INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS
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- Marco Chagas Henriques
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1 TÍTULO: OSTEOMELITE DE MAXILAR CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): ALLAN MOREIRA, JORGE LUIZ FERNANDES FREITAS ORIENTADOR(ES): LINNEU CUFFARI COLABORADOR(ES): FATIMA PAVAN
2 OSTEOMIELITE DE MAXILAR RESUMO Por definição, osteomielite quer dizer, literalmente, inflamação da porção medular do osso; no entanto, este processo pode acontecer inclusive a cortical óssea e o periósteo. A invasão bacteriana aos espaços medulares leva a inflamação e ao edema, resultando em compressão da área afetada, comprometendo o suprimento sanguíneo. O objetivo desse trabalho é apresentar uma breve revisão de literatura sobre esta enfermidade, abordando suas características clínicas, prevenção e possibilidades de tratamento. Conclui-se que vários tipos de microrganismos estão relacionados à sua causa e que a identificação precoce, tratamento cirúrgico, antibioticoterapia por longo período de tempo, auxiliados pela terapia com oxigênio hiperbárico e conduta antroposófica, previnem alterações estéticas graves pelas perdas extensas de porções ósseas e dentes. Palavras-chave: osteomielite do maxilar, aspectos clínicos e tratamento.
3 INTRODUÇÃO A osteomielite do maxilar é raramente observada nos países desenvolvidos, embora bastante prevalentes no mundo em desenvolvimento, onde estão associadas a traumas e procedimentos cirúrgicos. É um processo aguda ou crônico, definida como uma doença óssea inflamatória, iniciando-se como uma infecção bacteriana dos espaços medulares, que posteriormente compromete o sistema circulatório haversiano e eventualmente abrange também a cortical e o periósteo. Pode ser originada por um foco contínuo de infecção ou por disseminação hematogênica (TOPAZIAN, 1997). Embora todos os patógenos possam infectar o osso, a grande maioria das infecções é provocada por Staphylococus aureus. Em menor escala tem-se o estreptococus, e em casos raros, pneumococus, gonococus colibacilos e H. influenzae. Outras causas de osteomielite são o Bacilo de Koch, em portadores de tuberculose, projéteis de arma de fogo, úlceras nos pés de diabéticos ou portadores de varizes graves e até perfurações acidentais por espinhos ou farpas na planta dos pés que ponham o Staphylococus aureus em contato com o osso (VIEIRA; MELO, 2006). O uso continuo de medicamentos como os bifosfonatos (drogas inibidoras da reabsorção óssea), os esteróides (anabolizantes e antianêmicos, também inibidores da reabsorção óssea), tem causado preocupação por poderem levar à necrose óssea com posterior infecção (AVÓLIO; MARCUCCI, 2008). A osteomielite não escolhe faixa etária ou gênero, sendo a mandíbula mais afetada, quando comparada à maxila que raramente é comprometida. A razão primária para esta afirmação é o suprimento sanguíneo da maxila ser muito mais rico e se derivar de diversas artérias, as quais formam complexa rede de vasos de suprimento. Este osso também possui lâmina cortical estreita e menor densidade óssea quando comparado à mandíbula, dificultando o confinamento das infecções no seu interior e permitindo a dissipação do edema e de exsudato para os tecidos moles e seios paranasais (MADEIRA, 2003). A mandíbula tende a drenar seu suprimento sanguíneo primário pela artéria alveolar inferior quase que totalmente, além de possuir e dificultar a penetração dos vasos sanguíneos periosteais. Assim, a sua parte óssea esponjosa se torna mais propensa à isquemia e, portanto, a infecção (MADEIRA, 2003).
4 Nos tecidos ósseos afetados pela osteomielite, as bactérias envolvem todas as estruturas ósseas, organizando-se em colônias e em biofilmes microbianos, como estratégia de sobrevivência frente aos mecanismos de defesa do hospedeiro. Histologicamente nota-se quantidade significativa de tecido conjuntivo fibroso, com inflamação crônica, preenchendo áreas intertrabeculares do osso (FARIA et al., 2008). Várias classificações para a osteomielite dos maxilares foram propostas, entretanto, clinicamente se observavam dois grandes grupos: o supurativo e o nãosupurativo. Ambos nas suas formas agudas ou crônicas, esta ultima se dividindo ainda em crônica secundaria, ou seja. A osteomielite aguda que se cronificou e crônica primaria, aquela que não apresentou anteriormente a fase água (SPAZZIN et al., 2004). A sintomatologia frequentemente é modificada por fatores como a automedicação com drogas antiinflamatórias e antimicrobianas, as quais também podem mascarar as manifestações clínicas e dificultar o diagnóstico. (GAETTI-JARDIM et al., 2008). O diagnóstico clínico é complementado pelas radiografias convencionais, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, apesar das evidências radiográficas surgirem mais lentamente do que o progresso da infecção. Radiograficamente observa-se a perda de definição do osso medular envolvido na lesão além de sua substituição por áreas radiolúcidas. Posteriormente são observados sequestros radiopacos entre estas áreas radiolúcidas (PRADO; SALIM, 2004). O tratamento da osteomielite é baseado em três pilares essenciais, que são: cuidados gerais, antibioticoterapia e tratamento ortopédico. Hidratação e dieta adequadas, manutenção do equilíbrio ácido-básico, equilíbrio protéico e correção da anemia são as principais medidas de cuidados gerais (VIEIRA; MELO, 2006).
5 OBJETIVO O propósito desse estudo é apresentar uma breve revisão da dinâmica patológica e clínica da osteomielite de maxilar, abordando suas características clínicas, prevenção e possibilidades de tratamento.
6 METODOLOGIA A revisão bibliográfica foi realizada na base de dados LILACS/SCIELO, BIREME, e MEDILINE (PUBMED) onde foram selecionados artigos científicos com importância histórica, além da clareza, concisão e credibilidade de suas informações. Palavras chaves utilizadas: osteomielite do maxilar, aspectos clínicos e tratamento.
7 REFERÊNCIAS AVÓLIO, G.; MARCUCCI, M. Perspectivas no uso dos marcadores de remodelação óssea em odontologia: CTX plasmático. R Assoc Paul Cir Dent, v. 62, n. 5, p , FARIA R. M. et al. Osteonecrose bilateral da maxila induzida por zolendronato. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent. v. 62, p , GAETTI-JARDIM, E. J. et al. Osteomielite crônica dos maxilares: aspectos clínicos, terapêuticos e microbiológicos. Salusvita, Bauru, v. 27, n. 1, p , MADEIRA, M. C. Anatomia da face. 4 ed. São Paulo: Sarvier, 2003, cap. 7, p PRADO, R.; SALIM, M. A. Cirurgia buco-maxilo-facial diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Medsi, 2004, cap. 11, p TOPAZIAN, R. G. Osteomielites dos maxilares. In: TOPAZIAN, R. G.; GOLDBERG, M. H. Infecções maxilo faciais e orais. 3. ed. São Paulo: Santos, 1997, cap. 7, p SPAZZIN, A. O. et al. Osteomielite dos maxilares. Rev. Med HSVP, v. 16, n. 34, p , VIEIRA, C. L.; MELO, R. E. V. A. Osteomielite Relato de caso. International Journal of Dentistry, Recife, v. 1, n. 1, p , jan./ mar
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