Tema da aula: QUESTÕES CONTROVERTIDAS SOBRE A APELAÇÃO, OS AGRAVOS E OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
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- Luca Walter Cortês de Figueiredo
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1 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL - LFG Artigos do Novo Civil (Lei nº /2015) relacionados ao tema da aula do dia 11 de junho de Tema da aula: QUESTÕES CONTROVERTIDAS SOBRE A APELAÇÃO, OS AGRAVOS E OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. A) DISPOSITIVOS COMUNS. Atribuições do relator. Juízo de admissibilidade do recurso. Incisos III a V. Possibilidade de negativa de provimento ou provimento monocrático caso haja súmula ou julgamento de casos repetitivos sobre a matéria. Artigo que substituirá o atual art. 557 do CPC/1973. Afirmação da força dos precedentes. Art Incumbe ao relator: III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; Antes de considerar o recurso inadmissível o relator deve conceder prazo de cinco dias para que o recorrente sane o vício. Art Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Verificação de questões importantes para o julgamento do recurso. Fato superveniente e questões cognoscíveis de ofício. Oitiva das partes no prazo de cinco. Art Se o relator constatar a ocorrência de fato superveniente à decisão recorrida ou a existência de questão apreciável de ofício ainda não examinada que devam ser considerados no julgamento do recurso, intimará as partes para que se manifestem no prazo de 5 (cinco) dias. 1º Se a constatação ocorrer durante a sessão de julgamento, esse será imediatamente suspenso a fim de que as partes se manifestem especificamente. 2º Se a constatação se der em vista dos autos, deverá o juiz que a solicitou encaminhálos ao relator, que tomará as providências previstas no caput e, em seguida, solicitará a inclusão do feito em pauta para prosseguimento do julgamento, com submissão integral da nova questão aos julgadores. Possibilidade de sustentação em caso de agravo interno.
2 Art Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art : 3º Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga. Possibilidade geral de conversão do julgamento em diligência para sanar nulidades e/ou produzir provas reputadas necessárias ao julgamento. Repetição (no que toca à baixa dos autos para sanar nulidades) do regime que consta do atual art. 514, 4º, do CPC/1973, cuja aplicabilidade aos recursos em geral já é reconhecida em doutrina. Art A questão preliminar suscitada no julgamento será decidida antes do mérito, deste não se conhecendo caso seja incompatível com a decisão. 1º Constatada a ocorrência de vício sanável, inclusive aquele que possa ser conhecido de ofício, o relator determinará a realização ou a renovação do ato processual, no próprio tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, intimadas as partes. 2º Cumprida a diligência de que trata o 1º, o relator, sempre que possível, prosseguirá no julgamento do recurso. 3º Reconhecida a necessidade de produção de prova, o relator converterá o julgamento em diligência, que se realizará no tribunal ou em primeiro grau de jurisdição, decidindo-se o recurso após a conclusão da instrução. 4º Quando não determinadas pelo relator, as providências indicadas nos 1º e 3º poderão ser determinadas pelo órgão competente para julgamento do recurso. Apelação. Julgamento não unânime. Nova sessão com novos julgadores em número suficiente para possibilitar a inversão do resultado inicial. Art Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores. 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado. 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do prosseguimento do julgamento. 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não unânime proferido em: I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito. 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento: I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas; II - da remessa necessária; III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial. Julgamento de recursos e causas de competência originária que não admitem sustentação oral. Meio eletrônico. Art A critério do órgão julgador, o julgamento dos recursos e dos processos de competência originária que não admitem sustentação oral poderá realizar-se por meio eletrônico. 1º O relator cientificará as partes, pelo Diário da Justiça, de que o julgamento se fará por meio eletrônico. 2º Qualquer das partes poderá, no prazo de 5 (cinco) dias, apresentar memoriais ou discordância do julgamento por meio eletrônico.
3 3º A discordância não necessita de motivação, sendo apta a determinar o julgamento em sessão presencial. 4º Caso surja alguma divergência entre os integrantes do órgão julgador durante o julgamento eletrônico, este ficará imediatamente suspenso, devendo a causa ser apreciada em sessão presencial. Fim dos embargos infringentes (suprido pela previsão do art. 994 do Novo Código de Processo Civil) e do agravo retido. Criação do agravo em recurso especial ou extraordinário. Art São cabíveis os seguintes recursos: I - apelação; II - agravo de instrumento; III - agravo interno; IV - embargos de declaração; V - recurso ordinário; VI - recurso especial; VII - recurso extraordinário; VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário; IX - embargos de divergência. B) APELAÇÃO. Com o fim do agravo retido, as decisões que não comportarem agravo na forma instrumental ficam ressalvadas quanto à preclusão, devendo ser suscitadas no bojo da apelação (ou contrarrazões). Art Da sentença cabe apelação. 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. 2º Se as questões referidas no 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas. 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art integrarem capítulo da sentença. Reproduz-se o texto do atual art. 515, 1º, do CPC/1973, com a ressalva de que só são devolvidas as matérias relativas ao capítulo impugnado. Art A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado. Teoria da causa madura. Extensão a hipóteses antes não previstas, porém já defendidas em doutrina. Exceção ao duplo grau de jurisdição. Art º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando: I - reformar sentença fundada no art. 485; II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo; IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação. 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
4 A apelação deverá ser interposta no juízo a quo e remetido ao juízo ad quem, independentemente de realização do juízo de admissibilidade. Art A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. 3º Após as formalidades previstas nos 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade. C) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Agravo de instrumento passa a ser cabível apenas em hipóteses previamente enumeradas, tendo sido mantido o cabimento nas hipóteses previstas especificamente em outras leis. Art Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre: I - tutelas provisórias; II - mérito do processo; III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; VI - exibição ou posse de documento ou coisa; VII - exclusão de litisconsorte; VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, 1º; XII - (VETADO); XIII - outros casos expressamente referidos em lei. Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário. Peças obrigatórias. Possibilidade de juntada de outro documento oficial que demonstre a tempestividade. Mudança que atende à instrumentalidade das formas, uma vez que considera suprida a exigência caso a finalidade do dispositivo seja atendida com a juntada de outro documento oficial. Previsão de juntada de certidão que atesta ausência de documentos obrigatórios nos autos. Art A petição de agravo de instrumento será instruída: I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado; II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis. Peça obrigatória. Necessidade de intimação para suprimento de eventuais faltas. Dispositivo que mitigará, sobremaneira, o excessivo formalismo dos tribunais quanto à admissibilidade do agravo de instrumento, tornando o respectivo procedimento mais voltado ao efetivo julgamento do mérito recursal.
5 Art º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único O agravante terá a faculdade de requerer a juntada de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que o instruíram nos autos. Mantida a obrigatoriedade dessa medida se os autos não forem eletrônicos, como no art. 526 do CPC/1973. Art O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso. 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento. 3º O descumprimento da exigência de que trata o 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento. D) AGRAVO INTERNO, QUE PASSA A SER OBJETO DE CAPÍTULO ESPECÍFICO. Hipótese de cabimento. Todas as decisões monocráticas. Princípio da colegialidade das decisões. Art Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. Agravo Interno será apresentado diretamente em mesa para julgamento, caso não haja retratação da decisão monocrática pelo Relator. Art º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. E) EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Cabimento de E.D. contra qualquer decisão judicial. Especificação de omissão. Art Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, 1º.
6 Admitido expressamente o cabimento de Embargos de Declaração para correção de erro material. Dispositivo que se afina com entendimento já defendido em doutrina. Art III corrigir erro material; Efeito modificativo dos Embargos de Declaração dependem de vista ao embargado. Passa-se a ter previsão expressa de contrarrazões aos embargos de declaração. Art º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada. Obrigatoriedade de inclusão em pauta caso os embargos não sejam julgados na sessão subsequente. Art O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. Dispositivo que prevê expressamente que os embargos opostos contra decisão do relator serão julgados monocraticamente. Art º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidilos-á monocraticamente. Positivação do prequestionamento ficto. Facilitação do acesso às instâncias superiores. Encampação do entendimento cristalizado no Enunciado 356 da Súmula do STF, entendimento este contrário ao Enunciado 211 da Súmula do STJ. Art Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade. Previsão expressa de que os embargos declaratórios não possuirão efeito suspensivo. Art Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso. Possibilidade de atribuição de efeito suspensivo aos embargos declaratórios. Art º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
7 Necessidade de ratificação do recurso anteriormente interposto em caso de alteração da conclusão do julgado anterior. Dispositivo que encampa o entendimento cristalizado no Enunciado 418 da Súmula do STJ. Art º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação. Previsão de multa em caso de embargos manifestamente protelatórios e de aumento do valor se houver reiteração. Art º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa. 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final. Vedação à oposição de novos embargos de declaração caso os dois anteriores tenham sido considerados meramente protelatórios Art º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
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