5º Seminário: Construindo caminhos para o Desenvolvimento Sustentável das Autogestões
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- Estela Faria Conceição
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1 5º Seminário: Construindo caminhos para o Desenvolvimento Sustentável das Autogestões A crise do princípio da legalidade: a Lei nº 9.656/98 está vigindo? Os juízes podem deixar de observá-la, com fundamento na constitucionalização do direito privado? UNIDAS Brasília,
2 IDADE CONTEMPORÂNEA SÉCULO XX DÉCADA DE 60 DÉCADA DE 70 Profundas alterações na sociedade do Século XX Revolução Industrial Avanços Tecnológicos e Científicos BRASIL Código Comercial regula sobre o direito comercial Código Civil regula sobre o direito civil Boom da Sociedade de Consumo EUA IOCU/ CI Consumers International JFK Consumidores por definição, somos todos nós Avanço dos Meios de Comunicação Início da consciência de proteção ao consumidor nos países em desenvolvimento BRASIL 1976 Criação do PROCON/SP e de entidades civis de defesa do consumidor
3 IDADE CONTEMPORÂNEA DÉCADA DE 80 DÉCADA DE 90 INÍCIO DO SÉCULO XXI Valorização dos Direitos Humanos Resolução ONU nº 39/248 Reconhece os direitos universais e fundamentais do consumidor Determina que a defesa do consumidor passe a fazer parte dos direitos humanos Impõe aos Estados membros a obrigação de formularem uma política de proteção ao consumidor Dia 15 de março Dia Internacional do Consumidor BRASIL CF/1988 Globalização dos Mercados Transformações tecnológicas radicais Velocidade da informação BRASIL CDC 1998 Lei dos Planos de Saúde Revolução Digital Mudanças Climáticas BRASIL Criação da ANS
4 FORMAS DE COMUNICAÇÃO SÉCULO XXI Ouvidoria SAC Call Center INFORMAÇÕES Publicidade Contratos Manuais Internet, Twitter, Blogs, Chats, Orkut, Facebook, Celular, Telemarketing,TV interativa, Mídia
5 BRASIL NO SÉCULO XXI CENÁRIO ATUAL CRESCIMENTO ECONÔMICO MULTIPLICAÇÃO DE EMPREGOS ACESSO AO CRÉDITO ASCENSÃO DA CLASSE C COMPRA E VENDA PELA INTERNET MAIOR EXPECTATIVA DE VIDA ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO CUSTOS ASCENDENTES ACESSO AO CONSUMO CONSUMIDOR CONSCIENTE EXIGE ATENDIMENTO ADEQUADO DO FORNECEDOR INSUFICIÊNCIA DE INFORMAÇÕES PARA CONSUMIR COM SEGURANÇA/PRÁTICAS ABUSIVAS CONFLITOS ENTRE OS ATORES DOS SETORES ECONÔMICOS APRECIAÇÃO DAS DEMANDAS PELO PODER JUDICIÁRIO E PELO PODER EXECUTIVO
6 REGULAMENTAÇÃO DA SAÚDE SUPLEMENTAR CONSTITUIÇÃO FEDERAL Princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III) Princípio da Legalidade (art. 37) Defesa do consumidor (arts. 5º, XXXII; 170 e 48 DT) Saúde (arts. 196, 197 e 199) CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Lei Principiólogica LEI Nº 9.656/98 Regula o setor de Saúde Suplementar LEI Nº 9.961/00 Agencia Nacional de Saúde Suplementar - ANS
7 RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO ASSISTÊNCIA À SAÚDE A RELAÇÃO JURÍDICA ENTRE O CONSUMIDOR (TODOS OS QUE UTILIZAM OU ADQUIREM PLANOS DE SAÚDE COMO DESTINATÁRIOS FINAIS OU EQUIPARADOS E O FORNECEDOR DE SERVIÇOS (OPERADORAS) ESTÃO AMPARADOS PELO CDC
8 PRINCÍPIOS INFORMADORES DA RELAÇÃO DE CONSUMO VULNERABILIDADE DO CONSUMIDOR BOA-FÉ OBJETIVA E EQUIDADE TRANSPARÊNCIA EDUCAÇÃO E INFORMAÇÃO PROIBIÇÃO DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E SOLIDÁRIA DO FORNECEDOR VERACIDADE DAS MENSAGENS PUBLICITÁRIAS RACIONALIZAÇÃO, MELHORIA E EFICAZ PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
9 CDC x LEI nº 9.656/98 CDC LEI Lei geral Lei especial Fixa a principiologia da relação de consumo Norteia leis específicas na aplicação dos princípios de proteção ao consumidor Regula mercado delimitado Normatiza a matéria de forma minudenciada Remete-se à aplicação do CDC
10 CDC x LEI nº 9.656/98 DIÁLOGO DAS FONTES COMPLEMENTARIDADE DAS LEIS AUSÊNCIA DE ANTINOMIA ENTRE CDC E LEI ESPECÍFICA AMBAS SE ORIENTAM PELOS MESMOS PRINCÍPIOS NOS CASOS OMISSOS DAS LEIS ESPECÍFICAS, O CDC SERVIRÁ DE FONTE COMPLEMENTAR, POR TER RAIZ CONSTITUCIONAL E SE TRATAR DE LEI PRINCIPIOLÓGICA
11 CDC X CC CDC x CC AMBOS CONVIVEM NO MESMO SISTEMA CC LEI GERAL SOBRE DIREITO CIVIL LEI PARA IGUAIS ENTRE CIVIS E ENTRE EMPRESAS APLICAÇÃO PRIORITÁRIA ÀS RELAÇÕES INTEREMPRESARIAIS NAS RELAÇÕES DE CONSUMO APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA NO QUE COUBER E NÃO CONTRARIAR NORMAS OU PRINCÍPIOS DO CDC CDC LEI GERAL PARA AS RELAÇÕES DE CONSUMO LEI PARA DESIGUAIS ENTRE CONSUMIDORES E FORNECEDORES APLICAÇÃO PRIORITÁRIA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO
12 ANS REGULAMENTAÇÃO VERIFICAR A LEGALIDADE DA NORMA ART.5º II CF NINGUÉM É OBRIGADO A FAZER OU DEIXAR DE FAZER ALGUMA COISA SENÃO EM VIRTUDE DE LEI TODOS ATOS ADMINISTRATIVOS ENCONTRAM-SE SUBMETIDOS AOS DITAMES LEGAIS, SOB PENA DE SEREM CONSIDERADOS ILEGAIS E INVÁLIDOS ART. 37 CF OBEDECERÁ AOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, IMPESSOABILIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA A NORMA DEVE SE HARMONIZAR COM O CDC A REGULAMENTAÇÃO DE UMA LEI NÃO PODE ULTRAPASSAR OS LIMITES POR ELA IMPOSTOS, NÃO PODE INOVAR NA ORDEM JURÍDICA
13 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE LEGALIDADE Nelson Nery Jr A legalidade vincula à administração às leis existentes Celso Antonio Bandeira de Mello O princípio da legalidade é a tradução jurídica do propósito político de submissão dos exercentes do poder a quadro normativo que impeça favoritismos, perseguições ou desmandos, contrapondo-se, portanto, a qualquer manifestação personalista dos governantes
14 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE CRISE DA LEGALIDADE? LEI DOS PLANOS DE SAÚDE Incompatibilidades da Lei e da Regulamentação à luz do CDC Suspensão de Planos de Saúde Sub Judice: ADIn nº DF e Recurso Extraordinário nº
15 CONTRATO CONCEPÇÃO CLÁSSICA DO CONTRATO CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA DO CONTRATO PACTO SUNT SERVANDA DIRIGISMO CONTRATUAL
16 CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA DO CONTRATO CLÁUSULA GERAL DE BOA-FÉ VISA ATINGIR O EQUILÍBRIO E A EQUIDADE DO CONTRATO POR MEIO DE COMBATER: As cláusulas abusivas A onerosidade excessiva As expectativas legítimas do consumidor e dos fins sociais do contrato CONFIANÇA
17 CONCEPÇÃO CONTEMPORÂNEA DO CONTRATO CONFIANÇA Karl Lorenz: Confiança é princípio imanente de todo o direito Niklas Luhman Confiança é elemento central da vida em sociedade CRISE DA CONFIANÇA Conflitos entre os contraentes
18 QUE FUTURO QUEREMOS PARA A SAÚDE SUPLEMENTAR?
19 SUSTENTABILIDADE Equilíbrio econômico + Justiça social + Equilíbrio ambiental Melhoria assistencial contínua da Saúde Suplementar
20 SAÚDE É UMA VERTENTE DA CIDADANIA Fornecedor focar o paciente Parceiro aliado Atendimento humanizado
21 DIÁLOGO Diálogo aberto entre todos os atores ÉTICA CONFIANÇA TRANSPARÊNCIA BOA-FÉ Principal ferramenta para a construção de práticas jurídicas e sociais adequadas Base de sustentação para o fortalecimento da Democracia
22 AGENDA POSITIVA O futuro da saúde suplementar será o que dela nós fizermos. A responsabilidade é de todos nós e de cada um de nós...
23 Maria Stella Gregori
24 Maria Stella Gregori É advogada e consultora para empresas na área do Direito do Consumidor, do Direito Regulatório, dos Direitos Humanos, sócia de GREGORI SOCIEDADE DE ADVOGADOS É Mestre e graduada em Direito, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP, Professora Mestre de Direito do Consumidor, da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP Foi Diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS, Assistente de Direção da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor - PROCON/SP, Secretária Executiva da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos e Pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo
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