AQUECIMENTO GLOBAL: Realidade e Fantasia
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- Natália Angélica Lisboa Bernardes
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2 AQUECIMENTO GLOBAL: Realidade e Fantasia Geologia é primariamente história a história da Terra (Pettijohn.,F.J. Sedimentary Rocks. Second edition. Harper & Brothers. New York ) Geologia Histórica é uma ciência integrada que combina informações de quase todos os outros ramos da ciência da Terra, de forma tal, que a história geológica brota como um produto natural (Krumbein., W.C. and Sloss.; L.L. Stratigraphy and Sedimentation. W.H. Freeman and Company. California ) Anderson C.R. Soares Salvador-Bahia
3 Introdução Todos os eventos que ocorrem na superfície e na subsuperfície da Terra são fenômenos geológicos. Para estudá-los é necessário incluí-los neste conceito. Os fundamentos científicos que alinharemos a seguir estão detalhados no livro Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa, tendo o tema do Aquecimento Global em um dos seus capítulos. Geologia As condições atuais do planeta Terra representam um momento passageiro dentro de um processo em permanente evolução. Por esta razão, é necessário conhecer o processo evolutivo, isto é, a História Geológica do princípio ao fim. Esta evolução diz respeito às modificações específicas sofridas pela atmosfera do planeta, até os dias de hoje. As condições atuais da atmosfera fazem parte de um conjunto que abrange: - os movimentos do planeta no espaço, - a posição atual dos continentes sobre o globo e - o funcionamento interno do globo. Desde o primeiro registro geológico o planeta gira em sua órbita ao redor do Sol, com seu eixo de rotação inclinado sobre a eclíptica em ângulo de 23º 27. Seu clima está definido: é quente na região tropical ao redor do plano da eclíptica, e esfria à medida que se afasta na direção das altas latitudes, onde a insolação é menor, e onde se formaram as calotas polares. Os pólos são escuros e gelados ou iluminados e menos gelados, a cada seis meses, dependendo apenas da posição da Terra no seu movimento ao longo da eclíptica. De fato, a história da Terra é a história do seu grau de energia a partir de um ponto máximo, até outro ponto quando então se organiza o volume da esfera em: núcleo, manto, litosfera, hidrosfera e atmosfera, a última camada da estrutura terrestre. História Geológica No processo de resfriamento do planeta é iniciada a formação dos elementos constantes na Tabela Periódica de Mendeleyev. Após os elementos, formaram-se os compostos segundo suas afinidades físicoquímicas, originando dois tipos de magmas distintos tanto pela densidade como pela cor. Um deles é escuro, muito denso e dará origem às rochas oceânicas (basaltos); o outro magma é claro, menos denso, flutuando sobre o primeiro e dará origem às rochas continentais (granitos). Finalizado o processo de resfriamento o panorama geológico fica definido: dois tipos de rochas na superfície do globo, a água ocupando as partes baixas da topografia, e os gases da atmosfera completam o corpo do planeta. O volume magmático/litosférico será modificado pelos movimentos decorrentes da energia interna do planeta. Estes movimentos serão estudados sob o nome de Tectônica, em capítulo próprio do livro mencionado acima. A outra modificação se fará sobre a atmosfera. Esta será afetada pela energia do Sol chamada insolação. Daqui por diante daremos ênfase especial ao processo evolutivo acontecido na atmosfera da Terra e suas conseqüências. No início, fazendo parte da composição química da atmosfera estão principalmente: o CO 2 e o nitrogênio, um gás inerte. Como decorrência da propriedade de catenação do carbono, que consiste na capacidade de ligarse entre si e com outros gases, sob a energia do Sol, as cadeias orgânicas crescem ininterruptamente. A energia que liga as moléculas permanece nelas, e quanto mais moléculas são ligadas mais energia elas transportam. Mais energia implica maior massa, quando entra em cena a gravidade da massa do planeta. Esta informação é crucial para o entendimento da composição química da atmosfera atual.
4 A Gravidade da Terra e a Vida Vegetal As moléculas dos hidrocarbonetos formadas pela energia do Sol e já com determinada quantidade de massa passam a ser atraídas pela gravidade da massa da Terra e a se fixarem na superfície, em todas as partes do globo, continentais e/ou marinhas, procurando adaptarem-se ao novo ambiente. Começa o processo da rarefação do CO 2 na atmosfera, como conseqüência do início da vida vegetal. O aparecimento dos vegetais dá início ao processo fotossintético e o consumo do CO 2. A rarefação deste gás permite maior insolação, fenômeno que acarreta o lento aquecimento da superfície do planeta. Quantitativamente, os vegetais consomem seis moléculas de CO 2 para o seu crescimento e produzem seis de O 2 para atmosfera, pela oxidação da água retirada do solo. Cresce o percentual de O 2 na atmosfera e decresce o de CO 2. A fórmula do fenômeno da fotossíntese deixa claro o processo dinâmico de funcionamento da atmosfera do planeta: os vegetais fixam o CO 2 formando o combustível da natureza, e exalam o oxigênio, o comburente do planeta. Combustível Comburente ENERGIA SOLAR 6CO H2O CLOROFILA C6 ENER H12 GIA O6 + 6O2 + 6H2O TRIDIMENSIONAL Nota: a colocação do verbete energia na fórmula química resultante é uma idéia de mostrar a energia fixada no vegetal. Vida Animal e Origem do Petróleo Ao atingir determinada porcentagem de oxigênio na atmosfera tornou-se possível o início da vida animal a qual procurou adaptar-se a todos os ambientes: marinhos ou continentais. Os animais são seres pulmonados, agora com capacidade de locomoção, crescimento e reprodução, e que se diferenciam dos vegetais porque têm de trabalhar para obter alimento. Com o passar do tempo, à medida que cresce a quantidade de oxigênio, diminui proporcionalmente a do gás carbônico, devido ao processo fotossintético. Está garantida a vida de vegetais e animais - energias de superfície. Após a morte, já como lixo orgânico em uma bacia de sedimentação,as energias de superfície foram transformadas, ao longo do tempo geológico, no passado, e continuam a se transformar, no presente, em petróleo - energia de subsuperfície. A origem do petróleo não está apenas no plâncton. Esta é a razão para se deduzir sobre a inesgotabilidade do petróleo. Surge uma conclusão extraordinariamente importante sobre o Ciclo da Energia : Petróleo é a energia do Sol armazenada em subsuperfície, como resultado da energia (vida) formada na superfície. A quantidade máxima de CO 2 da atmosfera inicial está toda transformada no petróleo que usamos hoje. Há um grande equívoco na idéia sobre o CO 2 : a porcentagem de gás carbônico na atmosfera é mínima e decrescente, e não crescente (Fig. 1). A qualidade de vida dos vegetais não muda enquanto houver CO 2 na atmosfera. A vida dos animais vai se modificando e exigindo novas adaptações à medida que o CO 2 se rarefaz e cresce a quantidade de oxigênio. Este é o funcionamento dos processos: - De criação, evolução e extinção das espécies. - Da gênese do combustível e do comburente da natureza. Ao queimar qualquer combustível, inclusive petróleo, retirando dele a energia de que é portador, ele se desfaz nos seus componentes químicos originais, água e CO 2, e assim resgatamos o gás carbônico inicial que serviu e serve para alimentar os vegetais.
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6 Efeito Estufa De fato, o funcionamento da atmosfera do globo terrestre não permite qualquer hipótese sobre o aquecimento do planeta causado pela emissão de gás carbônico proveniente da queima do petróleo. Os efeitos do gás carbônico são temidos apenas pelo desconhecimento do que se chama de Ciclo da Energia. Além de ser uma quantidade muito pequena (0,032%), o gás carbônico se mistura, homogeneamente, nos outros gases, e é imediatamente absorvido pelos vegetais, em todos os ambientes, continentais e marinhos, sem qualquer possibilidade de se acumular em qualquer lugar. Vale lembrar que a população consumidora de CO 2 os vegetais é muito maior do que a população que repõe o mesmo gás os homens e suas máquinas. Além disso, a energia usada no processo de retirada do CO 2 da atmosfera é infinita: a luz solar. O processo descrito acima determina também que o fim da vida no planeta é fatal (Fig. 2), mas é possível uma postergação da mesma pela reposição do gás carbônico para a atmosfera, queimando principalmente petróleo. E só a espécie humana pode fazer isso! Esta é a forma de recuperar o gás necessário para o alimento dos vegetais, além de providenciar novos campos de trabalho para os habitantes do planeta. O processo da reposição do gás carbônico é muito recente, desde que o seu uso mais intenso só começou depois da II Grande Guerra ( ), e o consumo abundante de petróleo só se faz em países de primeiro mundo ou industrializados. A maior parte dos países usa pouco petróleo. Os fatores determinantes da variação da temperatura do globo são: - A energia do Sol ou insolação. - A velocidade dos movimentos de rotação e translação da Terra. - A inclinação do eixo de rotação do planeta sobre a eclíptica. Esses três parâmetros são absolutamente fixos na dinâmica natural do planeta, como observado no campo, o laboratório do geólogo. A temperatura média do globo terrestre varia dentro de uma faixa que vai, aproximadamente, de 50º C positivos a 50º graus negativos (Fig. 3) e só depende dos fatores citados. FIGURA TEMPERATURA MÉDIA ANUAL
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8 Vejamos as principais notícias da mídia sobre aquecimento global: 1. Derretimento das Calotas Polares As calotas polares enregelam e degelam, ciclicamente, isto é, a cada seis meses, dependendo apenas do ano tropical. É um fenômeno que depende da inclinação do eixo da Terra sobre a eclíptica e do movimento de translação do globo. Na foto do solstício ao sul (Fig. 4) pode-se apreciar o globo terrestre e em detalhe os pólos: pólo sul todo iluminado e degelando e o pólo norte na escuridão e totalmente enregelado, no dia 21 de dezembro, em tempo real. Na foto do solstício ao norte (Fig. 5), no dia 21 de junho, o fenômeno se inverte. A cada solstício há o degelo de um pólo e o automático enregelamento do outro, ao mesmo tempo, em cada hemisfério do globo. Sem levar estes fatos em consideração, isto é, sem reconhecer como funciona a mecânica da Terra credita-se um degelo incessante a um inexistente efeito estufa, gerando reportagens assustadoras. 2. Elevação do nível do mar. O nível do mar é único. A sua variação é local, chama-se maré (maré alta e baixa), e depende apenas da posição da Lua no seu giro ao redor da Terra, levemente reforçada pela gravidade do Sol. A quantidade da água do planeta é fixa e o seu nível nunca variou, e jamais vai variar. Os continentes é que sofrem movimentos verticais de subida e descida, dando uma impressão errada a alguns observadores. Quando o movimento do continente é de subida, movimento geologicamente violento, formam-se montanhas, exemplo da cadeia andina. Quando o movimento do continente é de descida, movimento geologicamente lento, começam a submergir as margens continentais (praias, estuários, construções, etc.). A paisagem das fotos da plataforma continental brasileira mostra parte do continente sul-americano, já submerso, nas águas do Oceano Atlântico, tanto ao norte (Fig. 6) como no sul (Fig. 7), fenômeno observado em toda a costa atlântica, e bem evidente nas cidades litorâneas. O fato nada tem a ver com elevação do nível do mar. 3. Índices das medições locais de CO 2 As medidas dos índices de gás carbônico na hora dos engarrafamentos geram notícias alarmantes, porém são índices insignificantes diante do volume total dos gases da atmosfera. Nenhum CO 2 se acumula localizadamente! Essa possibilidade não existe em virtude dos fatores que misturam os gases de forma homogênea na atmosfera: o movimento de rotação do planeta (460m/seg), o funcionamento da troposfera (camada turbulenta) e os ventos.
9 FIGURA 4 SOLSTÍCIO SUL 21 de dezembro Pólo Sul totalmente iluminado e degelando Pólo Norte totalmente no escuro e enregelando
10 FIGURA 5 SOLSTÍCIO NORTE 21 de junho Pólo Sul totalmente no escuro e enregelando Pólo Norte totalmente ilumindado e degelando
11 FIGURA 6 Panorama da plataforma continental da região norte do Brasil, já submersa nas águas do Oceano Atlântico.
12 FIGURA 7 Image 2007 TerraMetrics Europa Technologies 2007 MapLink/TeleAtlas Image NASA Panorama da plataforma continental da região sul do Brasil, já submersa nas águas do Oceano Atlântico.
13 O Desafio é Mudar Paradigmas O entendimento do globo terrestre exige uma mudança radical dos paradigmas existentes sobre a origem do planeta e seus fenômenos. O aquecimento global está relacionado com a rarefação do CO 2 na atmosfera, ao longo do tempo geológico, permitindo o lento aquecimento da superfície pela maior insolação. O percentual de gás carbônico é mínimo (0,032%) e decrescente, misturado em desproporcional quantidade de nitrogênio (78%) e oxigênio (21%) na atmosfera (Fig. 1). A quantidade de CO 2 é perigosamente baixa, e se baixar mais desaparecerão as espécies vegetais, por falta de alimento, e em seguida a humanidade e os outros animais, pela mesma razão. Dessa forma, o panorama do final da vida na Terra deverá ser precedido por inflação aguda no preço dos alimentos para a crescente população do planeta. Outro fator que irá contribuir para a escassez de alimentos é o uso impróprio do solo, pelo incentivo ao uso do etanol e biocombustíveis. É com uma política energética nova, de preços baixos para o petróleo, que poderemos incrementar o seu uso, de forma abundante, em máquinas que gerem trabalho e desenvolvimento para o país. Disso se conclui que os países desenvolvidos, aqueles que queimam muito petróleo em suas indústrias (EUA, Japão, China, Inglaterra, Cingapura, Alemanha, Holanda, etc.), é que devem servir de exemplo a ser seguido, ao contrário do que se pensa. Neste ponto podemos afirmar que não existe fundamento geológico/científico que justifique o mito conhecido como efeito estufa. É mais uma entre outras lendas que são partes do passado conhecidas como El Niño, La Niña e Buraco de Ozônio. A política dos chamados ambientalistas, de modo geral pessoas bem intencionadas, mas desconhecedoras da Geologia é, na verdade, uma política de suicídio coletivo. Geologicamente falando, as emissões de CO 2 não constituem problema, mas uma solução para uma vida melhor aqui na Terra.
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