REMÉDIO CONTRA A CRISE

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1 Câmbio (R$) Dólar / BC Compra Venda Paralelo 1,82 1,99 Comercial 1,878 1,88 Turismo 1,747 1,97 Euro / BC 2,518 2,521 Ouro (R$) Grama 97,900 Variação + 0,93% Blue Chips % BMF Bovespa ON - 0,68 Bradesco PN - 1,67 Gerdau PN - 2,34 Itaú Unibanco PN - 0,85 Petrobras PN - 1,55 Sid Nacional PN - 1,73 Vale PNA - 2,17 Fabio Andrade Análise Financeira O tema da tributação internacional dos lucros está em franco desenvolvimento no Brasil. Com a crescente internacionalização das empresas brasileiras, variadas questões surgem sobre a sua sistemática de aplicação. PÁGINA 4 Economia O Banco Central informou que as contas do setor público (governo federal, estados, municípios e empresas estatais) apresentaram em agosto superávit primário de R$ 4,561 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2003, quando foi de R$ 3,955 bilhões. PÁGINA 2 Economia O modelo de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília permitirá que o governo se aproprie de parcela do lucro das concessionárias para financiar os aeroportos regionais ou deficitários. O modelo exclui as aéreas do negócio. PÁGINA 3 Justiça O Tribunal Regional Eleitoral do Rio concedeu liminar e manteve no cargo a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR). A decisão do desembargador Sérgio Schwaitzer é válida por 30 dias e suspende a inelegibilidade imposta ao deputado federal Anthony Garotinho. PÁGINA 7 1ª FASE 1875 A ª FASE ANO II EDIÇÃO Nº SÁBADO, 1, DOMINGO, 2, E SEGUNDA-FEIRA, 3 DE OUTUBRO DE 2011 R$ 1,00 REMÉDIO CONTRA A CRISE Para a presidente, trajetória de redução da taxa continuará, mas com cautela e responsabilidade Dilma: queda de juros será mantida de acordo com as condições econômicas do País O governo pretende manter a trajetória de redução de juros, mas com muita cautela e responsabilidade, afirmou nesta sextafeira a presidente Dilma Rousseff durante participação no Exame Fórum A construção de um Brasil competitivo, na capital paulista. Ela ressaltou que o governo não vai baixar os juros básicos (Selic) movido simplesmente pela reivindicação de agentes econômicos. Vamos manter a trajetória de redução de juros de acordo com as condições econômicas do País, afirmou Dilma. A presidente disse que o governo brasileiro tem tomado as medidas necessárias para enfrentar os reflexos da crise internacional e vem sendo beneficiado pelo cenário deflacionário causado pelo baixo crescimento das economias centrais. Presente ao Exame Fórum 2011, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o País reúne todas as condições fiscais e monetárias para fazer frente ao quadro de redução da atividade econômica internacional, mas continuará estimulando os instrumentos de política monetária porque esses geram menos custos à nação, ao contrário das medidas fiscais. PÁGINA 2 Medida provisória (MP) publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União aumentou de 35% para 80% do valor da venda os tributos a serem devolvidos às empresas que exportam o grão processado. Em contrapartida, o crédito presumido para a venda de café in natura ao exterior caiu de 35% para 10%. O subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro Serpa, esclareceu que o objetivo da mudança é incentivar a exportação de produtos com maior valor agregado, que passaram por alguma etapa de industrialização. Essa decisão está dentro da política econômica de incentivar a venda de produtos mais elaborados ao exterior, disse Serpa. A medida só entra em vigor daqui a 90 dias e abrange PIS e Cofins. PÁGINA 4 Mister Shadow / AE PÁGINA 6 Ao fechar o mês com alta de 17,94%, cotado a R$ 1,88, o dólar confirmou a liderança do ranking dos investimentos em setembro. É a maior valorização mensal para a moeda norte-americana desde setembro de O ouro apareceu como o segundo melhor investimento, com alta de 3,07%. No ano, o metal precioso já registra valorização de 19,39%. Por sua vez, a Bolsa de Valores de São Paulo mantém a lanterna do ranking há seis meses consecutivos. Só em setembro, perdeu 7,38%. Das modalidades de investimento que integram a renda fixa, apenas os CDBs de baixo valor (0,61%), os fundos DI para pequenos investidores (0,60%) e a poupança (0,60%) renderam menos que a inflação medida pelo IGP-M (0,65%) durante o mês passado. PÁGINA 5 Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr Sandro Serpa: objetivo é incentivar a exportação de produtos com maior valor agregado

2 2 ECONOMIA Sábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de 2011 Governo não será movido apenas pelo pleito do mercado, afirma presidente Francisco Carlos de Assis e Anne Warth A presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira que o governo pretende manter a trajetória de redução de juros, mas com muita cautela e responsabilidade. Dilma participou do Exame Fórum A construção de um Brasil competitivo, na capital paulista. A presidente ressaltou que o governo não vai baixar os juros básicos movido simplesmente pela reivindicação de agentes econômicos. Vamos manter a trajetória de redução de juros de acordo com as condições econômicas do País, afirmou Dilma, reforçando que o governo tem tomado as medidas necessárias para enfrentar os reflexos da crise internacional e vem sendo beneficiado pelo cenário deflacionário causado pelo baixo crescimento das economias centrais. IOF e Selic - Dilma citou medidas já adotadas pelo governo, como o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no mercado de derivativos e a redução da taxa Selic em 0,5 ponto porcentual no fim de agosto. Sabemos que vamos enfrentar muitos desafios, mas temos instrumentos para zelar pela competitividade. Temos instrumentos para garantir o Brasil competitivo. Nós somos fortes para enfrentar os efeitos da crise, disse a presidente, antes de ressalvar: Não vamos para o vale-tudo da competição de mercados que estão fora de controle, fora do País. Dilma disse que o Brasil deve criar uma muralha para defender a economia nacional e conclamou os empresários e a sociedade civil a participar da construção desta proteção. Isto não é um trabalho só do governo, é da sociedade civil como um todo, afirmou. Não vamos fechar os olhos, pelo fato de não haver uma crise aqui dentro, para uma crise lá fora. Medidas - Em seu discurso, a presidente afirmou que o governo está alerta para fazer o que for necessário para proteger o País dos efeitos da crise, mas descartou a adoção de medidas de manipulação cambial, diminuição de salários e precarização do mercado de trabalho como forma de defesa do Brasil. De acordo com Dilma, uma das consequências da crise deve ser o acirramento de medidas protecionistas no mercado internacional. O Brasil, porém, segundo ela, não vai adotar ações de proteção pela proteção, mas medidas que elevem a competitividade do produto nacional. Na avaliação dapresidente, o novo regime automotivo se encaixa nesse critério. Estamos bem atentos, adotando as medidas necessárias Dilma: Somos fortes para enfrentar os efeitos da crise O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta sexta-feira que vai estimular a utilização de instrumentos de política monetária no combate aos efeitos da crise internacional. De acordo com ele, o País reúne todas as condições fiscais e monetárias para fazer frente ao quadro de redução da atividade econômica internacional, mas continuará estimulando os instrumentos de política monetária porque esses geram menos custos à nação, ao contrário de medidas fiscais. Mantega lembrou que o Brasil tem algo entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões em compulsórios que poderiam ser acionados, se necessário. para nos proteger, seja de consequências financeiras, seja de um tipo de competição bastante desleal. Com coragem e ousadia vamos atuar de forma defensiva, afirmou a presidente. Por isso, estamos adotando políticas que garantam a competitividade dos nossos produtos contra políticas cambiais irreais e medidas protecionistas muito escancaradas. A presidente disse que as medidas adotadas pelo governo têm Mister Shadow / AE Temos toda munição monetária, coisas que Estados Unidos e Europa não dispõem. Nós temos, por exemplo, a taxa de juros mais alta do mundo, e podemos reduzi-la, disse, durante o Exame Fórum 2011, na capital paulista. Ainda segundo Mantega, o Brasil goza de alta confiança junto a seus parceiros. Ele lembrou medidas adotadas pelo governo, entre elas o aumento do IOF em derivativos no câmbio, para impedir alavancagem, e a desoneração da folha de pagamento de quatro setores da economia, um programa experimental que deve ser estendido a outros setores. Ele deu como exemplo a indústria têxtil. a intenção de elevar a competitividade do produto nacional e transformá-lo em um instrumento de desenvolvimento. E não voltar às velhas práticas de proteção pela proteção. Nós queremos competir, e nós queremos garantir que a nossa competitividade real não seja manchada por mecanismos informais de redução da nossa competitividade, sejam cambiais, financeiros e de qualquer tipo, afirmou. Dilma defendeu a criação da nova política para o setor automotivo como uma das formas de defender a competitividade do País. Nós não vamos, para defender a nossa competitividade, não vamos nem achatar salários, nem precarizar o mercado de trabalho, ou manipular a taxa de câmbio, afirmou. Mas nós vamos utilizar instrumentos adequados, como, vamos dar peso à geração e agregação de valor dentro do Brasil e à inovação. Daí o sentido da nossa política, por exemplo, de IPI dos automóveis. Segundo a presidente, o governo vai zelar pela estabilidade econômica. Nós somos fortes, quero reiterar isso, para enfrentar os efeitos da crise, mas não vamos temer o vale tudo do processo de competição internacional, nascido do fato de que os mercados financeiros estão completamente fora de controle em vários países, afirmou. Sabemos que não somos uma ilha e que temos todos os elementos para dessa vez ter um País não inatingível, mas um País em que nós todos construímos as muralhas necessárias para que os efeitos da crise nos atinjam menos. Dilma disse que o governo não vai se omitir durante a crise. Não podemos fechar os olhos e achar que, porque não temos uma crise aqui, ela não existe lá fora. Temos de estar atentos para tomar as medidas em tempo hábil, afirmou. Não vejo espaço para omissão nessas circunstâncias, e felizmente pelo que eu posso perceber, até agora são muito equalizadas e muito minoritárias as vozes que se levantam quando a gente toma medidas de defesa da economia, estabilidade, emprego e setor produtivo, disse. Tenho certeza de que vou poder contar com o engajamento dos empresários, trabalhadores na defesa do emprego, mercado interno e capacidade de competição no mercado internacional. Deficiências - Dilma admitiu deficiências na infraestrutura brasileira e ressaltou que este é um problema que será resolvido no decorrer dos próximos dez anos, porque, nos últimos 20 anos, ou foi feito pouco ou quase nada de investimentos nesse setor. A presidente destacou que o País já conseguiu superar alguns dos grandes problemas de infraestrutura e citou como exemplo os setores de petróleo e energia. No entanto, ela pontuou como grande problema ainda para o Brasil a área de aeroportos. Nós vamos construir aeroportos não para a Copa do Mundo ou Olimpíada, mas para nós mesmos, para o nosso dia a dia. Dilma reiterou que o governo está pensando na infraestrutura aeroportuária no longo prazo e que as concessões serão dadas até 2041, e algumas até O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse nesta sexta-feira que o dólar deixará de ser a moeda padrão de troca internacional, mas esse processo será lento. Não vamos terminar o século com o dólar sendo moeda padrão de troca internacional, afirmou. Falo no final do século porque tenho mais chance de a minha bola de cristal não errar, brincou. Mas eu digo que até a metade do século, o dólar deixa de ser moeda de troca internacional, afirmou o ministro, durante palestra nesta sexta-feira na edição 2011 do Exame Fórum, realizado na capital paulista. Para Pimentel, esta não é uma questão trivial porque todas as reservas do mundo estão lastreadas principalmente em dólar. Mas acho que isso vai mudar porque ninguém pode ter reservas em uma moeda cujo emissor a usa para fazer ajustes internos, afirmou, acrescentando que a China deverá ser um dos primeiros países a buscar uma mudança na composição de ativos de suas reservas. Mercados mundiais - Segundo o ministro, outra mudança em curso na economia internacional é a dos principais mercados mundiais. De acordo com ele, o dinamismo agora está no hemisfério sul e isso é um padrão que veio para ficar. Por enquanto, é um movimento geoeconômico, mas logo passará a ser geopolítico, com os países do G-8 e do G-20 perdendo importância, argumentou. Fica claro que está surgindo novo modelo de competitividade. Se voltarmos para o século 20, vamos fazer uma descrição que não se insere mais na realidade atual. Temos de discutir competitividade em outro paradigma, voltado para o século 21. Na avaliação de Pimentel, já se começa a desenhar um modelo em que surgirá um novo país líder na economia mundial. E o Brasil se encaixa nas características de um país líder, afirmou. Tem um território amplo, um contingente populacional agregado ao mercado de trabalho e ao consumo, tem investimentos em capacidade tecnológica - até 2014 o governo vai conceder 200 mil bolsas de estudo nessa área - e é uma democracia em que as instituições funcionam perfeitamente. Fernando Nakagawa e Adriana Fernandes As contas do setor público (governo federal, estados, municípios e empresas estatais) apresentaram em agosto superávit primário de R$ 4,561 bilhões, o pior resultado para o mês desde 2003, quando o resultado foi de R$ 3,955 bilhões. A informação foi divulgada ontem pelo chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Túlio Maciel. Ainda no resultado mensal, o pagamento de juros - de R$ 21,663 bilhões - e o déficit nominal - de R$ 17,101 bilhões - foram os piores para o mês desde o início da série histórica, em Os estados responderam pelo resultado positivo de R$ 2,697 bilhões no mês. Os municípios fecharam agosto com zero de superávit. As contas do governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) ficaram com superávit primário de R$ 2,031 bilhões. Já as empresas estatais atingiram no mês déficit de R$ 166 milhões; as empresas estatais federais déficit de R$ 262 milhões; as estaduais registraram superávit de R$ 163 milhões e as municipais apresentaram resultado negativo de R$ 67 milhões. No ano - No acumulado de janeiro a agosto, o resultado primário do setor público foi de R$ 96,54 bilhões, o segundo maior da série histórica, atrás apenas do observado em igual período de 2008, quando ficou em R$ 100,777 bilhões. Segundo Maciel, uma das explicações para o bom resultado no período é o bom desempenho da economia brasileira, que melhora a arrecadação de impostos. Atualmente, a arrecadação federal tem crescido com taxas próximas a 20% em relação a Há crescimento da economia, do mercado de trabalho com a formalização dos trabalhadores. Isso ajuda no aumento da arrecadação, o que favorece o resultado primário, disse Maciel. O BC informou que no período de janeiro a agosto, o gasto com juros - de R$ 160,207 bilhões - é o maior da série histórica. Na comparação no acumulado de 12 meses, também foi recorde para o período desde o início da série, com despesa de R$ 230,531 bilhões. Com esse desempenho, o ano deve terminar sendo o primeiro com despesa com juro superior a R$ 200 bilhões desde o início da contabilidade desses números. Estados - A evolução das contas dos estados em 2011 é favorável, avaliou Maciel. Segundo ele, o superávit das contas dos governos estaduais de agosto é o maior da série para o mês. Esse desempenho foi favorecido pelo aumento das transferências de recursos da União e pelo crescimento da arrecadação do ICMS (principal tributo cobrado pelos estados). De acordo com Maciel, de janeiro a agosto as transferências do governo aumentaram 26% e a arrecadação do ICMS subiu 4,5%. O aumento desses recursos é decorrente do impacto na arrecadação do crescimento da economia. O chefe do Depec destacou ainda que o superávit dos estados e municípios de janeiro a agosto, de R$ 26,45 bilhões, é 50% maior que o registrado em igual período do ano passado. O governo federal até agora não vê dificuldade de os governos regionais atingirem a meta prevista para o ano, de R$ 36 bilhões. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, anunciou novas previsões para o comportamento das contas públicas nos próximos meses. Segundo ele, o ano de 2011 deve terminar com déficit nominal equivalente a 2,4%. A previsão é pouco inferior à estimativa anterior, de 2,5%. O BC divulgou que o setor público consolidado registrou em agosto déficit nominal de R$ 17,101 bilhões, resultado três vezes maior que o observado em julho, quando o saldo negativo das contas públicas ficou em R$ 5,007 bilhões. Outra previsão divulgada por Maciel é para o gasto com juros. Segundo o BC, a despesa deve terminar o ano correspondendo a 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ante previsão anterior de 5,4%. Um dos fatores que explica o aumento da despesa com juros é o crescente valor total da dívida em reais. A despesa com juro no mês de agosto foi de R$ 21,663 bilhões, aumento em relação a julho, quando o montante ficou em R$ 18,797 bilhões. O BC também divulgou que prevê que a dívida bruta do setor público deve subir de 56,1% registrados em agosto para 56,3% em setembro. Glauber Gonçalves Da Agência Esado O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve fechar o ano com desembolsos de R$ 18,7 bilhões para infraestrutura. O valor é 23% superior aos R$ 15,2 bilhões desembolsados em 2010 para o setor. As informações são do superintendente de Infraestrutura do banco, Nelson Siffert. Em seminário sobre concessões aeroportuárias no Rio, ele afirmou ainda que o consórcio vencedor do leilão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, já procurou o banco para discutir financiamento. O grupo é formado pela Engevix e pela argentina Corporación América. Eles estiveram no banco, apresentaram o business plan (plano de negócios). Tivemos uma impressão bastante positiva. Acredito que vão fazer algo bastante interessante em São Gonçalo do Amarante, disse. Publicação da empresa JGN Editora Ltda. Departamento Comercial e Administração Rua Debret, 23 Sobreloja 116 e 117 Centro - Rio de Janeiro CEP Diretora Geral Elizabeth Campos Roitman elizabethcampos@jgn.com.br Comercial: PABX (21) comercial@jgn.com.br Conselho Editorial: Des. José Geraldo da Fonseca Des. 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3 Bittencourt: empresas estrangeiras poderão participar do leilão, desde que associadas a empresas nacionais ECONOMIASábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de Parte do lucro das concessionárias poderá ser investida em aeroportos regionais Marta Salomon, Edna Simão e Tânia Monteiro O modelo de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília permitirá que o governo se aproprie de parcela do lucro das futuras concessionárias para financiar os aeroportos regionais ou deficitários. O modelo anunciado nesta sexta-feia deixou fora do negócio as companhias aéreas. Resta indefinido o preço mínimo a ser pago pelos aeroportos. Os ganhadores do leilão previsto, por enquanto, para 22 de dezembro, serão aqueles que apresentarem o maior lance pela outorga dos aeroportos. Além desse preço, terão de pagar ao governo uma fatia anual da receita bruta, a ser gerada pelas tarifas e também pelo aluguel de lojas e exploração dos estacionamentos. Podder de fogo - O governo, pela Infraero, terá poder de veto sobre decisões estratégicas das novas concessionárias, como a decisão eventual mudança no controle acionário dessas empresas. A Infraero participará com até 49% das ações. Esse prrcentual poderá diminuir para permitir o acesso de funcionários da estatal no capital das futuras concessionárias. Tanto o preço pela outorga de futuras concessões como a parcela sobre a receita das concessionárias irá para o Fundo Nacional de Aviação, vinculado à Secretaria de Aviação Civil, que definirá a aplicação do dinheiro na expansão dos aeroportos regionais ou mesmo em projetos de estímulo à aviação civil. O ministro Wagner Bittencourt (Aviação Civil) reiterou que empresas estrangeiras vão poder participar do leilão, desde que associadas a empresas nacionais. A minuta do edital seria lançado ainda ontem em edição extra do Diário Oficial da União. O governo excluiu, porém, a possibilidade de empresas aéreas participarem do leilão. A minuta de edital liberará uma participação máxima de 1% dessas empresas, o que é considerado um valor simbólico. Na privatização do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, essas empresas puderam participar com até 10% do negócio. Uma determinada empresa não poderá ser responsável pela operação de mais de um dos três aeroportos que serão privatizados provavelmente em fevereiro, de acordo com o cronograma do governo. Quero dizer que não estamos atrasados nesses prazos, insistiu Bittencourt. Tendo como base um mecanismo usado nos últimos leilões de rodovias, o governo também estabeleceu para os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília um gatilho que exigirá mais investimentos dos concessionários antes que a capacidade dos aeroportos dê sinal de esgotamento. A ideia é que os aeroportos mantenham padrão internacional de operação. No caso das rodovias, esse gatilho não foi acionado ainda. O detalhe mais esperado da minuta do edital de privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília permanecerá sem definição até a segunda semana de outubro. Os preços mínimos das outorgas nortearão os lances do leilão previsto para dezembro. O ministro Wagner Bittencourt, da Aviação Civil, disse que os estudos econômicos não haviam ficado prontos para o cumprimento do prazo de lançamento da minuta do edital à consulta pública. No primeiro projeto de concessão de aeroportos à iniciativa privada, para a construção do novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) cometeu um erro. Propôs inicialmente um lance mínimo de R$ 3,7 milhões. Logo depois, o Tribunal de Contas da União (TCU) aumentou o lance mínimo do leilão em nada menos do que 1.297%. O preço base para os lances passou para R$ 51,7 milhões. Em agosto, a paulista Engevix e a argentina Corporación América pagaram, sobre o valor definido pelo tribunal, um ágio de 228%, ou R$ 170 milhões, para construir e operar o aeroporto. Renato Araújo / ABR Também ficou para outubro a definição sobre o prazo das concessões, que deverá ser de 20 anos para Guarulhos, 25 anos para Brasília e 30 anos para Campinas. De acordo com o ministro da Secretaria de Aviação Civil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá participar dos empreendimentos das futuras concessões. Vera Rosa A presidente Dilma Rousseff receberá neste sábado, no Palácio do Planalto, o presidente mundial da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, que vai anunciar investimentos de aproximadamente R$ 1,5 bilhão na construção de uma fábrica em Resende, no Rio, e na ampliação da unidade de São José dos Pinhais, no Paraná. O plano da montadora franco-japonesa é fortalecer sua atuação no segmento de carros populares, principalmente com a marca Nissan. O anúncio ocorrerá 16 dias após o governo aumentar, em 30 pontos percentuais, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis importados. Atualmente, 60% dos carros comercializados pela Nissan são produzidos fora do Brasil. Para escapar do valor cheio da nova tributação, as montadoras terão de garantir, no mínimo, 65% de conteúdo nacional e regional. Eu não tenho nenhum compromisso de gerar emprego lá fora, afirmou Dilma, em entrevista ao programa Hoje em Dia, da TV Record, na quinta-feira. Nosso mercado interno não será objeto de pirataria de país nenhum. A nova unidade da montadora, em Resende, terá capacidade para produzir 200 mil carros por ano. A expectativa é de que sejam gerados 4 mil postos de trabalho. Já em São José dos Pinhais (PR) a ampliação do Complexo Ayrton Senna resultará na contratação de mil funcionários. Os governadores do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e do Paraná, Beto Richa (PSDB), também participarão do encontro com Dilma, no Planalto. A reunião contará, ainda, com o presidente da Renault do Brasil, Jean Michel Jalinier, e com os prefeitos José Junior (Resende) e Ivan Rodrigues (São José dos Pinhais), além do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. É uma grande conquista para todo o Paraná porque há geração de muitos empregos e de riquezas para o nosso Estado, afirmou Richa. A cidade fluminense de Resende, por sua vez, já possui uma fábrica da Volkswagen Caminhões e Ônibus. Com a entrada da montadora franco-japonesa, passará a ser o maior centro de produção automotiva do Rio de Janeiro. A pretensão da empresa é de elevar sua participação no mercado nacional de automóveis de 5% para 8%, até Daniela Milanese O Brasil perderá bilhões de dólares de investimentos chineses no setor automotivo depois da elevação do IPI sobre carros importados, afirmou o presidente da Câmara de Comercio e Indústria Brasil-China, Charles Tang. Novas fábricas chinesas deixarão de ser instaladas no País, previu. Estamos na porta de uma recessão brutal e o Brasil está desperdiçando investimentos. Questionado sobre o assunto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a medida e afirmou que o Brasil estava recebendo um fluxo muito grande de carros importados e precisava de equilíbrio. Não quebramos nenhuma regra da OMC, disse. Para ele, as divergências são parte das relações comerciais, mas é preciso buscar regras favoráveis para os dois lados. Se os dois países vão bem, a tendência é que a relação seja fortalecida. Tang acredita que não haverá reclamação formal da China na OMC contra o Brasil, mas sim uma conversa entre os dois governos, que se dão bem. Ainda assim, ele criticou duramente o que chamou de protecionismo antinacionalista, pois avalia que a exigência de conteúdo nacional imposta pelo governo acabará provocando o cancelamento dos planos de inauguração de novas fábricas chinesas. Nenhuma fábrica consegue se instalar já cumprindo os 65% de conteúdo nacional logo de início. Tang citou que empresas como a JAC Motors, Chery, Foton e Great Wall poderão cancelar investimentos no País, de pelo menos US$ 2 bilhões, num cálculo rápido. O Brasil vai continuar produzindo carroças e vendendo caro para os sofridos brasileiros. O governo brasileiro também reclama do protecionismo chinês e da forte entrada de produtos do país asiático, o que colocaria a necessidade de medidas para defender a indústria nacional. Tang rebate esse argumento dizendo que o Brasil teve superávit de US$ 5,2 bilhões com a China. Segundo ele, o comércio entre os dois países permitiu que o Brasil saísse fortalecido da crise. ENERGIA Sabrina Craide O horário de verão vai começar no dia 16 de outubro e valerá para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A mudança de horário ocorre sempre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro. No ano passado, o horário diferenciado resultou na redução de 4,4% da demanda de energia no horário de pico entre o fim da tarde e o início da noite, quando o consumo é mais alto nas regiões onde o sistema foi adotado, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. O horário de verão é adotado sempre nesta época do ano por causa do aumento na demanda por energia, motivado pelo calor e pelo crescimento da produção industrial às vésperas do Natal. No verão, os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol e a luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada adiantando a rotina das cidades em uma hora. Daniela Milanese A crise internacional será resolvida com decisões políticas, e não econômicas, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele criticou a falta de atitude das lideranças europeias para combater os problemas na região. Não dá para a crise ser tratada do jeito que está sendo, disse Lula nesta sexta-feira, em palestra durante evento da revista britânica The Economist, em Londres. O ex-presidente afirmou que essa foi a lição aprendida com sua experiência, pois nasceu, passou a infância, adolescência, vida sindical e campanha eleitoral em meio a crises. Segundo ele, quando a crise era no Brasil, o Fundo Monetário Internacional (FMI) tinha todas as soluções, e o Banco Mundial dava todos os palpites quando era a Colômbia que estava com problemas. Lula acredita que a Grécia não deveria estar gerando tantos problemas para a economia mundial em razão do seu tamanho pequeno. Entretanto, a falta de soluções fez com que a crise se alastrasse para outros países. Quanto custou para criar a União Europeia (UE) e quanto vai custar para destruí-la?, questionou. Para o expresidente, a construção da UE é um patrimônio da humanidade e não se pode abrir mão disso. Reunião do G20 - O ex-presidente afirmou que é preciso criar uma nova governança global para encarar a crise. Ele avalia que o G20 precisa aproveitar a próxima reunião, em novembro, para se consolidar como o fórum de tomada de resoluções. Não dá para os países tomarem decisões unilateralmente, afirmou. Lula avalia que o G8 perdeu importância, diante da entrada de novos atores no cenário mundial. Ele também disse que o G20 não cumpriu as promessas feitas na reunião de 2009, em Londres, de democratizar o grupo, regular o sistema financeiro e acabar com os paraísos fiscais. Para os Estados Unidos e a Europa, a crise já estava resolvida, mas não estava. O ex-presidente também acredita que a solução dos problemas atuais passa pelo aumento do número de consumidores europeus, como ocorreu com o Brasil ao longo de seus dois mandatos. Segundo Lula, o sistema financeiro não pode achar que é dono do mundo, e o mercado não tem solução para todos os problemas. Os participantes do mercado continuam recebendo bônus e se acham gênios, afirmou. Não podemos ter um sistema financeiro que funcione na mentira, afirmou. O ex-presidente disse que, nas reuniões do G20, parece que não existe problema. Só percebemos que existem problemas pela imprensa, afirmou. O Grupo Casino planeja expandir suas operações em países que falam a língua espanhola na América Latina por meio de aquisições feitas por sua unidade Almacenes Éxito, baseada na Colômbia, afirmou o executivo-chefe da subsidiária Gonzalo Restrepo. A Éxito, no qual o Casino detém 54,8%, levantou US$ 1,3 bilhão com a venda de novas ações na Bolsa colombiana passada e planeja agora usar o dinheiro para pagar uma aquisição no Uruguai. A empresa também espera abrir até 100 lojas na Colômbia e tem um plano de três anos para expandirse em países politicamente estáveis na América Central, Caribe e região Andina, disse Restrepo.

4 ECONOMIA 4 Sábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de 2011 Fabio Andrade Sobe de 35% para 80% do valor da venda dos tributos que serão devolvidos Wellton Máximo Os produtores de café ganharam um incentivo para exportar grãos industrializados, que passaram pelo processo de torrefação e têm maior valor agregado. Medida provisória (MP) publicada nesta sexta-feira no Diário Oficial da União aumentou de 35% para 80% do valor da venda os tributos a serem devolvidos às empresas que exportam o grão processado. Em contrapartida, o crédito presumido para a venda de café in natura ao exterior caiu de 35% para 10%. Segundo o subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro Serpa, a medida tem como objetivo incentivar a exportação de produtos com maior valor agregado, que passaram por alguma etapa de industrialização. Essa decisão está dentro da política econômica de incentivar a venda de produtos mais elaborados ao exterior, disse o subsecretário. A medida só entra em vigor daqui a 90 dias e abrange somente dois tributos: Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). O modelo de tributação da cadeia produtiva do café também foi alterado. Até agora, apenas o agricultor vendia o café com suspensão de PIS e Cofins. A partir das etapas seguintes, atravessador ou indústria, a alíquota de 9,25% passava a ser cobrada. Com a medida provisória, os tributos só começarão a incidir na indústria, quando o torrefador vende o café processado. Antes, não era possível saber exatamente em que ponto da cadeia produtiva a tributação começava, porque o produtor podia vender o café com suspensão tanto para um atacadista como direto para a indústria. Agora, fica claro que esses tributos só começam a ser cobrados depois da torrefação, disse Serpa. Segundo o subsecretário, a mudança não acarretará alteração de preços para o consumidor. A tributação total sobre a cadeia produtiva continua a mesma. O que mudou foi apenas a incidência sobre as etapas de produção. Redistribuímos o ônus (obrigação) tributário para a indústria. Bens - A partir desta sextafeira, a Receita Federal (RF) só poderá fazer o arrolamento de bens de contribuintes com débitos tributários se o passivo superar R$ 2 milhões. O decreto de nº 7 573, publicado no Diário Oficial da União (DOU), elevou o valor que, antes, era de R$ 500 mil. Segundo o Fisco, o valor estava defasado, já que a última mudança foi feita em Para haver arrolamento de bens, além do critério do valor da dívida, o débito tributário também precisa corresponder a pelo menos 30% do patrimônio conhecido do contribuinte. A Receita faz arrolamento de bens como garantia de pagamento do débito tributário. Outro decreto publicado nesta sexta-feira, de nº 7.574, faz a compilação de várias legislações sobre o processo de determinação e exigência de créditos tributários da União e de consulta sobre a aplicação da legislação tributária federal. Eduardo Rodrigues Altamiro Silva Júnior O mercado de seguros voltados para pessoas, que engloba seguros prestamistas (protege contra inadimplência), educacionais, vida individual e em grupo, entre outros, acumulou R$ 9,3 bilhões em prêmios no primeiro semestre de O resultado é 24,1% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta sextafeira pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). O seguro viagem foi o destaque no semestre, com crescimento de 42,29% e prêmios de R$ 19,3 milhões. A alta na contratação das apólices de viagem deve-se ao incremento no número de viagens nacionais e internacionais, destaca o comunicado da Fenaprevi. Segundo o Ministério do Turismo, no primeiro semestre de 2011 foram registrados 42,4 milhões de desembarques domésticos e internacionais, expansão de 20% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Além do seguro viagem, outros destaques de crescimento no período foram os seguros de acidentes pessoais e proteção financeira (prestamista). Os primeiros tiveram alta de 39,3% no período e acumularam R$ 1,9 bilhão em faturamento. Já o seguro proteção financeira, que garante o pagamento de prestações de bens adquiridos pelo segurado em caso de morte e invalidez, acumulou R$ 2,1 bilhões em prêmios com evolução de 37,9%. Vida - O seguro de vida teve desempenho mais modesto, com prêmios de R$ 4,8 bilhões, alta de 11,66%. Os números consolidados têm como base as informações coletadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). O ranking consolidado das maiores seguradoras mostra o Grupo Brasil Mapfre no primeiro lugar com 17,5% dos prêmios, seguido por Bradesco (16,3%) e Itaú (13,9%). Rodrigo Petry O Banco do Brasil (BB) não vem registrando sinais de aumento da inadimplência entre seus clientes pessoa física. Segundo o gerente executivo do BB, Milton Telles, apesar de o mercado estar apresentando crescimento de atrasos nos pagamentos, a situação está estabilizada na instituição. De fato, houve no mercado em geral uma ligeira elevação na inadimplência da pessoa física. Isso pode ser uma tendência, mas não se confirmou até agora (no BB), afirmou Telles, após participar de congresso promovido pela Associação Nacional das Empresas de Recuperação de Crédito (Aserc). Segundo o gerente, o ritmo de crescimento da concessão de crédito tanto para pessoa física quanto jurídica deverá desacelerar no próximo ano na comparação com Sem projetar números, Telles avaliou, porém, que o crédito bancário vai continuar crescendo, mas numa magnitude menor. O que percebemos é que não vai haver (em 2012) um aumento na velocidade que tínhamos até 2010 e também neste ano. Em relação aos níveis de inadimplência do banco, Telles ressaltou que, em caso de um novo acirramento da crise internacional, a situação pode mudar. Se a crise vier na intensidade que alguns analistas projetam, sem dúvida, vai se refletir no aumento da inadimplência, disse. Telles comentou que algumas empresas de pequeno porte no Brasil até hoje não se recuperaram completamente das consequências da crise de As pequenas (empresas) sentem mais e demoraram mais a se recuperar. Por isso, há um descolamento na inadimplência entre a pessoa física, que está totalmente normalizada, e a jurídica. O governo liberou nesta sextafeira R$ 1,95 bilhão referentes ao auxílio financeiro que complementa os repasses da Lei Kandir para estados e municípios. Esses recursos servem para compensar as unidades da federação pela perda de arrecadação decorrente da aplicação da lei, que retira a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas exportações de produtos básicos e semielaborados. O orçamento de 2011 já previa a liberação de um total de R$ 3,9 bilhões nessa conta, sendo metade via Lei Kandir e o restante por meio desse auxílio financeiro. A primeira parte estava sendo paga desde janeiro em 12 parcelas, de acordo com a tabela de divisão entre os estados que consta na própria lei. Já a segunda metade dependia da aprovação dos percentuais de distribuição pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). De acordo com o subsecretário de Política Fiscal do Tesouro, Marcus Pereira Aucélio, esse percentual geralmente só é mesmo decidido no segundo semestre de cada ano. Por isso, o pagamento do auxílio será feito em apenas três parcelas - outubro, novembro e dezembro - de R$ 650 milhões. O Tesouro já tinha o crédito orçamentário, mas ainda não sabia como distribuir, afirmou Aucélio. Pela tabela aprovada pelos secretários estaduais de Fazenda, as Unidades da Federação mais beneficiadas pelo auxílio serão Minas Gerais e Mato Grosso. Em contrapartida, o Amapá e o Distrito Federal, que não se destacam em volume exportado, não receberão nenhum centavo do benefício. INFORMÁTICA A IBM vale mais que sua rival Microsoft pela primeira vez desde 1996, no mais recente sinal da mudança de ênfase no setor de tecnologia para além dos computadores pessoais, informa o Wall Street Journal, segundo a agência Dow Jones. A mudança ocorre mais de um ano após a Microsoft perder seu posto como companhia de tecnologia mais valiosa para a Apple. O valor de mercado da Microsoft atingiu seu pico no fim de 1999, em torno de US$ 600 bilhões, e tem caído desde então, pois a companhia não conseguiu replicar seu domínio em softwares de computadores pessoais em mercados como pesquisas na internet e celulares. Já a IBM, que completou seu 100º aniversário em junho, concluiu uma notável reestruturação durante a década passada, recuperandose da perda do que havia sido um mercado de quase monopólio que ela teve no setor de computadores. O executivo-chefe Samuel J. Palmisano tomou decisões difíceis, desfazendo-se da divisão de PCs e investindo em tecnologias de serviço, softwares de negócios e em hardwares premium - linhas complexas de negócios, que são difíceis de replicar pela concorrência mantendo as margens de lucro altas. Ao longo do ano passado, as ações da IBM se valorizaram 34%, em comparação com um ganho de 3,9% da Microsoft. Em terceiro - A Microsoft, que era a companhia mais valiosa do setor de tecnologia há mais de um ano, agora aparece em terceiro, com valor de mercado de US$ 213,2 bilhões no fechamento da quinta-feira, segundo a FactSet Research. A IBM vale agora US$ 214 bilhões. Ambas estão bem atrás da Apple, cujo valor de mercado chegou a US$ 362 bilhões. Análise Financeira fandrade@andrade.adv.br O tema da tributação internacional dos lucros é complexo e está em franco desenvolvimento no Brasil. Com o desenvolvimento nacional e a crescente internacionalização das empresas brasileiras, variadas questões surgem sobre a sua sistemática de aplicação. Nesse cenário, sobressai relevante caso levado ao exame da Suprema Corte (RE Caso Volvo). Em 31 de agosto foi iniciado o julgamento no STF de recurso extraordinário no qual se discute a obrigatoriedade, ou não, da retenção na fonte e do recolhimento de imposto de renda, no ano-base de 1993, quanto a dividendos enviados por pessoa jurídica brasileira a sócio residente na Suécia. Com o provimento do recurso especial da empresa pelo STJ, com a concessão do tratamento isonômico em relação aos residentes ou domiciliados nos mencionados Estados, a União interpôs recurso extraordinário, no qual defende a manutenção da tributação aos contribuintes residentes ou domiciliados fora do Brasil. Para tanto, alega ofensa ao art. 97 da Constituição, já que o STJ, ao afastar a aplicação dos preceitos legais pertinentes (arts. 75 e 77 da Lei nº 8.383/91 e RIR/94), teria declarado, por órgão fracionário, sua inconstitucionalidade. Além disso, argumenta que a incidência do art. 98 do Código Tributário Nacional, na situação concreta, quando confere superioridade hierárquica aos tratados internacionais em relação à lei ordinária, ofende os artigos 2º; 5º, II e 2º; 49, I; 84, VIII, todos da Constituição da República (cf. Informativo do STF nº 638). O Ministro Gilmar Mendes, Relator, proveu o recurso extraordinário da União e afastou a concessão da isenção de imposto de renda retido na fonte para os não-residentes. No tocante à violação dos dispositivos constitucionais apontados anteriormente, o Ministro decidiu que, no âmbito tributário, a cooperação internacional viabilizaria a expansão das operações transnacionais O tema da tributação internacional dos lucros é complexo e está em franco desenvolvimento no Brasil. Com o desenvolvimento nacional, variadas questões surgem sobre a sistemática de aplicação que impulsionam o desenvolvimento econômico, o combate à dupla tributação internacional e à evasão fiscal internacional, e contribuiria para o estreitamento das relações culturais, sociais e políticas entre as nações. Contudo, o Ministro explicitou relevantes aspectos subjacentes à celebração e aplicação dos tratados internacionais para evitar a dupla tributação da renda. Frisou que, dadas as suas peculiaridades próprias, os tratados internacionais em matéria tributária tocam em pontos sensíveis da soberania dos Estados. Demandam extenso e cuidadoso processo de negociação, com a participação de diplomatas e de funcionários das respectivas administrações tributárias, de modo a conciliar interesses e a permitir que esse instrumento atinja os objetivos de cada nação, com o menor custo possível para a receita tributária de cada qual. Essa complexa cooperação internacional é garantida essencialmente pela cláusula pacta sunt servanda. Registrou, ademais, que a possibilidade de afastamento da incidência de normas internacionais tributárias por meio de legislação ordinária (treaty override), está defasada com relação às exigências de cooperação, boa-fé e estabilidade do atual panorama internacional. Desse modo, o entendimento no sentido do predomínio dos tratados internacionais não viola os dispositivos constitucionais anteriormente referidos. Decidiu que o acórdão recorrido do STJ tornou equivalentes situações incomparáveis, ao misturar critérios distintos como a residência e a nacionalidade. O art. 24 da Convenção Brasil-Suécia traz como elemento de conexão a nacionalidade. O art. 75 da Lei nº 8.383/91 utiliza como critério a residência. Assim, enquanto os residentes no Brasil foram isentos dessa exação por lucros e dividendos apurados em 1993, os residentes no exterior foram tributados, independentemente da nacionalidade do contribuinte. Em síntese, o Ministro Gilmar Mendes decidiu que: a) a cláusula da reserva de plenário (art. 97 da Constituição) não foi violada pelo STJ; b) o art. 98 do CTN é compatível com a nova ordem constitucional e sua subsunção, no caso, não transgrediu os dispositivos constitucionais anteriormente referidos; e c) a extensão concedida pelo STJ ofende o art. 150, inciso II, da CF, por ampliar, aos súditos suecos, tratamento não concedido aos nacionais brasileiros. Em seguida, o Ministro Dias Toffoli pediu vista. Levando em consideração a robustez do voto prolatado pelo Ministro Gilmar Mendes, inclusive com minuciosa revisão da evolução jurisprudencial da Suprema Corte no âmbito da aplicação dos acordos internacionais em face da legislação interna, tudo indica que os próximos debates da Corte devem girar em torno de suas considerações. Desse modo, o caso em foco pode ser um verdadeiro divisor de águas quanto à aplicação, pelo Brasil, de tratados internacionais sobre matéria tributária. Fábio Martins de Andrade é doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em Direito pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), pós-graduado e com especialização em Direito Processual Constitucional na Universidad de Buenos Aires (UBA) e na UERJ, membro de diversas associações e institutos, autor de diversos artigos sobre temas jurídicos, autor do livro Modulação em Matéria Tributária: O argumento pragmático ou consequencialista de cunho econômico e as decisões do STF (Ed. Quartier Latin, 2011) e sócio do escritório Andrade Advogados Associados.

5 Alessandra Saraiva Pela nona vez consecutiva, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou queda, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador recuou 1,6% em setembro, após cair 2,2% em agosto. O recuo na confiança em setembro foi influenciada principalmente pela piora das perspectivas em relação aos próximos meses. O ICI, que vai até 200 pontos, caiu de 102,7 pontos em agosto para 101,1 pontos em setembro. Este é o menor patamar de confiança desde agosto de 2009 (100,2 pontos), ano em que o País sofria os efeitos negativos da crise global em sua economia. O resultado também ficou 2,9 pontos abaixo da média histórica do indicador, apurada desde Entre os dois subindicadores componentes do ICI, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 0,6%, após mostrar um recuo de 3,6% em agosto. Mas o segundo componente do ICI, o Índice de Expectativas (IE), teve queda mais intensa em setembro, de 2,6%, ante retração de 0,7% apurada em agosto. No caso do IE, o nível do indicador em setembro ficou abaixo da linha divisória entre expectativas favoráveis e desfavoráveis pela primeira vez desde agosto de Na comparação com setembro do ano passado, o ICI registrou queda de 11% em setembro deste ano, mais forte que a apurada em agosto (-9,2%), no mesmo tipo de comparação. Ainda na comparação com setembro do ano passado, houve quedas de 10,7% e de 11,2%, respectivamente, para o Índice de Situação Atual e para o Índice de Expectativas, em setembro deste ano O levantamento para o cálculo do índice foi feito entre os dias 5 e 27 deste mês, em uma amostra de empresas informantes. Ricardo Leopoldo O superintendente- adjunto de ciclos econômicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloísio Campelo, afirmou que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apurada pela instituição pode ficar abaixo da média histórica de 83,3% entre outubro e dezembro. Em setembro, o patamar ficou em 83,6%, igual ao de agosto. Dadas as condições menos favoráveis da demanda interna e o fato de o atual patamar estar em uma marca muito próxima à média histórica, é possível haver oscilação para baixo nos próximos três meses, afirmou. Segundo Campelo, a sondagem conjuntural da indústria de transformação da FGV indicou uma queda do emprego prevista para o trimestre seguinte, de 110,7 pontos em agosto para 105,1 pontos em setembro, abaixo da média histórica de 112,9 pontos apurada desde janeiro de Do total de empresas que disseram que iriam contratar mais, o patamar caiu de 22,6% em agosto para 17,7% em setembro. Por outro lado, o nível de companhias que têm a intenção de empregar menos subiu de 11,9% para 12,6%. A tendência é o emprego industrial cair até dezembro, afirmou o especialista. Aloísio Campelo também apontou que o índice da situação atual caiu 11,4% de janeiro a setembro, enquanto o índice de expectativa da indústria teve queda de 12,1% no período. Segundo ele, esses dois componentes, somados à possibilidade de queda do Nuci e da geração de emprego nos próximos três meses, indicam que as perspectivas dos empresários industriais para investir é desfavorável no curtíssimo prazo. É provável que, se o quadro de desaceleração da economia mundial se acentuar logo, haverá efeitos imediatos sobre as expectativas de geração de negócios, de contratação de funcionários e de investimentos, acentuando a piora a partir desse processo, concluiu. Os preços mundiais dos grãos devem permanecer voláteis no quarto trimestre devido à desaceleração econômica e ao aperto geral da oferta, apesar da redução da demanda, disse na quinta-feira Abdolreza Abbassian, secretário do Grupo Intergovernamental para Grãos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Os fundamentos do mercado de grãos são fortes, mas não a economia global, e isso pode afetar os preços dos alimentos de um jeito ou de outro, resultando em mais volatilidade, afirmou ele. A produção é melhor neste ano, mas não o suficiente para reabastecer os estoques, segundo o secretário. Demanda fraca - A recente correção para baixo das cotações refletiu o enfraquecimento da demanda em meio à recessão econômica, e não a oferta excedente de grãos, disse Abbassian. Os preços do trigo, do milho e da soja atingiram as mínimas em meses nesta semana. O secretário advertiu ainda que os agricultores não devem reduzir a área plantada, interpretando erroneamente o movimento como uma reação ao excesso de grãos. Se o euro se recuperar em relação ao dólar e houver outra rodada de estímulos, os preços dos alimentos saltarão, à medida que os estoques globais de cereais, exceto os de arroz, devem ser menores em relação ao ano passado. A oferta de milho ainda é apertada, mas um racionamento do consumo nos Estados Unidos está em andamento, observou ele. A demanda norte-americana para fabricar etanol na temporada 2011/12 deve aumentar para 130 milhões de toneladas, mas não deve fugir do nível registrado em 2010/11, de 127 milhões de toneladas, segundo Abbassian. Do lado da oferta, a produção de grãos forrageiros em 2011/12 inicialmente subiria 3,5%, mas o aumento pode ser de apenas cerca de 3%, disse o secretário. Trigo - No caso do trigo, uma recuperação da safra da região do Mar Negro após a seca do ano passado pode ser compensada pela forte demanda da indústria de ração animal por causa dos preços comparativamente maiores do milho no mercado físico e, às vezes, até mesmo no de futuros, explicou Abbassian. Uma seca nos Estados Unidos e incertezas sobre o plantio de inverno pode também sustentar as cotações do trigo, completou o secretário do Grupo Intergovernamental da FAO. ECONOMIASábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de Moeda norte-americana tem maior valorização mensal desde setembro de 2003 Roberta Scrivano O dólar foi o melhor investimento de setembro. A moeda americana fechou o mês com alta de 17,94%, cotada a R$ 1,88. É a maior valorização mensal para o dólar desde setembro de A Bolsa, por sua vez, está na lanterna do ranking de investimentos há seis meses consecutivos. Só em setembro a modalidade perdeu 7,38%. Cenário como esse, de seis resultados mensais negativos seguidos na Bolsa, só foi visto entre os meses de junho e novembro de A configuração do ranking no mês passado, dizem especialistas, se deve ao crítico cenário internacional. Em 2008 foi assim: dólar rendendo bem, ouro também ali nas primeiras colocações e a Bolsa perdendo, comenta Marcos Moore, coordenador de cursos da XP Educação. Ouro - O ouro, em setembro, aparece como o segundo melhor investimento, com alta de 3,07%. No ano, o metal precioso já soma alta de 19,39%. O dólar, levando em conta o período que começa em janeiro, está na segunda colocação do ranking, com ganhos de 12,98%. O dólar está se valorizando não só diante ao real, mas a outras moedas também, explica Paulo Corchaki, diretor de gestão de recursos do Itaú Unibanco. Para ele, dois terços dos motivos que estão colocando o dólar em valorização diante do real são por conta do mercado externo. O outro um terço tem a ver com o mercado interno, define Corchaki. Sobre a Bovespa, que no ano já acumula recuo de 24,5%, os especialistas não estão muito otimistas para uma virada de resultados. Todos eles, no entanto, comentam que, com tanta queda, diversos papéis estão baratos e, portanto, esse pode ser um bom momento para a compra de ações. Em razão da baixa do Ibovespa, em setembro, permanece a recomendação que tenho feito há alguns meses de compra gradativa e parcial da carteira de ações, sugere Fábio Colombo, administrador de investimentos. Moore, da XP Educação, lembra ainda que não é porque o Ibovespa está caindo que todas as ações da Bolsa estão em queda também. A indústria de fumo, empresas ligadas ao mercado interno, as companhias de eletricidade e de telefonia são exemplos de papéis que estão em alta no ano, pontua. Por outro lado, siderúrgicas e construtoras, segundo ele, estão baratas e podem configurar boas oportunidades de compra. CDBs e fundos DI - Das modalidades de investimento que integram a renda fixa, apenas os CDBs de baixo valor (0,61%), os fundos DI para pequenos investidores (0,60%) e a poupança (0,60%) renderam menos que a inflação medida pelo IGP-M (0,65%) durante o mês de setembro. Os fundos de renda fixa, por exemplo, ficaram em terceiro lugar no ranking, com alta de 0,85%. Os CDBs que têm mais de R$ 100 mil aplicados ganharam 0,78%; enquanto que os fundos DI acumularam alta de 0,75%. Com a perspectiva de queda na taxa básica de juro (Selic), no entanto, essas opções de investimento tendem a ficar menos atrativas. Claudia Violante, Alessandra Taraborelli e Márcio Rodrigues A torcida para que os fechamentos do mês e do trimestre melhorassem o comportamento do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) não se confirmou. O índice acompanhou a piora externa e recuou quase 2%, fechando pela primeira vez em setembro no nível de 52 mil pontos e encerrando o mês com o pior desempenho desde outubro de O Ibovespa terminou o dia em queda de 1,99%, aos ,42 pontos. Foi o pior nível desde 25 de agosto passado (52.953,30 pontos). Na mínima, a Bolsa registrou pontos (-2,79%) e, na máxima, os pontos (estabilidade). O giro financeiro totalizou R$ 6,429 bilhões. Com o resultado desta sexta-feira, o Ibovespa encerrou a semana com baixa de 1,7%. As perdas em setembro alcançaram 7,38%, o pior resultado desde o tombo de 24,8% de outubro de 2008, no auge da crise após a quebra do Lehman Brothers. No ano, a queda atinge 24,5%. Os investidores seguem com o horizonte nebuloso, sem uma solução para a crise grega tampouco para a situação da zona do euro. O Parlamento da Áustria deu ontem seu aval para mudanças na linha de estabilidade EFSF, mas os agentes já acham que a solução definitiva não está aí. Os indicadores conhecidos nos EUA foram divergentes e não contribuíram para um pregão melhor. O Dow Jones recuou 2,16%, aos ,38 pontos. Caiu 6,03% no mês e 5,74% no ano. O S&P perdeu 2,50%, aos 1.131,42 pontos. No mês, caiu 7,18%, e no ano, de 10,04%. Nasdaq fechou com desvalorização de 2,63%, aos 2.415,40 pontos. No mês, teve baixa de 6,36%, e, no ano, de 8,95%. Tendo como pano de fundo a China, onde o índice HSBC de atividade industrial dos gerentes de compras ficou estável em 49,9 na leitura final de setembro (sinal de contração econômica), as commodities metálicas fecharam em queda. Na Nymex, o contrato do petróleo para novembro perdeu 3,58%, a US$ 79,20 o barril. No Brasil, Petrobras ON fechou em baixa de 0,99% e a PN, de 1,55%. Vale ON caiu 2,43% e a PNA, 2,17%. Câmbio - A demanda pela moeda norte-americana tomou fôlego no início da segunda etapa dos negócios nesta sexta-feira e fez o dólar disparar e atingir a máxima de R$ 1,8910, às 15h28, mas depois desacelerou um pouco para fechar valendo R$ 1,88 (+1,51%). A elevação do dólar acompanhou a deterioração das bolsas e do mercado de moedas lá fora. Na mínima, o dólar balcão atingiu R$ 1,849. Na semana, a moeda subiu 2,06%. No ano, a moeda tem ganho acumulado de 12,98% e, no trimestre, de 20,43%. Na BM&F, o dólar pronto fechou na máxima, a R$ 1,889, com ganho de 2,17%. A mínima Luciana Antonello Xavier Os Estados Unidos estão bem perto de outra recessão. É o que aponta relatório divulgado ontem pelo Economic Cycle Research Institute (ECRI), em Nova York. Teremos recessão, garantiu o diretor-gerente e cofundador do ECRI, Lakshman Achuthan, em entrevista à rede de TV CNBC. Para Achuthan, se a recessão nos Estados Unidos não começou ainda, ela está bem diante de nós. Isso é inequívoco, afirmou. O ECRI é um instituto independente de pesquisa de ciclos econômicos e mede semanalmente o ciclo de negócios por meio do Weekly Leading Index (WLI). Recessão é um processo, mas muita gente fica esperando por dois trimestres de Produto Interno Bruto (PIB) negativo. Trata-se de um processo em que as vendas decepcionam, a produção cai, o nível de emprego cai, a renda cai e então as vendas caem. Esse é um ciclo vicioso que já começou. O WLI da semana de 23 de setembro registrou queda de 7,2%, a maior do ano. O índice registrou crescimento semanal desde o início do ano, mas reverteu direção em meados de agosto. Nova York - A atividade das empresas da cidade de Nova York voltou a se expandir em setembro. Segundo informações da Dow Jones, o índice das atuais condições de negócios do Instituto para Gestão de Oferta (ISM) aumentou para 50,6, de 47,8 em agosto. O índice de agosto foi o menor desde junho de 2009, quando a economia norteamericana estava saindo da recessão. A leitura de julho foi de 57,2. O índice de emprego continuou registrando contração, com leitura de 48,8 em setembro, ante 48,6 em foi de R$ 1,85. No mês, o dólar na BM&F fechou com valorização de 18,73% e, no ano, 13,59% No trimestre a ganho acumulado alcança 21,08%. O giro total à vista até 16h42 na clearing de câmbio era de US$ 1,937 bilhão, dos quais US$ 1,799 bilhão em D+2. Juros - Ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2012 ( contratos) estava em 11,10%, de 11,18% no ajuste e quase igual ao 11,11% da segunda-feira. O DI janeiro de 2013 indicava taxa de 10,33%, de 10,47% no dia anterior, com giro de contratos. O DI janeiro de 2014 recuava a 10,77%, de 10,88% no ajuste, com volume de contratos. Entre os longos, o DI janeiro de 2017 ( contratos) cedia para 11,26%, de 11,33% na quinta-feira e próximo aos 11,24% do primeiro dia da semana, enquanto o DI janeiro de 2021 (1.660 contratos) regredia para a mínima de 11,25%, de 11,35% na véspera e igual ao ajuste da segunda-feira. agosto. O índice de volumes de compras saltou para 54,8, de 47,1. As pressões de custos continuaram voláteis. O índice de preços pagos subiu para 61,0 em setembro, de 54,3 em agosto, que recuou em relação à leitura de 61,4 em julho. O índice de expectativas para seis meses recuou para 55,9 em setembro, de 59,9 em agosto, e 63,2 em julho. O instituto perguntou a razão mais importante para que os mercados de trabalho na cidade de Nova York não tenham melhorado. Por uma ampla margem, 46% dos entrevistados afirmaram que foram as vendas fracas, enquanto 36% responderam outros fatores, como a incerteza e a falta de confiança. Só 5% disseram que os juros contribuíram para os problemas do mercado de trabalho. A proposta do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de aumentar os impostos para americanos que ganham US$ 1 milhão ou mais por ano pode gerar uma receita anual de US$ 20 bilhões, disse Warren Buffett na Bloomberg Television. O investidor, que é presidente e executivo-chefe da Berkshire Hathaway, afirmou que recebeu algumas reclamações por causa do apoio dele à medida de que haja impostos mais altos para os americanos mais ricos. Porém, Índice caiu 7,2% na semana encerrada no dia 23, a maior queda do ano. O WLI vinha subindo desde janeiro, mas reverteu a direção em agosto disse que muitas pessoas expressaram apoio a ele. A proposta de imposto da Casa Branca, disse Buffett, afetaria apenas cerca de 50 mil americanos e aumentaria (a receita anual) talvez em 20 bilhões por ano. Pessoas que fazem dinheiro apenas com dinheiro pagam impostos baixos em meio a altos níveis de renda, disse. A economia não vai sofrer com a proposta do presidente Obama, afirmou. Berkshire - Ainda em relação à economia, Buffett disse: Nós estamos com uma recuperação em andamento. Não estamos em qualquer nova recessão. Ele acrescentou que a maioria dos negócios da Berkshire está indo bem. Sobre o programa de recompra de ações da Berkshire, Buffett foi questionado sob quais condições a companhia executaria a recompra. Se a ação estiver barata, nós vamos comprá-la. Se não, não vamos comprá-la, afirmou. Ele acrescentou que, se o preço (da ação) for atrativo, nós podemos gastar muito dinheiro na recompra das ações da Berkshire. A Berkshire amealhou um total de cerca de US$ 4 bilhões em ações ordinárias de várias companhias ao seu portfólio no terceiro trimestre, disse Buffett. Questionado se algum dos bancos na zona do euro tem abordado ele sobre algum investimento, Buffett afirmou que recebeu muito, muito poucas abordagens. Ele disse, porém, que não haveria muitas chances de a Berkshire poder ajudar.

6 6 PAÍS Sábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de 2011 IBOPE Avaliação ótimo ou bom do governo sobe para 51% Aprovação pessoal da presidente também cresceu e passou de 67% para 71% Andrea Jubé Vianna Em relação ao levantamento anterior, a avaliação ótimo ou bom do governo Dilma Rousseff subiu três pontos porcentuais, passando de 48% para 51%, segundo a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) encomendada ao Ibope e divulgada nesta sextafeira. O Ibope realizou entrevistas em 141 municípios entre os dias 16 a 20 de setembro. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Em relação à pesquisa feita em março, a avaliação positiva do governo Dilma caiu cinco pontos porcentuais, de 56% para 51%. A fatia dos entrevistados que consideram o governo ruim ou péssimo oscilou dentro da margem de erro da pesquisa, de 12% para 11%, em relação à rodada anterior, divulgada em julho. A melhora na avaliação do governo cresceu mais entre os eleitores da região Sul, que teve os maiores índices de ótimo ou bom, de 57%. O governo é melhor avaliado entre os entrevistados com mais de 50 anos, faixa em que 55% consideram-no ótimo ou bom. Quanto menor o nível de renda familiar do entrevistado, melhor a avaliação do governo Dilma, diz a análise da pesquisa. A aprovação pessoal da presidente Dilma também cresceu e passou de 67% para 71% em relação à rodada anterior, divulgada em julho. A desaprovação da presidente caiu quatro pontos porcentuais, de 25% em julho para 21%, na pesquisa divulgada hoje. Segundo a CNI/Ibope, Dilma é melhor avaliada entre os entrevistados de 50 anos ou mais (75% de aprovação) e entre aqueles que cursaram somente até a quarta série do ensino fundamental (77%). Contribuição - A pesquisa mostrou que a faxina contra a corrupção promovida pelo governo federal contribuiu para a alta de popularidade da presidente Dilma, afirmou o gerente de Pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca. Dilma conseguiu capitanear para o governo as ações contra a corrupção, disse Fonseca, lembrando as demissões de ministros e funcionários públicos envolvidos nas denúncias de irregularidades e desvios de recursos na Esplanada. O levantamento mostrou que o assunto corrupção foi o mais lembrado pelos entrevistados, quando perguntados - sem temas induzidos - quais eram as notícias de que mais se lembravam nas últimas semanas. Do total de entrevistados, 19% citaram as denúncias sobre corrupção nos ministérios e 13% mencionaram, espontaneamente, a faxina promovida por Dilma. Fonseca lembrou que, na rodada anterior da pesquisa, realizada em julho, não havia essa associação, ou seja: os entrevistados citaram as denúncias de corrupção. Mas naquela rodada, não surgiu a identificação de que o governo reagia e tomava providências em relação às denúncias. O terceiro assunto mais lembrado, por 10% dos entrevistados, foram os investimentos para obras da Copa do Mundo, como reforma de estádios e privatização de aeroportos. Saúde e impostos: pior nível na pesquisa A pesquisa CNI/Ibope divulgada na sexta mostrou que as áreas de impostos e de Saúde têm os piores índices de avaliação da população. O setor de Saúde apresenta o maior porcentual de desaprovação: 67%. Apenas 30% dos entrevistados aprovam as políticas do governo para o setor. E a área de impostos é reprovada por 66% da população, enquanto 27% avalizam as ações de governo neste setor. A avaliação do gerente de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, é de que esses números mostram que a população acompanha com preocupação o debate alimentado pelo governo de que é preciso aumentar impostos para resolver o problema da saúde. Na última segunda-feira, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, admitiu que o governo defenderá a recriação da CPMF para financiar a área de Saúde. Ideli ressalvou, apenas, que a escalada da crise financeira internacional obriga o adiamento desse debate para o próximo ano. A pesquisa mostrou uma queda de 69% para 67%, em comparação com a rodada anterior, ocorrida em julho, na desaprovação ao governo das ações na área de saúde. Mas essa oscilação ficou dentro da margem de erro da pesquisa. Aprovação da política de juros chega a 32% A avaliação da política de juros do governo Dilma Rousseff subiu três pontos porcentuais, de 29% para 32%, segundo a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em relação ao levantamento anterior. No entanto, o saldo entre aprovação e reprovação permaneceu negativo, em 27 pontos porcentuais, seguindo as rodadas anteriores. A fatia dos entrevistados que desaprova a política de juros caiu de 63% para 59%, em relação à rodada anterior, divulgada em julho. Comparativamente com a primeira sondagem CNI/Ibope, realizada em março, a aprovação da política de juros caiu 11%. Na última reunião, realizada ao final de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) surpreendeu ao reduzir a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto porcentual, para 12%. O Ibope realizou entrevistas em 141 municípios entre os dias 16 a 20 de setembro. A SURTO Meningite C mata estudante em Salvador Tiago Décimo Os cerca de 2 mil moradores do Condomínio Arvoredo, no bairro de classe média do Cabula, em Salvador, reivindicam a aplicação de profilaxia contra meningite C, por parte do governo do estado e da prefeitura, depois da morte da estudante de enfermagem Lindiane de Souza de Sá Teles, de 27 anos. Natural de Iraquara, Lindiane morava sozinha. Segundo relatos de amigos, ela começou a sentir dores de cabeça e febre na noite da sexta-feira, dia 23/9. A mãe, por telefone, ainda pediu para que ela fosse a um posto de saúde, mas a estudante decidiu não procurar ajuda médica antes da chegada dos pais, na última segunda-feira. Foi o pai da estudante quem encontrou o corpo da filha, deitado sobre a cama, com muitas manchas na pele. Exames realizados durante a semana constataram que a causa da morte foi meningite C. Está todo mundo em pânico, diz a esteticista Joana Clara Passos, de 37 anos, vizinha da estudante. Sem pânico - Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), porém, não há motivo para preocupação, nem indicação de aplicação de profilaxia entre os moradores. De acordo com o órgão, técnicos da vigilância epidemiológica realizaram uma investigação preliminar que apontou que não houve, entre os moradores do condomínio, quem tivesse mantido contato suficiente com a vítima para ser infectado. De acordo com a secretaria, a infecção da estudante foi um caso isolado, mas os moradores reclamam. Era só a secretaria trazer os antibióticos para as pessoas ficarem mais tranqüilas, argumenta o presidente da Associação de Moradores do Condomínio Arvoredo, Raimundo Braga. Dados - A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab) informou que os dados mais recentes apontam diminuição no número de casos da meningite C no Estado. Este ano, 41 pessoas morreram por causa da doença na Bahia - 21 delas em Salvador -, em um total de 132 casos diagnosticados. No ano passado, no mesmo período, foram contabilizadas 46 vítimas, em 180 diagnósticos. Contando-se todas as formas de meningite, foram 71 mortes no Estado - ante 87 no mesmo período do ano passado. margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Desemprego - A pesquisa também revelou que a avaliação positiva das ações de combate ao desemprego do governo subiu quatro pontos porcentuais, de 49% para 53%, entre julho e setembro. Em relação à política de combate à inflação, a aprovação mantevese em 38% dos entrevistados. No item inflação, o enfrentamento da alta dos preços ainda tem desaprovação da maioria, tendo oscilado dentro da margem de erro, de 56% para 55%, entre julho e setembro. Sobre o combate à inflação, a análise revela que as ações do governo têm maior aprovação nas cidades com até 20 mil habitantes. No entanto, a desaprovação aumenta nas cidades com mais de 100 mil habitantes, mostrando que esse é um problema mais sentido nas cidades de maior porte. Mais Dilma na página 10 PSDB Oposição tripudia sobre a crise Os comentários do senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) sobre os problemas internos no PSDB geraram dezenas de manifestações pelo microblog twitter. O ex-presidente do PT José Eduardo Dutra não se aguentou. Em tom de galhofa comentou: Dar retwitter em briga de tucanos não tem preço. Ele republicou em sua páginas todas as manifestações do senador Aloysio. A prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), também não resistiu a uma provocação: Aloysio Nunes diz que PSDB-SP ignora ele e o Serra. Imaginem então o que fazem comigo em Ribeirão. O ex-ministro do Turismo Caio Carvalho, que é tucano, também entrou no debate. Triste verdade de um partido que ajudamos a montar, ao se referir às manifestações de Aloysio. IMPOSTO PARA SAÚDE Alexandre Padilha deixa decisão para o Congresso Bruno Boghossian O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, delegou ao Congresso a responsabilidade de criar uma nova fonte de recursos para o setor, depois que a Câmara rejeitou a criação de um novo imposto para financiar a área. Padilha admitiu que o governo precisará de mais recursos para cumprir a regulamentação da Emenda 29, mas afirmou que a pasta não vai interferir na discussão. A regulamentação da Emenda 29 é um passo importante para termos um mecanismo de controle sobre os recursos da saúde, evitando desperdícios. No entanto, ela não resolve como vamos financiar o setor ao longo dos anos, avaliou o ministro. O Congresso Nacional abriu o debate sobre financiamento. Padilha avalia que, ao concluir a votação da Emenda 29 e estabelecer padrões mais rígidos de investimentos na saúde pelos governos, a Câmara adquiriu a obrigação de suprir a falta de recursos para o setor. Como os deputados rejeitaram a criação da Contribuição Social para a Saúde (CSS), o ministro acredita que cabe aos parlamentares encontrarem uma solução para o problema. Quem sou eu pra julgar o que o Congresso deve fazer? O Congresso tem várias opções, disse Padilha, que evitou comentar alternativas à CSS, como o aumento de impostos para cigarros e bebidas alcoólicas ou o uso de parte dos recursos do pré-sal para financiar a saúde pública. O texto aprovado pela Câmara para a Emenda 29 tenta evitar que o dinheiro alocado para a saúde seja usado para outras finalidades Seriam permitidos investimentos no Sistema Único de Saúde e na vigilância sanitária, por exemplo, mas não o pagamento de pensionistas, merenda e limpeza urbana. Para cumprir essa determinação sem uma nova fonte de recursos, Padilha afirma que pretende definir prioridades e combater o desperdício. Ministro da Saúde critica a criação de fumódromos O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, criticou abertamente a proposta de emenda que permitiria a criação de estabelecimentos exclusivos para fumantes. O texto havia passado por seu gabinete na semana passada, como noticiou o jornal O Estado de S. Paulo, mas Padilha só passou a declarar sua oposição à flexibilização do fumo depois de ser pressionado por setores do governo e grupos antitabagistas. Nós somos contra qualquer fumódromo, contra qualquer serviço em ambiente fechado que possibilite o uso do cigarro, disse o ministro após um evento no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio. Padilha negou que o Ministério tenha defendido a liberação do fumo e declarou que pretende apoiar a proibição do cigarro em todos os ambientes públicos fechados - a exemplo das leis aprovadas em Estados como São Paulo e Rio. A posição do Ministério é muito clara sobre isso. Nós defendemos tudo aquilo que for restrição total ao cigarro em ambientes fechados. Uma parte da medida coloca a ideia de impedir o uso do cigarro nesses lugares em todo o Brasil. Somos favoráveis a isso, afirmou. Elaborada pelo deputado Renato Molling (PP-RS), a emenda que pretende liberar a criação de estabelecimentos em que o fumo é permitido será incluída no texto da Medida Provisória PROJETO DE LEI 540, que eleva para 300% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre cigarros. A taxação é considerada essencial pelo governo para reforçar sua arrecadação. Relator da MP, o parlamentar descartou a retirada da emenda do projeto, apesar da oposição do Ministério da Saúde. O projeto deve ser apresentado ao plenário da Câmara dos Deputados na quarta-feira (05). Como ministro da Saúde, ele (Padilha) realmente deve ser contra essa proposta. Mas do ponto de vista da economia e das liberdades individuais, é preciso criar uma alternativa aos fumantes, ponderou Molling. Em 99,9% dos lugares, o fumo será proibido. Deixar um pequeno espaço a quem fuma é o mínimo de respeito que podemos ter por essas pessoas. O deputado disse acreditar que a medida não deve provocar uma proliferação de estabelecimentos para fumantes, pois não há viabilidade econômica para a abertura de tantos bares e restaurantes com esse perfil. Segundo o texto, estabelecimentos fechados que permitem o uso do cigarro só poderão ser frequentados por maiores de 18 anos e deverão ter cartazes indicando que o fumo é permitido. Molling afirmou que caberá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) regulamentar a obrigatoriedade de instalação de equipamentos de exaustão para essas casas. Acordo sobre royalties está breve Rosa Costa O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), estimou nesta sexta-feira que até o início da próxima semana os parlamentares dos estados não produtores e produtores de petróleo chegarão a um acordo em relação ao texto do projeto de lei que trata da repartição dos royalties e das participações especiais. Uma das hipóteses que, segundo ele, facilitaria o entendimento, seria uma iniciativa da presidente Dilma Rousseff de conciliar os dois lados na reunião do coordenação política do governo, nesta segunda-feira. Ele lembrou que a urgência se deve à votação, na terça, do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao item incluído no marco regulatório de partilha que distribui os royalties igualmente para todos os Estados. Raupp está convencido de que na falta de uma proposta que agrade os dois lados, o veto será derrubado pelos deputados. A grande maioria da Câmara quer derrubar o veto e isso é pior para todo mundo, alegou. Tal fato levará os estados produtores a recorrerem ao Supremo Tribunal Federal (STF), será uma guerra judicial de prazo indeterminado, disse. Raupp acredita que o senador Francisco Dornelles (PP-RJ), um dos mais envolvidos na questão, vai ajudar a encontrar uma solução por acreditar que ele é bem mais moderado do que o governo do Rio de Janeiro e o Lindbergh, afirmou. Ele explicou que sua avaliação se deve à comparação que faz com as posições do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e do senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

7 JUSTIÇASábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de CAMPOS TRE mantém Rosinha prefeita Decisão é válida por 30 dias e suspende a inelegibilidade imposta ao deputado federal Anthony Garotinho Alfredo Junqueira O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) concedeu liminar e manteve no cargo a prefeita de Campos, Rosinha Garotinho (PR), que foi governadora do Rio entre 2003 e A decisão do desembargador Sérgio Schwaitzer é válida por 30 dias e suspende a inelegibilidade imposta ao deputado federal Anthony Garotinho, também ex-governador (1999/2003), marido de Rosinha. Os dois haviam sido condenados pela juíza da 100ª Zona Eleitoral, Gracia Cristina Moreira do Rosário, por abuso de poder econômico nas eleições de O anúncio da liminar que manteve Rosinha no cargo foi precedido de manifestações na prefeitura e por briga entre vereadores na Câmara Municipal. A Justiça Eleitoral havia determinado para sexta-feira a posse do presidente do legislativo local, Nelson Nahim (PR), que é irmão de Garotinho, na vaga de Rosinha. Durante a sessão, vereadores de oposição e da base de apoio da então prefeita afastada provocaram tumulto e chegaram a trocar socos no plenário. IMPASSE Rosinha Garotinho comemora decisão do desembargador em frente à sede da prefeitura de Campos Vamos resistir dentro da lei. Já denunciei hoje (sexta-feira) no Plenário da Câmara em Brasília os detalhes sórdidos desta armação que visa atingir a mim e a Rosinha. Vamos aguardar, disse Garotinho, na manhã de sexta-feira. Ele atribuiu seus problemas com AMB quer eliminar absurdos do CNJ Evandro Fadel O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Henrique Nelson Calandra, disse ontem, em Curitiba, que a entidade entrou com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contra a Resolução 135 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que pretende regulamentar o processo disciplinar de juízes, por observar nela alguns absurdos. Ele também foi duro nas críticas à corregedora nacional de Justiça e ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, que afirmou existir bandidos na magistratura. O presidente da AMB destacou que a resolução, publicada em 15 de julho no Diário da Justiça, transforma o CNJ em tribunal para julgamento de atos de juízes. Outro absurdo é que ela reduz o prazo de defesa, acrescentou. Pela lei orgânica da magistratura, que é nacional, é de dez dias, e reduz para cinco, partindo do pressuposto de que Brasília é o Brasil. De acordo com Calandra, em alguns locais do Norte do País, apenas para o juiz se deslocar de barco demora cinco dias. Portanto, anula completamente a possibilidade de defesa para o magistrado acusado, reforçou. Ele disse que a AMB defendeu a constitucionalidade do CNJ no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2004, quando foi criado. Depois vou querer destruir aquilo que eu mesmo validei?, ponderou. Aqueles que estão interessados não só em não discutir o que discutimos, mas em ampliar os poderes do CNJ, dizem na mídia que nós estamos querendo destruir o CNJ, retirar competência. Isso é uma mentira. Questionado sobre a existência de corregedores de tribunais de Justiça respondendo a processos no próprio órgão, Calandra disse que o Brasil não é um Estado totalitário e não se pode concordar com supressão de instância. Toda a competência do CNJ é exercida sempre de forma revisional, salvo quando o implicado seja o próprio tribunal, salientou. Num país democrático, quando há impedimento de todo um tribunal, a competência passa para o tribunal que está acima dele, vai para o Superior Tribunal de Justiça, ele processa, julga e, se eu não estiver satisfeito com o veredicto, eu recorro administrativamente ao CNJ ou judicialmente posso reclamar no Supremo. O presidente da AMB reforçou que, na magistratura brasileira, 99,80% são absolutamente corretos. O que é incorreto é um juiz chegar para a imprensa e dizer: há bandidos entre nós, revoltouse. Antes tem que apresentar uma denúncia formal ao Ministério Público, essa pessoa tem que ser processada, se for o caso tem que ser presa e afastada de suas funções. Segundo ele, se não for seguido esse ritual, comete-se o crime de prevaricação. Não posso, para fazer graça com a imprensa, acobertar crimes, completou. Ao comentar as declarações da ministra Eliana Calmon, ele voltou a pedir provas. Se tenho comprovação de um crime sou obrigado a dizer quem é o criminoso, quais são as provas contra ele e processá-lo criminalmente. O que não é possível é uma incontinência verbal desse quilate, reagiu. Segundo ele, a afirmação expõe quem faz trabalho sério, citando a juíza Patrícia Acioli, morta em São Gonçalo (RJ). Tem muita juíza que está fazendo o que ela estava fazendo, enfrentando com sua própria vida organizações criminosas e recebe um rótulo de bandido. Segundo ele, houve uma reação de toda a categoria. Não há juízes bandidos, aqueles que infringiram a lei penal foram afastados, estão na cadeia cumprindo pena, afirmou. Para o presidente da AMB, Calmon ainda quis dar um golpe contra o Supremo. Ela atravessa a praça, vai ao Senado e reclama uma emenda constitucional que está construída já, não sei se já foi protocolada, para derrubar o veredito do Supremo, disse. Como é que eu, juiz, vou agir contra o Supremo Tribunal do meu país? Antes eu tenho que pedir minha saída e ir trabalhar em outra profissão. Calandra ressaltou que, antes do CNJ, a magistratura tinha falhas, porque nenhum de nós olhava para nós mesmos e raramente estava aberto para conversas com a imprensa e com a sociedade. O CNJ tem essa virtude, mas tem um defeito, porque o poder embriaga as pessoas, criticou. Eu quero debater com a corregedora onde ela quiser, para mostrar a ela que em nenhuma linha desse auto (Adin) nós procuramos demolir qualquer competência do CNJ. Segundo ele, a Justiça está atravessando uma tempestade. Ela atravessa com galhardia, ela atravessa com coragem, afirmou. a Justiça Eleitoral a uma suposta armação tramada pelo governador Sérgio Cabral (PMDB), seu exaliado político e atual adversário. Apesar da vitória parcial, o imbróglio jurídico-eleitoral que envolve o casal Garotinho ainda deve se arrastar até os tribunais ACORDO superiores e tornará ainda mais complicado o projeto do ex-governador de retomar sua relevância política. Terceiro colocado na disputa presidencial de 2002, quando obteve 15 milhões de votos, Garotinho viu minguar seu peso político nos últimos anos. Antônio Cruz / AE Depois de ajudar a eleger Cabral governador em 2006, Garotinho rompeu com o ex-aliado. A briga fez o ex-governador perder aliados e espaço dentro do PMDB, partido que presidia no Estado. Em 2009, migrou para o PR com a ideia fixa de disputar a eleição TST marca nova audiência entre Correios e grevistas Karla Mendes Os Correios recorreram ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para tentar por fim à greve dos trabalhadores da estatal, que já dura 16 dias. Conforme nota divulgada pela empresa, depois de esgotar todas as tentativas diretas de acordo com a representação dos trabalhadores, não restou outra alternativa a não ser propor a conciliação junto ao TST. E o tribunal marcou para terça-feira, a terceira audiência de reconciliação. O objetivo é buscar um acordo entre as partes, antes que o dissídio coletivo da categoria seja julgado. Segundo os Correios, no tribunal, a empresa e os trabalhadores terão, novamente, mais uma MOTEL Acusada de assassinato vai a juri popular Priscila Trindade A 3ª Vara Criminal de Niterói determinou que Verônica Verone, acusada de matar o empresário Fabio Gabriel Rodrigues Barbosa, dentro de um motel, em Itaipu, irá a júri popular pelo crime de homicídio triplamente qualificado consumado. A vítima morreu asfixiada no dia 14 de maio deste ano. Segundo o Ministério Público, o empresário teria ficado inconsciente após ingerir tranquilizantes e antidepressivos ministrados por Verônica. Ainda de acordo com o MP, o crime teria sido praticado por motivo torpe, meio cruel e por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Para o juiz Peterson Barroso Simão, a autoria da conduta ficou comprovada pelas provas colhidas na fase policial e nos depoimentos prestados em juízo, inclusive no interrogatório da acusada. O juiz, no entanto, impronunciou Verônica pelo crime de ocultação de cadáver. Ela resolveu deixá-lo na garagem do motel, local de circulação de funcionários, onde poderia ser facilmente encontrado, como de fato ocorreu, destacou. O magistrado também manteve a prisão cautelar de Verônica. oportunidade de finalizar um acordo, em audiência de conciliação, com a mediação judicial. Desde o início do ano, a direção dos Correios manteve as portas abertas aos trabalhadores, mediante um sistema de negociação permanente, com reuniões agendadas para o ano todo e não apenas para o período do Acordo Coletivo de Trabalho. Os representantes dos trabalhadores foram recebidos inúmeras vezes para tratar da mudança do Estatuto do ECT e foram ouvidos durante todo o processo de negociação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A abertura da ECT ao diálogo também foi mantida durante todo o período de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho, informou a empresa, por meio de nota. A empresa reforçou a posição de que continua aberta ao diálogo e conclama novamente os trabalhadores parados a reavaliar sua posição e fechar o acordo coletivo de trabalho em benefício da população brasileira e de todos os 110 mil empregados da empresa. Na quinta, depois de mais de seis horas de reunião com a diretoria dos Correios, os funcionários da estatal decidiram manter a greve. Eles recusaram proposta oferecida pela empresa de reajuste real de R$ 80 a partir de janeiro e o pagamento imediato de um abono de R$ 500. A diretoria dos Correios também havia proposto - mas foi recusado pelos trabalhadores - o parcelamento do valor pelo corte do ponto dos funcionários que ficaram parados - a cada mês, seria descontado um dia. de 2010 contra Cabral para tentar voltar ao Palácio Guanabara. Os problemas com a Justiça Eleitoral forçaram Garotinho a desistir do governo e a disputar vaga na Câmara dos Deputados. Esse processo é o mesmo que afastou Rosinha da prefeitura no ano passado. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) viu irregularidades e determinou a volta da prefeita. Agora, repete-se o mesmo ciclo. Foi esse tipo de sentença precipitada que tirou o Garotinho do páreo ano passado, argumentou o secretário-geral do PR, Fernando Peregrino, que disputou a candidatura de governador em substituição a Garotinho. Apesar de ter sido eleito com 695 mil votos, tornando-se o deputado mais votado do Rio, Garotinho teve mais derrotas políticas esse ano. O PR já perdeu metade dos deputados que elegeu na Assembleia Legislativa do Rio para o PSD. A crise em Campos resultou em mais uma briga do ex-governador. Nelson Nahim, que chegou a tomar posse na prefeitura, disse que o irmão estava desequilibrado e que precisava de tratamento, segundo publicações locais. Nesta sexta-feira, as assembleias dos 35 sindicatos corroboraram a posição do comando de greve da Fentect em manter a paralisação da categoria, que já dura 16 dias, conforme nota divulgada pela Federação. Os trabalhadores não aceitaram a contraproposta da empresa de reajuste real de R$ 80 a partir de janeiro e o pagamento imediato de um abono de R$ 500. O comando considerou que a proposta ainda não contemplava as reivindicações da categoria, avalia o secretário-geral da Fentect, José Rivaldo da Silva. Os grevistas pedem 7,16% de reajuste, aumento linear de R$ 200 e piso salarial de R$ Outro ponto que está gerando o impasse é o desconto dos dias parados do salários dos grevistas. PRESTAÇÃO DE CONTAS Caixa desiste de 95% de recursos no STF Débora Zampier A Caixa Econômica Federal (CEF) desistiu de mais de 95% de processos em que era parte no Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente da instituição, Jorge Hereda, se reuniu nesta sextafeira com o presidente da Corte, Cezar Peluso, para prestar contas do acordo firmado entre os órgãos em junho com objetivo de reduzir o número de ações no STF. Os principais critérios para a Caixa desistir da maioria das causas foram o pequeno valor de algumas delas e a não insistência em ações com jurisprudência já pacificada na Corte. Desde junho, apenas um recurso da Caixa chegou ao STF. Quando o acordo foi firmado, a CEF era apontada como o segundo maior litigante da Justiça brasileira, figurando em 8,5% de todos os processos que tramitam no país, segundo levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de acordo com as estatísticas do CNJ, é o maior litigante. De acordo com Hereda, dos 512 processos que a CEF tinha Jorge Hereda durante a reunião no Supremo no STF, restaram apenas 29. Eles tratam de temas importantes para a CEF, como a fixação de juros de cadernetas de poupança e a variação fiduciária da execução extrajudicial. A ideia é que também haja acordos para redução de processos da CEF em outros tribunais - o próximo deve ser o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Fellipe Sampaio / SCO-STF O direitor jurídico da CEF, Jailton Zanon, disse que o banco inverteu a forma de tratar os litígios no STF. Não adianta desistir do passado e colocar coisas novas aqui. Implantamos um regime em que, para recorrer ao STF, o advogado precisa de autorização da Diretoria Jurídica. Antes, ele precisava de autorização para não recorrer.

8 8 RIO Sábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de 2011 ESTUDOS Metas do milênio não são alcançadas no estado Compromisso foi firmado por 189 países e objetivos devem ser atingidos até 2015 Flávia Villela EDUCAÇÃO O Rio de Janeiro não alcançou nem metade das metas dos Objetivos do Milênio, embora em algumas esteja posicionado acima da média nacional, sobretudo, na redução das taxas de mortalidade, de desnutrição infantil e pobreza. Os dados fazem parte de um relatório lançado nesta sexta-feira sobre os esforços do estado para atingir as metas do compromisso firmado por 189 países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU). Algumas metas estão longe de serem alcançadas até 2015, período estabelecido no programa. Entre as metas em que o Rio está muito aquém de alcançar estão a redução significativa da tuberculose e da dengue. O estado é o campeão brasileiro em casos de incidência dessas doenças, devido principalmente às condições precárias de saneamento e moradia de grande parte da população. O estudo, realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro), foi apresentado durante o Seminário de Lançamento do Prêmio ODM Brasil. De acordo com um dos coordenadores da pesquisa, Epitácio Brunet, um dado relevante e positivo sobre o Rio é que o estado tem a maior cobertura de vacinação do país, com cerca de 96% de abrangência. Mas é fundamental, seja no setor público ou privado, que se defina foco e fluxo de projetos para que as organizações possam mensurar suas ações e, assim, avançar, disse o pesquisador. Ainda segundo a pesquisa, em 15 anos, a proporção de pobres no estado do Rio caiu de 24% para 11%, assim como a distorção série-idade no ensino médio, que foi de 55%, em 2007, para 44% em A pesquisadora do Ipea e uma das colaboradoras da pesquisa, Maria Piedade Moraes, explicou que os relatórios estaduais são ferramentas importantes para que as unidades da Federação avaliem seu desempenho e melhorem seus índices. Esses Ensino religioso é incluído no currículo das escolas Contrariando um parecer do Conselho Municipal de Educação, a prefeitura do Rio conseguiu aprovar a inclusão do ensino religioso no currículo das escolas públicas cariocas. O projeto de lei votado ontem na Câmara dos Vereadores cria aulas opcionais para diferentes denominações religiosas e abre 600 vagas para professores da área. A partir de 2013, o impacto no orçamento do município será de R$ 15,7 milhões por ano. Aprovado por 28 votos a cinco, o texto estabelece a adoção de aulas facultativas para os estudantes do Ensino Fundamental da rede municipal. Os pais decidirão se os alunos devem assistir às aulas e poderão escolher a designação religiosa de sua preferência. Segundo o projeto, os professores serão contratados após concursos públicos, mas deverão ser credenciados pela autoridade religiosa competente, que exigirá deles formação religiosa obtida em instituição por ela mantida ou reconhecida Em fevereiro, o Conselho Municipal de Educação - responsável pelo acompanhamento da política educacional do município - aprovou um parecer que rejeitava a inclusão da religião nas escolas. O objetivo era reafirmar o caráter laico da escola pública, uma vez que a adoção do ensino religioso é alvo de uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Lamento profundamente a decisão dos vereadores. Para atender aos anseios de grupos religiosos, a prefeitura ignorou a avaliação que havia sido feita por um órgão formado por educadores, criticou a professora Rita Ribes Pereira, integrante do Conselho Municipal e especialista em educação infantil. O projeto foi enviado à Câmara pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), que se baseou na Constituição para propor a alteração no currículo escolar. Segundo o artigo 210, a religião deve ser uma das disciplinas do Ensino Fundamental. Paes tinha uma dívida de campanha com líderes religiosos da cidade. Em 2008, quando disputava a eleição, prometeu se empenhar a favor da adoção do ensino religioso nas escolas municipais. O compromisso foi firmado com diversas autoridades - entre elas o então arcebispo do Rio, Dom Eusébio Scheid. A Secretaria Municipal de Educação informou que só vai se manifestar sobre o assunto depois que o texto for sancionado pelo prefeito. ASSASSINATO PM que indicou casa de juíza se entrega O soldado Handerson Lents Henriques da Silva, de 27 anos, se entregou nesta sexta-feira à Polícia Civil do Rio. Ele teve a prisão temporária por 15 dias decretada ontem sob acusação de ter participado do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 11 de agosto. Silva prestou depoimento na Divisão de Homicídios e foi encaminhado ao Batalhão Especial Prisional (BEP). Segundo o defensor público Leonardo Melo da Cunha, em janeiro Silva esteve na casa da juíza para atender uma ocorrência. Patrícia havia brigado com o namorado, um PM do 7º Batalhão (São Gonçalo). No início de julho, segundo o defensor, um policial do mesmo Batalhão pediu ajuda a Silva. Esse PM apresentou Silva a outros policiais e disse que o grupo estava investigando a conduta do namorado de Patrícia. Por isso, precisava saber o endereço da juíza. Silva levou os colegas até a rua e mostrou a casa dela. Segundo o defensor, Silva não teve mais contato com o grupo, que matou a juíza. A prisão do meu cliente não é necessária. Ele se apresentou voluntariamente, explicou sua participação, é policial há cinco anos e sempre teve conduta exemplar, disse Cunha. A participação dele não foi essencial ao crime. Mas o defensor não tomou medida contra a prisão de GREVE sopão da miséria No quarto dia da greve nacional dos bancários, representantes da categoria no Rio de Janeiro decidiram protestar de uma forma diferente para chamar a atenção das instituições financeiras. O movimento ofereceu nesta sexta-feira, na hora do almoço, no Centro da cidade, o sopão da miséria. Até agora, segundo o Sindicato dos Bancários do Rio, das 800 agências na capital fluminense, 375 estão fechadas, sendo a maioria no centro. Nacional - Os bancários de todo o país reivindicam, principalmente, reajuste salarial de 12,8%, maior participação nos lucros e mais segurança no trabalho. Os banqueiros oferecem reajuste de 7,8%. Em nota, a Federação Nacional dos Bancos seu cliente. A partir de segundafeira, por questão administrativa, outro defensor vai assumir o caso. Na sexta, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), elogiou a conduta do ex-comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, que pediu exoneração após a prisão de um comandante de batalhão acusado de matar a juíza. Agradeço em público o coronel pela maneira digna como ele saiu, assumindo a responsabilidade pela indicação do tenente-coronel. A conduta do Mário Sérgio é um paradigma na segurança pública. Ele errou na escolha de um comandante de batalhão e assumiu o erro, isso eleva seu caráter ainda mais, afirmou. (Fenaban) informou que continua disposta a negociar com o comando da greve, visando a uma proposta que leve à construção de um acordo para encerrar a paralisação. A Fenaban também orientou a população a pagar suas contas em casas lotéricas, supermercados, agências dos correios, em caixas eletrônicos e pela internet. relatórios são instrumentos estratégicos de monitoramento e planejamento governamental. E é por isso que estamos apoiando dez estados para ver se eles se transformam em disseminadores dessa experiência. Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, conhecidos pela sigla ODM, têm oito metas centrais para a melhoria de vida do planeta: erradicar a extrema pobreza e a fome; atingir o ensino básico universal; promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; reduzir a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; garantir a sustentabilidade ambiental; e estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento. A assinatura de Paes, no entanto, é dada como certa, uma vez que o prefeito é o autor do projeto e a bancada de vereadores governistas se empenhou por sua aprovação. Para o líder do governo na Câmara, Adilson Pires (PT), a inclusão da religião na grade curricular do Ensino Fundamental é uma oportunidade de fortalecer a formação moral dos alunos, sem estabelecer necessariamente uma doutrina espiritual específica. O tema foi apresentado da seguinte maneira: vivemos em uma sociedade violenta e desagregada, com valores morais fragilizados. O ensino religioso cria a expectativa de transmitir às crianças valores da fraternidade, amor e companheirismo, afirma o vereador, que deve ser o candidato a viceprefeito na tentativa de reeleição de Paes, no ano que vem. AÇÕES AMBIENTAIS Investimento na Região dos Lagos Durante evento de entrega de redes ecológicas a pescadores artesanais das bacias hidrográficas das lagoas de Araruama e Saquarema, na Região dos Lagos, nesta quinta-feira, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, anunciou investimentos de aproximadamente R$ 30 milhões para a região. O pacote de medidas ambientais vai de obras de dragagem e saneamento à distribuição de mais redes de pesca, adequadas à legislação ambiental, e criação de empregos verdes por meio do fortalecimento de unidades de conservação locais. Estamos investindo R$ 18 milhões no saneamento das praias Seca, Monte Alto e Figueiras. Nas obras de dragagem da lagoa, ampliação das faixas de areia das praias de Iguaba e Iguabinha, entre outras ações, são mais aproximadamente R$ 6 milhões, disse Minc. Foram investidos R$ 100 mil do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fundrhi) na compra da primeira leva de redes que, se fossem enfileiradas lado a lado, atingiriam 83 km. Segundo Minc, até final de outubro os pescadores da região deverão receber mais redes ecológicas. Para receber a rede de pesca socioambientalmente correta, o pescador deve estar em dia com a entidade a qual é filiado, ser registrado há mais de três anos, assinar um termo de compromisso e responsabilidade e entregar sua rede predatória para as Colônias de Pesca. Maria do Rosário em cerimônica no Palácio Guanabara CONSELHO Fomentando a política de direitos humanos A primeira diretoria do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro tomou posse nesta sexta-feira, em cerimônia realizada no Palácio Guanabara. O conselho, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, irá liderar a formulação democrática, a legitimação e a implementação do Plano Estadual de Direitos Humanos II. O objetivo é auxiliar as políticas de direitos humanos implantadas pelo estado. O Rio vive um momento histórico, com grandes investimentos e mudanças sociais, como as políticas de segurança pública. Todos os direitos devem ser defendidos. Nesse contexto, o conselho é um valoroso instrumento. O governo do estado tem ajudado na defesa dos direitos dos negros e do público LGBT, por exemplo, além de uma série de outros projetos. Sabemos que ainda há muito a fazer e sairemos vitoriosos apenas através diálogo com a sociedade civil, afirmou o secretário de Assistência Social, Rodrigo Neves. De acordo com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, a posse dos integrantes do Conselho de Defesa dos Direitos Humanos é um acontecimento histórico para o estado do Rio e servirá de exemplo para o Brasil. Maria do Rosário ressaltou também a importância da população no SEQUESTRO DE ÔNIBUS Ignário Ferreira / Governo do Estado acompanhamento das políticas públicas de direitos humanos. Essa é apenas a primeira etapa do conselho do Rio de Janeiro. Temos que integrar instrumentos estaduais com diretrizes nacionais e internacionais. O conselho demonstra o quanto a luta do governo federal está sendo bem recebida em todo o País. Os desafios são grandes, mas a vontade de defender essas metas também. Precisamos resguardar a defesa dos direitos humanos, e o Rio de Janeiro servirá de exemplo, disse a ministra. O Conselho - Dezoito entidades da sociedade civil fazem parte do conselho: Instituto Nelson Mandela; Fundação de Defesa dos Direitos Humanos Bento Rubião; Movimento de Mulheres de São Gonçalo; Instituto de Defensores de Direitos Humanos; Humanitas Direitos Humanos e Cidadania; Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência; Movimento Popular de Favelas; Instituto de Estudos da Religião; Viva Rio; Espaço Democrático de União; Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas; Mães da Cinelândia; Observatório de Favelas; Programa de Estudos da América Latina e Caribe; Laboratório de Análise da Violência da Uerj; Conselho Regional de Psicologia; Sindicato dos Profissionais de Educação do Rio; e Conselho de Serviço Social. A lista dos empossados será publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira. Priscila Trindade A juíza Angélica dos Santos Costa, da 4ª Vara Criminal do Rio, converteu a prisão preventiva do jovem acusado de sequestrar um ônibus na Zona Oeste da cidade, em prisão domiciliar em uma clínica psiquiátrica. A magistrada acolheu o pedido da defesa do estudante de direito Pedro Henrique Garcia de Souza Correia, preso em flagrante na manhã do dia 19 de setembro. Ele saiu de uma festa à fantasia e roubou um ônibus na Barra da Tijuca. O réu percorreu cerca de 20 km dirigindo o coletivo, foi perseguido por policiais e colidiu com pelo menos sete carros. Ele foi parado apenas em Botafogo. O estudante responderá pela prática dos crimes de tentativa de C U R T A homicídio, lesão corporal de natureza grave, lesão corporal, resistência à prisão e crime de dano na modalidade simples e qualificada. A defesa alegou que o autor está sob atendimento psiquiátrico desde setembro de 2010, e, por isso, pediu que ele fosse transferido para uma clínica onde pudesse dar continuidade ao tratamento. Durante a prisão domiciliar, Pedro Henrique deverá utilizar tornozeleira eletrônica e ficará proibido de sair das dependências da clínica. Desse modo, entendo que melhor atende ao caso concreto a prisão domiciliar em clínica psiquiátrica, atendendo às circunstâncias dos fatos, condições pessoais do acusado, sem desconsiderar a gravidade do crime que a muitos atingiu, cuja responsabilidade será apurada durante o decorrer do processo, destacou. Cinco pessoas são denunciadas por assassinato de despachante O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou, nesta sexta-feira, cinco pessoas envolvidas na morte do despachante Anderson Peres Grandra, na Zona Oeste da cidade. De acordo com a denúncia, quatro mulheres e um homem atearam fogo em Grandra ainda vivo, após roubá-lo. Os promotores de justiça requereram a prisão preventiva dos denunciados. O crime ocorreu no dia 23 de junho deste ano, quando uma das mulheres teria atraído a vítima para um motel. No quarto, ela e outras três mulheres tentaram aplicar o golpe conhecido como Boa noite Cinderela. Sem sucesso, elas convenceram a vítima a seguir para a casa de uma das mulheres.

9 MUNDOSábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de IÊMEN Morre clérigo líder da Al-Qaeda Ataque teve como alvo um comboio e foi realizado pela CIA e pelos Comandos Conjuntos de Operações Especiais Um funcionário do governo dos Estados Unidos disse que o ataque aéreo que matou o clérigo radical islamita norte-americano Anwar al-awlaki, na manhã desta sextafeira no Iêmen, também vitimou Samir Khan, que também nasceu nos Estados Unidos. O ataque, que teve como alvo um comboio, foi realizado pela CIA e pelos Comandos Conjuntos de Operações Especiais. Khan editava o Inspire Magazine, revista digital da Al- Qaeda que atraiu muitos leitores na internet. Filho de pais iemenitas, al-awlaki nasceu em 1971 no Novo México. A morte de al- Awlaki foi a operação mais significativa dos EUA contra a Al-Qaeda desde o assassinato do líder terrorista Osama bin Laden, em maio deste ano. Mas a operação levou a críticas dos grupos de defesa dos direitos civis nos EUA. Al-Awlaki era um cidadão norte-americano e foi morto sem julgamento. A operação foi elogiada pelo presidente dos EUA, Barack Obama. Ele disse que a morte de al-awlaki é um importante golpe contra um dos mais ativos associados da Al-Qaeda. O mandatário americano também afirmou que o fato representa outro marco nos amplos esforços para derrotar a Al-Qaeda. Obama disse que al-awlaki tinha uma agenda assassina. Alvo prioritário - Em julho, o secretário de defesa dos EUA, Leon Panetta, disse que al-awlaki era um alvo prioritário para os EUA na luta contra o terror, ao lado do egípcio Ayman al-zawahiri, o qual os EUA acreditam passou a comandar a Al-Qaeda após a morte de bin Laden O governo do Iêmen disse que al-awlaki foi localizado e morto ao redor das 9h55 da manhã de sexta, logo na saída da cidade de Khasaf, um lugar desértico na província de Jawf, 140 quilômetros ao leste da capital Sanaa. O governo iemenita não deu mais detalhes. Mas um oficial do contraterrorismo dos EUA, que falou sob anonimato, disse que al-awlaki e Khan foram mortos no ataque de um drone, ou um avião não tripulado e teleguiado. A revista de Khan teve sete edições com artigos sobre como fabricar bombas rústicas e como disparar rifles de assalto AK-47 Funcionários da inteligência norte-americana disseram que Khan - que era da Carolina do Norte - não foi responsável direto por ataques contra norte-americanos. Com a morte de Khan e al-awlaki, a Al-Qaeda sofreu um duplo golpe que vai afetar sua capacidade de recrutar seguidores. Al-Awlaki teve significativa participação operacional no planejamento de ataques contra os Estados Unidos e foi inspiração para outras ações, disseram funcionários norte-americanos nesta sexta-feira. Oportunidade - O clérigo ficou sob observação durante três semanas, enquanto os agentes aguardavam a melhor oportunidade para atacar. Após a ação, um funcionário norte-americano divulgou novos detalhes sobre o envolvimento de al-awlaki em operações contra os Estados Unidos, dentre elas a tentativa de explodir um avião norte-americano em 25 de dezembro de Segundo a fonte, al-awlaki deu as diretrizes para o homem acusado de tentar explodir uma bomba numa aeronave com destino a Detroit, sobre o espaço aéreo norte-americano, de forma a fazer o maior número de vítimas. Ninguém ficou ferido no atentado porque o dispositivo não funcionou direito. O suspeito foi capturado logo após o avião pousar em Detroit. O funcionário afirmou que al- Awlaki teve participação direta na supervisão e direcionamento da fracassada tentativa de derrubar um cargueiro norte-americano com a detonação de dois explosivos escondidos dentro de dois pacotes enviados pelo correio para os Estados Unidos. O governo norte-americano também acredita que al-awlaki tentou usar venenos como cianeto e ricina para atacar ocidentais. Todas as fontes falaram em condição de anonimato. Al-Awlaki foi morto pela mesma unidade militar que matou Osama bin Laden. Trajetória de terror - Nascido no Novo México e filho de pais iemenitas, al-awlaki começou como pregador em uma mesquita nos EUA, enquanto seguia com seus estudos universitários. Ele não era visto como um radical por seus colegas. Ele estudou engenharia civil no Estado do Colorado. Em 2000, começou a pregar em uma mesquita de San Diego, na Califórnia. Após os atentados de 11 de setembro de 2001, ele foi interrogado pelo FBI, polícia federal dos EUA. Ele conhecia pelo menos 3 dos sequestradores do avião comercial que foi jogado contra o Pentágono, em Washington. Mas essas investigações não levaram a acusações criminais contra ele. Em 2002, al-awlaki deixou os EUA e passou a residir por períodos em Londres e em Sanaa, capital iemenita. Em 2006, ele foi detido pelas autoridades iemenitas, suspeito de ter sequestrado um adolescente xiita no Iêmen por resgate. Ele foi libertado um ano depois, após a intercessão da sua tribo iemenita. Após a libertação, al-awlaki foi morar na região da sua tribo Awalik, na província de Shabwa, leste do Iêmen, considerada um bastião da Al-Qaeda. Segundo o governo americano, al-awlaki trocou mais de 20 s com o major Nidal Malik Hassan, do Exército dos EUA, Iemenitas vão às ruas após Saleh dizer que não renuncia Uma manifestação pedindo a renúncia do presidente iemenita Ali Abdullah Saleh reuniu dezenas de milhares de pessoas após as orações desta sexta-feira, um dia depois de o governante afirmar que não vai deixar o poder. Os manifestantes marcharam pela principal avenida da MANIFESTAÇÕES Mais confrontos na Síria contra Assad Forças de segurança sírias abriram fogo contra manifestantes nesta sexta-feira, matando pelo menos seis pessoas durante protestos que reuniram milhares de sírios que pedem a queda do presidente Bashar Assad. Também ocorreram confrontos entre tropas e forças contrárias ao governo na região central do país pelo terceiro dia seguido, afirmaram ativistas. Os protestos ocorreram após o principal serviço religioso semanal dos muçulmanos e foram semelhantes às manifestações realizadas em toda a Síria todas as sextasfeiras nos últimos meses, desde o início do levante contra a Assad. Um oficial militar disse nesta sexta-feira que dois dias de confrontos entre tropas sírias e forças contrárias a Assad deixaram sete soldados e policiais mortos. Segundo ele, 32 soldados sírios ficaram feridos durante a operação qualitativa realizada na quinta e sextafeira para esmagar os homens armados escondidos na cidade. Ativistas - O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, informou que seis pessoas foram mortas nas cidades de Hamas, Homs e Rastan, área central do país, onde FUNERAL confrontos entre tropas e militares desertores ocorrem há dias. O ativista Mustafa Osso afirmou que 11 pessoas foram mortas, mas é impossível verificar a autenticidade das informações. Os protestos se espalharam a partir da capital, Damasco, e cidades próximas para a província de Deraa, ao sul, Idlib, ao noroeste e para Hama e Homs. Vídeos amadores colocados na internet por ativistas mostram milhares de pessoas gritando em apoio à rebelião em Rastan, onde os confrontos continuavam nesta sexta-feira. Rastan vai derrubar o regime, dizia uma faixa segurada por manifestantes no bairro de Qadam, em Damasco. Muitos manifestantes cobriam seus rostos com panos e máscaras para esconder suas identidades. O governo sírio proibiu o trabalho de jornalistas estrangeiros no país e colocam pesadas restrições à cobertura da mídia local, o que dificulta a verificação dos fatos. A Organização das Nações Unidas diz que cerca de pessoas já morreram por causa da repressão do governo contra as manifestações, iniciadas em meados de março. Explosão de carro- -bomba em Bagdá Policiais e funcionários da área médica informaram que um carro-bomba explodiu perto de uma mesquita ao sul de Bagdá, matando 17 pessoas. Autoridades disseram que 48 pessoas ficaram feridas. Muitas das vítimas do ataque participavam de um funeral do lado de fora da mesquita. O atentado ocorreu logo na saída da cidade de Hillah, 95 quilômetros ao sul de Bagdá, disseram a polícia e funcionários de um hospital local. A população culpou a polícia e as forças de segurança iraquiana por não impedirem os atentados, que voltam a ficar frequentes no Iraque. Até o final do ano, as tropas norte-americanas sairão do país e a segurança passará totalmente para a responsabilidade da polícia e das Forças Armadas iraquianas. Ainda existem 44 mil soldados dos Estados Unidos no Iraque, além de 7 mil seguranças contratados pela Embaixada americana em Bagdá para proteger prédios do governo americano no país e também prédios residenciais onde vivem americanos. capital do país, Sanaa, gritando vitória no nosso Iêmen e na sua Síria, uma declaração de apoio aos ativistas pró-democracia sírios, que pedem a queda do presidente Bashar Assad. Oh Deus, conceda a vitória à Síria e ao Iêmen. Oh Deus.. permita que Saleh e Bashar caiam, gritavam os manifestantes ao encerrarem as orações desta sexta-feira. Também na capital iemenita, milhares de partidários pró-saleh manifestaram seu apoio ao presidente. As manifestações aconteceram um dia depois de Saleh ter dito à revista Time e ao jornal ONU Haiti sofre com crise humanitária Renata Giraldi A secretária-geral adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Assuntos Humanitários, Valérie Amos, alertou que o Haiti ainda enfrenta estado de crise humanitária. Para ela, o mais preocupante é a vulnerabilidade das famílias abrigadas provisoriamente em acampamentos. Segundo a secretária, um ano e meio depois do terremoto do 12 de janeiro de 2010 o país permanece em situação crítica. Amos ficou dois dias no Haiti. A secretária verificou que a população enfrenta necessidades emergenciais, como falta de casas, alimentação, água e saneamento básico. Segundo ela, cerca de 4,5 milhões de haitianos passam por limitações de comida, enquanto 600 mil ainda moram em acampamentos improvisados. A secretária das Nações Unidas lembrou ainda que a epidemia de cólera acentuou a situação crítica no Haiti, pois mais de 5 mil pessoas morreram no período de quase um ano desde outubro de A população haitiana enfrenta ainda enchentes causadas pelo período de chuva no país. O presidente do Haiti, Michel Martelly, reuniu-se com Amos e autoridades haitianas. Na conversa, Amos apelou para que o governo suspenda os despejos das famílias que estão abrigadas provisoriamente. Segundo Amos, as mais ameaçadas são as mulheres e as crianças que correm riscos de violência sexual. Nesta quinta-feira, o ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, defendeu a retirada gradual dos militares estrangeiros do Haiti, que pertencem às forças de paz. Segundo ele, a retirada faz parte dos planos das Nações Unidas para que o governo haitiano possa assumir o comando do seu sistema de segurança. Cerca de 1,6 mil homens estrangeiros devem deixar o país até março de The Washington Post que não vai deixar o poder se seus rivais participarem de futuras eleições no país. Ele se referiu especificamente ao general dissidente Ali Mohsen al-ahmar, que desertou no início deste ano em apoio aos manifestantes contrários ao governo, e ao poderoso chefe tribal xeque Sadiq al-ahmar. Se transferirmos o poder e eles estiverem lá, isso significará que nos rendemos a um golpe de Estado, disse Saleh em sua primeira entrevista desde que voltou para o Iêmen uma semana atrás, depois de deixar a Arábia que matou 13 colegas no quartel de Fort Hood, no Texas, em 5 de novembro de Os serviços de inteligência dos EUA também acreditam que ele participou da tentativa de atentado de um nigeriano contra um avião comercial americano que voava de Amsterdã a Detroit, no final de Em abril de 2010, Obama tornou al-awlaki o primeiro americano a figurar na lista de alvos da CIA, Agência Central de Inteligência. O presidente Barack Obama disse que a morte do clérigo é um importante golpe contra um dos mais ativos associados da Al-Qaeda. Ele também afirmou que o fato representa outro marco nos amplos esforços para derrotar a Al-Qaeda. Segundo Obama, a morte de al-awlaki mostra a persistência dos esforços militares contra o terrorismo. O presidente declarou que a Al-Qaeda continua perigosa, mas está enfraquecida. Obama declarou que a morte de al-awlaki é a prova de que a Al-Qaeda e seus associados não encontrarão esconderijos seguros em nenhuma parte do mundo. Saudita, onde foi se recuperar de ferimentos sofridos num ataque contra seu palácio em junho. Manifestantes contrários ao governo no Iêmen e na Síria pedem há meses a renúncia de seus respectivos líderes e os dois governos vem respondendo com violenta repressão. REFORÇO Brasil ajuda nas forças de paz do Líbano Renata Giraldi O Ministério das Relações Exteriores confirmou que, depois da aprovação pelo Congresso, o governo brasileiro prepara o envio de um navio da Marinha para reforçar o componente marítimo da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). O navio deve seguir para o Líbano na terçafeira. A embarcação integrará uma frota formada por três navios da Alemanha, dois de Bangladesh, um da Grécia, um da Indonésia e um da Turquia. A esquadra faz parte das missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Cerca de 300 tripulantes brasileiros fazem parte dessa missão. Para o Brasil, a iniciativa faz parte do compromisso de promoção da paz no Oriente Médio, segundo mensagem enviada pela presidente Dilma Rousseff e os ministros da Defesa, Celso Amorim, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota. A Unifil conta atualmente com militares, 351 funcionários civis internacionais e 656 nacionais. Desde fevereiro deste ano, os brasileiros integram essas forças de paz com oito militares quatro oficiais e quatro praças. Há sete meses, o contraalmirante Luiz Henrique Caroli está no comando da Força-Tarefa Marítima da unidade da Unifil (formada por 800 militares). Em 1978, a Unifil foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas com o mandato inicial destinado a supervisionar a retirada das tropas israelenses do território do Líbano. Após a crise de 2006, o conselho reforçou a missão, ao acrescentar o monitoramento dos esforços para o fim de hostilidades entre as partes envolvidas. A Unifil também deve garantir o acesso da ajuda humanitária à população. Paralelamente, foi criada a Força-Tarefa Marítima como parte da missão que se destina a monitorar o tráfego na região da costa libanesa para fiscalizar o cumprimento do embargo de armas aplicado ao Líbano, assim como treinar os militares da Marinha. PROTEÇÃO Protestos contra a corrupção na Jordânia Cerca de 4 mil jordanianos realizaram uma manifestação nesta sexta-feira no centro de Amã para protestar contra o governo e o Parlamento por protegerem a corrupção e pedir que renunciem. Um governo que protege a corrupção não é confiável e um Parlamento de corruptos não representa o povo, gritavam os manifestantes, que incluíam islamitas, sindicalistas e jovens, que marcharam a partir da mesquita Al-Husseini, que fica perto da prefeitura da cidade. Na quinta-feira, o Senado adiou por tempo indefinido uma reunião para discutir um projeto de lei que criminalizaria acusações de corrupção, após uma série de protestos. Para o País, iniciativa faz parte do compromisso de ajuda ao Oriente Médio. Cerca de 300 brasileiros integram a missão O projeto, que atraiu a atenção de jornalistas, opositores e advogados depois que foi aprovada pela câmara baixa, diz que os que acusarem publicamente outras pessoas por corrupção, sem provas, serão multados entre 30 mil e 60 mil dinares (US$ 42 mil e US$ 85 mil). As chamadas emendas constitucionais não nos enganam. Nós exigimos reformas verdadeiras e leis que não protejam os corruptos, dizia uma faixa carregada pelos manifestantes. Nesta sexta-feira, o rei Abdullah II aprovou emendas constitucionais anunciadas por ele no mês passado, após sua aprovação pelo Parlamento. Elas incluem a criação de uma comissão independente para supervisionar as eleições e limita a jurisdição do tribunal de segurança militar, acusado pelos ativistas de ser ilegal, para casos de alta traição, espionagem e terrorismo. Mas as emendas não atenderam à principal exigência da oposição, que quer um primeiro-ministro eleito. Nós não queremos palavras vazias. Nós exigimos governos eleitos, gritavam os manifestantes enquanto agitavam uma enorme bandeira do país. Centenas de ativistas também realizaram manifestações em outras partes do país nesta sexta-feira. Os protestos têm acontecido desde janeiro para exigir amplas reformas políticas e econômicas.

10 10 ARTES Sábado, 1, domingo, 2, e segunda-feira, 3 de outubro de 2011 BLUES Gary Clark Jr. abrirá shows de Eric Clapton Músico, que começou a tocar cedo, estará pela primeira vez no Brasil Gabriel Vituri Em Austin, 3 de maio é dia de Gary Clark Jr. Em 2001, o prefeito da cidade localizada no Texas, ao sul dos Estados Unidos, decidiu que aquele jovem bluesman - à época com apenas 17 anos - merecia uma data para chamar de sua. O músico ganhou a homenagem por conta de uma apresentação que fez. Há muitos caras bons por lá, ele explica. O fato é que hoje, uma década depois, ídolo na terra onde nasceu e se criou, o guitarrista também é visto como um dos mais promissores talentos do blues mundial. Além dos prêmios locais que já ganhou (como melhor guitarrista de blues no Austin Music Award, por exemplo), Clark Jr. vem expandindo suas conquistas. Participou de shows com Jimmie Vaughan e Pinetop Perkins, o pianista do Mississippi que morreu recentemente, aos 97 anos. O feito mais recente e memorável do texano foi a aparição no cultuado Crossroads Guitar Festival, em 2010, em que participaram ídolos como B.B. King, Buddy Guy, Robert Cray, Jeff Beck e vários outros. Foi meio irreal. Estar no mesmo palco que eles é demais, conta Clark Jr., à reportagem. Abertura - Daqui a uma semana, o músico de 27 anos dará outro grande passo. Pela primeira vez em terras brasileiras, ele fará os shows de abertura das apresentações de Eric Clapton, no Rio e em São Paulo. Nunca tive uma experiência Gary Clark Jr. é considerado um dos mais promissores talentos do blues mundial assim. Eu estava pensando nisso e comecei a ficar nervoso, diz. Gary Clark Jr. começou cedo. Aos 12 anos, quando ganhou sua primeira guitarra, foi logo se aventurar com outros garotos, espiando as jam sessions de blues que ocorriam na cidade. Com o passar dos anos, ainda durante os tempos de escola, passou a frequentar mais jams e a descobrir lugares onde poderia se apresentar. Eu era um adolescente, nem dirigir podia. Meu pai que me levava e buscava dos bares, lembra o artista, que aprendeu a tocar sozinho,. ESPORTES Dentre os pubs que encontrou em Austin, um deles é velho conhecido do pessoal do blues. Fundado em 1975 por Clifford Antone, o Antone s fica em uma esquina da cidade e, mesmo depois da morte de seu criador, em 2006, continua na ativa. Versátil, o guitarrista sabe fundamentos de gaita, bateria, leva jeito com o baixo e diz tocar teclado e piano pior do que gostaria. A abrangência de instrumentos que domina é refletida no seu gosto. Acho que sempre dá para aprender alguma coisa do trabalho dos outros, explica Clark, que diz Multa alta e contrato longo fazem com que seja difícil tirar Ronaldinho do Flamengo ouvir Miles Davis e Booker T. & the MGs mas também lançamentos recentes e o grunge da década de 90. Em 2007, trocou temporariamente de função. Com jeito de galã, Gary atuou no filme de John Sayles, Honeydripper, que conta histórias de blueseiros do sul dos EUA Mesmo tendo achado o processo interessante, o bluesman está em outra. Depois do disco Worry no More (2008), o músico lançou dois EPs, Gary Clark Jr (2010) e Bright Lights, em agosto deste ano. Das quatro faixas do último lançamento, metade é executada com banda. COPA DE 2014 Dilma e presidente da Fifa se reúnem nesta 2ª Pontos de divergência: proteção às marcas e aos direitos comerciais Almir Leite O encontro da presidente Dilma Rousseff com o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, para aparar as arestas em relação à Lei Geral da Copa, será nesta segunda-feira, em Bruxelas, na Bélgica. A reunião foi confirmada nesta sexta pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, que estará presente. Os principais pontos de divergência são a proteção às marcas e aos direitos comerciais da Fifa e de seus parceiros e a adoção da meia entrada nos jogos do Mundial de A decisão de Dilma de aproveitar sua passagem pela Bélgica para conversar com a Fifa e tentar acabar de vez com os ruídos em geral ao projeto de Lei Geral da Copa - em tramitação na Câmara - foi tomada no começo da semana. A presidente foi informada da reação negativa da entidade a alguns itens da proposta. Agora, pretende mostrar aos cartolas que a Fifa não terá prejuízo com o Mundial no Brasil, mas deixará claro que o País não abre mão de sua soberania. Nesta sexta-feira, Orlando Silva revelou, em entrevista ao SporTV, que a Fifa de fato fez exigências que não foram atendidas. A Fifa solicitou que suspendêssemos o Estatuto do Idoso, o Estatuto do Torcedor e o Código de Defesa do Consumidor, contou o ministro. No entanto, ele não vê crise na relação do governo com a entidade. Vejo caminho para dialogar. Temos confiança de que encontraremos uma saída. Risco à marca - A Fifa está especialmente irritada com o que considera risco à sua marca e a de seus patrocinadores, pois os artigos da Lei Geral da Copa que tratam do uso indevido preveem penas brandas aos infratores - três meses a um ano de detenção ou multa, sem valor estabelecido. Vamos combater com firmeza a pirataria. Não é admissível que alguém se aproprie de algo que não é seu e ainda lucre com isso, disse Orlando Silva. Mas, na Fifa, o argumento é que, se a punição for leve, será favorável ao infrator, que terá lucro alto agindo como pirata. De qualquer maneira, Orlando Silva acenou nesta sexta-feira Divulgação T Devido a lesão, Luis Fabiano revela que chegou a ter dúvida sobre o seu retorno ao São Paulo com a possibilidade de revisão neste item da Lei Geral da Copa. Mas não haverá mudança em relação à cobrança de meia entrada para os idosos. Há uma decisão do governo brasileiro de não suspender o Estatuto do Idoso. Deverá haver um acordo com a Fifa A divergência existe, mas não é tão grave, disse Orlando Silva Mas a meia entrada para estudantes - possível por leis estaduais e municipais - poderá cair. Há muitos casos, no País, de shows em que a autoridade do município determina, especificamente para aquele evento, uma limitação do ingresso de meia entrada, explicou Orlando Silva. Outro desejo da Fifa que será atendido é a venda de bebida alcoólica nos estádios. A Copa é um evento especial, existem compromissos comerciais da Fifa com os patrocinadores, e devemos examinar com cuidado e naturalidade, opinou o ministro. Lula: Brasil não abrirá mão da soberania Daniela Milanese O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sextafeira que se trata de uma questão de soberania a postura do Brasil sobre a Lei Geral da Copa, que foi recentemente enviada pelo governo ao Congresso, com regras sobre o Mundial de 2014, e vem causando polêmica com a direção da Fifa. Ministro Orlando Silva diz que Fifa fez exigências que não foram atendidas, como suspender o Estatuto do Idoso e o Código de Defesa do Consumidor Acho muito difícil que a Fifa resolva ter uma discordância de um projeto de lei aprovado de forma soberana pelo Congresso Nacional, disse Lula, ao participar de evento nesta sexta-feira em Londres. Nenhum país do mundo vai deixar sua soberania para atender interesse desta ou daquela entidade, seja ela qual for A tramitação da Lei Geral da Copa desagrada à Fifa. A entidade reclama que o Brasil não acatou todas as exigências negociadas para a realização do Mundial de Os principais pontos de discórdia envolvem a venda de meia-entrada para idosos e estudantes e a proibição da comercialização de bebidas alcoólicas nos estádios brasileiros. Essas regras brasileiras reduziriam as receitas da Fifa na Copa de O governo também quer evitar que a entidade tenha carta branca sobre todos os orçamentos. A presidente Dilma Rousseff já assinou e enviou o projeto para tramitação no Congresso. Para Lula, o Brasil conhece futebol e vai fazer a melhor Copa do Mundo que puder ser feita. O resto a Fifa deixa com o Brasil, que sabe fazer, afirmou o ex-presidente, em cujo governo foram fechados os acordos com a Fifa para a realização da Copa de 2014 no Brasil. João Marcos Cavalcanti MPB & outras histórias João Marcos Cavalcanti de Albuquerque é advogado formado pela PUC, ex-secretário chefe do gabinete de Cesar Maia, escritor bissexto e estudioso da MPB. jmarcosa@uol.com.br O cozido enho um amigo que adora receber a quem ele gosta - desculpem a falta de modéstia, mas eu sou um deles. Em sua casa, se come o melhor cozido do mundo, com tudo que se tem direito. Se isso não bastasse, acompanha um pirão maravilhoso e uma pimenta de fazer inveja. Talvez, em um ato falho, eu tenha buscado esse tema para a coluna e me dei conta que a bastante tempo eu não sou convidado para sentar a sua mesa. Homem muito ocupado, vida cheia de compromissos, vou desculpá-lo para não pensar que não sou mais persona grata em seus lautos almoços. Privar-me de sua companhia e de seu cozido. Eu preferiria o desterro. Fora do Brasil não tem cozido e, mesmo que encontrasse, não chegaria nem de perto ao sabor dessa iguaria. Como se diz no popular: de se comer rezando. Espero C U R T A que ele, se por acaso tiver tempo de ler minha coluna, se manque e me convide para degustar mais uma vez esse manjar dos deuses. O penúltimo que fomos, aconteceu um fato inusitado. Sentamos à mesa, comemos a tripa forra e depois nosso anfitrião, como de costume, perguntou se tinhamos gostado. Um dos convidados, o mais moleque, respondeu: Claro que gostamos, mas eu ainda quero pedir-lhe um favor. Pois não, diga o que quer, respondeu o anfitrião. Gostaria que você me desse um beliscão, falou o convidado. Silêncio, ninguém entendeu nada. Porque vou darlhe um beliscão, perguntou o dono da casa. Nosso amigo levantou-se e respondeu: Ora, está tudo tão perfeito que eu preciso reclamar de alguma coisa. Rimos a tarde toda. Estou esperando pelo próximo cozido. Espero não ser esquecido. Em seu show, João Gilberto vai cantar Estate como Bossa Nova João Gilberto deixou escapar que, na série de apresentações que fará em diversas capitais a partir de novembro, pretende revisitar músicas antigas e modernas de várias origens e épocas a partir da batida da Bossa Nova. Assim, além de samba, frevo e pop, ganharão uma versão pessoal canções internacionais como Estate, do compositor italiano Bruno Martino. A turnê 80 Anos - Uma Vida Bossa Nova começa em São Paulo, no dia 5 de novembro, e no Rio de Janeiro, no dia 15. Presidente da CBF, Ricardo Teixeira, se recupera bem, mas ainda não tem previsão de alta MOVIMENTAÇÃO Botafogo estuda compra total dos direitos de Cortês A alegria no Botafogo é imensa pelo sucesso relâmpago de Cortês. Mas a ascensão do simpático jogador exige rápida movimentação da diretoria alvinegra. Clubes como Napoli e Lyon já demonstram interesse em sua contração e o Botafogo precisa agir para evitar que Cortês deixe o clube no fim do ano, quando se encerra o seu contrato por empréstimo. Ele está sob contrato com o time da Baixada Fluminense e o clube alvinegro tem preferência na compra de 50% de seus direitos econômicos. Vamos cumprir o que combinamos com o Botafogo. Já TÊNIS falamos com o (presidente) Mauricio (Assumpção), com o Anderson (Barros, gerente de futebol) e com o André (Silva, vice de futebol), que foram muito corretos, disse Jânio Moraes, presidente do Nova Iguaçu, em entrevista à Rádio Brasil. O clube tenta assinar um contrato de cinco anos com o lateral, no qual lhe premiaria com um salário de R$ 150 mil e uma multa de R$ 15 milhões. Apesar da valorização com a convocação e a boa atuação contra a Argentina, o valor pré-estabelecido para a compra de metade de seus direitos não vai ser reajustado. seu favoritismo O tenista escocês Andy Murray confirmou o favoritismo e garantiu a sua presença na semifinal do Torneio de Bangcoc, na Tailândia. Número 4 do mundo, ele ganhou nesta sexta-feira do búlgaro Grigor Dimitrov por 2 sets a 0, com um duplo 6/4. Agora, Murray terá pela frente o francês Gilles Simon, que ocupa o 12º lugar no ranking e é o cabeça de chave número 3 em Bangcoc. O tenista da França também se classificou nesta sexta-feira, ao vencer o alemão Matthias Bachinger por 3/6, 6/3 e 6/2. A outra semifinal do Torneio de Bangcoc também foi definida na sexta. E terá o confronto entre o francês Gael Monfils e o norte-americano Donald Young, que, assim como Murray e Simon, vão se enfrentar neste sábado para ver quem vai à final. Cabeça de chave número 2 do torneio - ocupa o nono lugar no ranking -, Monfils ganhou nesta sexta-feira do finlandês Jarkko Nieminen por 7/5 e 7/6 (7/4). E Donald Young passou pelo japonês Go Soeda também por 2 sets a 0, com parciais de 6/1 e 6/2.

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