Perguntas & Respostas SCE

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1 sobre o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios D.L. 78/2006 de 4 de Abril Um dia todos os edifícios serão verdes Versão CD Novembro 2008 O presente documento inclui um conjunto de perguntas e respostas sobre o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios, estabelecido pelo D.L. 78/2006 de 4 de Abril. Para além de um resumo ou transcrição dos aspectos previstos legalmente, a informação aqui apresentada visa esclarecer sobre a forma como a legislação está a ser implementada na prática, estando, por isso, sujeita a eventuais alterações em função da experiência adquirida e das necessárias adaptações do sistema. Este documento não dispensa a consulta do diploma publicado em Diário da República Decreto-Lei n.º 78/2006 de 4 de Abril.

2 Índice A - ÂMBITO DE APLICAÇÃO... 6 A.1 Em que contexto surge e para que serve o?... 6 A.2 Do que tratam e de que forma se relacionam entre si os três diplomas que constituem o novo pacote legislativo sobre o desempenho energético dos edifícios?... 6 A.3 A nova legislação já está toda em vigor?... 7 A.4 Que edifícios estão abrangidos pelo?... 8 A.5 O que são considerados edifícios novos e edifícios existentes para efeitos de aplicação do?... 9 A.6 Que implicações práticas tem o facto de um edifício ou fracção autónoma já estar abrangido pelo? A.7 Como se evidencia que o edifício cumpriu com as exigência legais previstas no? A.8 Tem de se emitir um novo certificado cada vez que transacciona ou arrenda um imóvel? B - INTERVENIENTES DO B.1 Que entidades têm participação no e que papel desempenham? B.2 Que obrigações estão previstas para os promotores ou proprietários no? B.3 Que penalizações existem para o caso do proprietário não dispor de um certificado energético de um edifício? B.4 O que se entende por proprietário para efeitos de aplicação do? B.5 Que papel desempenham as entidades licenciadoras no? B.6 Que acção devem ter os notários na implementação do? B.7 É a ADENE que emite o certificado energético? B.8 Em que situações podem ou devem os promotores ou proprietários dos edifícios interagir directamente com o? C - CERTIFICADO ENERGÉTICO E DA QAI C.1 O que é e que informação contém um certificado energético? C.2 Quais as diferenças entre uma Declaração de Conformidade Regulamentar (DCR) e um Certificados Energético e da QAI (CE)? C.3 Que tipos de certificado existem e a que tipo de edifícios ou fracções se aplicam? C.4 No caso de edifícios com várias fracções, o certificado ou declaração de conformidade regulamentar emite-se para a totalidade do edifício ou para cada uma das fracções? C.5 E no caso de edifícios únicos (sem fracções autónomas) constituídos por mais do que um corpo, a certificação faz-se por corpo ou para o edifício como um todo? C.6 Qual a validade temporal de uma DCR e de um CE? C.7 Tenho de afixar o certificado energético junto a porta da minha casa? C.8 Como posso saber se uma DCR ou CE tem validade legal? C.9 Como posso pesquisar por imóveis certificados? /39

3 C.10 No caso de um edifício novo, pode ser só registado o certificado, esquecendo a etapa de verificação e registo no da conformidade regulamentar do projecto? D - PERITOS QUALIFICADOS D.1 O que é e o que faz um perito qualificado no âmbito do? D.2 Que tipo de PQs existentes e como estão identificados? D.3 Que certificados podem ser emitido por cada tipo de PQ? D.4 Como posso encontrar um Perito Qualificado? D.5 Que intervenções podem ser realizadas pelos peritos qualificados, no âmbito do, ao longo do tempo de vida de um edifício? D.6 Se um edifício não cumpre com os requisitos regulamentares, pode ser certificado pelo PQ? D.7 Um projectista pode actuar como perito qualificado nos seus próprios projectos? D.8 De que forma é fiscalizada a actuação dos peritos qualificados? D.9 O que preciso para se ser perito qualificado no âmbito do? D.10 Em que consiste e como posso obter a formação específica que constitui um dos requisitos para se ser perito qualificado? D.11 Ao contratar uma empresa para me certificar o edifício, a responsabilidade pelo trabalho será da empresa ou do PQ cujo nome surge no certificado emitido? D.12 Quais as principais diferenças na intervenção de um PQ num edifício novo e num edifício existente? E - DESEMPENHO ENERGÉTICO E QAI E.1 Quantas classes energéticas existem? E.2 Como se determinam as classes energéticas? E.3 O que significa um edifício ser, por exemplo, um classe D ou um classe A+? E.4 O que influência a classificação energética de um edifício? E.5 De que forma a certificação me ajudará a melhorar o desempenho energético do meu edifício? E.6 Ao comprar um edifício ou fracção autónoma, poderei ter acesso prévio ao certificado energético para verificar a classe energética do mesmo? E.7 Se pretender comprar uma casa ainda em projecto, posso saber antecipadamente a classe energética que a mesma terá depois de construída? E.8 Os edifícios de habitação estão sujeitos a requisitos de QAI, com cumprimento a evidenciar no CE? E.9 Qual a periodicidade das auditoria à QAI e à energia previstas para grandes edifícios de serviços? F - OUTROS F.1 Quanto custa a certificação energética de um edifício ou fracção autónoma? Existem preços tabelados? F.2 Quais os principais factores que influenciam o custo da certificação? F.3 Nas habitações mais antigas, onde não há informação sobre o projecto, é possível fazer a certificação? /39

4 F.4 Quanto tempo demora a certificar uma fracção? F.5 Qual a vantagem de ter um certificado? F.6 Que incentivos existem à emissão do certificado? F.7 As medidas de melhoria apresentadas pelo PQ no certificado são de implementação obrigatória? F.8 A instalação de colectores solares é obrigatória em todos os edifícios de habitação certificados? F.9 Os edifícios sujeitos a grandes reabilitações devem ser objecto de certificação? F.10 É necessário emitir uma declaração de conformidade regulamentar para licenciamento de ampliações de edificios existentes? /39

5 A - Âmbito de aplicação A.1 Em que contexto surge e para que serve o? O Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios () resulta da transposição para direito nacional da Directiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho da União Europeia, de 16 de Dezembro de 2002, relativa ao desempenho energético dos edifícios. Essa Directiva estabelece que os Estados-Membros da União Europeia devem implementar um sistema de certificação energética de forma a informar o cidadão sobre a qualidade térmica dos edifícios, aquando da construção, da venda ou do arrendamento dos mesmos, exigindo também que o sistema de certificação abranja igualmente todos os grandes edifícios públicos e edifícios frequentemente visitados pelo público. De acordo com a Directiva, a certificação energética deve permite aos futuros utentes obter informação sobre os consumos de energia potenciais, no caso dos novos edifícios ou no caso de edifícios existentes sujeitos a grandes intervenções de reabilitação, dos seus consumos reais ou aferidos para padrões de utilização típicos, passando o critério dos custos energéticos, durante o funcionamento normal do edifício, a integrar o conjunto dos demais aspectos importantes para a caracterização do edifício. Para além da Directiva, o vem dar expressão a uma das medidas contempladas na Resolução do Conselho de Ministros nº 169/2005 de 24 de Outubro, que aprova a estratégia nacional para a energia, no que respeita à linha de orientação política sobre eficiência energética. Enquadra-se também numa das medidas previstas no Programa Nacional para Alterações Climáticas, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministro n.º 119/2004 de 31 de Julho, relativa à eficiência energética no edifícios. A.2 Do que tratam e de que forma se relacionam entre si os três diplomas que constituem o novo pacote legislativo sobre o desempenho energético dos edifícios? O Sistema Nacional de Certificação Energética da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios () é um dos três pilares sobre os quais assenta a nova legislação relativa à qualidade térmica dos edifícios em Portugal e que se pretende venha a proporcionar economias significativas de energia para o país em geral e para os utilizadores dos edifícios, em particular. Juntamente com 5/39

6 os diplomas que vieram rever o Regulamento das Características de Comportamento Térmico dos Edifícios (RCCTE), Decreto-Lei n.º 80/2006 de 4 Abril, aplicável neste âmbito aos edifícios de habitação e o Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização dos Edifícios (RSECE), Decreto-Lei n.º 79/2006 de 4 Abril, aplicável neste âmbito aos edifícios de serviços, o define regras e métodos para verificação da aplicação efectiva destes regulamentos às novas edificações, bem como, numa fase posterior, aos imóveis já construídos. O RCCTE veio estabelecer requisitos de qualidade para os novos edifícios de habitação e de pequenos serviços sem sistemas de climatização, nomeadamente ao nível das características da envolvente (paredes, envidraçados, pavimentos e coberturas), limitando as perdas térmicas e controlando os ganhos solares excessivos. Este regulamento impõe limites aos consumos energéticos da habitação para climatização e produção de águas quentes, num claro incentivo à utilização de sistemas eficientes e de fontes energéticas com menor impacte em termos de consumo de energia primária. A nova legislação determina também a obrigatoriedade da instalação de colectores solares e valoriza a utilização de outras fontes de energia renovável na determinação do desempenho energético do edifício. O RSECE veio igualmente definir um conjunto de requisitos aplicáveis a edifícios de serviços e de habitação dotados sistemas de climatização, os quais, para além dos aspectos da qualidade da envolvente e da limitação dos consumos energéticos, abrangem também a eficiência e manutenção dos sistemas de climatização dos edifícios, obrigando igualmente à realização de auditorias periódicas aos edifícios de serviços. Neste regulamento, a qualidade do ar interior surge também com requisitos que abrangem as taxas de renovação do ar interior nos espaços e a concentração máxima dos principais poluentes. A aplicação destes regulamentos é verificada em várias etapas ao longo do tempo de vida de um edifício, sendo essa verificação realizada, no âmbito do, por peritos devidamente qualificados para o efeito. A.3 A nova legislação já está toda em vigor? Os regulamentos técnicos (RCCTE e RSECE) já estão em vigor desde 4 de Julho de 2006 ou seja, 90 dias após a publicação dos respectivos diplomas legais. Isso implica que todos os projectos submetidos, neste âmbito, às entidades licenciadoras (e mesmo os projectos não sujeitos a licenciamento ou autorização), deverão cumprir com as novas exigências regulamentares e incluir as fichas previstas para esse efeito nos D.L.s 79 e 80 de 4 de Abril. 6/39

7 Quanto ao, a sua aplicação decorre da calendarização definida na Portaria n.º 461/2007 de 5 de Junho. Esta definiu que ficam abrangidos pelo sistema: os novos edifícios destinados à habitação com área útil superior a 1000 m 2 e os edifícios de serviços, novos ou que sejam objecto de grandes obras de remodelação, cuja área útil seja superior aos limites mínimos estabelecidos nos n.ºs 1 ou 2 do artigo 27º do RSECE, de 1000 m 2 ou de 500 m 2, consoante a respectiva tipologia, cujos pedidos de licenciamento ou autorização de edificação tenham sido apresentados à entidade competente a partir de 1 de Julho de 2007; todos os edifícios novos, independentemente da sua área ou fim, cujos pedidos de licenciamento ou autorização de edificação tenham apresentados à entidade competente a partir de 1 de Julho de 2008; todos os edifícios, a partir de 1 de Janeiro de A.4 Que edifícios estão abrangidos pelo? Estão abrangidos pelo os seguintes edifícios: novos edifícios, bem como os existentes sujeitos a grandes intervenções de reabilitação (> 25% custo edifício sem terreno), nos termos do RSECE e do RCCTE, independentemente de estarem ou não sujeitos a licenciamento ou a autorização, e da entidade competente para o licenciamento ou autorização, se for o caso; 7/39

8 edifícios de serviços existentes, sujeitos periodicamente a auditorias, conforme especificado no RSECE [área > 1.000m 2, regularmente em cada 6 anos (energia) ou 2, 3 ou 6 anos (qualidade do ar) ]; edifícios existentes, para habitação e para serviços, aquando da celebração de contratos de venda e de locação, incluindo o arrendamento, casos em que o proprietário deve apresentar ao potencial comprador, locatário ou arrendatário o certificado emitido no âmbito do. Excluem-se do âmbito de aplicação do as infra-estruturas militares e os imóveis afectos ao sistema de informações ou a forças de segurança que se encontrem sujeitos a regras de controlo e confidencialidade. A.5 O que são considerados edifícios novos e edifícios existentes para efeitos de aplicação do? Especificamente para efeitos de aplicação do (e que é diferente da aplicação do RCCTE e RSECE), considera-se edifício novo aquele cuja data de entrada do pedido de licenciamento ou de autorização de edificação (vulgarmente o projecto de arquitectura), na entidade licenciadora, é posterior à data de entrada em vigor do. Por oposição, um edifício existente é aquele cuja entrada do pedido tenha sido anterior à entrada em vigor do. Por exemplo, uma moradia cuja entrada inicial do pedido de licença de construção, ditada pela entrega do projecto de arquitectura na Câmara, ocorreu em Abril de 2008, embora tenha de cumprir com o RCCTE, é considerado um edifício existente e não está sujeita ao, ou seja, não necessita da intervenção de um perito qualificado nas duas fases de licenciamento (edificação e utilização). Caso a entrada da arquitectura tivesse ocorrido após 1 de Julho de 2008, então seria considerado como edifício novo e tanto o projecto como a obra (pelo menos no final da mesma) teriam de ser verificados por um perito qualificado. Independentemente de serem considerados novos ou existentes perante o sistema, a partir de 2009 qualquer edifício terá de dispor de um certificado válido aquando da venda, locação ou arrendamento. 8/39

9 A.6 Que implicações práticas tem o facto de um edifício ou fracção autónoma já estar abrangido pelo? Se for um edifício novo, irá necessitar de uma declaração de conformidade regulamentar do processo RCCTE ou RSECE, para acompanhar a entrega da especialidade respectiva no processo de licenciamento ou autorização de edificação, e de um certificado energético e da QAI para integrar o pedido de licença ou autorização de utilização. No caso de grandes edifícios de serviços existentes (com área superior a 1000 m 2 ), há necessidade de se proceder às auditorias periódicas aos consumos energéticos e à QAI previstas no RSECE. A partir de 2009, tanto os edifícios novos como os edifícios existentes, terão de dispor de um certificado válido, o qual será necessário para apresentação ao potencial comprador, locatário ou arrendatário aquando da celebração do respectivo contrato de compra/venda, locação ou arrendamento. A.7 Como se evidencia que o edifício cumpriu com as exigência legais previstas no? Simplesmente através da exibição do respectivo certificado energético e da qualidade do ar interior, o qual deverá ter uma data de validade adequada e não dispor de qualquer marca de água que o denuncie como sem validade legal. A.8 Tem de se emitir um novo certificado cada vez que transacciona ou arrenda um imóvel? Não, enquanto existir um certificado válido para o edifício ou fracção, este poderá ser utilizado quantas vezes as necessárias para os efeitos legais previstos, incluindo a apresentação pelo proprietário no acto de celebração de escritura de compra e venda ou arrendamento do imóvel. Finda a validade temporal do certificado, o proprietário deverá diligenciar no sentido da respectiva renovação, mediante a emissão de novo documento, o qual terá outro número identificativo. 9/39

10 B - Intervenientes do B.1 Que entidades têm participação no e que papel desempenham? São várias as entidades que que têm participação directa prevista no, cada uma com competências específicas no D.L. 78/2006 de 4 de Abril, conforme descrito em seguida, de uma forma sucinta: Entidades supervisoras: Direcção Geral de Energia e Geologia (DGEG), para as áreas de Certificação e Eficiência Energética e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para a área da Qualidade do Ar Interior; Entidade gestora: Agência para a Energia (ADENE); Peritos Qualificados (PQ): técnicos devidamente habilitados, individualmente responsáveis pela condução do processo de certificação dos edifícios; Entidades responsáveis pelo reconhecimento profissional de PQ s: Ordem dos Arquitectos (OA), Ordem dos Engenheiros (OE) e a Associação Nacional de Engenheiros Técnicos (ANET); Promotores ou Proprietários de edifícios ou equipamentos: Responsáveis pelo cumprimento de todas as obrigações decorrentes do, RCCTE e RSECE; Entidades competentes para contra-ordenações: DGEG (Direcção Geral de Energia e Geologia) na área da Certificação Energética e a IGAOT (Inspecção-Geral do Ambiente e do Ordenamento do Território) na área da Qualidade do Ar Interior; Entidades fiscalizadoras: ADENE ou entidades por esta mandatadas para auditar o trabalho dos PQs; Comissão tripartida responsável pelo reconhecimento dos técnicos de instalação e manutenção de sistemas de climatização e de QAI e técnicos responsáveis pelo funcionamento de sistemas energéticos, composta por: DGEG, APA, Associação Portuguesa da Industria de Refrigeração e Ar Condicionado (APIRAC), Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio Industrial e Ar Condicionado (EFRIARC) e o Centro de Formação Profissional para a Indústria e Energia (APIEF). 10/39

11 B.2 Que obrigações estão previstas para os promotores ou proprietários no? No D.L. 78/2006 de 4 de Abril estão definidas as obrigações dos promotores ou proprietários: cumprir com as obrigações, quando aplicáveis, decorrentes das exigências do, do RCCTE e do RSECE, incluindo a de obter a declaração de conformidade regulamentar e/ou os certificado energéticos e da QAI; solicitar a um perito qualificado o acompanhamento dos processos de certificação, auditoria ou inspecção periódica, no âmbito dos dois regulamentos (RCCTE e RSECE); apresentar, quando solicitado pelo perito qualificado ou pela ADENE, quaisquer elementos necessários à realização da certificação, auditoria ou inspecção periódica, conforme definido no RCCTE e RSECE; requerer a inspecção dos sistemas de aquecimento com caldeiras e equipamentos de ar condicionado, conforme estabelecido no RSECE; participar, no prazo de cinco dias, qualquer reclamação que lhes seja apresentada a propósito da violação do disposto no RSECE; afixar uma cópia de um certificado energético e da qualidade do ar interior, válido, em local acessível e bem visível, no caso de edifícios abrangidos pelo RSECE. B.3 Que penalizações existem para o caso do proprietário não dispor de um certificado energético de um edifício? Para além do facto de não poder vender ou arrendar o imóvel, está sujeito à coima prevista no nº 1 do Artigo 14º do D.L. 78/2006 de 4 de Abril, que varia entre 250 e 3741 EUR, no caso de pessoas singulares e entre 2500 e EUR no caso de pessoas colectivas. B.4 O que se entende por proprietário para efeitos de aplicação do? O D.L. 78/2006 de 4 de Abril define proprietário como o titular do direito de propriedade do edifício ou de outro direito real sobre o mesmo que lhe permita usar e fruir das suas utilidades próprias ou, ainda, no caso de edifícios ou partes de edifícios destinados ao exercício de actividades comerciais ou de prestação de serviços, excepto nas ocasiões de celebração de novo contrato de venda, locação, arrendamento ou equivalente, as pessoas a quem por contrato ou outro título legítimo houver sido conferido o direito de instalar e ou explorar em área determinada do prédio o seu estabelecimento e que detenham a direcção efectiva do negócio aí 11/39

12 prosseguido sempre que a área em causa esteja dotada de sistemas de climatização independentes dos comuns ao resto do edifício. B.5 Que papel desempenham as entidades licenciadoras no? A entidades competentes para o licenciamento ou autorização devem exigir a apresentação das Declarações de Conformidade Regulamentar (DCR) e os Certificados Energético e da QAI (CE) emitidos no âmbito do, nas seguintes situações: no procedimento de licenciamento ou de autorização de edificação, o qual devem incluir uma DCR para cada fracção autónoma ou edifício, conforme previsto na alínea f) do n.º 2 do Artigo 23º do D.L. 79/2006 de 4 de Abril e na alínea f) do n.º 2 do Artigo 12º do D.L. 80/2006 de 4 de Abril no requerimento de licença ou autorização de utilização, o qual deve incluir um CE para cada fracção autónoma ou edifício, conforme previstos no nº 3 do Artigo 23º do D.L. 79/2006 de 4 de Abril e no nº 3 do Artigo 12º do D.L. 80/2006 de 4 de Abril B.6 Que acção devem ter os notários na implementação do? A alínea c) do n.º 1 do Artigo 3º D.L. 78/2006 de 4 de Abril, em conjunto com a Portaria n.º 461/2007 de 5 de Junho, determinam que, a partir de 1 de Janeiro de 2009, estão abrangidos pelo sistema os edifícios existentes, para habitação e para serviços, aquando da celebração de contratos de venda e de locação, incluindo o arrendamento, casos em que o proprietário deve apresentar ao potnecial comprador, locatário ou arrendatário o certificado emitido no âmbito do. Assim, será mediante a confirmação da existência de um certificado válido para o edifício ou fracção, devidamente integrada nos procedimentos necessários à transacção e registo de imóveis, que os notários têm intervenção directa na implementação do. São estes os agentes que, juntamente com os advogados, solicitadores e câmaras de comércio e pelas competências que lhes foram atribuidas pelo D.L. 116/2008 de 4 de Julho, devem evidenciar, no acto da escritura, a apresentação de um certificado válido pelo proprietário, garantindo assim o cumprimento da lei. 12/39

13 B.7 É a ADENE que emite o certificado energético? Não. A emissão dos certificados energéticos (CE) e das declarações de conformidade regulamentar (DCR) é da responsabilidade dos peritos qualificados que utilizará, para o efeito, um sistema informático disponibilizado pela ADENE para produção e registo desses documentos. As DCR e os CE serão gerados pelo sistema informático na forma de um ficheiro em formato PDF, devidamente protegido e com um nº único que o identifica de forma unívoca no sistema. No entanto, só após o pagamento da taxa de registo prevista no Art.º 11º do D.L. 78/2006 é que o ficheiro é disponibilizado ao perito qualificado em formato para uso legal, que o poderá então entregar ou remeter aos proprietário ou promotor que contratou os seus serviços. B.8 Em que situações podem ou devem os promotores ou proprietários dos edifícios interagir directamente com o? Em princípio, os proprietários ou promotores dos edifícios ou equipamentos não interagem directamente com o, devendo, para esse efeito, de recorrer a um perito qualificado. São estes últimos que acedem às áreas de acesso reservado do sistema (na área do Portal ADENE, e aí realizam os actos previstos no âmbito da certificação energética de edifícios. Apenas no caso de edifícios de serviços existentes sujeitos a um Plano de Racionalização Energética (PRE) e/ou a um Plano de Acções Correctivas da QAI, é que o proprietário tem a responsabilidade de submeter os referidos planos à DGEG ou APA, respectivamente, podendo então interagir directamente com o sistema. De qualquer forma, os promotores ou proprietários podem sempre obter informação sobre o através da respectiva entidade gestora (ADENE) ou das entidades supervisoras (DGEG e APA) 13/39

14 C - Certificado energético e da QAI C.1 O que é e que informação contém um certificado energético? Trata-se de um documento inequivocamente codificado que quantifica o desempenho energético e qualifica a qualidade do ar interior de um edifício ou fracção autónoma. O certificado é emitido por um perito qualificado no âmbito do no decurso do processo de pedido de licença ou autorização de utilização de um edifício ou, no caso de edifícios existentes abrangidos pelo RSECE, na sequência de auditorias periódicas aos consumos energéticos e/ou à qualidade do ar interior. Após 2009, qualquer edifício, novo ou existente, deve possuir um certificado válido, o qual será de apresentação obrigatória aquando da celebração do respectivo contrato de compra, locação ou arrendamento. No decurso do procedimento de licenciamento ou de autorização de construção de um edifício, o perito não emite um certificado energético mas antes uma declaração de conformidade regulamentar que, na prática, corresponde a um pré-certificado, já que tem um formato idêntico e o mesmo tipo de informação que um certificado. O Certificado Energético contém diversas informações tais como, a identificação do imóvel e do PQ, etiqueta de desempenho energético, validade do certificado, descrição sucinta do imóvel, descrição das soluções adoptadas, valores de referência regulamentares (para que os consumidores possam comparar e avaliar o desempenho energético do edifício), resumo/síntese de eventuais medidas de melhoria propostas, entre outros campos que são específicos do edifício considerado. Um certificado pode ter um número variável de páginas, de acordo com a quantidade de informação relativa ao edifício, muito embora a 1ª página tenha um formato fixo. Pode encontrar modelos e exemplos de certificados energéticos e declarações de conformidade regulamentar no Portal em De notar que o certificado é único e conjunto para a energia e qualidade do ar interior, não existindo certificados específicos para qual dessas duas vertentes. 14/39

15 C.2 Quais as diferenças entre uma Declaração de Conformidade Regulamentar (DCR) e um Certificados Energético e da QAI (CE)? São, na sua essência, dois documentos idênticos, diferindo nos seguintes aspectos visíveis: Título do documento: existem a declaração de conformidade regulamentar e o certificado energético de da qualidade do ar interior N.º identificativo: cada documento tem um número único, comporto por um prefixo ( DCR ou CE ) e por 13 algarismos, como por exemplo DCR Nunca existem documentos com o mesmo número. Validade: uma DCR não tem validade temporal, um CE tem uma data de validade definida. Em termos processuais, uma DCR traduz confirmação do cumprimento regulamentar e a avaliação do desempenho energético e da QAI na fase de projecto, ao passo que o CE faz o mesmo mas no final da obra, isto no caso de edifícios novos. Ou seja, a DCR é uma espécie de pré-certificado, sendo natural que, não existindo alterações substanciais ao projecto durante a obra, o CE seja muito semelhante à DCR. No caso de edifícios existentes, apenas existe CE, que avalia e classifica o desempenho energético do imóvel e qualidade do ar no seu interior. C.3 Que tipos de certificado existem e a que tipo de edifícios ou fracções se aplicam? Os modelos de certificado foram definidos no Despacho n.º 10250/2008 de 8 de Abril. Existem três tipos de certificados: Tipo A, Tipo B e Tipo C; e cinco tipos de edifícios ou fracções: habitação sem climatização (HsC), habitação com climatização (HcC), pequeno edifício de serviços sem climatização (PESsC), pequeno edifício de serviços com climatização (PEScC) e grande edifício de serviços (GES). Por sem climatização entenda-se sem sistemas de climatização ou com sistemas cuja potência térmica de climatização não excede os 25 kw. Na tabela seguinte estão relacionados os tipos de certificados a emitir para cada tipo de edifícios anteriormente descritos. 15/39

16 Tipo de DCR/CE Tipo A Tipo B Tipo C Tipo de edifício ou fracção Habitação sem climatização (HsC) Pequeno edifício de serviços sem climatização (PESsC) Pequeno edifício de serviços com climatização (PEScC) Grande edifício de serviços (GES) Habitação com climatização (HcC) Descrição Edifícios de habitação no âmbito do RCCTE que não disponham de sistemas de climatização ou que disponham de sistemas de climatização de potência térmica igual ou inferior a 25 kw Edifícios de serviços no âmbito do RCCTE, de área igual ou inferior a 1000 m 2 (*), que não disponham de sistemas de climatização ou que disponham de sistemas de climatização de potência térmica igual ou inferior a 25 kw Edifícios de serviços no âmbito do RSECE, de área igual ou inferior a 1000 m 2 (*), que disponham de sistemas de climatização de potência térmica superior a 25 kw Edifícios de serviços no âmbito do RSECE, de área superior a 1000 m 2 (*) Edifícios de habitação no âmbito do RSECE, que disponham de sistemas de climatização de potência térmica superior a 25 kw (*) 500 m 2 no caso de centros comerciais, supermercados, hipermercados e piscinas aquecidas cobertas C.4 No caso de edifícios com várias fracções, o certificado ou declaração de conformidade regulamentar emite-se para a totalidade do edifício ou para cada uma das fracções? O objecto de certificação é, por princípio, cada uma das menores unidades do edifício que podem ser objecto de venda, de locação ou de outra forma de cedência contratual de espaço, incluindo o arrendamento, as quais correspondem, geralmente, às fracções autónomas constituídas ou passíveis de ser constituídas. A totalidade do edifício, composto pelo conjunto das respectivas fracções autónomas, pode também, cumulativamente ou não com essas fracções ou unidades do edifício, ser objecto da certificação. C.5 E no caso de edifícios únicos (sem fracções autónomas) constituídos por mais do que um corpo, a certificação faz-se por corpo ou para o edifício como um todo? Se cada corpo tiver um sistema de climatização autónomo, deverá fazer-se por corpo. Se forem vários corpos servidos pelo mesmo sistema centralizado, então pode o perito qualificado, com base na sua melhor interpretação da legislação aplicável e após consulta da ADENE, determinar se cada corpo deverá ter uma DCR ou CE individual ou se a DCR ou CE deverá ser único para o conjunto dos corpos que compõem o edifício. 16/39

17 C.6 Qual a validade temporal de uma DCR e de um CE? Uma DCR não tem validade prevista, ou seja, o documento será válido até conclusão da obra e emissão do respectivo certificado energético e da QAI. A validade de um CE depende do tipo de edifício e dos requisitos regulamentares a que está sujeito. Assim temos: 10 anos, para edifícios ou fracções de habitação e para edifícios ou fracções de serviços que não estejam sujeitos a auditorias periódicas à energia e a QAI no âmbito do RSECE 2, 3 ou 6 anos, para edifícios ou fracções de edifícios sujeitos a auditorias periódicas à energia ou à QAI no âmbito do RSECE. Veja-se os seguintes exemplos: um grande edifício de serviços (com mais de 1000 m2) destinado a actividades de turismo terá um certificado com a validade de 3 anos, findos os quais terá de realizar uma auditoria à QAI e emitir novo CE com essa vertente actualizada. um pequeno edifício de serviços com potência de climatização inferior a 25 kw terá um CE com validade de 10 anos. uma habitação, independentemente da potência de climatização instalada, terá sempre um CE com a validade de 10 anos um grande edifício de serviços com potência de climatização inferior a 25 kw, independentemente da sua actividade, terá um certificado com a validade de 6 anos, findos os quais terá de realizar uma auditoria energética e energética e emitir novo CE C.7 Tenho de afixar o certificado energético junto a porta da minha casa? Não, visto se tratar de um edifício ou fracção autónoma de habitação. Apenas os proprietários dos edifícios de serviços abrangidos pelo RSECE são responsáveis pela afixação de cópia de um certificado energético e da qualidade do ar interior, válido, em local acessível e bem visível junto à entrada. 17/39

18 C.8 Como posso saber se uma DCR ou CE tem validade legal? Primeiro deve verificar se o documento dispõe de alguma marca de água (ver exemplo na figura) e qual a data de validade temporal que consta no cabeçalho identificativo do imóvel. Se existir marca de água ou se a data de validade for anterior à actual, então o documento não pode ser utilizado para os fins legais previstos. Para além desta verificação inicial, deve confirmar se o documento está devidamente registado no, usando a ferramenta de pesquisa de edifícios certificados no Portal ( e introduzindo o número do documento no campo Nº de DCR/CE. Caso o sistema devolva uma indicação de registo, consulte os dados que nela consta e verifique se coincidem com o documento que dispõe. Caso o sistema não devolva qualquer registo com aquele nº de DCR ou CE, então o documento não é válido. C.9 Como posso pesquisar por imóveis certificados? Basta consultar o Portal em na ferramenta de pesquisa de Edifícios certificados (ver figura). Aí poderá pesquisa pelos seguintes campos: Nº de DCR/CE Data emissão Morada Concelho Região N.º ou nome do perito Ao seleccionar um dos resultados da pesquisa, poderá confirmar a identificação do imóvel, bem como a sua classe energética. 18/39

19 C.10 No caso de um edifício novo, pode ser só registado o certificado, esquecendo a etapa de verificação e registo no da conformidade regulamentar do projecto? Não. Sendo um edifício novo, o inicia-se com a verificação, pelo perito qualificado, da correcta aplicação dos regulamentos técnicos (RCCTE e RSECE) ao edifício ou fracção autónoma, seguindo-se a emissão e registo da respectiva declaração que ateste a conformidade regulamentar do edifício, no decurso do procedimento de licenciamento ou de autorização de construção. Na fase de pedido de licença ou autorização de utilização, é emitido um certificado, devendo o perito dar indicação, no acto de emissão, do número da DCR que está associado e esteve na origem desse mesmo certificado. 19/39

20 D - Peritos qualificados D.1 O que é e o que faz um perito qualificado no âmbito do? Os Peritos Qualificados (PQ) são individualmente responsáveis pela condução do processo de certificação dos edifícios, sendo os agentes que, no terreno, asseguram a operacionalidade do. Têm como principais responsabilidades: verificar da correcta aplicação dos regulamentos técnicos (RCCTE e RSECE); avaliar o desempenho energético e da qualidade do ar interior propor, quando aplicável, medidas de melhoria na sequência das avaliações de desempenho que realizou; emitir e registar as declarações e/ou certificados que atestem a conformidade regulamentar do edifício e o desempenho energético e da QAI do mesmo, juntamente com eventuais medidas de melhoria propostas; verificação ou realização das inspecções periódicas a caldeiras e a sistemas e equipamentos de ar condicionado, nos termos do RSECE. O perito qualificado poderá exercer as suas competências tanto no decurso dos procedimentos de licenciamento ou autorização de construção e de utilização, como no âmbito de auditorias periódicas previstas no RSECE, para o edifício ou suas fracções autónomas. D.2 Que tipo de PQs existentes e como estão identificados? Existem três tipos de PQ, conforme definido no Protocolo entre as Ordens e Associação Profissional e as entidades supervisoras do, a saber: Peritos RCCTE Peritos RSECE-Energia Peritos RSECE-QAI Cada PQ possui um cartão identificativo como o modelo aqui apresentado, no qual estão indicadas as vertentes para as quais foi reconhecido pela respectiva Ordem dos Engenheiros, Associação Nacional de Engenheiros Técnicos ou Ordem dos Arquitectos. 20/39

21 D.3 Que certificados podem ser emitido por cada tipo de PQ? O Despacho nº 10250/2008 de 8 de Abril define este aspecto, diferenciado entre edifícios novos e edifícios existentes, conforme descrito nas tabelas seguintes: Edifícios novos: DCR/CE do Tipo A DCR/CE do Tipo B DCR/CE do Tipo C Peritos qualificados RCCTE Uma equipa de dois PQs RSECE, um com a valência de RSECE-Energia e outro com a valência RSECE-QAI ou, em alternativa, um único PQ RSECE que acumule as duas valências atrás referidas Peritos qualificados RSECE-Energia Edifícios existentes: CE do Tipo A CE do Tipo B CE do Tipo C Peritos qualificados RCCTE Emitido na sequência de: i) uma auditoria simultânea aos consumos de energia e à QAI, uma equipa de dois PQs RSECE, um com a valência de RSECE-Energia e outro com a valência RSECE-QAI ou, em alternativa, um único PQ RSECE que acumule as duas valências atrás referidas ii) uma auditoria apenas aos consumos energéticos, peritos qualificados na valência RSECE-Energia iii) uma auditoria apenas à qualidade do ar interior, peritos qualificados na valência RSECE-QAI Peritos qualificados RSECE-Energia ou Peritos qualificados RCCTE D.4 Como posso encontrar um Perito Qualificado? Pode consultar a Bolsa de Peritos Qualificados disponível no Portal em Aí poderá pesquisar a bolsa de PQs pelos seguintes critérios: Valência(s) do PQ (RCCTE, RSECE-Energia, RSECE-QAI) Nº e nome do Perito Região, Distrito e Concelho(s) Como resultado da pesquisa, o sistema devolve a indicação dos PQs que correspondem aos critérios introduzidos, com os respectivos contactos telefónico e de . 21/39

22 Todos os dados apresentados na bolsa de PQs são da responsabilidade dos respectivos PQs que os introduziram. De notar que o critério de pesquisa geográfica incide sobre o domicílio profissional do PQ ou outro que este tenha indicado nos seus dados pessoais e que a actuação dos PQs não está limitada ao concelho, distrito ou região que este indicou nos seus dados. Cada PQ pode actuar em qualquer local do território nacional, pelo que se recomenda sempre um alargamento da pesquisa a, pelo menos, concelhos vizinhos daqueles onde se localiza o imóvel que pretende certificar. D.5 Que intervenções podem ser realizadas pelos peritos qualificados, no âmbito do, ao longo do tempo de vida de um edifício? O processo de certificação envolve a actuação de um perito qualificado, o qual terá que verificar a conformidade regulamentar do edifício no âmbito do(s) regulamento(s) aplicáveis (apenas no caso de edifícios novos ou em auditorias periódicos em edifícios de serviços existentes), classifica-lo de acordo com o seu desempenho energético, com base numa escala de A+ (melhor desempenho) a G (pior desempenho) e, eventualmente, propor medidas de melhoria para o desempenho energético e/ou para a qualidade do ar interior. Em resultado da sua análise o perito pode emitir: Declaração de conformidade regulamentar (DCR) necessária para o pedido de licença de construção; Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior (CE) necessário para o pedido de licença ou autorização de utilização ou, no caso de edifícios existentes, para venda ou aluguer do imóvel; Na figura seguinte estão esquematizadas as fases de intervenção do perito nas várias etapas da vida de um edifício (projecto, construção e utilização). As intervenções relativas ao novo Certificado Energético após Auditoria Energética periódica e as Inspecções Periódicas apenas se aplicam a edifícios abrangidos pelo RSECE. 22/39

23 23/39

24 D.6 Se um edifício não cumpre com os requisitos regulamentares, pode ser certificado pelo PQ? Caso seja verificado, pelo PQ, o não cumprimento do(s) regulamento(s) aplicáveis, então não deve haver lugar à emissão e registo de uma DCR ou CE no. Nos casos em que o perito identifique não conformidades, deverá informar o respectivo promotor ou proprietário para quem está a realizar o trabalho, de forma a este poder agir no sentido de corrigir a(s) situação(ões) detectada(s). D.7 Um projectista pode actuar como perito qualificado nos seus próprios projectos? Tanto nos D.L.s 78 a 80/2006, como no protocolo que define as qualificações específicas dos peritos qualificados, celebrado entre as associações profissionais respectivas e a Direcção- Geral de Geologia e Energia, o Instituto do Ambiente e o Conselho Superior das Obras Públicas, não existem restrições a que os peritos qualificados sejam simultaneamente os técnicos responsáveis pelos projectos. D.8 De que forma é fiscalizada a actuação dos peritos qualificados? A ADENE tem como responsabilidade a fiscalização do trabalho de certificação do perito qualificado, com base em critérios de amostragem aprovados pelas entidades responsáveis pela supervisão do. As actividades de fiscalização serão, pelo menos numa primeira fase do sistema, contratadas pela ADENE a organismos públicos ou privados. A actividade de cada perito terá de ser fiscalizada, pelo menos uma vez, de cinco em cinco anos. Prevê-se, no entanto, que a frequência da verificação seja bastante superior, já que estão previstos ser auditados até 10% dos processos registados no. O objecto de fiscalização será o trabalho do perito, nomeadamente se este aplicou correctamente as metodologias previstas no, no RCCTE e no RSECE. A exigência, pela ADENE, de qualidade no trabalho dos peritos irá acompanhar a natural evolução e o progressivo detalhe das metodologias definidas pelo sistema. Para assegurar uma adequada evidência do seu trabalho, o perito qualificado deverá documentar devidamente a sua análise em cada processo e guardar os respectivos registos, em formato electrónico ou impresso, por um período de 5 anos. Em caso de fiscalização, esses 24/39

25 registos deverão ser facultados à entidade fiscalizadora, que neles procurará as necessárias evidências de que o perito verificou correctamente as metodologias regulamentares. No caso de certificados emitidos em contexto de licença de utilização ou, no caso de edifícios de serviços, após uma auditoria periódica, a fiscalização poderá envolver uma visita ao edifício pelo auditor. D.9 O que preciso para se ser perito qualificado no âmbito do? O reconhecimento de um técnico como perito qualificado é feito pela respectiva Ordem ou Associação, sendo que, no Protocolo do, está definido que os candidatos a perito numa determinada área deverão cumprir os seguintes requisitos: qualificações mínimas adequadas de acordo com as 3 áreas de intervenção (Anexos I a IV do Protocolo); mínimo de 5 anos de experiência profissional, na respectiva área de intervenção a que pretende exercer funções de perito qualificado; integração na Ordem dos Arquitectos, Ordem dos Engenheiros ou Associação de Nacional de Engenheiros Técnicos; formação específica obtida em acções de formação especificas no âmbito do, oficialmente reconhecidas pela ADENE. Para obter informações sobre acções de formação devidamente reconhecidas, consulte a área do portal ADENE em Para averiguar do seu cumprimento efectivo dos restantes requisitos, sugerimos que consulte a sua Ordem ou Associação Profissional. D.10 Em que consiste e como posso obter a formação específica que constitui um dos requisitos para se ser perito qualificado? A formação específica dos peritos qualificados tem uma tipologia modular, integrando três módulos que podem ser leccionados de forma independente, associados a um quarto módulo referente às questões metodológicas inerentes ao, de acordo com a seguinte estrutura: 25/39

26 Módulo de análise do RCCTE: no qual serão analisadas as metodologias de aplicação do regulamento, procedimentos de verificação e utilização de software de suporte; Módulo de análise do RSECE - Energia : no qual serão analisadas as metodologias de aplicação do regulamento, procedimentos de verificação e utilização de software de suporte na verificação dos requisitos energéticos e as metodologias de inspecção a caldeiras e sistemas de ar condicionado; Módulo de análise do RSECE QAI: no qual serão analisadas as metodologias de aplicação do regulamento e procedimentos de verificação da QAI; Módulo de Certificação: no qual serão analisadas as questões metodológicas relacionadas com as diferentes fases do processo de certificação energética e da qualidade do ar interior e respectivos procedimentos de verificação, bem como todo o relacionamento processual com a ADENE. Pode-se obter esta formação pela frequência e aprovação em acções de formação reconhecidas no âmbito do e que podem ser desenvolvidas por: Instituições de ensino Superior Universitário e Politécnico; Instituições de Formação Profissional; Laboratórios do Estado; Laboratórios Associados; Instituições de Investigação & Desenvolvimento, devidamente reconhecidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior; Outras entidades e empresas, públicas ou privadas, com actividade nas áreas de formação, desde que acreditadas pelo IPAC Instituto Português de Acreditação; Para saber mais sobre os requisitos mínimos, em termos de conteúdos técnicos e outros aspectos, que as acções de formação terão de cumprir para serem reconhecidas, bem como para ter acesso a uma lista de acções já reconhecidas, consulte a área do Portal ADENE em D.11 Ao contratar uma empresa para me certificar o edifício, a responsabilidade pelo trabalho será da empresa ou do PQ cujo nome surge no certificado emitido? A responsabilidade é sempre individual e do PQ que emite o certificado, mesmo que este trabalhe para a empresa com quem tenha sido contratado o serviço de certificação. 26/39

27 D.12 Quais as principais diferenças na intervenção de um PQ num edifício novo e num edifício existente? Nos edifícios novos, o PQ tem como responsabilidade verificar que a regulamentação aplicável (RCCTE ou RSECE) foi correctamente aplicada tanto em projecto, como na obra. Como confirmação disso mesmo, o PQ emite um DCR ou o primeiro CE, respectivamente, nos quais pode incluir sugestões de melhoria. Nesses casos, o imóvel não pode ter uma classificação energética inferior à classe B-. No caso dos edifícios existentes, o PQ vai avaliar o desempenho energético do imóvel (e no caso de edifícios de serviços, verificar a conformidade com alguns requisitos aplicáveis) e propor eventuais medidas de melhoria desse desempenho (e da QAI, quando aplicável). Estas propostas de melhoria constituem uma importante mais-valia do trabalho do PQ, assumindo, naturalmente, uma maior relevância no caso de edifícios existentes. Nestes casos, os edifícios poderão ter qualquer desempenho na escala e o perito poderá mesmo indicar o efeito que a implementação das medidas de melhoria podem ter na classe energética. Em suma e sem olhar às particularidades aplicáveis, nos edifícios novos, o PQ verifica conformidade com requisitos, avalia desempenho e certifica, ao passo que nos edifícios existentes, avalia desempenho, propõe medidas de melhoria e certifica. 27/39

28 E - Desempenho energético e QAI E.1 Quantas classes energéticas existem? O Certificado Energético e da Qualidade do Ar Interior, emitido por um PQ para cada edifício ou fracção autónoma, é a face visível da aplicação dos regulamentos (RCCTE e RSECE). Tanto o certificado como a declaração e conformidade regulamentar emitidos no âmbito do incluem a classificação do imóvel em termos do seu desempenho energético, determinada sempre com base em pressupostos nominais (condições típicas ou convencionadas de funcionamento). A utilização de condições convencionadas de funcionamento para efeitos de classificação energética ( asset rating ) resulta directamente das metodologias adoptadas nos dois regulamentos nacionais (RCCTE e RSECE) para limitação das necessidades/consumos energéticos e permite a comparação de edifícios em função da qualidade da sua envolvente e das características e eficiência dos seus sistemas energéticos. Importa pois realçar que os valores registados num certificado ou declaração de conformidade não reflectem necessariamente os consumos reais medidos de um edifício ( operational rating, sistema adoptado por alguns países para a medida do desempenho de edifícios públicos e/ou de serviços), pois estes dependem fortemente do comportamento dos utilizadores. Concretamente em relação à classificação do edifício, esta segue uma escala pré-definida de 7+2 classes (A+, A, B, B-, C, D, E, F e G), em que a classe A+ corresponde a um edifício com melhor desempenho energético, e a classe G corresponde a um edifício de pior desempenho energético. Na etiqueta de desempenho energético está graficamente representado esse gradiente de classes, juntamente com a indicação, numa seta de cor preta, da classe do edifício ou fracção em causa. Nos edifícios novos (com pedido de licença de construção após entrada em vigor do ), as classes energéticas variam apenas entre as classes A+ e B-. Os edifícios existentes poderão ter qualquer classe (de A+ a G). 28/39

29 E.2 Como se determinam as classes energéticas? Embora o número de classes na escala seja o mesmo, os edifícios de habitação e de serviços têm indicadores e formas de classificação diferentes. As metodologias de cálculo utilizadas na determinação da classe energética de um edifício dependem da sua tipologia ou da ponderação de tipologias que alberga. A classificação energética de edifícios de habitação (com e sem sistemas de climatização) e pequenos edifícios de serviços sem sistemas de climatização ou com sistemas de climatização inferior a 25 kw de potência instalada, é calculada a partir da expressão R = Ntc/Nt, em que Ntc representa as necessidades anuais globais estimadas de energia primária para climatização e águas quentes e o Nt o valor limite destas. Essas necessidades são expressas em kilogramas equivalente de petróleo por m 2 de área útil e por ano (kgep/m 2.ano) Na tabela seguinte apresenta-se a escala utilizada na classificação energética deste tipo de edifícios. Edifícios existentes Edif. Novos Classe energética R = N tc / N t A+ R 0,25 A 0,25 < R 0,50 B 0,50 < R 0,75 B- 0,75 < R 1,00 C 1,00 < R 1,50 D 1,50 < R 2,00 E 2,00 < R 2,50 F 2,50 < R 3,00 G 3,00 < R 29/39

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