DELIBERAÇÃO. Relatório. 1. Na Conservatória do Registo Predial de, encontram-se descritos os seguintes prédios:

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1 Pº R. P. 255/2007 DSJ-CT- Declaração judicial de nulidade de transacção homologada por sentença transitada em julgado cancelamento de registos. Caso julgado decisão e fundamentos. Baldios. DELIBERAÇÃO Relatório 1. Na Conservatória do Registo Predial de, encontram-se descritos os seguintes prédios: a) Prédio nº330/ , da freguesia de, anteriormente descrito sob o nº , a fls. 37, do livro B-33, inscrito na matriz sob o artigo ; b) Prédio nº36/ , da freguesia de, com a área de m2, desanexado do prédio nº 330/ , atrás referido, a coberto da ap.01/ (registo de aquisição a favor de Artur, ainda titular inscrito, por compra a, SA) e inscrito na matriz sob o artigo 3052; c) Prédio nº131/ , da freguesia de, com a área de m2 e inscrito na matriz sob o artigo Sobre o prédio descrito sob o nº330/ , incidem as inscrições de aquisição a favor da sociedade SA do domínio útil, por compra a 1 Da informação carreada para os autos, resulta que a descrição nº 330/ foi actualizada, a coberto da ap.02/ , mediante conversão em averbamento da anotação efectuada com a ap.01/ , determinando que ao prédio, cuja descrição foi aberta com a área de m2, viesse a ser tabularmente atribuída a área de m2, sendo que a diferença, de m2, entre a área inicial e a área actual não se esgota na área dos prédios anteriormente desanexados deste, concretamente, o prédio nº , do B-51, com a área de 900 m2, e o prédio nº131/ , com a área de m2. Embora não esteja em tabela, não deixa de causar perplexidade a feitura da an.01 à descrição dissociada da provisoriedade por dúvidas do registo de penhora (cfr. a este propósito o parecer proferido no Pº nº R.P. 69/97 DSJ-CT) e, mais ainda, que, a pretexto do cancelamento da referida penhora ap.01/ , se tivesse convertido a anotação em averbamento fora do processo de rectificação previsto nos artigos 120º e seguintes do CRP, ou sem o apoio de uma desanexação prévia ou simultânea da área restante. 1

2 .Português SA, e do domínio directo, por remissão dada pela Câmara Municipal de, (inscrições G-1 e G-2), e um registo de acção F-2 movida pela Assembleia de Compartes dos Baldios de contra a SA na qual se pede o cancelamento das inscrições de aquisição que incidirem sobre o prédio (ap.01/ ) Sobre o prédio nº36/ encontra-se em vigor o registo de aquisição a favor de Artur atrás referido (inscrição G-2) e sobre o prédio nº131/ , descrição aberta para acolher um registo de penhora a favor da Fazenda Nacional em que é executada a sociedade SA, apenas subsiste o mesmo registo de acção movida pela Assembleia de Compartes dos Baldios de (inscrição F-1). 2. Em 2 de Julho de 2007, foram pedidos os seguintes actos de registo: a) Cancelamento da inscrição G-2 do prédio nº 36/ (ap.2); b) Cancelamento das inscrições G-1 e G-2 do prédio nº330/ (aps. 3 e 4, respectivamente); c) Aquisição dos prédios nº36/ , nº 131/ e nº330/ a favor da Assembleia de Compartes dos Baldios de (ap.5) Para instruir os pedidos foram juntos certidão da sentença proferida no processo ordinário nº41/1994, com nota do seu trânsito em julgado, cópia da decisão proferida no processo que correu por apenso sob o nº 41/A/1994, e prova matricial Da sentença apresentada resulta, com interesse para os autos, que a Junta de Freguesia de instaurou contra a sociedade comercial SA uma acção (processo ordinário nº41/1994), pedindo que se declare que o termo de transacção judicial efectuado no processo ordinário nº24/60 está ferido de nulidade, quer por simulação, quer por versar sobre direitos indisponíveis, e que: Matéria de facto considerada assente 2

3 - Em 08/03/1920, a Câmara Municipal de. aforou à sociedade Português SA um terreno com a área de 726 hectares, situado na freguesia de ; - Em 03/03/1947, a referida sociedade Português SA vendeu à SA os direitos a que se referia o aforamento remido por deliberação da Câmara Municipal de, de 14/11/1946; - A Junta de Freguesia de propôs contra a sociedade SAuma acção ordinária (processo nº24/60), destinada a obter a declaração e o reconhecimento da natureza de baldios paroquiais dos terrenos aforados pela Câmara Municipal em 1920, que se extinguiu por transacção homologada por sentença transitada em julgado; - No termo de transacção, a sociedade SA reconhece que a Junta de Freguesia de. é dona «como seus bens próprios que não baldios» de 168 hectares de terreno, em parcelas identificadas em planta anexa, e, por sua vez, a Junta de Freguesia de. reconhece que a sociedade SA é dona dos restantes terrenos, exceptuados alguns que pertencem a terceiros, situados dentro dos limites da freguesia, terrenos esses que «constituem propriedade particular» da sociedade SA; - À data da outorga da escritura pública de aforamento referida, havia mais de 80, 90 ou 100 anos que os moradores da freguesia de. estavam na posse do terreno sobre que incidiu tal aforamento, aproveitando-se de todas as utilidades, à vista de toda a gente e com intenção de exercerem os poderes correspondentes ao direito de uso comum e na convicção de que esses terrenos estavam afectos ao logradouro comum; Fundamentação da decisão - O teor dos pedidos formulados pela autora, Junta de Freguesia de, no processo nº24/60 revela que já em 1960 esta considerava os terrenos abrangidos pelo aforamento de 1920 como baldios, tratando-os como baldios paroquiais; - O reconhecimento mútuo de propriedades exarado na transacção é manifestamente simulado, já que pressupõe um acto oneroso, quando se tratou de um acto gratuito, não traduzindo o convencionado; 3

4 - O termo de transacção é nulo e «nula será a sentença que o homologou» por ter visado defraudar os direitos de uso comunitário que os habitantes de tinham sobre os terrenos; - O termo de transacção representa um acto de disposição de baldios sem a observância das disposições legais vigentes ao tempo; Decisão - Julga-se totalmente procedente a acção, declarando-se nulo o termo de transacção de 09/12/1963, quer por ser acto simulado, quer por versar sobre direitos de que a autora não podia dispor Na decisão proferida no processo nº 41/A/1994, de que se juntou cópia, concluiu-se estar em causa um requerimento, e não uma acção que devesse ser apensada, no qual se pede o cancelamento dos registos dos factos impugnados no processo ordinário nº41/94, mas que, uma vez transitada a acção de declaração de nulidade da transacção, a instância extinguiu-se e já não é possível fazer-se novos pedidos. 3. Os cancelamentos foram todos recusados por insuficiência do título, posto que nenhum dos registos em vigor sobre os prédios objecto do pedido foram efectuados com base na transacção judicial apreciada no aludido processo judicial nº41/94, e, quanto ao prédio nº36/ , por falta de intervenção na acção do titular inscrito O registo de aquisição (ap.5) foi também recusado ao abrigo do disposto no artigo 69º, nº1, alínea b) do Código do Registo Predial (CRP) 2, por se ter entender que «da decisão junta não resulta a aquisição ou o reconhecimento do direito de propriedade a favor da Assembleia de Compartes dos Baldios de», acrescentando-se existirem dúvidas quanto à identidade dos prédios, que, todavia, não se concretizam. 4. Do despacho de recusa vem interposto recurso hierárquico, no qual se alega, em síntese, o seguinte: Quanto aos pedidos de cancelamento 2 Tendo em conta a data dos pedidos de registo dos autos, são reportadas à redacção anterior ao Decreto-Lei nº116/2008, de 4 de Julho, todas as referências ao Código do Registo Predial. 4

5 - O prédio nº 330/ , cuja an.1 ap.01/ corresponde às parcelas identificadas sob as alíneas a) e b) do termo de transacção, tem a natureza de baldio paroquial, conforme o decidido pelo Tribunal da Relação do e confirmado pelo Supremo Tribunal de Justiça nos recursos interpostos da decisão da 1ª instância, e, como tal, as inscrições G-1 e G- 2 que sobre o mesmo incidem não reflectem a realidade; - O prédio nº36/ , que corresponde à parcela identificada sob a alínea e) da transacção, tem também a natureza jurídica de baldio paroquial judicialmente reconhecida, pelo que, face à inalienabilidade dos baldios, a compra e venda a que se refere a inscrição G-2 «deverá ser considerada nula e de nenhuns efeitos erga omnes»; - O cancelamento do registo «é uma consequência do pedido em que se reconheça que o direito pertence a quem não é o titular inscrito»; Quanto ao registo de aquisição - Do título apresentado conclui-se que os prédios em questão são baldios, com o regime previsto nos artigos 1º, 4º e 11º da Lei nº68/93, de 4 de Setembro, de que se destaca a nulidade dos actos ou negócios jurídicos de apropriação ou apossamento que tenham por objecto terrenos com aquela natureza e, bem assim, a legitimidade da Assembleia de Compartes para requerer a restituição da posse dos baldios a favor da comunidade. 5. No despacho a que se refere o artigo 142º, nº3, do CRP, reiteram-se os argumentos já expendidos em sede de qualificação, sustentando-se a decisão de recusa. *** O processo é o próprio, o recurso é tempestivo, a recorrente tem legitimidade e inexistem questões prévias que obstem à apreciação do mérito 3, que se expressa na seguinte 3 Faz-se notar que, para a apreciação do mérito, não assume relevância a cópia do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça proferido no processo nº41/1994, que se juntou à petição de recurso, porquanto a mesma não serviu de base aos pedidos de registo sobre que versa a decisão recorrida cfr. o disposto no artigo 73º do CRP de que resulta, a contrario, a impossibilidade de junção complementar de documentos após a qualificação. 5

6 DELIBERAÇÃO I A sentença que tenha declarado a nulidade de uma transacção judicial com fundamento em simulação e na natureza jurídica de baldio paroquial dos terrenos objecto do negócio processual não constitui título para o cancelamento dos registos que sobre aqueles terrenos se encontrem em vigor a favor da ré e de terceiro, não demandado na acção, com base em título diverso 4. 4 Em face do sistema de registo predial, dos seus princípios e da sua organização, com o registo, inicia-se uma cadeia do direito publicitado que se desenvolve, acrescentando-se novos elos, com a transferência do direito e a correlativa transferência dos efeitos do registo (artigo 10º do CRP), que se interrompe, sempre que se verifica a perda absoluta do direito por força da constituição de um direito incompatível com o existente (por ex. a aquisição por usucapião) ou o reconhecimento dum direito com o mesmo conteúdo do direito inscrito, iniciando-se uma nova cadeia, agora reportada a um novo direito da mesma espessura, que retrocede em face de decisão judicial transitada em julgado que ordene o cancelamento do registo ou de impugnação procedente do facto registado ou do seu registo com a consequente repristinação do registo anterior (artigos 13º e 101º, nº4, do CRP), ou que se extingue, por perda absoluta do direito, quando esta não constitui o reverso de uma causa de constituição de um direito incompatível (artigo 13º e 101º, nº4, do CRP), por impugnação procedente do facto registado ou do seu registo ou com base em decisão judicial transitada em julgado que ordene o cancelamento do registo, sem que se verifique a repristinação de um registo anterior (artigos 13º e 101º, nº4, do CRP). Dentro deste esquema, que, em princípio, cobre tabularmente todas as vicissitudes que o direito pode sofrer, a figura do cancelamento tem como espectro a perda absoluta do direito e a sua supressão do mundo jurídico, desacompanhada da constituição de um direito incompatível, e, bem assim, os casos em que se verifica a procedência de uma impugnação do facto registado ou do seu registo ou a existência de uma decisão judicial transitada em julgado que ordene o cancelamento do registo. Considerando o que antecede, se tivermos em atenção que, na parte dispositiva da sentença trazida a registo, o que se decide é a nulidade de uma transacção judicial que não constitui causa de nenhum dos factos registados sobre os prédios indicados no pedido e que em nenhum passo da mesma se ordena o cancelamento de quaisquer registos, forçoso é concluir, como fez a recorrida, que o facto não está titulado nos documentos apresentados artigos 13º, 43º, 68º e 69º, nº1, b), todos do CRP -, não colhendo o argumento de que a fundamentação da sentença, na parte em que é dada como provada a natureza jurídica de baldios paroquiais dos terrenos, equivale a dizer que são nulos os factos registados. Com efeito, o facto de se ter dado como provado que, à data dos factos registados de cujos registos se pede cancelamento, os moradores da freguesia de estavam na posse dos terrenos aproveitando-se de todas as utilidades, à vista de toda a gente e com intenção de exercerem os poderes correspondentes ao direito de uso comum e na convicção de que esses terrenos estavam afectos ao logradouro comum, e da decisão 6

7 judicial ter como fundamento a natureza jurídica de baldios paroquiais daqueles terrenos, não autoriza, a nosso ver, extrair daí consequências que não tenham correspondência na decisão proferida, designadamente, a extinção dos direitos registados com base em causa diversa. Vale isso por dizer que, relevante para registo é o efeito jurídico que se obteve com a procedência da acção, à luz do facto invocado como seu fundamento, e não a causa de pedir autonomamente considerada, posto que é directamente sobre o pedido ou pretensão do autor que o caso julgado se forma; a força do caso julgado cobre apenas a resposta dada na sentença a essa pretensão e não o raciocínio lógico que a sentença percorreu, para chegar a essa resposta Antunes Varela, J. Miguel Bezerra e Sampaio e Nora, Manual de Processo Civil, 2ª edição, pág.712. (cfr., no mesmo sentido, o acórdão do STJ, de , Pº , em No dizer destes autores, depreende-se do disposto nos artigos 498º e 96º do CPC que a eficácia do caso julgado apenas cobre a decisão contida na parte final da sentença, ou seja, a resposta injuntiva do tribunal à pretensão do autor ou do réu, concretizada no pedido ou na reconvenção e limitada através da respectiva causa de pedir, e, por conseguinte, não se estende aos fundamentos da sentença, que no corpo desta se situam entre o relatório e a decisão final, assim como não se estende às qualificações jurídicas aceites nos fundamentos da decisão (ob. cit., págs. 714/717). Mas, ainda que os factos considerados como provados nos fundamentos da sentença pudessem valer autónoma ou isoladamente com a eficácia do caso julgado, não se vê como interpretar essa «decisão judicial intermédia» com o sentido e o alcance preconizados pela recorrente, concretamente, o de fazer equivaler a declaração dos terrenos como baldios paroquiais à declaração de nulidade dos negócios jurídicos de que tivessem sido objecto, quando o valor negativo destes negócios jurídicos não foi discutido nos autos, nem os seus intervenientes surgiram, em litisconsórcio passivo legal ou natural, a exercer o contraditório com vista à produção do efeito útil normal de uma tal decisão. Por outro lado, se efectivamente resultasse da decisão judicial uma ordem expressa ou implícita de cancelamento dos factos registados, e, a nosso ver, não resulta, cumpriria ainda estabelecer a correspondência, que não resulta dos documentos apresentados nem da informação de registo, entre os terrenos a que alude a sentença e o prédio descrito sob o nº131/ , e ficaria sempre a faltar a intervenção na acção em causa do titular inscrito do prédio nº36/ , na certeza de que, quanto a este, a sentença só formaria caso julgado nas condições previstas nas disposições conjugadas dos artigos 57º, 271º, 497º, 498º e 671º, do CPC (cfr., neste sentido, o parecer proferido no Pº nº R.P. 106/99 DSJ-CT, publicado no BRN 1/2000, II caderno). Faz-se notar, por último, que mesmo na hipótese da transacção judicial ter sido a causa das aquisições inscritas, seria, ainda assim, discutível que a decisão judicial de declaração de nulidade do referido negócio processual pudesse, por si só, autorizar o cancelamento dos registos, posto que, por cima da transacção, há a sentença homologatória, e essa não consta dos autos que tenha sido objecto de recurso extraordinário de revisão. 7

8 II- Do mesmo modo, a sentença que, em sede de fundamentação, reconheça a natureza jurídica de baldios paroquiais de terrenos registados em propriedade privada a favor da ré e de terceiro, não demandado na acção, não constitui título bastante para o registo de aquisição daqueles terrenos a favor da Assembleia de Compartes 5. Na verdade, a sentença homologatória, embora não aplicando o direito objectivo aos factos provados na causa, constitui uma sentença de mérito (Lebre de Freitas, Código do Processo Civil anotado, volume I, pág. 533), e, por isso, salienta-se no acórdão do STJ, de , BMJ, 431º, ainda que a parte interessada obtenha ganho de causa na acção anulatória da transacção judicial, a sentença que homologou a dita transacção, porque não impugnada através de recurso extraordinário de revisão, permanecerá incólume e continuará, como sentença transitada em julgado, a ter o valor e alcance definidos nos artigos 671º, nº1, e 673º do CPC e, se condenatória, a valer como título executivo, nos termos do artigo 46º, alínea a) do mesmo Código. (cfr., no mesmo sentido, os acórdãos do STJ, de , Pº087740, e de , Pº 96A596, em 5 Com referência ao pedido de aquisição dos prédios a favor da Assembleia de Compartes, colocam-se efectivamente duas questões essenciais, por um lado, a de saber se dos documentos apresentados resulta a prova de aquisição, em regime de domínio comunitário, dos prédios descritos a favor dos compartes, e, por outro, a da registabilidade dos baldios. Ora, quanto à pretensão de fazer valer como título para registo os fundamentos da decisão judicial obtida em acção de declaração de nulidade de transacção judicial, cabem aqui as razões atrás enunciadas a propósito dos limites objectivos do caso julgado, a que se acrescenta a impossibilidade de convolação do pedido para reconhecimento do direito de propriedade a favor dos Compartes por não ser este o objecto desta acção e, portanto, não integrar a parte dispositiva daquela decisão judicial. Como já se disse, o thema decidendum da acção a que se refere a sentença dos autos é a declaração de nulidade duma transacção judicial, sendo que a natureza jurídica de baldios paroquiais dos terrenos e a consequente indisponibilidade dos mesmos se apresentam como questões instrumentais relativamente à decisão do litígio, porquanto apenas desempenham a função de fundamento do pedido e de fundamento da decisão de mérito (cfr. Lebre de Freitas, Introdução ao Processo Civil, pág.45). Considerando, mais uma vez, os limites objectivos do caso julgado, ou seja, o quantum da matéria apreciada pelo tribunal que recebe o valor de indiscutibilidade do caso julgado, é consabido que o caso julgado abrange a parte decisória da sentença, isto é, a conclusão extraída dos seus fundamentos (artigos 659º, nº2 in fine, e 713º, nº2, do CPC), embora, no dizer de Teixeira de Sousa, Estudos Sobre o Novo Processo Civil, págs. 578/579, não seja esta decisão, enquanto conclusão do silogismo judiciário, que adquire o valor de caso julgado; é o próprio silogismo considerado no seu todo: o caso julgado 8

9 incide sobre a decisão como conclusão de certos fundamentos e atinge estes fundamentos enquanto pressupostos daquela decisão. Porém, salienta o mesmo autor, os fundamentos de facto, quando autonomizados da respectiva decisão judicial, não adquirem, por regra, valor de caso julgado (cfr. acórdão da RE, de , BMJ, 438), e, portanto, pode afirmar-se que esses fundamentos não valem por si mesmos, isto é, não são vinculativos quando desligados da respectiva decisão, pelo que eles valem apenas enquanto fundamentos da decisão e em conjunto com esta. Do mesmo modo, a fundamentação jurídica da decisão não se inclui, em princípio, no valor de caso julgado da decisão, o que quer dizer também que a eficácia do caso julgado não se estende à qualificação jurídica (ob. cit., págs. 579/583). Donde, também no plano tabular, só a parte dispositiva da decisão pode, se for o caso, lograr publicidade, posto que só esta, e não os seus fundamentos isoladamente considerados, está coberta pelo caso julgado e pode, assim, ser oponível a terceiros a partir da data do registo (artigo 498º do CPC e artigo 5º, nº1, do CRP) (cfr. o parecer proferido no Pº nº R.P. 68/97 DSJ-CT, publicado no BRN 1/98, II caderno). Quer isto dizer que, no caso em apreço, não servindo a fundamentação da decisão judicial que reconhece a natureza jurídica de baldios paroquiais ao objecto material da transacção judicial declarada nula para sustentar o registo do domínio a favor dos compartes, não serve, igualmente, a sentença para registar o reconhecimento da propriedade comunitária a favor dos mesmos compartes, porquanto não foi esta a resposta injuntiva do tribunal à pretensão da autora (cfr. o disposto nos artigos 3º, nº1, alíneas a) e c), e 95º, nº1, alínea g), do CRP). Afigura-se, de resto, que só uma nova acção, destinada a obter a declaração da natureza jurídica de baldios dos prédios em causa e o reconhecimento do domínio a favor dos compartes ou, tendo em conta o disposto no artigo 771º, alínea d), do CPC e o facto do processo nº24/60 se ter destinado a obter a declaração judicial de que os terrenos eram baldios e a condenação da ré a reconhecer os direitos tradicionais dos moradores de Insalde, só a fase rescisória do recurso extraordinário de revisão, que culminasse na procedência do pedido, seria de molde a permitir o desiderato a que se reporta o pedido de registo sob apreciação, obviamente, depois de removidos os obstáculos atrás indicados com referência ao prédio descrito sob o nº131/ e as divergências entre a descrição e a matriz quanto à área do prédio nº 36/ (artigo 28º do CRP), e com a intervenção de todos os titulares inscritos. Do que antecede, decorre abertura para o registo dos factos atinentes aos baldios, desde que enquadráveis no elenco do artigo 2º do CRP, sem prejuízo das dificuldades que continuamos a antever, nomeadamente, no que concerne à prova da qualificação de determinado terreno como baldio e, bem assim, da certificação da comunidade local que sobre ele exerce domínio, posse e gestão, dada a falta de regulamentação da Lei nº68/93, de 4 de Setembro. Reiteramos, pois, no essencial, o entendimento sufragado no parecer proferido no Pº nº R.P. 43/97 DSJ-CT, publicado no BRN 1/98, II caderno, a propósito do regime legal, da 9

10 Em conformidade, somos de parecer que o recurso não merece provimento. Deliberação aprovada em sessão do Conselho Técnico de 24 de Setembro de Maria Madalena Rodrigues Teixeira, relatora. Esta deliberação foi homologada pelo Exmo. Senhor Presidente em caracterização jurídica e da susceptibilidade de registo dos baldios, sendo que, para a economia deste parecer, não se afiguram necessários outros desenvolvimentos. 10

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