Plano Brasil Maior. Abordagem dos pontos de interesse Medidas legislativas envolvidas Visão preliminar
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- Maria do Carmo Marques Sequeira
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1 Plano Brasil Maior Abordagem dos pontos de interesse Medidas legislativas envolvidas Visão preliminar
2 Objetivos (segundo o Ministro) Fortalecer a economia brasileira; Estimular investimentos públicos e privados garantindo a continuidade do crescimento sustentável; Aumentar a competitividade: produtividade e inovação; Responder aos problemas gerados pela economia internacional; Reduzir os custos tributários, econômicos e financeiros.
3 Maior destaque e interesse (1) Desoneração da folha de pagamento, com a substituição da contribuição de 20% sobre a folha de pagamento devida pelas empresas ao INSS, por outra contribuição entre 1% e 2,5% sobre o faturamento (não opcional), a partir de 1⁰ (2) Vantagem do produto nacional nas compras governamentais (reserva de mercado) (3) Modificações nas regras de cálculo dos preços de transferência
4 (1) Setores contemplados Indústrias do setor têxtil, móveis, plásticos, material elétrico, auto-peças, indústria naval, de ônibus e aéreo, BK mecânico, setor hoteleiro e design house (chips) Mantém a indústria de confecções, couro e calçados, TI e TIC e call Center, já sujeitas ao sistema desde 2011 (MP 540 e Lei /11)
5 (1) A dúvida Será efetivamente vantajosa (para quem) a troca? O Comitê de Acompanhamento deveria acompanhar a efetiva desoneração. Dito Comitê só foi criado em 03 de abril (apesar de previsto desde a MP 540 em agosto de 2011). Qual o embasamento para a ampliação dos setores sujeitos às nova sistemática se sequer havia o Comitê?
6 (2) Reserva de mercado Medida protecionista de resultado duvidoso Produtos como medicamentos, fármacos e biofármacos, retroescavadeiras e motoniveladoras terão prioridade nas compras governamentais com margem de preço até 25% superior aos importados. Sendo a medida com prazo certo, qual a segurança na continuidade e estabilidade dessas empresas nacionais ora beneficiadas. Adam Smitt (1776) A Inglaterra deveria vender mais lã para importar o vinho francês.
7 (3) Preço de Transferência/alterações Regras (9.430/96 e 9.959/00) estabelecem parâmetros para fixação dos preços de transferência, objetivando evitar superfaturamento da importação e subfaturamento da exportação. IN SRF 243/02 era conflituosa. A MP 563/12 altera tais regras, nas operações com pessoas vinculadas, localizadas no exterior e visa reduzir os conflitos. Depende ainda de nova IN para aplicação.
8 Método do Custo de Produção mais Lucro CPL: definido como o custo médio ponderado de produção de bens, serviços ou direitos, idênticos ou similares, acrescido dos impostos e taxas cobrados na exportação no país onde tiverem sido originariamente produzidos, acrescido dos impostos e taxas cobrados pelo referido país na exportação e de margem de lucro de vinte por cento, calculada sobre o custo apurado. É o método mais difícil e complexo de cálculo. A alteração pela MP não mudou o texto, mas mudou a ordem do texto. Ao invés de usar o custo do país de origem, usa-se o custo do produto importado ou similar não do país exportador, mas do fabricante (Brasil).
9 Método dos Preços Independentes Comparados PIC: definido como a média aritmética ponderada dos preços de bens, serviços ou direitos, idênticos ou similares, apurados no mercado brasileiro ou de outros países, em operações de compra e venda, empreendidas pela própria interessada ou por terceiros em condições de pagamento semelhantes. [...] É 2⁰ método mais utilizado. Tira a interpretação fiscal e impõe forma de apuração. Só aplicável quando negócios c/ coligada importe 5% ou + do total das operações. Com a MP 563 o uso de comparáveis em tempos distintos passa a ser limitado e o período de comparação é de 01 ano.
10 Método do Preço de Revenda menos Lucro PRL: definido como a média aritmética ponderada dos preços de revenda venda, no País, dos bens ou direitos ou serviços importados, em condições de pagamentos semelhantes e calculados conforme a metodologia Os percentuais aplicados não levam mais em consideração a destinação do bem importado, mas sim o setor que utilizará o produto, seja para revenda direta ou produção. Deve ser observada a destinação da matéria prima, se revenda ou utilizada na fabricação de outro produto. Definição do CNAE passa a ser preponderante para fins de cálculo de preço de transferência. Frete e seguro devem ser excluídos da conta despesas.
11 JUROS S/ CONTRATOS DE MÚTUO Até a MP 563, os contratos de mútuo cadastrados no BC tinham liberdade para estabelecer taxas de juros. Apenas os contratos não registrados estavam obrigados a taxa LIBOR + 3% de spread. Agora a regra é geral. Todos os contratos de mútuo firmados entre vinculadas deverão adotar a taxa LIBOR + Spread, a ser definido anualmente pelo Ministério da Fazenda, dificultando a transferência de lucro através de contratos de mútuo.
12 Sobre a MP 563/12 Recebeu 183 emendas. Já passou pelo Senado e pela Comissão Mista, para análise. Encontra-se desde , na Câmara de Deputados, sob relatoria do Dep. Sandro Mabel. Por Ato CN 23, de , (DOU ) a MP 563/12 teve seu prazo prorrogado por 60 dias.
13 A cereja do bolo Postergação do prazo de recolhimento dos PIS e COFINS devidos em abril e maio de 2012, para novembro e dezembro deste mesmo ano. Setores contemplados: autopeças, têxtil, de confecção, calçados e móveis. A Port. MF nº 137, de , foi publicada em A contribuição relativa a março (vencimento 04/12) já havia sido paga pela maioria das empresas. 2º A prorrogação das datas de vencimento a que se refere o caput não implica direito à restituição de quantias eventualmente já recolhida Nova Portaria do MF n⁰ 206, de foi publicada, revoga a 137 e prorroga as contribuições do PIS e COFINS: último dia útil, 1ª quinz. 11/12, sobre fatos geradores de abril/2012; último dia útil, 1ª quinz. 12/12, sobre fatos geradores de maio/2012.
14 Outros benefícios Desoneração (redução) do IPI da linha branca REPORTO (desoneração de IPI, PIS, COFINS as importações para investimentos (risco: não aprovação da MP 556/11 até , que prorrogou o prazo de 12/12 p/ 12/15) PRONON (atenção oncológica) Incentivos à exportação direta e indireta PROEX (exportação pela pequena/ média empresa) Controle à importações (Centro Nacional de Riscos Aduaneiros) Nova caracterização de empresa predominantemente exportadora (redução de 70 p/ 50% da receita bruta)
15 Outros benefícios (cont.) Combate à guerra dos portos Incentivo (com desoneração tributária) do setor de informação, comunicação, equipamentos e obras civis Retomada do PROUCA ( um computador por aluno ) Ampliação de crédito para investimentos na área de inovação Alterações no REVITALIZA (crédito especial do BNDS para setores mencionados) Programa especial para indústria automotiva
16 Malefícios Aumento do IPI e COFINS (de 7,6% p/ 8,6%) nas importações em geral, a partir de Viés protecionista em alguns setores. Tratamento anti-isonômico (privilégios para a SUDENE, SUDAN, FDA e FDNE) Aumento do tamanho do Estado (mais Fundos, Empresas Públicas [até seguradora!], Programas, Conselhos, Participações e Agências) Ativismo econômico (constantes alterações denotam falta de política econômica definida que poderá desestimular novos investimentos) Temporariedade das medidas.
17 Medidas Legislativas relevantes 2 Medidas Provisórias ( 563 que altera a contribuição previdenciária, aumenta Cofins/Importação, modifica cálculos do preço de transferência, desonera o IPI, PIS/COFINS e institui benefícios fiscais e 564 que modifica o REVITALIZA do BNDS) 7 Decretos (2 s/ preferência do produto nacional nas licitações fármacos e máquinas, regulamenta o Programa de Inclusão Digital e que estabelece alterações na alíquota do IPI (Decreto 7.716/12)) 1 Resolução Senatorial já publicada que uniformiza ICMS nas importações.
18 Preocupações Serão competentes as medidas legislativas? A CF determina a contribuição previdenciária sobre a folha. A alteração pode ser por Lei Ordinária? Não será necessária sua própria alteração (da CF)? Será simples alteração ou nova contribuição (novo fato gerador, nova base e nova alíquota) permitida só através de Lei Complementar (art. 146, III, a)? Os benefícios fiscais não deveriam ser instituídos por Lei Complementar (CF)? Resolução 13/12 ( guerra dos portos) carece de regulamentação do CONFAZ até Quem recompensa os investimentos nos Estados?
19 Muito obrigada Célia Gascho Cassuli
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