Teorias do Lazer. Pedro Athayde 20/04/2017
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- Sérgio de Sequeira Regueira
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1 Teorias do Lazer Pedro Athayde 20/04/2017
2 Relembrar... Atividades de lazer: São atividades culturais, englobando diversos interesses humanos, suas diversas linguagens e manifestações; Podem ser efetuadas no tempo livre das obrigações e das necessidades fisiológicas; São buscadas em vista do prazer que possibitam, embora o prazer não seja exclusividade delas e nem sempre ocorra.
3 Lazer: Conceitos e Significados.
4 Referências BRAMANTE, A. C. Lazer: concepções e significados. Licere, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 9-17, MARCELLINO, N. C. Lazer: concepções e significados. Licere, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p , 1998.
5 Informações introdutórias sobre o Lazer Tornou-se, sobretudo a partir da década de 1950, um amplo campo de estudos, pesquisas e aplicação/intervenção. É um tema abordado por inúmeros autores nacionais e estrangeiros e diferentes áreas de conhecimento: filosofia, história, antropologia, sociologia, psicologia, geografia, etc. Marco inicial da produção de conhecimento sobre o assunto: Lazer Operário, de Acácio Ferreira, publicada em 1959.
6 Informações introdutórias sobre o Lazer Influências europeias nas décadas de 70/80 no campo da sociologia e norte-americanas na década de 90 no campo da psicologia. Pluralidade de conceitos elaborados por autores de diferentes matizes ideológicas. Falta de consenso sobre os conceitos de Lazer. Unidade a respeito do conjunto de características relacionadas a vivência do lúdico.
7 Joffre Dumazedier, 1976; 1980 Sociólogo francês que mais teve influência no Brasil nos estudos do lazer. Tornou-se referência de várias instituições, estudiosos e educadores. Dentre elas o Celazer em São Paulo em O lazer tem três Ds como funções principais: Descanso Diversão Desenvolvimento
8 Joffre Dumazedier, 1976; 1980 Conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais.
9 Antônio Carlos BRAMANTE, 1998 "O lazer se traduz por uma dimensão privilegiada da expressão humana de um tempo conquistado, materializada através de uma experiência pessoal criativa, de prazer e que não se repete no tempo/espaço, cujo eixo principal é a ludicidade. Ela é enriquecida pelo seu potencial sociabilizador e determinada, predominantemente, por uma grande motivação intrínseca e realizada dentro de um contexto marcado pela percepção de liberdade. É feita por amor, pode transcender a existência e, muitas vezes, chega a aproximar-se de um ato de fé. Sua vivência está relacionada diretamente às oportunidades de acesso aos bens culturais, os quais são determinados, via de regra, por fatores sócio-político-econômico e influenciados por fatores ambientais."
10 Antônio Carlos BRAMANTE, 1998 O lazer se traduz por uma dimensão privilegiada da expressão humana de um tempo conquistado... Instrumentalização do tempo e a transformação das atividades recreativas em mercadoria. O tempo se torna uma mercadoria de luxo e o tempo de não-trabalho um momento importante para uma vivência da essência humana. A conquista de um tempo livre das obrigações tornase importante para aqueles que buscam uma vida plena.
11 Antônio Carlos BRAMANTE, materializada através de uma experiência pessoal criativa, de prazer e que não se repete no tempo/espaço, cujo eixo principal é a ludicidade. O autor opta pelo termo experiência para o lazer e atividade para a recreação. A partir da influência dos estudos da psicologia norte-americana novos atributos foram incorporados à conceituação do lazer, dentre eles o caráter atitudinal do indivíduo, relacionado à criatividade e prazer. O lazer é uma experiência marcada temporal e espacialmente e, portanto, sempre nova. A ludicidade enquanto eixo principal da experiência de lazer e uma das poucas unanimidades entre os autores.
12 Tempo Lazer Atividade ou Atitude Dimensão subjetiva e atitudinal, que se expressa na criatividade e prazer.
13 Antônio Carlos BRAMANTE, 1998 Ela é enriquecida pelo seu potencial sociabilizador e determinada, predominantemente, por uma grande motivação intrínseca e realizada dentro de um contexto marcado pela percepção de liberdade. É uma abordagem psicossocial do lazer, que leva em consideração as relações entre o indivíduo (motivação intrínseca e percepção de liberdade) e o ambiente (potencial socializador). Há o potencial socializador do Lazer e os agentes de socializadores do Lazer (escolas, famílias, pares, mídia etc.). Quanto menor a rigidez das finalidades estabelecidas, voltada para satisfação interna e sob o controle pessoal, melhor seria a experiência de lazer.
14 Dimensões conceito de Lazer Social Tempo Ambiente Individual Atitude Criatividade Prazer/Satisfação Motivação Liberdade
15 Antônio Carlos BRAMANTE, 1998 É feita por amor, pode transcender a existência e, muitas vezes, chega a aproximar-se de um ato de fé. A ideia de que o envolvimento pleno numa experiência de lazer se faz por amor, ou seja, agimos como amador de maneira desinteressada e sem a busca uma recompensa extrínseca. A melhoria em termos quantitativos e qualitativos das experiências de lazer nos levaria a um desprendimento do tempo e do espaço e nos conduzindo a uma dimensão indescritível da experiência humana. Lazer como profissão de fé e lazer comprometido.
16 Antônio Carlos BRAMANTE, 1998 Sua vivência está relacionada diretamente às oportunidades de acesso aos bens culturais... O profissional que trabalha com o lazer deve ter uma atitude revolucionária no sentido de ampliar a base de experiências diversificadas dentro dos mais variados conteúdos culturais do lazer. Se contrapondo a uma experiência limitada, superficial ou funcionalista do lazer.
17 Antônio Carlos BRAMANTE, os quais são determinados, via de regra, por fatores sócio-político-econômico e influenciados por fatores ambientais. Tais fatores limitam o acesso e a qualidade da experiência de lazer. Frente a desigualdade social e econômica brasileira, esperar por experiência de lazer que promova o seu desenvolvimento social e como indivíduo é quase uma utopia. Ao mesmo tempo, as reflexos sobre determinados elementos da experiência de lazer se fazem ausentes. A gratuidade do lazer não pode ser confundida com espontaneismo na sua concepção e administração.
18 Nelson Carvalho MARCELLINO, 1987 Cultura vivenciada (praticada ou fruída) no tempo disponível. O traço definidor é o caráter desinteressado desta vivência. Não se busca, fundamentalmente outra recompensa além da satisfação provocada pela situação. A disponibilidade de tempo significa possibilidade de opção pela atividade prática ou contemplativa.
19 Nelson Carvalho MARCELLINO, 1998 Entendimentos de lazer, cultura e educação. Relações entre lazer, cultura e educação Não defesa do lazer, cultura e educação como estão. Não propõe um novo sistema, mas uma nova ordem moral e cultural. Ocorrência do anti-lazer
20 Cultura Crítica o entendimento sobre cultura limitado a seu produto ou manifestação. Cultura envolve tanto o produto, quanto o processo de produção. A atividade cultural humana está vinculada à construção de significados que dão sentido a sua existência.
21 Educação Crítica ao conjunto de adjetivos colados ao termo educação para caracterizar diferentes processos educativos. Distinção entre educação sistemática e assistemática. Entendimento de que a educação envolve toda relação pedagógica, que inclusive pode ocorrer no Lazer.
22 Lazer Contraponto entre situações ideais e a condição concreta gera entendimentos polêmicos. O lazer não pode ser entendido em si mesmo de forma isolada. Para o autor, é impossível entender as questões do lazer separadas das questões do trabalho.
23 Lazer O lazer como cultura vivenciada nas condições reais de uma sociedade urbano-industrial (da forma como ele é, mas não da forma como deveria ser); O lazer como uma construção histórica e dialética de onde pode emergir valores questionadores da sociedade, mas que, ao mesmo tempo, sofre influências da estrutura social vigente; O lazer como um tempo e espaço privilegiado de vivência de valores que contribuam para mudanças de ordem moral e cultural; O lazer como portador de um duplo processo educativo: veículo e objeto de educação e, também, de desenvolvimento pessoal e social.
24 Lazer Políticas setoriais, porém integradas. Plano Cultural Educação Proc. Educativos
25 Não defesa da escola, do lazer/cultura e dos processos educativos da forma como se apresentam na sociedade. Ao mesmo tempo, o autor não acredita na construção de liberdade e soluções individuais ou de pequenos grupos por dentro do atual sistema.
26 Atuação no Plano Cultural Reforma moral e cultural Nova ordem social
27 Anti-lazer É o lazer como mercadoria. Lazer como entretenimento e diversão, apenas para distrair e/ou desviar a atenção. Atividade de consumo exacerbado como ilusão de escolha e participação. Estimula-se uma visão funcionalista do lazer, que prega a manutenção da ordem estabelecida, sendo o lazer apenas uma válvula de escape dos problemas engendrados por essa mesma ordem social vigente.
28 Versões Funcionalistas Romântica Compensatória Moralista Utilitarista
29 O Lazer como um canal possível no plano cultural Uma nova pedagogia Vinculada a uma perspectiva de transformação da sociedade Reconhecer a interdependência entre Lazer, Cultura e Educação A alegria como denúncia e anúncio, Rubem Alves. Políticas Públicas Setoriais Não apenas para difusão cultural, mas também como espaço de participação e criação culturais.
30 Se as coisas são inatingíveis...ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora... A presença das estrelas! Mario Quintana FIM Muito obrigado!
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