FILOS ANIMAIS RÉPTEIS
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- Edison Malheiro di Castro
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1 FILOS ANIMAIS RÉPTEIS
2 RÉPTEIS São diversificados e abundantes, com cerca de espécies aproximadamente 300 delas na América do Norte ocupam grande variedade de habitats terrestres e aquáticos. RÉPTEIS SUBCLASSE ANAPSIDA SUBCLASSE DIAPSIDA ORDEM TESTUDINES (CHELONIA) ORDEM SQUAMATA ORDEM SPHENODONTA (RHINCHOCEPHALIA) ORDEM CROCODYLIA Tartarugas, cágados e jabutis SUBORDEM LACERTILIA SUBORDEM SERPENTES SUBORDEM AMPHISBAENIA Tuatara Crocodilos e jacarés Lagartos Cobras (ofídeos) Cobra-deduas-cabeças
3 RÉPTEIS Primeiros vertebrados a conquistarem o ambiente terrestre várias importantes adaptações: 1- Pele: seca, sem glândulas e completamente impermeável, recoberta por escamas ou placas córneas queratina.
4 RÉPTEIS 2- Respiração: pulmões muito mais eficientes do que o dos anfíbios respiração exclusivamente pulmonar alvéolos complexos com grande superfície para trocas gasosas.
5 RÉPTEIS 3- Reprodução: fecundação interna, ovíparos ovo terrestre (ovo aminiótico) independência da água para a reprodução.
6 RÉPTEIS 4- Excreção: ácido úrico insolúvel em água, atóxico.
7 RÉPTEIS SUBCLASSE ANAPSIDA: amniotas que possuem alguns caracteres primitivos, como crânio sem abertura temporal. Ordem Testudines (Chelonia): corpo coberto por uma armadura óssea formada por uma carapaça dorsal e um plastrão ventral; maxilas com bico córneo no lugar dos dentes; vértebras e costelas fundidas à carapaça superposta; língua não extensível; pescoço usualmente retrátil tartarugas (marinhas e de água doce), cágados (de água doce), jabutis (terrestres).
8 ORDEM TESTUDINES (CHELONIA)
9 RÉPTEIS SUBCLASSE DIAPSIDA: amniotas que possuem crânio com duas aberturas temporais: 1- Ordem Squamata: pele revestida por escamas ou placas córneas epidérmicas que são trocadas de tempos em tempos; vértebras geralmente côncavas na parte anterior; órgãos copulatórios pares Subordens Lacertília, Amphisbaenia e Serpentes (Ophidia).
10 SUBORDEM LACERTILIA Corpo esguio, geralmente com 4 membros, pálpebras móveis, presença de orelha externa.
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13 SUBORDEM AMPHISBAENIA Corpo alongado com diâmetro uniforme; ausência de membros; cinturas pélvica e escapular vestigiais; olhos escondidos na pele; apenas um pulmão.
14 SUBORDEM SERPENTES Corpo alongado; membros, aberturas auditivas e orelha média ausentes; mandíbula conectada anteriormente por ligamentos; pálpebras fundidas formando uma escama transparente; língua bifurcada e protraível; pulmão esquerdo reduzido ou ausente.
15 SUBORDEM SERPENTES Estreptostilia: osso quadrado articula-se com o crânio e com a mandíbula abertura bucal de quase 180 ; As duas mandíbulas não são soldadas na região mediana anterior permite grande abertura lateral da boca.
16 SUBORDEM SERPENTES
17 RÉPTEIS 2- Ordem Sphenodonta: crânio diapsido primitivo, vértebras bicôncavas, olho atrofiado na região superior do encéfalo (olho pineal), linha de escamas espinhosas dorsais eréteis Sphenodon (tuatara) é o único gênero.
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19 RÉPTEIS 3- Ordem Crocodylia: crânio alongado e maciço, narinas terminais, coração com 4 câmaras, vértebras geralmente côncavas anteriormente, membros anteriores geralmente com 5 dígitos e posteriores com 4 crocodilos e jacarés.
20 SISTEMA CIRCULATÓRIO Répteis não-crocodilianos: fechada, dupla e incompleta 2 átrios e um ventrículo parcialmente dividido.
21 SISTEMA CIRCULATÓRIO Répteis crocodilianos: fechada, dupla e completa 2 átrios e dois ventrículos completamente separados.
22 SISTEMA DIGESTÓRIO Engolem suas presas sem mastigar dentes usados apenas para matar a presa ou cortá-la em pedaços.
23 SISTEMA DIGESTÓRIO As tartarugas e os cágados carnívoros e os jabutis herbívoros e frugívoros não possuem dentes, mas têm um bico córneo que lhes permite arrancar pedaços do alimento.
24 SISTEMA DIGESTÓRIO Os répteis não aquáticos apresentam glândulas bucais mais desenvolvidas do que os anfíbios necessidade de umedecer o alimento seco. Os lagartos possuem a língua bastante desenvolvida. Sua ponta é grossa e viscosa, possibilitando a adesão das presas.
25 SISTEMA DIGESTÓRIO O camaleão, após aproximar-se cautelosamente de sua presa (inseto), projeta-se subitamente para a frente, mantendo a cauda e as patas posteriores presas em um galho arremessa sua longa língua de extremidade adesiva para capturar a presa.
26 SISTEMA DIGESTÓRIO A língua bifurcada das cobras serve para transferir estímulos químicos do meio externo para órgãos sensoriais localizados no céu da boca.
27 SISTEMA DIGESTÓRIO O esôfago dos répteis é claramente delimitado do estômago e o intestino delgado é mais desenvolvido do que o dos anfíbios. Dentro dos vertebrados, os répteis são os primeiros a apresentar um ceco ou divertículo cecal, que nasce do ponto de união dos intestinos delgado e grosso. O intestino grosso é reto e termina na cloaca.
28 OSMORREGULAÇÃO Espécies marinhas: glândulas de sal excreção do excesso de sal ingerido por transporte ativo localizadas na cabeça, na região das órbitas canais eliminam o produto ao lado do globo ocular ou nas cavidades nasais daí a expressão: lágrimas de crocodilo.
29 SISTEMA NERVOSO Lóbulos ópticos situados na região dorsal do encéfalo. Cérebro mais desenvolvido do que nos anfíbios. 12 pares de nervos cranianos.
30 SISTEMA SENSORIAL Mais desenvolvido que nos anfíbios alguns apresentam sentidos únicos no reino animal. Língua bifurcada das cobras e lagartos transporta informações químicas para o órgão de Jacobson localizado entre o céu da boca e a cavidade nasal nas cobras peçonhentas é particularmente sensível ao odor de sangue.
31 SISTEMA SENSORIAL Fosseta loreal detectam o infravermelho através de células sensoriais termorreceptoras presentes em um orifício localizado entre os olhos e as narinas presente nas cobras peçonhentas (exceto as corais verdadeiras) detectação de presas pela radiação infravermelha que emitem.
32 SISTEMA SENSORIAL Olho pineal ou terceiro olho (tuataras) área semitransparente e sensível à luz no topo da cabeça regular o grau de exposição à luz solar parece estar relacionada com a produção de hormônios que desencadeiam a reprodução ou a hibernação (apesar deste termo estar mais relacionado a animais endotérmicos).
33 FECUNDAÇÃO INTERNA (pênis); Ovíparos; Cópula
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36 REPRODUÇÃO Fecundação interna órgãos copuladores dos machos são cecos protegidos no interior da bolsa escrotal. Dióicos.
37 REPRODUÇÃO Ovíparos (maioria); ovovivíparos (muitas cobras peçonhentas); vivíparos (muitas cobras e lagartos): viviparidade dá às fêmeas melhores condições de controlar a temperatura dos embriões redução do tempo de desenvolvimento. Partenogênese entre muitas espécies de lagartos.
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39 ACIDENTES COM COBRAS A subordem das serpentes (ofídeos) é, sem dúvida, aquela que merece maior destaque dentre os animais que provocam acidentes de envenenamento. Ofidismo: termo empregado para agrupar todos os fatos relacionados às cobras peçonhentas características, identificação, sintomas dos acidentes causados por elas, profilaxia e tratamento. Cobras peçonhentas: produzem veneno (peçonha) que pode ser injetado por dentes especializados (presas) produzidos e armazenados em glândulas salivares modificadas, que se localizam na região dorsoposterior da cavidade bucal e se ligam por canais aos grandes dentes inoculadores.
40 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS Identificação das cobras peçonhentas: Apresentam grandes presas na região do maxilar que podem ser: proteróglifas (protero = anterior + glifo = presa): com um sulco nas presas: coral
41 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS solenóglifas (solen = tubo, canal + glifo = presa): com um canal fechado nas presas, por onde escorre o veneno: cascavéis, jararacas, jararacuçus, urutus, cotiaras, caiçacas, surucucu.
42 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS solenóglifas Jararaca Cotiara Caiçaca Cascavel Jararacuçu Surucucu Urutu
43 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS Cobras não peçonhentas: Podem ser: opistóglifas (opisto = posterior + glifo = presa): com grandes presas na região posterior do maxilar: falsas corais Falsa coral
44 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS Cobras não peçonhentas: áglifas (a = sem + glifo = presas): sem presas inoculadoras, com todos os dentes iguais: sucuris, jibóias, cobras d água. Jibóia Sucuri
45 Dentes Inoculadores
46 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS Características Peçonhentas Não-peçonhentas Forma Triangular, bem destacada do corpo ( ) Ovalada Pupilas Em fenda vertical Circulares Cabeça Escamas Pequenas, com saliências Fosseta loreal (carenas) Presente ( ) Grandes, lisas Ausentes ( ) Exceto nas corais verdadeiras
47 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS Características Peçonhentas Não-peçonhentas Corpo Escamas Cauda Pequenas, sobrepostas e com carena Curta, afina bruscamente. Pode haver guizo (cascavel) Grandes, lisas e justapostas Longa e fina
48 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS Características Peçonhentas Não-peçonhentas Hábito Noturno Diurno Comportamento Lentas; se atacadas enrolam-se Ágeis; se atacadas fogem
49 IDENTIFICAÇÃO DE COBRAS REGRAS QUE NÃO PODEM SER APLICADAS ÀS COBRAS DA AMÉRICA DO SUL Cabeça triangular bem destacada do corpo ou ovalada: a jibóia e a sucuri têm cabeça triangular e bem destacada do corpo, mas não são venenosas; a coral verdadeira é venenosa, mas tem cabeça ovalada. Tipo de cauda: esta característica pode induzir inúmeras confusões, principalmente porque parte da forma da cauda está relacionada a hábitos e ao sexo do animal nela localizase o hemipênis estrutura de cópula presente nos machos. No Brasil e América do Sul, para não correr riscos, é melhor considerar toda serpente que possua fosseta loreal ou anéis coloridos no corpo como peçonhenta.
50 Ação do Veneno
51 COBRAS PEÇONHENTAS Princípios ativos dos venenos determinam sintomas bem definidos: a) Neurotoxinas: atuam sobre o sistema nervoso, provocando dormência e insensibilidade no local do ferimento, paralisias musculares, perda da visão e prostração geral pode ocorrer parada respiratória. b) Proteolíticos: causam intensa dor local devido à necrose dos tecidos, que podem gangrenar. c) Hemolíticos: determinam hemólise destruição das hemácias sinais de sangue na urina (escura). d) Coagulantes: em pequenas doses impedem a coagulação do sangue hemorragias. Em grandes doses, provocam extensa coagulação morte em poucos minutos.
52 COBRAS PEÇONHENTAS No Brasil, merecem destaque quatro gêneros de cobras peçonhentas: 1- Bothrops (jararaca, urutu): Jararacas: 90% dos acidentes veneno tem forte ação local necrosante e causa hemorragias internas. Veneno com efeito proteolítico e coagulante.
53 COBRAS PEÇONHENTAS 2- Lachesis (surucucu): é a maior das peçonhentas. Seu veneno provoca forte dor local, necrose rápida dos tecidos e gangrena quantidade de veneno injetado muito grande quase sempre provoca a morte do acidentado. Veneno com efeito proteolítico.
54 COBRAS PEÇONHENTAS 3- Crotalus (cascavel): ocorre em regiões mais áridas, pedregosas. Pode ultrapassar 1 m de comprimento e a característica típica é o guizo que ela vibra com vigor quando algo se aproxima. Veneno com efeito neurotóxico pouca dor local e paralisias paciente apresenta pálpebras caídas, aspecto sonolento e prostração geral destruição das hemácias e lesões renais que podem levar à morte. Veneno com efeito neurotóxico e hemolítico.
55 COBRAS PEÇONHENTAS 4- Micrurus (coral verdadeira): também tem forte veneno neurotóxico paralisias, visão turva, insalivação, dificuldades respiratórias e de deglutição. Veneno com efeito neurotóxico.
56 ACIDENTES COM COBRAS Profilaxia: O maior número de acidentes acontece com trabalhadores do campo desmatamento, preparo do solo e colheita uso de botas de canos longos até a altura dos joelhos mais de 70% dos ferimentos ocorre nos pés e nas pernas. Não colocar as mãos em buracos no solo, touceiras, cupinzeiros e ocos de árvores costumam ser esconderijos das cobras onde depositam seus ovos cerca de 15% dos ferimentos ocorrem nas mãos e antebraços. Preservação e criação de animais que se alimentam de cobras (ofiófagos) gansos, corujas, gaviões, seriemas.
Revestimento corporal
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