,t 1 )>0(ondet 1 >t 0 )paratodostambém. Emsuma: Teorema 12 No movimento por curvatura, curvas convexas permanecem convexas. O arredondamento da curva também pode ser descrito de maneira mais precisa. Afinal, um interessante teorema da Geometria Diferencial[1] diz que: Teorema 13 (Desigualdade Isoperimétrica) Seja Γ uma curva plana, simples e fechada. Suponha que L é seu comprimentoeaéaáreaqueeladelimita. Então L 2 A 4π eaigualdadesóseverificaseγforumcírculo. IstosugereousodarazãoP = L2 A paramedirquãoredondaumaregiãoé. Noentanto,apartirdoscálculosdeL ea acima,éfácilverque: ( ) B P (t)= 2P K 2 dl πp É possível mostrar que o lado direito desta equação é sempre negativo[5]. Aliás, com estimativas mais cuidadosas, é possível mostrar que no movimento por curvatura tem-se L 2 lim t t F A =4π 0 ondet F éotempofinaldaevolução. Ouseja,àmedidaqueacurvaencolhe,elaseaproximadeumcírculo. Maisainda,oleitorpodeestarpreocupadocomofatodequetaiscálculosacimasóvalemenquantoacurvaforsuavee simples. Uma série absolutamente notável de artigos por Gage e Hamilton([5],[6],[4]) mostra os seguintes fatos: Teorema 14 No movimento por curvatura: a) Se a curva inicial for convexa, ela permanece convexa; b)seacurvainicialnãoforconvexa,elasetornaconvexaemtempofinito; c) A curva é instantaneamente suavizada, e permanece suave até seu colapso; d) Em suma, curvas imersas permanecem imersas e convergem para um ponto circular, sem nunca apresentarem qualquer espécie de auto-interseção! LembrandoqueA (t)= 2π,istoé,A(t)=A 0 2πt,éentãoimediatonotarqueocolapsodacurvasedáemt= A0 2π. 3.2 Choques: que ponto? Em suma, esta evolução não apresenta choques, exceto pelo ponto final de colapso. Até onde sabemos, a localização deste ponto de colapso é desconhecida, isto é, não sabemos em geral uma maneira simples de escrevê-lo em função da curva original (porexemplo,elenãoéocentrodemassadacurvanemdaregião). 3.3 Computação e Aplicações Level Set Method(Método por Curvas de Nível) Considereumafunçãoz=F(x,y)eumadesuascurvasdenívelΓ:z=0. SeafunçãoF variacomotempo(entãodefato F =F(x,y;t)),acurvadeníveltambémvariaránoplanoz=0. Paraserexato,suponhaquez=F(x(t),y(t),t)=0. Derivandocomrelaçãoaotempo: F x x +F y y +F t =0 F t = F, v onde véavelocidadedeumponto(x(t),y(t))deγnoplanoz=0. Emparticular,se v=vn onden éanormalunitária aγ,ficamoscom F t = F v ondesupusemosque F apontaparadentrodacurva,istoé, F = F N. EstaéaidéiaprincipaldoMétodoporCurvasdeNível(LevelSetMethod);ainvésdedeformardiretamenteumacurva noplano,representamo-lacomoumacurvadeníveldeumafunçãodeduasvariáveisf(x,y;0) podemosusar,porexemplo, F(x,y;0)=d(x,y) onde déafunção distãncia comsinal discutida anteriormente! Agora aplicando a E.D.P. acimaaf, fazemos a curva variar implicitamente. Se escolhermos v cuidadosamente, podemos fazer com que a curva evolua da maneira desejada. 7

8 ( Porexemplo,lembreque,dadaumafunçãoF(x,y),acurvaturadesuascurvasdeníveléK=div fazerv=k (queéexatamenteomovimentoporcurvatura),bastaevoluirf segundoalei ( ) F F t = F div F F F ). Se quiseremos ondeogradiente edivergentesãotomados apenas nas coordenadasxey. De fato, nãosóacurvaγ:f =0evoluirá por curvatura,mastodasascurvasdeníveldef farãoomesmo! ImplementarumaversãodiscretadestaE.D.P.nãoémuitodifícil algumcuidadotemquesertomadoempontosonde F 0,ondeaexpressãoàdireitaéindefinida; emtaispontos, pode-semostrar([3])queavelocidadecorretaparaque ocorra o movimento por curvatura desejado é: { deth se deth 0 F t = 0se deth<0 onde deth = F xx F yy Fxy 2 é o determinante da Hessiana de F. Em suma, pontos de sela não se movem verticalmente, enquantomáximoslocaissemovemcomavelocidade deth parabaixo. Maisdetalhessobreestealgoritmoestãoem[2] Aplicação: Image Denoising Umaaplicaçãodestaevoluçãoéaeliminaçãoderuídosdeimagensdigitais. Umaimagememtonsdecinzapodesermodelada porumafunçãoz=f(x,y), onde(x,y)denotaumpontodatelaezéasuacor(tipicamente, 0=pretoe255=branco). Neste contexto, ruídos tipicamente correspondem a valores de F que são muito diferentes de seus vizinhos, isto é, extremos locaisdef cujascurvasdeníveltemáreamuitopequena. Aplicandoomovimentoporcurvaturaàimagemtoda,taiscurvas de nível de pequena área desaparecem rapidamente, sem deformar demais as de área maior. Paraexemplosdestaaplicação,vejanovamenteositedoProf. Sethian(Berkeley) Aplicação: Espaço de Reação-Difusão Outra aplicação destas evoluções em análise de formas(shape Analysis) é o espaço de Reação-Difusão apresentado em[7]. Antes de descrever matematicamente as idéias deste espaço, pensemos um pouco sobre como é difícil classificar formas visuais computacionalmente. Por exemplo, quase todos os humanos concordam que um corpo pode ser razoavelmente bem dividido em cabeça, tronco e membros. Mas, como criar um algoritmo que faça esta divisão automaticamente a partir de um esboço2ddeumcorpohumano? AidéiadoespaçodeReação-DifusãoéconsiderarumacurvaQ(s,t)evoluindosegundoaleimaisgeral Q t =(α+βk)n Se α=0, temos a evolução por difusão. Por mais que a curva original Γ seja não convexa, nunca há uma quebra a curvaevoluisuavemente,semcriarnemmesmoumbico,atéocolapsofinal. Começancoporumesboço2Ddeumcorpo,os dedos simplesmente encolhem, assim como os outros membros do corpo e a cabeça, em direção ao torso central. Os pescoços inicialmente se alargam, até que o corpo se torna uma grande bolha convexa, que então encolhe até sumir. Poroutrolado,seβ=0,temosaevoluçãoporreação;qualquerpescoçoouafinamentoqueacurvaΓapresenteresultará em uma quebra da evolução emduas curvas distintas. Agora, as mãos se separam dos braços quando os pulsos quebram, os pés se separam das pernas pelas canelas; em algum momento, estes membros desparecem completamente, e permanecem apenas uma versão reduzida de uma cabeça, provavelmente separada de uma versão reduzida do torso quando o pescoço quebra. Emseguida,acabeçasomeeficaapenasotorso. Oprocessoésanguinolento,mas,nãosóestaevoluçãoproduzuma subdivisão da região inicial, mas ela produz também uma hierarquia dependendo do tempo que cada região sobrevive. Agora, se desejarmos não somente detectar os afinamentos da forma visual, mas também classificá-las quando à sua "pescoçudez", podemos variar os valores de α e β. Para cada pescoço (pulso/canela/afinamento), deve haver uma razão exataβ/αquefazcomqueestepescoçonãomaiscrieumaquebranaevoluçãodacurva. Estaquantidadeindicariaentãoo "grau de pescoçudez"deste pescoço da região R. A figura abaixo, retirada de [8], exemplifica o processo acima. O eixo horizontal representa a quantidade β/α e o eixo vertical representa o tempo da evolução. 8 Novamente,em 8

9 Figura 2: Espaço de Reação-Difusão 9

10 4 Apêndice: Curvatura de Curvas Planas 4.1 Definição de Curvatura Dadaumacurvaplanaparametrizadapor(x(s),y(s)),oseuvetorvelocidade v=x (s) ı+y (s) jformaumcertoângulo θ(s)comahorizontal(eixo Ox). DefinimosacurvaturaKdestacurvaplananumdeterminadopontocomoataxadevariação deste ângulo por unidade de comprimento medida na curva, isto é, v= v = dl ds = (x (s)) 2 +(y (s)) 2 tanθ= y (s) x (s) ouθ=arctan K= dθ dl ( ) y x N v Curva,velocidadeeoânguloθ(s) Para calcular K em função da parametrização, simplesmente use ( ( )) K= dl dl dθ d arctan y ds = x 1 dl v = 1 ( 1+ y K= y x x y ((x ) 2 +(y ) 2) 3/2 x ) 2 y x x y (x ) 2 1 (x ) 2 +(y ) 2 Emparticular,notequeadefiniçãodeKdependeapenasdoformatodacurvaenãodavelocidadeemqueapercorremos, istoé,dadaumacurva,k nãodepende daparametrização escolhida 9. Exemplo 15 UmapossívelparametrizaçãodeumcírculoderaioRé x(s)=rcosws; y(s)=rsinws Nestecaso,umautilizaçãodiretadaexpressãoparaκnosdá ( Rw 2 sinws ) ( Rwsinws) ( Rw 2 cosws ) (Rwcosws) K= (( Rwsinws) 2 +(Rwcosws) 2) 3/2 = R2 w 3 R 3 w 3 = 1 R confirmandoaidéiaintuitivadequek émaiorquandoacurvaémaisfechada. NotequenemacurvanemK dependemde w(queapenasmudaaparametrização). ValeapenanotarqueemgeralK éoinversodo raiodecurvatura deumacurva. Com esta definição de curvatura, o seguinte teorema é bastante intuitivo(apesar de sua demonstração fornal em[1] ser complicada): Teorema16 (doíndice de Rotação) Para uma curva regular simples fechada Q:[0,B] R 2 orientada no sentido anti-horário, tem-se B 0 KdL=2π. 9 Paraserexato,acurvaturadependesomentedadireçãoemqueacurvaépercorrida;seusarmosumaparametrizaçãoquereverteessadireção, a expressão da curvatura muda de sinal. É comum se exigir que tal parametrização siga o sentido anti-horário para curvas fechadas. 10

11 4.2 Parametrização por comprimento de arco Se parametrizamos a curva por comprimento de arco (isto é, v = velocidade é também o vetor tangente unitário T. Assim: (x ) 2 +(y ) 2 =1 d/dl x x +y y =0 T = v=x ı+y j dt dl = a=x ı+y j (x ) 2 +(y ) 2 = 1, ou seja, ds = dl), então o vetor e portanto vemos que v = T e a = dt dl são perpendiculares, isto é, dt dl é um múltiplo de N. Para encontrar o fator multiplicativo, note que } N= y ı+x j ( K=y x x y KN= x y y +x (y ) 2) ( ı+ (x ) 2 y x x y ) j= ( = (x ) 2 +(y ) 2) ( x ı+ (x ) 2 +(y ) 2) y j=x ı+y j= dt dl Demaneiraanáloga,podemosencontrartambém dn dl,obtendoasequaçõesdefrenetparacurvasplanasparametrizadas por comprimento de arco dt dl =KN dn dl = KT É comum definir-se curvatura a partir das expressões acima, ou como K= dt dl apesar desta última definição perder o sinal de K e ser inconveniente para nossos propósitos. Exercício17 SuponhaqueQ(s)nãoéparametrizadapor comprimento de arco. Nestecaso,definaa métricade umacurvaparametrizadaq(s)comog(s)= dl ds = Q (s),istoé,q (s)=gt. Mostreque e, consequentemente T (s)=gkn(s) N (s)= gkt(s) Exercício18 UmacurvaregularfechadasimplesQ(s,t)=(x(s,t),y(s,t))éparametrizadapors [0,B]eevoluicom otempotdeacordocomaleiq t (s,t)=n(s,t). a)usequeq st =Q ts paramostrarque g t = Kg T t = N t =0 Emparticular,istomostraqueanormalunitáriaéconstantecomrelaçãoat. b) Lembremos que o comprimento desta curva e a área por ela delimitada são, respectivamente, L(t) = A(t) = 1 2 B 0 B 0 g ds (xy s yx s )ds= 1 2 B 0 Q, N Mostreque,enquantoacurvafordeclasseC 1 (istoé,antesdoschoques),tem-se L (t) = 2π A (t) = L g ds c)mostrequeafunçãocurvaturak(s,t)satisfaz e, portanto K t =K 2 K= K 0 1 tk 0 ondek 0 éacurvaturanopontocorrespondentedacurvaoriginal. [Dica: derivet s =gkn comrelaçãoat.] 11

12 4.3 Curvatura de curvas de nível DadaumafunçãoF(x,y)queassumavaloresreais,comocalcularacurvaturadacurvadenívelF(x,y)=Cnumdeterminado pontoregular 10 deseudomínio? Notemosque(utilizandoíndicesparaderivadasparciais) F =F x ı+f y jestánadireção normalàcurvadenível,portantoovetor T =F y ı F x jétangenteàmesma. Assim,podemosencontrarumaparametrização (x(s),y(s))comtalvelocidade,istoé Podemos então calcular x =F y (x(s),y(s)); y = F x (x(s),y(s)) x =F xy x +F yy y =F xy F y F yy F x y = F xx x F xy y = F xx F y +F xy F x ondeomitimosdanotaçãooponto(x(t),y(t))ondetodasasderivadasparciaistemdesercalculadas. Estamos prontos para calcular a curvatura de uma curva de nível de F num ponto P = (x(t),y(t)). De fato, basta utilizar a expressão da subseção anterior y x x y K= ( (x ) 2 +(y ) 2) = ( F xxf y +F xyf x )( F y ) (F xyf y F yyf x )F x 3/2 ( F 2 x +Fy) 2 3/2 K= F xxf 2 y 2F xy F x F y +F yy F 2 x ( F 2 x +F 2 y) 3/2 e temos uma expressão para K em função de derivadas (cartesianas) de F. Uma maneira mais simples de escrever esta expressão é ( ) F K=div F cuja verificação deixamos ao leitor. NotequeumarotaçãoouumatranslaçãodoseixoscartesianosnãomudaoformatodascurvasdeníveldeF e,portanto, não muda a expressão de K. Já que temos liberdade em escolher tais coordenadas, por que não escolher um sistema de coordenadas locais que simplifique as expressões encontradas? Para tanto, dada uma função F(x, y) e um ponto regular P(x 0,y 0 ),definiremososistema de coordenadas gradiente(denotadoporu,v)colocandoaorigemnopontop,oeixo OutangenteàcurvadeníveldeF passandoporp eadireção OvnadireçãodogradientedeF nopontop. Segueimediatamenteque,nopontoP,temosF u =0eF v = F. ComoaexpressãodeK éamesmanestesistemade coordenadas,podemossubstituirf u =0naexpressãodeK paraobtersimplesmente 11 K= F uu F v Referências [1] Manfredo Perdigão Do Carmo. Geometria Diferencial de Curvas e Superfícies. SBM, Rio de Janeiro, [2] Marcos Craizer, Sinésio Pesco, and Ralph Teixeira. A numerical scheme for the curvature equation near the singularities. Journal of Mathematical Imaging and Vision, 22:89 95, [3] Marcos Craizer and Ralph Teixeira. Evolution of an extremum by curvature motion. Journal of Mathematical Analysis and Applications, 293: , [4] M. Gage and R. S. Hamilton. The heat equation shrinking convex plane curves. Journal of Differential Geometry, (23):69 96, Istoé,um pontonão crítico ouum ponto P tal que F(P) Éimportantenotarqueascoordenadasuevdependem dopontop escolhido;podemosimaginarqueaexpressãodek éválidaparaqualquer pontodo domíniodef seimaginarmosqueascoordenadasuevvariam de acordo com opontoescolhido. Note quef u =0somenteno pontop; portanto,nãopodemosescreverquef uu =0. Emoutraspalavras,oupensequeF u =0éválidosomenteem P paraufixo(efiqueàvontadepara diferenciar qualquercoisa com relação a u), ou pense que F u =0em todos os pontos P do domínio (mas então uvaria com o ponto P escolhido, e não faz sentido diferenciarcom respeito a u). O truque é manterambasas interpretações em mente ao mesmo tempo... 12

13 [5] Michael E. Gage. An isoperimetric equation with application in curve shortening. Duke Mathematical Journal, 50(4): , [6] Michael E. Gage. Curve shortening makes convex curves circular. Inventiones Mathematicae,(76): , [7] B.B.Kimia,A.R.Tannenbaum,andS.W.Zucker.Ontheevolutionofcurvesviaafunctionofcurvature,i: theclassical case. Journal of Mathematical Analysis and Applications,(163): , [8] Benjamin B. Kimia, Allen R. Tannenbaum, and Steven W. Zucker. Towards a computational theory of shape: an overview. Technical Report CIM-89-13, McGill University, Department of Eletrical Engineering, Montreal, Canada, June

Lista de Exercícios 1

Lista de Exercícios 1 UFS - PROMAT Disciplina: Geometria Diferencial Professor: Almir Rogério Silva Santos Lista de Exercícios. Seja α : I R 3 uma curva regular. (a) Mostre que α é uma reta se α (t) e α (t) são linearmente

Leia mais

Minicurso: Algumas generalizaçoes do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo no plano é π - (Versão preliminar e incompleta)

Minicurso: Algumas generalizaçoes do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo no plano é π - (Versão preliminar e incompleta) Minicurso: Algumas generalizaçoes do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo no plano é π - (Versão preliminar e incompleta) Ryuichi Fukuoka: DMA-UEM 18 de outubro de 2006 1 Introdução Comecemos

Leia mais

2 Conceitos Básicos da Geometria Diferencial Afim

2 Conceitos Básicos da Geometria Diferencial Afim 2 Conceitos Básicos da Geometria Diferencial Afim Antes de iniciarmos o estudo das desigualdades isoperimétricas para curvas convexas, vamos rever alguns conceitos e resultados da Geometria Diferencial

Leia mais

MAT0326 Geometria Diferencial I

MAT0326 Geometria Diferencial I MAT036 Geometria Diferencial I Segunda Prova 06/11/01 Soluções Questão 1 Valor: 3.0 pontos. Considere a superfície S, de Enneper, parametrizada por Xu, v = u u3 3 + uv, v v3 3 + u v, u v. a. Determine

Leia mais

CURVATURA DE CURVAS PLANAS

CURVATURA DE CURVAS PLANAS CURVATURA DE CURVAS PLANAS PROFESSOR RICARDO SÁ EARP (1) A tractrix. Vamos continuar com o traçado das curvas planas, agora incluindo o estudo da curvatura ao roteiro sugerido no exercício 1 da lista sobre

Leia mais

Processamento de Malhas Poligonais

Processamento de Malhas Poligonais Processamento de Malhas Poligonais Tópicos Avançados em Computação Visual e Interfaces I Prof.: Marcos Lage www.ic.uff.br/~mlage mlage@ic.uff.br Conteúdo: Notas de Aula Curvas 06/09/2015 Processamento

Leia mais

Objetos Gráficos Planares

Objetos Gráficos Planares Universidade Federal de Sergipe Departamento de Matemática Objetos Gráficos Planares Profª. Maria Andrade 2016 Objetos Gráficos Computação Gráfica é a área que estuda a síntese, o processamento e a análise

Leia mais

Teorema de Green Curvas Simples Fechadas e Integral de

Teorema de Green Curvas Simples Fechadas e Integral de Cálculo III Departamento de Matemática - ICEx - UFMG Marcelo Terra Cunha Teorema de Green Agora chegamos a mais um teorema da família do Teorema Fundamental do Cálculo, mas dessa vez envolvendo integral

Leia mais

Aula 15. Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente. Quando u = (1, 0) ou u = (0, 1), obtemos as derivadas parciais em relação a x ou y, respectivamente.

Aula 15. Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente. Quando u = (1, 0) ou u = (0, 1), obtemos as derivadas parciais em relação a x ou y, respectivamente. Aula 15 Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente Seja f(x, y) uma função de variáveis. Iremos usar a notação D u f(x 0, y 0 ) para: Derivada direcional de f no ponto (x 0, y 0 ), na direção do vetor unitário

Leia mais

APLICAÇÕES DAS FÓRMULAS DE FRENET EM CURVAS PLANAS E ESFÉRICAS

APLICAÇÕES DAS FÓRMULAS DE FRENET EM CURVAS PLANAS E ESFÉRICAS APLICAÇÕES DAS FÓRMULAS DE FRENET EM CURVAS PLANAS E ESFÉRICAS Adailson Ribeiro da Silva; Carlos Rhamon Batista Morais; Alecio Soares Silva; José Elias da Silva Universidade Estadual da Paraíba; adailsonribeiro1@gmail.com;

Leia mais

Aula 6. Doravante iremos dizer que r(t) é uma parametrização da curva, e t é o parâmetro usado para descrever a curva.

Aula 6. Doravante iremos dizer que r(t) é uma parametrização da curva, e t é o parâmetro usado para descrever a curva. Curvas ou Funções Vetoriais: Aula 6 Exemplo 1. Círculo como coleção de vetores. Vetor posição de curva: r(t) = (cos t, sen t), t 2π r(t) pode ser vista como uma função vetorial: r : [, 2π] R R 2 Doravante

Leia mais

Derivadas Parciais. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

Derivadas Parciais. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 14 Derivadas Parciais Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 14.6 Derivadas Direcionais e o Vetor Gradiente Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. Derivadas Direcionais

Leia mais

Área e Teorema Fundamental do Cálculo

Área e Teorema Fundamental do Cálculo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Área e Teorema Fundamental

Leia mais

Lista de Exercícios de Cálculo Infinitesimal II

Lista de Exercícios de Cálculo Infinitesimal II Lista de Exercícios de Cálculo Infinitesimal II 10 de Setembro de 2003 Questão 1 Determine as representações explícitas em coordenadas polares das seguintes curvas: a) O círculo de raio a centrado em (a,

Leia mais

PARAMETRIZAÇÃO DE CURVA:

PARAMETRIZAÇÃO DE CURVA: PARAMETRIZAÇÃO DE CURVA: parametrizar uma curva C R n (n=2 ou 3), consiste em definir uma função vetorial: r : I R R n (n = 2 ou 3), onde I é um intervalo e r(i) = C. Equações paramétricas da curva C de

Leia mais

Cálculo a Várias Variáveis I - MAT Cronograma para P2: aulas teóricas (segundas e quartas)

Cálculo a Várias Variáveis I - MAT Cronograma para P2: aulas teóricas (segundas e quartas) Cálculo a Várias Variáveis I - MAT 116 0141 Cronograma para P: aulas teóricas (segundas e quartas) Aula 10 4 de março (segunda) Aula 11 6 de março (quarta) Referências: Cálculo Vol James Stewart Seções

Leia mais

Cinemática em 2D e 3D

Cinemática em 2D e 3D Cinemática em 2D e 3D o vetores posição, velocidade e aceleração o movimento com aceleração constante, movimento de projéteis o Cinemática rotacional, movimento circular uniforme Movimento 2D e 3D Localizar

Leia mais

Evolutas e Involutas: Planas e Espaciais

Evolutas e Involutas: Planas e Espaciais Evolutas e Involutas: Planas e Espaciais Aluno: Igor Albuquerque Araujo Orientador: Marcos Craizer Introdução Foi feito um estudo de conjuntos focais de superfícies. Foram utilizados os softwares Maple

Leia mais

Exercícios resolvidos P3

Exercícios resolvidos P3 Exercícios resolvidos P3 Questão 1 Calcule a área da superfície obtida pela revolução da curva α(t) (R cos t,, R sin t + a), t [, 2π], < R < a, em torno do eixo x. Esta superfície é chamada de Toro. Resposta:

Leia mais

Geometria Diferencial

Geometria Diferencial Geometria Diferencial Exercícios sobre curvas planas e espaciais - 2007 Versão compilada no dia 20 de Setembro de 2007. Departamento de Matemática - UEL Prof. Ulysses Sodré: ulysses(a)uel(pt)br Matemática

Leia mais

Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos)

Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (,0 pontos) a) etermine números reais a 0, b, c, e d tais que o gráfico de f(x) ax + bx + cx + d tenha um ponto de inflexão em (1, ) e o coeficiente angular

Leia mais

PROFESSOR: RICARDO SÁ EARP

PROFESSOR: RICARDO SÁ EARP LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE TRABALHO, CAMPOS CONSERVATIVOS, TEOREMA DE GREEN, FLUXO DE UM CAMPO AO LONGO DE UMA CURVA, DIVERGÊNCIA E ROTACIONAL DE UM CAMPO NO PLANO, FUNÇÕES HARMÔNICAS PROFESSOR: RICARDO

Leia mais

14.5 A Regra da Cadeia. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

14.5 A Regra da Cadeia. Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. 14.5 A Regra da Cadeia Copyright Cengage Learning. Todos os direitos reservados. A Regra da Cadeia Lembremo-nos de que a Regra da Cadeia para uma função de uma única variável nos dava uma regra para derivar

Leia mais

DERIVADAS PARCIAIS. y = lim

DERIVADAS PARCIAIS. y = lim DERIVADAS PARCIAIS Definição: Seja f uma função de duas variáveis, x e y (f: D R onde D R 2 ) e (x 0, y 0 ) é um ponto no domínio de f ((x 0, y 0 ) D). A derivada parcial de f em relação a x no ponto (x

Leia mais

Objetos Gráficos Planares

Objetos Gráficos Planares Universidade Federal de Alagoas Instituto de Matemática Objetos Gráficos Planares Prof. Thales Vieira 2011 Objetos Gráficos Computação Gráfica é a área que estuda a síntese, o processamento e a análise

Leia mais

As variáveis de rotação

As variáveis de rotação Capítulo 10 Rotação Neste capítulo vamos estudar o movimento de rotação de corpos rígidos sobre um eixo fixo. Para descrever esse tipo de movimento, vamos introduzir os seguintes conceitos novos: -Deslocamento

Leia mais

MAT1153 / LISTA DE EXERCÍCIOS : CAMPOS CONSERVATIVOS, INTEGRAIS DE LINHA, TRABALHO E TEOREMA DE GREEN

MAT1153 / LISTA DE EXERCÍCIOS : CAMPOS CONSERVATIVOS, INTEGRAIS DE LINHA, TRABALHO E TEOREMA DE GREEN MAT1153 / 2008.1 LISTA DE EXERCÍCIOS : CAMPOS CONSERVATIVOS, INTEGRAIS DE LINHA, TRABALHO E TEOREMA DE GREEN OBS: Faça os exercícios sobre campos conservativos em primeiro lugar. (1 Fazer exercícios 1:(c,

Leia mais

Equações paramétricas das cônicas

Equações paramétricas das cônicas Aula 1 Equações paramétricas das cônicas Ao estudarmos as retas no plano, vimos que a reta r que passa por dois pontos distintos P 1 = x 1, y 1 ) e P = x, y ) é dada pelas seguintes equações paramétricas:

Leia mais

Para motivar a definição de integral curvelínea, imagine um fio delgado em forma de uma curva C, com extremidade A e B. Suponha-se que o fio tenha

Para motivar a definição de integral curvelínea, imagine um fio delgado em forma de uma curva C, com extremidade A e B. Suponha-se que o fio tenha INTEGRAIS DE LINHA INTRODUÇÃO: Temos como objetivo definir uma integral que é semelhante a uma integral simples, exceto que ao invés de integrarmos sobre um intervalo [a,b], integramos sobre uma curva

Leia mais

Curvas Planas em Coordenadas Polares

Curvas Planas em Coordenadas Polares Curvas Planas em Coordenadas Polares Sumário. Coordenadas Polares.................... Relações entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas...................... 6. Exercícios........................

Leia mais

Vetor Tangente, Normal e Binormal. T(t) = r (t)

Vetor Tangente, Normal e Binormal. T(t) = r (t) CVE 0003 - - CÁLCULO VETORIAL - - 2011/2 Vetor Tangente, Normal e Binormal Lembre-se que se C é uma curva suave dada pela função vetorial r(t), então r (t) é contínua e r (t) 0. Além disso, o vetor r (t)

Leia mais

Singularidades Estáveis de Curvas e Superfícies

Singularidades Estáveis de Curvas e Superfícies Singularidades Estáveis de Curvas e Superfícies Aluno: Igor Albuquerque Araujo Orientador: Marcos Craizer Introdução Em matemática, a teoria das singularidades estuda e classifica os germes de aplicações

Leia mais

MAT0326 Geometria Diferencial I

MAT0326 Geometria Diferencial I MAT6 Geometria Diferencial I Primeira Prova /9/ Soluções Questão Valor:. =.5 +.5 pontos). a. Mostre que cos arctanx) ) =. + x b. Determine uma curva plana α : R R, parametrizada por comprimento de arco,

Leia mais

Departamento de Matemática

Departamento de Matemática Computação Gráfica - Evolução de Curvas e Superfícies Aluno: Vinícius Segura Orientador: Sinésio Pesco Introdução Nas últimas décadas atravessamos uma verdadeira revolução tecnológica, devido ao avanço

Leia mais

6 AULA. Equações Paramétricas LIVRO. META Estudar funções que a cada ponto do domínio associa um par ordenado

6 AULA. Equações Paramétricas LIVRO. META Estudar funções que a cada ponto do domínio associa um par ordenado 1 LIVRO Equações Paramétricas 6 AULA META Estudar funções que a cada ponto do domínio associa um par ordenado de R 2 OBJETIVOS Estudar movimentos de partículas no plano. PRÉ-REQUISITOS Ter compreendido

Leia mais

A integral definida Problema:

A integral definida Problema: A integral definida Seja y = f(x) uma função definida e limitada no intervalo [a, b], e tal que f(x) 0 p/ todo x [a, b]. Problema: Calcular (definir) a área, A,da região do plano limitada pela curva y

Leia mais

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 3 a lista de exercícios

MAT Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II 3 a lista de exercícios MAT44 - Cálculo Diferencial e Integral para Engenharia II a lista de exercícios - 01 1. Esboce a superfície de nível da função F : A R R para o nível c: a) F(x, y, z) = x+y+z e c = 1 b) F(x, y, z) = x

Leia mais

Professor: Computação Gráfica I. Anselmo Montenegro Conteúdo: - Objetos gráficos planares. Instituto de Computação - UFF

Professor: Computação Gráfica I. Anselmo Montenegro  Conteúdo: - Objetos gráficos planares. Instituto de Computação - UFF Computação Gráfica I Professor: Anselmo Montenegro www.ic.uff.br/~anselmo Conteúdo: - Objetos gráficos planares 1 Objetos gráficos: conceitos O conceito de objeto gráfico é fundamental para a Computação

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA LISTA DE EXERCÍCIOS DE MAT243-CÁLCULO III

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA LISTA DE EXERCÍCIOS DE MAT243-CÁLCULO III UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA LISTA DE EXERCÍCIOS DE MAT243-CÁLCULO III Capítulo 1 Vetores no Rn 1. Sejam u e v vetores tais que e u v = 2 e v = 1. Calcule v u v. 2. Sejam u

Leia mais

10. Determine as equações cartesianas das famílias de retas que fazem um ângulo de π/4 radianos com a reta y = 2x + 1.

10. Determine as equações cartesianas das famílias de retas que fazem um ângulo de π/4 radianos com a reta y = 2x + 1. Geometria Analítica. 1. Determine as posições relativas e as interseções entre os conjuntos em R abaixo. Em cada item também faça um esboço dos dois conjuntos dados no mesmo sistema de eixos. (a) C : (x

Leia mais

MAT 2454 Cálculo II Resolução da Lista 3

MAT 2454 Cálculo II Resolução da Lista 3 MAT 2454 Cálculo II Resolução da Lista 3 por César Morad I. Superfícies de Nível, Planos Tangentes e Derivadas Direcionais 1.1. Em cada caso, esboce a superfície de nível c da função F: R 2 R: a. F(x,

Leia mais

Derivadas Parciais Capítulo 14

Derivadas Parciais Capítulo 14 Derivadas Parciais Capítulo 14 DERIVADAS PARCIAIS Como vimos no Capítulo 4, no Volume I, um dos principais usos da derivada ordinária é na determinação dos valores máximo e mínimo. DERIVADAS PARCIAIS 14.7

Leia mais

3xz dx + 4yz dy + 2xy dz, do ponto A = (0, 0, 0) ao ponto B = (1, 1, 2), ao longo dos seguintes caminhos:

3xz dx + 4yz dy + 2xy dz, do ponto A = (0, 0, 0) ao ponto B = (1, 1, 2), ao longo dos seguintes caminhos: Lista álculo III -A- 201-1 10 Universidade Federal Fluminense EGM - Instituto de Matemática GMA - Departamento de Matemática Aplicada LISTA - 201-1 Integral de Linha de ampo Vetorial Teorema de Green ampos

Leia mais

MAT Geometria Diferencial 1 - Lista 1

MAT Geometria Diferencial 1 - Lista 1 MAT0326 - Geometria Diferencial - Lista Monitor: Ivo Terek Couto 9 de outubro de 206 Observação. Assuma que todas as curvas e superfícies são diferenciáveis. Aquecimento Exercício. Seja α : I R R 3 uma

Leia mais

Generalizações do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo é π

Generalizações do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo é π Generalizações do Teorema: A soma dos ângulos internos de um triângulo é π Ryuichi Fukuoka Universidade Estadual de Maringá Departamento de Matemática São José do Rio Preto 26 de fevereiro de 2007 Ryuichi

Leia mais

Mecânica 1. Guia de Estudos P2

Mecânica 1. Guia de Estudos P2 Mecânica 1 Guia de Estudos P2 Conceitos 1. Cinemática do Ponto Material 2. Cinemática dos Sólidos 1. Cinemática do Ponto Material a. Curvas Definição algébrica: A curva parametriza uma função de duas ou

Leia mais

Dizemos que uma superfície é um cilindro se na equação cartesiana da superfície há uma variável que não aparece.

Dizemos que uma superfície é um cilindro se na equação cartesiana da superfície há uma variável que não aparece. Aula 9 Cilindros e Quádricas Cilindros Dizemos que uma superfície é um cilindro se na equação cartesiana da superfície há uma variável que não aparece. Exemplo 1. x 2 + y 2 = 1 No espaço, o conjunto de

Leia mais

Derivadas Parciais Capítulo 14

Derivadas Parciais Capítulo 14 Derivadas Parciais Capítulo 14 DERIVADAS PARCIAIS 14.6 Derivadas Direcionais e o Vetor Gradiente Nesta seção, vamos aprender como encontrar: As taxas de variação de uma função de duas ou mais variáveis

Leia mais

Lista de Exercícios de Cálculo 3 Sexta Semana

Lista de Exercícios de Cálculo 3 Sexta Semana Lista de Exercícios de Cálculo 3 Sexta Semana Parte A 1. (i) Encontre o gradiente das funções abaixo; (ii) Determine o gradiente no ponto P dado; (iii) Determine a taxa de variação da função no ponto P

Leia mais

2 Propriedades geométricas de curvas parametrizadas no R 4

2 Propriedades geométricas de curvas parametrizadas no R 4 2 Propriedades geométricas de curvas parametrizadas no R 4 Nesse capítulo trataremos dos conceitos básicos de geometria diferencial referentes à curvas parametrizadas no R 4. 2.1 Curvas Parametrizadas

Leia mais

Lista de Exercícios de Cálculo 3 Terceira Semana

Lista de Exercícios de Cálculo 3 Terceira Semana Lista de Exercícios de Cálculo 3 Terceira Semana Parte A 1. Reparametrize as curvas pelo parâmetro comprimento de arco medido a partir do ponto t = 0 na direção crescente de t. (a) r(t) = ti + (1 3t)j

Leia mais

1 Diferenciabilidade e derivadas direcionais

1 Diferenciabilidade e derivadas direcionais UFPR - Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Matemática CM048 - Cálculo II - Matemática Diurno Prof. Zeca Eidam Nosso objetivo nestas notas é provar alguns resultados

Leia mais

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias 4 Posição relativa entre retas e círculos e distâncias Sumário 4.1 Distância de um ponto a uma reta.......... 2 4.2 Posição relativa de uma reta e um círculo no plano 4 4.3 Distância entre duas retas no

Leia mais

14 AULA. Vetor Gradiente e as Derivadas Direcionais LIVRO

14 AULA. Vetor Gradiente e as Derivadas Direcionais LIVRO 1 LIVRO Vetor Gradiente e as Derivadas Direcionais 14 AULA META Definir o vetor gradiente de uma função de duas variáveis reais e interpretá-lo geometricamente. Além disso, estudaremos a derivada direcional

Leia mais

MAT CÁLCULO 2 PARA ECONOMIA. Geometria Analítica

MAT CÁLCULO 2 PARA ECONOMIA. Geometria Analítica MT0146 - CÁLCULO PR ECONOMI SEMESTRE DE 016 LIST DE PROBLEMS Geometria nalítica 1) Sejam π 1 e π os planos de equações, respectivamente, x + y + z = e x y + z = 1. Seja r a reta formada pela interseção

Leia mais

Aplicações à Física e à Engenharia

Aplicações à Física e à Engenharia UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Aplicações à Física

Leia mais

Gráficos, Proporções e Variações Proporcionais

Gráficos, Proporções e Variações Proporcionais Texto complementar n 1 Gráficos, Proporções e Variações Proporcionais 1. Introdução. No estudo de um fenômeno físico são realizadas experiências onde são medidas diversas grandezas ao mesmo tempo. A relação

Leia mais

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino* ROTAÇÃO Física Geral I (1108030) - Capítulo 07 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 25 Translação e Rotação Sumário Definições, variáveis da rotação e notação vetorial Rotação com aceleração angular

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 2. Áreas de Poĺıgonos. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo de Geometria Anaĺıtica 2. Áreas de Poĺıgonos. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo de Geometria naĺıtica Áreas de Poĺıgonos Terceiro no - Médio utor: Prof ngelo Papa Neto Revisor: Prof ntonio Caminha M Neto 1 Área de um triângulo Na aula Equação da Reta Módulo

Leia mais

Operadores Diferenciais Aplicações Rebello 2014

Operadores Diferenciais Aplicações Rebello 2014 Operadores Diferenciais Aplicações Rebello 2014 Os operadores diferenciais representam um conjunto de ferramentas indispensáveis na engenharia não só na parte de avaliar e classificar um campo vetorial

Leia mais

Lista 3. Cálculo Vetorial. Integrais de Linha e o Teorema de Green. 3 Calcule. 4 Calcule. a) F(x, y, z) = yzi + xzj + xyk

Lista 3. Cálculo Vetorial. Integrais de Linha e o Teorema de Green. 3 Calcule. 4 Calcule. a) F(x, y, z) = yzi + xzj + xyk Lista 3 Cálculo Vetorial Integrais de Linha e o Teorema de Green Parametrizações Encontre uma parametrização apropriada para a curva suave por partes em R 3. a) intersecção do plano z = 3 com o cilindro

Leia mais

Solução: Um esboço da região pode ser visto na figura abaixo.

Solução: Um esboço da região pode ser visto na figura abaixo. Instituto de Matemática - IM/UFRJ Gabarito prova final - Escola Politécnica / Escola de Química - 29/11/211 Questão 1: (2.5 pontos) Encontre a área da região do primeiro quadrante limitada simultaneamente

Leia mais

Aula 4. Coordenadas polares. Definição 1. Observação 1

Aula 4. Coordenadas polares. Definição 1. Observação 1 Aula Coordenadas polares Nesta aula veremos que há outra maneira de expressar a posição de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados, há curvas

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral II Resolução do Exame/Teste de Recuperação 02 de Julho de 2018, 15:00h - versão 2 Duração: Exame (3h), Teste (1h30)

Cálculo Diferencial e Integral II Resolução do Exame/Teste de Recuperação 02 de Julho de 2018, 15:00h - versão 2 Duração: Exame (3h), Teste (1h30) Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Cálculo Diferencial e Integral II do Exame/Teste de Recuperação 2 de Julho de 218, 15:h - versão 2 Duração: Exame (3h),

Leia mais

Lista 2 - Métodos Matemáticos II Respostas

Lista 2 - Métodos Matemáticos II Respostas Lista - Métodos Matemáticos II Respostas Prof. Jorge Delgado Importante: As resoluções não pretendem ser completas mas apenas uma indicação para o aluno consultar caso seja necessário, cabendo a ele fornecer

Leia mais

Sistema de Coordenadas Intrínsecas

Sistema de Coordenadas Intrínsecas Sistema de Coordenadas Intrínsecas Emílio G. F. Mercuri a a Professor do Departamento de Engenharia Ambiental, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná Resumo Depois da introdução a cinemática

Leia mais

BCC402 Algoritmos e Programação Avançada Prof. Marco Antonio M. Carvalho Prof. Túlio Ângelo M. Toffolo 2011/1

BCC402 Algoritmos e Programação Avançada Prof. Marco Antonio M. Carvalho Prof. Túlio Ângelo M. Toffolo 2011/1 BCC402 Algoritmos e Programação Avançada Prof. Marco Antonio M. Carvalho Prof. Túlio Ângelo M. Toffolo 2011/1 Na aula anterior Prova. 2 Na aula de hoje Geometria. 3 A geometria é inerentemente uma disciplina

Leia mais

Exame de Matemática II - Curso de Arquitectura

Exame de Matemática II - Curso de Arquitectura Exame de Matemática II - Curso de ruitectura o semestre de 8 7 de Junho de 8 esponsável Henriue Oliveira a Parte. Considere a seguinte função f! de nida por f(x ; x ; x ) (x cos (x ) ; x sin (x ) ; x ).

Leia mais

CURVAS PLANAS. A orientação de uma curva parametrizada é a direção definida pelos valores crescentes de t.

CURVAS PLANAS. A orientação de uma curva parametrizada é a direção definida pelos valores crescentes de t. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA DISCIPLINA: TÓPICOS EM MATEMÁTICA APLICADOS À EXPRESSÃO GRÁFICA II PROFESSORA: BÁRBARA DE

Leia mais

Sessão 1: Generalidades

Sessão 1: Generalidades Sessão 1: Generalidades Uma equação diferencial é uma equação envolvendo derivadas. Fala-se em derivada de uma função. Portanto o que se procura em uma equação diferencial é uma função. Em lugar de começar

Leia mais

8.1 Áreas Planas. 8.2 Comprimento de Curvas

8.1 Áreas Planas. 8.2 Comprimento de Curvas 8.1 Áreas Planas Suponha que uma certa região D do plano xy seja delimitada pelo eixo x, pelas retas x = a e x = b e pelo grá co de uma função contínua e não negativa y = f (x) ; a x b, como mostra a gura

Leia mais

1. Calcule as integrais de linha de primeira espécie. (a) (b)

1. Calcule as integrais de linha de primeira espécie. (a) (b) Lista de Exercícios de álculo 3 Nona Semana Parte 1. alcule as integrais de linha de primeira espécie. xds sobre o arco da parábola y = x 2 de (0, 0) a (1, 1). x2 + y 2 ds sobre a curva r(t) = 4 cos ti

Leia mais

Processamento de Imagens CPS755

Processamento de Imagens CPS755 Processamento de Imagens CPS755 aula 01 - geometria projetiva e transformações 2D Antonio Oliveira Ricardo Marroquim 1 / 44 laboratório de processamento de imagens tópicos geometria projetiva transformações

Leia mais

11.5 Derivada Direcional, Vetor Gradiente e Planos Tangentes

11.5 Derivada Direcional, Vetor Gradiente e Planos Tangentes 11.5 Derivada Direcional, Vetor Gradiente e Planos Tangentes Luiza Amalia Pinto Cantão Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.br Estudos Anteriores Derivadas

Leia mais

Capítulo 19. Coordenadas polares

Capítulo 19. Coordenadas polares Capítulo 19 Coordenadas polares Neste capítulo, veremos que há outra maneira de expressar a posição de um ponto no plano, distinta da forma cartesiana. Embora os sistemas cartesianos sejam muito utilizados,

Leia mais

Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria

Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria Aula 7: Geometria das superfícies bidimensionais II; gravitação e geometria A C Tort 1 1 Departmento de Física Teórica Instituto Física Universidade Federal do Rio de Janeiro 18 de Maio de 2010 Tort (IF

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral de Campos Vetoriais

Cálculo Diferencial e Integral de Campos Vetoriais Capítulo 1 Cálculo Diferencial e Integral de Campos Vetoriais Conteúdo 1.1 Breve Interlúdio........................... 8 1.2 Noções básicas de campo escalar e vetorial........... 9 1.3 Divergência de um

Leia mais

CURVAS REGULARES E EQUAÇÕES DE FRENET. Thiago Mariano Viana ¹, Dr. Fernando Pereira Souza ²

CURVAS REGULARES E EQUAÇÕES DE FRENET. Thiago Mariano Viana ¹, Dr. Fernando Pereira Souza ² 1 CURVAS REGULARES E EQUAÇÕES DE FRENET Thiago Mariano Viana ¹, Dr. Fernando Pereira Souza ² ¹ Aluno do curso de Matemática CPTL/UFMS, bolsista do grupo PET Matemática CPTL/UFMS; ² Professor do curso de

Leia mais

Cálculo II. Resumo Teórico Completo

Cálculo II. Resumo Teórico Completo Cálculo II Resumo Teórico Completo Cálculo 2 A disciplina visa estudar funções e gráficos, de forma semelhante a Cálculo 1, mas expande o estudo para funções de mais de uma variável, bem como gráficos

Leia mais

Resumo: Regra da cadeia, caso geral

Resumo: Regra da cadeia, caso geral Resumo: Regra da cadeia, caso geral Teorema Suponha que u = u(x 1,..., x n ) seja uma função diferenciável de n variáveis x 1,... x n onde cada x i é uma função diferenciável de m variáveis t 1,..., t

Leia mais

2.1 Mudança de variáveis em integral dupla

2.1 Mudança de variáveis em integral dupla ! "! # $! % & #! ' ( $ Objetivos. Os objetivos desta Aula são: apresentar a ideia de mudança de variáveis no plano para calcular integrais duplas; usar as coordenadas polares para calcular a integral dupla

Leia mais

MAT Poli Cônicas - Parte I

MAT Poli Cônicas - Parte I MAT2454 - Poli - 2011 Cônicas - Parte I Uma equação quadrática em duas variáveis, x e y, é uma equação da forma ax 2 +by 2 +cxy +dx+ey +f = 0, em que pelo menos um doscoeficientes a, b oucénão nulo 1.

Leia mais

5.1 Visualização da curva silhueta em R 4 Alguns exemplos de superfícies em R 4

5.1 Visualização da curva silhueta em R 4 Alguns exemplos de superfícies em R 4 5 Aplicações Neste capítulo apresentaremos algumas aplicações da curva silhueta. A primeira é auxiliar na visualização de superfícies em R 4. A silhueta destaca importantes curvas na superfície e identifica

Leia mais

Lista 5: Rotacional, Divergente, Campos Conservativos, Teorema de Green

Lista 5: Rotacional, Divergente, Campos Conservativos, Teorema de Green MAT 003 2 ō Sem. 207 Prof. Rodrigo Lista 5: Rotacional, Divergente, Campos Conservativos, Teorema de Green. Considere o campo de forças F (x, y) = f( r ) r, onde f : R R é uma função derivável e r = x

Leia mais

Aula 16. Máximos e Mínimos Locais

Aula 16. Máximos e Mínimos Locais Aula 16 Máximos e Mínimos Locais Seja f, y) uma função de 2 variáveis diferenciável em R 2 (ou num domínio aberto). Para estudar a função f, y), começamos por identificar os pontos de Máximo local e Mínimo

Leia mais

x n+1 = 1 2 x n (2 valores) Considere a equação recursiva no modelo de Fisher, Wright e Haldane

x n+1 = 1 2 x n (2 valores) Considere a equação recursiva no modelo de Fisher, Wright e Haldane .9.8.7.6.5.4.3.2.1 1 22/11/211 1 o teste A41N1 - Análise Matemática - BIOQ Nome... N o... 1. (2 valores) Calcule a soma da série 9 1 + 9 1 + 9 1 +... 9 1 + 9 1 + 9 1 + = 9 1 1 + 1 1 + 1 1 + 1 «1 +... =

Leia mais

Universidade Estadual de Montes Claros Departamento de Ciências Exatas Curso de Licenciatura em Matemática. Notas de Aulas de

Universidade Estadual de Montes Claros Departamento de Ciências Exatas Curso de Licenciatura em Matemática. Notas de Aulas de Universidade Estadual de Montes Claros Departamento de Ciências Exatas Curso de Licenciatura em Matemática Notas de Aulas de Cálculo Rosivaldo Antonio Gonçalves Notas de aulas que foram elaboradas para

Leia mais

Cálculo II. Resumo e Exercícios P3

Cálculo II. Resumo e Exercícios P3 Cálculo II Resumo e Exercícios P3 Resuminho Teórico e Fórmulas Parte 1 Funções de Três Variáveis w = f(x, y, z) Definida em R +, apenas um valor de w para cada (x, y, z). Domínio de Função de Três Variáveis:

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

MAT Lista de exercícios

MAT Lista de exercícios 1 Curvas no R n 1. Esboce a imagem das seguintes curvas para t R a) γ(t) = (1, t) b) γ(t) = (t, cos(t)) c) γ(t) = (t, t ) d) γ(t) = (cos(t), sen(t), 2t) e) γ(t) = (t, 2t, 3t) f) γ(t) = ( 2 cos(t), 2sen(t))

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 4 82

Geometria Analítica II - Aula 4 82 Geometria Analítica II - Aula 4 8 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 5 Esferas Iniciaremos o nosso estudo sobre superfícies com a esfera, que já nos é familiar. A esfera S de centro no ponto A e raio

Leia mais

CAPÍTULO 1 Sistemas de Coordenadas Lineares. Valor Absoluto. Desigualdades 1. CAPÍTULO 2 Sistemas de Coordenadas Retangulares 9. CAPÍTULO 3 Retas 18

CAPÍTULO 1 Sistemas de Coordenadas Lineares. Valor Absoluto. Desigualdades 1. CAPÍTULO 2 Sistemas de Coordenadas Retangulares 9. CAPÍTULO 3 Retas 18 Sumário CAPÍTULO 1 Sistemas de Coordenadas Lineares. Valor Absoluto. Desigualdades 1 Sistema de Coordenadas Lineares 1 Intervalos Finitos 3 Intervalos Infinitos 3 Desigualdades 3 CAPÍTULO 2 Sistemas de

Leia mais

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof.

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO. Prof. CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA AGROALIMENTAR UNIDADE ACADÊMICA DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS DISCIPLINA: FÍSICA I ROTAÇÃO Prof. Bruno Farias Introdução Neste capítulo vamos aprender: Como descrever a rotação

Leia mais

O centróide de área é definido como sendo o ponto correspondente ao centro de gravidade de uma placa de espessura infinitesimal.

O centróide de área é definido como sendo o ponto correspondente ao centro de gravidade de uma placa de espessura infinitesimal. CENTRÓIDES E MOMENTO DE INÉRCIA Centróide O centróide de área é definido como sendo o ponto correspondente ao centro de gravidade de uma placa de espessura infinitesimal. De uma maneira bem simples: centróide

Leia mais

[ Elaborado por Rosário Laureano ] Análise Matemática II

[ Elaborado por Rosário Laureano ] Análise Matemática II [ Elaborado por ] Análise Matemática II Seja f uma função real de duas variáveis reais x e y. Representamos a imagem de (x,y) por z, ou seja, z=f(x,y). Para entender o significado geométrico da derivada

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral II

Cálculo Diferencial e Integral II Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Cálculo Diferencial e Integral II Ficha de trabalho 1 (versão de 6/0/009 (Esboço de Conjuntos. Topologia. Limites. Continuidade

Leia mais

CÁLCULO II - MAT0023. F (x, y, z) =

CÁLCULO II - MAT0023. F (x, y, z) = UNIERIDADE FEDERAL DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERIANA Instituto Latino-Americano de iências da ida e da Natureza entro Interdisciplinar de iências da Natureza ÁLULO II - MAT0023 17 a Lista de exercícios 1.

Leia mais