AVALIAÇÃO SISTÊMICA MINEIRA:DESAFIOS E POSSIBILIDADES. Lucia Valente FACIP/UFU
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- Débora Figueira Gama
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1 AVALIAÇÃO SISTÊMICA MINEIRA:DESAFIOS E POSSIBILIDADES Lucia Valente FACIP/UFU
2 Começo de prosa... A prática precisa da avaliação como os peixes precisam de água e a lavoura da chuva... Paulo Freire
3 Questões Problematizadoras... O que é a avaliação sistêmica? Quais os seus princípios e objetivos? Qual a sua história? Quais as principais críticas? Quais são os desafios e suas possibilidades?
4 O QUE É AVALIAÇÃO SISTÊMICA É uma modalidade de avaliação, em larga escala, desenvolvida no âmbito de sistemas de ensino,visando, especialmente, a subsidiar políticas públicas na área educacional; Constitui-se em um mecanismo privilegiado capaz de fornecer informações, sobre processos e resultados dos sistemas de ensino, às instâncias encarregadas de formular e tomar decisões políticas na área da educação;
5 O QUE É AVALIAÇÃO SISTÊMICA É uma estratégia que pode influenciar a qualidade das experiências educativas e a eficiência dos sistemas, evitando o investimento público de maneira intuitiva, desarticulada ou insuficiente para atender às necessidades educacionais.
6 ABRANGÊNCIA Os programas de avaliação sistêmica, segundo a organização do ensino brasileiro, podem ter abrangência federal, estadual ou municipal.
7 BASE LEGAL: Lei 9394/96 Art. 9º. A União incumbir-se-á de: V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação; VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
8 BASE LEGAL: Lei 9394/96 Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de: IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente, os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu sistema de ensino; Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de: IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino;
9 PRINCÍPIOS: Visibilidade: um princípio ético que reconhece a educação como um direito e a escola como um bem público. Assim, os gestores do público devem, portanto, apresentar à sociedade os resultados e produtos de seus investimentos.
10 PRINCÍPIOS: Responsabilidade: identifica as parcelas de contribuição dos diferentes segmentos envolvidos na obtenção desses resultados, induzindo ao comprometimento com a implementação de ações corretivas quando necessárias.
11 HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO SISTÊMICA NO BRASIL Começo da discussão: meados da década de 80; 1988: foi criado o Sistema de Avaliação das escolas públicas de 1 grau (SAEP); 1992: criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) 1998: criação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM);
12 HISTÓRICO DA AVALIAÇÃO SISTÊMICA NO BRASIL 1995: criação do Exame Nacional de Curso; 2004: Criação do Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Superior (SINAES) 2005: Alteração - Portaria MEC 931 SAEB = 2 processos = ANEB e ANRESC = Prova Brasil Criação do Ideb.
13 Objetivos das avaliações educacionais da rede pública: promover a avaliação sistemática ; criar instrumentos de participação da sociedade e dos profissionais da educação na gestão da escola pública; democratizar o acesso à informação sobre a Educação Pública ;
14 Objetivos das avaliações educacionais da rede pública: desenvolver procedimentos de gestão de avaliação das políticas públicas educacionais com base em critérios de equidade; fortalecer a escola como instituição fundamental de promoção da igualdade de oportunidade para todos.
15 O sentido da Avaliação Sistêmica A avaliação deve ser um instrumento de informação com rigor científico para ter credibilidade, ser inclusiva e feita com responsabilidade para promover a melhoria da qualidade da educação.
16 Níveis de Avaliação Avaliação externa: os instrumentos são elaborados fora da escola para avaliar o sistema de ensino. Avaliação interna (ou avaliação da aprendizagem): avalia o aluno individualmente com instrumentos elaborados por professores, dentro da escola.
17 Auto - Avaliação Além das avaliações nacionais ou estaduais, externas ou internas, cada escola deve se auto-avaliar em função de seus programas, projetos, materiais pedagógicos, recursos, professores, gestão, pessoal de apoio, alunos e infraestrutura.
18 Avaliações externas realizadas em Minas Gerais: SIMAVE - Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública; SAEB (ANEB e ANRESC/Prova Brasil) em Minas Gerais - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (coordenação SEE/MG em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP do Ministério de Educação e Cultura MEC);
19 Avaliações externas realizadas em Minas Gerais: ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio do INEP/MEC(divulgação SEE/MG); PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos, da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico OCDE (divulgação SEE/MG);
20 Avaliações externas realizadas em Minas Gerais: SERCE- Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (divulgação SEE/MG); OREALC- Escritório Regional de Educação para a América Latina e o Caribe. ( divulgação SEE/MG).
21 O Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública - SIMAVE Criado com o objetivo de fazer diagnósticos para entender as muitas dimensões do sistema público de educação do nosso estado e buscar seu aperfeiçoamento e eficácia. Sua função é desenvolver programas de avaliação integrados, cujos resultados evidenciem as necessidades de planejamento e ação nos diferentes níveis e momentos: da sala de aula, da escola e do sistema; da ação docente, da gestão escolar e das políticas públicas para a educação; do nível de aprendizagem na alfabetização e nos conteúdos básicos do Ensino Fundamental e Médio. (SEE/MG)
22 SIMAVE O Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública SIMAVE, criado no ano 2000, hoje é composto pelos programas: PROEB, PROALFA, PAAE
23
24 AVALIAÇÃO DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA - PROEB Avalia, de forma censitária, a educação pública do estado de Minas Gerais. Avalia alunos do 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio.
25 PROEB Participam os alunos da IV fase do Ciclo Complementar de Alfabetização (4ª série) e 8ª série do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio de todas as escolas estaduais e municipais (dos municípios que aderiram ao PROEB).
26 PROEB Objetiva fornecer subsídios ao governo estadual e prefeituras municipais para a tomada de decisões relativas às políticas públicas educacionais e, às escolas para a reflexão quanto ao direcionamento de suas práticas pedagógicas. (SEE/MG)
27 PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - PAAE veio para facilitar a auto-avaliação das escolas, fornecendo subsídios para fundamentar planos de intervenção pedagógica.
28 PAAE O Programa de Avaliação da Aprendizagem Escolar PAAE foi criado para as escolas da rede estadual de Minas Gerais. Pioneiro no Brasil, sua concepção pedagógica, traduzida para um sistema on-line, possibilita agilidade na aplicação de provas e rapidez na obtenção de dados diagnósticos. Seu objetivo é identificar necessidades imediatas de intervenção pedagógica.
29 PAAE O PAAE é suporte didático para gestores e professores. Seus resultados viabilizam a gestão curricular orientada pelo estágio de desenvolvimento dos alunos e pelo Conteúdo Básico Comum CBC. As escolas geram provas utilizando as ferramentas do Banco de Itens, formado por questões objetivas, diferenciadas em três níveis de dificuldade e vinculadas aos tópicos/habilidades que devem ser ensinados pelas escolas e aprendidos pelos alunos. O Programa fornece, portanto, dados diagnósticos da aprendizagem escolar para subsidiar o planejamento do ensino e suas intervenções pedagógicas.(see/mg)
30 Programa de Avaliação do Ciclo Inicial de Alfabetização- PROALFA Verifica os níveis de alfabetização alcançados pelos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, sendo censitária no 3º ano. Os resultados dessa avaliação são usados para embasar as intervenções necessárias no processo de alfabetização/letramentos dos alunos. Acontece desde 2005.
31 Lema da avaliação no Estado Avaliar para avançar, ou melhor, para continuar avançando.
32 Principais críticas... A ênfase nos resultados, nos produtos em detrimento do processo; uma forte tendência à responsabilização, à culpabilização do professor e da escola pelo fracasso dos alunos; ênfase aos mecanismos de incentivos por meio da bonificação; Não é orientada pelos indicadores sociais, o que pode levar à naturalização das desigualdades.
33 Desafios e possibilidades... é necessário que haja de fato, política de Estado para avaliação, não só como proposta, mas que a implantação e implementação, sejam caracterizadas como tal;
34 Desafios e possibilidades... que a qualidade seja definida a partir de seus descritores fundamentais da sua natureza, ou seja, a negociação, a participação, a auto-reflexão, a contextualização, a pluralidade, o processo e a possibilidade de transformação;
35 Desafios e possibilidades... Que considere as variáveis socioeconômicas, que seja articulada com outras formas de avaliação, e seja principalmente formativa.
36 Uma pausa na prosa... Quando o ser humano compreende sua realidade, pode levantar hipóteses sobre o desafio dessa realidade e procurar soluções. Assim, pode transformá-la e seu trabalho pode criar um mundo próprio, prio, seu eu e suas circunstâncias... Paulo Freire
37 Referências FREITAS, L.C. (Org.). Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis: Ed. Insular, Organização do trabalho pedagógico. Revista de estudos, Novo Hamburgo, RS, 13 (1): 10-18, jul Eliminação Adiada: O acaso das classes populares no interior da escola e a ocultação da (má) qualidade do ensino. Educ. Soc, v. 28, n. 100, out Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas: Papirus, 9ª edição, Responsabilização, meritocracia e privatização: conseguiremos escapar ao neotecnicismo? In: Anais do Congresso Brasileiro de Educação. CBE, CEDES: Campinas, 2011.
38 Referências MINAS GERAIS. Escola Sagarana: Educação para a vida com dignidade e esperança. Belo Horizonte: A Educação Pública de Minas Gerais ( ): o desafio da qualidade. Belo Horizonte, SEE/MG, Boletim Pedagógico de avaliação da educação: Matemática, 3º ano. Simave/Proeb 2007, Belo Horizonte, MG Boletim Pedagógico Língua Portuguesa: 3ª série do Ensino Médio. Simave/Proeb 2006, Belo Horizonte, MG, Guia do Alfabetizador, 1º Bimestre. SEE/MG, Belo Horizonte, 2008c..Guia do Diretor Escolar SEE MG. Instrumento didático destinado a orientação e suporte do trabalho do Diretor Escolar. SEE/MG, Belo Horizonte, 2008a.. Guia do Especialista em Educação Básica. Instrumento Didático destinado a orientação e suporte do trabalho do Especialista em Educação Básica da Escola Pública. SEE/MG, Belo Horizonte, 2008b.
39 Para prosearmos mais...
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