PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO
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- Alfredo da Costa Pinheiro
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1 1 de 6 PLANO DE PORMENOR DE SALVAGUARDA DO NÚCLEO POMBALINO DE VILAREAL DE SANTO ANTÓNIO PROGRAMA DE EXECUÇÃO E PLANO DE FINANCIAMENTO [com alterações introduzidas no âmbito da Discussão Pública, pareceres das entidades consultadas e parecer da CCDR] FEV 2008 ÍNDICE 1. ZONA ENVOLVENTE (ZE) NÚCLEO POMBALINO Execução e financiamento Gabinete de Gestão PEREQUAÇÃO Zona Envolvente Núcleo Pombalino CRONOGRAMA DE INTERVENÇÕES... 6
2 2 de 6 1. ZONA ENVOLVENTE (ZE) Na ZE o plano prevê a obrigatoriedade de construção de edifícios com quatro pisos. Para estes, o presente programa de execução, que determina o prazo máximo de 5 anos para a concretização do disposto nos elementos que compõem o plano, é vinculativo, com a excepção do disposto no n.º 8 do artigo 49.º referente aos parâmetros urbanísticos. A execução das disposições do mesmo deverá ser feita por unidades de execução que correspondem aos quarteirões identificados na planta de implantação, elegendo-se o sistema de cooperação como o sistema normal de execução, mas admitindo o recurso ao sistema de imposição administrativa, quando as operações previstas no plano não tenham sido iniciadas até três anos após a entrada em vigor do mesmo. Admite-se, ainda, caso todos os proprietários de uma unidade de execução cheguem a acordo, a concretização do plano através do sistema de compensação. O financiamento da execução do plano nesta zona é primordialmente assumida pelos privados, na medida em que a utilização admitida serve interesses e finalidades meramente privatísticos. No que concerne ao espaço público, designadamente às infra-estruturas que implicam o recurso ao instituto das expropriações por utilidade pública, o financiamento e execução serão primordialmente municipais, ainda que, eventualmente, haja recurso a fundos comunitários, podendo, contudo, mediante contratos de urbanização, celebrados nos termos da lei, ser assumidos pelos promotores de operações que se inscrevam no âmbito das unidades de execução. 2. NÚCLEO POMBALINO 2.1. EXECUÇÃO E FINANCIAMENTO O Núcleo Pombalino caracteriza-se como uma zona altamente consolidada, cujas intervenções se cifram, essencialmente, em operações de reabilitação do edificado que implicam, inclusivamente, o recurso à demolição total ou parcial de imóveis, e de requalificação do espaço público. Por este motivo, a construção admitida não vai além da já existente, prevendo-se uma diminuição da edificabilidade na área, de acordo com as prescrições do Plano. A concretização dos objectivos da reabilitação desta zona implica uma intervenção diferenciada edifício a edifício, pelo que será esta a unidade de referência para efeitos de execução do plano. Dada a realidade que está em causa não se justifica a delimitação de
3 3 de 6 unidades de execução nos termos do artigo 120.º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, nem o recurso aos sistemas de execução nele previstos. Esta opção é ainda justificada pelo facto de não se preverem prazos máximos para a concretização das operações previstas no Plano, o que determina que o recurso às mesmas dependa da iniciativa de cada interessado. Situação distinta poderá ocorrer no âmbito da Zona de Intervenção Sensível em que a eventual necessidade de consideração integrada da mesma, designadamente para candidatura a programas de financiamento, pode justificar a delimitação de uma unidade de execução, sujeita ao sistema de cooperação Nas situações em que as operações urbanísticas se encontrem expressamente previstas no plano sem ser feitas depender da iniciativa dos interessados, designadamente operações de demolição, o município deve promovê-las, no caso de o particular não as desencadear de modo espontâneo. No que se refere ao espaço público, este será de responsabilidade municipal, admitindo contratualização com privados, podendo o financiamento das operações previstas decorrer total ou parcialmente do Fundo de Compensação, assegurado o pagamento das compensações aos interessados no Núcleo Pombalino. Estas operações deverão estar concretizadas no prazo máximo de 7 anos após a entrada em vigor do Plano GABINETE DE GESTÃO Dadas as especiais características da intervenção no Núcleo Pombalino, ligadas ao complexo de elementos constantes do presente Plano que devem ser tidos em consideração na autorização ou licenciamento das operações urbanísticas previstas, é criado um Gabinete de Gestão, cuja orgânica e funcionamento será objecto de regulamento próprio, devendo a sua instalação estar concluída até ao prazo máximo de 3 meses após a entrada em vigor do Plano. A sua actividade decorrerá no tempo normal de execução do plano 10 anos podendo ser eventualmente prorrogada enquanto tal se justifique. São-lhe, desde já, cometidas as funções de gestão do funcionamento do Fundo de Compensação, de controlo e acompanhamento da instrução dos procedimentos de autorização que se inserem no Núcleo Pombalino, ficando-lhe cometida ainda a elaboração das propostas de decisão aos pedidos de autorização ou de licenciamento e de informação prévia na mesma área. No que se refere ao espaço público, incumbe-lhe a preparação e gestão dos procedimentos necessários à concretização das operações previstas no prazo máximo estabelecido.
4 4 de 6 São ainda obrigação deste gabinete a elaboração, dentro do espírito e letra deste plano, de propostas para o regulamento de publicidade, toldos e esplanadas e do manual/guia para as intervenções particulares no edificado, os quais deverão ser intempestivamente aprovados em Assembleia Municipal. 3. PEREQUAÇÃO 3.1. ZONA ENVOLVENTE No âmbito do presente plano, a perequação de benefícios e encargos será concretizada através da fixação de um direito abstracto de construção que se refere à área média de construção admitida na Zona Envolvente e que corresponde à edificabilidade de rés-do-chão mais dois pisos, com a área total de ,00m 2. Sendo obrigatória a construção, na Zona Envolvente, de um quarto piso na medida em que se pretende que esta sirva para a clarificação dos limites originais do Núcleo Pombalino, estando a ele intimamente ligada, este, excedendo o direito médio, estará funcionalizado à concretização dos mecanismos de perequação previstos no plano. Tais mecanismos correspondem a uma exigência legal de redistribuição dos benefícios e encargos gerados pelo plano, pelo que, o valor correspondente à área do quarto piso reverterá para o fundo de compensação previsto no plano e a criar por regulamento municipal. Ora, dos ,00m 2, já se encontram edificados ,80m 2, pelo que o diferencial existente entre a área média e a área que pode ser ainda concretizada na zona envolvente, considerando os quatro pisos impostos, é de ,20 m 2. Esta área será convertida em valor, em função da definição que o município, fundado numa avaliação feita por perito constante da lista oficial, à sua escolha, fez do m 2 de construção na área e que se cifra em ###, sendo actualizável anualmente de acordo com a evolução do índice de preços no consumidor. O valor determinado nos termos anteriormente referidos, será repartido proporcionalmente pelos interessados no seio de uma mesma unidade de execução, revertendo a favor do fundo de compensação, para cumprimento dos objectivos da perequação de benefícios e encargos em relação aos proprietários do Núcleo Pombalino e do financiamento das intervenções no seu espaço público, bem como dos custos da administração desse Fundo, nos termos previstos em Regulamento municipal. Admite-se, ainda, nos termos do regulamento do presente Plano, a compra e venda, entre os interessados, do direito abstracto de construção.
5 5 de NÚCLEO POMBALINO No Núcleo Pombalino, a perequação de benefícios e encargos será concretizada através da fixação de um direito abstracto de construção que se refere à área média de construção admitida e que corresponde à edificabilidade de rés-do-chão mais dois pisos, com a área total de ,57m 2. Dos ,57m 2 de área média total admitida no Núcleo Pombalino, ,64m 2 encontram-se já edificados, pelo que o diferencial existente entre ambos os valores é de ,93m 2, correspondendo às possibilidades abstractas de edificação no mesmo. Contudo, como o Plano prevê regras estritas de ocupação do espaço, será, praticamente impossível, em face das disposições deste, concretizar tal edificabilidade média, pelo que a área deficitária será compensada através da compra e venda do direito abstracto de construção entre os interessados ou do funcionamento do Fundo de Compensação nos termos a definir no seu regulamento, em função do valor do m 2 de construção, calculado nos mesmos termos previstos para a Zona Envolvente e que se cifra em ###. De igual modo, o Plano prevê a concretização de operações de demolição num total de ,30m 2, que configuram afectações a direitos pré-existentes e juridicamente consolidados, sendo compensado nos termos do mecanismo de perequação previsto neste Plano. As compensações a ter lugar no âmbito do Núcleo Pombalino serão prestadas no momento da emissão do alvará de licenciamento ou autorização para qualquer nível de intervenção nos edifícios das classes P1, P2 e E1 e ordem de demolição e intervenções de nível 2 e 3 nos restantes casos e apenas serão efectivadas se as intervenções de iniciativa dos particulares previstas no plano tiverem lugar no prazo máximo de 10 anos a contar da entrada em vigor deste. De facto, como não está previsto um prazo máximo para a execução das mesmas, ao contrário do que acontece na Zona Envolvente, é necessário estabelecer, por via indirecta, um mecanismo que incentive à adequação da actividade dos particulares com o disposto no plano e que permita uma gestão racional do Fundo de Compensação. Nas situações em que as intervenções ocorram posteriormente a este limite máximo, poderá, em casos concretos, haver lugar a indemnização sempre que se afectem direitos juridicamente consolidados. Contudo, esta indemnização será efectuada à margem dos mecanismos de perequação previstos neste plano. Mesmo para além dos 10 anos previstos, prevê-se, para o Núcleo Pombalino, a redução ou isenção de taxas urbanísticas, sobretudo para a Zona de Intervenção Sensível, de acordo com o disposto em regulamento municipal, funcionando estas, igualmente, como mecanismo de incentivo indirecto à execução do plano.
6 6 de 6 O Fundo de Compensação extinguir-se-á após o decurso do prazo de 10 anos, sendo que o saldo que se verifique nessa data passará para a esfera do município, asseguradas que estejam as compensações devidas, as intervenções públicas a que deva haver lugar e o pagamento dos custos de administração que o seu funcionamento tenha motivado. 4. CRONOGRAMA DE INTERVENÇÕES Para a área de intervenção do plano de pormenor, a Câmara Municipal tomará a iniciativa de realizar um conjunto de intervenções referidos no relatório e o no regulamento, no sentido de cumprir os objectivos primordiais da salvaguarda e valorização do bem cultural que justificou a realização deste instrumento, bem como para uma melhoria global da qualidade ambiental urbana da área de intervenção do Plano. Estas intervenções, a desenvolver sob responsabilidade da Câmara Municipal com projectos ou planos específicos, dizem respeito a um conjunto de obras de requalificação do espaço público e de reabilitação de edifícios de propriedade municipal ou a adquirir, e a executar de acordo com os seguintes quadros, por referência à entrada em vigor do Plano: Quadro 1. Descrição das intervenções e estimativa de custos. Intervenção Estimativa de Custos Totais a) Reabilitação do edifício da Câmara Municipal; b) Requalificação do Largo António Aleixo; c) Requalificação do Largo Luthegarda Caíres; d) Requalificação da Praça Marquês de Pombal; e) Restauro do edifício da antiga Alfândega; f) Prolongamento do perfil da Rua José Francisco Guimarães entre o Q7 do Núcleo Pombalino e o QXIV da ZE; g) Reabilitação e criação de infra-estruturas com valas técnicas; h) Requalificação da Avenida da República; i) Requalificação e repavimentação das ruas do Núcleo Pombalino e da Zona Envolvente;
7 7 de 6 Quadro 2. Cronograma das intervenções. Intervenção Cronograma - Anos a) Reabilitação do edifício da Câmara Municipal; b) Requalificação do Largo António Aleixo; c) Requalificação do Largo Luthegarda Caíres; d) Requalificação da Praça Marquês de Pombal; e) Aquisição e restauro do edifício da antiga Alfândega; f) Prolongamento do perfil da Rua José Francisco Guimarães entre o Q7 do Núcleo Pombalino e o QXIV da Zona Envolvente; g) Reabilitação e criação de infra-estruturas com valas técnicas; h) Requalificação da Avenida da República; i) Requalificação e repavimentação das ruas do Núcleo Pombalino e da Zona Envolvente;
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