Panorama do Saneamento Básico no Brasil: situação em 2008 e os investimentos previstos para a Copa do Mundo de 2014

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1 Panorama do Saneamento Básico no Brasil: situação em 2008 e os investimentos previstos para a Copa do Mundo de 2014

2 INTRODUÇÃO Reconhecendo a importância da oferta de saneamento para a melhoria da infraestrutura social e urbana do país, o SINAENCO Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva coletou os dados oficiais, mais recentemente publicados, e preparou uma apresentação consolidada sobre a situação deste serviço no país. O presente documento reúne informações sobre a produção, distribuição captação e análise de água, volume de distribuição, extensão das redes de abastecimento, esgotamento sanitário, tratamento de esgoto, locais de destinação e extensão das redes de esgotamento sanitário, entre outros aspectos. Outra informação importante é o investimento previsto para as cidadessede da Copa do Mundo As bases para a elaboração deste documento sobre o panorama do saneamento são provenientes do IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas através da publicação PNSB Pesquisa Nacional de Saneamento Básico. Já as análises sobre a situação das cidades sede da Copa 2014 consideraram os dados do SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

3 Sumário Executivo A universalização do Saneamento é uma aspiração mundial à qual o Brasil se filia, porém, não há clareza e consenso com relação aos indicadores que medem e definem esse objetivo. Um primeiro critério é a quantidade de municípios brasileiros que dispõem de redes, tanto de abastecimento de água, como de coleta de esgotos. Por esse indicador, o Brasil já alcançou, praticamente, a universalização na questão da água, uma vez que dos municípios existentes em 2008, 5.531, ou seja, 99,4% contavam, ainda que parcialmente, com serviço de abastecimento de água por rede pública de distribuição. Já em relação aos esgotos a situação ainda é precária, pois somente municípios, correspondentes a apenas 55,0% do total, contavam com rede coletora de esgotos. Tendo em vista, contudo, a extrema disparidade de tamanho dos municípios, esses grandes percentuais precisam ser devidamente segmentados. Do total de municípios, 4.511, isto é, 81,1%, tinham população até 50 mil habitantes e baixa densidade demográfica (até 80 habitantes por km²). Os municípios com até 100 mil habitantes eram (95,5% do total) e, destes, municípios, ou seja, 99,4% tinham rede de água, em pelo menos um distrito. Todos os 253 municípios com mais de 100 mil habitantes tinham rede de água. No caso da rede de esgotos, entre os municípios com até 100 mil habitantes, apenas (53,3%) contavam com rede coletora. Já entre os municípios com mais de 100 mil habitantes, 236 (93,3%) contavam com rede coletora, sendo que todos os 36 municípios com população acima de 500 mil habitantes contavam com rede coletora. Ou seja, adotado o critério da unidade municipal, com rede em pelo menos um distrito, todos os municípios acima de 500 mil habitantes (em 2008) já haviam alcançada a universalização de atendimento por rede, seja de água ou de esgotos. O déficit para a universalização estaria apenas entre os 3

4 municípios médios e menores, o que não reflete a realidade, uma vez que as redes não alcançam todos os domicílios de um município servido. Mesmo nos municípios com mais de um milhão de habitantes, apenas 85,7% deles tinham os seus domicílios totalmente atendidos pela rede de abastecimento de água, enquanto o restante estava apenas parcialmente atendido. Verifica-se, portanto, que pelo critério de domicílios o percentual de atendimento pela rede de água é reduzido substancialmente, indicando ainda uma grande distância para a universalização. Segundo o IBGE, dos mil domicílios existentes em 2008, mil destas economias eram abastecidas, refletindo um índice nacional de 76,8%. O nível de atendimento alcançava 87,5% economias no Sudeste e apenas 4,3% economias no Norte. Considerando o nível de tratamento de água, houve uma piora entre 2000 e 2008, com o tratamento convencional caindo de 70% para 64%, e ocorrendo um aumento do tratamento por simples desinfecção. No caso da água, portanto, os desafios para a universalização são de três níveis: 1. Levar a rede de distribuição a um pequeno número de municípios, que se enquadram no conjunto com população inferior a 100 mil habitantes (33 em 2008); 2. Completar a rede de abastecimento nos municípios apenas parcialmente atendidos; 3. Universalizar o tratamento convencional. No esgoto a universalização está mais distante, porém com um viés em relação às prioridades. A avaliação estatística pode levar à falsa impressão de que o problema maior está na implantação de redes de coleta nos municípios que ainda não tinham redes implantadas, e que, em grande parte, possuíam população inferior a 50 mil habitantes e baixa densidade demográfica, ou seja, menos de 80 habitantes por km². Entretanto, na grande maioria destes municípios a implantação de sistemas de coleta, transporte e tratamento dos esgotos é técnica e economicamente inviável, sendo muito mais razoável a utilização de sistemas de tratamento individualizados, implantados dentro dos limites das unidades habitacionais. 4

5 O maior problema dos esgotos está nas grandes cidades que mantêm serviços de esgotamento sanitário em apenas uma parcela de suas áreas urbanizadas. As porções não atendidas localizam-se nas periferias, ou mesmo em áreas centrais, mas de risco, com alta densidade demográfica e mais sujeitas aos problemas de saúde, que podem ser originados pela falta do atendimento. O segundo maior problema é o tratamento desses esgotos, mais uma vez concentrado nas grandes cidades. Coletar os esgotos domiciliares para jogá-los in natura nos córregos e rios não é uma solução de saneamento. A realização da Copa 2014 no Brasil seria uma grande oportunidade para alcançar a universalização do saneamento nas 12 cidades-sede, deixando um grande legado positivo. Considerando a situação verificada em 2008 (pelo SNIS) e os investimentos previstos nos PACs I e II, isso seria viável em relação à distribuição da água, pois, no conjunto, o atendimento de água chega a 96,2%. Dentre as cidades-sede, apenas Belo Horizonte, Porto Alegre e Cuiabá já alcançaram a universalização, estando abaixo de 90% apenas Salvador e Fortaleza. Já a coleta de esgotos é crítica entre as 12 cidades-sede, pois apresenta uma cobertura média de 75,4% nas economias destas localidades; e em cinco cidades (Fortaleza, Cuiabá, Recife, Natal e Manaus) o índice de atendimento é inferior a 50% de cobertura de esgotamento sanitário. A capital amazonense é a cidade-sede que apresenta a pior situação, tendo apenas 11% de atendimento por rede coletora de esgotos. Analisando-se a situação detectada em 2008 e considerando-se os investimentos previstos, pode se considerar que a universalização da coleta de esgotos não será alcançada plenamente em todas as cidades-sede até Os desafios para os esgotos estão: 1. Na ampliação do tratamento, principalmente nas regiões metropolitanas e grandes cidades; 2. Na busca de soluções tecnológicas mais adequadas para os municípios com população dispersa em seu território; 5

6 3. Na completação dos sistemas de coletores-tronco e emissários para levar os esgotos coletados domiciliarmente para as estações de tratamento. As necessidades de investimentos para a universalização deverão ser segregadas pelas demandas específicas, substituindo os modelos estatísticos baseados em médias gerais por unidade residencial. 6

7 Conteúdo INTRODUÇÃO Panorama do Saneamento no Brasil Disparidade dos municípios em função da população e da densidade demográfica Abastecimento de Água Atendimento segundo a quantidade de municípios Atendimento segundo o número de domicílios Evolução entre 2000 e Volume de água distribuída Condições, níveis e modalidades de tratamento Esgotamento Sanitário Copa do Mundo de 2014 e Saneamento Investimentos previstos no PAC I Investimentos no sistema de água Investimentos em sistemas de esgotos Manaus Natal Recife Cuiabá Fortaleza Evolução do atendimento PAC I - Distribuição por cidades PAC I - Distribuição por setores Investimentos previstos no PAC II Fonte

8 1. Panorama do Saneamento no Brasil O acesso ao saneamento básico é fator ambiental chave para a qualidade de vida da população. O Brasil se perfila entre os países com elevados esforços voltados para a universalização do saneamento básico, a começar pelo acesso à água e ao tratamento de esgoto, condições vestibulares para a melhoria da saúde da população e o desenvolvimento e a modernização social. O mais abrangente e atual levantamento sobre a situação do saneamento no país está consolidado nas estatísticas que o presente documento procura ordenar. A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico - PNSB, realizada pelo IBGE, utiliza, dentre outros parâmetros, o número de municípios com rede de abastecimento de água e o número de municípios com coleta de esgotos Disparidade dos municípios em função da população e da densidade demográfica A observação do conjunto de municípios brasileiros, sob a ótica da população e ou da densidade demográfica, mostra uma enorme disparidade entre as localidades, tornando inconsistente qualquer medição ou análise global, sem a necessária desagregação. A partir de uma segmentação é possível identificar o tamanho da desigualdade existente entre as localidades. O próprio IBGE quando analisa os municípios menores, faz distinção entre os municípios que têm densidade de até 80 habitantes por km² e aqueles com densidade superior. Dentre os fatores que justificam a necessidade desta distinção, pode-se citar a onerosidade do atendimento, através de sistemas públicos, da população residente em localidades com baixa densidade demográfica. 8

9 Tabela 1 Segmentação dos municípios brasileiros com base na densidade populacional 2008 Características dos municípios População (mil habitantes) Até 50 Densidade Demográfica (habitantes por km2) Municípios Quantidade Percentagem Quantidade Percentagem Simples Acumulada Até ,10% ,10% Superior a ,70% ,80% Acima de 50 e até 100 Acima de 100 e até 300 Até ,70% ,50% Superior a ,00% ,50% Até ,70% ,20% Superior a ,40% ,60% Acima de 300 e até ,80% ,40% Acima de 500 e até ,40% ,80% Acima de ,20% ,00% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Torna-se difícil avaliar o atendimento do Saneamento Básico no país segundo o número de municípios, pois, de um lado, estão municípios com menos de 50 mil habitantes (em 2008), dos quais, possuem densidade menor que 80 habitantes por km². Essa maioria representa 89, 8% do total de municípios pesquisados 1. Na outra ponta, verifica-se a existência de apenas 14 municípios com mais de um milhão de habitantes, representando 0,3% do total dos municípios brasileiros Abastecimento de Água A universalização do atendimento envolve os parâmetros de rede de distribuição e de tratamento da água distribuída. Pode ser referida aos 1 Os dados divulgados na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico PNSB, pelo IBGE, não contemplam o número de habitantes por segmento, tampouco distingue entre a população urbana e a rural. Esses dados deverão ser conhecidos a partir da divulgação dos resultados do censo de

10 municípios ou aos domicílios. No tratamento há de se considerar, adicionalmente, os volumes Atendimento segundo a quantidade de municípios Um primeiro critério muito utilizado ainda que inadequado é a quantidade de municípios brasileiros que dispõem de rede de abastecimento de água. Por esse indicador, o Brasil já alcançou, praticamente, a universalização do abastecimento de água, já que dos municípios existentes em 2008, contavam - ainda que parcialmente - com serviço de abastecimento de água por rede pública de distribuição, correspondendo a 99,4% dos municípios. Tabela 2 - Situação do abastecimento de água dos municípios brasileiros, segmentada com base na densidade populacional 2008 Características dos municípios Municípios com rede pública de abastecimento Municípios sem rede pública de abastecimento População (mil habitantes) Densidade Demográfica (habitantes por km2) Total Quantidade Percentagem Quantidade Percentagem Até 50 Acima de 50 e até 100 Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Até ,40% 29 0,60% Superior a ,20% 4 0,80% Até ,00% 0 0,00% Superior a ,00% 0 0,00% Até ,00% 0 0,00% Superior a ,00% 0 0,00% ,00% 0 0,00% ,00% 0 0,00% Acima de ,00% 0 0,00% Total Geral ,40% 33 0,60% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

11 Verifica-se que apenas 33 municípios, representando menos de 1% do total, não contavam com rede de abastecimento, e todos eles tinham população inferior a habitantes, portanto, considerados de pequeno porte Atendimento segundo o número de domicílios A análise do atendimento pela rede pública de abastecimento de água, considerando-se o número de domicílios, mostra índices menores do que quando adotado o parâmetro quantidade de municípios. Em 2008, apenas mil economias 2 eram abastecidas pela rede de água, representando 78,6 % dos mil domicílios, mas com sensíveis diferenças regionais, conforme mostrado na tabela a seguir. Tabela 3 Quantidade de municípios, domicílios e economias abastecidas por Região Geográfica 2008 Domicílios Economias abastecidas Região geográfica Municípios (%) Total (1.000 domicílios) Percentual (%) Total (1.000 economias) Percentual em relação ao número de domicílios (%) Norte 8, , ,3 Nordeste 32, , ,3 Sudeste 30, , ,5 Sul 21, , ,2 Centro-Oeste 8, , ,0 Brasil 100, , ,6 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico As ligações de água são computadas por economias, com ou sem medição por hidrômetro. As economias atendem tanto os imóveis residenciais, como não residenciais. Nos condomínios verticais, a prática usual é de uma única economia por imóvel, de tal forma que cada economia atende a diversos domicílios. Portanto, nas cidades maiores, com grande verticalização, o atendimento por domicílio pode ser maior. De outra parte, em favelas, cortiços e outras habitações subnormais há a ocorrência de ligações clandestinas ou gatos, fazendo com que uma mesma economia atenda a diversos domicílios. Para o IBGE o domicílio é caracterizado por uma entrada independente. Enquanto que a economia é caracterizada pelo ponto de ligação com a rede de distribuição de água. 11

12 No ano 2008, enquanto a região Norte tinha apenas 45,3% dos domicílios atendidos, na região Sudeste esse índice chegava a 87,5%. Tabela 4 Número de economias abastecidas, de economias ativas abastecidas e participação por região geográfica 2008 Brasil e Região Geográfica Número de economias abastecidas (Unidades) Número de economias ativas abastecidas (Unidades) Média de participação por região Brasil % Norte % Nordeste % Sudeste % Sul % Centro-Oeste % Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico Evolução entre 2000 e 2008 Na evolução entre 2000 e 2008 (os dois anos em que foi realizada a Pesquisa Nacional sobre Saneamento Básico), o índice de atendimento nacional passou de 63,9% para 78,6%, enquanto a região Norte permaneceu praticamente estagnada, ou seja, de 44,3% em 2000 passou para 45,3% em 2008, a menor variação quando comparada a outras regiões. 12

13 Gráfico 1 Variação do percentual de domicílios atendidos pela rede pública de abastecimento de água, em cada região geográfica, no período 2000 / 2008 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 A ampliação no abastecimento de água registrou um crescimento de 74,3% no período , o que mostra que o abastecimento cresceu a taxas médias de 9,3% ao ano, muito superior às taxas do crescimento demográfico e do PIB. Verifica-se que o maior crescimento ocorreu nos municípios menores, com até 100 mil habitantes. Aqueles que possuem mais de 1 milhão de habitantes apresentaram uma elevação percentual de 24,8% no período analisado. Segundo os dados levantados pela PNSB a menos de distorção estatística esse crescimento decorreu da grande implantação de redes nas localidades com população inferior a 50 mil habitantes e com baixa densidade demográfica. 13

14 Tabela 5 Evolução das ligações de água e economias ativas abastecidas segundo densidade populacional População (mil habitantes) Ligações de água Total Economias ativas abastecidas residenciais Total Até Acima de 50 e até Subtotal até 100 mil Acima de 100 e até Acima de 300 e até Acima de 500 e até Acima de Subtotal acima de 100 mil Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 A tabela acima, copiada como tal da PNSB, contém um erro ou distorção, pois a quantidade de economias residenciais abastecidas em 2000 é muito baixa, incompatível com a quantidade de ligações de água. Consequentemente, a variação entre 2000 e 2008 é absurda, conforme mostra a tabela seguinte. Tabela 6 Economias ativas abastecidas residenciais segundo densidade populacional Brasil 2000 / 2008 População (mil habitantes) Economias ativas abastecidas residenciais Variação (%) Total % Até % Acima de 50 e até % 14

15 Subtotal até 100 mil % Acima de 100 e até % Acima de 300 e até % Acima de 500 e até % Acima de % Subtotal acima de 100 mil % Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico Volume de água distribuída Segundo a PNSB em 2008 foram distribuídos m³ de água por dia, representando um crescimento de 39% em relação ao ano 2000, porém com significativas diferenças segundo o tamanho dos municípios. Os municípios com até 100 mil habitantes tiveram um crescimento de 89%, sendo que aqueles com até 50 mil habitantes, e densidade inferior a 80 habitantes por km 2, apresentaram um crescimento da ordem de 195%. Estes valores refletem, caso não haja distorção estatística, o resultado de um trabalho mais intenso do Governo Federal, através da FUNASA, no apoio à implantação de redes de distribuição nos municípios com menos de 50 mil habitantes. Já em relação aos municípios com até 50 mil habitantes e densidades superiores a 80 habitantes por km² houve um decréscimo de 33%, o que pode ser explicado pela migração para outras faixas. O mesmo resultado se verifica entre os municípios com população entre 50 e 100 mil habitantes, e na mesma faixa de densidade demográfica. 15

16 Tabela 7 Volume médio diário de água distribuída, segmentado com base na densidade populacional 2000 / 2008 Grupo de tamanho dos municípios e densidade populacional Até 50 Acima de 50 e até 100 Densidade Demográfica (habitantes por km2) Volume de água distribuída Total (m 3 /dia) Variação Até % Superior a % Até % Superior a % Subtotal até 100 mil % Acima de 100 e até 300 Até % Superior a % Acima de 300 e até % Acima de 500 e até % Acima de % Subtotal acima de 100 mil % Total % Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico Condições, níveis e modalidades de tratamento Analisando os dados coletados em 2008, verifica-se que dos municípios com rede de abastecimento, 87% tinham a água tratada, enquanto 385, ou cerca de 7%, não tinham nenhum tratamento. Entre as localidades maiores, com mais de habitantes, todos os municípios tinham algum tipo de tratamento, ainda que apenas simples desinfecção, portanto, pode-se afirmar que todos os municípios sem qualquer tipo de tratamento de água possuem população inferior a habitantes. 16

17 Tabela 8 Cobertura municipal do abastecimento de água por rede geral de distribuição, com base na densidade populacional 2000 / 2008 Municípios Grupos de tamanhos dos municípios e densidade populacional Total Com serviço de abastecimento de água por rede geral de distribuição Total Parcialmente com água tratada Condição de atendimento Totalmente com água tratada Totalmente com água sem tratamento Total Até Acima de 50 e até Subtotal até 100 mil Acima de 100 e até Acima de 300 e até _ Acima de 500 e até _ Acima de _ Subtotal acima de 100 mil Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

18 Tabela 9 Percentual da cobertura municipal do abastecimento de água por rede geral de distribuição, com base na densidade populacional 2000 / 2008 Grupos de tamanhos dos municípios e densidade populacional Municípios Com serviço de abastecimento de água por rede geral de distribuição Total Parcialmente com água tratada Condição de atendimento Totalmente com água tratada Totalmente com água sem tratamento Total 99,41% 6,18% 86,66% 6,56% Até 50 99,34% 5,84% 85,85% 7,28% Acima de 50 e até ,00% 9,58% 92,33% 0,32% Subtotal até 100 mil 99,38% 6,06% 86,24% 6,87% Acima de 100 e até ,00% 8,62% 96,55% - Acima de 300 e até ,00% 9,30% 95,35% - Acima de 500 e até ,00% 4,55% 95,45% - Acima de ,00% 14,29% 85,71% - Subtotal acima de 100 mil 100,00% 8,70% 95,65% - Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Segundo a PNSB 2008, dos m³ distribuídos por dia, m³ foram tratados, mantendo-se estagnado o nível de tratamento em 93% do volume distribuído. Ou seja, o volume de água tratada evoluiu no mesmo ritmo da água distribuída no período de 2000 a 2008 (39%). Observamse, no entanto, algumas distorções: No grupo dos municípios com menos de 50 mil habitantes e densidade demográfica inferior a 80 habitantes/km², houve um aumento de 195% no volume de água distribuída e de 245% na água tratada, correspondendo a um acréscimo de 12% no percentual de tratamento da água distribuída. Mais de 90% do aumento do volume de água tratada entre 2000 e 2008 se deve à evolução ocorrida no grupo de municípios com população inferior a 50 mil habitantes (a menos de erro de tabulação). 18

19 Tabela 10 Evolução da distribuição de água tratada, com base na densidade populacional 2000 / 2008 População (mil habitantes) Densidade Demográfica (habitantes por km2) Volume de água distribuída (m 3 /por dia) % Tratamento Total Tratada Volume Evolução no período Distribuído Tratado % de tratamento Até 50 Acima de 50 e até 100 Até % 86% 195% 245% 12% Superior a % 95% -33% -33% -1% Até % 79% 33% 33% 0% Superior a % 99% -12% -12% 0% Subtotal até 100 mil habitantes % 87% 89% 96% 3% Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Até % 98% 128% 131% 1% Superior a % 97% -22% -23% -1% % 100% 17% 20% 2% % 100% 42% 42% 0% Acima de % 100% 5% 6% 1% Subtotal acima de 100 mil habitantes % 99% 8% 9% 1% Total % 93% 39% 39% 0% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

20 Tabela 11 Tratamento da água tratada distribuída, segmentada com base na densidade populacional 2000 / 2008 População (mil habitantes) Densidade demográfica (habitantes por km2) Percentual de água tratada distribuída Total com tratamento Com tratamento convencional Até 50 Acima de 50 e até 100 Até 80 73,10% 85,50% 41,60% 43,90% Superior a 80 95,90% 95,40% 68,20% 68,00% Até 80 78,60% 78,70% 64,00% 49,00% Superior a 80 99,00% 98,90% 61,00% 73,80% Subtotal até 100 mill 83,60% 87,00% 53,40% 48,90% Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Até 80 96,50% 97,90% 74,30% 40,40% Superior a 80 98,50% 97,00% 67,80% 74,50% - 97,30% 99,80% 83,30% 86,90% - 100,00% 100,00% 75,60% 80,70% Acima de ,50% 100,00% 87,30% 89,30% Subtotal acima de 100 mil 98,40% 99,20% 79,50% 80,70% Total 92,80% 92,90% 69,70% 63,30% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Os índices de tratamento da água distribuída são elevados, alcançando aproximadamente 99,2% nos municípios com população superior a 100 mil habitantes. Nos municípios menores, com população de até 100 mil habitantes, o índice também é elevado, da ordem de 87%, mas esses dados encobrem o fato de que apenas parte do tratamento é do tipo convencional, realizado em uma estação de tratamento de água completa. Nos municípios maiores o percentual de tratamento convencional é de 80,7%, enquanto nos menores esse índice cai para 48,9%, resultando um percentual total da ordem de 64,3%. 20

21 Gráfico 2 - Níveis de tratamento da água distribuída com base na densidade populacional 2008 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

22 Tabela 12 Variação dos volumes médios de água distribuída e de água tratada, com base na densidade populacional 2000 / 2008 População (mil habitantes) Densidade Demográfica (habitantes por km 2 ) Variação da água distribuída entre Variação do volume (m3/por dia) Variação percentual % variação total Variação da água tratada entre Variação do volume (m3/por dia) Variação % % variação total Até 50 Acima de 50 e até 100 Até % 92% % 91% Superior a % -7% % -7% Até % 3% % 3% Superior a % -2% % -2% Subtotal até 100 mill % 86% % 84% Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Até % 8% % 9% Superior a % -9% % -11% % 3% % 4% % 9% % 9% Acima de % 3% % 5% Subtotal acima de 100 mil % 14% % 16% Total % 100% % 100% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 O gráfico seguinte bem ilustra a diferença de evolução do volume de distribuição e de tratamento da água por tamanho do município. Os municípios com densidade demográfica inferior a 80 habitantes/km 2 foram os que apresentaram maior crescimento, entre os anos 2000 e Os municípios com população até 50 mil habitantes tiveram um crescimento de 195% no volume de água distribuída e de 245% no tratamento. Com este crescimento o percentual de água tratada evoluiu de 73,1 para 85,5% do volume total de água distribuída. Observa-se também que em todos os grupos de municípios com densidade superior a 80 habitantes/km 2 e população inferior a 300 mil habitantes, ocorreu uma redução no volume de tratamento que acompanhou a redução do volume de água distribuída. A interpretação mais plausível para 22

23 este fato é que houve um reenquadramento dos municípios no período entre 2000 e Gráfico 3 Variações no volume de água distribuída e tratada com base na densidade populacional 2000 / 2008 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Embora o índice global de tratamento tenha se mantido constante entre 2000 e 2008, houve uma regressão no percentual de tratamento convencional, que passou de 69,7% no penúltimo período para 63,3%. Esta redução pode ser explicada pelo fato de que houve um grande aumento no volume de água tratada distribuída, dentro dos municípios menores, com população até 50 mil habitantes. Porém a maior parcela deste aumento foi com tratamento não convencional, conforme pode ser visualizado na tabela adiante. A queda foi motivada pelo crescimento maior das demais modalidades de tratamento nos municípios menores. Entretanto, nos municípios maiores a 23

24 participação do tratamento convencional apresentou uma pequena elevação, atingindo um índice de 80,7% sobre o volume de água distribuída, ante os 79,5% do levantamento anterior. Tabela 13 Evolução do volume de água tratada distribuída, por tipo de tratamento, com base na densidade populacional 2000 / 2008 População (mil habitantes) Até 50 Acima de 50 e até 100 Densidade Demográfica (habitantes por km2) Volume de água tratada distribuída (m 3 /por dia) Volume distribuído com tratamento convencional (m 3 /por dia) Volume distribuído com tratamento não convencional (m 3 /por dia) Até Superior a Até Superior a Subtotal até 100 mil Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Até Superior a Acima de Subtotal acima de 100 mil Total Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

25 Tabela 14 Evolução do tipo de tratamento da água, com base na densidade populacional 2000 / 2008 Grupos de tamanhos dos municípios e densidade populacional Volume de tratamento da água distribuída por dia (m3) Tipo de tratamento Convencional Não convencional Simples desinfecção (cloração e outros) Sem tratamento Total Até Acima de 50 e até Subtotal até 100 mil Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Acima de Subtotal acima de 100 mil Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000/

26 Tabela 15 - Evolução da composição do tipo de tratamento da água, com base na densidade populacional 2000 / 2008 Volume de tratamento da água distribuída por dia (m3) Grupos de tamanho dos municípios e densidade populacional Convencional Tipo de tratamento Não convencional Simples desinfecção (cloração e outros) Sem tratamento Total 69,66% 64,33% 5,18% 6,98% 17,85% 21,51% 7,17% 7,08% Até 50 49,64% 46,11% 4,40% 5,18% 25,90% 35,03% 20,03% 13,57% Acima de 50 e até ,06% 62,50% 5,14% 4,21% 24,83% 22,87% 8,26% 10,26% Subtotal até 100 mil 53,45% 48,89% 4,63% 5,02% 25,57% 32,97% 16,42% 13,01% Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até ,59% 64,47% 3,44% 17,74% 25,99% 14,84% 1,77% 2,72% 83,27% 86,93% 5,51% 3,46% 6,90% 9,37% 2,72% 0,24% 75,60% 80,71% 1,37% - 23,02% 19,27% 0,01% 0,02% Acima de ,28% 89,31% 8,12% 8,49% 3,07% 2,16% 1,53% 0,04% Subtotal acima de 100 mil 79,53% 80,66% 5,52% 9,07% 13,16% 9,40% 1,55% 0,81% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2000/2008. A falta de tratamento convencional das águas é um problema não solucionado no saneamento brasileiro. Em 2008 ainda eram distribuídos, diariamente, cerca de 13 milhões de m³ de água tratados com simples desinfecção (cloração e outros) e mais 4,3 milhões de m³ diários sem qualquer tratamento, dos quais mais de 94% eram distribuídos em municípios com população inferior a 100 mil habitantes, sendo cerca de 82% em municípios com população até 50 mil habitantes. Também neste último grupo de municípios, cerca de 3,5 milhões de m³ de água sem tratamento eram distribuídos diariamente. A principal evolução ocorreu nos municípios com população inferior a 50 mil habitantes e densidade demográfica inferior a 80 habitantes/km 2, pois eles são responsáveis por 92% do aumento do volume diário de água distribuída, dos quais aproximadamente 50% não eram tratados ou recebiam apenas simples desinfecção. 26

27 Este crescimento indica uma preocupação com a distribuição, não igualmente acompanhada pelo tratamento. O tratamento não convencional aumentou de 2,3 milhões de m³ por dia em 2000 para 4,3 milhões de m³ em O tratamento com simples desinfecção aumentou de 7,9 milhões de m³ diários para 13,1 milhões. O volume de água distribuída sem tratamento passou de 3,2 milhões de m³ por dia para 4,3 milhões de m³. Verifica-se que o percentual de água tratada por processo convencional reduziu de 69,7% para 64,3%. Tais dados indicam que não basta ter a rede de distribuição ligada ao domicílio para caracterizar a universalização, se a qualidade dessa água pode ser questionável. Gráfico 4 - Evolução do volume diário (m 3 /dia) de água sem tratamento distribuída no Brasil Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Embora os índices de atendimento municipal com rede de abastecimento de água pareçam satisfatórios, girando em torno de 99, 41%, os demais índices mostram ainda uma grande distância para a universalização. Desse total, 87% têm a água totalmente tratada e 7% não têm qualquer tratamento. 27

28 Quando se analisa o volume de água tratada, verifica-se uma estagnação, em termos de melhoria da qualidade, durante o período de 2000 a 2008, pois a evolução se limitou a acompanhar apenas o acréscimo de água distribuída. Os dados indicam que o principal foco dos investimentos em água deve ser a melhoria do tratamento, em dois níveis: Eliminação da distribuição de água sem qualquer tratamento; Ampliação do tratamento convencional, focando principalmente a substituição dos casos de simples desinfecção. Deve-se levar em consideração a relatividade da universalização do abastecimento por rede pública, bem como a real necessidade de implantação de sistemas completos de tratamento de água, visto que, em determinadas localidades, a extensão da rede pública para o abastecimento de água pode ser técnica e economicamente inviável e ainda, dependendo da qualidade do manancial disponível para extração da água bruta, o tratamento necessário pode ficar resumido a uma adequada desinfecção. Tabela 16 Percentuais de água sem tratamento com base na densidade populacional 2000 / 2008 Grupos de tamanho dos municípios e densidade populacional Sem tratamento Total 7,17% 7,08% Até 50 20,03% 13,57% Acima de 50 e até 100 8,26% 10,26% Subtotal até 100 mil 16,42% 13,01% Acima de 100 e até 300 1,77% 2,72% Acima de 300 e até 500 2,72% 0,24% Acima de 500 e até ,01% 0,02% Acima de ,53% 0,04% Subtotal acima de 100 mil 1,55% 0,81% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

29 1.3. Esgotamento Sanitário Em 2008, dos municípios brasileiros, apenas 3.069, ou 55%, contavam com serviço de esgotamento sanitário por rede coletora, ainda que parcialmente. Considerando, no entanto, apenas os 214 municípios com mais de 100 mil habitantes, esse índice sobe para 95%, sendo que todos com mais de 500 mil habitantes contam com rede coletora. Tabela 17 Atendimento e percentuais do serviço de esgotamento sanitário por rede coletora, com base na densidade populacional 2008 Número de municípios Porcentagem de municípios População (mil habitantes) Densidade Demográfica (habitantes por km2) Total Com serviço de esgotamento sanitário por rede coletora Sem serviço de esgotamento sanitário por rede coletora Total Com serviço de esgotamento sanitário por rede coletora Sem serviço de esgotamento sanitário por rede coletora Até 50 Acima de 50 e até 100 Até ,10% 73,60% 90,30% Superior a ,80% 10,80% 6,30% Até ,70% 3,50% 1,70% Superior a ,00% 4,50% 1,10% Subtotal até 100 mill ,50% 92,30% 99,30% Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Acima de Até ,70% 1,00% 0,30% Superior a ,40% 4,10% 0,40% ,80% 1,40% 0,00% ,40% 0,70% 0,00% ,30% 0,50% 0,00% Subtotal acima de 100 mil ,50% 7,70% 0,70% Total ,00% 100,00% 100,00% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

30 Gráfico 5 Percentual de municípios com rede coletora e sem rede coletora, com base na densidade populacional 2008 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Do conjunto dos municípios sem serviço de esgotamento sanitário, 90,3% estão entre os que têm menos de 50 mil habitantes e densidade demográfica inferior a 80 habitantes/km 2, gerando a impressão de que o problema da universalização está nessa faixa. Estes números refletem parcialmente a realidade, pois nos municípios maiores também existe uma parcela de domicílios que ainda não são atendidos. 30

31 Gráfico 6 Municípios sem serviço de esgotamento sanitário, com base na densidade populacional 2008 Subtotal acima de 100 mil Acima de 1000 Acima de 500 e até 1000 Acima de 300 e até 500 Acima de 100 e até 300 Subtotal até 100 mil 7,20% 0,00% 0,00% 2,38% 10,13% 87,47% Acima de 50 e até ,28% Até 50 93,05% Total 81,30% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Utilizando o critério município, a universalização da coleta de esgotos estaria praticamente alcançada, nos grandes municípios, ficando o problema com os municípios menores onde existe a carência de rede. Esse critério, no entanto, esconde a realidade, já que a existência da rede em uma localidade não assegura que todos os seus domicílios estejam atendidos. Segundo o PNSB, nos municípios com rede de coleta de esgotos, havia em ligações, atendendo a economias. O número maior de economias decorre de ligações unitárias para condomínios residenciais e outros conjuntos. As localidades menores com ligações representavam mais de 90% do total (92,3%), mas cobriam apenas 35,2% das ligações. Em contrapartida, os municípios com mais de 100 mil habitantes, representando apenas 7,7% do conjunto com rede, cobriam 64,8% das ligações. 31

32 Gráfico 7 Comparação entre quantidade de municípios e participação no total de ligações de esgotamento sanitário 2008 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 A partir das informações disponibilizadas pode-se fazer uma simulação simplista - com iguais vieses das análises não segmentadas - da existência da necessidade de ligações adicionais à rede de coleta de esgotos. Tomam-se por base as médias atuais de ligações por município, segundo os grupos considerados. Seriam necessárias mais mil ligações, concentradas em mil nos municípios menores e apenas 334 nos municípios maiores. 32

33 Tabela 18 - Ligações adicionais com base na densidade populacional 2008 Grupos de tamanhos dos municípios e densidade populacional Total Municípios Com rede coletora Sem rede coletora Média de ligações por município Ligações adicionais por grupos Acréscimo de ligações por grupos Total , ,11% Até ,49% Acima de 50 e até ,66% Subtotal até 100 mil ,81% Acima de 100 e até ,45% Acima de 300 e até ,38% Acima de 500 e até ,00% Acima de ,00% Subtotal acima de 100 mil ,86% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 A cobertura dos municípios por rede coletora de esgotos apresenta uma pequena elevação, conforme pode ser vista na tabela e gráfico adiante. Há uma evolução na segmentação, com a passagem de municípios de um grupo para outro superior. A regressão desta cobertura só ocorreu em algumas faixas de grupos de municípios. Entretanto, isso não se refletiu num grande avanço na cobertura, que no conjunto ficou em apenas 5,6% ao longo de 8 anos. 33

34 Tabela 19 Evolução dos serviços de esgotamento sanitário por rede coletora, com base na densidade populacional 2000 / 2008 Grupo de tamanho dos municípios e densidade populacional Taxa de crescimento Municípios Com serviço de esgotamento sanitário por rede coletora Serviços por rede coletora 2008/ /2000 Total 1,04% 52,24% 55,16% 5,58% Até 50 0,32% 48,90% 51,80% 5,94% Acima de 50 e até 100 3,99% 77,08% 77,96% 1,14% Subtotal até 100 mil 0,53% 50,50% 53,34% 5,62% Acima de 100 e até ,13% 90,51% 90,80% 0,33% Acima de 300 e até ,86% 100,00% 97,67% -2,33% Acima de 500 e até ,22% 100,00% 100,00% 0,00% Acima de ,69% 100,00% 100,00% 0,00% Subtotal acima de 100 mil 12,95% 93,30% 93,28% -0,02% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Gráfico 8 Comparativo entre os percentuais de atendimento dos serviços de esgotamento sanitário, com base na densidade populacional 2000 / 2008 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

35 Em relação às economias atendidas, as tabelas e gráficos adiante revelam a quantidade de atendimentos pela rede de água e de esgotos, assim como os volumes coletados e tratados. Do total das economias ativas abastecidas (assim entendidas aquelas faturadas pelo suprimento de água), 62% são consideradas esgotadas ativas, ou seja, possuem o serviço de esgoto cobrado. Mais uma vez se destaca a disparidade conforme o tamanho dos municípios, sendo que nos menores a cobrança dos esgotos só cobre 42%, enquanto nas maiores alcança 92%. Nos municípios que mantêm mais de um milhão de habitantes, fica acima de 100%, por conta da diferença entre ligações e economias. Do volume de água fornecido aos municípios, apenas 52% é coletado e, deste percentual, apenas 69% é tratado, o que representa apenas 35% do total de água abastecida. Permanece a disparidade entre os municípios segundo o tamanho, com alguns dados distorcidos: o total tratado nos municípios menores seria de 25% e, nos maiores, de 41%. Tabela 20 - Volume de esgotamento coletado e tratado, com base na densidade populacional 2008 Grupo de tamanho dos municípios e densidade populacional Águas abastecidas Economias Volume total por dia (m3) Esgotadas ativas De esgoto De água Total Residenciais consumida Coletado Tratado Total Até Acima de 50 e até 100 Subtotal até 100 mil Acima de 100 e até 300 Acima de 300 e até 500 Acima de 500 e até Acima de Subtotal acima de 100 mil Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico

36 Tabela 21 - Cobertura e distribuição percentual do esgotamento sanitário divididas por economias ativas recebidas, total e residencial com base na densidade populacional 2008 Grupo de tamanho dos municípios e densidade populacional Ativas abastecidas Economias Esgotadas ativas Total Residenciais Total 100,00% 68,95% 61,90% Até ,00% 38,77% 35,36% Acima de 50 e até ,00% 49,92% 45,18% Subtotal até 100 mil 100,00% 41,89% 38,11% Acima de 100 e até ,00% 65,45% 58,49% Acima de 300 e até ,00% 69,73% 57,81% Acima de 500 e até ,00% 67,44% 60,10% Acima de ,00% 139,21% 126,80% Subtotal acima de 100 mil 100,00% 91,68% 81,88% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 De toda a água consumida pelas economias apenas 22% são coletadas e, deste resultado, 15% recebem tratamento adequado, ou seja, no comparativo pode-se afirmar que em âmbito nacional o tratamento de esgoto representa 69% quando comparado ao que foi coletado. Nos municípios menores, a água coletada do esgoto refere-se apenas a 12% do total consumido pelas localidades e, deste número, somente 6% recebe tratamento. Em contrapartida, as regiões com alta densidade populacional mantêm resultados superiores, atingindo 35% na coleta de esgoto, sendo que 27% das águas são enviadas para tratamento, o que faz com que a participação na correlação entre esgoto tratado e esgoto coletado seja de 76%. 36

37 Tabela 22 - Correlação entre o esgoto coletado e esgoto tratado do total de água consumida, com base na densidade populacional 2008 Grupo de tamanho dos municípios e densidade populacional De água consumida Volume total por dia (m3) De esgoto Coletado Tratado Tratado / Coletado De água consumida Volume total por dia (m3) Coletado De esgoto Tratado Total 100% 51,59% 35,48% 68,76% 100% 100% 100% Até % 55,77% 29,57% 53,01% 18% 20% 15% Acima de 50 e até % 38,37% 19,22% 50,08% 15% 11% 8% Subtotal até 100 mil 100% 47,91% 24,89% 51,95% 33% 31% 23% Acima de 100 e até % 33,38% 16,81% 50,35% 27% 18% 13% Acima de 300 e até % 59,96% 46,89% 78,19% 9% 10% 11% Acima de 500 e até % 57,47% 32,53% 56,60% 9% 10% 9% Acima de % 74,42% 72,29% 97,15% 21% 31% 44% Subtotal acima de 100 mil 100% 53,44% 40,79% 76,33% 67% 69% 77% Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 Em que pesem as distorções estatísticas, os números confirmam os diagnósticos gerais de que há necessidade de um grande investimento em rede, porque existe um grande volume de economias com ligação de água, mas sem o correspondente atendimento de esgotos. A simulação feita indica uma necessidade de 5,5 mil ligações, sendo 5,1 mil nos municípios menores e de apenas 400 nos municípios maiores. No entanto, o problema maior está no tratamento de esgotos, com foco nas cidades médias, onde este tipo de serviço mantém uma participação relativamente baixa. 37

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