Nanopartículas de insulina para administração oral

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1 Carolina Jacinto Correia Nanopartículas de insulina para administração oral Orientação Professora Doutora Catarina Pinto Reis Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Escola de Ciências e Tecnologias de Saúde Lisboa 2014

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3 Carolina Jacinto Correia Nanopartículas de insulina para administração oral Dissertação de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas apresentada na Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologias/Escola de Ciências e Tecnologias da Saúde Orientação Professora Doutora Catarina Pinto Reis Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Escola de Ciências e Tecnologias de Saúde Lisboa 2014

4 Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. José Régio Cântico Negro

5 Dedicatória A presente dissertação é dedicada aos meus pais que sempre me deram todo o apoio, ao longo dos 5 anos de curso, para o concretizar deste objectivo.

6 Agradecimentos Os principais agradecimentos recaiem sobre os meus pais e os meus avôs que sempre estiveram do meu lado e sem eles tudo seria mais difícil. Agradeço especialmente à Ana pela paciência e por ter estado sempre do meu lado nos momentos mais complicados ao longo deste caminho. A todos os meus amigos que sempre estiveram presentes agradeço por todo o opoio e carinho demonstrado.

7 Resumo Atualmente, a Diabetes Mellitus é uma patologia de elevada prevalência comgraves consequências e a administração subcutânea de insulina para alguns tipos de Diabetesé fundamental para o controlo metabólico dos doentes retardando o desenvolvimento das várias complicações inerentes, como sejam as complicações neurológicas, micro e macrovasculares. Porém, a procura de uma cura efetiva sem a necessidade de insulinoterapia tem desencadeado o desenvolvimento de várias abordagens. A administração de insulina a partir de vias de administração não invasivas como, por exemplo, a oral apresenta inúmeras vantagens. No entanto, a baixa biodisponibilidade dos péptidos condiciona a sua entrada no mercado. Atualmente, a Nanotecnologia desempenha um papel relevante em diversas áreas, nomeadamente, no desenvolvimento de novos sistemas terapêuticos. O presente trabalho engloba uma revisão da Nanotecnologia aplicada à insulina e um desenvolvimento de um método de produção de nanopartículas de insulina, recorrendo a um polímero biodegradável e biocompatível e a um sistema emulsivo, para posterior administração oral. Palavras chave: Diabetes Mellitus, oral, insulina, nanopartículas, emulsão múltipla Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 5

8 Abstract Nowadays, Diabetes Mellitus is a highly prevalent disease which generates negative consequences and subcutaneous administration of insulin in some type of Diabetes is critical for metabolic control in diabetics, delaying the development of inherent complications, such as neurologic, micro and macrovascular. The research for an effective cure, without insulin therapyhas triggered the development of several approaches. The administration of insulin throughnon-invasive routes like oral shows numerous advantages. However, the low oral bioavailability of peptides generally delays its entry into the market. Currently, Nanotechnology plays an important role in several fields including the development of new therapeutic systems. This work includes an overview of Nanotechnology applied to insulin and the development of the production method of insulin nanoparticles using of a biodegradable and biocompatible polymer and a emulsion system for potential oral administration. Keywords: Diabetes Mellitus, oral, insulin, nanoparticles, multiple emulsion Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 6

9 Abreviaturas, siglas, acrónimos e símbolos ACPNanoesferas de carbono anfotéricas ADN Ácido desoxirribonucleico AS-ODNPoli-L-lisina-bromidrato e oligonucleótidos anti-sense ATGGlobulina anti-timócito ATPAdenosina trifosfato BRADAgente de regeneração β para a Diabetes CTTomografia computorizada CTLA4-IgAbatacept CSSulfato de condroitina DPP-4Inibidor da dipeptidil peptidase-4 EEEficiência de encapsulação FDAFood and Drug Administration GSKGlaxoSmithKline GIP Inibidor polipeptídico gástrico GI Gastrointestinal GLP-1Glucagon-like peptide-1 GNPsNanopartículas de ouro GAD65Isoforma 65-kD do ácido glutâmico descarboxilase GRAS Geralmente reconhecido como seguro G-CSFFator de estimulação de colónias granulocitárias Hb A1C Hemoglobina glicosilada HLAAntigénio humano leucocitário HMPC (Hidroxipropil) metilcelulose HPLCCromatografia líquida de alta eficiência ICH Conferência Internacional de Harmonização IDFFederação Internacional da Diabetes IRS-1Substrato 1 do receptor da insulina IFIH1Helicase interferão induzida MMMassa molecular MRSAStaphylococcus aureus resistente à meticilina Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 7

10 MDIInalador de dose medida NODDiabéticosnão obesos OHGrupo hidroxilo OKT3Muromonab CD3 PEGPolietilenoglicol PDCPAPolimetacrilato dimetilaminoetilo tiolado PAAÁcido poliacrílico PAHHidrocloreto de poli (alilamina) PDIInalador de pó seco PDI Índice de polidispersividade PLGAÁcido poli (láctico-co-glicólico) PLAÁcido poli (láctico) PCLPolicaprolactona piponto isoeléctrico PPEsPromotores da permeabilidade paracelular SRESistema retículo-endotelial SEMMicroscopia electrónica de varrimento SiNPNanopartículas de sílica SLNNanopartículas sólidas lipídicas SGLT-2Tranportador 2 da glicose dependente do sódio TNFαFator de necrose tumoral Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 8

11 Índice Resumo... 5 Abstract... 6 Abreviaturas Índice de figuras Índice de tabelas Índice de equações Introdução Capítulo I. Insulina 1 Insulina como um marco na história Origem e estrutura química Controlo da secreção Propriedades farmacológicas Mecanismo de ação Efeitos adversos Estratégias para a independência de insulina exógena Imunosupressores Antigénios específicos Anti-inflamatórios Terapia celular Hormonas Terapia regenerativa Transplantes Desenvolvimentos futuros...27 Capítulo II. Diabetes Mellitus 2 Diabetes Mellitus como uma patologia prevalente Classificação clínica Diagnóstico e tratamento Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 9

12 2.2.1.Tipos de Insulina Incretinas Antidiabéticos Orais Sinais e Sintomas Complicações Capítulo III. Nanotecnologia 3 Nanotecnologia como abordagem revolucionaria Nanopartículas para administração de insulina Alternativas à administração subcûtanea Administração bucal Admistração nasal Administração pulmonar Administração transdérmica Administração oral Capítulo IV. Projecto 4 Contextualização do projeto de investigação: Nanotecnologia Polímero Método de produção Aspetos toxicológicos Resultados Prespetivas futuras...55 Conclusão Bibliografia Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 10

13 Índice de figuras Figura 1. Biossíntese da insulina...17 Figura 2. Mecanismo homeostático da glicose Insulina e glucagon...18 Figura 3. Secreção de insulina mediante estimulação...19 Figura 4. Mecanismo de ação da insulina...20 Figura 5. Aumento em 55% da incidência da Diabetes a nível mundial, de 2013 a Figura 6. Desenvolvimento de uma úlcera diabética em 10 dias...35 Figura 7. Hidrólise do PLGA...49 Figura 8. Etapas do sistema múltiplo emulsivo (A/O/A)...51 Figura 9. Microfotografia em microscopia electrónica de varrimento da formulação D mostrando um grande número de nanopartículas esféricas. Escala = 100µm 53 Figura 10. Cromatograma representativo da insulina (tempo de retenção a 16,34 min)...54 Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 11

14 Índice de tabelas Tabela I. Testes de diagnóstico e escala de valores para a determinação da Diabetes Mellitus...31 Tabela II. Tipos de insulina, a duração de ação e o regime posológico recorrente...32 Tabela III. Várias classes de anti-diabéticos e principais diferenças 34 Tabela IV. Tipos de sistemas, granulometria, estudos modelo e aspetos relevantes de estudos com nanopartículas de insulina...40 Tabela V. Sistemas orais, métodos, granulometria e aspetos relevantes de estudos com nanopartículas de insulina...46 Tabela VI. Métodos, tipo de fármacos encapsulados e granulometria de estudos que recorreram à utilização de nanopartículas de PLGA...49 Tabela VII. Variação dos parâmetros em estudos nos vários lotes produzidos...50 Tabela VIII. Granulometria, índice de polidispersividade e EE dos diferentes lotes...53 Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 12

15 Índice de equações Equação I. Determinação da eficiência de encapsulação (EE)...47 Equação II. Forças de deformação: p é a pressão exercida, y a tensão interfacial entre fases distintas e r o raio da gotícula...51 Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 13

16 Introdução A Diabetes Mellitus é uma patologia, de elevada prevalência mundial, que se caracteriza por desequilíbrios a nível metabólico. Atualmente, existem quatro formas distintasde manifestação da Diabetes que se expressam consoante os marcadores imunológicos, os sinais e os sintomas característicos de cada tipo.ainda que sejam utilizadosantidiabéticos orais, a administração subcûtanea de insulina representa em muitos casos a melhor alternativa terapêutica para o controlo e minimização do impacto desta patologia na vida de muitos diabéticos. Apesar da existência de diversos tipos de insulina no mercado, a procura de uma cura efetiva sem a necessidade de insulino terapia desencadeou o desenvolvimento de várias abordagens que tem sido testadas ao longo do tempo. Assim, promover o desenvolvimento de células β, contrariar os mecanismos imunológicos de destruição celular, aumentar a sensibilidade á atuação desta hormona, manipular células estaminais, desenvolver um bio pâncreas totalmente funcional ou mesmo controlar os níveis de resposta pancreática, tem sido alguns dos pressupostos inerentes á diminuição das necessidades de insulina exógena. Embora a via parentérica seja a única forma de administração global, são várias as condionantesexistentes. A via oral surge assim como uma alternativa vantajosa, no entanto, o baixo tempo de semi vida em circulação sistémica e a baixa biodisponibilidade das proteínas dificultam a sua introdução no mercado como uma alternativa viável. Deste modo, com o objectivo de aumentar a biodisponibilidade oral têm sido desenhados vários sistemas como os lipossomas, os dendrímeros, as micropartículas, os nanotubos de carbono e particularmente as nanopartículas poliméricas que associado á sua granulometria na escala sub-celular são sistemas biocompatíveis. A nanomedicina representa assim uma solução para o desenvolvimento futuro deste tipo de sistemas. Atualmente, existem no mercado, não só diversos sistemas terapêuticos na escala nanométrica, como inovações transversais a diversas áreas tais como do diagnóstico, da imagiologia, da cosmética, nos dispositivos implantáveis entre outras. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 14

17 Na presente monografia encontra-se descrito o desenvolvimento inicial de um projeto na área da nanotecnologia que envolve a produção de nanopartículas poliméricas de insulina para administração oral. Deste modo, a produção das nanopartículas a partir de um sistema múltiplo emulsivo do tipo A/O/A foi a abordagem escolhida tendo o PLGA 1 sido o polímero de eleição. Globalmente foi analisado o efeito na alteração de diferentes parâmetros e os vários lotes produzidos foram avaliados em três aspectos essenciais, granulometria, morfologia e eficiência de encapsulação. Assim, o estudo granulométrico foi efetuado por espectroscopia de correlação fotónica tendo sido avaliados o tamanho médio das partículas e o índice de polidispersividade, a morfologia foi analisada por SEM 2 e a eficiência de encapsulação determinada por HPLC 3. A formulação D obteve assim os melhores resultados, com um tamanho médio de 396nm e um PDI 4 de 0,19 foi verificada a presença de nanopartículas esféricas e monodispersas sem a presença de aglomerados sendo a eficiência de encapsulação na ordem dos 65%. 1 Ácido poli (láctico-co-glicólico) 2 Microscopia electrónica de varrimento 3 Cromatografia líquida de alta eficiência 4 Índice de polidispersividade Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 15

18 1 Insulina como um marco na história Decorria o ano de 1869 quando Langerhans, um jovem médico alemão descreve o pâncreas como contendo dois tipos de células, umas que produziam o fluido pancreático e outras como sendo um mistério. Vinteanos passaram até que Minkowski e Von Mering ao realizarem uma pancreatomia a um cão perceberam como a Diabetes se desenvolvia estudando as consequências de tal intervenção. Mais tarde, o termo insulina foi finalmente proposto por Meyer, mas foi apenas em 1921 que Banting e Best verdadeiramente a identificaram ao fazerem a sua extracção a partir dos ductos pancreáticos de um cão [1]. A utilização terapêutica da insulina foi pois um marco revolucionário na história da medicina tendo sido considerado um sucesso o primeiro tratamento com esta hormona num jovem de 14 anos internado num hospital em Toronto, Canadá em 1922 [1]. Durante os anos 30,a insulina foi tecnologicamente modificadatendo sido lançada no mercado com a adição de protamina de zinco, conferindo-lhe uma maior flexibilidade e longa duração. Mas, foi só mais tarde que a primeira insulina biosintética humana foi lançada, uma vez que até então eram apenas utilizados análogos de origem bovina e suína. Os avanços sustentados pela genética sucederamse, principalmente, pela necessidade de se diminuírem os riscos de reações adversas e pela procura de um maior controlo ao nível da duração da sua ação. Em 1996, a primeira insulina lispro produzida a partir de DNA recombinante foiaprovada pela FDA tendo sido lançada com o nome de Humalog [2]. Atualmente, as insulinas de origem humana e as insulinas recombinantes substituíram as de origem animal no controlo da Diabetes Mellituse a sua via de administração continua a ser exclusivamente parentérica. 1.1) Origem e estrutura química A insulina é um polipeptídeo secretado sob a forma de pré pro hormona pelas células β que constituem os ilhéus pancreáticos de Langerhans. Após a sua síntese, esta é rapidamente transportada até ao retículo endoplasmático,onde pela ação de enzimas proteolíticas sofre um processo de clivagemoriginando, assim, a pró-insulina [3]. Como descrito na Figura 1, estruturalmente, a insulina é composta por duas cadeias Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 16

19 ligadas por pontes dissulfureto, a A com 21 aminoácidos e a B com 30 aminoácidos, que resultam da clivagem da pró-insulina pela perda do polipéptido C ao nível das micro vesículas do aparelho de Golgi. Figura 1. Biossíntese da insulina (Retirado Joshi, 2007). A baixas concentrações, a molécula insulina encontra-se como um monómero, mas à medida que as concentrações aumentam, ocorre um processo de agregação em que se formam dímeros e hexâmeros [4]. Entre vários factores, omeio onde se encontra a proteína vai condicionar os diversos estados moleculares, uma vez que o ph, a concentração de sais e até determinados iões podem originar diversos equilíbrios [4]. Paralelamente, a insulina é uma molécula anfotérica cuja carga é determinada pelo ph do meio. O seu ponto isoelectrico (pi) varia entre os 5,3 e os 5,4 e a sua massa molecular (MM) é, aproximadamente, de 6 KDa [5]. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 17

20 1.2) Controlo da secreção Como resposta a vários estímulos, a insulina é secretada (Figura 2). Embora certas substâncias promovam um aumento da secreção,nomeadamente,determinadas proteínas(arginina, lisina, leucina e alanina), os cetoácidos,os estrogéneos, a acetilcolina, a colecistocinina, o glucagon, as sulfonilureias entre outras,são os níveis plasmáticosde glicose que assumemo papel de maior preponderância nesta autoregulação através de um mecanismo de feedback negativo. Figura 2. Mecanismo homeostático da glicose Insulina e glucagon. Inicialmente, o processo desenrola-se com a entrada de glicose nas células β através de receptores membranares (Figura 3).Após a sua entrada, esta é oxidada atuando como um sensor de glicose.sabe-se que níveis plasmáticos inferiores a 90mg/dL não induzem a secreção desta hormona[5]. Ao haver um aumento da disponibilidade de ATP, os canais de potássio encerram ocorrendo um influxo de cálcio que permite a exocitose das microvesículas que contêm esta hormona [3]. Assim, a insulina é difundida para a corrente sanguínea, atuando primeiramente ao nível do tecido hepático, onde exerce um papelcrucial na regulação metabólica. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 18

21 Figura 3. Secreção de insulina mediante estimulação (Retirado de Alila Medical Images). 1.3) Propriedades farmacológicas Perturbações ao nível da secreção de insulina e no seu mecanismo de ação levam ao aparecimento da Diabetes Mellitus, uma patologia crónica caracterizada por episódios de cetoacidose e níveis elevados de glicose plasmática [6]. Deste modo, a insulinoterapia adquire um papel fundamental em muitos casos, procurando minimizar o impacto nefasto das consequências exercidas a nível metabólico que condicionam o funcionamento de todos os processos biológicos, principalmente, a nível microvascular. Consoante as necessidades terapêuticas individuais, a escolha do tratamento envolve de uma forma geral, as insulinas de acção rápida, curta, intermédia ou lenta/longa permitindo uma maior flexibilidade e uma diminuição no número de doses administradas. No entanto, a via de administração parentérica que recorre àutilização diária de injeções subcutâneas de insulina têm várias condicionantes pelo que existe uma grande procura de novas soluções ao nível da indústria farmacêutica. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 19

22 1.4) Mecanismo de ação O receptor da insulina é uma cinase das tirosinas, ou seja, tem a capacidade de transferir grupos fosfato do ATP em resíduos de tirosina a nível intracelular das células alvo. É constituído por duas subunidadesα no domínio extracelular e duas subunidades β que constituem o domínio transmembranar [7]. Assim, conforme descrito na Figura4, para que o processo se desenrole forma-se inicialmente um complexo hormona/receptor ao nível da membrana plasmática,induzindo um conjunto de autofosforilações de vários substratos, sendo o mais conhecido o receptor da insulina-1 (IRS-1), com a ativação consequente de várias proteínas intracelulares que alteram a sua atividade gerando uma resposta biológica. Os receptores GLUT que se encontram em constante turnover são os transportadores específicos responsáveis pela entrada de glicose nas células e a sua formação está dependente dos níveis plasmáticos de insulina [7]. Figura 4. Mecanismo de ação da insulina (Retirado de Haller, 2005). Na maioria dos tecidos, a entrada da glicose é dependente da ligaçãoda insulina ao receptor, no entanto, a nível neuronal e hepático o processo é independente [7]. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 20

23 Para além de facilitar a entrada de glicose a nível celular, a insulina desempenha um papel muito importante na regulação do metabolismo dos hidratos de carbonoe dos lípidos [7]. A nível hepático ocorre uma estimulação para o armazenamento de glicose sob a forma de glicogénio, havendo simultaneamente uma inibição da atividade da glicose-6-fosfatase, a enzima responsável pela difusão da glicose na corrente sanguínea. Quando os níveis de glicogénio no fígado são elevados, ocorre um aumento de síntese de ácidos gordos que são transformados em lipoproteínas que intervêm posteriormente na produção de triglicerídeos ao nível dos adipócitos. A insulina ao inibir a ação das lipases promove, igualmente,uma acumulação de ácidos gordos nestes tecidos. Quando os níveis de glicose plasmática diminuem, a secreção de insulina diminui, pelo que ocorre a reversão dos efeitos acima referidos, intervindo hormonas de contra-regulação como,por exemplo,o glucagon, o cortisol e a epinefrina. Por outro lado, a somatostatina produzida essencialmente ao nível do hipotálamo inibe a secreção de insulina e de glucagon a nível pancreático. 1.5) Efeitos adversos Hipoglicémia Apenas20% da quantidade inicial da insulina administrada pela via subcutânea atinge o fígado, sendo este valor independentemente da concentração de glicose plasmática [8]. Consequentemente, um dos problemas gerados pelas baixas concentrações de insulinano tecido hepático são os picos de hipoglicémia que podem levar ao coma ou até mesmo àmorte. Lipodistrofias Injecções repetidas no mesmo local podem levar ao aparecimento de lipodistrofias,gerando a perda de tecido adiposo e, consequentemente,alteraçõesna taxa de absorção local de insulina. Reacções anafiláticas Embora não frequentes podem ocorrer em indivíduos que retomam a utilização de insulinoterapia. Nestes casos, a insulina funciona como um antigénio. Ao ser Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 21

24 reconhecido pelo sistema imunitário como um corpo estranho há a indução da produção de anticorpos anti-insulina [8]. Ganho de peso Inicialmente, o corpo tende a adaptar-se a correções ao nível dos processos catabólicos [4]. Alergias locais Atualmente com o elevado grau de pureza das insulinas produzidas por recombinação genética não é comum acontecerem reacções de hipersensibilidade.no entanto, a administração de suspensões de insulina aumenta a frequência dos casos [8]. Adesão àterapêutica O desconforto psicológico associado à administração deinjeções diárias para um controlo eficaz dos níveis glicémicos pode condicionar a terapêutica, e deste modo, levar ao aparecimento de complicações a curto prazo. 1.6) Estratégias para a independênciada insulina exógena Um tratamento sem insulinoterapia seria de facto um avanço considerável no tratamento da Diabetes Mellitus, e muitos passos têm sido dados nessa direção sustentados por um maior conhecimento ao nível das vias metabólicas e das estruturas biomoleculares. Deste modo, a possibilidade de reversãodos danos ao nível das células β, administração de outras hormonas reguladoras,a possibilidade de transplantes celulares viáveis, ou através do desenvolvimento de um pâncreas artificial totalmente funcional e biocompatível são hipóteses cada vez mais plausíveis, e que visam encontrar uma cura efetiva. No entanto, contornar os processos imunológicos biológicos, a variabilidade intra- e interindividual e evitar a toxicidade dos vários sistemas terapêuticos, constituem os principais obstáculosao desenvolvimento destas abordagens. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 22

25 1.6.1) Imunossupressores O primeiro grande ensaio clínico de imunossupressão para o tratamento da Diabetes Mellitus tipo I foi realizado nos anos 80 envolvendo a utilização de ciclosporina A[9]. Apesar dos tratamentos a longo prazo terem restaurado a normoglicémia através da preservação de células β, o que levou a uma redução na necessidade de insulinoterapia, a intensa toxicidade renal associada desencadeou um abandono precoce do ensaio [10, 11]. Mais tarde, decorria o ano de 1985 quando Eisenbarth e a sua equipa reportaram os efeitos verificados com a administração de ATG (globulina anti-timocítica). De facto, as necessidades de insulina exógena diminuíram devido ao atraso na destruição das células β, mas os elevados níveis de trombocitopenia condicionaram o estudo [12]. Recentemente com o desenvolvimento de anticorpos monoclonais surgiu uma nova abordagem promissora sendo que a sua elevada especificidade para o alvo e o baixo risco inerente são pontoscentrais na sua intervenção terapêutica. A utilização do anticorpo OKT3 com acção anti-cd3, um tipo de receptor expresso na superfície das células T, permitiu a remissão completa da Diabetes Mellitus tipo I.No entanto, em alguns casos ocorreu uma super estimulação das células T pelo que a sua utilização revelou ser inadequada[13]. Paralelamente, Pescovitiz e a sua equipa demonstraram um aumento da capacidade funcional das células β através da utilização do rituximab, um anticorpo anti-cd20 com ação ao nível das células β.no entanto, não se evidenciaram alterações na necessidade de insulinoterapia e nos níveis de péptido C [14] quando concluída a fase II dos ensaios clínicos. Recentemente, foram testados os efeitos do abatacept (CTLA4-Ig) na progressão da Diabetes Mellitus tipo I. O seu mecanismo de ação envolve a inibição de uma via metabólica de ativação das células T podendo assim proteger as células remanescentes de um ataque auto-imune[15, 16]. Muitas questões se levantam relativamente aos períodos de maior eficácia aquando a administração de agentes imunossupressores, uma vez que a resposta imunológica é condicionada por diferenças horárias e pelos diferentes ciclos biológicos. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 23

26 1.6.2) Antigénios específicos Os auto-antigénios intervenientes na resposta imunológica podem ser utilizados para eliminar padrões de auto-reatividade das células T, ativar e expandir tregs nos tecidos alvo, atuando como reguladores da atividade imunológica. Através de modelos genéticos confirmou-se que a insulina e a pró-insulina atuavam como iniciadores do processo de auto-imunidade responsável pela destruição das células β [17-20]. Num estudo efetuado em ratos diabéticos não obesos (NOD), ao ser induzida uma mutação num aminoácido que codifica para o péptido B:9-23 da insulina, removeu-se um epítopo reconhecido pelo CD4 das células T, prevenindo-se assim qualquer tipo de Diabetes [21, 22]. Num estudo paralelo foi administrada insulina humana de cadeia B concomitantemente com uma injeção de DNA plasmídeo contendo pró-insulina. Os resultados demonstraram uma extensa indução, especificamente auto antigénica, da atividade regulatória das células T [23]. Vários estudos têm demonstrado a importância do ácido glutâmico descarboxilase (GAD65) na prevenção da destruição das células β evidenciando uma redução no declínio do péptido C [24, 25]. Atualmente, decorre um ensaio clínico relativo à capacidade sinérgica de associação entre o Diamyd (GAD65), vitamina D e o ibuprofeno na preservação da capacidade secretória das células β e o impacto do seu perfil de segurança nos processos biológicos [26] ) Anti-inflamatórios Maioritariamente as doenças crónicas tais como as metabólicas têm um padrão de inflamação associado que contribui para o agravamento das consequências fisiopatológicas. Assim, várias estratégias recorrendo a agentes anti-inflamatóriostêm sido desenvolvidas e testadas. Recentemente, a administração de etanercept originou uma redução na perda do péptido C através de um bloqueio do factor de necrose tumoral alfa (TNFα)[27,28]. Os dados sugerem o fator idade como crucial. De fato, a Diabetes do tipo I foi revertidaem ratos NOD mais jovens. No entanto, em indivíduos mais velhos o processo foi acelerado [29]. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 24

27 A utilização de antagonistas dos receptores IL-1βtem sido descrita como benéfica em indivíduos que apresentem ambas as formas patológicas da doença. Em ensaios clínicos envolvendo indivíduos diabéticos do tipo II, a administração de anakinra possibilitou um melhor controlo do perfil glicémico, diminuiu o padrão inflamatório, aumentou a sensibilidade celular à ação da insulina e induziu um aumento na produção de pró-insulina [30]. Outras terapias utilizadas no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 1 incluem o Gleevec, um inibidor da tirosina cinase, atualmente no mercado como antineoplásico usado no tratamento de leucemias [31] e a proteína α-1 anti-tripsina, inibidora da atividade da serina protease. O efeito protetor desta proteína nos ilhéus pancreáticostem sido demonstrado em ensaios in vitro e in vivo[32]. De uma forma geral, impedem os efeitos apoptóticos celulares ao reduzirem a atividade das caspases 3, retardando assim a progressão da doença ) Terapia celular Em 2007, Voltarelli e a sua equipa foram os primeiros a reportar resultados que indicavam um quadro de insulino independência por um período médio de 16 meses, envolvendo um transplante de células estaminais do tecido hematopoético com a administração simultânea de ciclofosfamida, fator de estimulação de colónias granulocitárias (G-CSF) e ATG [33, 34]. Sendo este tipo de abordagem relativamente agressiva do ponto de vista toxicológico, muitas questões se levantaram relativamente ao custo/benefício. A utilização de células dendríticas é atualmente uma realidade clínica devido à capacidade de obtenção de uma resposta tolerogénica [35-38].Estas células para além e induzirem anergia por contacto celular direto ou através das citocinas promovem uma estimulação na produção de tregs e uma diminuição das células T auto-reativas prevenindo a diabetes em ratos NOD. O principal ponto de foco após um ensaio clínico de fase I coma administração de injeções de poli-l-lisina-bromidrato e oligonucleótidos anti-sense(as-odn) tratadas com células dendríticas foi a total ausência de efeitos adversos [39, 40]. Universidade Lusofona de Humanidades e Tecnologias-Escola de Ciencias e Tecnologias da Saúde 25

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