CONSULTA PÚBLICA SOBRE CONSUMO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CONSULTA PÚBLICA SOBRE CONSUMO"

Transcrição

1 PACITA Relatório Nacional CONSULTA PÚBLICA SOBRE CONSUMO SUSTENTÁVEL Relatório Nacional sobre os resultados obtidos na consulta pública organizada em Portugal no dia 25 de Outubro de 2014

2 Relatório Nacional Consulta Pública sobre Consumo Sustentável Julho 2015, Lisboa Autoras: Mara Almeida, Leonor Castro, Carmo Freitas, Eliana Durão Editado por Mara Almeida Fotografia na página de capa do projecto PACITA 2

3 Índice Prefácio... 4 Sumário... 6 Consulta Pública Europeia sobre Consumo Sustentável... 7 Metodologia... 8 Consulta Pública Nacional sobre Consumo Sustentável... 9 Opções Considerar os cidadãos como colaboradores no esforço para alcançar um consumo mais sustentável Assegurar que o consumo sustentável seja regulado pelas autoridades públicas e não apenas pelo mercado Tornar o consumo sustentável mais económico e acessível Assegurar uma maior durabilidade dos produtos Sensibilzar e educar os cidadãos sobre como consumir de modo mais sustentável Envolver os cidadãos em processos de participação pública no futuro ANEXO

4 Prefácio No dia 25 de Outubro de 2014 foi realizado em 11 países/regiões europeus uma consulta pública sobre Consumo Sustentável. Os 1035 cidadãos europeus envolvidos nesta consulta tiveram a oportunidade de debater e votar sobre questões relativas à elaboração de futuras políticas sobre consumo sustentável. Portugal contou com a participação de 106 cidadãos portugueses que, durante o dia, tiveram a oportunidade de debater várias questões entre si e votar num questionário, idêntico ao utilizado em todos os países participantes. Adicionalmente, esta consulta pública possibilitou aos cidadãos europeus participantes o acesso a informação equilibrada e de base científica, de apoio ao seu processo de reflexão sobre as questões em debate. Esta iniciativa, intitulada Europa Wide Views sobre Consumo Sustentável, foi organizada a nível europeu e pretendeu apresentar as opiniões e perspectivas do cidadão comum face a questões e futuras políticas públicas sobre consumo sustentável. A iniciativa Europa Wide Views (EWViews) sobre Consumo Sustentável está inserido no âmbito do projecto europeu PACITA (Parliaments and Civil Society in Technology Assessment). O PACITA pretende contribuir para melhorar os processos de elaboração de políticas sobre questões relacionadas com ciência, tecnologia e inovação através da melhoria do conhecimento que serve de apoio a essas políticas. Nesse sentido, a consulta EWViews reflectiu o actual debate político relativo ao consumo sustentável, assim como o contributo de diversos intervenientes de forma assegurar uma certa relevância política. Neste contexto, será relevante que as opiniões e as visões dos cidadãos contribuam para a agenda política. Tendo em conta o papel de consumidor e de cidadão de cada individuo é importante envolver os cidadãos numa discussão sobre o alargamento da definição de políticas em torno do consumo sustentável para incluir medidas que visem a esfera privada dos cidadãos. A discussão deverá também incluir os diferentes papéis que os cidadãos poderão desempenhar no aumento da sustentabilidade na sociedade. O relatório apresentado foi produzido pela equipa nacional do projecto europeu PACITA com base no relatório europeu concebido pelo parceiro de coordenação, o Danish Board of Technology Foundation e em colaboração com os parceiros nacionais do EWViews. O relatório europeu baseou-se numa análise aprofundada da deliberação e votação dos cidadãos dos 11 países/regiões europeus participantes. O relatório nacional, por seu lado, focou-se na análise dos resultados obtidos da deliberação e votação dos cidadãos portugueses, apoiando um conjunto de opções que serão apresentadas neste relatório. Estas opções são próximas às do relatório europeu, uma vez que as escolhas dos cidadãos portugueses são em geral semelhantes à média europeia. No entanto, o objectivo principal foi salientar as questões mais relevantes para os cidadãos portugueses participantes na consulta pública. Esperamos que os decisores políticos nacionais possam analisar a informação relativa às perspectivas do cidadão comum apresentada neste relatório e que a mesma possa ser considerada na elaboração de futuras políticas em matérias de consumo sustentável. Será relevante que as perspectivas dos cidadãos possam ser consideradas no debate actual em conjunto com outras fontes de informação no apoio a uma decisão política robusta. 4

5 Finalmente, a equipa nacional gostaria de agradecer a todos os que participaram e contribuíram para esta iniciativa, principalmente aos cidadãos portugueses que de forma voluntária estiveram presentes no dia da consulta para partilhar as suas opiniões e visões sobre consumo sustentável. Mara Almeida Coordenadora Nacional do Projecto Europeu PACITA 5

6 Sumário No âmbito do projecto europeu PACITA 1 (Parliaments and Civil Society in Technology Assessment), foi realizada pela primeira vez em Portugal uma Consulta Pública sobre consumo sustentável com base no método World Wide Views (WWViews). A consulta foi realizada simultaneamente em 11 países/regiões europeus: região da Catalunha na Espanha, região da Valónia na Bélgica, Irlanda, Holanda, Áustria, Dinamarca, Hungria, Lituânia, República Checa, Bulgária e Portugal. Na consulta pública realizada em Portugal, os cidadãos presentes tiveram a oportunidade de partilhar exemplos da sua vida quotidiana e debater questões relacionadas com a temática da sustentabilidade e pronunciarem-se sobre futuras políticas públicas no âmbito do consumo sustentável. Os resultados obtidos reflectem as principais preocupações e perspectivas destes cidadãos e o papel que consideram dever desempenhar no aumento da sustentabilidade. A deliberação dos cidadãos sobre estas matérias contribuiu para a elaboração de um conjunto de opções, que tiveram em conta as posições e perspectivas dos cidadãos e que serão apresentadas no presente relatório. O relatório foca-se nos resultados obtidos em Portugal, salientando uma breve análise comparativa com os resultados a nível europeu. Os resultados obtidos a nível nacional são, na sua maioria, semelhantes aos dos países europeus participantes na consulta e desse modo, as opções apresentadas no relatório são de alguma forma semelhantes às do relatório europeu: Policy Report: Europe Wide Views on Sustainable Consumption. 2 O relatório europeu teve como base a análise dos resultados obtidos na votação de 1035 cidadãos participantes de 11 Estados Membros da União Europeia (seleccionados de modo a reflectir a diversidade demográfica nos seus respectivos países) e os discursos dos cidadãos nas mesas. O relatório europeu foi apresentado a políticos e decisores políticos europeus em Bruxelas em Março de 2015 de forma que a informação reunida possa contribuir para a decisão politica nestas matérias. Na consulta pública em Portugal, os cidadãos demonstraram preocupação relativamente à temática da sustentabilidade. De um modo geral, os cidadãos desejam ter um papel mais activo no esforço de alcançar um maior grau de sustentabilidade no consumo, estando dispostos a reduzir o seu consumo pessoal, sobretudo o consumo alimentar. De modo a

7 encorajar a mudança nos padrões de consumo, os cidadãos referem a necessidade de se utilizar instrumentos políticos tais como incentivos financeiros e campanhas de informação que incentivem os cidadãos a alterar os seus padrões de consumo e para aprenderem a utilizar e a eliminar os produtos de forma sustentável. Simultaneamente consideram que, de modo a atingir um consumo mais sustentável, os decisores políticos devem focar-se em tornar o consumo sustentável menos dispendioso e mais acessível a todos. No dia da consulta, 106 cidadãos portugueses debateram e votaram presencialmente num conjunto de 20 questões pré-definidas relativas à temática da sustentabilidade. Os resultados obtidos no questionário e as considerações retiradas dos debates realizados nas mesas possibilitaram obter uma percepção única e detalhada das visões dos cidadãos sobre o consumo sustentável que conduziram à elaboração de um conjunto de seis opções para análise dos decisores políticos: 1. Considerar os cidadãos como colaboradores no esforço para alcançar um consumo mais sustentável; 2. Assegurar que o consumo sustentável seja regulado pelas autoridades públicas e não apenas pelo mercado; 3. Tornar o consumo sustentável mais económico e acessível; 4. Assegurar uma maior durabilidade dos produtos; 5. Sensibilizar e educar os cidadãos sobre como consumir de modo mais sustentável; 6. Envolver os cidadãos em processos de participação pública no futuro. Consulta Pública Europeia sobre Consumo Sustentável A Consulta Pública aos cidadãos europeus sobre consumo sustentável foi uma de várias iniciativas realizadas no âmbito do projecto PACITA, tendo sido realizada em 11 países/regiões da Europa, parceiros do projecto PACITA. A iniciativa tem como objectivos melhorar a formulação de políticas sobre consumo sustentável e alargar os processos de participação dos cidadãos a países com experiência limitada ou inexistente em matéria de participação pública. De modo geral, os governos relutam em intervir em demasia na esfera privada dos cidadãos, uma vez que as escolhas dos consumidores são, nos mercados livres, encaradas como uma questão pessoal. Como resultado, as políticas destinadas a reforçar o consumo sustentável tendem a focar-se na produção de bens e serviços, e não no consumo privado e individual. Dessa forma, a consulta pública aos cidadãos europeus procurou restruturar o debate em 7

8 torno do consumo sustentável considerando opções políticas destinadas à esfera privada. Simultaneamente teve como objectivo recolher a opinião dos cidadãos sobre os papéis que os mesmos poderiam desempenhar no aumento da sustentabilidade na sociedade. A consulta pública esteve organizada em torno de quatro sessões temáticas: Sessão 1 Introdução ao consumo sustentável; Sessão 2 Promover a mudança rumo a um consumo mais sustentável; Sessão 3 Redução do consumo; Sessão 4 Redução de resíduos. Metodologia A Consulta Pública realizada nos 11 países/regiões europeus teve como base o método World Wide Views (WWViews), desenvolvido e coordenado pelo Danish Board of Technology Foundation. O método tem como objectivo de contribuir para uma maior participação dos cidadãos em questões relevantes a nível global (e.g. alterações climáticas, biodiversidade, entre outras). As negociações internacionais acerca do futuro ambiental são habitualmente orientadas por interesses nacionais e baseadas em pareceres científicos ou grupos de interesse. Porém, não existe um mecanismo que permita aos cidadãos dar a sua opinião sobre políticas que os poderão afectar, no sentido de melhor informar os decisores políticos para que estes possam considerar as opiniões dos cidadãos e assim considerar diferentes fontes de informação para apoiar a sua decisão. Em termos práticos, o método WWViews baseia-se no princípio de, no mesmo dia, reunir cidadãos em diferentes países/regiões com o objectivo de debater questões políticas com impacto a nível global. O processo envolve uma amostra de 100 cidadãos de cada país, que são expostos ao mesmo material informativo antes e durante a consulta, discutem as mesmas temáticas e respondem presencialmente às mesmas perguntas através de um questionário anónimo de respostas fechadas. Depois de recolhidas, as respostas são introduzidas numa plataforma informática que possibilita uma visão transnacional e em tempo real, permitindo obter resultados comparáveis e úteis aos decisores políticos europeus e nacionais. O questionário de votação apresentado no dia da consulta foi composto por 20 questões que foram construídas com base em pareceres de decisores políticos e especialistas dos vários países envolvidos de forma a abordar as questões mais relevantes. Por sua vez, o material informativo foi revisto por um conselho científico e o questionário testado por pequenos grupos de cidadãos. Cada sessão temática, no dia da consulta, foi introduzida por um vídeo informativo que serviu de ponto de partida para o debate nas mesas. Os vídeos contêm um 8

9 resumo de várias das matérias apresentadas na brochura informativa enviado a todos os cidadãos, previamente à consulta. Consulta Pública Nacional sobre Consumo Sustentável A consulta pública aos cidadãos portugueses sobre consumo sustentável ocorreu, à semelhança dos parceiros europeus 3, no dia 25 de Outubro de 2014, tendo sido realizada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Em Portugal, os cidadãos participantes foram distribuídos em mesas de 7 a 9 pessoas. Cada mesa incluía um moderador responsável por facilitar o debate entre os cidadãos e moderar as deliberações, e um relator para documentar o debate e deliberações dos cidadãos. Durante a consulta, Portugal participou numa breve vídeo-conferência com a Dinamarca, um dos países participantes. A iniciativa procurou sensibilizar os cidadãos portugueses do impacto da consulta não só a nível nacional como a nível europeu assim como o envolvimento de outros cidadãos europeus no debate sobre as mesmas temáticas. No final do dia foi entregue um questionário de avaliação aos cidadãos para que estes pudessem avaliar o dia da consulta. No tratamento dos dados recolhidos foi utilizada uma combinação da análise quantitativa dos resultados dos inquéritos (através do software estatístico SPSS) com uma análise qualitativa dos discursos dos cidadãos nos debates nas mesas (grelhas de análise da transcrição dos discursos). Os 106 cidadãos portugueses presentes na consulta pública foram seleccionados de forma a reflectir a diversidade demográfica do país. Para definir a amostra, foram consideradas as variáveis idade, sexo, nível de escolaridade completo, grau de urbanização do local de residência, profissão e situação na profissão, calculada com base nos Censos de A Figura 1 indica a distribuição dos cidadãos participantes de acordo com algumas das variáveis anteriormente referidas, nomeadamente: idade, sexo e nível de escolaridade. Relativamente às quotas dos escalões etários verifica-se que a presença dos cidadãos vai de encontro ao que tinha sido projectado inicialmente na amostra. Contudo, há uma excessiva representação da categoria 60 ou mais anos, com uma diferença de mais 12 cidadãos relativa à amostra inicial. 3 À excepção das consultas públicas na Hungria e na República Checa, as quais decorreram uma semana antes devido a feriados nacionais. 9

10 Relativamente ao género, existe uma diferença de 10 cidadãos comparada com os valores da amostra inicial, ou seja, a participação de 65 mulheres relativamente a 55. Foi ao nível de escolaridade que se observou a diferença mais acentuada com um desvio na amostra. De acordo com os últimos Censos (2011) e considerando uma amostra de 106 cidadãos, 69 cidadãos com nível de escolaridade baixo deviam estar representados na consulta, no entanto, apenas se pode contar com a participação de 28 cidadãos. Em comparação, estiveram presentes 55 cidadãos com educação superior relativamente aos 16 cidadãos que deveriam ter estado presente. Nível de escolaridade 4 Nível de escolaridade baixo (ISCED 1-2) Nível de escolaridade intermédio (ISCED 3-4) Nível de escolaridade superior (ISCED 5-8) anos anos anos 60 ou mais anos Total Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Total Figura 1 Caracterização dos cidadãos participantes de acordo com idade, sexo e nível de escolaridade completo. Relativamente à variável grau de urbanização 5 estiveram presentes na consulta pública cidadãos de 11 dos 18 distritos existentes a nível nacional. Os 60,4% dos cidadãos participantes (correspondendo a 64 pessoas) integraram a categoria de Freguesias densamente povoadas, enquanto a categoria Freguesias pouco povoadas esteve menos representada, com 14,2% (correspondendo a 15 pessoas). Relativamente à situação na profissão, os Trabalhadores por conta de outrem ocupam a posição principal na amostra final com 34% dos cidadãos, seguindo-se a categoria Reformados que representa 32% dos cidadãos. Convém salientar que, apesar de amostra não ser estatisticamente representativa (106 cidadãos em Portugal), é no entanto diversificada para ilustrar algumas das diferenças a nível 4 Definido de acordo com os dados dos Censos de 2011, considerando a Classificação Internacional Normalizada da Educação (ISCED). Para mais informações: 5 Grau de Urbanização definido pelo EUROSTAT (DGURBA), que Portugal usa para as freguesias. Para mais informações: DGURBA. 10

11 nacional. Para além disto, se compararmos a amostra nacional com a de outros países participantes, verifica-se que Portugal esteve entre os três países, entre eles a Dinamarca, com o maior número de participantes superando alguns países com uma maior tradição ao nível da participação pública (e.g. Holanda). Em seguida são apresentadas o conjunto de seis opções que incluem uma breve análise comparativa dos resultados obtidos em Portugal com à média dos valores obtidos dos países europeus participantes. As opções são baseadas na análise dos resultados nacionais obtidos na votação e dos registos dos debates que tiveram lugar entre os cidadãos. Opções 1. Considerar os cidadãos como colaboradores no esforço para alcançar um consumo mais sustentável Observações 65% dos cidadãos portugueses afirmam estar muito preocupados e 32% moderadamente preocupados relativamente à questão do consumo sustentável. 6 69% dos portugueses afirmam que o cidadão individual deve assumir a principal responsabilidade no esforço de alcançar um consumo mais sustentável, seguindo-se os governos e políticos nacionais (31%), empresas e indústria (26%) e os governos locais e/ou regionais (24%). 7 Como principais papéis a desempenhar na mudança para um consumo mais sustentável, 36% dos cidadãos participantes consideram ser importante assumir o papel de acção colectiva e 29%, o papel de consumidor. 8 93% dos cidadãos portugueses estão dispostos a reduzir o seu consumo pessoal, dos quais 36% está disposto a reduzir o seu consumo alimentar, 28% o consumo doméstico de energia e água e 27% produtos em geral. 9 Relativamente às principais preocupações ao escolher um produto alimentar, as duas opções mais votadas foram a escolha de produtos saudáveis (59%) e o esforço por 6 Correspondente à pergunta Correspondente à pergunta 1.6, de resposta múltipla até duas opções. 8 Correspondente à pergunta Correspondente à pergunta

12 diminuir o desperdício de alimentos e de resíduos de embalagens (5). No entanto cerca de 29% dos cidadãos portugueses afirmaram preferir produtos com padrões elevados de sustentabilidade em comparação com 29% que escolhem os produtos, sobretudo, com base no seu custo. 10 Dos 10 desafios apresentados para o futuro, os cidadãos participantes escolheram principalmente proteger os recursos naturais (76%), garantir a boa governação (58%) e proteger o ambiente (49%). 11 Numa perspectiva comparada, Portugal encontra-se a par com as respostas dos cidadãos europeus participantes, nomeadamente na preocupação com a temática da sustentabilidade, na disponibilidade para reduzir o consumo pessoal e na visão do cidadão individual como principal responsável no esforço para alcançar um consumo mais sustentável. No entanto o papel de consumidor (38%) surge em primeiro lugar seguido de acção colectiva (3) na média europeia (ME). Salienta-se também algumas diferenças relativamente às principais preocupações na escolha de um produto alimentar: no custo (PT 29%, ME 38%) e desperdício (PT 5, ME 34%). Considerações Os dados recolhidos na consulta pública permitem considerar que os cidadãos portugueses se preocupam com a temática do consumo sustentável. Adicionalmente foi possível verificar que muitos dos cidadãos conseguem expressar o conceito de sustentabilidade através de exemplos práticos de comportamentos ou realidades, realçando a importância e o potencial das práticas diárias no esforço para alcançar um consumo mais sustentável. Os resultados da votação revelam que os cidadãos gostariam de contribuir para o objectivo de se alcançar um maior nível de sustentabilidade no consumo. Em vários momentos os participantes reflectiram sobre o que necessitam de consumir e a forma mais equilibrada para o fazer, como ilustram as citações retiradas dos relatórios das mesas. Os cidadãos portugueses parecem conscientes do potencial que o comportamento individual e colectivo pode ter na mudança para um consumo mais sustentável e parecem dispostos a ter um papel activo e responsável no processo. Nesse sentido os cidadãos indicam estarem disponíveis para reduzir o seu consumo pessoal, efectuar escolhas mais sustentáveis na compra de produtos, ou mesmo envolver-se em actividades de desenvolvimento local. Contudo, apesar de se identificarem como principais contribuidores para esse objectivo também consideram 10 Correspondente à pergunta 1.4, de resposta múltipla até duas opções. 11 Correspondente à pergunta 1.1, de resposta múltipla até três opções. 12

13 importante o papel das autoridades públicas na responsabilidade do esforço para alcançar um consumo mais sustentável. Nesse sentido os decisores políticos deveriam considerar os cidadãos como colaboradores interessados e dispostos a estabelecer com as autoridades públicas uma parceria rumo a um consumo mais sustentável. O incentivo ao papel colectivo, nomeadamente a actividades locais, poderá estimular o interesse e o envolvimento dos cidadãos e assim apoiar transformações sociais relevantes em questões de sustentabilidade. Salientamos o contributo especial que as organizações da sociedade civil poderão fornecer através da participação das populações em processos de intervenção na sociedade. Citações dos cidadãos Portugueses - As pessoas deviam pensar sobre as suas casas e ter uma postura doméstica mais sustentável. Se as pessoas não pensarem sobre o consumo nas suas próprias casas, a região, o país e a realidade internacional não mudam. - O que eu faço é reutilizar a roupa. Eu também me recuso a colocar o pão em sacos de plástico, utilizo um de pano. Eu acho que acima de tudo, é uma questão de consciência e educação. - Cada um de nós é um agente de mudança. É importante partilhar. Deve existir uma luta contra o individualismo. - Nós devemos mudar os nossos hábitos para melhorar o futuro ( ) os cidadãos ainda conseguem fazer uma grande diferença para resolver ou reduzir este problema. - Existe muito desperdício nos restaurantes. Eu acho que se as pessoas começarem a pedir as sobras, isso poderia fazer a diferença. 2. Assegurar que o consumo sustentável seja regulado pelas autoridades públicas e não apenas pelo mercado Observações Os resultados indicam que a opção mais votada, a seguir ao cidadão individual, em assumir a principal responsabilidade no esforço de alcançar um consumo mais sustentável, são os políticos e governantes nacionais (31%), seguindo-se os governos locais e/ou regionais (24%) e a União Europeia e as suas instituições (15%). No total 7 dos participantes 13

14 portugueses indicou que pelo menos uma autoridade pública deveria assumir essa responsabilidade. Enquanto 26% dos cidadãos acredita que esta é principalmente uma responsabilidade das empresas e indústria. 12 Relativamente aos instrumentos políticos a serem utilizados para estimular o consumo sustentável, 71% dos portugueses escolheram a opção dirigir campanhas de informação que incentivem os cidadãos a alterar os seus padrões de consumo e aprender a utilizar e a eliminar o produto de forma sustentável. Enquanto 4 escolheram definir e aplicar regras para a utilização e produção sustentável e 22% optaram pela proibição da produção e importação de produtos e serviços com impactos negativos na sustentabilidade. 13 Cerca de 87% dos cidadãos afirmam que as autoridades públicas deveriam regular as campanhas de marketing e de publicidade. Destes 4 acreditam que as autoridades públicas devem certificar-se que os anúncios não comercializam enganosamente um produto como amigo do ambiente. 14 Os participantes acreditam que as autoridades públicas devem providenciar apoio financeiro (42%), orientação e apoio administrativo (23%) e mostrar reconhecimento e apoio político (19%) em relação a iniciativas de sustentabilidade das comunidades locais de cidadãos, em oposição a serem entregues aos cidadãos e ao mercado (12%). 15 Numa perspectiva comparada, Portugal destaca-se da média europeia relativamente ao uso das campanhas de informação como instrumento político para estimular o consumo sustentável (PT 71%, ME 52%) enquanto existe uma ligeira diferença relativamente à escolha da opção de definir e aplicar regras para a utilização e produção sustentável (PT 4, ME 32%). No entanto, os valores obtidos para as questões relativas a regular as campanhas de marketing e publicidade são semelhantes à média europeia assim como a escolha de pelo menos uma das autoridades públicas em assumir a principal responsabilidade no esforço de alcançar um consumo mais sustentável (ligeiras diferenças na votação para cada uma das instituições públicas). A votação obtida relativamente ao apoio dos decisores políticos em relação a iniciativas de sustentabilidade das comunidades locais de cidadãos, em oposição a serem entregues aos cidadãos e ao mercado, é semelhante à média europeia. Considerações De acordo com a análise das votações e dos discursos dos cidadãos, verifica-se que, apesar de os mesmos desejarem ser bastante activos em relação a um consumo mais sustentável, 12 Correspondente à pergunta 1.6, de resposta múltipla até duas opções. 13 Correspondente à pergunta 1.7, de resposta múltipla até duas opções. 14 Correspondente à pergunta Correspondente à pergunta

15 consideram que as autoridades públicas deveriam actuar sobre os padrões de consumo através da aplicação de medidas específicas. Os resultados parecem indicar que existe uma tendência para os cidadãos imputarem às autoridades públicas, nomeadamente ao governo e políticos nacionais, uma forte responsabilidade na regulação do consumo. Os resultados obtidos indicam que os cidadãos parecem ser favoráveis ao uso da regulação enquanto instrumento político para estimular o consumo sustentável. No entanto, os resultados sugerem que as empresas e indústria devem ser os principais alvos de regulação, nomeadamente ao nível da informação ao consumidor e das campanhas de marketing e publicidade. As empresas e indústria possuem um papel em atingir um consumo mais sustentável mas só uma pequena percentagem de cidadãos considera que a questão deva ser entregue exclusivamente ao mercado. Os resultados quantitativos e qualitativos demonstram que os cidadãos possuem pouca confiança no mercado enquanto único agente capaz de promover padrões de consumo mais sustentáveis. Os cidadãos parecem apoiar uma actuação conjunta entre cidadãos e autoridades públicas, nomeadamente, no apoio a actividades de sustentabilidade locais dos cidadãos. De acordo com a votação e debate dos cidadãos, as autoridades deveriam dar incentivos ao cidadão individual para mudar o seu comportamento. Adicionalmente poderiam orientar a acção das empresas e indústrias definindo e fazendo cumprir normas de produção e de uso sustentável. É possível que medidas específicas que visem empresas e a indústria possam induzir os cidadãos a consumir de forma mais sustentável. Essencialmente, os cidadãos apostam na educação como um dos instrumentos fundamentais na mudança dos padrões do consumo. No entanto, será essencial que as autoridades públicas criem as condições necessárias para que os cidadãos possam agir de forma sustentável. Isto é, eliminar os obstáculos que impedem os cidadãos de fazer escolhas sustentáveis e proporcionar incentivos para fomentar a mudança nos padrões de consumo dos cidadãos. Citações dos cidadãos Portugueses - Nós devemos dar o nosso contributo mas os políticos são aqueles que deviam realmente fazer alguma coisa. Deveria ser top-down. - Os governos têm um papel importante em termos da definição da legislação, sanções e informação dirigida aos cidadãos, consumidores e empresas. - Os produtores deviam ter mais directivas sobre como regulamentar os seus produtos e sobre como informar os consumidores acerca das características dos produtos. 15

16 - [Os] governos deviam ter um sistema para influenciar as empresas para serem transparentes quando estão a promover os seus produtos, e legislar mais em termos das leis para os consumidores, para que estes tenham uma escolha mais segura. - A um nível colectivo, os governos deviam controlar as estratégias de marketing das empresas. 3. Tornar o consumo sustentável mais económico e acessível Observações 29% dos portugueses assumem que escolhem os produtos alimentares com base no preço, enquanto 29% preferem produtos com padrões elevados de sustentabilidade. No entanto, o incentivo mais popular é a escolha de alimentos saudáveis com 59% dos cidadãos a escolher esta opção. 16 De forma a estimular o consumo sustentável através de instrumentos políticos, 36% dos cidadãos preferem que os decisores políticos tornem o consumo sustentável mais barato através de subsídios e aumentem o preço dos produtos com impactos negativos na sustentabilidade através de impostos. Por outro lado, 71% dos cidadãos são da opinião de que os decisores políticos deveriam concentrar os seus esforços na educação dos cidadãos em como consumir de forma sustentável. 17 Relativamente à informação disponível sobre a sustentabilidade dos produtos, 15% dos cidadãos são a favor de informação mais completa, enquanto 3 são a favor da simplificação e uniformização dos rótulos de sustentabilidade existentes. Por outro lado, 32% considera ser relevante educar os cidadãos para estes possam compreender melhor as informações dos produtos e anúncios. Enquanto 22% dos cidadãos consideram que as informações e as declarações sobre a sustentabilidade dos produtos devem ser rigorosamente controladas. 18 No que diz respeito à aplicação de medidas que permitam o transporte individual diário mais sustentável, 66% dos cidadãos preferem substituir os investimentos em infraestruturas para a mobilidade dos automóveis individuais por uma melhor oferta de 16 Correspondente à pergunta 1.4., de resposta múltipla até duas opções. 17 Correspondente à pergunta 1.7., de resposta múltipla até duas opções. 18 Correspondente à pergunta

17 transportes públicos. Além do mais, 57% dos cidadãos preferem incentivos fiscais para o uso de alternativas ao transporte em carros individuais. 19 Numa perspectiva comparada, Portugal apresenta valores semelhantes aos valores da média europeia em relação às principais preocupações na escolha de produtos alimentares. No entanto existe uma ligeira diferença relativamente à opção de considerar o preço dos produtos (PT 29%, ME 38%). Portugal diferencia-se consideravelmente da média europeia relativamente aos instrumentos políticos para estimular o consumo sustentável, nomeadamente nas opções de tornar o consumo sustentável mais barato através de subsídios e aumentar o preço dos produtos com impactos negativos na sustentabilidade através de impostos (PT 36%, ME 52%) e de campanhas de informação (PT 71%, ME 52%). Relativamente à informação disponível sobre a sustentabilidade dos produtos, Portugal possui valores de votação próximos da média europeia. Em relação às medidas económicas que permitam o transporte individual diário mais sustentável, Portugal destaca-se da média europeia na escolha de uma melhor oferta de transportes públicos (PT 66%, ME 54%). Considerações Os resultados da votação mostram que o custo é, para um número relevante de cidadãos, um dos incentivos na escolha de um produto alimentar. Nos relatórios qualitativos, é referido que em Portugal o preço dos produtos sustentáveis é geralmente superior ao preço dos restantes produtos, o que faz com que os cidadãos optem por produtos mais económicos. Adicionalmente, o facto dos produtos nacionais serem geralmente mais caros do que os produtos internacionais incentiva os cidadãos a optarem pela compra de produtos vindos de outros países. Nesse sentido, a atribuição de subsídios para tornar o consumo sustentável mais barato e a aplicação de impostos sobre produtos com impactos negativos na sustentabilidade é um dos instrumentos políticos escolhidos pelos cidadãos. Esta medida tem como objectivo facilitar o acesso dos cidadãos a determinados produtos estimulando-os a fazerem escolhas mais sustentáveis. A questão da informação sobre a sustentabilidade dos produtos foi discutida e considerada na votação e nos debates nas mesas e os resultados indicando que os cidadãos necessitam de informação simples sobre os produtos, o que facilitaria a tomada de decisões mais sustentáveis. Será relevante também considerar que um número elevado de cidadãos prefere substituir os investimentos em infra-estruturas para a mobilidade dos automóveis individuais 19 Correspondente à pergunta 2.2., de resposta múltipla até duas opções. 17

18 por uma melhor oferta de transportes públicos. Ou seja, os resultados parecem sugerir que favorecendo determinadas condições sustentáveis seja a nível dos transportes públicos ou produtos os cidadãos demonstram estar disponíveis ou consideram poder mudar os seus padrões de consumo. Em conclusão, é possível afirmar que os cidadãos procuram não só obter informações mais esclarecidas e simplificadas sobre os produtos, como também consideram necessária a implementação de políticas que tornem o consumo sustentável menos dispendioso, ou seja, os produtos serem mais económicos. A escolha de um estilo de vida sustentável não deve ser encarada e concebida como uma alternativa reservada às pessoas que dispõem de meios financeiros. Os decisores políticos deveriam considerar medidas que apoiem a acessibilidade económica e de informação de forma a incentivarem a sustentabilidade no consumo. Citações dos cidadãos Portugueses - Deveriam existir mais incentivos para comprarmos produtos melhores nós devíamos consumir aquilo que produzimos mas os nossos produtos são mais caros, por isso consumimos os produtos estrangeiros. - Os piores produtos são mais baratos do que os produtos que fazem melhor à saúde e ao ambiente. - Existe uma falta de racionalidade no nosso pensamento quotidiano, normalmente relacionado com a nossa percepção sobre o preço dos produtos. - Normalmente eu não presto atenção às marcas, pois estou mais preocupada com o preço. - O preço é uma barreira ao consumo de certos produtos. 4. Assegurar uma maior durabilidade dos produtos Observações Cerca de 7 dos cidadãos portugueses referem que a UE deve aumentar as garantias obrigatórias e impor padrões mais elevados de fabrico para que os produtos tenham uma maior duração. Por outro lado, 63% dos cidadãos pensa que se deve aumentar a disponibilidade de peças de substituição e tornar a reparação mais fácil e menos dispendiosa. 18

19 Em comparação menos de 1% dos cidadãos é que considera que não se devem criar políticas públicas que aumentem a durabilidade dos produtos. 20 No caso específico dos telemóveis, 34% dos cidadãos portugueses consideram que a UE deve incentivar os fabricantes a tornarem os telemóveis actualizáveis e reparáveis % dos cidadãos indicam que estão dispostos a reduzir voluntariamente o seu consumo pessoal. Entre esses cidadãos, 27% estariam dispostos a reduzir seu consumo de produtos. Por exemplo, escolher comprar produtos em segunda mão e não comprar actualizações frequentes de telemóveis e outros dispositivos electrónicos. 22 Numa perspectiva comparada a maior parte dos resultados obtidos a nível nacional são semelhantes relativamente à média europeia nas opções apresentadas. Existe no entanto uma diferença no que diz respeito aos resultados obtidos para a opção de reduzir o consumo de produtos em que Portugal apresenta um valor inferior à média europeia (PT 27%, ME 38%). Considerações Os resultados obtidos na votação do questionário e debates indicam que os cidadãos consideram que os decisores políticos devem desenvolver políticas que assegurem a durabilidade dos produtos, de modo a reduzir o consumo. Durante a consulta, os cidadãos afirmaram que estariam dispostos a abdicar de produtos novos e modernos, se a prática de reparar e reutilizar os produtos fosse recuperada. Na maior parte dos casos reparar um produto tem um custo superior a comprar um novo, como é o caso dos aparelhos electrónicos, em especial os telemóveis. Os resultados da votação sugerem que os cidadãos gostariam que a EU regulasse os mecanismos de mercado e assegurasse a durabilidade dos produtos, facilitando igualmente mecanismos de reparação e substituição de peças em alguns aparelhos. Isto surge em concordância com os debates de mesa em que os cidadãos indicam que os governos devem intervir, implementando regras à produção de modo a criar produtos com mais qualidade, resistência e durabilidade. A obsolescência programada é conhecida como uma das estratégias que algumas empresas utilizam para programarem os seus produtos ou o seu tempo de vida para durarem menos do que a tecnologia permite. Desde modo, os produtos são rapidamente ultrapassados, motivando o consumidor a comprar um novo produto, como é o 20 Correspondente à pergunta 3.2, de resposta múltipla até duas opções. 21 Correspondente à pergunta 4.3, de resposta múltipla até duas opções. 22 Correspondente à pergunta 3.1 de resposta múltipla até duas opções. 19

20 caso dos electrodomésticos, produtos electrónicos e telemóveis, que facilmente são substituídos devido ao avanço da tecnologia e novas necessidades por parte dos consumidores. 23 Relativamente à reparação de produtos existe em muitos dos casos dificuldade de acesso aos manuais de reparação que possam permitir ao consumidor ou aos centros de reparação reparar um produto e a sua posterior reutilização. Sem os manuais de reparação o ciclo de vida dos equipamentos torna-se mais curto uma vez que não podem ser reutilizados o que estimula a compra de um novo produto. De modo a combater a obsolescência programada, o Comité Económico e Social Europeu (CESE) decidiu, nos termos do artigo 29 nº 2 do Regimento, elaborar um parecer 22 sobre o ciclo de vida dos produtos industriais e informação dada ao consumidor. Este parecer tem como principais objectivos combater os casos mais flagrantes de obsolescência programada e melhorar as garantias para o consumidor. O CESE preconiza a proibição total dos produtos cujos defeitos sejam programados para provocar o fim de vida do aparelho, recomendando igualmente que as empresas facilitem e providenciem informação sobre a reparação dos seus produtos. Neste sentido, o CESE considera útil criar um sistema que garanta uma duração mínima de vida dos produtos, assim como informar e sensibilizar os consumidores sobre o ciclo de vida mínimo dos produtos, o que é relevante para a decisão antes da compra. Em conclusão, os resultados obtidos na consulta apoiam a regulação da durabilidade, qualidade e resistência dos produtos, orientando o crescimento para a satisfação das necessidades dos consumidores em uniformidade com o parecer do CESE. Citações dos cidadãos Portugueses - Os governos devem implementar regras para a produção de produtos mais resistentes e com um maior tempo de vida. - A prática de mandar arranjar um produto em vez de comprar um novo deveria ser recuperada. - É mais barato comprar um produto novo do que mandar arranjar um antigo, apesar de muitas vezes não precisarmos de um aparelho novo e sim apenas de uma peça ou duas. 23 Parecer do Comité Económico e Social Europeu sobre o tema Por um consumo mais sustentável: O ciclo de vida dos produtos industriais e informação do consumidor a bem de uma confiança restabelecida. 20

21 durabilidade. - As empresas deveriam ser forçadas a produzir bens com maior qualidade e 5. Sensibilizar e educar os cidadãos sobre como consumir de modo mais sustentável Observações 71% dos cidadãos portugueses consideram que os decisores políticos devem utilizar as campanhas de informação como um dos principais instrumentos para estimular o consumo sustentável % dos cidadãos escolhem as acções de sensibilização como a melhor estratégia para os cidadãos reduzirem os seus resíduos alimentares. 25 Com o objectivo de melhorar a qualidade da informação que chega ao consumidor sobre a sustentabilidade dos produtos, 32% dos cidadãos consideram que as autoridades públicas devem concentrar-se na educação dos consumidores de modo a estes compreenderem melhor a informação dos produtos e anúncios % dos cidadãos consideram que as iniciativas de sustentabilidade locais e processos de envolvimento das comunidades devem ser entregues aos cidadãos e mercado. Enquanto os restantes participantes acredita que as autoridades públicas devem providenciar apoio financeiro (42%), orientação e apoio administrativo (23%) e mostrar reconhecimento e apoio políticos (19%). 27 Numa perspectiva comparada, na questão relativa às melhores formas de reduzir a quantidade total de alimentos que é desperdiçada Portugal destaca-se da média europeia na escolha da opção de acções de educação (PT 77%, ME 67%). O mesmo acontece relativamente ao uso das campanhas de informação como instrumento político para estimular o consumo sustentável (PT71%, ME 52%), com Portugal a apresentar um percentagem mais elevada do que a média europeia. Relativamente à escolha da opção de ensinar os consumidores a perceber melhor as informações nos produtos e anúncios Portugal apresenta valores semelhantes à média europeia. A votação obtida relativamente ao apoio dos decisores políticos em relação a iniciativas de sustentabilidade das comunidades locais de cidadãos, em oposição a serem entregues aos cidadãos e ao mercado é semelhante à média europeia. 24 Correspondente à pergunta 1.7 de resposta múltipla até duas opções. 25 Correspondente à pergunta 4.2 de resposta múltipla até três opções. 26 Correspondente à pergunta Correspondente à pergunta

22 Considerações Os resultados da consulta revelam que as acções de educação e informação são um dos principais instrumentos políticos que os cidadãos julgam poder estimular mudanças nos padrões de consumo. Nesse sentido seria relevante os decisores políticos poderem apoiar iniciativas de sustentabilidade, providenciando mais informação sobre os produtos e organizar campanhas em como ser mais sustentável e reduzir os resíduos. De acordo com os discursos dos participantes, as questões da educação e informação são essenciais para apoiar os cidadãos nas suas escolhas de consumo. Adicionalmente, os debates de mesa também indicam que os cidadãos consideram importante que as crianças possam ser educadas sobre como consumir de forma sustentável. Por exemplo, foi sugerido por vários participantes a temática do consumo sustentável seja ensinada nas escolas. Nesse sentido, o ensino formal em contexto escolar poderá constituir um veículo fundamental para a aquisição de conhecimentos sobre atitudes responsáveis a ter face ao ambiente e à sustentabilidade. Através da transmissão destes conhecimentos, os jovens poderão estar mais informados e ter opções mais sustentáveis no futuro. O capítulo 36 da Agenda 21 28, documento principal, aprovado na Conferência do Rio Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento (CNUAD, Rio de Janeiro, 1992), que constitui um ousado e abrangente programa de acção com o objectivo de promover, à escala planetária, um novo padrão de desenvolvimento, afirma que a educação é essencial no rumo ao desenvolvimento sustentável. Em conclusão, o educar e informar os cidadãos sobre como ser-se mais sustentável deverá ser uma prioridade para se poder consciencializar os indivíduos sobre a temática da sustentabilidade e apoiar as suas decisões. Citações de cidadãos Portugueses - Eu penso que poderíamos reduzir o consumo de carne na nossa nutrição. - É importante a questão do desperdício de água nos banhos, porque influencia as despesas domésticas. Deveria, também, existir uma espécie de penalização em termos da selecção do lixo. - As escolas têm um grande impacto na formação das crianças: neste sentido, deveriam existir acções de formação de modo a educar as crianças sobre como reciclar e reutilizar os produtos

23 - As crianças são o futuro e deveriam ser educadas na escola para pensar de modo sustentável. - Os cidadãos deveriam sentir-se responsáveis em educar a próxima geração, e tornar o mundo um lugar mais sustentável para as gerações seguintes. É uma questão de responsabilidade, que começa em casa e na escola. 6. Envolver os cidadãos em processos de participação pública no futuro Observações do questionário de avaliação 99% dos cidadãos portugueses afirmam que, no futuro, deveriam ser realizadas mais consultas públicas a nível europeu. Adicionalmente, 74% dos cidadãos acredita que a Consulta Pública sobre Consumo Sustentável irá gerar conhecimento valioso para os decisores políticos. 93% dos cidadãos afirmam que participariam novamente numa consulta pública. 96% refere que diferentes opiniões e perspectivas foram apresentadas e debatidas pelos participantes. Numa perspectiva comparada, Portugal apresenta valores semelhantes à média europeia relativamente às questões abordadas no questionário de avaliação. No entanto Portugal destaca-se relativamente à média europeia na questão da participação na consulta pública ter alterado a opinião dos cidadãos sobre o consumo sustentável (PT 76%, ME 63%). Considerações A consulta pública realizada em Portugal obteve uma avaliação bastante positiva e em linha com os restantes 10 países/regiões europeus participantes. A análise dos dados dos questionários de avaliação e dos relatórios dos debates revelam que os cidadãos gostariam de estar mais envolvidos em processos de participação pública no futuro. Adicionalmente, os cidadãos indicaram que os debates e deliberações em que participaram permitiram a troca de diferentes opiniões e perspectivas. Dessa forma, é importante que os cidadãos possam ser expostos à informação e que existam espaços onde a possam debater e ponderar as suas opiniões e pressupostos, de forma a puderem contribuir para o enriquecimento das soluções a propor. A participação pública pode ser um importante meio de intercâmbio de informação, de legitimação das opiniões dos cidadãos, e a oportunidade de criação de espaços de diálogo. Nesse sentido, a participação pública em Portugal poderá estimular uma cultura de cooperação e decisão colaborativa entre cidadãos e decisores políticos. 23

24 As Nações Unidas enfatizam a importância da participação como uma forma de promover a democracia e fortalecer o Estado de Direito. De facto, o Princípio 10 da Declaração do Rio 29, de 1992, afirma que As questões ambientais são melhor tratadas com a participação, ao nível apropriado, de todos os cidadãos implicados e que Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, colocando as informações à disposição de todos.. Ao nível da União Europeia, a Directiva 2003/35/CE 30 estabelece a participação do público na elaboração de determinados planos e programas relativos ao ambiente. Em conclusão, as questões ambientais são melhor solucionadas com a participação dos cidadãos e que a promoção da cidadania e da educação actua directamente sobre o desenvolvimento sustentável file:///c:/perfil/transferencias/dir2003_35_particippublica.pdf 24

25 ANEXO Variáveis Demográficas Idade dos Participantes anos 20.75% anos 12.26% anos 15.09% anos 16.04% anos 23.58% 70 ou + anos 12.26% Género Feminino 61.32% Masculino 38.68% SESSÃO 1: INTRODUÇÃO AO CONSUMO SUSTENTÁVEL PERGUNTA 1.1 Dos seguintes desafios, quais considera serem os mais importantes para o futuro? (Escolha até três opções) a) Proteger os recursos naturais 76.19% b) Garantir o crescimento económico 13.33% c) Criar empregos 2 d) Proteger o ambiente 49.52% e) Garantir a boa governação 58.1% f) Lidar com a migração 0.95% g) Desenvolver novas tecnologias 8.57% h) Melhorar a saúde pública 25.71% i) Aumentar a segurança 4.76% j) Melhorar a justiça social 33.33% k) Nenhuma das opções anteriores l) Prefiro não responder PERGUNTA 1.2 Qual o seu grau de preocupação relativamente ao consumo sustentável? (Escolha uma opção) a) Muito preocupado 65.09% b) Moderadamente preocupado 32.08% c) Não muito preocupado 0.94% d) Nada preocupado e) Prefiro não responder 1.89% PERGUNTA 1.3 Quando percorre distâncias até 10 km, sempre que possível (Escolha uma opção) a) Uso transportes públicos 36.19% b) Uso o meu carro particular 44.76% c) Vou de bicicleta 3.81% d) Vou a pé 14.29% e) Prefiro não responder 0.95% PERGUNTA 1.4 Quais são as suas principais preocupações ao escolher um produto alimentar? (Escolha até duas opções) a) Esforço-me por diminuir o desperdício de alimentos e de resíduos de embalagens 50.48% b) Prefiro alimentos de preparação rápida e fácil 6.67% c) Prefiro alimentos saudáveis 59.05% d) Prefiro produtos com padrões elevados de 28.57% e) Escolho os produtos, sobretudo, com base no seu custo 29.52% f) Prefiro não responder 0.95% PERGUNTA 1.6 Na sua opinião, quem deve assumir a principal responsabilidade no esforço de alcançar um consumo mais sustentável? (Escolha até duas opções) a) O cidadão individual 68.57% b) Organizações nãogovernamentais (ONG) 4.76% c) Empresas e indústria 25.71% d) Governos locais e/ou regionais 23.81% e) Governos e políticos nacionais 31.43% f) A União Europeia e as suas instituições 15.24% g) As Nações Unidas e outras organizações supranacionais 14.29% h) Prefiro não responder 0.95% PERGUNTA 1.7 Na sua opinião, que instrumentos políticos devem ser utilizados para estimular o consumo sustentável? (Escolha até duas opções) a) Definir e aplicar regras para a utilização e produção sustentável 40.38% b) Dirigir campanhas de informação que incentivem os cidadãos a alterar os seus padrões de consumo e a aprender a utilizar e a eliminar o produto de forma sustentável 71.15% c) Rotular os produtos de modo a facilitar a identificação dos produtos produzidos de acordo com as regras de sustentabilidade 20.19% d) Tornar o consumo sustentável mais barato através de subsídios e aumentar o preço dos produtos com impactos negativos na sustentabilidade através de impostos 35.58% e) Proibir a produção e importação de produtos e serviços com impactos negativos na sustentabilidade 22.12% f) Nenhuma das opções anteriores g) Prefiro não responder 1.92% 25

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA

REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA REDE TEMÁTICA DE ACTIVIDADE FÍSICA ADAPTADA Patrocinada e reconhecida pela Comissão Europeia no âmbito dos programas Sócrates. Integração social e educacional de pessoas com deficiência através da actividade

Leia mais

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO CAPÍTULO 30 FORTALECIMENTO DO PAPEL DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA INTRODUÇÃO 30.1. O comércio e a indústria, inclusive as empresas transnacionais,

Leia mais

Estabelecendo Prioridades para Advocacia

Estabelecendo Prioridades para Advocacia Estabelecendo Prioridades para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

1) Breve apresentação do AEV 2011

1) Breve apresentação do AEV 2011 1) Breve apresentação do AEV 2011 O Ano Europeu do Voluntariado 2011 constitui, ao mesmo tempo, uma celebração e um desafio: É uma celebração do compromisso de 94 milhões de voluntários europeus que, nos

Leia mais

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira

1. Objectivos do Observatório da Inclusão Financeira Inclusão Financeira Inclusão Financeira Ao longo da última década, Angola tem dado importantes passos na construção dos pilares que hoje sustentam o caminho do desenvolvimento económico, melhoria das

Leia mais

MINISTÉRIO DO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO AMBIENTE REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DO AMBIENTE O Ministério do Ambiente tem o prazer de convidar V. Exa. para o Seminário sobre Novos Hábitos Sustentáveis, inserido na Semana Nacional do Ambiente que terá

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa

Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Estratégia Europeia para o Emprego Promover a melhoria do emprego na Europa Comissão Europeia O que é a Estratégia Europeia para o Emprego? Toda a gente precisa de um emprego. Todos temos necessidade de

Leia mais

Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental

Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental Política da Nestlé sobre Sustentabilidade Ambiental A Nestlé, na qualidade de Companhia líder em Nutrição, Saúde e Bem-Estar, assume o seu objectivo

Leia mais

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO

Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Sessão de Abertura Muito Bom dia, Senhores Secretários de Estado Senhor Presidente da FCT Senhoras e Senhores 1 - INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite que a FCT me dirigiu para

Leia mais

Permanente actualização tecnológica e de Recursos Humanos qualificados e motivados;

Permanente actualização tecnológica e de Recursos Humanos qualificados e motivados; VISÃO Ser a empresa líder e o fornecedor de referência do mercado nacional (na área da transmissão de potência e controlo de movimento) de sistemas de accionamento electromecânicos e electrónicos, oferecendo

Leia mais

Introdução 02. CRER Metodologia Integrada de Apoio ao Empreendedor 04. Passos para criação do CRER Centro de Recursos e Experimentação 05

Introdução 02. CRER Metodologia Integrada de Apoio ao Empreendedor 04. Passos para criação do CRER Centro de Recursos e Experimentação 05 criação de empresas em espaço rural guia metodológico para criação e apropriação 0 Introdução 02 O que é o CRER 03 CRER Centro de Recursos e Experimentação 03 CRER Metodologia Integrada de Apoio ao Empreendedor

Leia mais

Seminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL

Seminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL Seminário Energia e Cidadania 23 de Abril de 2009 Auditório CIUL Começo por agradecer a todos terem vindo a este seminário. Em especial à Senhora Secretária de Estado que muito nos honra com a sua presença

Leia mais

Conclusões do Conselho sobre o critério de referência da mobilidade para a aprendizagem (2011/C 372/08)

Conclusões do Conselho sobre o critério de referência da mobilidade para a aprendizagem (2011/C 372/08) 20.12.2011 Jornal Oficial da União Europeia C 372/31 Conclusões do Conselho sobre o critério de referência da mobilidade para a aprendizagem (2011/C 372/08) O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA, TENDO EM CONTA

Leia mais

1. Motivação para o sucesso (Ânsia de trabalhar bem ou de se avaliar por uma norma de excelência)

1. Motivação para o sucesso (Ânsia de trabalhar bem ou de se avaliar por uma norma de excelência) SEREI UM EMPREENDEDOR? Este questionário pretende estimular a sua reflexão sobre a sua chama empreendedora. A seguir encontrará algumas questões que poderão servir de parâmetro para a sua auto avaliação

Leia mais

Política de Responsabilidade Corporativa. Março 2013

Política de Responsabilidade Corporativa. Março 2013 Política de Responsabilidade Corporativa Março 2013 Ao serviço do cliente Dedicamos os nossos esforços a conhecer e satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Queremos ter a capacidade de dar uma

Leia mais

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO::

::ENQUADRAMENTO ::ENQUADRAMENTO:: ::ENQUADRAMENTO:: :: ENQUADRAMENTO :: O actual ambiente de negócios caracteriza-se por rápidas mudanças que envolvem a esfera politica, económica, social e cultural das sociedades. A capacidade de se adaptar

Leia mais

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção

Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento. (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (2010-2015) ENED Plano de Acção 02 Estratégia Nacional de

Leia mais

POSIÇÃO DA UGT Audição sobre o Futuro da Europa

POSIÇÃO DA UGT Audição sobre o Futuro da Europa POSIÇÃO DA UGT Audição sobre o Futuro da Europa A UGT saúda o debate em curso na Comissão dos Assuntos Europeus sobre o Futuro da Europa e, particularmente, sobre o futuro do Tratado Constitucional. O

Leia mais

II Edição do Concurso Uma Boa Ideia para a Sustentabilidade. Tema: Uso Sustentável da Água. Regulamento do Concurso de Ideias

II Edição do Concurso Uma Boa Ideia para a Sustentabilidade. Tema: Uso Sustentável da Água. Regulamento do Concurso de Ideias II Edição do Concurso Uma Boa Ideia para a Sustentabilidade Tema: Uso Sustentável da Água Regulamento do Concurso de Ideias (Aberto a todos os cidadãos) 1. O que é? O concurso Uma Boa Ideia para a Sustentabilidade

Leia mais

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE

SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE V EUROSAI/OLACEFS CONFERENCE SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA, PRESTAÇÃO DE CONTAS E RESPONSABILIDADE CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES A V Conferência EUROSAI/OLACEFS reuniu, em Lisboa, nos dias 10 e 11 de Maio de

Leia mais

Começa por você! Resultados das ações da Campanha De quem é a responsabilidade?

Começa por você! Resultados das ações da Campanha De quem é a responsabilidade? Resultados das ações da Campanha De quem é a responsabilidade? CAMPANHA DE QUEM É A RESPONSABILIDADE? Início da Campanha outubro de 2009 Objetivo: Implementar a A3P e incentivar os servidores para adoção

Leia mais

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano

24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano 24 O uso dos manuais de Matemática pelos alunos de 9.º ano Mariana Tavares Colégio Camões, Rio Tinto João Pedro da Ponte Departamento de Educação e Centro de Investigação em Educação Faculdade de Ciências

Leia mais

SESSÃO DE CAPACITAÇÃO

SESSÃO DE CAPACITAÇÃO SESSÃO DE CAPACITAÇÃO Apoios Financeiros para a Área Social 27 de Maio de 2013 MISSÃO ÁREAS ESTATUTÁRIAS ARTE BENEFICÊNCIA EDUCAÇÃO CIÊNCIA Promoção do desenvolvimento individual e apoio à inclusão social

Leia mais

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio

Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio Empreendedorismo De uma Boa Ideia a um Bom Negócio 1. V Semana Internacional A Semana Internacional é o evento mais carismático e que tem maior visibilidade externa organizado pela AIESEC Porto FEP, sendo

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por:

ARTIGO TÉCNICO. Os objectivos do Projecto passam por: A metodologia do Projecto SMART MED PARKS ARTIGO TÉCNICO O Projecto SMART MED PARKS teve o seu início em Fevereiro de 2013, com o objetivo de facultar uma ferramenta analítica de confiança para apoiar

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS I. INTRODUÇÃO O Governo apresentou ao Conselho Económico e Social o Projecto de Grandes Opções do Plano 2008 (GOP 2008) para que este Órgão, de acordo com

Leia mais

Capítulo III Aspectos metodológicos da investigação

Capítulo III Aspectos metodológicos da investigação Capítulo III Aspectos metodológicos da investigação 3.1) Definição do problema Tendo como ponto de partida os considerandos enumerados na Introdução, concretamente: Os motivos de ordem pessoal: Experiência

Leia mais

PROJECTO DE LEI N.º 757/X ESTABELECE MEDIDAS DE INCENTIVO À PARTILHA DE VIATURAS

PROJECTO DE LEI N.º 757/X ESTABELECE MEDIDAS DE INCENTIVO À PARTILHA DE VIATURAS Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 757/X ESTABELECE MEDIDAS DE INCENTIVO À PARTILHA DE VIATURAS Exposição de motivos Existiam 216 milhões de passageiros de carros na UE a 25 em 2004, tendo o número

Leia mais

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS 24 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMBINADAS Os mercados de capitais na Europa e no mundo exigem informações financeiras significativas, confiáveis, relevantes e comparáveis sobre os emitentes de valores mobiliários.

Leia mais

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA

EFIÊNCIA DOS RECURSOS E ESTRATÉGIA ENERGIA E CLIMA INTRODUÇÃO Gostaria de começar por agradecer o amável convite para participar neste debate e felicitar os organizadores pela importância desta iniciativa. Na minha apresentação irei falar brevemente da

Leia mais

nossa vida mundo mais vasto

nossa vida mundo mais vasto Mudar o Mundo Mudar o Mundo O mundo começa aqui, na nossa vida, na nossa experiência de vida. Propomos descobrir um mundo mais vasto, Propomos mudar o mundo com um projecto que criou outros projectos,

Leia mais

MISSÃO, VISÃO, VALORES E POLÍTICA

MISSÃO, VISÃO, VALORES E POLÍTICA MISSÃO, VISÃO, VALORES E POLÍTICA VISÃO Ser a empresa líder e o fornecedor de referência do mercado nacional (na área da transmissão de potência e controlo de movimento) de sistemas de accionamento electromecânicos

Leia mais

VOLUNTARIADO E CIDADANIA

VOLUNTARIADO E CIDADANIA VOLUNTARIADO E CIDADANIA Voluntariado e cidadania Por Maria José Ritta Presidente da Comissão Nacional do Ano Internacional do Voluntário (2001) Existe em Portugal um número crescente de mulheres e de

Leia mais

Percepção de Portugal no mundo

Percepção de Portugal no mundo Percepção de Portugal no mundo Na sequência da questão levantada pelo Senhor Dr. Francisco Mantero na reunião do Grupo de Trabalho na Aicep, no passado dia 25 de Agosto, sobre a percepção da imagem de

Leia mais

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS

TRATADO DE LISBOA EM POUCAS EM POUCAS PALAVRAS OS PRIMEIROS PASSOS DATA/LOCAL DE ASSINATURA E ENTRADA EM VIGOR PRINCIPAIS MENSAGENS QUIZ 10 PERGUNTAS E RESPOSTAS OS PRIMEIROS PASSOS No século XX depois das Guerras No século XX, depois

Leia mais

XI Mestrado em Gestão do Desporto

XI Mestrado em Gestão do Desporto 2 7 Recursos Humanos XI Mestrado em Gestão do Desporto Gestão das Organizações Desportivas Módulo de Gestão de Recursos Rui Claudino FEVEREIRO, 28 2 8 INDÍCE DOCUMENTO ORIENTADOR Âmbito Objectivos Organização

Leia mais

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades; POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE OBJETIVO Esta Política tem como objetivos: - Apresentar as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente as inovações

Leia mais

EUROBARÓMETRO 68 OPINIÃO PÚBLICA NA UNIÃO EUROPEIA OUTONO

EUROBARÓMETRO 68 OPINIÃO PÚBLICA NA UNIÃO EUROPEIA OUTONO Standard Eurobarometer European Commission EUROBARÓMETRO 68 OPINIÃO PÚBLICA NA UNIÃO EUROPEIA OUTONO 2007 RELATÓRIO NACIONAL Standard Eurobarometer 68 / Autumn 2007 TNS Opinion & Social SUMÁRIO EXECUTIVO

Leia mais

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO DE UMA POLÍTICA DE INTENSIFICAÇÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO EMPRESARIAL EM PORTUGAL E POTENCIAÇÃO DOS SEUS RESULTADOS 0. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

Leia mais

49 o CONSELHO DIRETOR 61 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL

49 o CONSELHO DIRETOR 61 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 49 o CONSELHO DIRETOR 61 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL Washington, D.C., EUA, 28 de setembro a 2 de outubro de 2009 CD49.R10 (Port.) ORIGINAL:

Leia mais

(2006/C 297/02) considerando o seguinte: constatando que:

(2006/C 297/02) considerando o seguinte: constatando que: C 297/6 Resolução do Conselho e dos Representantes Governos dos Estados-Membros, reunidos no Conselho, relativa à realização dos objectivos comuns em matéria de participação e informação dos jovens para

Leia mais

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA

ACQUALIVEEXPO. Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA ACQUALIVEEXPO Painel A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR PORTUGUÊS DA ÁGUA EVOLUÇÃO DO SECTOR DA ÁGUA NOS BALCÃS: O EXEMPLO DA SÉRVIA Lisboa, 22 de Março de 2012 1 1. Introdução A diplomacia económica é um

Leia mais

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES

IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES IMPORTÂNCIA ESTRATÉGICA DA PROTECÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS PORTUGUESES A valorização comercial dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios que, ou pela sua origem ou pelos seus modos particulares

Leia mais

ROJECTO PEDAGÓGICO E DE ANIMAÇÃO

ROJECTO PEDAGÓGICO E DE ANIMAÇÃO O Capítulo 36 da Agenda 21 decorrente da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, declara que a educação possui um papel fundamental na promoção do desenvolvimento

Leia mais

PRÉMIOS EUROPEUS DE PROMOÇÃO EMPRESARIAL MANUAL OPERACIONAL

PRÉMIOS EUROPEUS DE PROMOÇÃO EMPRESARIAL MANUAL OPERACIONAL 2015 PRÉMIOS EUROPEUS DE PROMOÇÃO EMPRESARIAL 2015 MANUAL OPERACIONAL Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2015 2/13 ÍNDICE 1. DEFINIÇÃO E JUSTIFICAÇÃO... 3 1.1. Um prémio que reconhece a excelência

Leia mais

Projecto REDE CICLÁVEL DO BARREIRO Síntese Descritiva

Projecto REDE CICLÁVEL DO BARREIRO Síntese Descritiva 1. INTRODUÇÃO Pretende-se com o presente trabalho, desenvolver uma rede de percursos cicláveis para todo o território do Município do Barreiro, de modo a promover a integração da bicicleta no sistema de

Leia mais

Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens. http://ec.europa.eu/equalpay

Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens. http://ec.europa.eu/equalpay Acabar com as disparidades salariais entre mulheres e homens Resumo O que se entende por disparidades salariais entre mulheres e homens Por que razão continuam a existir disparidades salariais entre mulheres

Leia mais

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/10/00116 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Caracterização do pedido Perguntas A.1 a A.10 A.1. Instituição de ensino superior / Entidade instituidora: Universidade Do Minho A.1.a. Descrição

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

O ENVOLVIMENTO DOS TRABALHADORES NA ASSOCIAÇÃO EUROPEIA

O ENVOLVIMENTO DOS TRABALHADORES NA ASSOCIAÇÃO EUROPEIA PARECER SOBRE O ENVOLVIMENTO DOS TRABALHADORES NA ASSOCIAÇÃO EUROPEIA (Proposta de Regulamento sobre o Estatuto da AE e Proposta de Directiva que completa o estatuto da AE no que se refere ao papel dos

Leia mais

Descrição de Tarefas para a Posição de Director de Programas, Políticas e Comunicação da AAMOZ

Descrição de Tarefas para a Posição de Director de Programas, Políticas e Comunicação da AAMOZ Descrição de Tarefas para a Posição de Director de Programas, Políticas e Comunicação da AAMOZ ActionAid é uma federação internacional trabalhando para erradicar a pobreza e a injustiça. A ActionAid foi

Leia mais

Negócios Internacionais

Negócios Internacionais International Business 10e Daniels/Radebaugh/Sullivan Negócios Internacionais Capítulo 3.2 Influencia Governamental no Comércio 2004 Prentice Hall, Inc Objectivos do Capítulo Compreender a racionalidade

Leia mais

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS Parecer COM(2013)462 Proposta de REGULAMENTO DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO relativo a fundos europeus de investimento a longo prazo 1 PARTE I - NOTA INTRODUTÓRIA Nos termos do artigo 7.º da Lei n.º

Leia mais

O modelo de balanced scorecard

O modelo de balanced scorecard O modelo de balanced scorecard Existe um modelo chamado balanced scorecard que pode ser útil para medir o grau de cumprimento da nossa missão. Trata-se de um conjunto de medidas quantificáveis, cuidadosamente

Leia mais

Em ambos os casos estão em causa, sobretudo, os modos de relacionamento das empresas com os seus múltiplos stakeholders.

Em ambos os casos estão em causa, sobretudo, os modos de relacionamento das empresas com os seus múltiplos stakeholders. Notas de apoio à Intervenção inicial do Director Executivo da AEM, Abel Sequeira Ferreira, na Conferência Responsabilidade Social e Corporate Governance, organizada, em parceria, pelo GRACE, pela AEM e

Leia mais

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA

REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA Bruxelas, 7 de ovembro de 2008 REU IÃO I FORMAL DOS CHEFES DE ESTADO E DE GOVER O DE 7 DE OVEMBRO VERSÃO APROVADA 1. A unidade dos Chefes de Estado e de Governo da União Europeia para coordenar as respostas

Leia mais

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone 517 Fax: 517844

Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone 517 Fax: 517844 SA11715 AFRICAN UNION UNION AFRICAINE UNIÃO AFRICANA Addis Ababa, ETHIOPIA P. O. Box 3243 Telephone 517 Fax: 517844 MECANISMO REVISTO DE ACOMPANHAMENTO DA IMPLEMENTAÇÃO, MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PLANO

Leia mais

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo

Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Proposta de Alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo Parecer da Federação Académica do Porto A participação de Portugal na subscrição da Declaração de Bolonha em Junho de 1999 gerou para o Estado

Leia mais

UMA BOA IDEIA PARA A SUSTENTABILIDADE

UMA BOA IDEIA PARA A SUSTENTABILIDADE UMA BOA IDEIA PARA A SUSTENTABILIDADE REGULAMENTO DO CONCURSO DE IDEIAS (Aberto a todos os Cidadãos) 1. O QUE É: O concurso Uma Boa Ideia para a Sustentabilidade é uma iniciativa da Câmara Municipal de

Leia mais

PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013

PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013 ESCOLA SECUNDÁRIA DE VALONGO PLANO ESTRATÉGICO DE ACÇÃO 2009/2013 SALA DE ESTUDO ORIENTADO 2009/2013 ÍNDICE INTRODUÇÃO... 3 PRIORIDADES... 4 OBJECTIVOS DA SALA DE ESTUDO ORIENTADO... 5 Apoio Proposto...

Leia mais

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa.

em nada nem constitui um aviso de qualquer posição da Comissão sobre as questões em causa. DOCUMENTO DE CONSULTA: COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO EUROPEIA SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA (2011-2014) 1 Direitos da Criança Em conformidade com o artigo 3.º do Tratado da União Europeia, a União promoverá os

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes sobre a Qualidade. Enquadramento.

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes sobre a Qualidade. Enquadramento. Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes sobre a Qualidade 2011 Entidade Promotora Concepção e Realização Enquadramento Vice-Presidência Avaliação das Atitudes e Conhecimentos dos Residentes

Leia mais

CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM

CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM CENTRO DE INFORMAÇÃO EUROPE DIRECT DE SANTARÉM Assembleia de Parceiros 17 de Janeiro 2014 Prioridades de Comunicação 2014 Eleições para o Parlamento Europeu 2014 Recuperação económica e financeira - Estratégia

Leia mais

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção

Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção IP/03/716 Bruxelas, 21 de Maio de 2003 Direito das sociedades e governo das sociedades: a Comissão apresenta um Plano de Acção O reforço dos direitos dos accionistas e da protecção dos trabalhadores e

Leia mais

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997

DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 DECLARAÇÃO FINAL Quebec, 21 de setembro de 1997 Reunidos na cidade de Quebec de 18 a 22 de setembro de 1997, na Conferência Parlamentar das Américas, nós, parlamentares das Américas, Considerando que o

Leia mais

澳 門 特 別 行 政 區 政 府 Governo da Região Administrativa Especial de Macau 個 人 資 料 保 護 辦 公 室 Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais

澳 門 特 別 行 政 區 政 府 Governo da Região Administrativa Especial de Macau 個 人 資 料 保 護 辦 公 室 Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais Estudo do grau de conhecimento e das necessidades de protecção de dados pessoais entre os alunos do ensino secundário e do ensino superior de Macau 2014 Sumário Para saber qual o grau de conhecimento e

Leia mais

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras 1. DECLARAÇÃO Nós, das empresas Eletrobras, comprometemo-nos a contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, das áreas onde atuamos e

Leia mais

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007 Ponto de situação em 31 de Outubro de 2007 As listas de consumidores com direito à restituição de caução foram

Leia mais

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS

O DESAFIO DOS EXECUTIVOS COACHING EXECUTIVO O DESAFIO DOS EXECUTIVOS Os executivos das empresas estão sujeitos a pressões crescentes para entregarem mais e melhores resultados, liderando as suas organizações através de mudanças

Leia mais

PRÉMIOS MORNINGSTAR DIÁRIO ECONÓMICO 2012 OBJETIVO

PRÉMIOS MORNINGSTAR DIÁRIO ECONÓMICO 2012 OBJETIVO PRÉMIOS MORNINGSTAR DIÁRIO ECONÓMICO 2012 OBJETIVO O objectivo dos Prémios Morningstar consiste em seleccionar os fundos e gestoras que mais valor proporcionaram aos participantes neste tipo de fundos,

Leia mais

E R A S M U S + ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa. Apresentação

E R A S M U S + ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa. Apresentação ERASMUS+ Faculdade de Farmácia Universidade de Lisboa Apresentação ERASMUS+ - Ensino Superior O Erasmus+ é o novo programa da UE dedicado à educação, formação, juventude e desporto. O programa tem início

Leia mais

POLÍTICA DE AMBIENTE, QUALIDADE E SEGURANÇA

POLÍTICA DE AMBIENTE, QUALIDADE E SEGURANÇA HOMOLOGAÇÃO: José Eduardo Carvalho 14-03- Pág. 2 de 5 A Tagusgás subscreve a Política AQS da Galp Energia. A Política AQS da Tagusgás foi definida tendo em consideração os Objectivos Estratégicos do Grupo

Leia mais

APOGOM. Compromissos da indústria alimentar sobre Alimentação, Actividade Física e Saúde

APOGOM. Compromissos da indústria alimentar sobre Alimentação, Actividade Física e Saúde APOGOM Compromissos da indústria alimentar sobre Alimentação, Actividade Física e Saúde É hoje amplamente reconhecido que o aumento significativo de certas doenças não transmissíveis (tais como as doenças

Leia mais

ANEXO UM CONCEITO PARA OS PLANOS DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL

ANEXO UM CONCEITO PARA OS PLANOS DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL COMISSÃO EUROPEIA Bruxelas, 17.12.2013 COM(2013) 913 final ANNEX 1 ANEXO UM CONCEITO PARA OS PLANOS DE MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL da COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ

Leia mais

Sessão de Encerramento da Campanha Nacional Contra o Trabalho Não Declarado

Sessão de Encerramento da Campanha Nacional Contra o Trabalho Não Declarado Sessão de Encerramento da Campanha Nacional Contra o Trabalho Não Declarado Lisboa 7 de Abril de 2015 O FENÓMENO DO TRABALHO NÃO DECLARADO A CCP partilha da opinião, expressa num recente parecer do Comité

Leia mais

Avaliando o Cenário Político para Advocacia

Avaliando o Cenário Político para Advocacia Avaliando o Cenário Político para Advocacia Tomando em consideração os limites de tempo e recursos dos implementadores, as ferramentas da série Straight to the Point (Directo ao Ponto), da Pathfinder International,

Leia mais

Marketing Turístico e Hoteleiro

Marketing Turístico e Hoteleiro 1 CAPÍTULO I Introdução ao Marketing Introdução ao Estudo do Marketing Capítulo I 1) INTRODUÇÃO AO MARKETING Sumário Conceito e Importância do marketing A evolução do conceito de marketing Ética e Responsabilidade

Leia mais

Classificação e Tipologias de Inovação. A Inovação como um Processo Empresarial.

Classificação e Tipologias de Inovação. A Inovação como um Processo Empresarial. Classificação e Tipologias de Inovação. A Inovação como um Processo Empresarial. 1 Conteúdo Conceitos e definições segundo a NP 4456:2007 A inovação no mundo e em Portugal 2 Objectivos Situar a problemática

Leia mais

PROJETO de Documento síntese

PROJETO de Documento síntese O Provedor de Justiça INSERIR LOGOS DE OUTRAS ORGANIZAÇÔES Alto Comissariado Direitos Humanos das Nações Unidas (ACNUDH) Provedor de Justiça de Portugal Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal

Leia mais

Dos 1004 alunos que frequentavam as aulas de Educação Física, um em cada cinco, tinham excesso de peso ou obesidade.

Dos 1004 alunos que frequentavam as aulas de Educação Física, um em cada cinco, tinham excesso de peso ou obesidade. Conclusões e Sugestões (1/5) As principais conclusões a que pudemos chegar de acordo com os objectivos a que nos propusemos, nomeadamente o de conhecer o índice da massa corporal dos alunos da escola onde

Leia mais

A PHC atingiu recentemente os 400 clientes Licença Garantida. No mercado há pouco mais de um ano, a modalidade que permite os clientes PHC renovarem a licença do seu software por três anos já representa

Leia mais

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011

ESPECIAL PMEs. Volume III Fundos europeus 2ª parte. um Guia de O Portal de Negócios. www.oportaldenegocios.com. Março / Abril de 2011 ESPECIAL PMEs Volume III Fundos europeus 2ª parte O Portal de Negócios Rua Campos Júnior, 11 A 1070-138 Lisboa Tel. 213 822 110 Fax.213 822 218 geral@oportaldenegocios.com Copyright O Portal de Negócios,

Leia mais

REGULAMENTO DE CONCURSO Liga-te aos Outros

REGULAMENTO DE CONCURSO Liga-te aos Outros Página1 REGULAMENTO DE CONCURSO Liga-te aos Outros 1. Apresentação O presente concurso é uma iniciativa promovida pela, no âmbito do Ano Europeu das Actividades Voluntárias que promovam uma Cidadania Activa

Leia mais

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA Bruxelas, 30 de Novembro de 2000 (13.10) (OR. fr) 14110/00 LIMITE SOC 470 ENVIO DE TEXTO de: Conselho (Emprego e Política Social) para: Conselho Europeu de Nice Nº doc. ant.:

Leia mais

Pacto Europeu. para a Saúde. Conferência de alto nível da ue. Bruxelas, 12-13 de junho de 2008

Pacto Europeu. para a Saúde. Conferência de alto nível da ue. Bruxelas, 12-13 de junho de 2008 Pacto Europeu para a Saúde Mental e o Bem-Estar Conferência de alto nível da ue JUNTOS PELA SAÚDE MENTAL E PELO BEM-ESTAR Bruxelas, 12-13 de junho de 2008 Slovensko predsedstvo EU 2008 Slovenian Presidency

Leia mais

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto

O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia O consumo de conteúdos noticiosos dos estudantes de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto Metodologia da Investigaça

Leia mais

boas práticas da indústria

boas práticas da indústria boas práticas da indústria ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DAS BEBIDAS REFRESCANTES NÃO ALCOÓLICAS 1 A indústria das bebidas refrescantes não alcoólicas está consciente dos desafios que actualmente envolvem as sociedades

Leia mais

SENTE FAZ PARTILHA IMAGINA. Kit do Professor

SENTE FAZ PARTILHA IMAGINA. Kit do Professor Kit do Professor A Associação High Play pretende proporcionar a crianças e jovens um Projecto Educativo preenchido de experiências positivas que permitam o desenvolvimento de competências transversais

Leia mais

Relatório de Sustentabilidade 2014

Relatório de Sustentabilidade 2014 1 Relatório de Sustentabilidade 2014 2 Linha do Tempo TAM VIAGENS 3 Política de Sustentabilidade A TAM Viagens uma Operadora de Turismo preocupada com a sustentabilidade, visa fortalecer o mercado e prover

Leia mais

Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais. Procedimentos

Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais. Procedimentos Certificação da Qualidade dos Serviços Sociais EQUASS Assurance Procedimentos 2008 - European Quality in Social Services (EQUASS) Reservados todos os direitos. É proibida a reprodução total ou parcial

Leia mais

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão do Desenvolvimento PROJECTO DE PARECER. destinado à Comissão dos Assuntos Externos

PARLAMENTO EUROPEU. Comissão do Desenvolvimento PROJECTO DE PARECER. destinado à Comissão dos Assuntos Externos PARLAMENTO EUROPEU 2004 ««««««««««««Comissão do Desenvolvimento 2009 PROVISÓRIO 2004/2168(INI) 22.2.2005 PROJECTO DE PARECER da Comissão do Desenvolvimento destinado à Comissão dos Assuntos Externos sobre

Leia mais

Passe Jovem no SVE KIT INFORMATIVO PARTE 2 PASSE JOVEM NO SVE. Programa Juventude em Acção

Passe Jovem no SVE KIT INFORMATIVO PARTE 2 PASSE JOVEM NO SVE. Programa Juventude em Acção PASSE JOVEM NO SVE Programa Juventude em Acção KIT INFORMATIVO Parte 2 Maio de 2011 1. O SVE como experiência de aprendizagem Ser um voluntário do SVE é uma valiosa experiência pessoal, social e cultural,

Leia mais

A percepção da responsabilidade social em Portugal

A percepção da responsabilidade social em Portugal A percepção da responsabilidade social em Portugal Estudo concebido pela Sair da Casca e realizado pela Multivária entre Julho de 2003 e Janeiro de 2004 _ Índice _ Introdução.............................................................

Leia mais

Comunicação para alterações sociais

Comunicação para alterações sociais + Orientação Técnica Informação Técnica Essencial para Formulação de Propostas Comunicação para alterações sociais A comunicação é um elemento essencial dos esforços de prevenção, tratamento e cuidados

Leia mais

Objetivos do Seminário:

Objetivos do Seminário: O Ano Internacional da Estatística -"Statistics2013"- é uma iniciativa à escala mundial que visa o reconhecimento da importância da Estatística nas sociedades. Com este objetivo o Conselho Superior de

Leia mais

Estratégia Empresarial. Capítulo 4 Missão e Objectivos. João Pedro Couto

Estratégia Empresarial. Capítulo 4 Missão e Objectivos. João Pedro Couto Estratégia Empresarial Capítulo 4 Missão e Objectivos João Pedro Couto ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Pensamento Estratégico Análise do Meio Envolvente Análise da Empresa Análise Estratégica Missão, Objectivos

Leia mais