MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087
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- Augusto Andrade Machado
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1 Universidade Federal do Paraná Curso de Engenharia Industrial Madeireira MÁQUINAS HIDRÁULICAS AT-087 Dr. Alan Sulato de Andrade
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3 INTRODUÇÃO: Como outras turbomáquinas, os ventiladores são equipamentos essenciais a determinados processos industriais e ao conforto humano.
4 DEFINIÇÃO: Um ventilador essencialmente é uma máquina de fluxo, necessariamente um equipamento (operatriz) que opera com substâncias gasosas ao invés de líquidas. São considerados turbomáquinas geratrizes que se destinam a produzir deslocamento de fluidos gasosos.
5 DEFINIÇÃO: Os ventiladores desta forma transferem energia ao gás. Energia Mecânica Transferência de energia Energia Cinética
6 DEFINIÇÃO: Nos ventiladores as pressões de trabalho que estão envolvidas normalmente são inferiores a 1kgf/cm² (98KPa), porém existe exceções. Mesmo assim na maioria das situações, nos ventiladores o escoamento é tratado como incompressível uma vez que o aumento de pressão é muito pequeno pode ser considerado desprezível.
7 DEFINIÇÃO: Porém, graças a essa energia adquirida, o gás pode se deslocar vencendo as resistências da linha. O aumento da pressão gerada por este equipamento deve ser maior que a resistência encontrada nas linhas.
8 UTILIZAÇÃO: Podemos classificar a utilização de duas formas: Uso Industrial, Uso Doméstico.
9 UTILIZAÇÃO: Insuflação e tiragem de gases em geradores de vapor
10 UTILIZAÇÃO: Ventiladores Ventiladores utilizados na transferência de massa (ar quente) em secadores de madeira
11 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS: Os sistemas de ventilação podem ser classificados segundo o seu objetivo de ação: Ventilação Natural ou Ventilação Forçada Ventilação Geral (VG) Natural (VGN) através de janelas, portas, aberturas entre outros; Diluidora (VGD) através de equipamentos mecânicos (insuflação, exaustão e sistemas combinados). Ventilação Local Exaustora (VLE) Captador de fluído junto à fonte poluidora combinado aos sistemas exaustor e de tratamento.
12 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Os ventiladores podem ser classificados segundo o nível energético: baixa pressão - até 0,02 kgf/cm² (1,96 KPa, 200 mmca); média pressão - de 0,02 a 0,08 kgf/cm² (1,96-7,84KPa, 200 a 800 mmca); alta pressão - de 0,08 a 0,25 kgf/cm² (7,84-24,5KPa, 800 a mmca); e altíssima pressão - acima de 0,25 kgf/cm² (mais de 24,5KPa, mmca)
13 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Segundo o tipo construtivo: Fluxo radial (Centrífugos), Fluxo semi-axial (Hélico-centrífugos), Fluxo Axial.
14 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Segundo o tipo construtivo: Radial ou Centrífugo
15 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Segundo o tipo construtivo: Semiaxial ou Hélico-centrífugo
16 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Segundo o tipo construtivo: Axial
17 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Forma das pás: Pás retas; Pás inclinadas para trás ou para frente; Pás curvas de saída radial;
18 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Forma das pás:
19 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Forma das pás:
20 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Forma das pás:
21 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Número de entradas: Unilateral ou de aspiração simples e Bilateral ou de dupla aspiração.
22 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Número de entradas:
23 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Segundo o número de rotores: Simples estágio e Duplo estágio.
24 CLASSIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS: Segundo o número de rotores:
25 CARACTERÍSTICAS DOS VENTILADORES: =4,9kPa
26 CARACTERÍSTICAS DOS VENTILADORES:
27 CARACTERÍSTICAS DOS VENTILADORES:
28 CARACTERÍSTICAS DOS VENTILADORES:
29 Em todos os problemas, iremos considerar o ar como sendo um gás perfeito - Incompressível. Sua densidade não varia conforme a posição dentro do equipamento. Porém irá variar sua massa especifica conforme a pressão barométrica e a temperatura do local onde se encontra o equipamento.
30 É semelhante à das bombas, sendo baseada no escoamento de Euler; O triângulo de velocidades pode ser obtido da mesma forma que o de uma bomba centrífuga; O que muda um pouco é o forma das curvas características, sendo função do tipo de pá que é utilizada;
31
32 Ventiladores são máquinas que produzem fluxos de ar ou de outros gases, com vazões relativamente altas e pressões baixas. Embora possam ser usados com qualquer gás, na prática o ar está quase sempre presente, seja na forma natural como climatização e ventilação, seja misturado com outros gases como exaustão de algumas máquinas térmicas. Alguns aspectos termodinâmicos referentes a compressão podem ser desprezados sem grandes erros e a análise pode ser feita apenas com a equação de Bernoulli.
33 Seja uma instalação simples conforme a Figura onde o ventilador aspira ar no ponto 0 e envia para o ponto 3 através dos dutos da instalação.
34 Partindo da equação de Bernoulli: Considerando que a massa específica do ar é muito baixa se comparada com líquidos. Assim, para a maioria dos casos práticos, as diferenças de alturas físicas entre os pontos pouco representam em termos de pressões. Elas não são consideradas na equação de Bernoulli Z g V P Ht Z g V P Z g V P Ht Z g V P
35 Considerando que, no escoamento real, há perda de carga nos dutos e acessórios dos mesmos, deve-se incluir em um lado da equação as parcela das perdas de pressão na linha de aspiração e linha de recalque (Ja) e (Jr) que representa a totalidade das perdas. Assim, entre os pontos 0 e 3, podemos escrever: H Ht Ja Jr
36 Notar que Ht corresponde à energia efetivamente adicionada ao fluxo. Não corresponde à energia consumida pelo motor, uma vez que, conforme princípios da Termodinâmica, a eficiência das máquinas é sempre menor do que 100%.
37 A potência efetiva pode ser obtida pelo produto da altura efetiva, vazão volumétrica e peso específico do ar: Potef=.Q.Ht A potência mecânica é a potência é a potência fornecida pelo motor ao eixo do ventilador. É conhecida também pela expressão usual inglesa BHP (break horse power). É dada por: Potmec=Potef/η Onde η (0 < η < 1) é o rendimento do ventilador.
38 Em um sistema, de ventilação ou exaustão, as principais características a serem levantadas são as pressões (total, estática e dinâmica) e a vazão.
39 Como visto, a função principal de qualquer ventilador ou exaustor, é movimentar uma quantidade específica de ar ou gás, através de um sistema a eles ligado. Para que isto ocorra, o equipamento tem que produzir e gerar dois tipos distintos de pressões: a estática que é aplicada igualmente em todas as direções e a pressão dinâmica ou de velocidade que é unidirecional e necessária para colocar e manter o ar em movimento.
40 Pressão Total (Pressão útil do ventilador ou pressão manométrica) Ventilação Pe Exaustão Linha de aspiração Linha de recalque Ps Insuflamento Variação da pressão ao longo da linha
41 Pressão Total (Pressão útil do ventilador ou pressão manométrica) Exaustão Variação da pressão ao longo da linha
42 Pressão Total A pressão total (P) será a soma das parcelas Estática e Dinâmica mais as Perdas das Linhas P=Pest+Pdin+Ja+Jr (Pa) Onde: Pest = Pressão estática da linha (Pa) Pdin = Pressão dinâmica da linha (Pa) Ja e Jr = Perdas de pressão nas linhas (Pa)
43 Pressão Estáticas Sabe-se que: Pest=Ps-Pe Onde: Ps = Pressão de saída (Pa) Pe = Pressão de entrada (Pa) (Pa) Poderiam ser desprezada quando Pressões doas ambientes de entrada e saída fossem iguais.
44 Pressão Total Sabe-se que: Pdin= /2g.(Vs²-Ve²) ou (Pdin= /2.(Vs²-Ve²)) (Pa) Onde: =peso específico (N/m³) Vs = velocidade de saída (m/s) Ve = Velocidade de entrada (m/s) = massa específica (kg/m³)
45 Pressão Total Desta forma, podemos expressar a pressão total como: Pt=ps-pe + /2.(Vs²-Ve²) + Ja + Jr Pt=ps-pe + /2.(Vs²-Ve²) + Jt Onde Jt=Ja+Jr (Pa) (Pa) (Pa)
46 Fatores de conversão de pressão.
47 Devemos nos preocupar com a análise das perdas e para isso se deve utilizar rotinas específicas para a estimativa de perdas de pressão pelos acessórios e os conceitos abordados em aulas anteriores
48 Classificação dos escoamentos de ar em dutos A NB-10/1978 da ABNT classifica : Baixa pressão : pe até 500Pa e v < 10m/s Média pressão : pe 1500Pa e v > 10m/s Alta pressão : pe entre 1500Pa até 2500Pa e v > 10m/s
49 Outro ponto a ser levado em consideração é quanto a vazão que o equipamento fornece, devendo ser sempre superior ao requisitado. Q gerada pelo equipamento Q solicitada pelo sistema
50 Taxa de renovação do ar para sistemas de ventilação:
51 Rendimento Hidráulico ( h) h=p/pt Pressão teórica (Pt) Pt=.(u 2.c 2u -u 1.c 1u ) Pa Potencia útil ( u) u=q.p W ou J/s
52 Velocidades recomendadas em sistemas de dutos de ar de baixa pressão (NB-10/1978-ABNT)
53 Sistemas de Dutos O sistema de dutos deverá ser dimensionado e instalado de acordo com o layout geral da fábrica, interligando captores (coifas) ao sistema de coleta. Deverá ser do menor produto (QxL) possível, afim de minimizar custos de instalação e consumo de energia. Para o dimensionamento de dutos e captores, bem como das singularidades ao longo deles, o projetista deverá levar em consideração as vazões necessárias para cada captor, velocidade de transporte recomendada para o trecho principal dos dutos e as devidas perdas de carga, afim de determinar a potência do motor e ventilador, bem como as secções transversais dos dutos.
54 Sistemas de Dutos Dutos de secção retangular por apresentarem cantos vivos facilitam a deposição de resíduos, além de exigir motor de maior potência para manter o fluxo de ar com a eficiência necessária. Estes fatos em geral conduzem a um maior desgaste dos dutos, implicando em frequentes manutenções do sistema. O dimensionamento deve prever que, além das velocidades limite recomendadas, as pressões estáticas em todas as entradas de insuflamento sejam aquelas necessárias para vencer as perdas de pressão.
55 Como nas bombas, os ventiladores apresentam ralações de similaridade, estas em função da vazão, pressão, rotação eficiência entre outras. Densidade constante Vazão Constante Diâmetros
56 Fatores como o ruído gerado deve ser verificado no sistema projetado.
57 Ao se adquirir um equipamento ou para se selecionar o mesmo, o fabricante fornecerá a cartas de operação do ventilador. Pode-se utilizar estas cartas para se escolher o melhor equipamento a ser instalado no sistema projetado.
58 Fonte: BERNAUER
59 Exemplo de cartas de operação
60 EXERCÍCIO Calcule a Pressão total do ventilador bem como sua vazão. Considere = 12,2N/m³, ar=1,22kg/m³, Ve=2,2m/s Pe=980Pa Ventilador Vs=3,5m/s Ps=12KPa s=0,2m Jt=600Pa
61 EXERCÍCIO Calcule e explique se o equipamento (ventilador) atende as necessidades imposta ao sistema de ventilação descrito abaixo. Considere uma vazão confortável de 0,002 m³/s por m² de área construída. = 12,2N/m³, ar=1,22kg/m³ Ja=7,8KPa Ve=2m/s Pe=98KPa Ventilador Vs=4m/s Ps=98KPa s=0,3m Jr=38KPa Sala 1 Sala 2 Sala 3 20m² 30m² 20m²
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