A EXECUÇÃO NAS OPERAÇÕES DE ADIANTAMENTO SOBRE CONTRATO DE CÂMBIO

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1 INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA LLM DIREITO DE MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS COMISSÃO DE MONOGRAFIA JURÍDICA A EXECUÇÃO NAS OPERAÇÕES DE ADIANTAMENTO SOBRE CONTRATO DE CÂMBIO EDUARDO DE MAYO F. CAIRES SÃO PAULO JANEIRO/2011

2 INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA LLM DIREITO DE MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS COMISSÃO DE MONOGRAFIA JURÍDICA A EXECUÇÃO NAS OPERAÇÕES DE ADIANTAMENTO SOBRE CONTRATO DE CÂMBIO EDUARDO DE MAYO F. CAIRES MONOGRAFIA APRESENTADA COMO EXIGÊNCIA PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DO CURSO LLM DIREITO DE MERCADO FINANCEIRO E DE CAPITAIS, SOB A ORIENTAÇÃO DO DR. IVO WAISBERG. SÃO PAULO JANEIRO/2011

3 Autor do Trabalho: Eduardo de Mayo Fernandes Caires. Título do Trabalho: A execução nas operações de adiantamento sobre contrato de câmbio. Mercado Financeiro e de Capitais - Processo Civil. O presente trabalho foi examinado, nesta data, pela Banca Examinadora composta dos seguintes membros: Dr. Ivo Waisberg Orientador Dr. (***) Convidado Dr.(ª) Prof.(ª) Indicado(a) pela Faculdade MÉDIA:. São Paulo: / / 2010.

4 RESUMO Aborda o conceito de câmbio e contrato, para a compreensão do instrumento de contrato de câmbio, e algumas das regulações sobre ele incidentes, impostas pela autoridade monetária em razão do interesse público que envolve o tema. Estabelece a operação de adiantamento sobre contrato de câmbio, com todas as peculiaridades que a envolve e que estão previstas no ordenamento regulatório vigente. Relata a diferença de posicionamento doutrinário sobre a correta classificação do instrumento, a não incidência do microssistema consumerista e a não caracterização do instrumento como contrato de adesão. Expõe e classifica as principais garantias utilizadas no ordenamento jurídico pátrio, sempre com vistas a restringir o tema às operações de ACC. Conclui com breves considerações sobre os requisitos básicos do processo de execução, e a sua respectiva propositura lastreada na pluralidade de títulos extrajudiciais, com a defesa da cláusula de eleição de foro constante dos instrumentos, o momento em que se deve efetuar a conversão da moeda estrangeira para a de curso forçado no País, e o impacto destes entendimentos para o mercado financeiro dentro deste segmento.

5 ABSTRACT Discusses the concept of exchange and contract, for the understanding of the exchange contract, and some of the laws on these contracts, imposed by the monetary authority on grounds of public interest surrounding the issue. Sets the ACC, with all the peculiarities that involves and are under current regulatory planning. Reports the difference in doctrinal position on the proper classification of the instrument, not the incidence of micro-consumerist and no characterization of the instrument as a contract of adhesion. Exposes and classifies the main guarantees used in Brazilian law, always aiming to restrict the topic to the operations of ACC. We conclude with some brief remarks on the basic requirements of the enforcement action, and their respective plurality of bringing backed securities executions, with the defense of choice of forum clause contained in the instruments, the correct moment to convert the currencies, and the impact of these understandings for the financial market within this segment.

6 5 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 Fluxograma do ACC... 23

7 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO METODOLOGIA CAPÍTULO I - DO ADIANTAMENTO EFETUADO SOBRE CONTRATO DE CÂMBIO Disposições gerais O Contrato de câmbio O adiantamento efetuado sobre contrato de câmbio Conceito ACC: contrato de mútuo ou elemento do contrato de câmbio originário? Possibilidade de aditamento Obrigatoriedade de averbação do valor adiantado Juros Prazos Tributação Liquidação Base normativa Da finalidade do ACC Da validade da estipulação do pagamento em moeda estrangeira pelo seu equivalente em moeda corrente nacional A obrigatoriedade de baixa do ACC junto ao BACEN no caso de inadimplência do exportador Da inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e da não caracterização do instrumento de ACC como instrumento de adesão Da não incidência do microssistema consumerista Da não caracterização do ACC como instrumento de adesão CAPÍTULO II - GARANTIAS DE OPERAÇÃO DE CRÉDITO Considerações gerais Garantias pessoais Fiança Das diversas relações existentes dentro da fiança e do benefício de ordem Aval

8 7 2.3 Garantias reais Cambiais Da nota promissória e suas principais características Literalidade Autonomia Cartularidade Circulação Do aval na nota promissória Requisitos legais Da emissão da nota promissória em moeda estrangeira e da ausência de necessidade de protesto do ACC que a originou e da não obrigatoriedade de circulação do título Da validade da nota promissória emitida em moeda estrangeira Da ausência de necessidade de protesto do ACC como pressuposto da executividade da nota promissória que assegura o seu cumprimento Da ausência de necessidade de circulação da nota promissória Conclusão Do penhor Do penhor sobre direitos Do penhor de títulos de crédito Da hipoteca Da garantia fiduciária Conclusão CAPÍTULO III DA EXECUÇÃO Considerações iniciais Pressupostos do início da ação de execução Da execução lastreada em pluralidade de títulos Da validade da cláusula de eleição de foro A não incidência do CDC, ausência de contrato de adesão e a impossibilidade de deslocamento de foro eleito A não incidência do CDC A não caracterização de contrato de adesão Conclusão

9 8 3.5 Da conversão da moeda estrangeira para a moeda corrente nacional O recebimento judicial do ACC, a concessão de crédito no segmento e o impacto deste entendimento para o mercado financeiro REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

10 9 INTRODUÇÃO Nos últimos anos, houve considerável aporte de capital estrangeiro no mercado interno brasileiro, inclusive na forma de investimento em diversos setores, sob as mais variadas formas. Neste contexto, as operações de adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC) tem se tornado um importante meio de fomento às exportações brasileiras, ao possibilitar que empresas nacionais recebam em moeda corrente nacional, o equivalente às mercadorias que ainda serão vendidas para o exterior. Somente após a realização da venda de mercadorias para o exterior, é que a empresa liquida o adiantamento efetuado pela instituição financeira autorizada a operar com câmbio pelo Banco Central do Brasil, entregando, a esta instituição financeira, a moeda do país do importador (responsável pelo pagamento da mercadoria). A doutrina muito debateu a respeito da classificação do ACC, a qual é defendida por alguns, dentre eles Haroldo Malheiros Duclerc Verçosa, por exemplo, como sendo verdadeiro contrato de mútuo, empréstimo de dinheiro. Por outro lado, doutrinadores como Fábio Konder Comparato, Marcelo M. Bertoldi e Angelina Mariz de Oliveira defendem que a natureza jurídica do ACC indica ser este apenas um elemento do contrato de câmbio, isto é, continuidade do negócio jurídico desencadeado por este contrato, por envolver a aquisição a crédito de moeda estrangeira. Independentemente desta discussão doutrinária, não se pode perder de vista o fato de que o ACC vincula-se estrita e diretamente ao contrato de câmbio, sem o qual não existiria. E como toda relação contratual que envolve pagamento (antecipado ou não) de valores, diversas são as garantias utilizadas no intuito de resguardar e assegurar o cumprimento desta obrigação. Dentre os institutos mais utilizados como garantia ao cumprimento do adiantamento efetuado sobre contrato de câmbio, encontram-se as cambiais (em especial a nota promissória), o penhor mercantil inclusive tendo como objeto do penhor as mercadorias produzidas pelo exportador, e diversos outros instrumentos contratuais especificando as mais variadas formas de garantias. Outro momento que merece consideração nesta relação contratual, é o de sua liquidação. Não raro, empresas exportadoras se deparam com a situação de ter de liquidar

11 10 estes ACC s, sem que possuam a moeda estrangeira objeto do pagamento às instituições financeiras. O momento mais notório deste quadro de inadimplência surgiu em seguida à recente crise financeira global. Diante de tal situação, isto é, deparando-se com a inadimplência no cumprimento da obrigação assumida pelo exportador, em relação ao qual a respectiva instituição financeira antecipou o pagamento decorrente do contrato de câmbio, resta-lhe a opção de promover a execução judicial dos títulos detidos, como forma de satisfazer seu crédito. Sob o ponto de vista da eficácia executiva, por outro lado, deverá o credor optar pelo ajuizamento da ação de execução com base em um dos títulos de crédito extrajudiciais que possui, ou em mais de um deles. Dentre eles, se destaca a nota promissória, pois, atendidos os requisitos exigidos pela Lei Uniforme, dispensa a realização de protesto como condição do ajuizamento da ação a comento (diferentemente do contrato de câmbio em decorrência do qual foi emitida), e pode ser acompanhada de algum outro instrumento de garantia. Entretanto, as cambiais (nota promissória), geralmente são emitidas em moeda estrangeira, isto é, na moeda corrente do país importador, e necessariamente devem conter a ressalva de pagamento em moeda corrente nacional assim como contrato de câmbio a que está atrelada, sob pena de nulidade. Neste ponto surge a questão cuja resposta a doutrina vagamente logrou êxito em oferecer, e a jurisprudência, em especial do Superior Tribunal de Justiça, pretendeu se firmar, qual seja, se a conversão, para fins de execução, da moeda estrangeira para a doméstica deve ser efetuada na data do vencimento do contrato de câmbio, da propositura da ação, ou da liquidação da obrigação.

12 11 METODOLOGIA Usaremos, para o desenvolvimento deste estudo, a pesquisa bibliográfica, jurisprudências, legislações e revistas especializadas, onde procuraremos selecionar material concernente ao tema em questão. As obras que servirão de base para a confecção do presente trabalho se submeterão ora a uma análise temática, ora a uma análise interpretativa, para que possamos desmembrar o assunto de forma didática, possibilitando um maior e melhor conhecimento do mesmo. Os métodos de pesquisa predominantemente utilizados serão: o método dedutivo, que é o processo mental por intermédio do qual, partindo de dados genéricos existentes e já previamente aceitos, extraímos os outros, que de forma lógica e coerente nos levam a uma consequente conclusão de caráter específico; o método analítico, a partir do qual se desenvolve a análise textual e temática dos dados, para se alcançar interpretação clara e objetiva; e o método comparativo, em que se compara fontes, legislações alienígenas e as possíveis formas jurídicas de solução do problema. O procedimento para coleta dos dados iniciou-se com pesquisas bibliográficas, doutrinárias, nos textos de revistas especializadas e artigos publicados em diversos meios de comunicação e na legislação. Posteriormente os dados coletados serão avaliados, analisados, interpretados e em seguida será elaborada a redação final do texto.

13 12 CAPÍTULO I DO ADIANTAMENTO EFETUADO SOBRE CONTRATO DE CÂMBIO 1.1 Disposições gerais Inicialmente, serão feitas breves considerações sobre o conceito de câmbio e das operações que o envolvem (contrato de câmbio), para que seja possível uma correta análise das operações de adiantamento efetuadas sobre esta modalidade contratual efetuada em seguida, através das principais posições doutrinárias, e algumas divergências de posicionamento quanto à classificação mais adequada a este tipo de orientação. Em seguida, será apresentada a legislação que rege a operação de adiantamento sobre contrato de câmbio sua natureza jurídica a qual se tratar de operação regulamentada pelo Poder Público, e como deve ser procedida sua baixa. Estabelecidas estas premissas, serão expostos os requisitos exigidos para que a operação a comento posse ser considerada válida, buscando sempre a possibilidade de comparação com o entendimento doutrinário, e o posicionamento jurisprudencial. Por fim, será tratada de forma breve a não incidência do microssistema consumerista à esta modalidade contratual, e a não caracterização de contrato de adesão. 1.2 O contrato de câmbio Para que se possa abordar o tema relativo às operações de adiantamento efetuado sobre contrato de câmbio 1, mostra-se necessário o estabelecimento do conceito deste 1 VERÇOSA. Haroldo Malheiros Duclerc. O contrato de Câmbio. (in) Revista de Direito Mercantil, Industrial, Econômico e Financeiro. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, abr./jun v. 42, p. 24. Ao apresentar o significado etimológico da expressão câmbio, Haroldo Malheiros Duclerc Verçosa afirma que ( ) ela tem origem no latim cambium, que significava originariamente permute ou troca de coisas entre si. Nas línguas neolatinas e no idioma ingles vemos a derivação do termo nas palavras cambio, scambio, escambo, change, exchange, algumas delas com a mesma grafia em línguas diversas. No alemão encontramos os termos der Umtausch, der Geldwechsel e die Valuta., em palestra proferida em no curso sobre Obrigações e Contratos, patrocinado pela Associação dos Advogados de São Paulo. De Plácido e Silva, por sua vez, define câmbio da seguinte forma: Tomado no sentido que lhe empresta a derivação latina (cambium, do verbo cambire), câmbio quer significar toda convenção, que se firma na troca ou permuta de certa coisa por outra. Mas, em princípio, no sentido que lhe é dado na terminologia jurídica e financeira, possui a própria significação de

14 13 instrumento contratual, pois o adiantamento sobre ele assemelha mais ao conceito de elemento do contrato de câmbio originário, do que ao conceito de contrato de mútuo puro e simples. Ao definir o vocábulo contrato, De Plácido e Silva afirma que o termo é: Derivado do latim contractus, de contrahere, possui o sentido de ajuste, convenção, pacto, transação. Expressa, assim, a idéia do ajuste, da convenção, do pacto ou da transação firmada ou acordada entre duas ou mais para um fim qualquer, ou seja, adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direitos. O contrato, pois, ocorre quando as partes contratantes, reciprocamente, ou uma delas assume a obrigação de dar, fazer ou não fazer alguma coisa. 2 O eminente jurista Jairo Sadi, em sua obra A Natureza Econômica do Contrato Bancário, partilhando de entendimento semelhante, destaca que o conceito de contrato, sob o ponto de vista jurídico, não encontra definição adequada nos códigos de direito privado: (...) Do ponto de vista jurídico, como lembra a Prof. Rachel Sztajn, (...) como o ordenamento brasileiro não oferece, em nenhum dos códigos de direito privado, conceito de contrato, a doutrina tende a apoiar-se na definição desse negócio jurídico, na regra do art do códice civile que define contrato como o acordo entre duas ou mais pessoas destinado a constituir, modificar ou extinguir uma relação jurídica de conteúdo patrimonial. Fundamental no contrato é o acordo das partes sobre uma relação de conteúdo patrimonial, elemento que aparta o contrato em face de outros negócios jurídicos em que há, também, acordos. Assim é que Vincenzo Roppo afirma que o contrato é a única relação jurídica que se assenta na patrimonialidade e que a vocação do contrato para atuar nesse campo decorre de suas funções principais: transferir ou adquirir a propriedade e criar obrigações de conteúdo ou caráter patrimonial.. 3 cambio italiano, que, assim, se aplica para indicar a operação, em virtude da qual se adquire, se troca ou se compra a moeda de um país por outra em curso na praça, em que a operação ocorre, para remetê-lo ao local, onde dela se precisa., (in) Vocabulário jurídico. Rio de Janeiro: Forense, ed. p. 538; 2 Op. cit., vol. I, p. 549/550; 3 SADI, Jairo. A natureza econômica do contrato bancário. (in) WAISBERG, Ivo; FONTES, Marco Rolim Fernandes (coord.). Contratos Bancários. São Paulo: Editora Quartier Latin, p. 34/35;

15 14 Tomando por base a definição do conceito estrutural de contrato trazido pelo art do Código Civil Italiano, Haroldo M. D. Verçosa ressalta os seguintes elementos do instituto: Desta definição tiram-se os seguintes elementos do instituto, cumulativa e necessariamente considerados: (i) acordo de vontades; (ii) entre duas ou mais partes; (iii) com a finalidade tríplice (alternativa ou cumulativamente em parte) de constituir (dar nascimento), regular ou extinguir uma relação jurídica; e (iv) relação jurídica que se caracteriza como de natureza patrimonial. 4 Por se tratar de negócio jurídico, a legislação civil (art. 104, incisos I, II e III) condiciona sua validade aos seguintes pressupostos: agente capaz (inciso I); objeto lícito, possível, determinado ou determinável (inciso II); forma prescrita ou não defesa em lei (inciso III). Presentes estes pressupostos e o livre consentimento das partes, regular será considerado o respectivo instrumento. A utilidade destes conceitos e regras, mesmo que expostos de forma breve, facilita a compreensão, e forma a base de toda e qualquer relação contratual, até mesmo as que envolvem operações de câmbio. Segundo Eduardo Salomão Neto, o conceito de operação de câmbio 5 possui algumas características, e pode ser resumido da seguinte forma: (...) os negócios de câmbio implicam a cessão de moeda estrangeira tendo por contrapartida o recebimento de moeda nacional. Trata-se portanto de negócio de alta relevância para as transações e fluxos de pagamentos internacionais. Assim, atraiu intensa regulamentação estatal, que se interessou pela matéria como forma de controle da economia e da balança de pagamentos do Brasil. É importante analisar 4 VERÇOSA, Haroldo Malheiros Duclerc. Contratos mercantis e a teoria geral dos contratos: o código civil de 2002 e a crise do contrato. São Paulo: Editora Quartier Latin, p. 72. O prof. Verçosa destaca ainda como elementos do contrato, o disposto no art do Cód. Civil Italiano, quais sejam: o acordo, a causa, o objeto e a forma; 5 Segundo Haroldo Malheiros Duclerc Verçosa, em seu artigo Contrato de câmbio, Uma operação de câmbio envolve a transferência da propriedade de moedas diversas e é nisso que reside sua essência, não sendo levados em conta diversos elementos que a tornam apenas mais complexa, segundo o grau de sofisticação técnica com que se realize no atendimento de negócios os mais diversos., isto é, o câmbio (...)se coloca no campo do contrato (...).. Op. cit., p. 26. Para Aramy Dornelles da Luz, Por operações de câmbio designa-se um conjunto de negócios jurídicos envolvendo a compra e venda de divisas, sua internação e remessa para o exterior. (...) O núcleo central das operações de câmbio é a compra e venda de moeda estrangeira, consistindo nos chamados contratos de câmbio., (in) Negócios jurídicos bancários: o banco múltiplo e seus contratos. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, p. 140;

16 15 se as negociações de moedas estrangeiras, com contrapartida em moeda nacional, configura atividade privativa de instituição financeira. 6 O contrato de câmbio, na condição de espécie de contrato de compra e venda mercantil que ocupa 7, encontra a seguinte definição no Título 1, Capítulo 3, Seção 1 do Regulamento Do Mercado De Câmbio E Capitais Internacionais ( RMCCI ): 1. Contrato de câmbio é o instrumento específico firmado entre o vendedor e o comprador de moeda estrangeira, no qual são estabelecidas as características e as condições sob as quais se realiza a operação de câmbio. Portanto, o contrato de câmbio formalizado como meio de fomento das exportações nacionais, que é o objeto, em parte, do presente estudo, encontra a seguinte definição nas lições de Eduardo Salomão Neto, ao citar o mestre Pontes de Miranda: Essa tese encontra larga aceitação doutrinária, pronunciando-se em seu favor (...) Pontes De Miranda (...) o câmbio de cruzeiros por dólares, francos, libras esterlinas, florins ou outra moeda estrangeira, ou vice-versa, é compra-e-venda, e não troca. (...) A jurisprudência inclina-se também por entendimento semelhante: O contrato de câmbio, in casu, nada mais é do que um contrato mercantil a termo ou, como se queira, a prazo. Como todo contrato, à sua perfectibilidade, concorrem três elementos ou pressupostos: res (divisas ou moedas estrangeiras); pretius (equivalência em moeda nacional); e consensus (convergência de vontades) 8 6 SALOMÃO NETO, Eduardo. Direito Bancário. São Paulo: Editora Atlas, p. 312; 7 BRASIL. Lei ordinária n. 4595, de 31 de dezembro de Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, 31dez, p (SUPLEMENTO). Art. 19. (...): VI - realizar, por conta própria, operações de compra e venda de moeda estrangeira e, por conta do Banco Central da República do Brasil, nas condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. ; 8 Op. cit., p. 318/319. Em seguida, o autor cita o voto do juiz Jorge Alcebíades Perrone de Oliveira, proferido nos Embargos Infringentes n.º ) Grupo Cível, Iraí, retirado da obra de Nelson Eizirik Instituições Financeiras e Mercado de Capitais Jurisprudência, p. 648, que muito esclarece sobre o tema: Venia concessa, embora ponderáveis opiniões em contrário, penso que o contrato de câmbio é espécie do contrato de compra e venda mercantil. Em primeiro lugar, porque assim o define a lei artigo 19, inc. VI, da Lei nº 4.595/64. Em segundo lugar, porque é de sua natureza. Com efeito, no contrato de câmbio, a instituição financeira adquire as divisas de um exportador, a serem entregues no vencimento estipulado na avença e se obriga a pagar-lhe o valor correspondente em moeda nacional. Estão presentes, desde logo, os requisitos dos artigos 191 e 197 do Cód. Com. As partes acordam sobre a coisa, preço e condições. Logo, o contrato está perfeito e acabado, no dizer do legislador de Incide, assim, a regra do art. 197 que torna o vendedor obrigado a cumprir a obrigação. (...) A sistemática nos contratos de câmbio é que o exportador, por meio de corretor ou não, tendo entabulado compra e venda internacional, quando for efetivar a exportação, procure o Banco para oferecer à venda a mercadoria as divisas provenientes dessa venda

17 16 Estabelecido o conceito de câmbio, e das operações que o envolvem, dentro do estudo ora proposto, resta analisar a questão relativa à necessidade de autorização a ser concedida as instituições financeiras, para que possam operar em câmbio. No ano de 1931, foi instituído o monopólio cambial no Brasil, isto é, por meio do Decreto n (posteriormente Decreto n /1933), o governo brasileiro era o único detentor de moedas estrangeiras, tornando-se ilegítima qualquer operação de câmbio realizado por estabelecimento bancário, não dotado de autorização para operar em câmbio 9. A extinção deste monopólio cambial ocorreu a partir de Alguns doutrinadores referem-se a esta época, como sendo o surgimento da necessidade de autorização, a ser concedida pelo Poder Público, para que os estabelecimentos bancários pudessem operar em câmbio. Neste sentido, a lei n /62, em seu artigo 23, prevê que as operações cambiais, no mercado de taxa livre, deverão ser efetuadas através de estabelecimentos autorizados a operar em câmbio, com a intervenção de corretor oficial nos casos em que a lei ou o regulamento assim o exigirem. E ambos, estabelecimentos autorizados a operar em câmbio e corretor oficial, respondem pela identidade do cliente e pela correta classificação das informações por este prestadas, de acordo com as normas fixadas pela autoridade monetária 11. internacional. À dos documentos e atento à credibilidade do cliente, o Banco adquire a moeda estrangeira, que o exportador receberá no futuro. Portanto, o objeto é a compra e venda da moeda procedente da venda internacional. O vendedor ainda não tem a mercadoria, mas obriga-se a entrega-la no futuro. O negócio anterior de compra e venda internacional e consequente exportação de mercadoria é estranho ao Banco. Ele é apenas a justificativa necessária, para a compra e venda de moeda; caso contrário, estar-se-ia a fazer um negócio de mútuo interno, com taxa de pagamento em dólares, o que é proibido pela legislação brasileira. Essa visão do contrato de câmbio como compra e venda sempre foi da tradição dos nossos comercialistas, desde autores citados pelo ora embargante como José da Silva Lisboa O Visconde de Cayru (Princípios de Direito Mercantil), passando por J. X. Carvalho de Mendonça, Waldemar Ferreira e Pontes de Miranda, como também Paulo de Lacerda (Revista de Direito, CXII, 237)., op. cit., p. 319; 9 No julgamento do REsp n MG, a relatora Ministra Nacy Andrighi ressaltou: Entretanto, o crescente intervencionismo estatal na nossa economia resultou no curso forçado da moeda, como forma de resguardar a estabilidade monetária interna e a própria soberania nacional. Foi assim que o Dec /33, em seu art. 1º, proibiu a estipulação de pagamentos em moeda estrangeira, regra essa mantida pelo art. 1º do DL 857/69 e pelo art. 1º da Lei /01 e, mais recentemente, pelos arts. 315 e 318 do CC/02, (in) Brasil. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n , do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Brasília, DF, 3 de setembro de 2009, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, Terceira Turma, DJe 25/09/2009. (in)

18 17 A exigência desta autorização, segundo afirma Aramy Dornelles da Luz, ocorre: (...) Em virtude de envolver alteração no balanço de pagamentos e na balança comercial dos países essas operações são controladas rigidamente pelas autoridades monetárias, através de regramento específico e estreita fiscalização. Só se realizam operações de câmbio oficialmente as pessoas jurídicas para esse fim autorizadas. No Brasil é o Banco Central o órgão incumbido de realizar as políticas para o setor (alínea d, inc. X, art. 10, Lei 4.595/64). 12 Dentre as instituições que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional, em especial as que exercem atividade principal ou acessória de coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros 13, poderá o Banco Central do Brasil ( BACEN ) 14, conceder autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio 15 a 10 MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio exterior. São Paulo: Editora Atlas, ed. p. 105; 11 BRASIL. Lei ordinária n , de 9 março de Diário Oficial da República Federativa do Brasil, DOFC, 27set, p Art. 23. As operações cambiais no mercado de taxa livre serão efetuadas através de estabelecimentos autorizados a operar em câmbio, com a intervenção de corretor oficial quando previsto em lei ou regulamento, respondendo ambos pela identidade do cliente, assim como pela correta classificação das informações por este prestadas, segundo normas fixadas (...). ; 12 Op. cit., p. 140; 13 Lei n de 31 de dezembro de 1964: Art. 17. Consideram-se instituições financeiras, para os efeitos da legislação em vigor, as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de terceiros. Parágrafo único. Para os efeitos desta lei e da legislação em vigor, equiparam-se às instituições financeiras as pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas neste artigo, de forma permanente ou eventual. ; 14 Lei n de 31 de dezembro de 1964: Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil: ( )X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: ( ) d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários; ( ). ; 15 SADDI, Jairo. Crise e regulação bancária: navegando em mares revoltos. São Paulo: Editora Textonovo, p. 26/27. A concessão destas autorizações, aliada à edição do RMCCI, assemelham-se ao conceito de regulação exercido pela autoridade monetária, regulação esta que, segundo conceito do Prof. Saddi: Vem a ser o processo de ordenação da atividade econômica, através da função legislativa estatal que tem como objetivo determinar a condutados agentes econômicos sob a inspiração de uma dada política econômica.. O Prof. Yazbek identifica uma regulação de condutas, que (...) é aquela que estabelece obrigações ou procedimentos para os agentes nas suas relações concretas, outorgando proteção aos diferentes tipos de clientes (conforme o grau de especialização destes) ou de contrapartes das instituições. Em tal modalidade são adotados, predominantemente, regimes prescritivos,

19 18 bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, bancos de câmbio, agências de fomento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio 16. Estabelecidos estas premissas, será analisada a seguir operação de adiantamento efetuada sobre este contrato de câmbio, em sua principais características. 1.3 O adiantamento efetuado sobre contrato de câmbio de exportação Conceito O adiantamento sobre contrato de câmbio 17 de exportação configura-se como sendo uma antecipação, por parte da instituição financeira contratada, do valor em moeda nacional ao exportador, em quantia equivalente à moeda estrangeira correspondente ao valor da exportação que será efetuada 18. autorizando ou proibindo determinadas práticas ou determinando procedimentos (Köndgen, 1998, p. 127).. (in) YAZBEK, Otávio. Regulação do Mercado financeiro e de capitais. Rio de Janeiro: Elsevier, ed. p. 193; 16 RMCCI, Título 1, Capítulo 2: 1. As autorizações para a prática de operações no mercado de câmbio podem ser concedidas pelo Banco Central do Brasil a bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de investimento, bancos de desenvolvimento, bancos de câmbio, agências de fomento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários e sociedades corretoras de câmbio. (NR), instituído pela Resolução n.º 3.280, Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DOU 14mar., PAG Até a presente data o RMCCI sofreu 36 alterações, sendo a última delas em A íntegra do Regulamento encontra-se disponível no site do BACEN: acessado em ; 17 Ao conceituar esta operação, Aramy Dornelles da Luz, em sua obra Negócios jurídicos bancários: o banco múltiplo e seus contratos, expõe o seguinte: O adiantamento sobre contrato de câmbio configura-se juridicamente como uma antecipação parcial do preço. (...) O fundamento que respalda a prática do adiantamento sobre o contrato foi encontrado no art. 218 do C. Com. Que assim estabelece: Art O dinheiro adiantado antes da entrega da coisa vendida entende-se ter sido por conta do preço principal, e para maior firmeza da compra, e nunca como condição suspensiva da conclusão do contrato; sem que seja permitido o arrependimento, nem de parte do comprador, sujeitando-se a perder a quantia adiantada, nem da parte do vendedor, restituindo-a, ainda mesmo que o que se arrepender se ofereça a pagar outro tanto do que houver pago ou recebido; salvo se assim for ajustado entre ambos como pena convencional do que se arrepender (art. 128)., p. 148; 18 O ACC, especificamente (excluída a relação de captação do valor adiantado pela instituição financeira junto a comunidade financeira internacional), se enquadra no conceito de operação bancária fundamental (típica), utilizado pelo Prof. Yazbek, e de natureza ativa, pois a

20 19 Os bancos utilizam recursos captados 19 junto à comunidade financeira internacional na concessão deste adiantamento, isto é, os valores objeto do adiantamento advêm de empréstimos externos contraídos junto à comunidade financeira internacional 20. Sobre este tipo de operação, o col. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo destaca que: Este é um contrato especialíssimo, com características próprias e regido por legislação também especial. 21 E segundo Douglas S. Hartung, o ACC apresenta-se como importe meio de fomento às exportações, tendo em vista seu baixo custo em relação ao financiamento: É a mais tradicional operação de financiamento ao exportador que temos no mercado de câmbio. O ACC consiste na antecipação da entrega de reais, do valor correspondente à exportação, ao exportador, previamente ao embarque da mercadoria. É uma modalidade de financiamento do processo produtivo do exportador, com recursos relativamente baratos, com a finalidade principal de incentivar a exportação e torna-la mais competitiva, uma vez que os juros do financiamento são os praticados pelo mercado internacional, com um pequeno acréscimo. 22 Em razão da ausência de permissão para que possa operar com câmbio, o exportador deve contratá-lo, repassando a instituição financeira o direito de recebimento destes valores quando do embarque e/ ou recebimento das mercadorias, isto é, após o (...) instituição de certa forma, se torna credora do exportador, após a concessão do adiantamento por este solicitado. Op. cit., p. 71.; 19 HARTUNG, Douglas S.. Negócios internacionais. Rio de Janeiro: Qualitymark, p Segundo afirma o Prof. Hartung: A oferta de ACC varia conforme a disponibilidade de linhas captadas pelos bancos. Existem várias formas de captação. Time Deposit, Eurobonus, Empréstimos e etc. ; 20 VIEIRA, Aquiles. Teoria e prática cambial: exportação e importação. São Paulo: Aduaneiras, ª ed., p. 145; 21 Brasil. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Apelação n , 2ª Câmara do Primeiro Tribunal de Alçada Civil, São Paulo, SP, 11 de setembro de O julgamento deste recurso restou assim ementado: CONTRATO DE CÂMBIO (EXPORTAÇÃO) - VENDEDORA DE DIVISAS QUE RECEBE O NUMERÁRIO ANTECIPADAMENTE E, DEPOIS, NÃO EXPORTA AS MERCADORIAS, DEIXANDO O COMPRADOR IMPOSSIBILITADO DE SE RESSARCIR DO VALOR ADIANTADO, FICA SUJEITA ÀS SANÇÕES DO ART. 12, DA LEI N , DE , RESPONDENDO PELO PAGAMENTO DE TODOS OS ENCARGOS FINANCEIROS DECORRENTES DO CONTRATO INADIMPLIDO - EMBARGOS JULGADOS PROCEDENTES, EM PARTE - RECURSO DO EMBARGADO PROVIDO E IMPROVIDO O DOS EMBARGANTES. ; 22 Op. cit., p. 153/154;

21 20 embarque das mercadorias, os documentos originais são enviados ao banco para que este receba as divisas e faça a liquidação. 23 O conceito de ACC 24 formulado por Marcelo M. Bertoldi, destacada com precisão um dos objetivos primordiais desta operação: O adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC) é definido como antecipação parcial ou total, por parte do agente financeiro, ao exportador, por conta do preço em moeda nacional da moeda estrangeira comprada a prazo, ou seja, os bancos que operam com câmbio concedem aos exportadores adiantamentos por conta dos contratos de câmbio, com o objetivo de proporcionar recursos antecipados ao exportador, para que possa fazer face às diversas fases do processo de produção e comercialização da mercadoria a ser exportada, constituindo-se assim, num importante incentivo à exportação. 25 Ao conceituar o termo contrato de câmbio e o ACC, Douglas S. Hartung, em sua obra Negócios Internacionais, acrescenta aos conceitos já estabelecidos, o fato deste último caracterizar um elemento que decorre daquele instrumento: Os contratos de câmbio são instrumentos de compra e venda de moeda estrangeira, sendo a antecipação de Contrato de Câmbio, ACC, um adiantamento dessa compra e venda, por conta de uma expectativa futura de recebimento de divisas. 26 Ao comentar estas operações, Eduardo Salomão Neto traça a mesma correlação: 23 AMARAL. Antonio Carlos Rodrigues do, et al (coord.). Direito do comércio internacional: aspectos fundamentais. São Paulo: Aduaneiras, p. 182; 24 OLIVEIRA, Angelina Mariz de. Adiantamento do contrato de câmbio (ACC) e tributação. Revista Dialética de Direito Tributário, São Paulo: Editora Dialética, nov v. 134, p. 7/8. Angela Mariz de Oliveira tece as seguintes considerações sobre as obrigações do contrato de câmbio para, em seguida, conceituar o ACC: O exportador tem o dever de entregar as divisas estrangeiras, e o direito de receber a contraprestação acordada em moeda nacional. O banco comprador, por sua vez, adquire o direito de receber o pagamento da exportação do banco estrangeiro com o qual o importador opera e tem o dever de pagar por isso em reais. (...) Dentro da Teoria Geral do Direito, pagamento é a forma de extinção da obrigação. Nos casos de adiantamento de contrato de câmbio, o que ocorre é que a obrigação da instituição financeira de pagar reais pela moeda estrangeira adquirida é adimplida antes do cumprimento da obrigação do exportador, ou seja: o pagamento é feito antecipadamente. Com isso, a instituição financeira mantém-se credora do exportador pelo recebimento da moeda estrangeira e, em caso de inadimplemento, torna-se credora pela restituição da quantia em reais que entregou antes da data acordada para a liquidação do contrato de câmbio. ; 25 BERTOLDI, Marcelo M.. Aspectos atuais do contrato de câmbio. Revista de Direito Mercantil, Industrial, Econômico e Financeiro, São Paulo: Malheiros Editores, jul./set v p. 100; 26 Op. cit., p. 100 ;

22 21 Note-se que, eventualmente, o banco vendedor de câmbio pode adiantar ao exportador parte do preço a ser pago pela moeda estrangeira, antes do pagamento do valor da exportação pelo importador no exterior. Nesse caso, configura-se o adiantamento sobre contrato de câmbio, designado de ACC na linguagem do mercado financeiro. O adiantamento sobre contrato de câmbio deriva sua natureza do próprio contrato de câmbio. Assim, constitui pagamento antecipado do valor do bem móvel (a moeda estrangeira) adquirido e não operação autônoma de empréstimo. 27 O col. Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial n.º RS, cuja relatoria ficou a cargo do Min. Luiz Fux, assim definiu a operação de adiantamento sobre contrato de câmbio: (...) 3. Contrato de câmbio. Adiantamento. Através do contrato de câmbio "os bancos que operam com câmbio concedem aos exportadores os Adiantamentos sobre os Contratos de Câmbio (ACC), que consistem na antecipação parcial ou total dos reais equivalentes à quantia em moeda estrangeira comprada a termos desses exportadores, pelo Banco. O ACC poderá ocorrer e desdobrar-se em duas fases. Primeira fase: concessão do adiantamento pelo banco em até 180 (cento e oitenta dias antes) do embarque da mercadoria, caracterizando-se como um financiamento à produção, embora perdendo a desvalorização cambial posterior que possa ocorrer. Segunda fase: a mercadoria já está pronta e embarcada, até 60 após o embarque. Entretanto, poderá o exportador (vendedor) requerer o adiantamento da obrigação do banco - antecipação do pagamento em moeda nacional, que deverá, obrigatoriamente, ser averbado no próprio instrumento do contrato de câmbio ". O Comunicado Bacen/Gecam n. 331, de , define esta operação, dizendo, em seu art. 45, que o adiantamento sobre o contrato de câmbio configura uma antecipação parcial ou total, por conta do preço em real da moeda estrangeira comprada a termo, pelo Banco negociador". (...) Op. cit., p. 320; 28 Brasil. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial n , do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Brasília, DF, 20 de setembro de O julgamento deste recurso restou assim ementado, em sua íntegra: RECURSO ESPECIAL. EXECUÇÃO FISCAL E FALÊNCIA. PEDIDO DE SOBRESTAMENTO FORMULADO PELO BANCO CREDOR DE ADIANTAMENTO DE CONTRATO DE CÂMBIO. ALEGAÇÃO DE PREFERÊNCIA NA RESTITUIÇÃO. INDEFERIMENTO. 1. A execução fiscal não fica paralisada em face da decretação da quebra no juízo, soi disant, universal. O juízo da execução fiscal é privilegiado, por isso que a Fazenda Pública não se sujeita ao concurso de credores nem à habilitação. Exegese dos artigos 5º e 29 da LEF (Lei 6.830/80). 2. O Banco credor por adiantamento de contrato de câmbio não tem legitimidade para intervir na execução fiscal pleiteando a sua sustação, porquanto ingressa por interesse próprio e econômico, motivações que desamparam a intromissão na qualidade de assistente simples. Deveras, o assistente simples não deduz

23 direito próprio e tampouco formula pedido. A pretensão de recebimento prioritário de crédito ou restituição de dinheiro compete única e exclusivamente ao juízo falimentar quando formulado por suposto credor do falido. 3. Contrato de câmbio. Adiantamento. Através do contrato de câmbio "os bancos que operam com câmbio concedem aos exportadores os Adiantamentos sobre os Contratos de Câmbio (ACC), que consistem na antecipação parcial ou total dos reais equivalentes à quantia em moeda estrangeira comprada a termos desses exportadores, pelo Banco. O ACC poderá ocorrer e desdobrar-se em duas fases. Primeira fase: concessão do adiantamento pelo banco em até 180 (cento e oitenta dias antes) do embarque da mercadoria, caracterizando-se como um financiamento à produção, embora perdendo a desvalorização cambial posterior que possa ocorrer. Segunda fase: a mercadoria já está pronta e embarcada, até 60 após o embarque. Entretanto, poderá o exportador (vendedor) requerer o adiantamento da obrigação do banco - antecipação do pagamento em moeda nacional, que deverá, obrigatoriamente, ser averbado no próprio instrumento do contrato de câmbio ". "O Comunicado Bacen/Gecam n. 331, de , define esta operação, dizendo, em seu art. 45, que o adiantamento sobre o contrato de câmbio configura uma antecipação parcial ou total, por conta do preço em real da moeda estrangeira comprada a termo, pelo Banco negociador". 4. Deflui da dinâmica do referido contrato que se o negócio de exportação correr normalmente, o banco recebe de volta o valor adiantado, tão logo receba a moeda estrangeira remetida pelo banco do importador estrangeiro. No entanto, pode ocorrer que a exportação não seja efetuada por falência do exportador brasileiro; pode ser também que o exportador brasileiro venha a entrar em regime de concordata. No primeiro caso (falência) o negócio de exportação provavelmente não se realizará e, desta forma, o banco não receberá as divisas estrangeiras, que não serão pagas pelo importador estrangeiro, que não recebeu a mercadoria. No segundo caso (concordata), independentemente da exportação vir ou não a ser cumprida integralmente, surge em favor do banco o direito à restituição do valor adiantado, não precisando o banco submeter-se à forma de pagamento estabelecida na concordata. 5. A exegese do 3º, do art. 75, da Lei de Mercado de Capitais que deu ensejo às Súmulas 133 do STJ e 495 do STF pressupõe a falência do exportador e a não entrega do bem, por isso que o Banco que adiantara as somas, nada receberá, ressoando justa a restituição. 6. Diversamente, entregue a mercadoria ou embarcada, o Banco subroga-se no crédito do exportador, arrecadando-se o importe adiantado como bem da massa. Desta sorte, ainda que a instituição pretenda reaver a importância, deverá habilitar-se como credora, haja vista encerar, nesse caso, a operação, negócio semelhante ao mútuo feneratício com cláusula especial de câmbio. 7. Consoante assentado no REsp nº /RS "cumpre não valorizar, além do explicitamente previsto, a situação jurídica da instituição financeira, colocando sem limite o pedido de restituição de dinheiro em potencial prejuízo aos créditos privilegiados derivados das relações trabalhistas, previdenciárias ou fazendárias ". 8. Entretanto, como ressaltado pelo Ministro Teori Zavascki: "1. A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido do reconhecimento do direito à restituição das quantias relativas a adiantamento de contrato de câmbio, tal como previsto no art. 75, 3º, da Lei 4.728/65, afirmando ainda sua prioridade em relação a quaisquer créditos da massa, "porquanto representam, na verdade, dinheiro de terceiro em poder da pessoa jurídica concordatária" (RESP /RS, 4ª Turma, Min. Fernando Gonçalves, DJ de ). 2. Segundo a orientação firmada pela Corte Especial no julgamento do RESP /RS, Min. Humberto Gomes de Barros, DJ de , a compatibilização entre as regras da não-sujeição dos créditos fiscais ao juízo falimentar e da prioridade na satisfação, em relação a esses, dos créditos trabalhistas faz-se, na hipótese de quebra superveniente à execução, mediante a entrega das somas aí apuradas ao juízo da falência, para que se incorpore ao monte e seja distribuída com observância das preferências e das forças da massa. 3. Trata-se de solução plenamente aplicável ao caso concreto, em que se 22

24 23 A operação completa do ACC, pode ser visualiza no seguinte fluxograma: Fonte: Douglas S. Hartung29. Alguns autores ressaltam que, após a remessa dos documentos originais à instituição financeira credora, relativos ao embarque das mercadorias para o exterior, o ACC busca compatibilizar a regra da continuidade do executivo fiscal com a preservação da prioridade absoluta das quantias objeto do direito de restituição (ou, mais precisamente, da viabilidade da satisfação de tal direito, cuja existência pende de certificação, em ação própria, ajuizada perante o juízo da falência)." 9. Recurso especial provido para determinar a reversão dos valores arrecadados na execução fiscal ao juízo falimentar. ;

25 24 se transformaria em operação de adiantamento sobre cambiais entregues ( ACE ), pois o recebimento de divisas e consequente liquidação do instrumento passaria a ser efetuado com base nesta documentação. Esta hipótese ocorrerá apenas no caso do pagamento (entrega de divisas) não ser efetuado diretamente pelo exportador. Estabelecido o conceito e a forma como ocorrem estas operações, resta ainda definir qual a melhor classificação jurídica a lhe ser atribuída ACC: contrato de mútuo ou elemento do contrato de câmbio originário? A doutrina, por algum período, se dividiu quanto a melhor classificação jurídica a ser atribuída às operações de adiantamento efetuado sobre contrato de câmbio. Existem estudiosos do direito defensores da tese de que o ACC possui verdadeira natureza de contrato de mútuo, empréstimo em dinheiro. Antes de se expor os argumentos destes doutrinadores, mister se faz estabelecer o conceito de contrato de mútuo. Segundo o Doutrinador Sérgio Carlos Covelo o contrato de mútuo, ou seja, empréstimo de coisas fungíveis 30, pode ser conceituado como o contrato pelo qual o Banco (prestamista) entrega certa soma pecuniária ao cliente (prestatório), o qual, por sua vez, se obriga a restituí-la, no prazo avençado, no mesmo gênero, quantidade e qualidade, acrescido de juros e comissões 31. Partindo deste conceito formulado por Covelo sobre contrato de mútuo, é possível se analisar o entendimento doutrinário que defende o enquadramento do contrato de câmbio nesta terminologia, dentre os quais se destaca o exposto por Haroldo Malheiros Duclerc Verçosa, o qual coloca o ACC dentro da seguinte classificação: O instituto tem lugar entre um banco autorizado a operar em câmbio e um exportador, que ainda não recebeu o preço da exportação realizada ou a realizar. As partes celebram um contrato de câmbio para liquidação futura, em que nenhuma moeda é prestada naquele momento, mas ambas são prometidas para data posterior. Tomando como base esse contrato de câmbio e a moeda estrangeira que nele é vendida ao banco, este faz um adiantamento em cruzeiros ao exportador, cobrando na operação um deságio, que é sua remuneração. 29 Op. cit., p. 155; 30 BRASIL. Lei Ordinária n , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, D.O.U. de 11jan, P. 1. Art. Art O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. ; 31 COVELLO, Sérgio Carlos. Contratos Bancários. São Paulo, LEUD, ed. p. 157;

26 25 (...) No plano jurídico, o cliente recebe recursos do banco a título de transferência de propriedade, utilizando-os a seu talante, como melhor lhe convier, devendo restituir essa importância no vencimento do contrato de adiantamento. Pelo exposto, percebe-se claramente que as características desse negócio são inconfundivelmente as de mútuo, no caso qualificado como mercantil (arts do CC e 247 do CCom.). O adiantamento funciona na prática como se fosse um desconto do contrato de câmbio junto à instituição bancaria com a qual foi celebrado, sendo pessoal a obrigação de devolvê-lo a este. 32 Por outro lado, existem doutrinadores cujo posicionamento é o de que o ACC não passa de mero elemento do contrato de câmbio originário, o que implica no reconhecimento de que seria uma continuidade do negócio jurídico desencadeado pelo contrato de câmbio originário, pois envolveria a aquisição de crédito em moeda estrangeira. Dentre estes doutrinadores, merece destaque o posicionamento de Fábio Konder Comparato: A opinião mais acatada e difundida entre os doutrinadores, desde a Idade Média, é a de que o contrato de câmbio se assemelha à compra e venda. Ele seria, segundo clássica definição, uma venditio pecuniae presentis pro pecúnia absenti. No câmbio, a moeda transforma-se de instrumento de pagamento em mercadoria, isto é, um bem econômico sujeito ao mercado e submetido à lei da oferta e da procura. 33 O ilustre Jurista conclui, sobre o conceito de adiantamento, que este corresponderia: a um financiamento do vendedor do câmbio, por conta da entrega futura da moeda estrangeira. O adiantamento sobre contrato de câmbio não se confunde com o desconto de cambial de exportação, porque é concluído antes mesmo do recebimento, pelo exportador, desse título de crédito de responsabilidade do importador. O adiantamento corresponde, portanto, a uma aquisição a crédito de moeda estrangeira: o banco paga o preço antes de receber a coisa comprada. 34 Aliado a este entendimento, veja-se o que diz Marcelo M. Bertoldi: Outra corrente, (...) entende que, na verdade, o adiantamento sobre o contrato de câmbio não se constitui numa outra relação jurídica entre exportador e instituição 32 Op. cit., p. 34; 33 COMPARATO, Fábio Konder. Contrato de câmbio. Revista dos Tribunais n.º 575. São Paulo: RT, setembro de p. 55; 34 Op. cit., P. 56;

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