Estudo Prospectivo Setorial. Automotivo. Relatório de Perspectivas

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1 Estudo Prospectivo Setorial Automotivo Relatório de Perspectivas

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3 Automotivo Relatório de Perspectivas Brasília Julho, 2009

4 Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Presidenta Lucia Carvalho Pinto de Melo Diretor Executivo Marcio de Miranda Santos Diretores Antônio Carlos Filgueira Galvão Fernando Cosme Rizzo Assunção P71 Relatório de Perspectivas: Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, p: il. ; 21 cm. 1. Automotivo, Perspectivas, Prospecção, Inovação Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) SCN Quadra 2 Bloco A Edifício Corporate Financial Center salas 1102/ Brasília, DF Tel.: (61) / Fax: (61) editoria@cgee.org.br URL:

5 Relatório de Perspectivas Equipe da ABDI Clayton Campanhola (Diretor) Roberto Alvarez (Gerente de Projeto) Alexandre Gaino (Responsável Técnico) Supervisão do CGEE Fernando Cosme Rizzo Assunção Equipe técnica do CGEE Liliane Rank (Coordenação geral Estudos Prospectivos Setoriais) Adriano B Galvão (Assessor e Responsável Técnico) Cláudio Chauke Nehme (Apoio metodológico) Cristiane Freire Pamplona (Apoio técnico) Juliana de Souza (Apoio técnico) Consultores do CGEE Roberto Marx Adriana Marotti de Mello

6 SUMÁRIO 1. Introdução Principais pontos da Pesquisa da Percepção de Lideranças do Setor 9 3. Análise de Tendências do Setor Automotivo Cenários Futuros 2022 e Cenário Conservador Cenário Otimista Análise das Oportunidades Identificadas para o Setor...33 Anexo I Relatório da Pesquisa Exploratória Percepção de Lideranças...37 Anexo II Resultado da Pesquisa Avaliação do Grau de Relevância das Tendências...55 Anexo III Resultado da Consulta de Análise de Cenários e oportunidades...58

7 1. Introdução Este relatório tem como objetivo relatar e analisar o resultado das atividades desenvolvidas no âmbito do projeto Estudo Prospectivo do Setor Automotivo. Trata-se de um segundo relatório, que se segue ao intitulado Panorama do Setor Automotivo, no qual se descreve e analisa o setor nos âmbitos internacional e local, a partir de diversos elementos: Mercado, Investimento, Infraestrutura Político-Institucional, Tecnologia, Talentos e Infraestrutura Física para Apoio à Inovação. Um último relatório será ainda desenvolvido para finalizar o Estudo Prospectivo e este se referirá ao Mapa Tecnológico e ao Mapa Estratégico. Estes dois Mapas serão construídos com a participação de representantes do setor com o objetivo de orientar a busca do aproveitamento das oportunidades identificadas no presente relatório. É importante ressaltar que a partir da discussão dos resultados do primeiro relatório (Panorama do Setor Automotivo), a ABDI, em conjunto com o CGEE, houve por bem se focar o segmento das autopeças de capital nacional. Desta forma, tanto a discussão das perspectivas do setor bem como a elaboração dos Mapas Tecnológico e Estratégico tem como pressuposto priorizar o tratamento destas empresas. As seguintes atividades foram desenvolvidas no Estudo de Perspectivas do Setor Automotivo (Figura 1): - Levantamento da Percepção de Lideranças do Setor Automotivo; - Levantamento e análise das Tendências relativas ao Setor Automotivo; - Realização da 1 a. Oficina de Trabalho do Estudo Prospectivo. A oficina se consistiu de uma reunião com a participação de representantes de empresas-chave do setor de autopeças, entidades de classe, BNDES e ABDI. Durante esta oficina, foram gerados Cenários Futuros para os anos de 2022 e 2034; - Identificação de Oportunidades Tecnológicas para o setor de autopeças por meio de consulta online.

8 Nas seções 2, 3, 4 e 5 a seguir, cada uma destas etapas, bem como seus resultados, serão apresentados em maiores detalhes. Figura 1 Atividades desenvolvidas no Estudo de Perspectivas do Setor Automotivo. Fonte CGEE

9 2. Principais pontos da Pesquisa da Percepção de Lideranças do Setor Conforme apresentado na Introdução deste relatório, a metodologia de trabalho do Estudo Prospectivo do Setor Automotivo contemplou a execução de uma pesquisa exploratória com lideranças relevantes do setor no país, com o objetivo de levantar suas percepções sobre fatores-chave que pudessem contribuir para uma melhor discussão acerca do posicionamento das empresas de autopeças nos próximos vinte e cinco anos. As informações levantadas foram utilizadas como subsídio para geração de cenários durante a Oficina Identificação de Oportunidades. Nesta pesquisa, foram entrevistados executivos das montadoras GM (gerente), FORD (diretor), FIAT (diretor), dos sistemistas Delphi (diretor), BOSCH (vice-presidente) e Magneti Marelli (presidente e diretor comercial). Também foram ouvidos representantes de Associações do setor, como a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva - AEA (presidente), a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ANFAVEA (vice-presidente) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP (ex-presidente). Além destes, o consultor Luc de Ferran também foi entrevistado. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, com perguntas abertas e agrupadas nos seguintes temas: Mercado, Tecnologia, Incentivos, Políticas Públicas, Competências e Talentos. O relatório completo da pesquisa encontra-se disponível no Anexo I. A seguir, será feito um sumário das principais conclusões sobre cada tema abordado. Mercado Foram elaboradas as seguintes questões com o objetivo de captar a percepção dos líderes sobre o mercado nacional, regional e global atualmente e nos próximos 25 anos: Na sua visão, quais são os fatores que movem a política de desenvolvimento, produção e inserção nos mercados das montadoras? Qual será o diferencial competitivo das autopeças brasileiras nos próximos 25 anos?

10 Como o setor brasileiro de autopeças deve se posicionar para se manter competitivo no cenário global (em quais nichos, tipo de produtos, tecnologias, diferenciais competitivos)? Na visão dos entrevistados, o Brasil atualmente é uma plataforma atrativa para desenvolvimento e produção local, se comparado a outros países emergentes, pois possui infraestrutura instalada, situação políticoeconômica estável, potencial de ampliação do mercado consumidor interno e disponibilidade de pessoal qualificado, tanto nas montadoras quanto nas autopeças. Além disso, as autopeças nacionais têm características mais similares às européias do que suas concorrentes na China, Rússia e Índia, o que facilita o relacionamento com as matrizes das montadoras durante as etapas de negociação e o desenvolvimento de produtos. A ampliação dos investimentos locais, especialmente em novos desenvolvimentos, estaria condicionada à disponibilidade de incentivos, benefícios fiscais e financiamentos da natureza da tecnologia a ser desenvolvida e do conteúdo tecnológico do mercado alvo. Para manter e ampliar a posição competitiva nos próximos anos, as autopeças brasileiras deveriam focar o desenvolvimento em soluções voltadas ao mercado regional, com baixo custo e procurando integração e parceria pró-ativa com as montadoras. Em termos de posicionamento de mercado, as autopeças nacionais podem se manter competitivas no cenário global por meio de inovação e focando suas estratégias em soluções de baixo custo, eletrônica e entretenimento (tendo em mente as restrições de renda do mercado), bicombustíveis (etanol e biodiesel) e tecnologias de motorização compatíveis. Além disso, deverá pensar na cadeia como um todo, procurando parceiras a montante na cadeia, como com produtores de resinas plásticas e aços, por exemplo. Tecnologia Foram formuladas as seguintes com o objetivo de captar a percepção dos lideres sobre as características tecnológicas do setor nos próximos 25 anos:

11 Qual será a forma de propulsão predominante nos próximos 25 anos? Quais serão as tecnologias críticas? Temos condições (tecnológicas e empresariais) de fabricar motores brasileiros (com tecnologia e empresa de capital brasileiro)? De que tipo de tecnologia (elétricos, combustão interna?)? Por quê? Onde/quem? Quais serão as características tecnológicas dos produtos desenvolvidos para os mercados emergentes? Até que ponto as engenharias localizadas nestes países se ocuparão do projeto destes produtos? Há interesse das montadoras neste sentido? O que se pode desenvolver no Brasil e levar para outras partes do mundo? Quais são os nichos tecnológicos em que estas empresas podem/devem se concentrar? O que as empresas de autopeças brasileiras já podem ou deveriam ser estimuladas a desenvolver? Na opinião dos entrevistados, não haveria mais uma forma hegemônica de propulsão, como foi o motor a combustão movido a derivados de petróleo durante o século XX. Diferentes soluções, como biocombustíveis, propulsão elétrica com bateria de lítio, hidrogênio e híbridos, apresentam-se como alternativas ao uso de gasolina e diesel, tanto para veículos leves como comerciais. A tendência seria de adoção de soluções adaptadas a diferentes faixas de mercado e necessidades regionais. Isto pode ser bastante benéfico para o Brasil, uma vez que o pais é um centro de competência mundial em biocombustíveis (etanol de cana de açúcar e biodiesel). Ainda assim, na opinião dos entrevistados, dificilmente o país tem condições de produzir sozinho tecnologia de motorização completa, ou seja, as empresas precisam estabelecer cada vez mais parcerias com montadoras e outras empresas do setor ou mesmo de fora dele. Além da questão da propulsão, há a tendência de segmentar o desenvolvimento tecnológico dos veículos de acordo com o mercado a ser atendido. O Brasil já é reconhecido como plataforma de desenvolvimento para veículos destinados a mercados emergentes e deve focar este segmento. Em resumo, o potencial de desenvolvimento tecnológico do setor no país estaria em tecnologias ligadas a biocombustíveis, veículos populares e design de interiores.

12 Incentivos / Políticas Públicas Sobre a questão de quais incentivos e políticas públicas poderiam ser benéficos para o fortalecimento futuro do setor, foram colocadas as seguintes questões: Quais são as empresas de capital nacional que têm maior chance de desenvolver competências relevantes para a cadeia produtiva do setor, no curto e principalmente no longo prazo? Como políticas e iniciativas públicas podem contribuir neste processo em um horizonte de 25 anos? Quais políticas e iniciativas públicas melhor contribuem para fortalecer os centros de engenharia sediados no Brasil? Elas são suficientes quanto à proposta e aos recursos alocados? Até que ponto a colaboração com centros de desenvolvimento estrangeiros auxilia neste processo? Quais incentivos podem aumentar a atratividade daquelas empresas? A opinião geral dos entrevistados é de que houve avanços nos marcos regulatórios e políticas de incentivo à inovação nos últimos anos no país, mas para que seus impactos sejam positivos no longo prazo, há necessidade de maior divulgação e de serem melhor exploradas pelas pequenas e médias empresas do setor. Além disso, o investimento e incentivo à formação de engenheiros e profissionais especializados no setor garante a manutenção e ampliação de atividades de desenvolvimento no país. Para aumentar a atratividade do mercado, os incentivos e políticas do governo deveriam ser focados em: - Menores custos de produção e logística: através de desoneração fiscal, investimentos em infraestrutura e disponibilidade de financiamento; - Alianças com sistemistas externos, para garantir internacionalização dos mercados; - Acordos internacionais para autopeças, similar aos existentes com Alemanha e México.

13 Talentos e Competências Sobre talentos e competências requeridas para o desenvolvimento futuro do setor, as seguintes questões foram feitas: Quais competências serão demandadas das empresas de autopeças brasileiras nos próximos 25 anos? Estas competências já estão disponíveis no Brasil, ou requerem atenção especial de políticas públicas de capacitação/formação de pessoal? Como intensificar os contatos e a colaboração entre empresas e instituições ligadas a pesquisa e desenvolvimento, sejam aquelas localizadas no Brasil, sejam as estrangeiras? Como reduzir as dificuldades que marcam estes processos e que explicam a baixa freqüência deste relacionamento? No que se referem a competências, perspectivas diversas foram apontadas, das quais podem-se destacar as áreas metal-mecânica, eletrônica, design, produção e materiais, além de gestão de empresas, como sendo prioritárias para incentivo a formação e qualificação. Há a percepção de que faltam engenheiros bem formados e qualificados e que esta tendência poderia ser prejudicial no horizonte pesquisado (25 anos). Há também a percepção de que o Brasil, especificamente as autopeças, ainda está aquém do nível de competência demandado pelo mercado global. A interação entre empresa e universidades e instituições de pesquisa é outro tema relevante que deveria ser priorizado. Além disso, modelos que incentivem a formação de empresas de base tecnológica, agências de inovação e o fomento de maior contato entre estes atores devem ser incentivados.

14 3. Análise de Tendências do Setor Automotivo Outra etapa do desenvolvimento do estudo prospectivo foi a identificação e análise das tendências relativas ao setor. Tendências podem ser definidas como direcionamentos ou vetores que possuem certa força e durabilidade e cujo conjunto vai indicar como um setor vai se comportar no futuro. São forças restritivas e/ou propulsoras que criam uma trilha de desenvolvimento futuro para um setor e cujo desenvolvimento pode gerar cenários mais otimistas, realistas ou pessimistas. (Figura 2) Para este trabalho, foram coletadas tendências nas diversas publicações técnicas, bem como eventos técnicos do setor. Figura 2 Influência das tendências em um dado setor. Fonte CGEE A análise do grau de relevância das tendências para o setor foi realizada em uma consulta realizada via internet. Foram enviados convites a 129 atores relevantes do setor dos quais 35 responderam, incluindo representantes de montadoras, sistemistas, academia e de associações como Sindipeças, SAE e ANFAVEA. A página da internet foi construída tendo-se como base tendências identificadas em estudos anteriores e eventos técnicos do setor. Nesta consulta, foram avaliados três momentos: atual (2009), 2022 e Os respondentes avaliaram o grau de relevância de cada tendência

15 nas áreas de Mercado, Infraestrutura, Meio Ambiente, Ambiente Político, Social e Tecnologia, em cada momento. A relevância foi medida com notas entre 0 (muito baixo) a 5 (Muito Alto). As informações levantadas foram utilizadas como subsídio para geração de cenários durante a Oficina Identificação de Oportunidades. Um resumo do resultado da pesquisa é discutido abaixo. Seu resultado completo está disponível no Anexo II. Mercado As tendências identificadas para o Mercado nos próximos 25 anos foram: 1. Consumidores buscam veículos mais compactos, eficientes e silenciosos;. 2. Veículos elétricos mais acessíveis aumentam a competição com veículos à combustão; 3. A oferta de novas fontes de energia se intensifica (ex. biocombustíveis, elétrica, hidrogênio); 4. Indústrias, sensibilizadas pelo aquecimento global e pelas mudanças nos hábitos de consumo direcionam esforços para projetos de produtos novos com apelo "verde"; 5. China avança como líder na fabricação mundial de veículos; 6. Acesso à eletricidade aumenta mundialmente; 7. Dependência energética intensifica a demanda por novas soluções de propulsão; 8. Vendas de automóveis crescem mais nos países emergentes; 9. Cresce participação de biocombustíveis e gás natural; 10. Fornecimento do petróleo continua instável; 11. Biocombustíveis apoiam a transição entre a Era do Petróleo e a Era do Hidrogênio; 12. Empresas brasileiras de autopeças adquirem controle de outras empresas no exterior; 13. Montadora Brasileira emerge e ganha presença internacional.

16 A relevância das tendências de número 1 a 8 foram avaliadas como muito alta, enquanto que as de 9 a 11 foram consideradas de alta relevância e 12 e 13 de baixa relevância para os próximos 25 anos. As tendências de relevância muito alta referem-se às mudanças no perfil do mercado automotivo global que refletem mudanças no perfil socioeconômico do mercado como um todo crescimento de demanda nos países emergentes e, portanto, maior necessidade de soluções compactas e de baixo custo e mudanças causadas pelo maior apelo ambiental e pela presença da China como player importante no mercado global. As tendências 2, 5 e 8 são discutidas em maiores detalhes a seguir, porque apresentaram como resultado uma diferença significativa de grau de relevância entre os anos de 2009, 2022 e 2034, o que pode indicar uma oportunidade de desenvolvimento para o setor. A tendência 2 - Veículos elétricos mais acessíveis aumentam a competição com veículos à combustão., apresentou tendência 1.69 (baixa) em 2009, mas com evolução significativa em 2022 (3.59) e 2034 (4.65), indicando uma oportunidade para o desenvolvimento de sistemas de propulsão elétricos. Já a tendência China avança como líder na fabricação mundial de veículos, recebeu a seguinte pontuação 3.00 em 2009, 3.95 em 2022 e 4.25 em Nesse caso, a relevância já é evidente hoje e deve continuar nos próximos 25 anos. Tal tendência revela uma ameaça atual que deveria ser considerada hoje e no futuro, no desenvolvimento de tecnologias e estratégias futuras. Outra tendência a ser destacada é Vendas de automóveis crescem mais nos países emergentes que foi pontuada como altamente relevante hoje (3.71) e de muito alta relevância em 2022 e 2034 (4,05 e 4,02, respectivamente), corroborando dados já apresentados no Panorama Setorial, indicando uma oportunidade para desenvolvimento de tecnologias mais baratas e eficientes, próprias para mercados consumidores com renda mais baixa, o que é positivo para o Brasil, que já possui certa expertise neste segmento. O sentimento do setor sobre esses assuntos para os próximos anos reflete mudanças já em curso atualmente, como a relevância dos mercados

17 emergentes e a busca por novas tecnologias de propulsão mais eficientes e limpas. O resultado também aponta que os biocombustíveis podem ser alternativas de transição entre a petróleo e outras fontes, mas com crescimento menor em Os respondentes consideram de média relevância o crescimento das empresas nacionais de autopeças no exterior e o surgimento de uma montadora nacional com presença global. Este resultado reflete o sentimento de que, mais importante do que a predominância do capital seria a formação de parceiras com empresas internacionais e que haveria na prática - pouco espaço para formação de uma nova montadora nacional. Infraestrutura As tendências para a Infraestrutura nos próximos 25 anos foram: 1. Avanços nos meios de comunicação, tecnologias da informação e processamento computacional melhoram controles de frota, roteirizadores e análise de transporte; 2. Aumenta a demanda por sistemas de transporte (passageiros e carga); 3. Melhora dos padrões de infraestrutura e serviços, a partir de parcerias público-privadas para a construção e manutenção de novas rodovias;. 4. Crescem os investimentos para desenvolver e manter estradas e sistemas de transporte; 5. Crescimento continuado de infraestrutura em países emergentes aumenta a mobilidade individual e as oportunidades de emprego. As tendências 1, 2 e 3 foram apontadas como sendo de muito alta relevância para os próximos 25 anos e as de número 4 e 5 como sendo de alta relevância, o que corrobora a percepção sobre crescimento de mercado nos países emergentes e a percepção das lideranças (discutidas no capítulo anterior) sobre aumento na demanda por soluções integradas em eletrônica, mesmo nos países emergentes.

18 A tendência 2 é discutida em maiores detalhes a seguir, porque embora seja relevante atualmente em 2009 (3,27), tem sua relevância aumentada em 2022 (3,93) e 2034 (4,16), o que pode indicar uma oportunidade de desenvolvimento para o setor. O aumento da demanda por sistemas de transporte para carga e passageiros, conseqüência da maior concentração e urbana e patamares de renda, significa uma oportunidade de crescimento para o setor de veículos comerciais, o que aliado às maiores demandas por eficiência e sustentabilidade, indica uma oportunidade potencial para desenvolvimento tecnológico na área. A melhoria dos padrões de infraestrutura rodoviária e de serviços de transporte, aliada ao aumento de demanda por soluções de mobilidade também traz impactos na forma como os veículos serão concebidos e demandados pelos consumidores. Cidades maiores, com maiores populações, também significam maiores congestionamentos e problemas relacionados ao uso de veículos, como a questão de estacionamento e da poluição urbana, por exemplo, o que pode significar uma maior demanda por soluções de mobilidade diferentes do conceito atual de automóvel. Este seria o caso de veículos extremamente compactos e elétricos, o que empresas como a GM já estão procurando desenvolver. 1 Meio Ambiente As tendências identificadas para o Meio Ambiente nos próximos 25 anos foram: 1. Mudanças climáticas e questões de sustentabilidade pressionam o esforço de desenvolvimento de novos produtos; 2. Desenvolvimento urbano gera preocupação com questões de meio ambiente e pressionam pelo estabelecimento de regras mais duras no tráfego; 3. Consumo de combustível e emissão de gases tóxicos são beneficiados por novas tecnologias (ex. Software, Sensores, 1 Vide reportagem do jornal Washington Times, disponível no endereço:

19 Eletrônicos e Telemática) para o controle de trânsito e da poluição; 4. Aumento do uso de peças recicláveis; 5. O conceito do "Green Design" avança e oferece grande potencial para novos negócios; 6. Tecnologias de transporte urbano reduzem danos ao meio ambiente e espaço construído; 7. Postura refratária às questões ambientais nos países emergentes continua; 8. Emissões de CO2 aumentam no mundo. As tendências 1, 2, 3, 4 e 6 foram apontadas como sendo de relevância muito alta para os próximos 25 anos, enquanto que a de número 5 foi considerada de alta relevância, o que demonstra a crescente preocupação com a indústria com questões relativas à sustentabilidade ambiental. As quatro primeiras tendências - Mudanças climáticas e questões de sustentabilidade pressionam o esforço de desenvolvimento de novos produtos, Desenvolvimento urbano gera preocupação com questões de meio ambiente e pressionam pelo estabelecimento de regras mais duras no tráfego, Consumo de combustível e emissão de gases tóxicos são beneficiados por novas tecnologias (ex. Software, Sensores, Eletrônicos e Telemática) para o controle de trânsito e da poluição e Aumento do uso de peças recicláveis, apresentam grau de importância crescente entre os anos de 2009 e 2034, indicando a crescente tendência de adoção de tecnologias e regras-legislação de desenvolvimento considerando aspectos de sustentabilidade ambiental. Esta postura é reforçada pelo fato de as tendências 7 e 8 que sinalizam na direção oposta, terem sido consideradas como de médio impacto. O aumento do rigor nas regulações relativas à emissões nos países da Europa e Japão já é uma realidade, enquanto que os Estados Unidos estão

20 discutindo um plano de redução das emissões 2. Estas normas certamente refletirão nos países emergentes e na demanda por desenvolvimento de soluções mais sustentáveis devem crescer em todo o mundo. Estes resultados demonstram a importância crescente das preocupações da sustentabilidade ambiental como importante direcionador do desenvolvimento tecnológico e de mercado nos próximos anos Político As tendências identificadas para o cenário político e institucional nos próximos 25 anos foram: 1. Legislação prioriza produção vinculada à redução do impacto ambiental (ex. veículos com taxas de emissão menores e seguindo os parâmetros europeus); 2. Intensificação das restrições ambientais devido aos problemas do efeito estufa e das mudanças climáticas; 3. Políticas rígidas de regulação e legislação estimulam a evolução tecnológica para solucionar problemas de congestionamento, emissões, segurança e resíduos; 4. Sistemas de taxação para racionalizar períodos de alto congestionamento se intensificam: populações passam a depender mais do transporte público e veículos são mais usados no fim de semana. Todas as 4 tendências acima foram consideradas de relevância muito alta para o setor nos próximos 25 anos. Estes resultados corroboram os resultados dos itens Mercado, Infraestrutura e Meio Ambiente quanto à maior preocupação com sustentabilidade ambiental, maior concentração urbana e maior acesso ao uso de veículos por uma grande parcela da população. 2 Vide notícia sobre o plano do governo americano para controle de emissões:

21 Esses resultados também vão ao encontro da percepção das lideranças do setor, quanto à maior demanda por desenvolvimento de tecnologias limpas e quanto ao desenvolvimento de soluções em mobilidade que atenda aos desejos de individualidade, mas que sejam viáveis para uso em grandes concentrações urbanas. As tendências 1 - Legislação prioriza produção vinculada ao impacto ambiental (ex. veículos com taxas de emissão menores e seguindo os parâmetros europeus) e 3 - Políticas rígidas de regulação e legislação estimulam a evolução tecnológica para solucionar problemas de congestionamento, emissões, segurança e resíduos apresentam grau de relevância crescente na percepção dos participantes da pesquisa (2,63/3,75/4,40 e 2,38/3,52/4,14, respectivamente), indicando oportunidades de desenvolvimento de tecnologias ligadas à segurança e meio ambiente, via a adoção de regulações mais rígidas por parte do governo, a exemplo do que já ocorre na Europa e nos EUA atualmente. Social As tendências para o cenário social nos próximos 25 anos foram: 1. Meios alternativos de comunicação são estimulados para reduzir o número de viagens; 2. Trânsito intenso nas cidades é beneficiado por novos desenvolvimentos em Software, Sensores, Eletrônicos e em Telemática; 3. Renda per capita brasileira cresce; 4. Congestionamentos crescem e geram novos problemas para a mobilidade; 5. Regiões metropolitanas concentram maiores iniqüidades sociais; 6. Maior migração intrarregional e de curta distância afetam sistemas de transporte e estimulam vendas de veículos; 7. População brasileira aumenta (42 milhões até 2030);

22 8. Escalada do crime continua para veículos comerciais e de passeio: sistemas inteligentes baseados no reconhecimento dos passageiros minimizam os crimes; 9. Utilização decrescente do transporte público. Das tendências 1 a 8 foram todas consideradas de alta relevância, enquanto que a tendência 9 foi considerada de média relevância. Os resultados demonstram o fato de que a maior concentração urbana e o crescimento do mercado no país trarão novos desafios para a indústria automotiva, como o que se refere ao desenvolvimento de veículos inteligentes, isto é, dotados de sistemas eletrônicos e de comunicação integrados, mas que ainda assim estejam de acordo com um patamar de renda compatível com a realidade nacional. Além disso, como já discutido no item Mercado e Meio Ambiente, estas soluções em mobilidade devem considerar uma maior preocupação com a concentração urbana e as especificidades para os usuários (veículos para trabalho ou fim de semana, individual ou com a família, etc). É interessante destacar a tendência 4 (Congestionamentos crescem e geram novos problemas para a mobilidade), que já apresenta relevância alta atualmente, mantendo patamares elevados para os próximos anos (4,00 / 4,21 / 3,64) indicando que preocupação com sistemas inteligentes de controle de tráfego, soluções em transporte coletivo e alternativas ao veículo comum são oportunidades para desenvolvimento do setor nos próximos anos. Tecnologia As tendências para Tecnologia nos próximos 25 anos foram: 1. Simulação computacional reduz tempo e custo de desenvolvimento; 2. Nanotecnologia traz peças não tóxicas, mais duráveis, impermeáveis, práticas, antimicrobianas, inteligentes e resistentes ao fogo, à luminosidade e ao risco; 3. Intensificação de materiais alternativos, leves e de melhor durabilidade;

23 4. Veículos elétricos ganham força baseados em baterias eficientes e acessíveis; 5. Aumento da convergência tecnológica e do uso das tecnologias eletrônicas e de comunicação direcionam esforços da engenharia do produto; 6. Crescem as soluções e avanços na interação homem veículo; 7. Segurança veicular recebe maior ênfase: sistemas avançados são capazes de monitorar o ambiente externo e interagir com o motorista para reduzir acidentes e seus efeitos; 8. Engenharia experimental se torna fundamental na busca por carros mais eficientes; 9. Design e aprimoramentos atendem nichos de mercado; 10. Telemática contribui para novos sistemas que, em sintonia com a infraestrutura e/ou taxação, amenizam os problemas da mobilidade urbana (ex. congestionamentos, consumo de espaço e combustível); 11. Brasil se consolida como sede de projeto das montadoras; 12. Carros híbridos funcionam como ponte para utilização do hidrogênio como fonte alternativa de combustível. As tendências de 1 a 10 foram consideradas como de relevância muito alta sobre o desenvolvimento futuro do setor nos próximos 25 anos, o que corrobora com os resultados da pesquisa de percepção de lideranças quando identifica que as grandes tendências em tecnologia para o setor nos próximos anos estão no desenvolvimento de sistemas eletrônicos de comunicação e interação com o ambiente, desenvolvimento de materiais alternativos, com grande uso de nanotecnologia e de tecnologia de propulsão. Além disso, demonstra a tendência de desenvolvimento segmentado por regiões e nichos de mercado, com diferentes soluções adaptadas a diferentes necessidades em termos de custo e mercado. As tendências 2 e 3 - Nanotecnologia traz peças não tóxicas, mais duráveis, impermeáveis, práticas, antimicrobianas, inteligentes e resistentes

24 ao fogo, à luminosidade e ao risco e Intensificação de materiais alternativos, leves e de melhor durabilidade apresentam crescente importância para os próximos anos e também merecem destaque porque são tecnologias que permitem avanços nas questões de emissões, segurança, conforto e redução de custos em veículos.

25 4. Cenários Futuros 2022 e 2034 Dentro da dinâmica do Estudo Prospectivo, após a pesquisa de percepção de lideranças e análise da relevância das tendências, foi realizada a Oficina de trabalho Identificação de Oportunidades, cujo resultado foi a elaboração de três cenários alternativos Otimista, Conservador e Pessimista. Participaram da Oficina profissionais de empresas selecionadas (autopeças de capital nacional com capacidade de desenvolvimento local) e de representantes da ABDI, BNDES, e entidades de classe ligadas ao setor (SAE e Sindipeças). Os convidados receberam antecipadamente o Relatório Panorama Setorial, o Resultado sobre a Consulta de Tendências (Anexo II) e um Timeline do futuro, com dados sobre o Setor automotivo para os próximos 25 anos, obtidos junto a diversos trabalhos e fontes do setor. Durante a Oficina, foi realizada uma discussão com todos os participantes, procurando identificar quais seriam as variáveis mais importantes para a construção dos cenários futuros. As variáveis selecionadas pelo grupo foram: Concentração Urbana, Novos Modelos de Negócios, Social e Meio Ambiente, Tecnologia, Recursos e Infraestrutura Político-Institucional. Em seguida, após 2 rodadas de discussões em que os presentes foram divididos em grupos, foram elaborados 3 cenários. Nestas discussões, os participantes descreveram oportunidades e ameaças, expectativas de consumo, lacunas e incertezas em 2022 e 2034, usando como guia as variáveis apresentadas acima. Os resultados dos cenários Conservador e Otimista, de onde foram derivadas as oportunidades tecnológicas discutidas no próximo capítulo, serão apresentados abaixo.

26 4.1. Cenário Conservador Tema - Concentração Urbana Em 2022, a alta concentração urbana incentiva o surgimento de novos modelos de negócio (ex. clubes de compartilhamento de uso de carros). Governos investem em infraestrutura, mas as questões de trânsito não se resolvem. Tecnologias da Informação e Comunicação favorecem o trabalho remoto. A renda aumenta moderadamente, aumentando a demanda por veículos. A sustentabilidade é incentivada pelo marco regulatório. Empresas desenvolvem carros com menores dimensões e preços. A maior parte da frota tem propulsão alternativa ou mista. Crescimento da frota sai de 6 habitantes/veículo em 2022 para 5 habitantes/veículo em Em 2034, a renda aumenta ainda mais a demanda por veículos e a questão sustentabilidade está cada vez mais presente para a maioria da população. As empresas desenvolvem carros incorporando tecnologias de ponta a menor custo e há maior avanço da propulsão alternativa ou mista. Tema - Novos modelos de negócios Em 2022, a especialização dos mercados incentiva soluções de projeto do produto distintas para diferentes locais (países emergentes x desenvolvidos). A concentração de produtores de automóveis aumenta, reduzindo o total dos investimentos e aumentando a escala de produção por planta/empresa. Em 2034, a concentração de produtores de automóveis continua. Tal mudança na cadeia automotiva isola o Brasil que mantém foco em exportação de commodities e na importação de produtos de maior valor agregado. Tema - Social e Meio Ambiente Em 2022, a legislação (especialmente a que se refere à inspeção veicular) e o aumento da educação no trânsito reduzem moderadamente os

27 acidentes. Com as mudanças climáticas cada vez mais evidentes, há maior fiscalização da legislação (maiores exigências aos padrões de emissão, reciclagem, reutilização, etc.) e o preço do petróleo situa-se em níveis elevados (US$70-100). Em 2034, a legislação e educação reduzem efetivamente os acidentes. Novas tecnologias atendem a novos padrões (ex. grande número de empresas com selo verde ). Preço do petróleo mais elevado (US$100+) viabiliza os combustíveis alternativos e a geração de novas tecnologias alternativas. Tema - Tecnologia Em 2022, Brasil mantém espaço como desenvolvedor de tecnologia (ex. câmbio automático e automatizado) e manufatura. Empresas da cadeia se reposicionam em função das mudanças tecnológicas incrementais e se integram às líderes que repassam parte do desenvolvimento a elas. Tal movimento continua a contribuir com a diminuição do número de pequenas e médias empresas da cadeia. Redes de conhecimento, tecnologia intra e interindústria e as próprias empresas buscam o aprimoramento tecnológico. As tecnologias de controle de tráfego, navegação e infraestrutura viária são orientadas para situações mais críticas. A adoção de tecnologias de entretenimento é compatível com a legislação. Muitas soluções tecnológicas são utilizadas somente em nível regional (ex. caso do etanol no Brasil). Em 2034, a velocidade de desenvolvimento tecnológico aumenta e as empresas estão bem posicionadas globalmente em função de mudanças tecnológicas radicais. A produção e desenvolvimento compartilhado atendem mercados globais. Tecnologias de controle de tráfego e de navegação nos veículos é generalizada e compatível com soluções de interação homem-veículoestrada e infraestrutura viária. Tema - Recursos Em 2022, laboratórios e talentos em número e qualidade aumentam. Há atração de alunos e profissionais para o setor e as associações

28 profissionais ganham importância (SINDIPEÇAS, SAE, AEA e etc.), em cooperação com as universidades. Em 2034, há maior disponibilidade de talentos e recursos reduzindo o custo de desenvolvimento de novos produtos e processos. Tema - Infraestrutura Político-institucional Até 2034, há manutenção da Infraestrutura político institucional em relação a Há continuidade das políticas e iniciativas públicas e fortalecimento das instituições que gerem estas iniciativas. Há aprimoramento da legislação trabalhista e tributária, bem como maior agilidade do Judiciário e no processo de registro de patentes. Estabilidade econômica e do comércio internacional permanece Cenário Otimista Tema - Concentração Urbana Em 2022, a concentração urbana aumenta em relação a 2009 e os Governos investem na infraestrutura (vias urbanas, metrôs, estradas, etc.). Aglomerações urbanas, nas imediações dos grandes centros, criam efeito positivo sobre demanda de carros mais baratos para trajetos curtos, viabilizando acesso aos meios de transporte (metrô, ônibus, etc). Grandes empresas investem no desenvolvimento de carros menores e de propulsão alternativa, uma vez que o trajeto médio dos carros diminuiu e viabiliza mais facilmente carros elétricos ou com outros combustíveis alternativos. Os veículos de cargas de menores dimensões têm sua demanda acelerada estando focados no transporte urbano. Veículos de carga maiores terão acesso muito limitado aos centros urbanos. A conjuntura aumenta a demanda por serviços de inteligência de tráfego e veicular e a importância da sustentabilidade (ex. reciclagem de materiais, baseados em técnicas mais

29 eficientes). Há maior rigor na legislação de trânsito, na inspeção veicular e na qualidade de serviços das empresas de controle de tráfego. Em 2034, começam proliferar soluções variadas de mobilidade. O tráfego nos grandes centros se mantém, mas soluções alternativas aparecerem e são apropriadas por alguns atores. O cenário urbano inclui uma mescla de algumas mega-metrópoles com novos centros urbanos (de menor porte) que foram crescendo orientadas por políticas públicas. No ambiente das mega-metrópoles, as pessoas trabalham perto de suas residências ou desenvolvendo trabalho à distância em relação ao empregador, com eventuais reuniões presenciais. O carro é usado principalmente para o lazer e a sustentabilidade é incorporada na vida das pessoas. Os processos de reciclagem e de reaproveitamento do automóvel e/ou veículo de cargas chega a 80 por cento do total possível de ser feito. A fonte geradora de energia de um carro é suficiente para gerar energia doméstica. Tema - Novos modelos de negócios Em 2022, fruto da crise das grandes montadoras em 2009, novas formas de colaboração entre fornecedores se consolidam, com surgimento de montadoras menores, em modelos de rede de colaboração entre sistemistas, autopeças e empresas de tecnologias distintas da automotiva, mas fundamentais em um novo modelo de produto (como fornecedores de baterias). Vários modelos de produtos e tecnologias emergem (propulsão elétrica, biocombustíveis, hidrogênio, etc) adaptados às especificidades de cada região e contribuindo para inserção de empresas nacionais na nova cadeia global de fornecimento. Em 2034, cada vez mais a lógica do serviço prevalece e passa a ser a ênfase das concessionárias, montadoras, etc. Nas relações de fornecimento, prevalece a concentração de players, onde as relações de parcerias, co-design etc. de 2009 passa a valer para toda a cadeia (os sistemas de EDI são vitais).

30 Tema - Social e Meio Ambiente Em 2022, a renda média da população, maior que em 2009, ocasiona o aumento da demanda por veículos de maior valor agregado, bem como de veículos de entrada. Isto diminui a idade média da frota, traz benefícios para o trânsito e força a prática da sustentabilidade que, por consequência, estimula a criação de legislação e de mecanismos que forçam a renovação da frota. As mudanças climáticas, cada vez mais evidentes, estimulam a criação de uma legislação mais rigorosa e aumentam o consumo consciente. Ambos estimulam a geração de tecnologias de recuperação de energia gerada pelo carro que foram desprezadas no início dos anos A legislação ambiental força o desenvolvimento de novas tecnologias e a busca de um destino para sucatas e assemelhados. O país se alinha à legislação de outros países, o que colabora com esforços de exportação e homologação de produtos para estes países. Em 2034, o perfil do usuário de um carro se expande. Crianças menores de 16 anos são autorizadas a dirigir e os mais idosos têm melhores condições para fazer o mesmo; comandos à distância facilitam o processo. O mercado consumidor potencial é maior. Tema - Tecnologia Em 2022, o preço do petróleo em alta (pela dificuldade de extração, desastres naturais, guerras, etc.) viabiliza combustíveis e novas tecnologias alternativas. As inovações tecnológicas em novos materiais, propulsão e eficiência energética estão em alta. As empresas da cadeia conseguem se reposicionar, antecipar as mudanças tecnológicas e se manterem ativas na cadeia de fornecimento. Diversos recursos foram disponibilizados para estas empresas investirem em novas tecnologias. As soluções globais são objeto de adaptação para a sua implementação regional. Algumas empresas líderes de projetos conseguem integrar a elas grupos restritos de pequenas e médias empresas e a elas repassam parte das atividades de projeto do produto. Esses movimentos aumentam a demanda de tecnologias voltadas para fatores de sustentabilidade (energia e questões ambientais) e reforçam a necessidade de se integrar a acordos e à legislação internacional de

31 metrologia. Em 2034, as soluções de propulsão alternativa ao petróleo, já viáveis do ponto de vista técnico e econômico, estão voltadas para fornecimento de energia em geral. A integração tecnológica é consolidada, tendo como base a microeletrônica. Os plásticos e metais são substituídos pelos materiais sintéticos biodegradáveis; a nanotecnologia passa a ser incorporada, por exemplo, para adaptar o carro automaticamente às diferentes estações do ano. Os produtos são mais personalizados, diferentemente dos pacotes de opções que existiam em Os carros são voltados para necessidades e desejos de indivíduos diferentes, seja um vendedor, pessoa idosa, num número muito grande de opções. Tema - Recursos Em 2022, com mais e melhores laboratórios, um número maior de talentos é disponibilizado para o setor automotivo. A concentração de empresas no Setor acarreta aumento em número e em importância das associações do setor automotivo (SINDIPEÇAS, SAE, AEA e outros). Esse movimento estimula o crescimento da associação de empresas com universidades e centros de pesquisa, no Brasil e no Exterior. Em 2034, o grau de nacionalização do projeto de carros produzidos no Brasil aumenta e a customização é em boa parte regional, para necessidades locais. Quem conhecia o mercado brasileiro e continuou oferecendo soluções para este mercado conseguiu sobreviver. O Brasil continua adaptando carros pequenos, absorvendo as novas tecnologias e sendo referência neste nicho, em função de seu histórico de competências em projeto. Tema - Infraestrutura Político-institucional Em 2022, há continuidade das políticas e iniciativas iniciadas em 2009 (do tipo lei do bem, lei da inovação e outras), com o fortalecimento das instituições que fazem a gestão destas iniciativas. Como resultado, há um aumento da confiança dos atores, especialmente das empresas, de que

32 estas iniciativas não são passageiras, mas vieram para ficar. Cresce a importância de um plano nacional de transporte (integração de modais etc.).

33 5. Análise das Oportunidades Identificadas para o Setor A partir da sistematização dos cenários gerados na 1 a. Oficina, foi realizada a etapa de Identificação das Oportunidades Tecnológicas mais importantes para a competitividade do setor de autopeças nacional para os próximos 25 anos. A identificação de oportunidades tecnológicas foi feita através de uma consulta qualitativa da percepção dos especialistas do Setor. A consulta foi realizada entre os dias 10 e 22/06/2009, através de uma página da Internet com convite enviado via para os especialistas. Dos 137 consultados, 25 responderam (18,25%). Entre os consultados, estavam representantes do setor privado (montadoras, sistemistas, autopeças, consultores e entidades de classe) e do setor público (MCT, MDIC, APEX, ABINEE, MME, BNDES). Durante a consulta virtual, dezoito páginas apresentavam os cenários gerados na 1ª Oficina e solicitava aos respondentes que identificassem as oportunidades tecnológicas numa única sentença para cada cenário. Foram geradas 213 sentenças de conteúdo. As respostas dos especialistas foram analisadas e compiladas inicialmente em 10 áreas de Oportunidades Tecnológicas, descritas abaixo. As cinco primeiras (em negrito), por sua abrangência e relevância, foram selecionadas como as principais para a competitividade futura do setor de autopeças no país nos próximos 25 anos: - Novos Materiais; - Eletrônica Integrada; - Produção Limpa; - Tecnologias de Redução de Peso e Tamanho; - Tecnologias de Propulsão Híbridas / Elétrica / Alternativas; - Inteligência de Tráfego; - Redução de Custo; - Parcerias Universidade e Empresa; - Tecnologias Verdes; - Motores e Transmissão. O conteúdo gerado na consulta encontra-se no Anexo III.

34 Novos Materiais As demandas por veículos mais leves, econômicos, compactos, duráveis, com design e funcionalidades diferenciados, além de menos custosos e agressivos ao meio ambiente, leva à intensificação de desenvolvimento de materiais alternativos, mais leves, com melhor durabilidade e que sejam recicláveis e de baixo impacto ambiental. Portanto, uma importante oportunidade tecnológica para o setor é o desenvolvimento de novos materiais de construção para a indústria automotiva e novas aplicações para materiais já utilizados, como os plásticos, por exemplo. Uma importante área dentro de Materiais é o uso da Nanotecnologia, melhorando a funcionalidade e design das peças utilizadas. O desenvolvimento de novos materiais leva as autopeças a intensificar o estabelecimento de parceiras de desenvolvimento fora da cadeia automotiva, como universidades, institutos de pesquisa e fornecedores como indústria de aço, alumínio e petroquímicas. Eletrônica Integrada O aumento da convergência tecnológica de sistemas de comunicação dentro e fora do veículo, o uso de tecnologias eletrônicas e de comunicação, visando maior conforto, desempenho e especialmente segurança ao dirigir é significativo nos próximos 25 anos. Posto que o Brasil não possui atualmente competência significativa nesta área, para evitar dependência futura e manter ou até mesmo aumentar a competitividade do setor de autopeças, faz-se necessário investir no desenvolvimento de capacidade de desenvolvimento nesta área. Produção Limpa Um dos eixos de desenvolvimento de tecnologias para os próximos anos (e que já está ocorrendo atualmente) é o das Tecnologias Verdes ou

35 Limpas, ou seja, que minimizem os impactos sobre o meio ambiente e considerem como prioritários os aspectos de sustentabilidade ambiental. O desenvolvimento de novos materiais, de novas formas de motorização e de transporte devem considerar aspectos ambientais desde a sua concepção. Este conceito engloba o conceito de reciclabilidade, uso de materiais reciclados ou remanufaturados, baixo (ou nulo) índice de emissões de CO2 e outros gases do efeito estufa. É importante destacar que a consideração de uma tecnologia como verde deve ser feita considerando todo seu ciclo de vida, ou seja, considerar todo o balanço energético de gases emitidos em toda sua cadeia produtiva. Este conceito traz uma série de oportunidades de desenvolvimento para o setor, lembrando que o Brasil já é um centro de competência de desenvolvimento de tecnologias de motorização verdes, como o etanol e o biodiesel, além do uso de materiais verdes (como o plástico derivado de etanol e de glicerina, por exemplo). Tecnologias de Redução de Peso e Tamanho Como foi mencionado nos cenários e nas tendências, a maior concentração urbana, o crescimento de mercados emergentes e de baixa renda e a necessidade de maior eficiência energética, traz a necessidade de veículos mais compactos, leves e eficientes no consumo de combustíveis. Este fato traz a oportunidade de desenvolvimento de materiais diferenciados e o uso de eletrônica, como já foi acima discutido, além de trazer oportunidades de novos designs e arquitetura, além de formas de utilização de veículos inovadoras. Tecnologias de Propulsão Híbridas / Elétrica / Alternativas Como já discutido no item de Meio Ambiente, a questão do desenvolvimento sustentável, além da incerteza sobre o fornecimento futuro de petróleo, traz como oportunidade o desenvolvimento de tecnologias de propulsão inovadoras.

36 Como surgiu na discussão de cenários e tendências, dificilmente haverá um único paradigma de motorização, como foram os motores de combustão interna no século passado. Com isso, as oportunidades tecnológicas se multiplicam, dependendo da aplicação (veículos comerciais / leves), do mercado (mercados de entrada / premium) e das condições logísticas e institucionais regionais (como etanol no Brasil, por exemplo). O Brasil, com sua competência já consolidada em etanol e biodiesel, pode ampliar seu leque de opções, desenvolvendo soluções em motorização elétrica e a hidrogênio, por exemplo.

37 Anexo I Relatório da Pesquisa Exploratória Percepção de Lideranças Relatório da Pesquisa Exploratória PERCEPÇÃO DE LIDERANÇAS Junho, 2009 Contextualização e objetivo da pesquisa Considerando as incertezas e a velocidade das últimas transformações no Setor automotivo, a atividade de antecipação de futuros se torna ainda mais necessária, de modo a preparar as empresas e o governo para as surpresas e descontinuidades que vêem pela frente. O objetivo desta pesquisa é levantar percepções sobre fatores-chave que possam contribuir para uma melhor discussão acerca do posicionamento das empresas de autopeças nos próximos vinte e cinco anos. As informações levantadas servirão de subsídio para geração de cenários futuros e a formulação de estratégias para o Setor durante a Oficina Identificação de Oportunidades. Lideranças representadas neste relatório Perspectivas de lideranças da GM (gerente), FORD (diretor), FIAT (diretor), Delphi (diretor), BOSCH (vice-presidente), Magneti Marelli (presidente e diretor comercial), Associação Brasileira de Engenharia Automotiva - AEA (presidente), Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores ANFAVEA (vice-presidente), Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - CIESP (ex-presidente) e do consultor Luc de Ferran fazem parte deste relatório. Metodologia da pesquisa A equipe realizou pesquisa de campo por meio de entrevistas semiestruturadas, com perguntas abertas e agrupadas por temas. A duração de cada entrevista foi de aproximadamente quarenta minutos. As entrevistas

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