3º Ciclo / 9º Ano / Ciência

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1 3º Ciclo / 9º Ano / Ciência

2 LIGAÇÕES AO CURRICULUM NACIONAL CONTEÚDO DO PROGRAMA e-bug Integração no CURRICULUM DE CIÊNCIAS PROJECTO de Educação para a Saúde 1. Microrganismos 1.1. Introdução 1.2. Micróbios Inofensivos 1.3. Micróbios Nocivos 2. Disseminação das Infecções 2.1. Higiene das Mãos 2.2. Higiene Respiratória 2.3. Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) 3. Prevenção das Infecções 3.1. Defesas Naturais do Organismo 3.2. Vacinação 3º Ciclo 9ºAno Projecto a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares 4. Tratamento das Infecções 4.1. Antibióticos e Medicamentos

3 Bem vindo ao e-bug O e-bug foi desenhado com o objectivo de desvendar o Mundo dos Micróbios às crianças e jovens em idade escolar. Este recurso está a ser distribuído gratuitamente aos professores em todo o Reino Unido pela Agência de Protecção da Saúde (Health Protection Agency) e pelo Departamento da Saúde para melhorar os conhecimentos dos alunos na área da saúde pública e estimular o interesse pela ciência. Este recurso pedagógico pode ser copiado para os alunos, mas não pode ser vendido. O e-bug é uma iniciativa financiada pela Comissão Europeia para complementar os curricula escolares oficiais e adequado para o 2º e 3º ciclo do Ensino Básico português. O seu objectivo é ensinar aos alunos o que são micróbios, como se transmitem, como se propagam as doenças infecciosas, como podem ser prevenidas por medidas simples de higiene e pelo uso de vacinas. Faz-se também apelo ao uso apropriado dos antibióticos, que são recursos terapêuticos valiosos que não podem ser desbaratados. Cerca de 19 países Europeus estiveram envolvidos no desenvolvimento deste projecto, que já foi avaliado por mais de 3000 crianças em Inglaterra, em França e na República Checa. O e-bug é suportado por um website do qual podem ser descarregados todos os recursos, vídeos de demonstração das actividades e outras actividades suplementares. O website contêm jogos interactivos que ensinam as mensagens-chave às crianças, de um modo lúdico e interessante. O pacote consiste em 9 módulos divididos por 4 capítulos principais, que podem ser utilizados em sequência ou separadamente. Cada um foi desenhado para se adequar a uma aula de 45 minutos. Cada capítulo possui um enquadramento científico destinado aos professores, planos detalhados de cada lição, e fichas de trabalho para os alunos, e ainda: Actividades criativas para promover uma aprendizagem dinâmica Objectivos pedagógicos precisos que estimulem a compreensão dos alunos acerca da importância dos micróbios e da promoção da saúde Medidas que encorajam os alunos a responsabilizarem-se pela sua saúde Alertas para a importância do uso prudente dos antibióticos Os módulos podem ser usados isoladamente ou em conjunto com os recursos disponíveis no website do e-bug. Agradecemos a todos os que estiveram envolvidos no desenvolvimento deste recurso que irá ajudar a próxima geração de adultos a utilizar os antibióticos de um modo mais prudente, especialmente a todos os alunos e professores do reino Unido, França e República Checa, que participaram no estudo piloto e no processo de avaliação, contribuindo para uma maior eficácia deste instrumento pedagógico. A vossa opinião de educadores é para nós de vital importância. Os vossos comentários irão ajudar ao desenvolvimento e à evolução deste recurso. Por favor enviem-nos as V/ sugestões, comentários ou dúvidas para: Projecto e-bug Direcção Geral da Saúde Alameda D. Afonso Henriques Lisboa Portugal Ou, em alternativa, visitem o nosso website em Esperamos que gostem de utilizar o e-bug e que o considerem uma mais-valia para os vossos alunos. Dr Cliodna AM McNulty Head of Primary Care Unit Public Health England England

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5 No Capítulo 1.1, faz-se a introdução ao mundo dos micróbios, explorando em primeiro lugar os seus diferentes tipos e formas, e depois examinando de perto os micróbios inofensivos e os micróbios nocivos. Nesta actividade introdutória os alunos familiarizam-se com os vários tipos e formas de micróbios através de um jogo de cartas de aprendizagem interactiva. A actividade complementar reforça a aprendizagem sobre a estrutura microbiana através da preparação de posters de investigação. Em alternativa, os alunos podem preferir investigar a história da microbiologia, elaborando um poster cronológico. Campylobacter Todos os alunos: ENSINO OBJECTIVOS Aprendem que existem três tipos de micróbios. Compreendem que os micróbios se podem encontrar em qualquer lugar. Aprendem que as bactérias inofensivas existem no nosso corpo. Compreendem que os micróbios têm todos tamanhos diferentes. CURRICULUM NACIONAL LIGAÇÕES CURRICULUM DE CIÊNCIAS 3º Ciclo / 9º Ano ou Projecto de Educação para a Saúde a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares

6 1.1 Microrganismos Introdução Enquadramento Palavras-Chave Bactéria Bicho Célula Cílios Citoplasma Doença ADN Flagelos Fungo Germe Micróbio Microrganismo Microscópio Patogénico ARN Vírus Materiais Necessários Por aluno Uma cópia de SH 1 Uma cópia de SH 2 Uma cópia de SH 3 Uma cópia de SH 4 Preparação Prévia Recorte e plastifique um conjunto de cartas de jogar (SH 2 SH 4) para cada grupo. Recursos Disponíveis na Net Um filme sobre a actividade Várias fotografias de micróbios SH 1 em formato MS PowerPoint Animação para mostrar as diferenças de tamanho dos micróbios Os microrganismos são seres vivos demasiado pequenos para serem observados a olho nu. Podem encontrar-se em qualquer local do planeta e podem ser benéficos ou nocivos para o ser humano (este facto será desenvolvido em capítulos posteriores). Apesar de extremamente pequenos, os micróbios podem ter diversas formas e tamanhos. Existem três tipos principais de micróbios: Os Vírus são os micróbios mais pequenos e são geralmente nocivos para o ser humano. São partículas que não sobrevivem por si próprias. Precisam de uma célula hospedeira para sobreviver e se reproduzir: Uma vez dentro da célula hospedeira, rapidamente se multiplicam destruindo-a durante este processo! Os Fungos são organismos uni ou pluricelulares parecidos com plantas que tanto podem ser benéficos como nocivos para o ser humano. Obtêm o seu alimento através da decomposição de matéria orgânica ou vivendo como parasitas num organismo hospedeiro. Os fungos incluem o bolor, os cogumelos e as leveduras! Os nocivos são aqueles que podem causar infecções ou que são venosos quando ingeridos, os outros podem ser benéficos ou inofensivos, como por exemplo, o Penicillium, que produz a penicilina (antibiótico) e o Agaricus (cogumelo) que pode ser ingerido como alimento. Disseminam-se pelo ar como esporos, que são parecidos com pequenas sementes. Quando estes esporos caem sobre o pão ou sobre a fruta, se tiverem condições apropriadas (humidade), abrem e multiplicam-se. As Bactérias são organismos unicelulares que se podem multiplicar exponencialmente, em média a cada 20 minutos. Durante o seu crescimento, algumas produzem substâncias (toxinas) que podem ser extremamente prejudiciais para o ser humano e causar doenças (ex. Staphylococcus aureus). Algumas bactérias são completamente inofensivas enquanto outras são muito úteis para nós (ex. Lactobacillus que se usa na indústria alimentar) e até indispensáveis à vida humana, como é o caso daquelas que são responsáveis pelo crescimento das plantas (Rhizobacterium). As inofensivas designam-se por nãopatogénicas, enquanto as nocivas são apelidadas de patogénicas. Aproximadamente 70% das bactérias são microrganismos nãopatogénicos inofensivos. As bactérias podem ser classificadas, quanto à sua forma, em três grupos cocos (redondas), bacilos (tubulares) e espiroquetas (espiraladas). Os cocos também podem ser subdivididos em três grupos, pela forma como se agregam: estafilococos (cachos), estreptococos (cadeias) e diplococos (pares). Os cientistas usam esta classificação para identificar qual a infecção que o paciente tem. Como criaturas vivas, os micróbios têm certas exigências de crescimento mas estas dependem do local onde se encontram. Por exemplo, os micróbios que vivem nos seres humanos preferem uma temperatura de 37ºC, enquanto os que vivem em aberturas termais nas profundezas do mar preferem temperaturas muito mais altas e os que vivem nas regiões árcticas preferem temperaturas muito mais baixas. Os micróbios também variam nas suas exigências nutritivas. Uma alteração no ambiente pode matar muitos micróbios, embora seja importante lembrar que estes são extremamente adaptáveis e as modificações graduais podem resultar em micróbios que se adaptam para se ajustarem ao seu ambiente, p. ex. as bactérias resistentes aos antibióticos.

7 1.1 Microrganismos Introdução Introdução 1. Comece por perguntar aos alunos o que é que já sabem sobre micróbios. A maior parte deles já saberá que podem causar doenças mas eventualmente não sabem que os micróbios também podem ser benéficos. Pergunte-lhes onde procurariam se quisessem encontrar micróbios. Será que eles pensam que os micróbios são importantes para nós? 2. Explique que os micróbios são as criaturas vivas mais pequenas da terra e que a palavra microrganismo se traduz, literalmente, em micro (pequeno) e organismo (vida). São tão pequenos que não podem ser vistos sem o uso de um microscópio. Anthony van Leewenhoek criou o primeiro microscópio em Usou-o para examinar vários objectos da sua casa e designou as criaturas vivas (bactérias) que encontrou na raspagem dos seus dentes por animalejos. 3. Mostre aos alunos que existem três tipos diferentes de micróbios: bactérias, vírus e fungos. Use SH 1 para demonstrar como estes três micróbios variam em forma e estrutura. Utilize a actividade proposta no website para demonstrar os diferentes tamanhos dos micróbios. 4. Acentue que para além dos micróbios que causam doenças, existem também micróbios úteis. Peça aos alunos para identificarem alguns micróbios úteis. Se não forem capazes dê-lhes exemplos: o Lactobacillus no iogurte, as bactérias probióticas no nosso estômago que ajudam na digestão e o fungo Penicillium que produz a penicilina, etc. 5. Destaque que os micróbios podem ser encontrados em QUALQUER LOCAL no ar que respiramos, na comida que ingerimos, na água que bebemos, à superfície e dentro do nosso corpo. Realce que embora existam micróbios nocivos que podem fazer-nos mal, existem muito mais micróbios úteis que podemos usar. Nesta actividade, grupos de 3-4 alunos jogam um jogo de cartas que os ajuda a lembrar de algumas palavras técnicas relacionadas com os micróbios, bem como a familiarizarem-se com os vários nomes, as diferenças de tamanho, capacidade de causar danos e se são resistentes aos antibióticos. Nota As informações contidas nas cartas sobre o tamanho e nº de espécies dos micróbios estavam correctas na data do desenvolvimento do programa, as restantes estão em constante mutação pelos avanços científicos que se verificam e pelas variações nas resistências aos antibióticos. Regras do jogo Actividade Principal 1. Quem dá as cartas deve baralhá-las e distribuí-las voltadas para baixo. Cada jogador segura nas suas cartas de modo a ver apenas a carta do topo. 2. O jogador à esquerda de quem dá começa por ler, em voz alta, um item da carta do topo (p. ex. Tamanho 50). Os outros jogadores lêem depois o mesmo item. O jogador com o valor mais alto ganha, recolhendo as cartas de topo dos outros e colocando-as debaixo das suas. O vencedor escolhe, então um item da carta seguinte. 3. Se 2 ou mais jogadores partilharem o valor mais alto, todas as cartas são colocadas no meio da mesa e o mesmo jogador escolhe um item da carta seguinte. O vencedor da jogada fica também com as cartas do meio. A pessoa que, no final, tiver todas as cartas é o vencedor.

8 1.0 Introduction to Microbes 1.1 Microrganismos Introdução Plenário Avalie a aprendizagem perguntando aos alunos: a. O que são micróbios? Os micróbios são seres vivos demasiado pequenos para serem observados a olho nu. b. Onde se podem encontrar? Em toda a parte. c. Quais são as diferentes formas das bactérias? Bacilos (tubulares), cocos (redondas) e espiroquetas (espiraladas). d. Qual é a principal diferença entre bactérias e vírus? As bactérias são muito mais complexas que os vírus e podem sobreviver em QUALQUER PARTE enquanto os vírus necessitam de uma célula hospedeira para sobreviver. e. Promova um debate sobre micróbios úteis e inofensivos para o ser humano, utilizando os micróbios da actividade principal. Avalie a compreensão de como estes micróbios podem ser úteis ou nocivos, ou ambos. Os micróbios nocivos para o ser humano são, geralmente, aqueles que nos podem causar dano através das infecções. No entanto, algumas vezes, podem ser encarados como sendo úteis, p. ex. certas estirpes de E. coli e Salmonella podem causar diarreias graves se ingeridas pelo ser humano, no entanto, estas estirpes têm sido extensivamente investigadas. Esta investigação informou-nos muito sobre micróbios em geral e como podemos utilizá-los em nosso proveito, p. ex. em engenharia genética, no desenvolvimento de vacinas, etc. Actividade Suplementar Divida a turma em grupos de 3 4 alunos. Cada grupo deve criar um poster sobre um dos seguintes tópicos: 1. Escolha um tipo específico de bactéria, vírus ou fungo, p. ex. Salmonella, Influenza e Penicillium. O poster deverá incluir: a. Estrutura dos micróbios b. Onde se podem encontrar c. Como afectam o homem (benéficos ou nocivos) d. Exigências de crescimento desse grupo específico de micróbios OU 2. Um poster cronológico sobre a história dos micróbios. Este poster pode incluir: a. 1676: van Leewenhoek descobre os animalejos utilizando um microscópio b. 1796: Jenner descobre a vacina da varíola c. 1850: Semmelweis defende a lavagem das mãos para evitar a disseminação de doenças d. 1861: Pasteur descobre que as bactérias não surgem de geração espontânea e. 1884: Koch publica os seus postulados, os critérios para estabelecer uma relação causal entre um micróbio e uma doença f. 1892: Ivanovski descobre os vírus g. 1929: Fleming descobre os antibióticos

9 Fungos Esporângios Membrana celular Bactérias Cromossoma Envelope Vírus Complex (Bacteriophage a virus which infects bacteria) Ácido nucleico Talo ou Soma Glicoproteínas Micélio Parede celular Citoplasma Esporângios: Corpo produtor de esporos. Talo ou Soma: Haste filamentosa sobre a qual se formam os esporângios. Micélio: Rede de hifas que absorvem os nutrientes. As bactérias sobrevivem por si próprias e encontram-se em toda a parte Cromossoma: Material genético (ADN) da célula. Parede celular: A parede celular é constituída por peptidoglicanos e mantém a forma da célula bacteriana. Membrana celular: Reveste o interior da parede celular limitando o conteúdo da célula e proporcionando uma barreira à entrada e saída de substâncias. Citoplasma: Substância gelatinosa no interior da célula que suporta o seu conteúdo. Os vírus não sobrevivem por si próprios têm OBRIGATORIAMENTE que viver dentro de uma célula/organismo vivo Envelope: Camada lipídica dupla que contém o material genético da partícula viral. Glicoproteínas: Servem 2 propósitos: Prendem o vírus à célula hospedeira. Transportam o material genético do vírus para a célula hospedeira. Ácido nucleico: ADN ou ARN, mas as partículas virais raramente contêm os dois. A maioria contêm ARN.

10 Tobamovirus Orthomyxovirus Lyssavirus Ebola Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes Perigo para o homem Utilidade para o homem Resistência humans aos antibióticos... N/A Tamanho Máx. (nm)... Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem... Resistência aos antibióticos N/A Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem... Resistência aos antibióticos N/A Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem Resistência aos antibióticos... N/A 0 Os Tobamovirus são um grupo de vírus que infectam as plantas. O mais comum é o vírus do mosaico do tabaco, que infecta o tabaco e outras plantas provocando uma descoloração parecida com um mosaico nas folhas. Este vírus tem sido muito útil na investigação científica. A gripe é uma infecção causada pelo Orthomyxoviridae. Todos os anos, 5% - 40% da população tem gripe mas recupera completamente em duas semanas. Em 1918, antes de serem descobertas as vacinas da gripe, morreram vinte milhões de pessoas. O Lyssavirus infecta as plantas e os animais. O mais comum é o vírus da Raiva e está, geralmente, associado aos cães. A Raiva foi responsável por mortes, aproximadamente, no mundo inteiro mas pode ser prevenida através da vacinação. O Filovirus provoca a doença vulgarmente conhecida como Ébola. É um dos vírus mais perigosos que se conhece, devido ao facto de não existirem vacinas nem qualquer tipo de tratamento. 50% - 90% das vítimas morre com a doença! Lymphocryptovirus Vírus Simplex Rhinovirus Varicellovirus Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem... Resistência aos antibióticos N/A Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem... Resistência aos antibióticos N/A Tamanho Máx. (nm)... Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem... Resistência aos antibióticos N/A Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem... Resistência aos antibióticos N/A O vírus Epstein-Barr é um tipo de Lymphocryptovirus e provoca uma doença conhecida como a Doença do Beijo ou Mononucleose Infecciosa. Os pacientes sofrem de garganta inflamada, gânglios linfáticos inchados e cansaço extremo. A transmissão requer contacto íntimo como beijar ou partilhar bebidas. O Herpes simplex é uma das mais antigas infecções sexualmente transmissíveis. Em muitos casos, o Herpes não apresenta quaisquer sintomas mas um terço das pessoas infectadas apresenta crostas desagradáveis à vista. Existem, aproximadamente, 250 tipos de vírus da constipação! O Rhinovirus é, de longe, o mais comum. Estes são responsáveis por, quase, 35% das constipações. Os Rhinovirus podem sobreviver três horas fora do nariz. Se chegarem aos teus dedos e depois esfregares o nariz, já estás contagiado! A varicela é provocada pelo vírus Varicella-Zoster. É extremamente contagioso, embora raramente com gravidade. O contágio é por contacto directo, tosse ou espirros. Quase todas as pessoas tiveram varicela na infância, antes da descoberta do vacina contra a varicela.

11 Penicillium Saccharomyces Tinea Stachybotrys Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... Perigo para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem Utilidade para o homem Utilidade para o homem Utilidade para o homem Utilidade para o homem... 2 Resistência aos antibióticos... N/A Resistência aos antibióticos... N/A Resistência aos antibióticos... N/A Resistência aos antibióticos... N/A O Penicillium é um fungo que, literalmente, mudou o mundo! Desde a sua descoberta, o antibiótico tem sido produzido em massa para combater as infecções bacterianas. Infelizmente, devido ao seu uso excessivo muitas bactérias desenvolveram resistência a este antibiótico. Desde há mais de 6000 anos que a Saccharomyces cerevisiae (levedura da cerveja) tem sido utilizada no fabrico de cerveja e pão! É também bastante utilizada no fabrico de vinho e na investigação biomédica. Uma única levedura pode multiplicar-se em em apenas 6 horas. Embora uma grande variedade de fungos possam causar micoses nos pés, a Tinea provoca pele gretada e que dá comichão, tipicamente, entre o 4º e 3º dedo do pé. Esta infecção é conhecida como Pé de Atleta e é a infecção da pele mais comum provocada por um fungo. Quase 70% da população sofre de pé de Atleta. O Stratchybotrys (bolor do feno) é um fungo tóxico negro, que embora não sendo patogénico por si só, produz uma série de toxinas que podem provocar vários problemas de saúde, desde erupções cutâneas a reacções que envolvem risco de vida para quem tem problemas respiratórios. Aspergillus Cryptococcus Candida Verticillium Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes Perigo para o homem Utilidade para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem Resistência aos antibióticos... N/A Resistência aos antibióticos... N/A Resistência aos antibióticos... N/A Resistência aos antibióticos... N/A O Aspergillus é ao mesmo tempo benéfico e nocivo para o ser humano. Muitos são utilizados na indústria e em medicina. Este fungo é responsável por cerca de 99% da produção global de ácido cítrico e é um componente dos medicamentos que os fabricantes acreditam poder diminuir a flatulência! O Cryptococcus é um fungo que se desenvolve como uma levedura. É mais conhecido por provocar formas graves de meningite e meningoencefalite em pessoas com SIDA. A maioria dos Cryptococci vive no solo e não é nociva para o ser humano. O fungo Candida faz parte da flora natural da boca e do tracto gastrointestinal do ser humano. Em circunstâncias normais este fungo pode ser encontrado em 80% da população humana sem efeitos adversos, embora o excesso possa resultar em candidíase (sapinhos). O Verticillium é um fungo bastante comum que vive na vegetação em decomposição e no solo. Algumas estirpes podem ser patogénicas para os insectos, plantas e outros fungos mas raramente provocam doenças no ser humano.

12 Chlamydia Salmonella SARM Streptococcus Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... Perigo para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem Utilidade para o homem... 1 Utilidade para o homem Utilidade para o homem Utilidade para o homem Resistência aos antibióticos... 5 Resistência aos antibióticos Resistência aos antibióticos Resistência aos antibióticos A Clamídia é uma doença sexualmente transmissível (DST) provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis. Pode apresentar sintomas moderados, como corrimento vaginal e do pénis, ou complicações mais graves como a infertilidade ou inflamação dos testículos. A Salmonella é uma bactéria tubular muito conhecida por provocar intoxicações alimentares e febre tifóide. Os sintomas variam desde os vómitos, à diarreia e até à morte nos casos mais graves. Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (SARM) é a bactéria responsável pela dificuldade em tratar as infecções hospitalares. É uma variação do Staphylococcus aureus (estafilococo dourado) que se tornou resistente aos antibióticos mais comuns. A maioria dos Streptococcus é inofensiva para o ser humano e faz parte da flora natural da boca e das mãos. No entanto, alguns provocam cerca de 15% das Amigdalites. Os sintomas incluem febre súbita, dores de estômago e inchaço (edema) das amígdalas. Escherichia Pseudomonas Lactobacillus Treponema Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Tamanho Máx. (nm) Número de estirpes... 7 Perigo para o homem Utilidade para o homem Número de estirpes Perigo para o homem Utilidade para o homem Número de estirpes Perigo para o homem... 0 Utilidade para o homem Número de estirpes... Perigo para o homem... Utilidade para o homem Resistência aos antibióticos... N/A Resistência aos antibióticos Resistência aos antibióticos Resistência aos antibióticos Muitas estirpes de E. coli são inofensivas e são residentes permanentes do tracto intestinal humano e animal. Esta bactéria faz parte das criaturas vivas mais estudadas a nível mundial. Em alguns casos, no entanto, a E. coli provoca infecções urinárias e intestinais e intoxicações alimentares As pseudomonas são um dos micróbios mais comuns em todo o tipo de ambientes. Embora algumas possam provocar doenças no ser humano, outras estão envolvidas na decomposição e biorremediação. Os Lactobacillus são muito comuns e geralmente inofensivos para o ser humano. Estão presentes na vagina e no tracto gastrointestinal, e constituem uma pequena porção da flora do intestino. Estas bactérias têm sido largamente utilizadas na indústria alimentar (para o fabrico de iogurte e queijo). A Sífilis é uma doença extremamente contagiosa provocada pela bactéria Treponema pallidum. Os sintomas principiam com uma erupção cutânea e sintomas semelhantes aos da gripe e podem conduzir a danos cerebrais e à morte. Pode ser curada com antibióticos, no entanto, as estirpes resistentes estão a tornar-se cada vez mais frequentes.

13 O Capítulo 1.2, Micróbios Inofensivos, destaca os benefícios de alguns micróbios examinando diversos meios e métodos para podermos utilizá-los em nosso benefício. Através da actividade fabricar iogurte, os alunos observam em primeira mão como os micróbios podem ser utilizados em nosso proveito na indústria alimentar. A actividade suplementar estimula os alunos a questionarem as suas experiências, examinando uma cultura de iogurte ao microscópio e observando a presença de bactérias úteis. ENSINO OBJECTIVOS Todos os alunos: Compreendem que existem micróbios inofensivos que ajudam a manter-nos saudáveis Aprendem que a maioria dos micróbios são inofensivos Aprendem que os micróbios podem ser utilizados em nosso benefício Compreendem que precisamos das colónias bacterianas para uma vida sã Aprendem que temos de proteger a nossa flora microbiana normal CURRICULUM NACIONAL LIGAÇÕES CURRICULUM DE CIÊNCIAS 3º Ciclo / 9º Ano ou Projecto de Educação para a Saúde a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares

14 1.2 Microrganismos Micróbios Inofensivos Enquadramento Palavras-Chave Cultura Colónia Contaminação Fermentação Incubação Flora Natural Pasteurização Probiótico Materiais Necessários Por aluno Recipientes de vidro Película aderente/alumínio Uma cópia de SH 1 e SW 1 Leite em pó Iogurte natural vivo Uma colher de chá esterilizada Por grupo Placa quente Banho de água a 20 o C Banho de água a 40 o C Actividade Suplementar Uma cópia de SW 2 Bico de Bunsen Lamelas Azul-de-metileno Microscópio (resolução 40X) Lâminas Conta-gotas esterilizados Saúde e Segurança Durante o aquecimento das preparações os alunos devem usar bata ou avental e óculos de protecção As lamelas devem ser manuseadas sobre o lavatório As bactérias são organismos unicelulares e embora algumas causem doenças, outras são úteis e benéficas. Um dos principais benefícios das bactérias está na sua utilização na indústria alimentar. Os subprodutos naturais criados durante o crescimento microbiano normal são utilizados hoje em dia para fazer muitos dos produtos alimentares que consumimos. A fermentação provoca uma transformação química nos alimentos. É o processo pelo qual as bactérias decompõem os açúcares complexos em compostos mais simples como o dióxido de carbono e o álcool. A fermentação transforma um alimento noutro. A fermentação do ácido acético pelos micróbios produz o vinagre. A fermentação do ácido láctico produz iogurte e queijo. Alguns fungos também são usados para fazer o queijo ficar azul! A levedura, Saccharomyces cerevisiae, é usada para fazer pão e massa através da fermentação. O vinho e a cerveja também são produzidos da mesma maneira embora o álcool seja produzido depois da fermentação, quando crescimento microbiano se processa sem oxigénio. A indústria do chocolate também conta com a ajuda de bactérias e fungos. Estes organismos produzem ácido durante a fermentação que corrói a vagem dura e facilita o acesso aos grãos de cacau. Quando as bactérias Streptococcus thermophilous ou Lactobacillus bulgaricus são adicionadas ao leite, consomem o açúcar durante a fermentação convertendo-o em iogurte. Os produtos de leite fermentado contêm tanto ácido que poucos micróbios potencialmente perigosos conseguem sobreviver. Os Lactobacillus são geralmente apelidados de bactérias úteis ou amigáveis. As bactérias úteis que nos ajudam a digerir a comida foram denominadas bactérias probióticas, o que literalmente significa pela da vida. São estas bactérias que podemos encontrar nos iogurtes e bebidas probióticas. Preparação Prévia 1. Fotocopie SH 1, SW 1 e SW 2 para cada aluno. 2. Compre uma embalagem de iogurte simples e leite em pó. 3. Ferva pelo menos 1 colher de chá de iogurte por grupo, para esterilizar. Recursos Disponíveis na Net Um filme que demonstra a actividade Fotografias ampliadas de micróbios úteis SH 1 em formato MS PowerPoint Imagens ampliadas de esfregaço de iogurte

15 1.2 Microrganismos Micróbios Inofensivos Introdução 1. Comece a sessão explicando que há milhões de espécies diferentes de micróbios e que a maioria é completamente inofensiva para o ser humano; algumas são até muito úteis para nós. Pergunte se conhecem alguns métodos para utilizarmos os micróbios em nosso benefício. Os exemplos podem incluir o Penicillium (fungo) para fazer antibióticos; alguns micróbios decompõem animais mortos e plantas para produzir adubo; alguns micróbios ajudam-nos a digerir a comida e alguns são até usados para converter o leite em iogurte, queijo e manteiga. 2. Lembre a classe que os micróbios, como nós, estão vivos precisam de alimento para crescer e multiplicar-se. As suas exigências alimentares variam mas geralmente tudo o que consideramos comida pode ser utilizado por muitos micróbios. Os micróbios também produzem resíduos e são estes produtos inúteis que podem ser benéficos ou perigosos para o ser humano. Pergunte aos alunos se já alguma vez viram o leite azedar. Embora isto possa ser visto por nós como um problema, a indústria utiliza este processo (fermentação) na produção de iogurte. 3. Explique que a fermentação é um processo químico através do qual as bactérias comem o açúcar e produzem ácidos e gás como resíduos. Usamos este processo na indústria alimentar para fabricar vinho, cerveja, pão, iogurte e muitos mais géneros alimentícios. Na produção de iogurte, as bactérias adicionadas ao leite consomem os açúcares presentes, e através da fermentação convertem esse açúcar em ácido láctico que provoca o espessamento do leite transformando-o em iogurte. Explique aos alunos que irão fazer o seu próprio iogurte e observar o processo de fermentação. Actividade Principal 1. Esta actividade consiste em 3 testes diferentes e pode ser feita pela turma inteira ou em grupos. 2. Forneça à turma ou aos grupos uma receita de iogurte (SH 1). É importante analisar cada passo da receita com a turma, discutindo em grupo porque é que cada um dos passos é executado. a. O leite em pó ajuda a espessar a mistura. b. A fervura do leite ajuda a eliminar qualquer micróbio não desejado. Posteriormente iremos incubar a mistura a uma temperatura favorável ao crescimento microbiano. Outros organismos não desejados podem interferir com a fermentação ou causar intoxicações alimentares. NOTA 1 se a fervura do leite não for uma opção na sala de aula é possível usar leite ultrapasteurizado ou (UHT). c. O não arrefecimento da mistura antes da adição do iogurte no passo 4 resultaria na morte dos micróbios fazedores de iogurte. d. O iogurte contém os micróbios necessários ao seu fabrico (Lactobacillus ou Streptococcus). Acrescentamos o iogurte à mistura de leite para que esses micróbios convertam a mistura em iogurte através da fermentação. e. Mexer a mistura ajuda a distribuir uniformemente o Lactobacillus. É importante usar uma colher esterilizada para evitar contaminar a mistura com micróbios não desejados como os bolores. f. Os recipientes esterilizados com a ajuda de tampas previnem a contaminação com micróbios não desejados que podem interromper o processo de fermentação. g. A temperatura de crescimento ideal do Lactobacillus ou Streptococcus é 23-40ºC. A mistura pode ser deixada à temperatura ambiente mas levará até 5 dias mais para que os micróbios se multipliquem e produzam o ácido láctico necessário. NOTA 2 se necessário, esta actividade pode ser executada utilizando menores quantidades de leite.

16 1.2 Microrganismos Micróbios Inofensivos Actividade Principal 3. Explique cada um dos testes à turma a. Teste 1 - execute a experiência segundo a receita utilizando o iogurte no passo 4. b. Teste 2 - execute a experiência segundo a receita utilizando iogurte esterilizado (fervido) no passo 4. c. Teste 3 - execute a experiência segundo a receita, contudo no passo 7 mantenha (incubação) metade das amostras à temperatura recomendada e a outra metade a 20ºC ou no frigorífico. 4. Realce que os Lactobacillus presentes no iogurte são bactérias úteis ou amigáveis conhecidas como probióticas. Estas bactérias: a. Defendem-nos contra as bactérias nocivas que podem causar doenças; b. Ajudam-nos a digerir alguns alimentos. 5. Os alunos devem registar as suas observações na ficha de trabalho (SW 1). Plenário Avalie a aprendizagem perguntando aos alunos: a. Qual é o processo que causou a alteração do leite? A fermentação é o processo pelo qual o leite se transformou em iogurte. Durante a fermentação os micróbios consomem os açúcares e convertem-nos em ácidos, gás e álcool. b. Por que foi importante acrescentar um pouco de iogurte à mistura de leite? O iogurte contém as bactérias que executam a fermentação. c. O que acontece quando o iogurte esterilizado é acrescentado ao leite, e porquê? Nenhuma alteração ocorre porque o iogurte foi fervido para eliminar todos os micróbios. A fermentação não pode ocorrer quando se adiciona este iogurte esterilizado ao leite. d. Que modificações ocorreram quando a mistura se transformou em iogurte e porquê? O ácido láctico produzido pelas bactérias fez com que o leite azedasse, resultando num espessamento e numa ligeira alteração da cor. e. Por que foi importante manter a mistura aquecida durante a noite? As bactérias preferem crescer a aproximadamente 37ºC, as temperaturas fora desta gama eliminarão os micróbios ou reduzirão a sua velocidade de multiplicação. É importante que as bactérias cresçam e que se multipliquem rapidamente, para produzir ácido láctico suficiente para provocar a transformação do leite em iogurte. f. O que acontece quando a experiência falha? O leite esterilizado transforma-se em iogurte o leite pode não ter sido fervido adequadamente ou as amostras podem ter sido contaminadas. Actividade Suplementar Forneça aos alunos uma cópia de SW 2. Siga as instruções delineadas e examine os micróbios ao microscópio. Os alunos podem ter de diluir o iogurte com água se este for especialmente espesso. Pode testar utilizando apenas iogurte e iogurte diluído com água. Lembre-se de que quanto mais diluído estiver o iogurte mais afastadas estarão as bactérias tornando-se mais difíceis de observar.

17 1.2 Microrganismos Micróbios Inofensivos Teste 1 Iogurte Antes da incubação Depois da incubação Qual era a consistência da mistura? Líquida Espessa e cremosa A que cheirava a mistura? A leite A comida em podre Qual era a cor da mistura? Branca Creme / branca Teste 2 Iogurte esterilizado Antes da incubação Depois da incubação Qual era a consistência da mistura? Líquida Líquida (sem alteração) A que cheirava a mistura? A leite A leite (sem alteração) Qual era a cor da mistura? Branca Branca (sem alteração) Como se alterou a mistura durante a fermentação? Durante o teste 1 a mistura passou para uma textura mais espessa e cremosa compatível com o iogurte, isto devido à fermentação realizada pelos micróbios presentes. Nenhuma alteração foi observada no segundo teste devido à inexistência de micróbios. Teste 3 Quanto tempo levou a fazer o iogurte quando a mistura foi mantida (incubação) a: 20 º C aprox. 3 5 dias 40 º C durante a noite Conclusões 1. O que provocou a transformação do leite em iogurte? Os micróbios adicionados ao leite converteram o açúcar em ácido láctico que causou espessamento do leite e consequente transformação em iogurte. 2. Como se chama este processo? Fermentação láctica. 3. Como se explica a diferença de resultados no teste 1 e no teste 2? Tudo no teste 2 estava esterilizado; por isso, não existiam micróbios para realizar a fermentação láctica. 4. Qual é o tipo e o nome dos micróbios que podem ser utilizados para fazer iogurte? Bactérias do género Lactobacillus e Streptococcus. 5. Por que é que demorou mais tempo para fazer iogurte a 20ºC do que a 40ºC? As bactérias preferem crescer à temperatura corporal, isto é a aproximadamente 37ºC. A 20ºC, as bactérias demoram mais tempo a multiplicar-se e consequentemente a produzir o ácido láctico. 6. Uma colher esterilizada é utilizada para mexer a mistura (passo 5) antes da incubação, o que pensa que poderia acontecer se fosse utilizada uma colher suja? O iogurte resultante poderia estar contaminado com micróbios nocivos.

18 Como Fazer Iogurte Adicione duas colheres de sopa de leite em pó, a 500 ml de leite gordo. Ferva a mistura durante 30 segundos em lume médio, mexendo constantemente para eliminar quaisquer bactérias não desejadas presentes. Cuidado para que a mistura não transborde! Arrefeça até C. Divida a mistura arrefecida por 2 recipientes de vidro esterilizados e rotule-os de teste 1 e teste 2. Teste 1 : adicione 1-2 colheres de chá de iogurte Teste 2 : adicione 1-2 colheres de chá de iogurte esterilizado Mexa bem ambas as misturas utilizando uma colher anteriormente colocada em água a ferver (esterilizada). Cubra cada recipiente com uma folha de alumínio. Mantenha a mistura a C, em banhomaria, durante 9-15 horas até conseguir a firmeza desejada.

19 Observações Teste 1 Iogurte Antes da incubação Depois da incubação Qual era a consistência da mistura? A que cheirava a mistura? Qual era a cor da mistura? Teste 2 Iogurte esterilizado Antes da incubação Depois da incubação Qual era a consistência da mistura? A que cheirava a mistura? Qual era a cor da mistura? Como se alterou a mistura durante a fermentação? Teste 3 Quanto tempo levou a fazer o iogurte quando a mistura foi mantida (incubação) a: 20 º C 40 º C Conclusões 1. O que provocou a transformação do leite em iogurte? 2. Como se chama este processo? 3. Como se explica a diferença de resultados no teste 1 e no teste 2? 4. Qual é o tipo e o nome dos micróbios que podem ser utilizados para fazer iogurte? 5. Por que é que demorou mais tempo para fazer iogurte a 20ºC do que a 40ºC? 6. Uma colher esterilizada é utilizada para mexer a mistura (passo 5) antes da incubação. O que pensa que poderia acontecer se fosse utilizada uma colher suja?

20 Como Fazer Teste 1 1. Coloque uma pequena gota de iogurte num dos lados de uma lâmina de vidro. 2. Com uma segunda lâmina limpa, espalhe o iogurte pelo comprimento da lâmina criando um fino esfregaço. 3. Deixe a lâmina secar ao ar e depois passe uma vez pelo bico de bunsen para que o calor fixe o esfregaço. 4. Cubra o esfregaço com algumas gotas de Azul-de-metileno e deixe actuar durante 2 minutos. 5. Retire o excesso lavando sob água corrente com fluxo lento. 6. Cubra o esfregaço com uma lamela e examine ao microscópio de alta resolução. 7. Registe as suas observações em baixo. Teste 2 1. Repita passos 1-7 acima utilizando iogurte esterilizado em vez da cultura viva de iogurte. Como preparar um esfregaço: Iogurte 1. Abordagem 2. Aderência 3. Avanço Observações 1. O que observou no esfregaço de iogurte? 2. O que observou no esfregaço de leite esterilizado? 3. Na sua opinião, o que é que causou a diferença?

21 O Capítulo 1.3, Micróbios Nocivos, apresenta aos alunos a multiplicidade de doenças contagiosas provocadas por micróbios perigosos. Os alunos devem actuar como cientistas e agrupar uma série de doenças sob diferentes títulos para responder a uma variedade de problemas que podem surgir. Realizando esta actividade os alunos aprendem que nem sempre é fácil identificar e tratar uma doença. Um debate na sala de aula é o foco da actividade suplementar. Os alunos investigam as duas facções da seguinte questão estamos demasiado limpos ou não suficientemente limpos? Staphylococcus Todos os alunos: ENSINO OBJECTIVOS CURRICULUM NACIONAL LIGAÇÕES CURRICULUM DE CIÊNCIAS Aprendem que, por vezes, os micróbios podem provocar doenças. 3º Ciclo / 9º Ano ou Projecto de Educação para a Saúde a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares

22 1.3 Microrganismos Micróbios Nocivos Palavras-Chave Bactéria Colónia Dermatófitos Febre Fungo Germe Higiene Infeccioso Patogénicos Erupção cutânea Inchaço/Inflamação Toxina Vírus Materiais Necessários Por grupo Cópias de SH 1, SH 2, SH 3 SW 1 Recursos Disponíveis na Net Fotografias ampliadas de micróbios nocivos FACTO IMPORTANTE Globalmente, as doenças contagiosas foram a principal causa de morte em 1999, provocando 25% de todas as mortes conhecidas. As doenças contagiosas foram responsáveis por 63% das mortes em crianças de idade inferior a 5 anos! Enquadramento Alguns micróbios podem ser nocivos para o ser humano e causar doenças; o vírus Influenza pode provocar a gripe, as bactérias Campylobacter intoxicações alimentares e os fungos dermatófitos como os Trichophyton podem causar doenças como o Pé de Atleta e as Tinhas. Estes microrganismos são conhecidos como agentes patogénicos. Cada micróbio pode fazer-nos ficar doentes de diferentes maneiras. Quando as bactérias nocivas se reproduzem no nosso corpo, podem produzir substâncias perigosas chamadas toxinas que nos fazem ficar doentes, ou em casos mais graves, podem danificar tecidos e órgãos Os vírus actuam como parasitas. Uma vez dentro do nosso corpo, necessitam de uma célula hospedeira para sobreviver. Dentro da célula, multiplicam-se e destroem a célula hospedeira para se libertarem assim que atingem a maturação. Os fungos geralmente não matam o seu hospedeiro. Os Dermatófitos preferem crescer ou formar colónias sob a pele. São os produtos secundários que eles produzem enquanto se alimentam que provocam inchaço e comichão. Diz-se que alguém está infectado quando contraiu uma doença através de um micróbio. Muitos micróbios nocivos podem passar de uma pessoa para outra por várias vias ar, contacto da pele, água, alimentos, aerossóis, animais, etc. Diz-se que as doenças provocadas por tais micróbios são doenças infecciosas. É importante lembrar que nem todos os micróbios são nocivos, e alguns só são perigosos quando fora do seu ambiente normal. Por exemplo, a Salmonella e a Campylobacter vivem, normalmente, no intestino das galinhas sem lhes causar qualquer dano. Contudo, quando se introduzem no intestino humano, as toxinas que expelem durante o seu crescimento normal podem fazer-nos ficar muito doentes. O nosso organismo também se adapta para nos ajudar a combater essas infecções. Pode acontecer sob a forma de: - Febre: os micróbios preferem viver a uma temperatura corporal normal de 37ºC. A febre é considerada um dos mecanismos do nosso corpo para tentar neutralizar uma ameaça, seja ela bacteriana ou viral; - Inchaço: um corte na mão resultará geralmente em inchaço à volta do corte. Isso corresponde à resposta do nosso corpo, como no caso da febre, só que mais localizado; - Erupção Cutânea: Uma reacção do nosso corpo às toxinas bacterianas. Em capítulos posteriores, discutiremos esta matéria, com mais detalhe. Preparação Prévia 1. Recorte os cartões das doenças em SH 1 - SH 3 (um conjunto por grupo). Plastifique-os ou cole-os em cartolina para futuro uso. 2. Fotocopie SW 1 para cada grupo.

23 1.3 Microrganismos Micróbios Nocivos Introdução 1. Comece por explicar aos alunos que por vezes os micróbios podem ser nocivos para o ser humano. As bactérias quando se reproduzem podem produzir toxinas que são perigosas para o corpo. Os vírus actuam como parasitas que se multiplicam dentro das nossas células e as destroem. Alguns fungos gostam de crescer na nossa pele, o que provoca comichão e dor. Descubra quantos termos diferentes eles têm para micróbios germes, bichos, etc. 2. Peça aos alunos para criarem uma lista de infecções (doenças contagiosas), lançando ideias sobre quaisquer doenças que tenham ouvido falar. Será que eles sabem quais são os micróbios causadores dessas doenças? Pergunte aos alunos que doença representa uma ameaça hoje na sala de aula. Explique que no início do século 20 a doença mais ameaçadora era o sarampo. Muitas crianças que apanhavam sarampo morriam! 3. Explique que as bactérias e outros micróbios que podem transmitir-se facilmente de pessoa para pessoa e causar infecções se designam por agentes infecciosos. Discuta a diferença entre micróbio infeccioso e não infeccioso. Discuta com os alunos as várias vias de transmissão, isto é: contacto da pele, água, alimentos, fluidos corporais e o ar. 4. Identifique qualquer doença infecciosa mencionada durante o debate de ideias e como é que se transmite. Actividade Principal 1. Esta actividade deve ser realizada em grupos de 3 5 pessoas. Explique que durante esta actividade irão conhecer algumas doenças infecciosas que causam problemas no mundo hoje em dia. 2. Forneça a cada grupo os cartões das doenças que se encontram nas fichas SH 1 SH Explique que por vezes os cientistas têm de agrupar as doenças sob diferentes títulos para tratar problemas diferentes. Cada grupo deve examinar os títulos na ficha SW Peça a cada grupo para preencher o primeiro título, Agente infeccioso, da ficha SW 1. Após alguns minutos, peça ao porta-voz de cada grupo para ler em voz alta os seus resultados. Escreva todos os resultados no quadro para debate. 5. Depois de completar todos os títulos da ficha SW 1, discuta os resultados da turma como um todo. a. Organismo Infeccioso Lembre aos alunos que há três tipos principais de micróbios. É importante identificar o micróbio em causa para tratar a doença, p. ex. os antibióticos não podem ser usados para tratar vírus (isto será analisado no capítulo 3) b. Sintomas Os alunos podem notar que algumas doenças apresentam sintomas semelhantes, p. ex. febre ou erupção cutânea. Deve realçar a importância de ir ao médico quando se está doente para que seja feito um diagnóstico correcto. c. Transmissão Muitas doenças são transmitidas muito facilmente pelo toque ou por inalação. Outras são bastante específicas e necessitam de transferência de sangue ou outros fluidos corporais específicos. d. Medidas preventivas Podemos prevenir a propagação e protegermo-nos contra as infecções através de alguns cuidados simples. A lavagem regular das mãos e cobrir a boca e o nariz quando tossimos ou espirramos, demonstrou ser eficaz na redução da incidência de muitas infecções comuns. O uso correcto do preservativo pode reduzir a transmissão de muitas DSTs. e. Tratamento f. Factos históricos

24 1.3 Microrganismos Micróbios Nocivos Actividade Principal g. Tratamento É importante observar aqui que nem todas as doenças necessitam de tratamento médico, algumas necessitam apenas de repouso na cama e um aumento da ingestão de líquidos. Os analgésicos, contudo, podem ser usados para aliviar alguns sintomas. Saliente que os antibióticos só são usados para tratar infecções bacterianas. Plenário Avalie a aprendizagem colocando aos alunos as seguintes questões: a. O que é uma doença? Uma doença é definida como uma enfermidade com um grupo identificável de sinais ou sintomas. b. O que é uma doença infecciosa? Uma doença infecciosa é uma enfermidade provocada por um micróbio e que pode transmitir-se a outras pessoas. c. Por que é que doenças contagiosas que antigamente se encontravam em regiões específicas, hoje em dia podem ser encontradas no mundo inteiro? Muitas doenças infecciosas começam numa região específica ou país. No passado a infecção podia facilmente ser contida ou isolada. Hoje em dia, contudo, as pessoas viajam mais rápido, com mais frequência e cada vez mais longe. Uma pessoa que viaje da Austrália para a Inglaterra pode fazê-lo em menos de um dia, parando em Hong Kong durante o caminho. Se esta pessoa tem uma nova estirpe do vírus da gripe, pode transmiti-lo a alguém com quem contacte no avião, no aeroporto de Hong Kong e na aterragem em Inglaterra. Essas pessoas podem depois transmitir a gripe a outras com quem entrem em contacto pelo mundo. Em poucos dias, esta nova estirpe do vírus da gripe pode ser encontrada em todo o mundo!!! Actividade Suplementar 3. Peça aos alunos para recordarem o que aprenderam sobre micróbios, tanto benéficos como nocivos. Explique que há um debate contínuo entre os cientistas sem que se consiga chegar a consenso. Os dois lados do debate são: a. Limpeza! Só assim nos livraremos dos micróbios e das doenças. Mantendo tudo, inclusive nós próprios, tão limpo quanto possível para eliminar micróbios nocivos. b. Estamos demasiado limpos! Os nossos corpos já não sabem como combater as infecções. Como estamos demasiado limpos, os nossos corpos não desenvolveram imunidade a muitos micróbios nocivos, por isso, somos mais vulneráveis às doenças! 4. Forneça aos alunos material de pesquisa e peça-lhes para, com base na sua pesquisa individual, escreverem uma composição ou preparar um debate sobre as suas opiniões acerca do tópico. Lembre-lhes que não existem respostas correctas ou incorrectas, os cientistas não conseguem chegar a acordo!

25 1.3 Microrganismos Micróbios Nocivos Observações * A SARM é uma bactéria resistente aos antibióticos, sendo especificamente resistente à meticilina. A sua resistência é atribuída ao uso excessivo e abusivo deste e doutros antibióticos. O tratamento continua a ser feito com antibióticos, contudo a SARM também está a desenvolver resistência a estas novos antibióticos! 1. Micróbios Infecciosos 3. Transmissão Transmissão Contacto sexual Sangue Toque Inalação Doença Clamídia, SIDA, Candidíase Meningite bacteriana, SIDA Gripe, Sarampo, Varicela, SARM Gripe, Sarampo, Varicela, Meningite bacteriana Micróbio Infeccioso Doença Boca a boca Gripe, Mononucleose 2. Sintomas Bactéria Vírus Fungos Sintomas Meningite bacteriana, Clamídia, SARM SIDA, Varicela, Gripe, Sarampo, Mononucleose Candidíase (sapinhos) Doença 5. Prevenção Prevenção Lavagem das mãos Cobrir a tosse e os espirros Doença Gripe, Sarampo, Varicela, SARM, Meningite bacteriana Gripe, Sarampo, Varicela, Meningite bacteriana Usar preservativo Clamídia, SIDA, Candidíase Assintomática Febre Clamídia, SARM Gripe, Sarampo, Varicela, Meningite bacteriana Evitar uso desnecessário de antibióticos SARM*, Candidíase Erupção Cutânea Garganta inflamada Meningite bacteriana, Varicela, Sarampo, Gripe, Mononucleose Vacinação 4. Tratamento Tratamento Varicela, Sarampo, Gripe Doença Cansaço Mononucleose Antibióticos Clamídia, Meningite bacteriana, SARM* Lesões SIDA Repouso Varicela, Mononucleose, Sarampo, Gripe Corrimento esbranquiçado Clamídia, Candidíase Antifúngicos Ingestão de líquidos Candidíase Varicela, Mononucleose, Sarampo, Gripe

26 Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (SARM) Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Bactéria: Staphylococcus aureus Assintomática em indivíduos sãos. Pode causar infecções de pele, infectar feridas cirúrgicas, a corrente sanguínea, os pulmões, ou o trato urinário em indivíduos já doentes. Esfregaço e teste de sensibilidade aos antibióticos (TSA) Elevada se não for administrado o antibiótico correcto. Contagiosa. Contacto directo com a pele. Lavagem regular das mãos. Resistente a muitos antibióticos. Enquanto alguns antibióticos ainda funcionam, a SARM está em constante adaptação. Primeiro caso reportado em 1961, tornou-se um problema mundial crescente. Sarampo Vírus: Paramyxovirus Febre, corrimento nasal, conjuntivite, tosse, manchas cutâneas vermelhas e garganta inflamada e inchada. Amostra de sangue e teste de anticorpos. Baixa, mas elevada nos países subdesenvolvidos. Contagiosa. Gotículas provenientes da tosse ou espirros, contacto com a pele ou contacto com objectos que contenham o vírus. Vacinação Repouso e ingestão de líquidos. Primeiro vírus descoberto em 1911, diminuiu drasticamente nos países desenvolvidos nos últimos anos, embora ainda ocorram pequenas epidemias. Ainda é um problema pandémico nos países subdesenvolvidos. Gripe Vírus: Influenza Dor de cabeça, febre, arrepios, dores musculares; possivelmente garganta inflamada, tosse e dor no peito. Amostra de sangue e teste de anticorpos. Média, mas mais elevada nas crianças e idosos. Altamente contagiosa. Inalação de partículas virais presentes no ar. Contacto directo com a pele. Vacinação contra estirpes actuais. Repouso, ingestão de líquidos e antivirais no idoso. Presente há séculos, as epidemias ocorrem regularmente.

27 Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Candidíase Fungo: Candida albicans Comichão, ardor, irritação e lesões brancas na boca ou inflamação da vagina com um corrimento esbranquiçado. Esfregaço e exame da cultura ao microscópio. Nula. Contacto pessoal mas faz parte das flora habitual do intestino. Os sintomas são causados pelo crescimento excessivo deste fungo devido a antibióticos que eliminam as bactérias protectoras normais. Por isso, evite o uso desnecessário de antibióticos. Antifúngicos. Quase 75% das mulheres já tiveram esta infecção pelo menos uma vez. Clamídia Bactéria: Chlamydia trachomatis Em muitos casos não existem sintomas mas às vezes há corrimento vaginal ou do pénis. Inchaço dos testículos e infertilidade também podem ocorrer. Esfregaço ou uma amostra de urina para teste molecular. Muito reduzida. Contagiosa através de contacto sexual. Uso do preservativo durante as relações sexuais. Antibióticos. Descoberta em Tornou-se um problema mundial crescente. Meningite Bacteriana Bactéria: Neisseria meningitidis Dor de cabeça, rigidez do pescoço, febre alta, irritabilidade, delírio, erupção cutânea. Amostra de fluido espinal e teste molecular. Média, mas mais elevada nas crianças e idosos. Contagiosa, através da saliva e inalação de aerossóis. Vacinação contra muitas estirpes, evite o contacto com doentes infectados. Penicilina, oxigénio e líquidos. Identificada como bactéria em Epidemias regulares em países subdesenvolvidos.

28 Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos VIH/SIDA Vírus: Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). Sistema imunitário deficiente, pneumonia e lesões. Amostra de sangue e teste de anticorpos. Média elevada em países sem medicamentos anti-sida. Altamente Contagiosa. Contacto sexual, contacto com sangue contaminado, partilha de seringas, transmissão da mãe para o feto. Usar sempre o preservativo durante as relações sexuais. Não existe cura, no entanto os medicamentos anti-vih podem prolongar a esperança de vida. Descoberto em Actualmente é uma epidemia mundial. Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Mononucleose Infecciosa (Doença do Beijo) Virus: Vírus Epstein-Barr Garganta inflamada, gânglios linfáticos inchados e cansaço extremo. Amostra de sangue e teste de anticorpos. Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Agente infeccioso Sintomas Diagnóstico Taxa de mortalidade Transmissão Prevenção Tratamento Factos históricos Reduzida. Pouco contagiosa. Contacto directo como beijar ou partilhar bebidas. Evitar o contacto directo com pacientes infectados. Repouso e ingestão de líquidos. Para alívio das dores pode utilizar-se paracetamol. Descoberto em % da população já teve a infecção contudo só 35 % desenvolveu sintomas. Surtos isolados ocasionais. Varicela Virus: Varicella-zoster Manchas vermelhas que evoluem rapidamente para vesículas no corpo e cabeça. Amostra de sangue e teste de anticorpos. Reduzida. Altamente contagiosa. Contacto directo com a pele ou inalação de gotículas provenientes da tosse ou espirros. Vacinação. Repouso, ingestão de líquidos e antivirais em alguns adultos. Descoberta em 865. Diminuiu nos países onde foram implementados programas de vacinação. Nos outros países não sofreu alterações.

29 Micróbio Infeccioso Bactéria Vírus Fungos Instruções 1. Agrupa os teus cartões de doença segundo os títulos em cada tabela. 2. Notas algumas semelhanças ou diferenças entre as doenças com base em cada um dos títulos? 4. Micróbios Infecciosos Doença 5. Transmissão Transmissão Contacto sexual Sangue Toque Inalação Boca a boca 7. Prevenção Prevenção Lavagem das mãos Doença Doença 6. Sintomas Sintomas Assintomática Febre Erupção Cutânea Doença Cobrir a tosse e os espirros Usar preservativo Evitar uso desnecessário de antibióticos Vacinação Garganta inflamada Cansaço Lesões Corrimento esbranquiçado 6. Tratamento Tratamento Antibióticos Repouso Antifúngicos Ingestão de líquidos Doença

30 Este Capítulo tem por objectivo ensinar aos alunos como uma deficiente Este Capítulo higiene tem das por mãos objectivo pode ensinar levar à aos disseminação alunos como de uma micróbios deficiente e doenças. higiene das mãos pode Em 2.1, levar Higiene à disseminação das Mãos, de micróbios e alunos doenças. levam a cabo uma experiência Em 2.1, Higiene que irá das demonstrar Mãos, os alunos como levam os micróbios a cabo uma passam experiência de que uma irá pessoa demonstrar para como outra, os pelo micróbios simples passam acto de de uma apertar pessoa as mãos. para outra, Terão pelo também simples de acto decidir apertar qual as o mãos. melhor Terão método também para de decidir lavar as qual o mãos. melhor método para lavar as mãos. Escherichia coli Escherichia coli ENSINO OBJECTIVOS Todos Todos os alunos: alunos: Compreendem que, que, por vezes, por vezes, os micróbios podem podem provocar doenças. Aprendem Aprendem que a que prevenção a das das infecções, sempre que sempre possível, que possível, é melhor é que melhor a cura. que a cura. Compreendem Compreendem que não que não devem devem disseminar micróbios micróbios nocivos. nocivos. Aprendem Aprendem como, como, quando quando e por e por que que é que é que devem lavar lavar as mãos. CURRICULUM NACIONAL CURRICULUM LIGAÇÕES NACIONAL CURRICULUM CURRICULUM DE CIÊNCIAS DE CIÊNCIAS 3º Ciclo 3º / Ciclo 9º Ano / 9º Ano ou ou Projecto Projecto de Educação de Educação para a para Saúde a Saúde a a implementar implementar nas Áreas nas Áreas Curriculares Não Não Disciplinares

31 2.1 Disseminação das Infecções Higiene das Mãos Enquadramento Palavras-Chave Sabonete anti-séptico Colónia Contagioso Higiene Infecção Infeccioso Transmissão Materiais Necessários Por aluno Uma cópia de SW 1 Uma cópia de SW 2 3 placas de Petri com ágar-ágar (nutriente) Por grupo Uma cópia de SH 1 Uma cópia de SH 2 Toalha/secador/toalha de papel Marcador indelével Sabão Água quente As escolas são um paraíso para os micróbios nocivos, porque passam facilmente de pessoa para pessoa através do contacto directo. A lavagem das mãos é o método mais eficaz para impedir a transmissão de doenças infecciosas. A pele das nossas mãos segrega uma certa quantidade de gordura que mantém a pele lubrificada e evita a secura. Esta gordura fornece o ambiente perfeito para os micróbios crescerem e multiplicarem-se e também os ajuda a colarem-se à nossa pele. As nossas mãos também estão cobertas pelas nossas bactérias amigáveis uma estirpe inofensiva de Staphylococcus. Lavar as mãos regularmente ajuda a eliminar os outros micróbios que adquirimos do meio (casa, escola, jardim, animais, comida, etc.). Alguns desses micróbios podem fazer-nos mal se ingeridos. A lavagem das mãos só em água ou em água fria elimina a sujidade visível, contudo é necessário sabonete para retirar a gordura, que agarra os micróbios, da superfície das mãos. As mãos devem ser lavadas: - Antes, durante e após a preparação da comida, em especial a carne crua - Depois de usar a casa de banho - Após exposição a animais ou lixo animal - Depois de tossir, espirrar ou limpar o nariz - Se estamos doentes ou estivemos perto de doentes Preparação Prévia 1. Fotocopie SW 1, SW 2, SH 1 e SH 2 para cada aluno. 2. Tenha disponíveis meios para a lavagem das mãos (sabonete, água quente, um meio para secar as mãos, etc.). 3. Prepare 2/3 placas de Petri com ágar-ágar por aluno. Saúde e Segurança É importante que as placas de Petri permaneçam fechadas enquanto se examinam os micróbios. Assegure-se de que todos os alunos lavam as mãos após a actividade. Sugestões Alternativas Como alternativa às placas de Petri com ágar-ágar podem ser utilizadas fatias de pão. Os alunos devem fazer uma impressão da mão no pão e colocá-lo dentro de um saco para armazenamento alimentar com algumas gotas de água. Armazene os sacos verticalmente num local escuro tal como as placas de Petri. NOTA: Este método não é tão exacto como o método das placas de Petri e em vez de colónias de bactérias teremos colónias de fungos. As fichas dos alunos podem ter de ser alteradas. Recursos Disponíveis na Net Um filme que ilustra a actividade SH 1 e SH 2 em formato MS PowerPoint Imagens dos resultados esperados Uma actividade alternativa para este capítulo

32 2.1 Disseminação das Infecções Higiene das Mãos Introdução Comece por perguntar se existem milhões de doenças provocadas por micróbios, e se estes estão em todo o lado, porque é que não estamos sempre doentes?. Forneça aos alunos cópias de SH 1 (A Cadeia de Transmissão) e SH 2 (Quebrar a Cadeia). Utilize a apresentação em MS Power Point que pode encontrar em para ajudar na explicação. Destaque que existem muitas vias diferentes para transmissão de micróbios ao ser humano. Pergunte se conseguem identificar alguma. Os exemplos incluem os alimentos que comemos, a água que bebemos e em que tomamos banho, os objectos que tocamos e os espirros. Pergunte: quem lavou as mãos hoje? Pergunte porque é que lavaram as mãos (para eliminar quaisquer micróbios presentes), e o que aconteceria se não eliminassem os micróbios com lavagem (poderiam ficar doentes). Explique que usamos as mãos o tempo todo, que elas agarram milhões de micróbios por dia, e embora muitos sejam inofensivos alguns podem ser nocivos. Explique que transmitimos os nossos micróbios aos nossos amigos ao tocá-los, e é por isso que devemos lavar as mãos. Informe que a actividade que irão desenvolver se destina a aprender qual o melhor método para lavar correctamente as mãos.e remover os micróbios. Actividade Principal NOTA 1: Se o tempo não permitir a execução da actividade na totalidade, os resultados podem ser vistos em, Secção A 1. Forneça a cada aluno uma cópia de SW 1 e uma placa de Petri com ágar-ágar. Peça para dividirem a placa ao meio desenhando uma linha na base da placa de Petri. Escreva num dos lados limpo e no outro sujo. NOTA 2: Os alunos não devem escrever nada na tampa. NOTA 3: Deve-se ter cuidado para não misturar o lado sujo da placa com o limpo já que isto conduzirá a resultados enganadores. Usando 2 placas, uma para mãos limpas e outra para mãos sujas, pode ajudar a evitar este problema. 2. Cada aluno deve fazer uma impressão da mão no lado rotulado como sujo. Depois, devem lavar cuidadosamente as suas mãos e colocar uma impressão da mão no lado rotulado como limpo. 3. Coloque a placa de Petri num local escuro e quente durante 48 horas e examine as placas na aula seguinte. Os alunos devem registar os seus resultados em SW 1. No lado sujo da placa os alunos devem observar uma variedade de colónias de bactérias e de fungos diferentes; cada tipo de colónia representa uma estirpe diferente de bactérias ou fungos (alguma flora natural do corpo e alguma contaminação de áreas em que eles tocaram). Os alunos devem examiná-las cuidadosamente e descrever a sua morfologia e quantos tipos de organismos vêem. No lado limpo da placa os alunos devem observar uma clara redução no número de tipos diferentes de colónias presentes. Isto deve-se à lavagem das mãos que eliminou muitos dos organismos que os alunos agarraram pelo toque. Os organismos que cresceram na placa são a flora natural do corpo. A quantidade destas colónias pode ser mais elevada do que no lado sujo da placa. Isto acontece porque a lavagem pode trazer os micróbios inofensivos para fora dos folículos dos pêlos mas estes são normalmente um único tipo de micróbio. Pode-se distinguir entre micróbios inofensivos e nocivos já que tende a haver várias espécies diferentes de micróbios nocivos.

33 2.1 Disseminação das Infecções Higiene das Mãos Actividade Principal Secção B 1. Divida a turma em 4 grupos idênticos (a, b, c, d). 2. Peça a cada grupo para escolher um líder que NÃO irá lavar as mãos. Todos os outros no grupo devem lavar cuidadosamente as mãos com sabonete (se disponível) e água. Os alunos devem secar as suas mãos com um secador ou numa toalha limpa. O aluno que NÃO lava as mãos deve tocar no máximo possível de itens na sala de aula para agarrar muitos micróbios (maçanetas das portas, torneiras dos lavatórios, sapatos, etc.). 3. Peça aos alunos para se colocarem em 4 filas, um atrás do outro, e designe os grupos por: a. Sem lavagem das mãos Grupo de controlo b. Lavagem rápida em água quente Mergulhar e esfregar rápidamente c. Lavagem cuidadosa em água quente d. Lavagem cuidadosa em água quente e sabonete 4. Forneça a cada aluno 2 placas de ágar-ágar e uma cópia de SW Cada aluno deve fazer uma impressão da mão numa das suas placas de ágar-ágar e etiquetá-la apropriadamente. 6. O aluno da frente (aluno 1) deve então lavar as suas mãos segundo o grupo em que está. O aluno 1 deve depois virar-se e apertar a mão ao aluno 2 assegurando o máximo de contacto possível. O aluno 2, por sua vez, deve apertar a mão do estudante 3 e assim por diante até que cheguem ao fim da fila. 7. Cada aluno deve fazer agora uma impressão da mão na sua segunda placa de ágar-ágar e etiquetá-la apropriadamente. 8. Coloque as placas de ágar-ágar num local seco e quente durante 48 horas. Peça aos alunos para examinar e registar os seus resultados em SW 2. Plenário 1. Discuta os resultados com os alunos. Quais os resultados que acharam mais surpreendentes? Explique que os micróbios podem colar-se à gordura natural da nossa pele. A lavagem só com água passa por cima desta gordura e não a retira. O sabonete quebra esta gordura permitindo que a água retire os micróbios. 2. Discuta de onde podem ter vindo os micróbios presentes nas suas mãos. Saliente que nem todos os micróbios presentes são nocivos; também podem existir micróbios normais do corpo e é por isso que os micróbios inofensivos podem aumentar as lavagens seguintes das mãos. Actividade Suplementar 5. Peça aos alunos para investigarem a controvérsia quanto aos prós e contras de usar sabonetes anti-sépticos. Pode dividir a turma em grupos de 4 pessoas e pedir a cada grupo para investigar o tópico e debatê-lo na sala de aula. Em alternativa, os alunos podem escrever uma pequena composição onde descrevem as vantagens e desvantagens e tiram a sua própria conclusão com base nas evidências.

34 2.1 Disseminação das Infecções Higiene das Mãos Actividade 1. Deve ser desenvolvida em grupos de 2-4 alunos ou discutida pela turma. 2. Pergunte se já tiveram uma gastroenterite. Com a ajuda das fichas SH 1 e SH 2, os alunos imaginam a disseminação de uma gastroenterite na escola a partir de um aluno infectado. 3. Peça que tomem em consideração apenas os gestos habituais de um dia de escola normal (não lavar as mãos depois de ir à casa de banho, não as lavar com sabão, pedir emprestados objectos de colegas, apertar as mãos, usar um computador ) 4. Pergunte quais os diferentes modos de disseminação da infecção que poderiam ocorrer e quanto tempo levaria a transmitir-se a gastroenterite a toda a turma e à escola. 5. Sugira que discutam as dificuldades que poderiam encontrar na escola para promover a adequada higiene das mãos, e qual a melhor maneira de utilizar as instalações sanitárias existentes na escola. Pessoas em risco de contrair uma infecção Origem das infecções Modo de entrada dos micróbios Modo de saída dos micróbios Disseminação das infecções

35 2.1 Disseminação das Infecções Higiene das Mãos Resultados Desenhe e descreva o que observou na placa de Petri em baixo Secção suja Colónia 1 grandes colónias redondas e cremes com um centro branco Colónia 2 Colónia 3 Colónia 4 Colónia 5 pequenas colónias amarelas colónias cremes diminutas com forma irregular pequenas colónias cremes e ovais pequenas colónias brancas e redondas Secção limpa Colónia 1 pequenas colónias brancas e redondas Colónia 2 pequenas colónias cremes e ovais Observações 1. Qual dos lados da placa de Petri continha o maior número de micróbios? O limpo. 2. Qual dos lados da placa de Petri continha as colónias mais díspares? O sujo 3. Quantos tipos diferentes de colónias existiam em cada lado? Limpo 2 Sujo 5 Conclusões 1. Algumas pessoas podem ver mais micróbios no lado limpo da placa de Petri do que no lado sujo. Porquê? Podem existir mais micróbios no lado limpo do que no lado sujo mas se os alunos tiverem lavado as mãos correctamente deverá existir um número mais baixo de tipos diferentes de micróbios. O aumento no número de micróbios é provavelmente devido a micróbios da água ou da toalha usada para secar as mãos. 2. Que colónias consideraria como micróbios amigáveis e porquê? As colónias no lado limpo já que provavelmente estes micróbios fazem parte da flora natural das mãos. Conclusão 1. Que método de lavagem das mãos eliminou o maior número de micróbios? A lavagem das mãos com sabonete e água quente. 2. Por que é que o sabonete ajuda a eliminar mais micróbios do que a lavagem só com água? O sabão ajuda a quebrar a gordura natural da pele à qual os micróbios se colam. 3. Quais as vantagens e as desvantagens da utilização de sabão anti-séptico na lavagem das mãos? Vantagens: eliminar micróbios indesejados Desvantagens: eliminar micróbios amigáveis 4. Que evidências existem de que os micróbios podem ser transmitidos através das mãos? Os diferentes tipos de micróbios na primeira placa propagam-se a outras placas e os números diminuem gradualmente. 5. Que áreas da mão contêm o maior número de micróbios e porquê? Sob as unhas, nos polegares e entre os dedos porque estes são lugares que nos esquecemos de lavar ou que não lavamos muito bem. 6. Enumere 5 momentos em que é importante lavar as mãos a. Antes de cozinhar b. Depois de tocar em animais c. Após usar a casa de banho d. Antes de comer e. Depois de espirrar nelas

36 Pessoas em risco de contrair infecções Todos nós estamos em risco. As pessoas com risco acrescido são: Aqueles que já estão medicados As crianças Os idosos Modo de entrada dos micróbios Os micróbios nocivos precisam de uma porta de entrada no corpo antes de poderem provocar infecções. Isto pode ser através de: Alimentos que ingerimos Inalação de aerossóis Cortes ou feridas abertas Objectos que colocamos na boca A Cadeia de Transmissão Origem das infecções Alguém ou algo que transporta os micróbios nocivos que provocam a infecção. Existem muitas origens para as infecções. Estas incluem: Pessoas já infectadas Animais Superfícies sujas (maçanetas das portas, teclados, casas de banho, etc.) Modo de saída dos micróbios Os micróbios nocivos precisam de um modo para sair de uma pessoa infeccionada ou da fonte antes de poderem infectar mais alguém. As vias incluem: Tosse ou espirros Fluidos corporais Disseminação das infecções Os micróbios nocivos precisam de um modo de transmissão de pessoa para pessoa. Isto pode ser por: Contacto directo Transmissão sexual

37 Quebrar a Cadeia de Transmissão Origem das infecções Pessoas em risco de contrair infecções Todas as pessoas Vacinação apropriada Pessoas com risco acrescido Manter a distância de pessoas infectadas Ter especial cuidado com a limpeza Ter especial cuidado a cozinhar e na preparação dos alimentos Isolar as pessoas infectadas Ter cuidado com a comida crua Lavar os animais regularmente Deitar fora adequadamente as fraldas e roupa suja Modo de saída dos micróbios Evitar que: a tosse e os espirros as fezes o vómito os fluidos corporais atinjam as superfícies e as mãos. Modo de entrada dos micróbios Cobrir cortes e feridas abertas com um penso à prova de água Cozinhar a comida adequadamente Beber apenas água limpa Disseminação das infecções Lavar as mãos regularmente e cuidadosamente Cobrir cortes e feridas abertas Tomar medidas adequadas durante a actividade sexual

38 Resultados Desenhe e descreva o que observou na placa de Petri em baixo LIMPA SUJA Secção suja Colónia 1 Colónia 2 Colónia 3 Colónia 4 Colónia 5 Secção limpa Colónia 1 Colónia 2 Colónia 3 Colónia 4 Colónia 5 Limpo Sujo Observações 1. Qual dos lados da placa de Petri continha o maior número de micróbios? 2. Qual dos lados da placa de Petri continha mais colónias diferentes? 3. Quantos tipos diferentes de colónias existiam em cada lado? Conclusões 1. Algumas pessoas podem ver mais micróbios no lado limpo da placa de Petri do que no lado sujo. Porquê? 2. Que colónias consideraria como micróbios amigáveis e porquê?

39 Procedimento 1. Realize a experiência de acordo com as instruções do Professor. 2. Na tabela abaixo, registe quantos tipos diferentes de colónias identificou na sua placa e desenhe um gráfico com os resultados. Sem lavagem (controlo) Lavagem rápida Lavagem cuidadosa Lavagem c/ sabonete Resultados Após lavagem (ou s/ lavagem) e aperto de mãos Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Aluno 5 Aluno 6 Conclusão 1. Que método de lavagem das mãos eliminou o maior número de micróbios? 2. Por que é que o sabonete ajuda a eliminar mais micróbios do que a lavagem só com água? 3. Quais as vantagens e as desvantagens da utilização de sabão anti-séptico na lavagem das mãos? Vantagens: Desvantagens: 4. Que evidências existem de que os micróbios podem ser transmitidos através das mãos? 5. Que áreas da mão contêm o maior número de micróbios e porquê? 6. Enumere 5 momentos em que é importante lavar as mãos a. b. c. d. e.

40 Este capítulo pretende ensinar aos alunos como uma higiene respiratória deficiente pode levar à disseminação de micróbios e doenças. Em 2.2 Higiene Respiratória, os alunos poderão observar, num modelo em grande escala, até que distância os micróbios podem ser projectados quando espirram e quantas pessoas podem ser afectadas. Através de uma série de experiências, irão aprender que com o simples gesto de cobrir a boca quando tossem ou espirram podem evitar a propagação de infecções. A actividade complementar sugere aos alunos que considerem a propagação de um vírus durante 1 semana. Os resultados podem ser assustadores! Vírus Influenza ENSINO OBJECTIVOS Todos os alunos: Compreendem que por vezes os micróbios provocam doenças. Aprendem que a prevenção das infecções, sempre que possível, é melhor que a cura. Compreendem que não devem disseminar micróbios nocivos Aprendem que a infecção se propaga através dos espirros e da tosse. Compreendem que cobrindo a boca quando espirram ou tossem podem prevenir a disseminação de infecções. Aprendem que mesmo tossindo ou espirrando para a mão se podem espalhar infecções. CURRICULUM NACIONAL LIGAÇÕES CURRICULUM DE CIÊNCIAS 3º Ciclo / 9º Ano ou Projecto de Educação para a Saúde a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares

41 2.2 Disseminação das Infecções Higiene Respiratória Enquadramento Palavras-Chave Aerossol Contagioso Contaminar Experiência Infecção Previsão Resultados Sintoma Transmissão Materiais Necessários Por aluno Uma cópia de SW 1 Uma cópia de SH 1 Uma cópia de SH 2 Por grupo 30 discos de papel (10cm) Fita métrica Pulverizador Água Corante alimentar (opcional) Large tissue Gloves Saúde e Segurança Os alunos devem usar aventais ou batas de laboratório e luvas Assegure-se que a coloração alimentar é EXTREMAMENTE diluída Assegure-se que todos os pulverizadores foram cuidadosamente limpos e enxaguados antes do uso Os alunos devem usar óculos de segurança As constipações e as gripes são as doenças mais comuns na sala de aula e possivelmente das mais contagiosas. São provocadas por vírus e como tal não podem ser tratadas com antibióticos. Geralmente recomenda-se repouso na cama e ingestão de líquidos em abundância, contudo se os sintomas persistirem então uma visita ao médico é indispensável. Os sintomas das constipações e gripes incluem dor de cabeça, garganta inflamada e febre. As pessoas com constipações têm também o nariz congestionado e a pingar! O modo mais comum de transmissão é por via indirecta, através dos aerossóis como a tosse e os espirros. Também se pode transmitir por uma via mais directa, como o contacto humano (toque, beijo, etc.) e ingestão de comida contaminada. O espirro é o meio pelo qual o nosso corpo se tenta livrar de qualquer micróbio nocivo e pó que inalamos. Os micróbios nocivos e o pó ficam agarrados aos pêlos do nosso nariz e provocam cócegas. O nariz envia uma mensagem ao cérebro que por sua vez envia nova mensagem ao nariz, boca, pulmões e peito para expulsarem a irritação. No caso das constipações e gripes, milhões de células de vírus são emitidas e contaminam a superfície onde pousam, e que nesse caso pode ser a nossa comida ou as nossas mãos. Preparação Prévia 1. Fotocopie SW 1, SW 2, SH 1 e SH 2 para cada aluno 2. Encha um pulverizador por grupo com água e corante alimentar. Uma cor diferente para cada uma das fases da experiência evita a mistura dos resultados. 3. A partir de rolo de papel de cozinha faça um lenço grande Sugestões Alternativas Coloque purpurinas (micróbios) dentro de um balão e encha. Suba a uma cadeira e peça aos alunos para se colocarem por baixo em volta da cadeira. Rebente o balão (espirro) e peça aos alunos que observem em quantos deles as purpurinas (micróbios) caíram e como tal podem ter sido infectados. Recursos Disponíveis na Net Um filme demonstrativo desta actividade Imagens do que aconteceria se os alunos estivessem a pulverizar micróbios reais Fotografia que acompanha a Actividade Alternativa Suplementar

42 2.2 Disseminação das Infecções Higiene Respiratória Introdução 1. Explique aos alunos que muitas doenças são transportadas pelo ar e propagam-se sob a forma de pequenas gotículas de água, designadas por aerossóis, quando as pessoas tossem ou espirram. Diga-lhes que as doenças que se propagam deste modo vão desde a simples constipação e gripe, a infecções mais raras e sérias como a meningite ou a tuberculose que podem resultar na morte. 2. Continue analisando a constipação e a gripe, explicando que estas são provocadas por vírus e não bactérias e como tal não podem ser curadas com antibióticos. Explique que é muito importante para a saúde de todos que as pessoas cubram a boca e o nariz quando tossem e espirram, porque isto pode reduzir a disseminação das infecções. Actividade Principal 1. Divida a turma em grupos de 8 10 alunos. 2. Forneça a cada aluno um disco de papel. Peça-lhes para desenharem uma cara nos seus discos e para escreverem os seus nomes no papel (para que se torne mais divertido pode pedi-lhes para escreverem o nome de um amigo ou membro da família). Diga à classe que estes discos representam pessoas reais. Explique-lhes o que irão fazer (veja abaixo) e peçalhes para preencherem a secção das hipóteses de SW 1 antes da actividade. 3. Explique que as pessoas estão num lugar apinhado de gente, que pode ser uma discoteca ou um bar. Cada aluno deve colocar o seu disco numa das posições delineadas em baixo. É importante que as posições centrais sejam aproximadamente alinhadas nas distâncias definidas. Estes discos representarão o quanto o espirro viajou em comprimento e quem afectou pelo caminho. Os outros discos devem ser lugares a distâncias variáveis a partir da linha central - estes discos representarão o quanto o espirro viajou em largura e quem afectou pelo caminho. Escreva a distância em cada um dos discos. quem espirra 30cm 70cm 100cm 150cm 4. Nomeie um aluno para espirrar e dê-lhe o pulverizador com água colorida (utilize água colorida para tornar a actividade mais interessante visualmente). Explique que esta pessoa tem uma nova estirpe de gripe e que é muito contagiosa. Peça ao aluno para manter o pulverizador voltado para a frente e para lhe dar um aperto firme e forte isto representa a pessoa a espirrar. 5. Os alunos devem observar as pessoas. Quantas pessoas foram contaminadas? 6. Peça aos alunos para reunirem as pessoas e para desenharem um círculo em volta de cada gota de água, devem então contar quantas gotas de água estão em cada folha. Explique-lhes que cada gota de água representa uma gotícula de água do espirro e que cada gotícula pode conter milhares de bactérias ou vírus!

43 2.2 Disseminação das Infecções Higiene Respiratória Actividade Principal 7. Repita a experiência com uma mão enluvada a cobrir o bocal do pulverizador. Repita uma terceira vez usando uma folha do rolo de cozinha, isto representa um lenço de papel a cobrir o seu espirro. 8. Cada aluno deve preencher a SW 1 e desenhar um gráfico com os seus resultados. 9. Mostre aos alunos a apresentação ( que ilustra, em placas de ágar-ágar nutritivas, o que aconteceria se isto fosse um espirro verdadeiro. Plenário 1. Discuta com os alunos a experiência, as hipóteses e os resultados. Ficaram surpreendidos com os resultados da actividade? 2. Peça aos alunos para se lembrarem da mão enluvada e como ficou bastante molhada com o borrifo de micróbios. Peça-lhes para imaginarem que isto era a mão de alguém depois de um espirro e de quantas coisas ou pessoas teria tocado quando coberta em micróbios contagiosos. Realce que, embora espirrar para a mão seja benéfico e impede que os germes se espalhem, é preferível lavar mãos imediatamente depois de espirrar ou espirrar em lenços de papel e deitálos fora. 3. Discuta detalhadamente o que é que esta experiência ensinou sobre a transmissão de micróbios. Quantos alunos teriam sido infectados por um espirro dentro de um autocarro? 4. Haveria alteração dos resultados se a experiência fosse executada no exterior durante um dia ventoso? Explique que O vento levaria o aerossol do espirro numa direcção diferente ou mais longe contaminando mais pessoas. NOTA -. Os micróbios também se transmitem através da tosse. Por isso, também é importante taparmos a boca quando tossimos. Actividade Suplementar a. Pode ser executada em grupo ou como actividade individual. b. Explique que irão prever a distância que o vírus da gripe pode percorrer e quantas pessoas poderão ser contagiadas numa semana a partir de uma pessoa infectada. Pode utilizar o plano de distribuição de lugares do voo para ilustrar a actividade. c. Irão embarcar num voo de longo curso de Sidney, na Austrália, para Londres, na Inglaterra. O voo tem a duração de 23,5 horas com uma paragem de 5 horas em Hong Kong onde os passageiros mudam de avião e podem circular no terminal do aeroporto. No avião há: i. Uma família de 8 pessoas que desembarca em Hong Kong para ir para casa; ii. 12 passageiros vão embarcar num outro voo em Hong Kong com destino à Turquia; iii. 4 passageiros vão embarcar num voo que liga Hong Kong à África do Sul; iv. Os restantes passageiros seguem para Londres. d. Neste voo um homem tem uma nova estirpe do vírus da gripe que é muito contagiosa. Ele percorreu o avião algumas vezes para usar a casa de banho. i. Quantas pessoas serão contagiadas e que distância percorrerá o vírus em 24 horas e 1 semana. ii. O que poderia ter sido feito para prevenir que a infecção chegasse tão longe?

44 2.2 Disseminação das Infecções Higiene Respiratória Hipóteses 1. Que placa pensam ser a mais afectada pelo espirro? As placas directamente em frente e de ambos os lados de quem espirra serão as mais afectadas. 2. Que pessoas pensam ser menos afectadas pelo espirro? A pessoa atrás de quem espirra e aqueles que estão mais longe. 3. O que pensam que vai acontecer quando colocam uma mão enluvada sobre o nariz? O espirro não contaminará tantas pessoas mas os micróbios serão encontrados na mão. 4. O que pensam que vai acontecer quando colocam um lenço sobre o nariz? Todos os micróbios ficarão no lenço de papel. Resultados 1. Qual foi a maior distância a que o espirro viajou? Distância Percorrida Só o espirro Mão enluvada Lenço papel de N.º de pessoas contaminadas Isto dependerá do tipo de pulverizador utilizado mas em geral o espirro sem protecção infectará mais pessoas e percorrerá a maior distância. Espirrar para o lenço de papel deve ser o meio com menos consequências. 2. Algum dos espirros contaminou alguma das pessoas nas margens? Distância N.º de pessoas contaminadas Percorrida Só o espirro Mão enluvada Lenço papel de Como em cima 3. Quantos micróbios caíram sobre a pessoa posicionada atrás de quem espirrou? Conclusão Nenhum 1. Com base nesta experiência o que aprendeu sobre a transmissão microbial? Os micróbios podem passar muito facilmente de pessoa para pessoa através do espirro e do toque. 2. Se não lavamos as nossas mãos depois de espirrarmos nelas, o que poderá acontecer? Ainda podemos transferir os micróbios nocivos presentes no espirro a outras pessoas quando as tocamos. 3. Que método é o melhor para prevenir a propagação da infecção, espirrar para a mão ou para um lenço de papel? Porquê? Espirrar para um lenço de papel porque os micróbios ficam lá retidos e então podemos deitar fora o lenço.

45 2.2 Disseminação das Infecções Higiene Respiratória Actividade Suplementar 1. Esta actividade pode ser desenvolvida individualmente, em grupos ou discutida por toda a turma. 2. Três colegas, a Sara, a Elisa e a Carla, constiparam-se e estão a tossir muito! Como podem ver na fotografia, cada uma adoptou uma estratégia diferente para tapar a boca e o nariz. 3. Discuta com a turma as vantagens e desvantagens de cada método, tendo em atenção: a. O dia-a-dia de cada uma b. A redução da transmissão da infecção Nota: Para facilitar, esta fotografia pode ser descarregada do website do e-bug, em formato MS PowerPoint

46 Hipóteses 1. Que placa pensam ser a mais afectada pelo espirro? 2. Que pessoas pensam ser menos afectadas pelo espirro? 3. O que pensam que vai acontecer quando colocam uma mão enluvada sobre o nariz? 4. O que pensam que vai acontecer quando colocam um lenço de papel sobre o nariz? Resultados Results 1. Qual foi a maior distância a que o espirro viajou (Comprimento)? Só o espirro Mão enluvada Lenço de papel Distância Percorrida N.º de pessoas contaminadas 2. Algum dos espirros contaminou alguma das pessoas nas margens (Largura)? Distância Percorrida N.º de pessoas contaminadas Só o espirro Mão enluvada Lenço de papel 3. Quantos micróbios caíram sobre a pessoa posicionada atrás de quem espirrou? Conclusão 1. Com base nesta experiência o que aprendeu sobre a transmissão microbial? 2. Se não lavamos as nossas mãos depois de espirrarmos nelas, o que poderá acontecer? 3. Que método é o melhor para prevenir a propagação da infecção, espirrar para a mão ou para um lenço de papel? Porquê?

47 Este módulo tem por objectivo ensinar aos alunos o modo como a actividade sexual pode levar à transmissão de micróbios e doenças. O Capítulo 2.3, Infecções Sexualmente Transmissíveis, ensina aos alunos como é fácil que alguns micróbios potencialmente nocivos possam ser transmitidos à pessoa de quem gostamos, quase sem darmos por isso. Através de uma experiência química irão perceber que muitas pessoas se podem infectar inadvertidamente ao praticar relações sexuais sem protecção, e quais as medidas preventivas que devem ser tomadas. A base da actividade suplementar é uma banda desenhada. Em cada cena desta banda desenhada, os nossos personagens principais, a Ana e o Henrique, irão tomar boas e más decisões. Os alunos serão depois convidados a discutir a sensatez dessas decisões e as suas possíveis consequências. Vírus do Herpes ENSINO OBJECTIVOS Todos os alunos: Aprendem que as infecções se podem transmitir facilmente através do contacto sexual Compreendem o que podem fazer para se proteger contra as ISTs CURRICULUM NACIONAL LIGAÇÕES CURRICULUM DE CIÊNCIAS 3º Ciclo / 9º Ano ou Projecto de Educação para a Saúde a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares

48 2.3 Disseminação das Infecções Infecções Sexualmente Tansmissíveis DSTs Palavras-Chave SIDA Sexo anal Clamídia Verrugas genitais Gonorreia Hepatite B Herpes VIH Sexo Oral Sexo IST Sífilis Transmissão Materiais Necessários Por aluno 3 tubos de ensaio limpos Uma cópia de SH1 e SH2 Por turma Suporte de tubos de ensaio Fenolftaleína ou Vermelho de fenol NaOH 0,1 Molar HCl Água Luvas Saúde e Segurança Assegure que o HCl não atinge os olhos e que os alunos lavam as suas mãos depois de utilizar este ácido. Recursos Disponíveis na Net SW 1 e SW 2 em MS PowerPoint Um filme que ilustra esta actividade. Uma apresentação em MS PowerPoint. Enquadramento As ISTs são infecções contraídas através de contacto sexual intimo com alguém que já está infectado. Algumas ISTs podem ser tratadas e curadas com antibióticos ao passo que outras não. Muitas ISTs incuráveis podem ser tratadas para que seja mais fácil viver com a doença. Há mais de 25 ISTs diferentes. As ISTs bacterianas surgem quando as bactérias são transmitidas através de contacto sexual vaginal, oral ou anal com uma pessoa infectada. Estas infecções incluem a clamídia, a gonorreia e a sífilis e são geralmente curadas com antibióticos. As infecções virais podem ser transmitidas pelas mesmas vias que as infecções bacterianas mas também através do contacto directo com pele infectada ou fluidos corporais como sangue, esperma ou saliva de uma pessoa infectada que entra na corrente sanguínea de uma pessoa não infectada. As infecções virais incluem as verrugas genitais, a hepatite B, o herpes e a SIDA que embora possam ser tratadas, NÃO são curáveis. Embora a maior parte das ISTs sejam geralmente transmitidas através de contactos sexuais, algumas ISTs podem ser transmitidas por partilha de agulhas e seringas, pelo contacto da pele (do mesmo modo que as bactérias podem transmitir-se de uma mão para outra) ou são transmitidas da mãe ao feto durante a gravidez e no parto. O VIH também pode ser transmitido através do leite materno. Detalhes acerca das ISTs mais comuns estão disponíveis na apresentação em MS PowerPoint da página da Internet do e- bug, embora seja importante salientar que as pessoas podem ter uma IST mas não apresentarem NENHUNS sintomas óbvios. Elas próprias podem não saber que estão infectadas. Qualquer pessoa pode contrair uma IST. Não tem nada a ver com a "limpeza" de alguém ou como é que essa pessoa se veste e age. A maior parte das pessoas que contraem uma IST não sabe que a pessoa com quem têm relações sexuais está infectada. Preparação Prévia 1a. Encha, com água, um conjunto de tubos de ensaio até meio 1b. Substitua um dos tubos de ensaio com NaOH 0,1M 2a. Encha, com água, um segundo conjunto de tubos de ensaio até meio 2b. Substitua um dos tubos de ensaio com NaOH 0,1M 3a. Encha 6 tubos de ensaio com água 3b. Substitua um dos tubos de ensaio com NaOH 0,1M 3c. Adicione HCl 0,1M a três dos tubos de ensaio que contêm água 4. Fotocopie ou projecte SW 1 e SW 2.

49 2.3 Disseminação das Infecções Doenças Sexualmente Transmissíveis ISTs Introdução 1. Comece por explicar que existem muitos meios para se transmitirem os micróbios, p. ex., o toque, os espirros, a comida e a água contaminada. Destaque que outra via importante para a transmissão é pela troca de fluidos corporais, isto é, relações sexuais desprotegidas. 2. Para evitar que os alunos se retraiam sobre o tópico, pergunte se já ouviram falar de alguma IST e se sabem o que as causa. Use a actividade em MS PowerPoint que pode encontrar em para ajudar a explicar isto. 3. Explique que as ISTs são geralmente transmitidas através de contacto sexual desprotegido, isto é, sem utilização de um preservativo, embora em alguns exemplos a transmissão possa ser através de agulhas sujas, contacto da pele, ou da mãe para o feto e através do leite materno. Isto acontece porque algumas ISTs são transportadas no sangue e a transmissão deste fluido corporal também pode transmitir a infecção. 4. ACENTUE que apenas os métodos contraceptivos de barreira protegem contra as ISTs, p. ex., a pílula contraceptiva, NÃO protege contra as ISTs. Actividade Principal 1. Esta actividade é melhor ser realizada como um exercício para a classe inteira. Secção A 2. Explique aos alunos que irão simular o contacto sexual trocando fluidos (que representam os fluidos corporais) entre dois tubos de ensaio. Passe os tubos de ensaio pela sala para que cada aluno fique com um tubo de ensaio cheio de fluido. Não deixe os alunos perceberem que um dos tubos de ensaio contém NaOH, embora o professor deva saber quem o tem. OBSERVE que poderá ser importante seleccionar um aluno para ficar com o tubo de ensaio que não seja gozado pelos outros quando estes perceberem que passaram a ser portadores. 3. Diga a cada aluno que deve trocar o fluido com 5 outros alunos (para uma turma mais pequena do que 25 reduza o número de trocas a 3-4). Realce que os alunos devem lembrar-se com quem trocaram fluidos e quando, porque terão de registar essa informação mais tarde na ficha SW 1. Incite os alunos a misturarem-se fora do seu grupo normal de amigos. 4. Quando terminar, forneça aos alunos uma cópia de SW 1. Diga à turma que um deles transportou o fluido que continha a simulação de uma IST. O professor deve circular pela sala testando a presença da IST acrescentando uma gota de fenolftaleína a cada tubo de ensaio. Se o fluido ficar cor-de-rosa essa pessoa foi infectada. Será que a turma consegue detectar quem foi a pessoa infectada que deu origem a tudo? Secção B 5. Repita a actividade reduzindo o número de vezes que os alunos trocam o fluido para 1-2. Será que a turma nota a redução no número de pessoas infectadas? Secção C 6. Escolha 6 pessoas da turma para fazer uma demonstração. Indique à turma o aluno tem o tubo de ensaio infectado. Forneça aos outros 5 alunos os tubos de ensaio restantes. Não deixe que os alunos saibam que três deles têm tubos que contêm HCl. 7. Peça ao aluno infectado para colocar o fluido no tubo de cada um dos outros cinco alunos à vez. NOTA: não troque os fluidos desta vez, simplesmente deixe que o aluno infectado deite um pouco do seu fluido nos outros tubos de ensaio usando um conta-gotas, o receptor deve misturar bem a amostra. 8. Teste cada uma das amostras dos alunos utilizando a fenolftaleína. 9. Pergunte aos alunos por que motivo algumas amostras não mudaram de cor. Explique que durante estas trocas os alunos cujos fluidos não mudaram de cor estavam protegidos porque os tubos continham HCL (o factor de protecção), e por isso não contraíram a infecção.

50 2.3 Disseminação das Infecções Infecções Sexualmente Transmissíveis (DSTs) Plenário Avalie a aprendizagem colocando as seguintes questões: a. O que é uma IST? As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são infecções que são sobretudo passadas de uma pessoa para outra (isto é transmitidas) durante o contacto sexual. Há pelo menos 25 ISTs diferentes com uma variedade de sintomas. Estas doenças podem ser transmitidas através do sexo vaginal, anal e oral. b. Quem pode contrair ISTs? Alguém que teve sexo desprotegido com alguém que tem uma IST. As ISTs não são exclusivas de determinados grupos de pessoas, como prostitutas, homossexuais ou toxicodependentes. Basta ter um encontro sexual com uma pessoa infectada, uma única vez, para contrair a infecção. c. Como podemos diminuir o risco de contrair uma IST? Existem vários meios para evitar contrair uma IST. i. Abstinência: O único método 100% seguro para evitar uma IST é não ter contacto sexual oral, anal ou vaginal. ii. Uso de preservativos: Os preservativos são a medida preventiva recomendada, contudo, os preservativos só protegem a pele que cobrem, qualquer chaga ou verrugas encontradas na região genital e não cobertas pelo preservativo podem contagiar a pele da outra pessoa. iii. Falar com o companheiro: Fale com o seu parceiro sobre práticas sexuais mais seguras, como por exemplo usar um preservativo. Se tem um novo parceiro discuta a opção de ambos serem testados para ISTs antes de iniciarem uma relação sexual. iv. Fazer testes e exames gerais regulares: Quando sexualmente activo, mesmo se não aparentar ter sintomas é muito importante fazer testes regulares e exames gerais para se certificar que não tem nenhuma infecção. Nem todas as ISTs apresentam sintomas no início e algumas não apresentam de todo. d. Existem outros métodos contraceptivos, além do preservativo, que protejam contra as ISTs? NÃO. Os métodos contraceptivos só protegem contra a gravidez, NÃO protegem contra uma IST. e. Quais são os sintomas de uma IST? Os sintomas das doenças sexualmente transmissíveis variam, mas os mais comuns são ulcerações, caroços anormais ou chagas, comichão, dor ao urinar, e/ou corrimento anormal da região genital. f. Todos os que contraem uma IST apresentam sintomas? NÃO, as ISTs são um problema comum porque muitas pessoas são portadoras da infecção sem saberem. Em alguns casos, as mulheres não percebem que foram portadoras até apresentarem problemas de infertilidade mais tarde nas suas vidas. g. Onde podemos encontrar mais informações e fazer testes? Nas consultas de planeamento familiar ou saúde reprodutiva nos centros de saúde ou com o seu médico de família. Actividade Suplementar Peça aos alunos para escolherem uma das seguintes tarefas: a. Criar posters que esclarecem o público sobre as ISTs. b. Forneça aos alunos uma cópia de SH1 e SH2 e peça-lhes para comentarem as afirmações que são feitas em cada uma das animações. Isto pode ser realizado individualmente ou em grupo ou como um debate na sala de aula.

51 2.3 Disseminação das Infecções Infecções Sexualmente Transmissíveis (DSTs) Se o Henrique teve sexo desprotegido com outras pessoas existe a possibilidade de ter contraído uma doença sexualmente transmissível. Muitas ISTs não apresentam sintomas óbvios e como tal, o Henrique pode não saber se contraiu ou não uma IST. Ele pode amar a Ana mas só fazendo testes regulares e tendo relações sexuais protegidas é que pode ter a certeza de não lhe transmitir uma infecção. A Ana está a tomar uma decisão muito errada. A utilização do preservativo ajuda não só na redução do risco de gravidez mas também na redução do risco de contrair uma IST. Muitas gravidezes e ISTs aconteceram a pessoas que pensaram, só desta vez vai correr tudo bem. Nesta cena a Ana e o Henrique parecem ser muito ajuizados usando a pílula contraceptiva para ajudar a prevenir gravidezes não desejadas. Deve contudo salientar-se que a pílula e os implantes são só uma medicação contraceptiva, não ajudarão a prevenir uma IST. Muitas pessoas, não importa a idade, podem sentir-se embaraçadas sobre ir a uma consulta com o médico de família, ao centro de saúde ou a uma clínica ginecológica. É importante realçar aos alunos que NÃO HÁ razões para embaraços. Contrair uma IST e não ser tratado, ou transmitir uma IST a alguém com quem nos preocupamos pode ser muito mais embaraçoso e ter consequências muito dolorosas. Isto é um mito comum entre adolescentes e muitos adultos. Qualquer pessoa pode contrair uma IST, a qualquer momento, de alguém que já está infectado se não se tiverem as precauções adequadas. É importante sublinhar aos alunos que as ISTs são um problema crescente. Infelizmente a Clamídia é uma das ISTs mais comuns entre os jovens hoje em dia, principalmente porque as pessoas infectadas apresentam poucos ou nenhuns sintomas no início. A Clamídia pode, contudo, causar infertilidade mais tarde.

52 Examine cada um dos cenários. Qual é a sua opinião sobre as conversas apresentadas? Eu amo-te! Nunca te passaria uma infecção. A Ana e o Henrique estão a discutir a sua vida sexual. O Henrique teve outros parceiros e a Ana está ligeiramente preocupada com a possibilidade de contrair uma IST. Só desta vez não fará mal, não te preocupes! O Henrique e a Ana estão preocupados porque não têm um preservativo. Nós já usamos um método contraceptivo! A Ana e o Henrique precisam comprar preservativos?

53 Examine cada um dos cenários. Qual é a sua opinião sobre as conversas apresentadas? Acho que devíamos começar a dormir juntos mas eu gostaria que fizesses análises primeiro! O Henrique ficou muito embaraçado por ir com a Ana a uma consulta de planeamento no Centro de Saúde. Ouvi dizer que não se apanha na primeira vez. A Ana e a Júlia estão discutindo como será a primeira vez, e estão preocupadas com o herpes. Clamídia! Eles só dizem essas coisas para nos assustar. O Henrique e o Sandro estão a falar sobre a sua aula de educação sexual e estão discutindo a Clamídia.

54 Secção A Liste o nome das pessoas com quem trocou o fluido e se elas tinham ou não uma infecção : Troca de Fluidos Nome da Pessoa Estavam infectados? Quantas pessoas na sala contraíram uma infecção? Você contraiu uma infecção? Quem era o portador da infecção? Secção B Liste o nome das pessoas com quem fez troca de fluido e se elas tinham ou não uma infecção : Troca de Fluidos Nome da Pessoa Estavam infectados? 1 2 Quantas pessoas na sala contraíram uma infecção? Você contraiu uma infecção? Por que motivo houve uma redução do número de pessoas infectadas desta vez? Quem era o portador da infecção? Secção C Resultados Pessoa Coloração antes Coloração depois Controlo positivo Controlo Negativo Razão para a alteração de cor O que representam os controlos? Positivo: Negativo: Consegue pensar em alguma razão para algumas pessoas não terem contraído uma infecção embora tivessem simulado uma troca de fluidos com alguém infectado?

55 Esta secção visa encorajar os alunos a desenvolverem perceções exatas sobre as infeções sexualmente transmissíveis. Usando a clamídia como exemplo ajuda os alunos a compreenderem a suscetibilidade do indivíduo à infeção e a potencial gravidade das consequências. Isto é conseguido através de histórias intensas e demonstrações visuais. Para ajudar os alunos a desenvolverem competências sobre o ato sexual e o uso de preservativos, são apresentados problemas comuns com os quais os jovens são confrontados e é-lhes pedido que sugiram formas de os ultrapassar. Ensaiar estas competências forma a base de uma extensão da atividade. Bactéria Clamídia RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Todos os alunos: Ficarão a saber a taxa de infeção da clamídia entre os jovens Ficarão a saber que a maioria das pessoas não tem nenhum sintoma Compreenderão a ligação fisiológica entre a infeção e as consequências a longo prazo na saúde Compreenderão a facilidade com que a infeção se dissemina Saberão como se podem proteger contra a infeção Saberão como e onde a clamídia pode ser diagnosticada e tratada LIGAÇÕES AO CURRÍCULO NACIONAL 3ª Fase Principal Programa de Estudo 3. Alcance e Conteúdo 3.3 Organismos, comportamento e saúde Tempo Calculado de Ensino 50 minutos

56 2.4 Disseminação das Infeções Infeções Sexualmente Transmissíveis: Clamídia Informação Geral Palavras-chave Clamídia Transmissão Risco Materiais Necessários Cópias do SH 1 Cópias do SH 2 Cópias do SH 3 e SH 4 Recursos Disponíveis na Internet Animações indicadas em preparação prévia ilustrando (a) a taxa de infeção entre os jovens, (b) a forma como a infeção danifica o corpo, (c) a facilidade com qual a infeção se dissemina A Clamídia é uma infeção sexualmente transmissível (IST) provocada pela bactéria chamada Chlamydia trachomatis. A maior incidência da clamídia situa-se entre os jovens dos 16 aos 24 anos. Neste grupo, pensa-se que cerca de um em cada dez estejam infetados. Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens com clamídia não têm qualquer sintoma, o que significa que muitas pessoas infetadas nem sabem que têm a infeção. No caso das mulheres com sintomas, estes podem incluir um corrimento anormal, dores e/ou hemorragias durante as relações sexuais e dores ao urinar. Nos homens, estes sintomas incluem um corrimento turvo ou aguado do pénis, dores ao urinar e nos testículos. O diagnóstico pode ser feito através de uma amostra de urina (nos homens e mulheres) ou por esfregaço vaginal (apenas nas mulheres). A infeção é tratável com uma dose de antibióticos. A clamídia não tratada está bem identificada como sendo a causa de inflamações pélvicas (inflamação grave dos ovários e das trompas), gravidez ectópica (quando o feto se desenvolve numa trompa) e infertilidade nas mulheres. Nos homens, a infeção pode provocar problemas ao nível testicular ou da próstata e, provas crescentes, também a associam à infertilidade nos homens. Porquê uma lição sobre a Clamídia? Apesar de a clamídia ser um problema grave e crescente de saúde pública, existem algumas características desta infeção que podem significar que os jovens podem não a considerar como potencialmente ameaçadora. Ao tomar a decisão sobre o uso de preservativos, é mais provável que os jovens tenham em conta as consequências. Algumas destas serão positivas, como a proteção contra as IST mas, é provável existirem muitas outras negativas (como a interrupção da disposição ). Muitas vezes, as negativas ganham de forma a que as motivações para o uso de preservativos não sejam muito fortes. Para contrariar isto e reforçar as intenções do uso dos preservativos, é realmente importante que os jovens tenham perceções precisas sobre a ameaça provocada pelas infeções sexualmente transmissíveis. Esta lição foi concebida para encorajar perceções fortes e realistas sobre a ameaça provocada pela clamídia. Preparação Prévia 1 Reúna informação sobre as entidades locais que fazem o rastreio de Infeções Sexualmente Transmissíveis 2. Descarregue as animações seguintes de a. Calças b. Clamídia o filme c. Perigo

57 2.4 Disseminação das Infeções Infeções Sexualmente Transmissíveis: Clamídia Introdução 1. Recapitule as suas regras de base de educação sexual ou use as fornecidas (ver o SH 1) 2. Comece por explicar que vai discutir um tipo específico de infeção sexualmente transmissível, conhecida por clamídia. Pergunte à turma se já sabem algo sobre esta IST. Nesta altura, pode desejar realçar os objetivos da lição usando o PowerPoint fornecido. Explique que: a) a clamídia é um tipo de infeção sexualmente transmissível provocada por uma bactéria b) é mais comum entre os jovens (dos 16 aos 24 anos) c) muitas pessoas nem se apercebem que têm a doença porque, em muitas pessoas, não existem sintomas d) mas, algumas pessoas têm sintomas e estes incluem... (ver o TS 1) 3. Mostre à turma a animação Calças. Clique em Reproduzir a) Explique que são um grupo de jovens (50 raparigas, 50 rapazes) com idades entre os 16 e os 24. Peça à turma para adivinhar das 100 pessoas, quantas é que é provável que estejam infetadas com a clamídia? Clique em Seguinte b) Dez jovens estão realçados e têm as calças a piscar. Explique que 1 em 10 jovens têm a infeção da Clamídia. Clique em Seguinte c) Pergunte quantos é que é provável que saibam que têm a infeção da Clamídia. Clique em Seguinte 2 vezes d) Uma rapariga e dois rapazes mudarão para um ar infeliz (ou seja, apenas 3 do nosso grupo) indicando que a maioria dos jovens com a infeção da clamídia não sabe que a tem. Explique que esta é a razão pela qual as pessoas se referem a ela como a doença silenciosa. 4. Discuta com a turma que muitas pessoas não sabem que têm a clamídia e, geralmente, os que sabem não dizem a ninguém que a têm. Explique que é muito provável que conheçam pessoas que têm ou que já tiveram clamídia. Atividade Principal 1. Explique que a infeção da clamídia, se não for tratada, pode conduzir a problemas graves tanto para os homens como para as mulheres. Diga aos alunos que vão ouvir falar sobre o que acontece dentro do corpo quando a pessoa é infetada pela bactéria da Clamídia do ponto de vista da bactéria! 2. Forneça aos alunos uma cópia do SH 2 Se a clamídia pudesse falar. Explique que a rapariga, Chloe, foi infetada com as bactérias da Clamídia e que a bactéria está a contar a sua história à Chloe. Selecione 5 alunos para cada um ler um parágrafo. 3. No fim, pergunte aos alunos o quê, se algo, é que aprenderam com a bactéria Clamídia. 4. Agora, pode ser benéfico para os alunos verem como é que a bactéria clamídia realmente se propaga no corpo feminino. Mostre à turma a animação Clamídia o filme ou deixe os alunos vê-la individualmente. 5. Discuta com a turma a forma como a infeção da clamídia pode conduzir a danos permanentes e irreversíveis se não for detetada e tratada. Recorde aos alunos que a maioria das pessoas nem saberá que foram infetadas e, por isso, nem farão o rastreio (por isso, é vital fazer o rastreio após ter relações sexuais desprotegidas). 6. Realçe que qualquer pessoa que já teve relações sexuais desprotegidas deve fazer o rastreio da clamídia e de outras IST. Forneça informação local sobre a entidade de rastreio mais próxima e como aceder à mesma. Explique que os menores de 16 anos têm direito à confidencialidade, ou seja, os profissionais de saúde não podem divulgar a sua visita a ninguém, incluindo aos pais/encarregados de educação. Explique que o tratamento é uma dose única de antibióticos. Forneça também informações sobre onde podem ter acesso a preservativos gratuitos localmente.

58 2.4 Disseminação das Infeções Infeções Sexualmente Transmissíveis: clamídia Continuação da Atividade Principal 7. Portanto, agora que os alunos já conhecem a forma como a bactéria clamídia provoca a doença, pergunte-lhes o que acham sobre a facilidade com que a clamídia se pode disseminar de uma pessoa para a outra. 8. Divida a turma em grupos mais pequenos, de 5 a 7 alunos, e entregue a cada grupo o SH 3 e o SH 4. DICA: Pode desejar cortar e transformar os SH1 e 2 em cartões laminados e entregar estes a cada grupo. 9. Peça a cada grupo para ver a animação Perigo. A animação mostra uma rede de oito personagens. Cada pessoa tem uma história para contar e estão interligadas através do contacto sexual. Uma linha rosa mostra que a clamídia se disseminou e uma linha verde mostra que não. Ao passar o cursor sobre as personagens, aprendemos sobre o caráter de contacto da clamídia e como esta se disseminou através do grupo. Desloque o cursor pela rede até ter abrangido todas as histórias (os alunos podem decidir a ordem em que querem ouvir as histórias). 10. Se o tempo permitir, cada grupo deve discutir e responder às perguntas fornecidas em alternativa, atribua um grupo a cada personagem. Após alguns minutos, peça a cada grupo que divulgue as suas discussões à turma. À vez, clique no botão de 'comentários' para ver os nossos conselhos. Discuta com a turma toda. 11. Para terminar, 1) mostre a imagem dos 100 jovens do exercício das calças. Discuta a forma como a clamídia se dissemina facilmente através das relações sexuais desprotegidas, 2) realce que não é apenas o seu parceiro que têm de conhecer e confiar mas também toda a gente na rede (o que, é claro, não conseguem) o parceiro pode ter sido exposto involuntariamente 3) reforce a mensagem de que qualquer pessoa pode contrair a clamídia - a única forma de garantir que não são expostos a ela é evitando as relações sexuais ou usando um preservativo, 4) E, não faz mal esperar apesar das impressões que os outros jovens possam dar, a maioria das pessoas da sua idade ainda não teve relações sexuais (cerca de 75% dos 13 aos 16 anos não tiveram). Plenário Reforce as mensagens seguintes: A clamídia pode provocar danos irreversíveis se não for tratada Existe uma possibilidade muito real que pode significar não poderem vir a ter filhos seus no futuro As raparigas correm um risco maior do que as mulheres mais velhas (acima dos 30) porque os seus tecidos internos são mais moles, tornando mais fácil o ataque da bactéria Pode estar dentro de vocês sem nenhum sintoma Uma vez que a maioria das pessoas não sabem que tem a clamídia (mesmo quando ela se dissemina) não há nada que as leve a fazer o rastreio, o que pode permitir que a infeção provoque este nível de danos. Prolongamento da Atividade a. Com base no exercício perigo, peça aos alunos para ensaiar algumas das competências necessárias para ultrapassar os problemas vividos pelas personagens, por exemplo, ultrapassar a vergonha de comprar preservativos ou resistir à pressão de ter relações sexuais desprotegidas. Dependendo da sua turma e do grau de confiança que possuem, desenvolva uma atividade que lhes permita praticar, por exemplo, usando a encenação ou a dramatização. b. Execute a atividade Disseminação das Infeções do conjunto e-bug sénior para reforçar a facilidade com que uma IST se pode disseminar num grupo.

59 INFEÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Regras de Base Ninguém (professor ou aluno) terá de responder a uma pergunta pessoal Ninguém será obrigado a participar numa discussão Apenas os nomes corretos das partes do corpo serão usados O significado das palavras será explicado de uma forma sensata e factual Outras (conforme o acordado com a turma)

60 INFEÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS Se a clamídia pudesse falar Desculpa Sarah, mas eu não tive a culpa. Eu não te apanhei. Tu é que me apanhaste quando tiveste relações sexuais com aquele tipo há duas semanas, na festa. Não te lembras, não, claro que não, porquê que te havias de lembrar? Já gostavas dele há muito tempo e não usaram um preservativo. Eu estou muito agradecida. Mal sabias tu naquela altura que tinhas sido infetada por mim, a clamídia! Sou silenciosa, mas não confundas isso com fraqueza, porque eu sou tudo menos isso. Olá! Sim, sou eu e estou aqui. Passei para ti através de uma bactéria no esperma do Mark e, desde que me mantenha calada, é mais fácil sentir-me à vontade no teu corpo. O esperma do Mark ficou no teu corpo depois das relações sexuais, permitindo-me começar a espalhar-me por ti. Como és nova, é particularmente fácil para mim infetar o teu corpo. Como já disse, sou muito boa a ficar calada. De facto, tão boa que vou estar contigo 24 horas por dia e tu nem darás por isso. Apesar de, infelizmente, algumas darem por mim, a maioria não dá, o que me permite ir ficando durante meses, ou anos sem ser detetada e, vamos ser honestas, eu prefiro assim, posso provocar muito mais danos assim. Ao princípio eu moro e começo a provocar problemas no colo do útero e na uretra. Depois de penetrar no teu corpo eu multiplico-me massivamente. Tenho sempre muito orgulho nas minhas filhas, todas a espalharem-se para mais longe do que eu poderia sozinha. Juntas somos fortes, como um exército, a caminho das tuas trompas, são as nossas favoritas. Sim, é isso, uma parte importante do teu sistema reprodutivo, onde os bebés são formados. Ah, pois, eu sei que não estás preocupada com bebés agora, estás mais interessada em ser nova e em te divertires, bem, isso é perfeito para mim porque assim vou ter muito tempo para desempenhar o meu trabalho. Sou mesmo boa a bloquear as trompas, nos dois extremos, provocando um aumento dos tecidos cicatrizados. O resultado? Podes sentir uma inflamação dolorosa nas tuas trompas e nos ovários e, no futuro, esforçares-te para ter filhos. Portanto, agora já conheces a realidade de viver comigo sem ser detetada nem tratada. Outro bónus de não saberes da minha existência é que, da próxima vez que tenhas relações sexuais desprotegidas, vais-me transmitir. Mais de mim! Isso não são boas notícias?! No entanto, más notícias para o desgraçado... Sabes, eu também consigo manter-me em segredo nos homens mas, por vezes, de vez em quando gosto de lhes mostrar que estou lá. Pode descobrir um corrimento feio a sair da ponta do seu pénis. Olá, sim, sou eu! E também posso provocar dor quando ele está a urinar... OUCH... Ah! E para me divertir, posso provocar o inchaço dos seus testículos! Para andar por aí a sentir-se tão mal... e pode agradecer-te a ti por isso. Pelo contrário, também posso decidir manter-me calada dentro dele e depois, no futuro, ele pode vir a descobrir que também não pode ter filhos. Bem, agora tenho de ir. Tenho trabalho importante para fazer...

61 Olá! Eu sou a Chloe! Tenho um namorado chamado Chris, tem 17 anos, e andamos há 5 meses. Mas, ultimamente, as coisas têm estado esquisitas entre nós. É embaraçoso dizer isto mas temos andado a discutir sobre sexo. Sabem, eu era virgem e ele não. Ele queria ter relações sexuais. No princípio, estávamos bem só a tocar-nos e a beijar-nos mas depois, o mês passado ele chateou-me mesmo a cabeça ao telefone sobre ter relações sexuais. Para mim, é uma coisa muito importante mas, de qualquer forma, eu fiquei nervosa com medo que ele ficasse zangado e me deixasse ou qualquer coisa. Ele disse que, se eu gostasse mesmo dele que o fazia para o satisfazer mas, e eu? Não estou lá muito satisfeita. Ele disse que eu estava a comportar-me como uma criança estúpida, por isso, no fim, fiz. Mesmo assim, ele deixou-me algumas semanas depois. A Chloe foi pressionada pelo Chris a ter relações sexuais e, apesar de não o saber, foi infetada com a clamídia. Como é que o Chris a fez sentir? De que outra forma é que ela podia ter lidado com a situação? De que outra forma é que o Chris podia ter lidado com a situação? O que é que a Chloe deve fazer agora? Tudo bem? Eu sou o Ash! A fotografia de moda é a minha paixão. Tantas mulheres boas na moda! Em setembro, vou começar um curso na faculdade. Antes de conhecer a minha Kate Moss, conheci uma miúda, a Chloe. Ela é tímida, é giro. Disse-me que o último namorado era um idiota; eu quero ter a certeza de que a trato bem. Por isso, quando nos começámos a enrolar eu disse-lhe Tenho de ir buscar um preservativo, ela respondeu que não era preciso. Eu pensei, ESPERA AÍ AMOR! Eu gosto de ti mas não quero os teus filhos, não consigo tomar conta de ti e do puto se estiver na semana da moda! Além disso, não quero apanhar uma doença e não quero que me caia o pénis! Falámos sobre o assunto e ela disse que julgava que eu não os quisesse usar, porque o ex dela não queria. Pensei, não, isso não é para mim, eu tenho de os usar. Portanto, falámos mais um pouco e esperámos até os ter. Depois, foi bom, pá! Apesar de a Chloe ter clamídia, o Ash não foi contagiado porque usaram um preservativo. Como é que a experiência anterior da Chloe afetou a sua atitude perante o uso de preservativos? O que achas da abordagem do Ash ao uso de preservativos? Consegues pensar numa boa forma de abordar o uso de preservativos? Eu sou a Anna. A semana passada, fui a uma festa em casa do Chris. Antes, não o conhecia bem mas agora sim, tive relações sexuais com ele. Houve uma ligação quando começámos a conversar e falámos bué. Por causa do barulho, subimos para o quarto dele. Começámos a beijar e, honestamente, gostei. Depois, antes de dar por isso, ele tirou a camisa, e eu também, beijámo-nos mais um pouco e depois tivemos relações sexuais. Já tive relações sexuais antes, mas usámos preservativos, Estou chocada comigo mesmo por não o ter usado com o Immi, mas, aconteceu tão depressa. Estava sempre a pensar, daqui a nada falo nisso. Mas nunca houve a altura certa. Mas, ele tirou-o antes de se vir. Será que isso conta como relações sexuais a sério? Eu lavei-me a seguir para me certificar de que estava limpa. Agora, acho que fui um bocado estúpida, como é que deixei aquilo acontecer? A Anna foi infetada com a Clamídia pelo Chris porque não usaram um preservativo. Porquê que achas que o facto de o Chris tirá-lo (também conhecido pelo método de autocontrolo) não funcionou? Porquê que achas que o facto de se lavar não funcionou? Em que altura é que a Anna deveria ter colocado a questão do uso do preservativo? O que poderia ter dito?

62 Eu sou o Immi Fui a Espanha com os meus pais e conheci uma miúda, a Anna. Ela é linda. Estivemos juntos as férias todas. Na última noite, tivemos relações sexuais. Quando disse ao meu melhor amigo, o Rocky, ele disse que eu devia ter usado um preservativo, mas ele sempre foi um paranoico. Ele disse que eu devia fazer uma análise mas... esquece isso, eu estou em boa forma, estou bem. Eu nem saberia onde fazer uma análise nem nada; eles teriam de ver o meu pénis? Nem pó, esquece lá isso! Eu fico bem. O Immi contraiu clamídia da Anna. Como é que estar de férias pode alterar o comportamento habitual das pessoas? Se fosses amigo do Immi, o que responderias ao que ele disse? Chamo-me Jamie È mais difícil do que parece, tá! Esta coisa de comprar preservativos. Fui à loja, meu, estava mesmo preparado!! Agarrei numas lâminas e numas pastilhas de mentol. Vou-me encontrar com a Anna para a semana e, desta vez, vamos mesmo curtir! Quero que esteja tudo no ponto, gosto mesmo dela! Falámos sobre usar proteção e concordámos que devíamos arranjar uns preservativos. Por isso, fui à farmácia TRÊS vezes mas, não consigo! Ou é aquela velha horrível atrás do balcão a OLHAR PARA MIM, com gotas de suor a escorrer-me pela cara! Ou o gajo que conhece a minha mãe, e se ele lhe fosse dizer?!!? AAHHHGGGHHHH pá, para mim, vamos fazer isto sem preservativos! Apesar de a Anna ter clamídia, o Jamie não foi contagiado porque usaram um preservativo. Porque achas que o Jamie achou difícil comprar preservativos? Que conselhos é que lhe davas para facilitar as coisas? Onde é que os jovens conseguem obter preservativos na tua zona? Olá! Eu sou a Alisha. Comecei a andar com o Immi. Ele é um pouco mais velho do que eu e todas as minhas amigas estão cheias de inveja. Ele é uma bomba... Usa roupa fixe e vai-me buscar à escola no seu carro. Acho que vamos ter relações sexuais. Temo-nos andado a chupar um ao outro. Mas, eu sei que ele quer ir mais longe. Só estou preocupada é se ele vai gostar de mim, porque o Immi não é do tipo de ter doenças ou qualquer coisa. A Alisha contraiu clamídia oral do Immi O que é que existe numa pessoa que te levaria a pensar que seriam do género de ter uma Infeção Sexualmente Transmissível O que é que existe numa pessoa que te levaria a pensar que não seriam do género de ter uma Infeção Sexualmente Transmissível Porquê que as pessoas usariam estas pistas para as ajudar a decidir se a pessoa tem uma Infeção Sexualmente Transmissível? Qual é o problema desta abordagem?

63 Olá malta! Eu sou o Mark! Sou homossexual e saí do armário há cerca de 6 meses. Já tive relações sexuais algumas vezes, isto é, sexo anal. Uma vez, com um tipo que conheci através de amigos e outra vez recentemente com um rapaz chamado Immi. Já o conheço há montes de tempo, mas nunca pensei que fosse homossexual apesar de que ele disse que não tinha a certeza. Não me preocupa, gosta-se de quem se gosta, certo? É óbvio que não existem preocupações com alguém engravidar mas, mesmo assim, existem preocupações com doenças e outras coisas, por isso, uso sempre um preservativo. Caso contrário, nem sequer vou nessa! Apesar de o Immi ter clamídia, o Mark não foi contagiado porque usaram um preservativo. O Mark tem isso muito claro na sua mente, que vai sempre usar um preservativo quando tiver relações sexuais. De que formas achas que o facto de ter um plano firme pode ajudar? Tenta escrever um plano sobre o uso do preservativo, ou seja, quando (sempre? Quando é que isso pode ser mais difícil?), com quem (com toda a gente ou apenas com algumas pessoas?), em que circunstâncias (puxarias o assunto, tirarias um para fora?) Olá, eu sou o Chris! Ontem à noite tive uma festa em minha casa as coisas hoje estão um bocado vagas fim dos exames uma noite de porcaria montes de gente uau tive relações sexuais com a Anna, TIVE RELAÇÕES SEXUAIS COM A ANNA! Mas que raio, eu nem sei como é que isso aconteceu! Foi muito bom!!!... Oh! Mas, e a quer dizer, eu tenho uma namorada a Chloe que diabo Bom, ela não me dá, portanto, o que posso fazer? O Chris tem Clamídia. Ontem à noite, o Chris teve relações sexuais desprotegidas com a Anna e transmitiu-lhe. Como é que achas que o Chris se está a sentir hoje? Qual será o seu estado emocional (positivo e negativo)? Se fosses amigo do Chris, que conselhos é que lhe davas?

64 Programa de Ciências da Natureza 6º Ano Tema: Ambiente de Vida Capítulo II- Agressões do meio e integridade do organismo 1) A Higiene O Capítulo 3.1 aborda a importância das defesas naturais do nosso organismo na prevenção das doenças. Inclui uma apresentação detalhada e animações que ilustram como o nosso corpo reage diariamente aos micróbios nocivos. Contêm os conhecimentos básicos necessários para a compreensão dos 2 capítulos finais deste programa. Objectivos Pedagógicos Todos os alunos: Aprendem que o organismo humano tem muitas defesas naturais para combater as infecções Aprendem que o organismo possui três linhas de defesas naturais. Aprendem que por vezes o organismo precisa de ajuda para combater as infecções.

65 3.1 Prevenção da Infecção As Defesas Naturais Enquadramento Palavras-Chave Anticorpos Antigénios Imune Inflamação Patogénico Fagocitos Fagocitose Plasma Glóbulos Brancos Materiais Necessários Descarregar apresentação de Para cada aluno Cópia de SH 1 Recursos disponíveis na Web Uma apresentação em PowerPoint de SH 1 Uma animação ilustrando o modo de funcionamento do sistema imunitário O nosso corpo é muito auto-suficiente e autónomo no seu trabalho diário de nos manter saudáveis. Possui três níveis de defesas naturais. 1. Meios que impedem a entrada de agentes patogénicos A nossa pele é a nossa primeira linha de defesa, impedindo os micróbios de penetrar no organismo. O muco e os cílios (pequenos pêlos especiais) da nossa mucosa nasal agarram os micróbios, impedem a sua entrada nos pulmões e ajudam a empurrá-los para o exterior. Até as lágrimas produzem uns enzimas que matam bactérias e depois as eliminam para o exterior. 2. Defesas Inespecíficas - Glóbulos Brancos Estes glóbulos brancos, conhecidos por fagocitos, dizemse inespecíficos, porque tentam englobar e matar todo e qualquer corpo estranho que entre no organismo - não são esquisitos! Este processo tem o nome de fagocitose. Eles despoletam também uma resposta inflamatória, aumentando o afluxo de sangue na zona que está a ser infectada (o que torna essa zona mais vermelha e quente) e plasma (o que provoca um inchaço local). Toda esta sequência de eventos permite que outras células mais especializadas possam chegar àquela área e combater a infecção. 3. Defesas Específicas - Glóbulos Brancos Especializados Estes glóbulos brancos são específicos porque o seu alvo são apenas os micróbios. Todos os micróbios invasores têm moléculas únicas na sua superfície chamados antigénios. Quando encontram um antigénio que não reconhecem, começam a produzir proteínas, chamadas anticorpos. Estes anticorpos aderem aos antigénios facilitando a destruição dos micróbios por outros glóbulos brancos. Cada anticorpo adere apenas ao antigénio específico para o qual foi criado. Os anticorpos são criados rapidamente pelos glóbulos brancos e circulam pelo sangue aderindo aos antigénios de todos os micróbios invasores (patogénicos) que encontram. Quando todos estes invasores são destruídos os anticorpos ficam no sangue, prontos a entrar em acção sempre que aqueles micróbios regressarem. Deste modo, o corpo mantém uma memória da doença, tornando-nos imunes a essa e a todas as outras doenças que já tivemos no passado. Preparação Prévia 1. Cópia de SW 1 para cada aluno. 2. Descarregar, em a animação que ilustra o modo de funcionamento de sistema imunitário

66 O sistema de Defesa Imunitária Nem sempre precisamos de medicamentos para combater infecções. Sabias que o teu corpo trabalha muito todos os dias, sem que te apercebas disso, para te defender dos micróbios nocivos? Temos 3 linhas de defesa. 1ª Linha de Defesa Impede a entrada dos micróbios 1. A pele A pele, desde que não esteja ferida ou lesada, impede a entrada dos micróbios. Mesmo quando nos ferimos, formam-se rapidamente coágulos de sangue e depois cicatrizes, que selam as feridas e impedem a entrada dos micróbios. 2. O sistema respiratório O muco e os finos pêlos que temos no nariz, evitam que os micróbios entrem nos pulmões. 3. Os olhos As lágrimas possuem substância químicas, chamadas enzimas, que destroem as bactérias. 2ª Linha de Defesa Glóbulos Brancos Inespecíficos Glóbulos Brancos chamados Fagocitos a. Englobam e digerem as partículas estranhas que conseguem ultrapassar a 1ª linha de defesa. b. São conhecidos como inespecíficos porque atacam TODOS OS TIPOS de partículas estranhas ao organismo. c. Provocam uma inflamação no local (vermelhidão, inchaço, e calor), por: Aumentarem o fluxo de sangue no local Inundarem os tecidos circundantes com plasma. 3ª Linha de Defesa - Glóbulos Brancos Específicos Produzem proteínas especiais, chamadas Anticorpos. a. Todas as células invasoras (micróbios, por exemplo) têm marcadores próprios na sua superfície, chamados antigénios. b. Os Glóbulos Brancos detectam estes antigénios desconhecidos e produzem anticorpos específicos (reconhecem APENAS esses antigénios, e não outros). c. Os anticorpos são produzidos rapidamente, e: aderem à superfície das células invasoras assinalando-as para serem destruídas mantêm-se no sangue, mesmo depois de curada a infecção, para que possam voltar a entrar em acção se aquele micróbio regressar. Esta é a razão pela qual somos imunes às doenças que já tivemos guardamos a memória desses anticorpos e podemos voltar a utilizá-los quando necessário.

67 O Capítulo 3.2 é dedicado à prevenção das doenças através da vacinação. Nesta actividade os alunos tomam parte numa simulação para observarem como as vacinas são utilizadas para prevenir a disseminação das infecções. A actividade suplementar consiste em avaliar quais as vacinas necessárias para viajar para alguns países do mundo e porquê. Vírus ENSINO OBJECTIVOS Todos os alunos: Descobrem que as vacinas ajudam a prevenir uma variedade de infecções bacterianas e virais. Compreendem que não existem vacinas para todas as infecções. Aprendem que as infecções anteriormente comuns, são hoje em dia raras devido às vacinas. Aprendem que as vacinas não previnem as infecções mais comuns, como a constipação ou a amigdalite. CURRICULUM NACIONAL LIGAÇÕES CURRICULUM DE CIÊNCIAS 3º Ciclo / 9º Ano ou Projecto de Educação para a Saúde a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares

68 3.2 Prevenção das Infecções Vacinação Palavras-Chave Anticorpos Antigénio Epidemia Imunidade de grupo Imune Imunização Vacina Glóbulos brancos Materiais Necessários Por aluno Cartões coloridos (um de cada) de SH 1 a SH 4 Uma cópia de SW 1 Uma cópia de SW 2 Recursos Disponíveis na Net FACTO IMPORTANTE Na gripe pandémica de 1918, vulgarmente, conhecida como a Gripe Espanhola, 20 milhões de pessoas morreram antes da descoberta de uma vacina. Enquadramento O nosso sistema imunitário geralmente combate qualquer micróbio patogénico que se introduza nos nossos corpos. Repousar bastante, comer os alimentos adequados e dormir o suficiente ajuda o nosso sistema imunitário a funcionar correctamente e, assim, prevenir as infecções. Outro meio para ajudar o nosso sistema imunitário é através da vacinação. As vacinas são usadas para prevenir e NÃO para tratar as infecções. Uma vacina é normalmente feita de versões débeis ou inactivas dos mesmos micróbios que nos provocam doenças. Em alguns casos, as vacinas são feitas de células que são semelhantes, mas não cópias exactas, das células microbianas que nos fazem mal. Quando a vacina é introduzida no corpo o sistema imunitário ataca como se tratassem de micróbios nocivos. Os glóbulos brancos criam muitos anticorpos para envolverem os antigénios da vacina. Como a vacina é uma versão extremamente enfraquecida do micróbio, os glóbulos brancos eliminam com sucesso todas as células microbianas na vacina e esta não nos fará mal. Através da eliminação bem-sucedida de todos os antigénios da vacina, o sistema imunitário memoriza como combater aqueles micróbios. Na próxima vez que os micróbios que transportam o mesmo antigénio se introduzirem no corpo o sistema imunitário está pronto para combatê-lo antes que possam fazer-nos mal. Em alguns casos, o sistema imunitário precisa de uma actualização da sua memória é por isso que necessitamos de reforços de algumas vacinas. Alguns micróbios como o vírus da gripe, são enganadores e alteram os seus antigénios. Isto significa que o sistema imunitário já não está equipado para combatê-los. Por essa razão, temos vacinas anuais contra a gripe. O uso de vacinas significou a erradicação de algumas doenças anteriormente comuns, p. ex., a varíola. O reaparecimento de outras doenças numa população, p. ex., o sarampo, pode dever-se a não vacinar uma proporção suficientemente grande da população. As epidemias podem ser prevenidas vacinando grande parte da população (imunidade de grupo) já que diminui a probabilidade de um indivíduo infeccioso encontrar alguém susceptível a quem transmitir a infecção, quando a grande maioria (mas não toda) da população está imunizada. Preparação Prévia 1. Plastifique ou cole em cartolina uma cópia de SH 1, SH 2, SH 3 e SH 4, recorte os quadrados coloridos e distribua um a cada aluno. No final os cartões podem ser recolhidos para futuro uso. 2. Fotocopie SW 1 e SW 2 para cada aluno.

69 3.2 Prevenção das Infecções Vacinação Introdução 1. Comece por perguntar aos alunos que vacinas/imunizações já fizeram, p. ex., a vacina da poliomielite (VAP/VIP), a vacina para o sarampo, papeira e rubéola (VASPR), a vacina da tuberculose (BCG) ou qualquer vacinação de férias e se eles sabem para que foram as vacinas. 3. Explique que imune significa estar protegido contra os efeitos graves das infecções e que a imunização é uma maneira de aumentar a imunidade protectora do corpo tanto às doenças bacterianas como às virais. 4. Explique que as vacinas/imunizações são uma pequena quantidade de micróbio/doença inofensiva que ensina ao nosso corpo como lutar contra os micróbios nocivos quando, ou se formos atacados pela doença. 5. Explique como funcionam as vacinas com a ajuda do capítulo 3.1. Explique que os anticorpos passam da mãe para a criança através do leite materno e que isto ajuda a proteger os bebés recém-nascidos das doenças. 6. Lembre que algumas infecções são causadas por micróbios com tipos diferentes de revestimentos e que alguns micróbios alteram os revestimentos tão rapidamente que os cientistas não conseguem criar vacinas para cada infecção ou têm que fazer uma nova vacina todos os anos, como a vacina da gripe. Actividade Principal 1. Deverá realizar esta actividade com toda a turma. Explique que irão simular como as vacinas impedem as pessoas de ficar doentes. 2. Forneça um cartão vermelho (infectado), branco (imune), azul (em recuperação mas ainda infeccioso) e um cartão amarelo (vacinado). Cenário 1 (Demonstração da disseminação das infecções e da imunidade) 1. Seleccione um aluno e peça-lhe para mostrar o seu cartão vermelho. Explique que está agora infectado com uma doença. Peça-lhe para tocar numa pessoa na sua proximidade. Esta pessoa está agora também infectada e deverá mostrar o cartão vermelho. Isto marca o fim do primeiro dia. Dizemos que é o fim do dia 1 porque é o tempo que demora a incubação da infecção e a manifestação dos primeiros sintomas. 2. Depois de alguns segundos diga à turma que é agora o dia 2. O aluno 1 deve mostrar agora um cartão azul, isto é, ele/ela está em recuperação mas ainda é infeccioso. O aluno 2 deve mostrar um cartão vermelho. Peça a cada um destes alunos para tocar alguém diferente nas suas proximidades. Essas duas pessoas estão agora infectadas e devem mostrar os respectivos cartões vermelhos. Isto marca o fim do segundo dia. 3. Depois de alguns segundos diga à turma que é agora o dia 3. a. O aluno 1 deve agora mostrar um cartão branco, isto é, ele/ela é agora imune Esta pessoa é um indivíduo normal com um sistema imunitário saudável, e por isso, foi capaz de repelir a doença e desenvolver imunidade. b. O aluno 2 deve mostrar agora um cartão azul, isto é, ele/ela está em recuperação mas ainda é infeccioso c. Os alunos 3 e 4 devem mostrar os seus cartões vermelhos, isto é, estão agora infectados 4. Repita os passos 1 3 durante 7 dias e peça aos alunos para completarem a secção referente ao Cenário 1 das suas fichas.

70 3.2 Prevenção das Infecções Vacinação Actividade Principal Prévia Cenário 2 (Demonstração da disseminação das infecções e da imunidade através da vacinação) 1. Assegure-se de que cada aluno tem cada um dos seus cartões. Explique que irão observar o que acontece durante os programas de vacinação. O processo será idêntico ao anterior, excepto que desta vez uma parte da turma estará vacinada (imune). 2. Explique que irá distribuir a cada um deles um pedaço de papel que dirá vacinado ou susceptível. Não devem mostrar seu papel a ninguém e não devem apresentar o seu cartão de vacinação a menos que sejam tocados por uma pessoa infectada. a. 25% vacinados : 75% susceptíveis Dê a 25% dos alunos o cartão com a palavra vacinado e ao resto da classe o cartão com a palavra susceptível. Repita as etapas 1-4 do Cenário 1, no entanto, quando uma pessoa vacinada for exposta à infecção mostrará o seu cartão amarelo (vacinado) e não transmitirá a infecção a mais ninguém. b. 50% vacinados : 50% susceptíveis Como acima, porém dê a 50% dos alunos o cartão com a palavra vacinado e ao resto da classe o cartão com a palavra susceptível. c. 75% vacinados : 25% susceptíveis Como acima, porém dê a 75% dos alunos o cartão com a palavra vacinado e ao resto da classe o cartão com a palavra susceptível. Os alunos observarão uma tendência descendente na evolução da infecção com o aumento da população vacinada. Pode ser benéfico, neste momento, explicar o termo imunidade de grupo. Imunidade de Grupo é o tipo de imunidade que ocorre quando a vacinação de uma parte da população proporciona uma protecção idêntica aos indivíduos não vacinados.

71 3.2 Prevenção das Infecções Vacinação Plenário Avalie Plenário a aprendizagem discutindo os seguintes pontos: a. Porque é que a vacinação não é apenas uma questão de saúde pessoal mas também uma questão de saúde pública? Muitas doenças infecciosas são extremamente contagiosas, podemos vacinarnos contra a doença mas outras pessoas podem contraí-la e transmiti-la a pessoas não vacinadas. Se mais pessoas forem vacinadas a doença é impedida de circular. É por isso que a imunidade de grupo previne epidemias. Na sociedade de hoje onde a viagens são relativamente baratas e fáceis, uma pessoa infectada pode transportar uma doença através do mundo em 24 horas. b. O que é que precisa ser feito para eliminar completamente uma doença infecciosa? Um programa de vacinação que chega a todos os grupos alvo numa base contínua e global é o único meio para eliminar completamente uma doença. Contudo, não é possível eliminar todas as doenças desta maneira, pois algumas doenças infecciosas, p. ex., a gripe das aves, tem outros reservatórios (locais onde o vírus pode viver e multiplicar-se) exteriores ao ser humano. c. Por que é que a vacina da gripe não eliminou o vírus? Uma vacina funciona induzindo o corpo a produzir anticorpos para combater uma determinada doença infecciosa, esses anticorpos ligam-se aos antigénios do revestimento do vírus. O vírus da gripe, contudo, tem a capacidade de sofrer mutações e alterar o seu revestimento muito rapidamente, obrigando os cientistas a produzir uma nova vacina todos os anos. Actividade Suplementar 1. Forneça à turma uma cópia de SW Cada aluno deve estudar o mapa mundial fornecido e escrever no mapa que vacinas são necessárias para visitar aqueles países. Os alunos devem também identificar a doença que corresponde à vacina e o micróbio que provoca esta doença. A informação pode ser encontrada em ou visitando o seu centro médico local.

72 3.2 Prevenção das Infecções Vacinação Dia Cenário 1 - Resultados Número de Alunos Infectados Em Recuperação mas Infecciosos Imunes Consegue prever quantas pessoas estariam infectadas após 2 semanas? 377 infectadas 233 em recuperação 342 imunes O que pensa que aconteceria aos resultados se a segunda pessoa infectada tivesse um sistema imunitário enfraquecido? Um sistema imunitário enfraquecido faz com que o sistema imunitário da segunda pessoa seja mais lento a desenvolver anticorpos para combater a infecção e desenvolver a imunidade. Isto por sua vez, faz com que a pessoa 2 permaneça em estado infeccioso durante mais de dois dias e consequentemente aumente o número de pessoas infectadas todos os dias. Desenhe um gráfico com o número de pessoas infectadas ao longo do tempo. Dia Cenário 2 - Resultados Número de Alunos Vacinados 25% 50% 75% Infectados Imunes Infectados Imunes Infectados Imunes Os resultados nesta tabela variam consoante o número de pessoas na sala e onde as pessoas vacinadas estão posicionadas em relação às pessoas susceptíveis. Contudo haverá uma tendência decrescente das pessoas infectadas com o aumento das pessoas vacinadas. Com o aumento das pessoas vacinadas, o que acontece à transmissão da infecção? Os programas de vacinação tornam extremamente difícil que as doenças se propaguem pela comunidade. Como mais pessoas estão vacinadas, ficam imunes à doença, e por isso, a doença não pode espalhar-se. Conclusões 1. O que significa imunidade de grupo? A imunidade de grupo descreve um tipo de imunidade que ocorre quando a vacinação de uma porção da população (ou grupo) proporciona protecção aos indivíduos desprotegidos. 2. O que acontece quando uma vacina cai em desuso dentro de uma comunidade? Quando a vacinação cai em desuso, as pessoas começam a contrair a doença, o que leva a um reaparecimento da doença. 3. Por que é que uma vacina é considerada como uma medida preventiva e não um tratamento? As vacinas são usadas para estimular a imunidade do corpo, para que quando um micróbio se introduz no corpo, o sistema imunitário esteja pronto para combatê-lo prevenindo uma infecção séria.

73 Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado Infectado

74 Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso Em Recuperação mas ainda Infeccioso

75 Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune Imune

76 Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado Vacinado

77 Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível Susceptível

78 Dia Cenário 1 - Resultados Número de Alunos Infectados Em Recuperação mas Infecciosos Imunes Consegue prever quantas pessoas estariam infectadas após 2 semanas? O que pensa que aconteceria aos resultados se a segunda pessoa infectada tivesse um sistema imunitário enfraquecido? Desenhe um gráfico com o número de pessoas infectadas ao longo do tempo Dia Cenário 2 - Resultados Número de Alunos Vacinados 25% 50% 75% Infectados Imunes Infectados Imunes Infectados Imunes Com o aumento das pessoas vacinadas, o que acontece à transmissão da infecção? Desenhe um gráfico para ilustrar os resultados. Conclusões 3. O que significa imunidade de grupo? 4. O que acontece quando uma vacina cai em desuso dentro de uma comunidade? 5. Por que é que uma vacina é considerada como uma medida preventiva e não um tratamento?

79 Nas caixas abaixo, faça uma lista das vacinas necessárias, se houver, para visitar cada uma das regiões do mapa. Canadá: América do Sul: Europa Ocidental: África:

80 O Capítulo 4.1, Antibióticos e Medicamentos, aborda a questão da utilização dos antibióticos e outros medicamentos no tratamento de várias doenças infecciosas. Nesta actividade prática, ácidos e bases em placas de ágar-ágar são usados para representar bactérias e antibióticos. Em grupos, os alunos testam uma variedade de antibióticos (soluções ácidas) em culturas de bactérias (indicador numa base de ágar-ágar) de amostras de pacientes e determinam que doença os pacientes têm a partir de uma lista. A actividade suplementar estimula os alunos a investigar a relevância dos "pontos mais polémicos" da utilização dos antibióticos nos nossos dias. Cápsulas de Antibiótico ENSINO OBJECTIVOS Todos os alunos: As infecções mais comuns resolvem-se por si próprias, com o tempo, repouso, ingestão de líquidos e uma vida saudável. Se tem antibióticos deve acabar de os tomar. Não use antibióticos de outras pessoas nem restos de antibióticos. O uso excessivo de antibióticos pode danificar as nossas bactérias inofensivas/úteis. As bactérias estão a tornar-se resistentes aos antibióticos devido ao seu uso excessivo. CURRICULUM NACIONAL LIGAÇÕES CURRICULUM DE CIÊNCIAS 3º Ciclo / 9º Ano ou Projecto de Educação para a Saúde a implementar nas Áreas Curriculares Não Disciplinares

81 4.1 Tratamento das Infecções Antibióticos e Medicamentos Enquadramento Palavras-Chave Antibiótico Largo espectro Doença Enfermidade Sistema imunitário Infecção Medicamento Espectro estreito Selecção natural Sintoma Materiais Necessários Por aluno Uma cópia de SW1 Uma cópia de SW2 Luvas Técnico de Laboratório Placas de Petri Ágar-Ágar Placa de aquecimento Vermelho de Fenol* Lápis de cera Conta-gotas descartáveis Ácido clorídrico Furador de rolhas Tubos de ensaio Suporte para tubos de ensaio * para outros indicadores consultar Saúde e Segurança Assegure-se de que os alunos não tocam no líquido e que lavam as mãos depois da actividade. Algumas escolas podem solicitar a utilização de batas, luvas e óculos de protecção. Recursos Disponíveis na Net Um filme que ilustra a actividade O nosso corpo possui muitas defesas naturais para nos ajudarem a lutar contra os micróbios nocivos. Alguns exemplos: a pele impede que os micróbios entrem no nosso corpo, as narinas possuem uma membrana mucosa à qual aderem os micróbios que são inalados, as lágrimas contêm substâncias que matam as bactérias e o estômago produz um ácido que pode matar muitos micróbios se eles forem ingeridos. Em geral, se levarmos uma vida equilibrada (comendo os alimentos adequados, bebendo líquidos suficientes e repousando bastante) estas barreiras naturais podem manter-nos saudáveis. No entanto, nalguns casos, os micróbios podem atravessar estas barreiras e entrar no organismo. Na maioria das vezes o sistema imunitário consegue derrotar os micróbios nocivos que entram no nosso organismo, mas noutras o sistema imunitário precisa de ajuda. Os Antibióticos são medicamentos especiais que os médicos utilizam para matar bactérias nocivas. Alguns antibióticos impedem a reprodução das bactérias e outros são capazes de as matar. Os Antibióticos servem para tratar doenças causadas por bactérias, como a meningite, a tuberculose ou a pneumonia. Mas são inofensivos contra os vírus, e por isso não são capazes de tratar doenças como as constipações e a gripe, que são causadas por vírus. Antes dos antibióticos terem sido inventados, as bactérias nocivas matavam muitas pessoas. Hoje em dia, porém, a maioria das infecções provocadas por bactérias é facilmente tratada com antibióticos. No entanto, a exposição progressiva das bactérias aos antibióticos, faz com que elas se tornem resistentes. Isto significa que as infecções provocadas por bactérias resistentes estão a tornar-se uma ameaça para a vida humana. Poderemos prevenir esta situação de várias maneiras: - Usando apenas os antibióticos quando forem prescritos pelo médico, porque é importante que o antibiótico seja adequado ao paciente e à doença. - Tomando sempre a dose certa, durante o tempo adequado, porque as bactérias podem não ser totalmente destruídas e a infecção pode manter-se. - Não utilizando os antibióticos nas constipações e na gripe, porque os antibióticos não atacam os vírus e isso pode aumentar a resistência bacteriana aos antibióticos. As infecções provocadas por bactérias resistentes aos antibióticos constituem um sério risco para a saúde. Os doentes têm um risco muito mais elevado, pois o seu sistema imunitário já está comprometido e é mais difícil controlar a infecção com antibióticos. As bactérias resistentes podem passar a sua capacidade de resistência a outras bactérias. Uma apresentação sobre o uso e a resistência aos antibióticos Uma lista de outros ácidos/álcalis comuns e indicadores que podem ser utilizados

82 4.1 Tratamento das Infecções Antibióticos e Medicamentos Preparação Prévia 1. Reúna vários itens que são considerados medicamentos. Pode incluir analgésicos, aspirina, remédios para a tosse e constipações, mel, antibióticos, cremes anti-sépticos, chá de hortelãpimenta, vitaminas, sumo de laranja, gengibre, bebidas probióticas, etc. 2. Descarregue a apresentação Antibióticos: Descoberta e Resistência em Introdução 1. Coloque os vários itens de comida e medicamentos sobre o balcão. Pergunte aos alunos o que pensam que são os medicamentos. Explique que o termo medicamento foi definido como uma substância ou preparação que afecta o bem-estar, utilizado na manutenção da saúde e na prevenção, alívio ou cura da doença. 2. Peça aos alunos para dividirem os itens em 2 grupos, um onde colocam o que pensam ser medicamentos e outro onde colocam o que não é. A classe dividirá provavelmente os itens em medicamentos industriais e alimentos. Explique que muitos alimentos também podem ter propriedades medicinais (o mel pode ser usado como um agente antibacteriano - muitas pessoas acreditam que o mel ajuda a curar a garganta inflamada. O chá de hortelã-pimenta melhora a digestão, o gengibre e o alho também têm propriedades antibacterianas, o sumo de laranja contém elevadas quantidades de vitamina C) e muitos medicamentos industriais baseiam-se nestes alimentos. 3. Destaque que ter uma dieta saudável pode ajudar a prevenir as doenças e evitar a necessidade de ir ao médico, p. ex. pensa-se que comer regularmente frutas e verduras que contêm vitamina C pode ajudar a reduzir as possibilidades de se ficar doente com uma simples constipação. 4. Saliente que os medicamentos só devem ser utilizados no tratamento da doença a que se destinam. Pergunte aos alunos que utilizações devem ter os antibióticos. Realce que os antibióticos SÓ são utilizados para infecções bacterianas e que não têm qualquer efeito em vírus ou infecções fúngicas. 5. Em está disponível uma apresentação sobre a descoberta e resistência aos antibióticos. Actividade Principal 1. Esta actividade deve ser executada em pequenos grupos de 3-5 alunos. 3. Deve ser preparada, para cada grupo, uma bancada de trabalho contendo: a. 4 placas com cultura de ágar-ágar e indicador, cada uma etiquetada com o nome de um doente; b. 4 suportes de tubos de ensaio, cada um contendo 5 soluções de antibiótico (TS 4), ao lado de cada placa de ágar-ágar. 4. Forneça aos alunos uma cópia de SW 1 e SW Explique que a Ana trabalha num laboratório hospitalar e a sua função é criar culturas microbianas a partir de esfregaços recolhidos de doentes cirúrgicos. A Ana realiza testes para determinar se os micróbios são mortos por vários antibióticos. Os resultados ajudam o médico a decidir que micróbio está a provocar a doença e que antibiótico, se houver algum, deve prescrever. 6. Realce que a cor vermelha representa o crescimento microbiano no ágar-ágar; Nesta fase, pode ajudar mostrar-lhes uma placa de ágar-ágar sem indicador (amarela), isto é, sem crescimento microbiano. 7. Coloque as placas de Petri sobre uma folha de papel branco. Os alunos devem etiquetar cada orifício e verter os antibióticos, uma gota de cada vez, no orifício apropriado até que este esteja preenchido com antibiótico. 8. Volte a colocar a tampa da placa de Petri e deixe actuar durante 5 minutos. 9. Após 5 minutos, os alunos devem medir o tamanho da zona descolorada (inibição) se existir. 10. Os alunos devem completar as suas fichas em grupo e analisar com o professor.

83 4.1 Tratamento das Infecções Antibióticos e Medicamentos Plenário 1. Discuta com a turma as questões constantes na ficha do aluno: a. Os antibióticos não curam a constipação ou a gripe, o que deve então o médico recomendar ou prescrever ao doente A para que este melhore? Os antibióticos só podem tratar infecções bacterianas e a gripe é causada por um vírus. As constipações são provocadas por vírus e em muitos casos as próprias defesas naturais do corpo combatem estas infecções. Existem outros medicamentos que podem ajudar com os sintomas das constipações. Os médicos podem prescrever analgésicos para ajudar a reduzir a dor e a febre associada à infecção. b. A Meticilina é normalmente o medicamento escolhido para tratar uma infecção estafilocócica. O que aconteceria ao doente C se lhe tivessem prescrito a Meticilina como antibiótico? Nada! A SARM (Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina) desenvolveu resistência à Meticilina e como tal, este antibiótico não tem qualquer efeito sobre a SARM. Estas infecções estão a ficar cada vez mais difíceis de tratar e a Vancomicina é um dos últimos antibióticos eficazes. c. Se tivesse um resto de Penicilina, de uma amigdalite, no seu armário tomaria o medicamento para tratar uma ferida infectada na sua perna? Explique a sua resposta. Não, nunca se deve utilizar antibióticos de outras pessoas ou antibióticos que foram prescritos para uma outra infecção. Existem muitos tipos diferentes de antibióticos para tratar as infecções bacterianas. O médico prescreve antibióticos específicos para doenças específicas e com a dosagem indicada para o doente. Tomar um antibiótico de outra pessoa pode fazer com que a sua infecção não melhore. d. O doente D não quer tomar mais a Meticilina prescrita para a sua ferida infectada. Tomei mais de metade daqueles comprimidos que o médico me deu e a infecção desapareceu durante algum tempo mas depois voltou pior! Pode explicar porque é que isto aconteceu? É muito importante terminar o tratamento prescrito e não parar a meio. Não terminar o tratamento pode significar que nem todas as bactérias são mortas e possivelmente tornar-se-ão, no futuro, resistentes a esse antibiótico. Actividade Suplementar 11. Divida a turma em grupos. Peça a cada grupo para criar um poster sobre 1 dos seguintes tópicos: a. Devido à atenção dos meios de comunicação, a SARM é uma das mais conhecidas bactérias resistentes aos antibióticos. O que está a ser feito nos hospitais para lidar com este problema? b. O Clostridium difficile tem sido descrito como a nova super-bactéria. O que é o C. difficile e como está a ser tratado? c. Como têm sido utilizados os antibióticos em áreas não relacionadas com a saúde humana?

84 4.1 Tratamento das Infecções Antibióticos e Medicamentos Materiais Necessários A preparação seguinte é para 1 grupo de 5 alunos Para visualizar a preparação da bancada de trabalho visite Placas de Petri Ácido clorídrico Lápis de cera Ágar-Ágar 20 Tubos de ensaio Conta-gotas descartáveis Placa de aquecimento 5 Suportes para tubos de ensaio Furador de rolhas Vermelho de Fenol Preparação das Placas de Ágar-Ágar 1. Prepare 100 ml de ágar-ágar segundo as instruções do fabricante. 2. Deixe arrefecer ligeiramente, sem solidificar, e verta para 1 placa de ágar-ágar (para demonstrar a inexistência de crescimento microbiano). Ao resto adicione aproximadamente 10 gotas de Vermelho de Fenol (2-4%) para que o ágar-ágar fique com uma tonalidade vermelha/laranja escura e misture bem. 3. Verta aproximadamente 20 ml para cada placa de Petri e deixe arrefecer. 4. Após solidificar, faça 5 orifícios, igualmente espaçados, com o furador em cada placa. 5. Etiquete cada placa de Petri com um dos 4 nomes: a. Joana Silva b. Tomás Heitor c. Anita Jorge d. Rui Novais Preparação dos Antibióticos (tubos de ensaio) 1. Prepare um suporte para tubos de ensaio com 5 tubos para cada doente. Etiquete cada tubo de ensaio com uma das seguintes indicações: a. Penicilina b. Meticilina c. Oxacilina d. Vancomicina e. Amoxicilina 2. Transfira 5 ml de cada uma das seguintes soluções para o tubo de ensaio apropriado Penicilina Meticilina Oxacilina Vancomicina Amoxicilina Joana Silva Água Água Água Água Água Tomás Heitor HCl a 10% HCl a 5% HCl a 1% HCl a 0,05% HCl a 5% Anita Jorge Água Água HCl a 1% HCl a 0,05% Água Rui Novais Água HCl a HCl a 0,05% HCl a 0,05% 0,05% Água NOTA: É extremamente importante ter as concentrações correctas de HCl (antibióticos) para cada doente. 3. Prepare uma bancada de trabalho para o grupo da seguinte maneira: a. Coloque a placa de ágar-ágar do doente apropriado com o correspondente suporte para tubos de ensaio ao lado (x 4); b. Um conta-gotas para cada tubo de ensaio; c. Uma régua; d. Pode ser mais fácil para os alunos se colocarem a placa de ágar-ágar de cada doente sobre uma folha de papel branco e escreverem ao lado de cada orifício o nome do antibiótico.

85 4.1 Tratamento das Infecções Antibióticos e Medicamentos Resultados das Placas Doente Sensibilidade do organismo aos antibióticos Penicilina Meticilina Eritromicina Vancomicina Ampicilina Diagnóstico Joana Silva Gripe Tomás Garganta Heitor inflamada Anita Jorge SARM Rui Novais Infecção Estafilocócica Pen Met Explicação dos Resultados das Placas Eri Van Joana Silva: A gripe é causada por um vírus e como tal nenhum dos antibióticos terá efeito, pois só podem ser utilizados em infecções bacterianas. Amp Tomás Heitor: As infecções da garganta são bastante comuns e geralmente melhoram sozinhas. Em casos graves, a maior parte dos antibióticos é eficaz. A penicilina é o antibiótico escolhido para esta infecção pois o grupo de bactérias responsáveis (Estreptococos) ainda não desenvolveu um mecanismo de resistência. Os antibióticos não devem ser administrados desnecessariamente, já que 80% das infecções da garganta são devidas a vírus e outras bactérias podem desenvolver resistência durante o tratamento. Eri Anita Jorge: As infecções pelo Staphylococcus Aureus Resistente à Meticilina (SARM) estão a ficar cada vez mais difíceis de tratar. Estas bactérias Van desenvolveram resistência à Meticilina, o antibiótico anteriormente escolhido. A Vancomicina é uma das últimas linhas de defesa contra estas bactérias potencialmente fatais, contudo foram descobertos alguns organismos que evidenciam resistência a este antibiótico Amp também! Rui Novais: A Penicilina foi o primeiro antibiótico descoberto e produzido, infelizmente muitas pessoas viam-no como o medicamento maravilha e usaram-no para tratar muitas infecções comuns. Isto Met Eri resultou na maioria das bactérias estafilocócicas a Pen desenvolverem resistência a este antibiótico muito rapidamente. Van Como a Ampicilina é um derivado da Penicilina estas bactérias são-lhe resistentes também. A Meticilina é o medicamento indicado para esta sensível infecção estafilocócica. Amp Pen Met Pen Met Amp Eri Van

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