Tavama Nunes Santo Mestranda do PPG História da PUCRS

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1 ALÔ TINGA, TINGA SOU RETRATO DE VOCÊ: RETRATOS DE UMA HISTÓRIA, ANÁLISE DE UMA AMOSTRA DA COLEÇÃO DE FOTOS DO SENHOR CLAUDIONOR DA SILVA, SÓCIO-FUNDADOR DA ESCOLA DE SAMBA ESTADO MAIOR DA RESTINGA. Tavama Nunes Santo Mestranda do PPG História da PUCRS Tinga, Tinga sou retrato de você, eu sou você, orgulhoso por demais, nos carnavais só dá você. E pra de mim ganhar, tem que rebolar, tem que remexer, e mesmo assim só vendo, e mesmo assim só vendo, e mesmo assim só vendo eu posso crer, chora cavaco que é hora de cantar, dá-lhe Restinga que o samba não pode parar... 1 O presente artigo tem por finalidade a realização de uma breve análise, do contexto histórico e social que articula as origens da entidade carnavalesca Estado Maior da Restinga, através de um diálogo com uma seleção de imagens fotográficas. O uso da fotografia como fonte histórica em sido objeto de uma discussão mais profunda e acadêmica desde a década de 70 do século passado. Sendo o status da foto como fonte histórica, documental, controverso, ao longo de toda a sua própria história técnica. A questão de sua legitimidade, objetividade e pertinência tem se arrolado até os dias de hoje. No entanto é incontestável o seu testemunho material (exclui-se daí o testemunho flexível do período pós-fotográfico, da era virtual, onde a imagem pode ser criada literalmente, integralmente) 2 mesmo que fragmentário, parcial e mergulhado num campo de intencionalidades, numa conjuntura que varia de tempo e espaço. Para Boris Kossoy, em sua já clássica obra Fotografia e História, toda a fotografa é um resíduo do passado. Um artefato que contém em si mesmo um fragmento determinado da realidade registrado fotograficamente. 1 Trecho do samba enredo da Estado Maior da Restinga, Carnaval de 1989, Pecado Capital 2 Cf SANTAELLA, Lúcia. Os três paradigmas da imagem. In SAMAIN.Etiene (Org.) O fotográfico.são Paulo: Hucitec:CNPQ, p. 295

2 Da mesma forma que outras fontes, como o texto escrito, que possui vários métodos de análise, é a fotografia um objeto de estudo passível de uma ampla gama de interpretações, ou seja, a imagem está reivindicando seu próprio modo de análise (Meneses, p. 34). Neste sentido há que se criar metodologias, e não receitas prontas, que respondam às questões postas pelos historiadores. Tendo-se claro, os limites também desta fonte que provavelmente seja mais indiciária que definitiva. Mas, existe algo definitivo em história? Uma questão extremamente pertinente nesta abordagem é o estudo do contexto da produção, da circulação e do consumo destas imagens. Desta forma, os agentes sociais inseridos no processo serão categorizados, contextualizados. Levando-se em conta que :... Toda a fotografia representa o testemunho de uma criação.por outro lado, ela representa sempre a criação de um testemunho. (Kossoy. P. 50) Boris Kossoy, refere que para o ato fotográfico é formada a tríade: fotógrafo, assunto e técnica. Resumidamente, o autor alerta para a necessidade de desdobrar todos os elementos envolvidos no processo de criação da imagem fotográfica. Ou seja, este profissional (ou não),o agente do disparo estava imbuído de qual intenção? Quais aspectos considerou? Quais desprezou? Por que? Que tipo de imagem produziu? Sob encomenda de quem ou de qual instituição? O assunto/tema foi selecionado por quais razões? Quais as técnicas disponíveis naquela época? Qual foi a utilizada? Por que? As respostas a estas questões, aliadas ás análises das descrições icônicas e formais da fotografia, podem revelar muito sobre o objeto de estudo, processam a composição de uma intertextualidade. Pois: Na qualidade de texto, que pressupõe competências para sua produção e leitura, a fotografia deve ser concebida somo uma mensagem que se organiza a partir de dois segmentos: expressão e conteúdo. O primeiro envolve escolhas técnicas e estéticas, tais como enquadramento, iluminação, definição de imagem, contraste, cor etc. já o segundo é determinado pelo conjunto de pessoas, objetos, lugares e vivências que compõem a fotografia. Ambos os segmentos se correspondem no processo contínuo de produção de sentido na fotografia, sendo possível separá-los para fins de análise, mas compreendê-los apenas como um todo integrado. 3 3 MAUAD. Ana Maria. Fotografia e história - possibilidades de análise. In ALVES e CIAVATTA, Alves e Maria. A leitura de imagens na pesquisa social. São Paulo: Cortez, 2004.p. 25

3 Uma das vertentes desta pesquisa, que pretende-se mais extensa que os limites deste artigo, parte da seguinte tese: a constituição de um território negro na periferia de Porto Alegre. Entendido não só como aglomeração física de afro-descendentes, mas como um espaço de sociabilidade e afirmação cultural, onde o culto às origens, em especial ao samba, através da fundação da Estado Maior da Restinga teve um papel fundamental no estreitamento de laços identitários na região. Tendo-se como foco a fotografia, é indispensável citar aqui o trabalho organizado pela fotógrafa Irene Santos, o Negro em preto e branco- memória fotográfica de negros em Porto Alegre, como o precursor desta modalidade. Sua obra alia imagens fotográficas a depoimentos de cidadãos afro-descendentes residentes em Porto Alegre, que notabilizaram-se em sua atuação profissional, política e artística. Além disto contou com a colaboração de instituições e pessoas que disponibilizaram um amplo acervo de fotos que retratam diversas formas de sociabilidades negra em Porto Alegre, incluindo, obviamente, o carnaval. No entanto, minha lente, intermediada pelas discussões e leituras dos diversos autores referenciados no seminário história e fotografia, é em termos espaciais e temporais, mais restrita. Mas amplia-se no estudo de caso, que desta forma ainda não foi explorado. As fotografias selecionadas possuem um forte vínculo com a história da comunidade estudada. Neste aspecto, busca-se uma relação onde a imagem retratada:...é um documento e veículo de representações para a compreensão da vida social; indica sobre a realidade que retrata e sobre o olhar daquele que a produziu e exprime interações sociais produtoras de sentido. 4 O acervo e suas condições A imagem não fala por si só; é necessário que as perguntas sejam feitas Ana Maria Mauad A natureza de uma instituição carnavalesca vem se transformando ao longo do tempo. Durante muito tempo, sua finalidade primeira e última foi o desfile de carnaval. 4 Cf. Frehse, Fraya. Antropologia do encontro e desencontro: fotógrafos e fotografados nas ruas de São Paulo ( ). In MARTINS, José.et alli. (Org.) O imaginário e o Poético nas Ciências Sociais, EDUSC. P. 185

4 Apesar da grande incidência desta nas relações comunitárias, é certo a prioridade, o foco, no desfile carnavalesco. É fato também, que esta condição está mudando, e estas mesmas entidades tem se voltado para um trabalho que extrapola o calendário oficial carnavalesco. Este fenômeno pode ser explicado pela evolução do carnaval em nossa cidade, de uma forma muito breve, podemos fazer a seguinte retrospectiva deste evento: entrudo, sociedades carnavalescas, blocos e grupos populares, tanto na região central quanto nos bairros- num processo de apropriação das camadas mais excluídas da população. E, em 1938, sob a égide do Estado Novo, normatizações e disciplinamento, com a concorrência, a competição. E, finalmente, em 1960 a fundação da escola da samba Praiana, que transfigura o carnaval em Porto Alegre, inaugurando um novo tipo de desfile, aos moldes do que vinha ocorrendo no Rio de Janeiro. 5 Um acelerado processo de profissionalização da folia foi se consolidando, toda uma programação, montagem, contratações, trabalho de barracão, harmonia, confecção de fantasia padrão... a tudo isto as diretorias tiveram que atender, sob o risco, de, pelo regulamento terem vetada a sua participação no desfile. Logo, os registros das imagens que se têm do carnaval oficial, promovido pelo governo, ou seja, agenciado pelo poder público são os produzidos pelos órgãos públicos. Ou, mesmo da imprensa da época. Os agentes do carnaval não possuíam meios de registro e guarda desta documentação (considerando foto-documento). Esta questão de acervo, do registro histórico não era uma prioridade para as instituições carnavalescas, que, tendo degradada a sua espontaneidade e liberdade de criação e participação tiveram que se moldar a um tipo de carnaval onde os recursos financeiros são imperativos para a realização de um desfile digno. E mais, com a criação da Associação das Entidades Carnavalescas e a EPATUR Empresa Porto Alegrense de Turismo começa a ser notada uma visão empresarial, por parte dos organizadores do desfile oficial... (PORTO ALEGRE, 1992, p.38). Estes elementos informam a precariedade de condições que havia (e ainda há)em se montar um acervo institucional. No caso da EMR, as fotografias encontram-se sob a guarda pessoal da velha-guarda da escola. Pessoas, que, num ato voluntário, 5 PORTO ALEGRE. Carnavais de Porto Alegre.Prefeitura Muncipal de Porto Alegre. Secretaria Municipal da Cultura. Porto Alegre, 1992.

5 perceberam o valor histórico das imagens e as conservaram do jeito que dispunham. Estas iniciativas encontram-se dispersas na comunidade. Outro fator importante é o custo de uma fotografia. Mesmo nas décadas de 70 e 80 (período estudado) a posse de uma máquina fotográfica em Porto Alegre, não era tão corriqueira quanto alguns possam imaginar. Levando-se em consideração, que os membros da EMR eram, em sua maioria, oriundos de famílias reassentadas, removidas de áreas nobres da cidade mas que não possuíam recursos para manterem-se nos seus locais de origem, é fácil concluir que este artefato não era tão fácil de ser adquirido. Há que se considerar ainda que as próprias instalações precárias nos seus primórdios, jamais poderiam propiciar a organização destes registros. As imagens aqui selecionadas foram retiradas de um todo maior que podemos nomear como uma coleção do Sr. Claudionor, sócio fundador da EMR. Sua coleção possui inúmeras fotos, onde têm-se registrada uma boa parte do processo que veio a culminar com a fundação da escola de samba. Desde a formação do bairro, até festas na comunidade, desfiles escolares, imagens estas que demonstram formas de sociabilidade, promovidas ora pelo poder público, ora pela própria comunidade e intervenções no espaço com obras de infra-estrutura. Para este breve artigo, selecionei 15 fotos *que são emblemáticas, pois estão inseridas num contexto identificável, onde pode-se pensar na leitura da fotografia não como um produto, mas como um processo decomponível 6. Decompondo-as e classificando-as, agrupando-as de diferentes formas. Em termos de representação, podemos separar em três grupos: O primeiro, o institucional, feito pelo Gabinete de Imprensa da Prefeitura de Porto Alegre, compondo seis imagens. Nesta seleção percebe-se fotografias profissionais, que retratam as melhorias promovidas pelo poder público, quase dez anos depois das primeiras remoções. É o governo mostrando suas obras, em estilo paisagem, é perceptível a magnitude dos planos (fotos 5 e 6), e a intervenção, a intensidade da força em remover, na verdade em consonância, pelo menos no nível de representação, com o discurso Remover para promover. Na foto 01, a remoção de terras e barracos para promover o. * recortadas deste arquivo por limites regulamentares de espaço, mas que no trabalho final, bem como na apresentação do Simpósio Temático serão disponibilizadas. 6 LEITE, Miriam Moreira. Retratos de Família. São Paulo.EDUSP. p. 34

6 Foto 01- Obras de saneamento básico na Restinga Velha Foto 02- Inauguração Caixa dágua Restinga Velha, 1979 Foto 03- Centro Administrativo Regional Restinga, 1979 Foto 04- Construção apartamentos Restinga Nova Foto 06- campos da Restinga Nova Foto 05- Construção caixa dágua Restinga Velha saneamento básico. E, nas fotos 02 e 05, o abastecimento dágua sendo qualificado. No que se refere às condições de vida dos primeiros moradores, é destaque a falta de infraestrutura, que já está amplamente documentada. A obra de Naida DÀvila, DEMHAB, com ou sem tijolos, a história das políticas habitacionais em Porto Alegre, é clara:...em 1977, começa a haver a regularização da vila Restinga Velha. Assim conhecida a primeira parte a ser ocupada do Complexo Restinga, utilizada parta trazer famílias removidas de outros locais da cidade. O Departamento, preocupado com as péssimas condições desse núcleo, organiza um mutirão com a participação do Departamento, do DMLU e da comunidade. (grifos meus) (p.72) O cruzamento das imagens com a revisão bibliográfica a respeito da Restinga nos revela também uma certa atenção que o poder público, passa a ter, passados quase dez anos de ocupação do território, onde através de pressão os moradores, organizados em suas entidades e movimentos sociais conquistam algumas demandas reprimidas, principalmente questões estruturais, como saneamento, por exemplo:...dadas às péssimas condições no que se refere ao saneamento básico da Restinga Velha, devido ao aumento da população e à implantação da Restinga Nova, em 1976, foi criado o projeto Pró-Gente. Seu objetivo era expandir a rede de esgotos, o abastecimento d`àgua, a pavimentação e a iluminação pública. O Pró-Gente, entretanto se limitou a tender a área do primitivo loteamento Restinga Velha... 7 (p. 14) 7 Porto Alegre. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Memória do Bairros. Restinga. Porto Alegre, SMC,1997.

7 Era necessário então mostrar o que havia sido feito. Estas imagens eram disponibilizadas no mural do CECORES, Centro Comunitário da Restinga, e reproduzidas para as escolas e creches, como prova e registro das realizações da Prefeitura. Como líder comunitário e funcionário público, o Sr, Claudionor teve fácill acesso a este material, e segundo o mesmo, sempre disponibilizava para exposições, quando solicitado. As obras da Restinga Nova também são retratadas sob um novo padrão. Embora estilo paisagem, as fotos evidenciam o dinamismo da verticalidade das construções. Uma nova perspectiva, com um Centro Administrativo Regional, ao fundo os prédios erguendo-se, vislumbra-se uma nova fase( fotos 03 e 04 ) uma Nova Restinga. Este novo empreendimento, o maior do país na época, tinha como meta atingir uma outra faixa de trabalhadores. Não se tratava apenas de reassentados, mas da realização do sonho da casa própria de trabalhadores assalariados. Nesta periferia planejada, haviam campos de futebol (foto 06), casas com pátios e apartamentos. É nesse contexto de crescimento que as formas de sociabilidade se fazem mais efetivas, pois, distante mais de 20 km do centro comercial e político da cidade, faz-se necessário a integração desta comunidade. E esta foi uma demanda dos próprios moradores e também, de uma certa forma, do próprio poder público, para que o mesmo mantivesse e ampliasse um determinado controle sobre aquela população, que por vezes rebelava-se por seus direitos. Insere-se aí o segundo grupo de imagens, que demostra as iniciativas públicas, mas com ampla participação popular, de formas de integração social, de visibilidade, de descontração e de resgate de uma cara origem daquela comunidade: o carnaval. Centenas de famílias, oriundas de regiões que tradicionalmente brincavam o carnaval mobilizam-se para participar de atividades na região e no centro da cidade, formando daí, para fora, uma identidade, um pertencimento, comunidade da Restinga apresentando-se. É um dar-se a ver tutelado, mas já é um início destas aparições, da comunidade para a cidade. Possivelmente um fator crucial, ou seja, uma tradição associativa contruída, que facilitou a formação e consolidação de uma escola de samba. Foto 07 Sr. Claudionor, a frente do desfile cívico na Restinga (que acabava em batucada, segundo o mesmo)

8 Foto 08 Carro Alegórico do CECORES, da comunidade para o centro da cidade Foto 09 Baile de carnaval infantil no CECORES Foto 10 Baile de carnaval infantil, escola da Restinga, 1973 Esta sequencia de fotos também foi agenciada pelo poder público, mas com uma diferença fundamental: nelas estavam representadas as pessoas. Os moradores, enquanto sujeitos, partícipes das festividades. Crianças como atores principais, posto que serão multiplicadores, das formas de sociabilidade (fotos 09 e 10), ensaiando nas brincadeiras sua participação futura na escola de samba. A foto 10 é muito ilustrativa, com a presença já de instrumentos de verdade. Na foto nº 07, um morador da Restingar, Sr. Claudionor, a frente da banda, segundo ele, ao final do desfile, o pessoal já ensaiava uma bateria de escola de samba. Não se trata mais, nesta fase de retratar operários sem rosto, em obras públicas, mas de retratar pessoas que formam laços, que se identificam com um projeto de comunidade. E, neste ponto o CECORES foi fundamental, tendo inclusive cedido terreno para os primeiros ensaios da escola de samba. Na foto 08, um desfile com carro alegórico do CECORES, mostrando suas oficinas, mas também mostrando os membros da comunidade, que estão presentes, desfilando, como produtores do próprio corso. Por fim, o terceiro grupo de imagens, que representam a comunidade, por ela mesma. Esta forma de apresentar-se, destacando as fantasias, as roupas, e a alegria de estar também participando, exercendo uma outra forma de cidadania: o lazer. Mas um lazer que integra gerações, que envolve as famílias, e, o carnaval tem este potencial. Coincidentemente este grupo de fotos é colorido. Será mero acaso? Foto 11 Foto 13 Foto 12

9 Foto 14 Foto 15 As fotos 11 e 12 estão em estilo retrato, destacam um homem e uma mulher respectivamente, dançando e exibindo suas fantasias, num baile da comunidade, datado aproximadamente no final da década de 70. É possível ver a presença de crianças na foto 11, e também de mesas e cadeiras, no CECORES, com pessoas assistindo das arquibancadas. Na foto 13, o mesmo baile, mas com um conjunto de amigos e vizinhos que posaram para a posteridade. Na foto 14 um concurso chamado Boneca Café, onde a candidata de número 09 é moradora da Restinga, e foi eleita 2ª Princesa! Como não registrar este fato? Este concurso prestigiava a beleza negra, e a Restinga, notadamente possuía a maioria de sua população afrodescendente, sendo que naquela época a proporção era bem maior que hoje. Finalmente, a foto 15, resgistra uma ala da já formada Estado Maior da Restinga, no início de sua trajetória. Dá para perceber que ainda não tem sede própria, ocupando o pátio do CECORES, mas já demonstra um relativa estruturação, aos moldes do que o carnaval oficial já exigia. Considerações finais O fato do carnaval ter-se desenvolvido na Restinga, deveu-se a vários fatores, além do apoio do setor público. Muitas das pessoas que foram trazidas forçadamente para a Restinga residiam onde eram promovidos famosos carnavais. Cidade Baixa, Ilhota, Areal da Baronesa, Santana:...O carnaval da Santana. Existindo desde 1940, o Carnaval da Rua Santana em Porto Alegre é um dos últimos resquícios do carnaval de rua da cidade...lugar onde o povão ainda tem direito de se divertir sem pagar, sem tirar nada do bolso... (PORTO ALEGRE p. 42)

10 No início da entidade, eram poucos os ritmistas, depois, com a ampliação do local para um pátio da antiga delegacia, a bateria foi ganhando novos adeptos. Esta concessão do poder público às demandas dos carnavalescos foi a partir de mobilização social e também de relações políticas que foram se estreitando no tensionamento entre comunidade e poder público. Este breve artigo teve por objetivo um tratamento crítico das imagens, considerando o circuito social da produção das imagens, o contexto histórico- no caso, comunitário- bem como a intertextualidade, recorrendo a outras áreas do saber, a outros registros visando a construção de uma transdisciplinariedade como indica Ana Maria Mauad em seu texto Fotografia e história- possibilidades de análise. Além disto entendo que a fotografia pode ainda provocar, nos testemunhos que ainda estão por lá, a emergência de lembranças que podem ser objeto de estudos mais aprofundados. Ou seja, não é apenas ao historiador que ela se destina, enquanto construtor de conhecimento. Mas ela, a foto, pode ainda se auto-produzir, de uma forma plural, dependendo de quem a reconhece. Ela detém uma historicidade própria. Neste sentido, é a interação que é singular para cada uma e para cada objeto o que produz o conhecimento. Posto que somos parte da informação, na medida em que nos apropriamos das questões e formulamos perguntas às imagens. Em relação ás fotos analisadas, um terço delas foi produzidas pelo estado, que já havia implementado a sua política de segregação espacial em nossa cidade. A formação da Restinga foi exemplar neste sentido. Mas o que era para ser melhoria de condições de vida, tornou-se um incômodo ainda maior. Depois de longos anos de espera, as primeiras obras de infra-estrutura iniciaram, e contempladas minimamente em suas necessidades básicas, a população intensificou as suas articulações a fim de promover uma maior inclusão social, tendo na arte e na cultura formas de expressão contundentes. O poder público já não é mais o provedor das imagens, e sim coadjuvante, nas representações. Referências Bibliográficas FREHSE, Fraya. Antropologia do encontro e do desencontro: fotógrafos e fotografados nas ruas de São Paulo ( ). In: MARTINS, José de Souza ET AL. O imaginário e o poético nas Ciências Sociais. Bauru EDUSC, 2005

11 KOSSOY, Boris, Fotografia e história. São Paulo Ateliê Editorial LEITE, Miriam Moreira Leite. Retratos de família. Ciência e Cultura, São Paulo LIMA e CARVALHO, Solange Ferraz e Vânia Carneiro. Fotografia e cidade, da razão urbana à lógica do consumo álbuns de São Paulo ( ) MAUAD, Ana Maria. Fotografia e História possibilidades de análise. In: CIAVATTA, Maria. História comunicação e educação. São Paulo: Cortez, 2004 PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Secretaria Municipal da Cultura. Carnavais de Porto Alegre. Porto Alegre, PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Secretaria Municipal da Cultura. Memória dos Bairros. Restinga Porto Alegre, PORTO ALEGRE. Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Departamento Municipal de Habitação. Porto Alegre, SANTAELLA, Lúcia. Os três paradigmas da imagem. In: SAMAIN Etienne. O fotográfico, SENAC, Editora Hucitec SANTOS. Irene.(org) negro em preto e branco história da população negra de Porto Alegre, Prefeitura Municipal de Porto Alegre.Porto Alegre, 2005

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