DINÂMICA DEMOGRÁFICA E MERCADO DE TRABALHO NA TERCEIRA IDADE: A REALIDADE CEARENSE

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1 DINÂMICA DEMOGRÁFICA E MERCADO DE TRABALHO NA TERCEIRA IDADE: A REALIDADE CEARENSE 2015

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3 3 MARDÔNIO DE OLIVEIRA COSTA Dinâmica Demográfica e Mercado de Trabalho na Terceira Idade: A Realidade Cearense Fortaleza 2015

4 4 Estudo realizado pelo Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT) - Organização Social Decreto Estadual nº , de 03/07/98. Análise e Redação Mardônio de Oliveira Costa Apoio Técnico Arlete da Cunha de Oliveira Erle Cavalcante Mesquita Editoração eletrônica e layout Clarissa Cássia Martins de Oliveira David Pinto Revisão Regina Helena Moreira Campelo C837d COSTA, Mardônio Dinâmica Demográfica e Mercado de Trabalho na Terceira Idade: A Realidade Cearense/ Mardônio de Oliveira Costa - Fortaleza: Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, 2015, 55p. 1. Mercado de Trabalho. 2. Terceira Idade. I. Título. CDD Correspondências para: Instituto de Desenvolvimento do Trabalho - IDT Av. da Universidade, Benfica CEP Fortaleza-CE Fone: (085) Endereço eletrônico: idt@idt.org.br CDD:

5 5 Ministro do Trabalho e Emprego Manoel Dias Governador do Estado do Ceará Camilo Santana Secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social Josbertini Virginio Clementino Coordenador do SINE/CE Robson de Oliveira Veras

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7 7 Instituto de Desenvolvimento do Trabalho - IDT Presidente Antônio Gilvan Mendes de Oliveira Diretora Administrativo-Financeiro Sônia Maria de Melo Viana Diretor de Promoção do Trabalho e Empreendedorismo Antenor Tenório de Britto Júnior Diretor de Estudos e Pesquisas Francisco Assis Papito de Oliveira

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9 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL O PERFIL DOS IDOSOS NÚMEROS DA FORÇA DE TRABALHO IDOSA PARTICULARIDADES DO TRABALHO NA TERCEIRA IDADE O RENDIMENTO MENSAL DOS IDOSOS...49 CONSIDERAÇÕES FINAIS...53 REFERÊNCIAS...55

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11 11 INTRODUÇÃO Com trajetórias de queda iniciadas na primeira e segunda metade do Século XX, respectivamente, as outrora elevadas taxas de mortalidade e fecundidade têm registrado declínios constantes no país, fenômeno denominado de transição demográfica, o que tem imposto à população brasileira um acentuado processo de envelhecimento. Como ocorrido em diversas regiões do país, o Estado do Ceará também tem se deparado com esse fenômeno e deve sentir os seus rebatimentos em diversas áreas (educação, saúde, mercado de trabalho, previdência social, etc.), dadas as proporções cada vez maiores de pessoas com 60 anos ou mais na sua população, tal qual na sua força de trabalho. Diante dessa realidade inconteste, o presente estudo objetiva conhecer a situação laboral da força de trabalho com mais de sessenta anos de idade, no Ceará, público este denominado pelas políticas públicas como população idosa ou da terceira idade. Assim, conceitualmente falando, considerar-se-ão como idosos os indivíduos nessa faixa de idade, em conformidade com o Estatuto do Idoso. Quantos são? Quem são? Como se inserem no mercado de trabalho estadual? Qual o rendimento mensal do idoso e sua relevância na renda familiar? Estas são algumas das diversas questões a serem respondidas. Para tanto, utilizou-se como fonte de informação a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo como referência temporal os anos de 2009 e Com esse foco principal de investigação, este trabalho, inclusa esta introdução, encontra-se estruturado em sete partes. Na segunda parte, são apresentados e analisados diversos indicadores que retratam a dinâmica demográfica recente no Estado do Ceará, fazendo-se alguns paralelos com as realidades do Brasil e do Nordeste, evidenciando o processo de envelhecimento populacional. Na terceira parte, traça-se o perfil dos idosos cearenses, considerando diversos aspectos (sexo, situação do domicílio, escolaridade, idosos chefes de família e tamanho das famílias). Na seção seguinte, dimensiona-se a força de trabalho idosa cearense, analisada tanto quantitativamente, por meio da taxa de atividade, quanto qualitativamente, segundo recortes diversos, quando é destacado o processo de envelhecimento da força de trabalho do estado. Algumas especificidades do trabalho na terceira idade são salientadas, na quinta parte, e o rendimento do trabalho dos idosos, na seção seguinte, em que o nível de pobreza entre eles é abordado, em seguida, as considerações finais. Ademais, ao final de cada seção, é elaborada uma síntese das principais constatações.

12 12 1 O ENVELHECIMENTO POPULACIONAL Indicadores gerados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que a população residente do Estado do Ceará passou de mil, em 2009, para mil pessoas, em Por sua vez, a população de 60 anos ou mais de idade cresceu de 895 mil para mil pessoas, no mesmo período, o que fez com que sua representação na população total do estado se elevasse de 10,5% para 13,3%, no período, conferindo maior expressividade a esse segmento da população cearense, haja vista que a cada 100 pessoas residentes no Ceará, 13 possuíam 60 anos ou mais, de outra forma, eram pessoas idosas ou que estavam na terceira idade, em 2013 (Tabela 1). Tabela 1 População residente de 60 anos ou mais, segundo a situação do domicílio e sexo, por grupos de idade Estado do Ceará 2009/2013 Situação do domicílio/sexo 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 anos ou mais 60 anos ou mais Total Total Homens Mulheres Total Urbana Homens Mulheres Total Rural Homens Mulheres Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. O patamar e a tendência de alta da representatividade desse segmento populacional, registrados no estado, são muito similares aos observados no Brasil, com seus 26,3 milhões de idosos, e no Nordeste (6,9 milhões), na medida em que as proporções de idosos nas respectivas localidades elevaram-se de 11,3% para 13,0%, no Brasil, e de 10,4% para 12,4%, no Nordeste, nas quantificações de 2009 e Observa-se ainda que, relativamente à Região Nordeste, a população de idosos do Ceará apresentou-se ligeiramente sobrerrepresentada, pois enquanto o Estado do Ceará tem respondido por quase 16,0% da população residente no Nordeste, ele tem alcançado representação próxima a 17,0% da população idosa nordestina, nos últimos anos. Em comparação com a realidade nacional, há um contexto de muito equilíbrio, com representações de 4,4% nas populações total e de idosos do país, em 2013.

13 13 Considerando um horizonte de tempo mais longo, por exemplo, de 2001 a 2013, o total de pessoas com 60 anos ou mais cresceu de 707 mil para mil (4,3% a.a.), no Ceará, e de mil para mil (4,4% a.a.), no Brasil, evidenciando que o forte ritmo de crescimento da população idosa no estado se mostra muito semelhante ao indicador nacional, conforme exposto nos Gráficos 1 e 2. Isto denota que parcelas cada vez maiores das populações são compostas por pessoas com mais idade, o que pode caracterizar o processo de envelhecimento populacional, como é visto a seguir. Gráfico 1 População residente de 60 anos ou mais de idade, por sexo Brasil , 2005, 2009, 2013 (Em pessoas) Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor. Gráfico 2 - População residente de 60 anos ou mais de idade, por sexo Estado do Ceará , 2005, 2009, 2013 (Em pessoas) Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor.

14 14 No Ceará, o crescimento da população idosa foi bem mais intenso em 2009/2013 (30,3%) do que nos dois períodos anteriores: 2001/2005 (12,2%) e 2005/2009 (12,9%), o que reforça a argumentação do parágrafo anterior. A propósito, considera-se envelhecimento populacional uma mudança nos pesos dos vários grupos de idade no total da população, com um maior peso nas idades mais avançadas e um menor nas idades mais jovens (CAMARANO, 2004, p. 16). Ilustrando melhor este processo de envelhecimento populacional no Estado do Ceará, o Gráfico 3 apresenta as trajetórias relativas às populações de menos de 15 anos (crianças e adolescentes), de 15 a 59 anos (pessoas em idade intermediária) e de 60 anos ou mais (idosos), considerando o período compreendido entre os anos de 2001 e Verifica-se muito facilmente que a única população em trajetória de queda foi a de até 14 anos (com menos 510 mil crianças e adolescentes ou -1,8% a.a., ao longo desse período), enquanto movimentos de alta vêm ocorrendo sistematicamente nos segmentos com mais de idade, o que caracteriza o citado processo de envelhecimento populacional no estado. Saliente-se ainda que o movimento de alta da população com 60 anos ou mais acusou maior intensidade após 2009, registrando uma trajetória de aproximação, em termos absolutos, para a população de até 14 anos, como observado no Gráfico 3. Gráfico 3 - População residente segundo grupos de idade Estado do Ceará , 2003, 2005, 2007, 2009, 2011, 2013 (Em pessoas) Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor.

15 15 Projeções do IBGE estimam que o Ceará terá pouco mais de 1,8 milhão de crianças e adolescentes e sua população idosa totalizará quase 1,6 milhão de pessoas, em 2030, aproximadamente 400 mil idosos a mais que o contingente de Portanto, alguns anos após 2030, os segmentos populacionais compostos por crianças e adolescentes e o de idosos serão numericamente muito similares, no Estado do Ceará. No recorte por Unidade da Federação, ao se elaborar o ranking dos estados com as maiores populações de idosos, em 2013, o Ceará ocupava a oitava posição, atrás da Bahia (1.885 mil) e de Pernambuco (1.246 mil). Daí, conclui-se que o Ceará ocupava a terceira posição no ranking dos estados do Nordeste. Em termos de Brasil, nas três primeiras posições, estavam os Estados de São Paulo (6.080 mil), Minas Gerais (2.796 mil) e Rio de Janeiro (2.624 mil), as regiões com os maiores contingentes de idosos do país, tal qual em 2001, como pode ser percebido no Gráfico 4. Gráfico 4 - Ranking dos dez estados brasileiros com as maiores populações de 60 anos ou mais de idade 2001/2013 (Em pessoas) Pará Santa Catarina Ceará Pernambuco Paraná Rio Grande do Sul Bahia Rio de Janeiro Minas Gerais São Paulo Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor. Ademais, em termos da participação relativa dos idosos nas populações estaduais, considerando somente os dez primeiros colocados no ranking, podem-se dividir esses estados em quatro grupos: Rio Grande do Sul (16,6%) e Rio de Janeiro (16,0%) nas primeiras posições; Santa Catarina (14,1%), São Paulo (13,9%), Minas Gerais (13,6%), Pernambuco (13,5%) e Ceará (13,3%) em uma posição intermediária, seguidos pelos estados do Paraná (12,7%) e Bahia (12,5%) e, na última colocação, o Pará (9,5%). Por

16 16 conseguinte, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro detiveram as maiores proporções de pessoas na terceira idade, enquanto o Ceará colocava-se na sexta posição, em Retomando a análise estadual, esse contingente populacional registrou um incremento de 271 mil pessoas, em 2009/2013, o equivalente a adição de 67,8 mil idosos por ano, no Ceará, fruto da robusta taxa de crescimento médio anual de 6,8%, no período, numa forte evidência de quão rápida a população de idosos cresce no Ceará. Esse desempenho refletiu o aumento mais intenso dos idosos de 70 anos ou mais (7,9% a.a.), de 60 a 64 anos (7,5% a.a.) e, em menor proporção, o daqueles de 65 a 69 anos (3,8% a.a.). Portanto, o segmento dos idosos que cresceu relativamente mais rápido foi o de 70 anos ou mais (574 mil), alterando ligeiramente o perfil etário dessa população, com estes passando a responder por quase metade dos idosos do estado. Assim, além do rápido crescimento do número de idosos no estado, a constatação que chama atenção é que de cada dois cearenses com, no mínimo, 60 anos de idade, um tem 70 anos ou mais, conforme exposto na Tabela 2. Tabela 2 População residente segundo grupos de idade Estado do Ceará 2009/2013 (Em pessoas) Grupos de Crescimento idade ao ano Até 14 anos ,9% 15 a 29 anos ,3% 30 a 59 anos ,5% 60 a 64 anos ,5% 65 a 69 anos ,8% 70 anos ou mais ,9% 60 anos ou mais ,8% População total ,8% Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Para ratificar o forte ritmo de crescimento da população cearense de 60 anos ou mais de idade, destaca-se que, no mesmo intervalo de tempo, as populações total (0,8% a.a.) e de 30 a 59 anos (2,5% a.a.) cresceram em ritmo bem mais moderado, enquanto a população de 0 a 14 anos (-2,9% a.a.) registrou redução, tal qual a população de 15 a 29 anos (-0,3%), alterando os pesos desses segmentos na população estadual. Na verdade, a população de idosos no Ceará aumentou 64,9%, entre os anos de 2001 e 2013, o correspondente a uma taxa de 4,3% a.a., conforme já exposto, um crescimento quatro

17 17 vezes mais rápido que o da população total (1,1% a.a.), provocando alterações etárias na população do Ceará. Esses números reforçam a constatação de que o processo de envelhecimento da população cearense já é uma realidade, posto que os segmentos mais jovens respondem por parcelas cada vez menores da população total, enquanto houve fortalecimento da presença dos grupos com mais idade, realidade que deve se perpetuar nos próximos anos, em consonância com as projeções populacionais do IBGE, consolidando a transição demográfica no estado. Isto pode ser percebido no Gráfico 5, a partir das ilustrações das trajetórias populacionais para os anos compreendidos entre 2000 e 2030, quando a perda de participação relativa das crianças e adolescentes de até 14 anos se contrapõe à crescente representação da população de 60 anos ou mais, no Brasil e no Ceará. Observa-se, pois, que as trajetórias populacionais no Ceará se mostram muito semelhantes às projetadas para o país, caminhando para um ritmo mais intenso de envelhecimento de sua população, a partir de Gráfico 5 Evolução da composição da população residente segundo grupos de idade Brasil e Estado do Ceará 2000, 2005, 2010, 2015, 2020, 2025, 2030 Fonte: IBGE Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação, por sexo e idade, para o período Elaboração do autor. Estes movimentos elevaram a idade média da população estadual. Estudos do IBGE revelam que a idade média dos cearenses evoluiu de 26,9 anos, em 2001, para 30,3 anos, em 2013, sendo estimado que esta deverá alcançar 32,7 anos, em 2020, e 36,3 anos, em Assim sendo, em média, o cearense deverá estar aproximadamente seis anos mais velho, por volta de 2030, tendo por base a realidade de 2013.

18 18 O índice de envelhecimento da população do estado, dado pela razão entre as populações de 65 anos ou mais e de 0 a 14 anos de idade, calculado pelo mesmo Instituto, confirma essa trajetória, pois este se apresenta em constante elevação, traduzindo a crescente proporção de idosos em relação ao número de jovens da região. Esse indicador registrou os seguintes valores: 17,6%, em 2001; 22,6%, em 2009; 26,7%, em 2013; e é estimado que alcance o patamar de 37,2%, em 2020, e de 60,2%, em Nesse contexto, é observado que, para cada grupo de 100 pessoas com até 14 anos de idade, havia quase 27 com 65 anos ou mais, no Ceará, em Este número deverá alcançar a marca de 60 pessoas, em 2030, segundo projeções do IBGE. Assim, embora a fecundidade ainda seja a principal componente da dinâmica demográfica brasileira, em relação à população idosa é a longevidade que vem progressivamente definindo seus traços de evolução (IBGE, 2002, p. 11). Isto parece se aplicar muito bem à dinâmica demográfica cearense. A presença cada vez mais significativa da população idosa é um fenômeno mundial e, no Brasil, este envelhecimento é fomentado pelo crescimento da expectativa de vida dos brasileiros, que atualmente é estimada em quase 75 anos, reflexo da trajetória de queda da taxa de mortalidade. Aliás, [...] considera-se que uma das transformações sociais mais importantes do Século XX foi a queda da mortalidade, que atingiu, grosso modo, todos os grupos etários, desde o período intrauterino até as idades mais avançadas, acarretando implicações bastante importantes na família e na sociedade (CAMARANO et al, 2004, p. 6). Esse envelhecimento populacional é também muito influenciado pela redução das taxas de fecundidade (número médio de filhos tidos por mulher ao final de sua vida reprodutiva) e de natalidade (número de nascidos vivos, por mil habitantes). Taxas menores de natalidade e de mortalidade transformam a estrutura etária da população, diminuindo o peso da presença de crianças e aumentando, em um primeiro instante, o peso do grupo de adultos e, posteriormente, o peso dos idosos (KIELING ; DATHEIN, 2010, p. 32). Proporções maiores de idosos na população do estado é também consequência de expectativas de vida crescentes. A expectativa de vida do cearense é, atualmente, de pouco mais de 73 anos, discretamente acima da média nordestina (cerca de 72 anos), mas ligeiramente abaixo da média nacional (74,9 anos). A expectativa de vida dos

19 19 cearenses (73,2 anos), em 2013, é resultante das expectativas masculina (69,2 anos) e feminina (77,2 anos), o que aponta para uma sobrevida das mulheres de oito anos, em relação aos homens. E mais, entre 2001 e 2013, a população residente no Estado do Ceará aumentou a sua sobrevivência em 3,4 anos, em média, um incremento de 4,9%, embora em ritmo aquém do incremento nacional (4,6 anos ou 6,5%) (Gráfico 6). Estes incrementos na expectativa de vida possibilitam que um maior número de pessoas alcance idades mais avançadas. Gráfico 6 - Esperança de vida ao nascer - Brasil, Nordeste e Estado do Ceará , 2005, 2009, 2013 (Em anos) Fonte: IBGE Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação, por sexo e idade, para o período Elaboração do autor. Adicionalmente, como a temática do presente estudo aborda predominantemente a realidade laboral dos idosos no Ceará, cabe mencionar que, ao completar 60 anos de idade, em 2012, o brasileiro tinha, em média, um adicional de 21,6 anos de vida, ou seja, viveria até os 81,6 anos, em média, segundo o IBGE. Oportuno salientar que, considerando-se todos os estados nordestinos, no que concerne à esperança de vida ao nascer na região, em 2013, o Estado do Ceará (73,2 anos) colocava-se na segunda posição do ranking, atrás apenas do Rio Grande do Norte (75,0 anos) e bem acima das maiores economias do Nordeste, como os estados da Bahia (72,7 anos) e de Pernambuco (72,6), segundo estatísticas constantes na Tábua Completa de Mortalidade 2013, elaborada e divulgada recentemente pelo IBGE. Assim, conclui-se que o povo cearense se mostra um dos mais longevos do Nordeste brasileiro e que há diferenciais substantivos da expectativa de vida entre os estados nordestinos, onde este

20 20 indicador variou de um mínimo de 69,7 a um máximo de 75 anos, sendo a menor esperança de vida registrada no Maranhão. Por sua vez, a trajetória da taxa de natalidade é de queda, independente da região estudada e, além disso, as taxas cearenses têm se mostrado inferiores às da região Nordeste, como é percebido no Gráfico 7. Isto significa um número menor de crianças que nascem anualmente por cada mil habitantes, movimentos que reforçam o processo de envelhecimento da população de qualquer região. Gráfico 7 Taxa bruta de natalidade - Brasil, Nordeste e Estado do Ceará , 2005, 2009, 2013 (Em % ) Fonte: IBGE Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação, por sexo e idade, para o período Elaboração do autor. Outro indicador muito utilizado nas análises demográficas é a razão de dependência, um indicador calculado a partir da razão entre as populações de 0 a 14 anos e de 65 anos ou mais e a população de 15 a 64 anos, que mensura quantas pessoas não economicamente ativas vivem ou dependem do trabalho de cada economicamente ativo. Fruto dos movimentos demográficos anteriormente relatados, a razão de dependência mostrou-se em queda entre os anos de 2000 (66,5%) e 2013 (50,4%), indicando que o número necessário de pessoas economicamente ativas para prover uma economicamente inativa vem recuando de forma sistemática, no Estado do Ceará, assim como vem ocorrendo nos planos regional e nacional. E mais, essa trajetória deverá se manter até 2026, conforme apontam as estimativas do IBGE. Complementarmente, vale destacar que o significativo aumento da população em idade ativa, apta a trabalhar, foi o principal fator determinante dessa situação,

21 21 disponibilizando para o mercado um contingente expressivo de mão de obra em busca de emprego (IPECE, 2014, p. 17). Essa afirmação pode ser objetivamente constatada pelos números da Tabela 2, em que a população cearense de 15 a 64 anos cresce de 5,6 mil, em 2009, para 5,9 mil pessoas, em Isto também poderá significar maior pressão sobre o mercado de trabalho estadual, o que certamente alimentará os indicadores de desemprego, caso não sejam geradas oportunidades de trabalho em número compatível com a expansão da força de trabalho. Enfim, os indicadores apresentados demonstram que a transição demográfica vem se consolidando ano após ano, no Estado do Ceará. As transformações demográficas daí decorrentes, que explicitam proporções crescentes dos idosos na população estadual, particularmente com 70 anos ou mais de idade, e na sua força laboral, estão a exigir um novo redirecionar dos focos das políticas públicas, notadamente nas áreas da saúde, educação e, particularmente, mercado de trabalho, em decorrência da presença mais robusta da população idosa no mundo laboral, em especial, a de 60 a 64 anos, e, principalmente, do crescimento continuado da força de trabalho nos próximos anos, o que poderá impactar os indicadores de desemprego no estado. Lembrar que uma das consequências do processo de envelhecimento da população de uma região é o prolongamento do período economicamente ativo de sua força de trabalho, o que pode indicar uma pressão adicional sobre o mercado de trabalho regional, com rebatimentos nos indicadores de desemprego, distribuição das oportunidades de trabalho criadas e de remuneração do trabalho.

22 22 2 O PERFIL DOS IDOSOS A maioria dos idosos cearenses é constituída por mulheres (55,2% ou 644 mil), mesmo porque, entre elas, a esperança de vida ao nascer é estimada em 77,2 anos, enquanto a esperança de vida masculina é oito anos menor (69,2 anos), em 2013, de acordo com o IBGE. Na verdade, no Ceará, o número de mulheres idosas supera em pouco mais de 23% o número de homens idosos. Assim, a razão de sexo na terceira idade (razão entre os números de idosos e idosas) tem se situado em torno de 81 idosos, ligeiramente acima do indicador nacional, que passou de 79,4, em 2009, para 80,1 idosos, em Lê-se, portanto, que havia 81 homens com 60 anos ou mais de idade para cada 100 mulheres da mesma faixa etária, na região, em No recorte por grupos de idade, a maior longevidade feminina também poderia explicar, em boa medida, a redução da razão de sexo de aproximadamente 90 homens para cada 100 mulheres, nas faixas de 60 a 64 e de 65 a 69 anos, para quase 73, na faixa de 70 anos ou mais. Assim, para cada grupo de 100 mulheres, com idade mínima de 60 anos, houve uma redução de 90 para 73 homens, ao se passar da faixa de 60 a 69 para a de 70 anos ou mais, como indicado no Gráfico 8. Conclui-se que, a partir dos 70 anos de idade, houve uma redução substancial do número de homens, para cada 100 mulheres idosas, no Estado do Ceará, no período de 2009 a 2013, elevando o grau de feminização da população idosa cearense. Lembrar que os indivíduos de 70 anos ou mais respondem por metade dos idosos do Ceará. Gráfico 8 - Razão de sexo na terceira idade por grupos de idade Estado do Ceará 2009/2013 Fonte: IBGE Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação, por sexo e idade, para o período Elaboração do autor.

23 23 Segundo a situação do domicílio, isto é, a localização espacial dos idosos, apesar da crescente participação dos residentes em áreas rurais do estado, elevada para 29,1%, em 2013 (339 mil), fenômeno que pode ser, em parte, explicado pela emigração dos idosos para seu local de origem nas zonas rurais do estado, a maioria das pessoas da terceira idade reside em centros urbanos (70,9% ou 827 mil), fato que pode estar associado à própria concentração demográfica dessas localidades. De cada dez idosos cearenses, sete residiam em áreas urbanas e três em áreas rurais, no citado ano, o que deve impactar no mercado de trabalho urbano do estado. Destaca-se ainda que o grau de urbanização da população idosa no Ceará seguiu a mesma trajetória da população residente, mas em um patamar ligeiramente inferior. A taxa de urbanização da população cearense foi estimada em 73,0%, em 2013, verificando-se uma queda diante dos 77,6%, de 2009, e entre os idosos, este declínio foi de 74,3%, em 2009, para 70,9%, em 2013, como pode ser percebido no Gráfico 9. Gráfico 9 Grau de urbanização das populações total e de 60 anos ou mais de idade Estado do Ceará 2009/2013 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor. Apesar do declínio do nível de urbanização da população idosa, as zonas urbanas dos municípios cearenses, precipuamente dos mais populosos, devem passar por transformações diversas, no intuito de atender mais e melhor às demandas das pessoas

24 24 de mais idade, nas áreas de saúde, mobilidade, lazer, segurança, acessibilidade, dentre outras, demandas estas que deverão se intensificar com o passar dos anos 1. No que concerne à escolaridade dos idosos cearenses, o nível de analfabetismo entre eles é muito expressivo, especialmente nas áreas rurais. A conceituação utilizada na PNAD é a de que pessoa analfabeta é aquela não classificada como alfabetizada. São alfabetizadas as pessoas capazes de ler e escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que conhece, inclusive as pessoas alfabetizadas que se tornaram física ou mentalmente incapacitadas de ler ou escrever. No Ceará, a taxa de analfabetismo entre os idosos, apesar de elevada, diminuiu 4 p.p, ao decair de 47,3%, em 2009, para 43,3%, em Isto foi resultado do declínio do analfabetismo de homens e mulheres nesse perfil etário, cujas taxas diminuíram algo em torno de 4 p.p: de 51,0% para 46,8%, no primeiro caso, e de 44,1% para 40,4%, no segundo. O analfabetismo entre os idosos decresceu inclusive nas zonas urbanas do estado, de 43,8% para 35,7%, respectivamente, mas aumentou mais de 3 p.p na área rural, ao variar de 58,9%, em 2009, para 62,2%, em Assim, de cada dez idosos, o número de analfabetos foi de 3,6 idosos, na zona urbana, e de 6,2, na zona rural. Na verdade, a PNAD revela ainda uma migração do analfabetismo adulto da zona urbana para a zona rural do estado, pois a fração rural do analfabetismo na terceira idade cresceu sobremaneira, de 28,8% para 41,8%, respectivamente, decorrente, em boa medida, do declínio da taxa de urbanização dos idosos. O número de idosos analfabetos no meio urbano para cada analfabeto idoso no meio rural reduziu de 2,5 para 1,4, no período. Em valores de 2013, de um total de mil idosos cearenses, 505 mil eram não alfabetizados, sendo 245 mil homens e 260 mil mulheres. Segundo a situação do domicílio, 295 mil idosos não alfabetizados residiam em áreas urbanas e 211 mil, em áreas rurais do estado. Portanto, as políticas públicas que objetivam reduzir o analfabetismo na terceira idade devem se voltar mais para as áreas rurais do estado, possibilitando uma maior autonomia a esse segmento, o que nos remete aos programas de alfabetização de adultos do Ceará. 1 Vide Política Nacional do Idoso (Lei Nº 8.842, de 4 de Janeiro de 1994) e Estatuto do Idoso (Lei Nº , de 2003).

25 25 De fato, os idosos cearenses são, em boa parcela dos casos, pessoas menos escolarizadas, com algo em torno de três anos de estudo, sendo que metade deles tem menos de um ano de estudo. Esta realidade é um pouco melhor quando se trata da região metropolitana de Fortaleza, onde a escolaridade média deles se situava próxima a cinco anos. Conforme ilustrado no Gráfico 10, metade deles era sem instrução ou tinha menos de um ano de estudo (556 mil), enquanto apenas 4,0% declararam possuir 15 anos ou mais (52 mil), o correspondente ao ensino superior completo. Ainda assim, é perceptível que houve ligeira melhora na escolarização dessa população, pois diminuiu a parcela de idosos com até três anos de escola, enquanto cresceu a proporção daqueles com, no mínimo, onze anos. Gráfico 10 População de 60 anos ou mais de idade por anos de estudo Estado do Ceará 2009/2013 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor. Apesar da baixa escolaridade, cerca de 64% dos idosos do estado são pessoas de referência das famílias, os responsáveis pelos domicílios onde residem, ou seja, os maiores responsáveis pelas famílias ou assim considerados pelos seus demais membros, segundo conceituação do IBGE. Este patamar foi observado em 2009 (63,8%) e praticamente mantido em 2013 (64,1%), com 571 mil e 747 mil idosos chefes de família, respectivamente. Na condição de cônjuge (376 mil), a proporção de idosos declinou de 34,0% para 32,2%, respectivamente. Por conseguinte, cerca de 1/3 dos idosos cearenses era cônjuge, enquanto 2/3 eram chefes de domicílio, o que evidencia a relevância de seu papel na estruturação/manutenção das famílias cearenses.

26 26 E mais, sabendo-se que o número de famílias residentes em domicílios particulares no Ceará cresceu de mil, em 2009, para mil famílias, em 2013, e que o número de idosos considerados como a pessoa de referência da família também cresceu, de 571 para 747 mil, respectivamente, constata-se que também aumentou a proporção de famílias chefiadas por pessoas da terceira idade, de 21,9% para 26,5%, uma proporção ligeiramente acima das médias brasileira (24,9%) e nordestina (25,1%). Portanto, pouco mais de ¼ das famílias residentes em domicílios particulares no Ceará era chefiada por pessoas de 60 anos ou mais de idade. Quanto ao tamanho dessas famílias, considerando os residentes em domicílios particulares onde o idoso é a pessoa de referência, constatou-se que os idosos residiam em famílias que tinham, em média, quase três membros, mais exatamente 2,8, em 2009, e 2,7 membros por família, quatro anos depois. Consequentemente, os rendimentos mensais dos idosos chefes de família eram compartilhados por quase três pessoas. Falando em rendimentos, conforme conceituação adotada pelo IBGE, a PNAD qualifica como aposentado a pessoa que, na semana de referência da pesquisa, é jubilada, reformada ou aposentada pelo Plano de Seguridade Social da União ou por Instituto de Previdência Social Federal - Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), estadual ou municipal, inclusive pelo Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (FUNRURAL). Já o pensionista é aquela pessoa que, na semana de referência da pesquisa, recebe pensão das forças armadas, do Plano de Seguridade Social da União ou de Instituto de Previdência Social Federal - Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), estadual ou municipal, inclusive do Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural (FUNRURAL), deixada por pessoa da qual era beneficiária. Isso posto, salienta-se que, no universo da terceira idade cearense, quando da classificação de seus integrantes em sem rendimento, aposentados e/ou pensionistas, verificou-se que o conjunto dos aposentados se mostrou o mais numeroso e com participação discretamente em alta (71,6%); na segunda colocação estão os pensionistas (12,9%); seguidos pelos aposentados e pensionistas (8,3%) e idosos sem nenhum rendimento (7,2%), estes com fração mais significativa, em 2013, em face dos 4,9%, de Estes números sinalizam que, no Estado do Ceará, a quase totalidade das pessoas com 60 anos ou mais de idade tinha a garantia de alguma renda, por menor que seja.

27 27 Sumariando, as estatísticas trabalhadas mostram que a população de idosos do Ceará tem registrado crescimento substancial nos anos recentes, com o adicional de quase 68 mil idosos por ano, entre 2009 e Essa população somou mil pessoas, equivalendo a 13,3% da população estadual, o que requer uma atenção redobrada das instituições que lidam com as políticas públicas focadas nesse segmento populacional, o que ensejará cada vez mais infraestrutura, recursos e pessoal especializado, dada a perspectiva de envelhecimento crescente da população, conforme atestam as projeções populacionais do IBGE, para o Brasil, regiões e estados. O envelhecimento populacional, no Brasil, e particularmente no Ceará, tem sido fomentado pela expectativa de vida em constante elevação, especialmente entre as mulheres, fruto da redução dos indicadores de mortalidade, associada a taxas de fecundidade e natalidade cada vez menores, fazendo com que as proporções de pessoas com mais idade se apresentem continuamente crescentes. O estudo mostra ainda que o Ceará é o oitavo estado brasileiro com o maior número absoluto de idosos, alcançando a sexta colocação ao se tratar de números relativos, para o ano de Essa população é constituída, em sua maioria, por mulheres, expressiva parcela reside em áreas urbanas, quatro em cada dez idosos não são alfabetizados, metade tem, no mínimo, 70 anos de idade, 2/3 são responsáveis pelos domicílios onde residiam e a razão de sexo na população de 70 anos ou mais registra forte queda, o que pode ser explicado, em boa medida, pela maior expectativa de vida das mulheres. Portanto, os idosos integram um universo eminentemente feminino e urbano e metade deles tem, no mínimo, 70 anos de idade, universo este que tende a continuar se expandindo nas próximas décadas. Mas, em que medida esta população encontra-se inserida no mercado de trabalho cearense, quais suas estratégias de inserção, quanto ganham mensalmente os idosos, qual a relevância desse ganho para suas famílias? Perguntas como estas são respondidas na sequência deste estudo.

28 28 3 NÚMEROS DA FORÇA DE TRABALHO IDOSA Entende-se como força de trabalho, ou população economicamente ativa (PEA), o conjunto de indivíduos, de 10 anos ou mais de idade, que estavam inseridos no mercado de trabalho, trabalhando e/ou procurando trabalho, em determinado momento. A PEA mede o nível de oferta de mão de obra vigente em uma economia, em um período de tempo específico 2. Por falar em oferta de mão de obra no estado, fruto dessas transformações demográficas, oportuno destacar, inicialmente, a tendência de contínuo crescimento da população em idade produtiva (15 a 59 anos), em termos absolutos e relativos, nos anos recentes, o chamado bônus demográfico, tendência que pode ser observada no Gráfico 11. Essa trajetória deverá ser mantida nos próximos anos, segundo o IBGE, significando uma pressão adicional por trabalho no Ceará, o que exigirá ainda mais das políticas públicas focadas no mercado de trabalho estadual. Trata-se de uma janela de oportunidades que requer políticas públicas adequadas, no sentido de permitir que este potencial demográfico seja colocado a serviço do desenvolvimento econômico e do bem-estar da população (KIELING; DATHEIN, 2010, p. 33). Gráfico 11 Participação relativa dos segmentos de 0 a 14, 15 a 59 e 60 anos ou mais de idade na população residente Estado do Ceará 2001, 2003, 2005, 2007, 2009, 2011, 2013 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor. 2 No caso da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2013, o período de referência considerado foi a semana de 22 a 28 de setembro.

29 29 Em consonância com números do IBGE, atualmente, a população de 15 a 59 anos é responsável por pouco mais de 63% da população cearense, devendo alcançar o seu máximo, em 2022 (65,5%), e, ainda assim, ela continuará a crescer, em termos absolutos, nos anos seguintes, totalizando 6,2 milhões de indivíduos, em 2030, quando se terá quase 2/3 da população cearense com esse perfil etário. No transcorrer desses anos, o Ceará contará com um contingente populacional em que predominará a população economicamente ativa, o que é de suma importância para o desenvolvimento socioeconômico do estado, além de amenizar os impactos nos gastos previdenciários decorrentes do envelhecimento populacional no estado. Importante chamar atenção para o fato de que a tendência do aumento progressivo de pessoas em idade ativa, previsto para o País até 2030, consubstancia o fenômeno denominado bônus demográfico. A expressão vem sendo muito utilizada na área da demografia, objetivando chamar atenção dos gestores das políticas públicas para o momento que se está verificando na dinâmica populacional brasileira. Ele tem efeitos sobre a inserção de novos e velhos contingentes populacionais no mercado de trabalho, sobre os custos da previdência social e sobre os indicadores da violência, por exemplo. Assim, além da busca de soluções para problemas histórico-estruturais da sociedade brasileira, há que se enfrentar os novos obstáculos que começam a surgir, em decorrência do processo de envelhecimento da população (IBGE, s.d, p. 16). Ainda com referência à força de trabalho cearense, outro importante aspecto a salientar são as alterações que o envelhecimento da população tem provocado no perfil etário de sua população economicamente ativa, com a presença em constante elevação da PEA de 40 anos ou mais de idade. Ao se analisarem as alterações etárias ocorridas entre 2001 e 2013, verifica-se que todos os grupos até 39 anos tiveram suas participações diminuídas no período, o que se contrapõe a uma presença mais robusta da força de trabalho de 40 anos ou mais na constituição da PEA do Ceará, conferindo-lhe um perfil mais velho, mais experiente. Portanto, em termos estaduais, o envelhecimento populacional tem ocasionado envelhecimento da força de trabalho, em que se sobressai o prolongamento do período economicamente ativo da população. As análises desse conteúdo mostram que se, por um lado, a participação das pessoas com até 39 anos declinou para 56,9% da PEA estadual, em 2013, por outro, a parcela com 40 anos ou mais passou a responder por 43,1%, quando respondia por 34,1% da PEA cearense, em 2001, um crescimento de 9 p.p. nesses treze anos. Isto decorreu da crescente incorporação dos grupos de 40 a 49 (20,1% ou 847 mil), 50 a 59 (14,2% ou 600 mil) e de 60 anos ou mais (8,8% ou 370 mil), delineando o novo perfil etário da PEA cearense. Portanto, o envelhecimento da população cearense tem

30 30 impactado no processo de envelhecimento de sua força de trabalho, dotando-a de características mais maduras (experiência profissional, qualificação, discernimento, habilidade na resolução dos problemas, dentre outras) (Gráfico 12). Gráfico 12 População economicamente ativa por grupos de idade Estado do Ceará 2001/2013 Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor. Em face dessa nova realidade demográfica, além de outros condicionantes, mostra-se imprescindível o Estado do Ceará dar sequência a essa trajetória de crescimento econômico verificada no período recente, de modo a possibilitar a geração de oportunidades de trabalho em número compatível com o crescimento futuro de sua força de trabalho, para se evitarem incrementos significativos nas taxas de desemprego, nos anos vindouros, especialmente entre os jovens, as mulheres, os menos escolarizados e os mais pobres. A realidade de mais pessoas em idade produtiva, por si só, não assegura que elas serão absorvidas pelo mercado de trabalho. Daí porque se faz necessário o compromisso com o crescimento econômico e com a geração de emprego. Este esforço de geração de novas ocupações se mostra ainda mais premente quando se sabe que parte das pessoas com 60 anos ou mais ainda permanecerá no mercado de trabalho, por mais alguns anos, forçada pela baixa renda disponível, mesmo porque o nível de renda dos idosos, ainda ativos, tende a ser um pouco mais elevado do que o dos não ativos. Além disso, pouco mais da metade dos brasileiros não dispõe de uma reserva financeira para quando se retirar do mercado de trabalho. Estudo realizado pelo Banco

31 31 HSBC 3, com a participação de quinze países, inclusive o Brasil, constatou que 53% dos brasileiros não estão economizando e nem pretendem começar a poupar exclusivamente para o período em que vão deixar o mercado de trabalho. Portanto, a indisponibilidade/insuficiência de renda, por ocasião da retirada do mercado de trabalho, é um forte indutor do prolongamento do período economicamente ativo dos indivíduos, ao lado da maior esperança de vida, especialmente em regiões onde o rendimento mensal da força de trabalho é relativamente menor, como no Ceará. No Estado do Ceará, números da PNAD estimam que a força de trabalho da terceira idade (PEA com 60 anos ou mais) totalizara 370 mil pessoas, em 2013, o equivalente a 8,8% da PEA estadual (4.215 mil), sinalizando que uma em cada onze pessoas economicamente ativas tinha 60 anos ou mais. Essa participação aumentou em quase 1 ponto percentual (p.p.), pois a parcela da PEA da terceira idade respondia por 7,9% da PEA estadual (4.380 mil), em 2009, com 348 mil idosos economicamente ativos. Por conseguinte, os trabalhadores com, no mínimo, 60 anos de idade integram importante segmento da força de trabalho cearense, tanto quantitativa quanto qualitativamente, devido à experiência laboral que detêm. Por sexo, a contribuição da força de trabalho masculina de 60 anos ou mais, na constituição da força de trabalho masculina do estado, cresceu de 8,5%, em 2009, para 9,9%, em 2013, enquanto a fração feminina da mesma coorte oscilou de 7,2% para 7,3%, respectivamente. Portanto, a proporção de homens idosos na PEA masculina supera a de mulheres idosas na PEA feminina, ganhando destaque em 2013 (Tabela 13). Tabela 3 População economicamente ativa de 60 anos ou mais de idade, segundo a situação do domicílio, por sexo Estado do Ceará 2009/2013 (Em pessoas) Situação do domicílio Total Homens Mulheres Total Urbana Rural Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. 3 O Futuro da Aposentadoria Um Ato de Equilíbrio. Jornal Diário do Nordeste Negócios, p. 1, Edição de 19/1/2015.

32 32 Atentar para o fato de que, enquanto a força de trabalho estadual encolheu (- 3,8%), o conjunto dos economicamente ativos de 60 anos ou mais cresceu (6,3%), no quinquênio em estudo. Na verdade, a PEA da terceira idade cearense foi acrescida de 22 mil pessoas, no intervalo de tempo em questão. Isto foi consequência da robusta expansão da força de trabalho idosa da zona rural (adicional de 60 mil pessoas) e da masculina (29 mil a mais), dado que as PEAs feminina (-7 mil) e urbana (-38 mil) diminuíram, quantitativamente falando. Mesmo assim, as forças de trabalho masculina e das áreas urbanas são as de maior inserção de idosos no mundo laboral da região. Assim, a força de trabalho idosa cearense é eminentemente masculina e urbana. Apesar do declínio para 57,0%, em 2013, a PEA idosa urbana é a mais expressiva, com quase seis idosos urbanos para cada quatro rurais compondo a força de trabalho da terceira idade no Ceará. No recorte por sexo, os homens de 60 anos ou mais elevaram sua representação, passando a responder por 64,3% dos idosos economicamente ativos do estado, no ano em apreço. Isto decorreu das trajetórias delineadas pela PEA masculina, que registrou crescimento, ao passo que a feminina decresceu, entre 2009 e 2013, conforme citado no parágrafo anterior. A taxa de atividade, também conhecida como taxa de participação, é um indicador que mensura a parcela dos segmentos populacionais que se encontra inserida no mercado de trabalho (ocupados e desempregados), como proporção do total desses segmentos, em determinado momento e região. Na abordagem das taxas de atividade da população idosa, aferindo o peso dos idosos economicamente ativos no total da população idosa, esses indicadores mostram que algo em torno de 31,7% dos idosos cearenses eram economicamente ativos, ou seja, encontravam-se inseridos no mercado de trabalho estadual, em Entre eles, como usualmente ocorre, a presença masculina no mercado laboral (45,5%) excede em muito a feminina (20,5%), isto é, a proporção de homens com 60 anos ou mais de idade exercendo alguma atividade é substancialmente maior que a das mulheres da mesma faixa etária, o que evidencia, uma vez mais, o perfil majoritariamente masculino desse segmento, como pode ser percebido no Gráfico 13.

33 33 Gráfico 13 Taxa de atividade da população idosa por sexo - Estado do Ceará Fonte: IBGE Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Elaboração do autor. As elevadas participações de idosos no mercado de trabalho é uma particularidade nacional e o Ceará não é exceção, posto que a parcela dos homens com 60 anos ou mais, trabalhando e/ou em busca de uma ocupação, sempre ultrapassou a marca dos 44% do total de indivíduos de mesma idade, nos últimos treze anos, tendo alcançado o seu máximo (55,8%) em [...] a ausência de restrições legais ou institucionais à continuidade do trabalho após a aposentadoria e como veremos a forma de inserção dos idosos no mercado de trabalho explicam o fato de que há uma grande proporção de aposentados economicamente ativos. A percepção da aposentadoria, juntamente com uma remuneração proveniente do mercado de trabalho, acaba se tornando uma estratégia de sobrevivência ou de melhoria de situação econômica do idoso e de sua família (FURTADO, 2005, p. 16). No triênio 2011/2013, com média anual de 31%, as taxas de atividade dos idosos no mercado de trabalho do Ceará eram bem inferiores às registradas nos anos de 2001 a 2009, quando quase 38% dos idosos cearenses, em média, constituíam a força de trabalho da região, apesar de a PEA de 60 anos ou mais do estado ter crescido em termos absolutos. Na verdade, no último triênio, as taxas de atividade dos idosos foram as menores, desde 2001, independente de sexo, mas ainda se encontravam em patamares elevados. De fato, no triênio , a taxa de atividade média dos homens (44,9%) recuou 13,5% e a média das mulheres (20,0%) diminuiu 25,4%, em relação às respectivas taxas médias anuais de atividade dos anos de 2001 a Isto demonstra

34 34 que as mulheres se retiraram relativamente mais do mercado de trabalho cearense do que os homens, no período analisado. Deve-se salientar que essa tendência foi constatada no país, onde a fatia de idosos economicamente ativos diminuiu de 30,0%, em 2009, para 27,9%, em 2013, e no Nordeste, de 32,6% para 29,3%. E mais, a fração de idosos economicamente ativos no Ceará, ligeiramente acima dos 30%, supera os resultados do Brasil e Nordeste, conforme os indicadores apresentados, denotando uma maior presença relativa dos idosos cearenses na oferta de mão de obra local, apesar da redução já referida dos últimos anos. Assim, o Ceará detém uma parcela relativamente maior de idosos na composição de sua força de trabalho, frente às realidades brasileira e nordestina. Como já citado, a redução da taxa de atividade das pessoas de 60 anos ou mais é resultante da menor presença de idosos (45,5%) e idosas (20,5%) no mercado de trabalho do Ceará, em 2013, paralelamente a Ratificando essa assertiva, o número de idosos cearenses não economicamente ativos, para cada idoso economicamente ativo, cresceu de 1,6, em 2009, para 2,2, em 2013, ou seja, aumentou o número de idosos sem trabalhar e/ou procurar trabalho. De qualquer maneira, os idosos representam, atualmente, quase 9,0% da força de trabalho estadual, o que ressalta a importância desse segmento na oferta de mão de obra cearense. Essa menor participação, ou maior nível de inatividade da mão de obra de 60 anos ou mais, pode ser explicada, em boa parte, pela melhora na oferta de emprego no estado, especialmente com carteira assinada, nas condições de renda das famílias, em decorrência da política de valorização do salário mínimo, dos programas de transferência de renda e dos ganhos reais de salário, pela redução do desemprego, etc., situação propiciada também pelo ritmo de crescimento da economia do estado, que deteve taxas superiores à média nacional, nos últimos anos. Desde 2008, o Produto Interno Bruto do Ceará cresce acima do PIB do país e, citando 2010, ano de forte crescimento econômico, o PIB cearense cresceu 7,9% e o nacional, 7,5%. Portanto, apesar de significativa, a presença da mão de obra com 60 anos ou mais de idade no mercado de trabalho cearense apresenta-se em um patamar um pouco abaixo do verificado até 2009, o que não é um resultado de todo negativo, na medida em que essa redução pode favorecer a geração de mais oportunidades de trabalho para outros grupos de idade, especialmente os mais jovens.

35 35 Em termos absolutos, no Estado do Ceará, o número de idosos economicamente ativos somou 370 mil pessoas (238 mil homens e 132 mil mulheres) e os não economicamente ativos totalizaram 796 mil (284 mil homens e 512 mil mulheres). Entre os economicamente ativos, foram estimados 368 mil ocupados e 2 mil desempregados, na semana de referência da pesquisa, como aferiram os números da PNAD de Em poucas palavras, pode-se destacar o contínuo crescimento da população em idade produtiva, o envelhecimento da força de trabalho do Ceará, com peso crescente daqueles com 40 anos ou mais de idade, e os menores patamares das taxas de atividade dos idosos, refletindo a saída recente de parte deles do mercado de trabalho estadual, nos anos recentes, independente de sexo, em boa medida, reflexo das melhoras na economia cearense e nas condições de vida das famílias. Não obstante, a presença dos idosos no mundo laboral cearense é muito significativa, tal qual no Brasil, sendo os homens maioria na composição da força de trabalho idosa do estado.

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