Pró Reitoria de Graduação Curso de Direito PROFESSORA VANDA DAVI FERNANDES Trabalho de Conclusão de Curso DE OLIVEIRA

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1 Pró Reitoria de Graduação Curso de Direito PROFESSORA VANDA DAVI FERNANDES Trabalho de Conclusão de Curso DE OLIVEIRA TUTELA PENAL NOS CRIMES CONTRA A FAUNA SILVESTRE TUTELA PENAL NOS CRIMES CONTRA A FAUNA SILVESTRE Autor: Jacqueline Gomes de Moura Fonseca: Orientador: Vanda Davi Fernandes de Oliveira (Trabalho de conclusao de cur s Brasília - DF 2010

2 JACQUELINE GOMES DE MOURA FONSECA TUTELA PENAL NOS CRIMES CONTRA A FAUNA SILVESTRE Monografia apresentada no curso de graduação em Direito da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel. Orientador(a) Vanda Davi Fernandes de Oliveira. Brasília - DF 2010

3 Monografia de autoria de Jacqueline Gomes de Moura Fonseca, intitulada Tutela Penal nos Crimes Contra a Fauna Silvestre, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Direito da Universidade Católica de Brasília em 08 de novembro de 2010, defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada: Profª Vanda Davi Fernandes de Oliveira Orientadora Curso de Direito UCB Prof (a): Membro da Banca Curso de Direito - UCB Prof (a): Membro da Banca Curso de Direito - UCB

4 RESUMO Referência: FONSECA, Jacqueline Gomes de Moura. Tutela Penal nos Crimes Contra a Fauna Silvestre Curso de Direito, Universidade Católica de Brasília, Taguatinga, O presente trabalho de pesquisa conducente a avaliação de fim de curso aborda a tutela penal nos crimes contra a fauna silvestre procurando identificar os delitos cometidos e os instrumentos utilizados no ordenamento jurídico brasileiro para a proteção da fauna silvestre e para a reparação dos danos. A par disso, procura abordar os antecedentes históricos relativos a legislação ambiental, abrangendo desde a época da coroa até a atualidade.

5 SUMÁRIO Introdução...5 Capítulo 1- Dos Crimes Contra o Meio Ambiente 1.1. Noções Gerais Conceito de Meio Ambiente Conceito de Fauna A Fauna Silvestre Brasileira O tráfico de animais silvestres Bem Juridicamente Tutelado Antecedentes históricos Do dano ambiental Dos Crimes contra a fauna Silvestre...23 Capítulo 2 A Proteção da Fauna Silvestre na Legislação Brasileira 2.1. Princípio da Precaução Princípio da Prevenção EIA/RIMA...31 Capítulo 3 Mecanismos de reparação dos danos causados contra a fauna silvestre 3.1. Termos de Ajustamento de Conduta TAC Ação Civil Pública e Ministério Público Ação Penal Pública Ação Popular Mandado de Segurança Coletivo Mandado de Injunção Ação Direta de Inconstitucionalidade...45 Capítulo 4- Da Responsabilidade 4.1 Responsabilidade Penal das Pessoas Jurídicas...46 Conclusão...50 Bibilografia...51

6 INTRODUÇÃO 5 O meio ambiente vem sendo degradado ao longo das últimas décadas, provocando a diminuição da sadia qualidade de vida de toda a humanidade. A fauna é atacada de diversas formas, seja em função de diversão (caça, pesca), seja em função do tráfico de animais silvestres, o qual consiste na captura de animais para o comércio ilegal. Essa invasão do homem nos ecossistemas naturais tem provocado grandes e muitas vezes irreversíveis modificações no meio ambiente como a extinção de habitats naturais e a redução de espécies animais. O objetivo desse trabalho é obter um maior conhecimento sobre a legislação referente a fauna, bem como, explicitar a importância que a fauna silvestre tem no equilíbrio dos ecossistemas em geral, além da importância na cadeia alimentar. O trabalho abrange, ainda as práticas criminosas e os meios de prevenção e reparação de delitos, além de comentar a legislação que trata do assunto. O tema esta dividido em quatro capítulos; No primeiro é tratada a questão do meio ambiente como um todo e a regulamentação da fauna silvestre; No segundo capítulo destacarei alguns mecanismos usados para a proteção da fauna silvestre no ordenamento jurídico brasileiro e no terceiro capítulo alguns remédios constitucionis usados como meios de reparação ou prevenção de dano causado ao meio ambiente e finalmente no capítulo quatro é abordada a responsabilidade da pessoa jurídica nos crimes ambientais, uma vez que a empresa é uma das maiores responsáveis pela degradação ambiental.

7 CAPÍTULO 1 DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE NOÇÕES GERAIS A busca desenfreada pelo capital vem atingindo o meio ambiente, meio sem o qual a existência humana torna-se frágil, quase impossível. Os crimes ambientais aumentam cada vez mais em todo o mundo e o homem degrada a natureza e consequentemente a sua própria qualidade de vida. As nossas florestas estão desaparecendo, espécies animais estão entrando em extinção; águas estão sendo poluídas, e as consequências de toda essa degradação são visíveis. Os fenômenos da natureza estão assolando a humanidade e todo o planeta vem sofrendo com as mudanças climáticas consequencias das agressões cometidas pelo próprio homem contra o meio ambiente. Diante de tal problema a sociedade começou a tomar providências para prevenir e reprimir tais condutas. No Brasil, a Constituição Federal em seu art º, determina que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, as sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.. Assim, devido à necessidade de repressão de condutas lesivas à natureza e com o intuito de proteger o meio ambiente, atendendo a um preceito constitucional, foi criada a Lei 9.605/98, intitulada de Lei dos Crimes Ambientais, que entrou em vigor no dia 30 de março de 1998, e que trata de infrações administrativas, responsabilidade civil (art. 92 da Lei dos Crimes Ambientais), normas de processo penal e infrações penais. Devido ao fato de tratar de diversos assuntos, Luís Paulo Sirvisnkas prefere denominá-la de Lei Ambiental. 1 1 SIRVINSKAS, Luis Paulo. Tutela Penal do Meio Ambiente. 3. ed. São Paulo: Saraiva, p. 83.

8 7 A referida lei estabelece como crimes contra o meio ambiente, aqueles: a) contra a fauna; matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente; b) contra a flora; fazer fogo, provocar queimaduras, derrubar, destruir, danificar, ou cortar árvores em floresta, mata ou vegetação de preservação permanente, sem autorização ou licença; c) que provocam a poluição e outros crimes contra o meio ambiente; como causar poluição, de qualquer natureza, ao ar, ao solo, às águas interiores, de superfície ou subterrâneas, ao estuário, ao mangue, as águas jurisdicionais brasileiras, ou aos demais componentes do meio ambiente, em níveis que resultem ou possam resultar em danos ou perigo ao meio ambiente, ou à incolumidade humana, animal ou vegetal.; d) contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural; destruir, inutilizar ou deteriorar bens protegidos por lei, alterar o aspecto da estrutura de edificação ou local especialmente protegido por lei, promover construção em solo não edificável em razão de seu valor paisagístico, ecológico, artístico; sem autorização da autoridade competente; pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano; e) contra a administração ambiental; quando o funcionário público fizer afirmação falsa ou enganosa, em procedimentos de autorização ou de licenciamento ambiental: quando deixar de promover as medidas determinadas pela autoridade competente necessárias à prevenção, interrupção ou minoração do agravamento do dano ambiental; f) que infringem a administração ambiental; referindo-se a toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente.

9 1.2 - CONCEITO DE MEIO AMBIENTE 8 Não existe consenso entre os doutrinadores sobre o conceito de meio ambiente, porém verificamos que o conceito jurídico de meio ambiente é muito importante ao nosso estudo. De acordo com Édis Milaré, o conceito jurídico de meio ambiente se divide em duas partes, uma estrita e a outra ampla. Em sua visão estrita o referido autor explicita que o meio ambiente nada mais é do que a expressão do patrimônio natural e as relações com e entre os seres vivos. 2 Em sua concepção ampla, o meio ambiente pode ser dividido em natural e artificial. O meio ambiente natural é constituído pelo solo, água, ar, energia, fauna e flora, e o artificial é formado por edificações, equipamentos e alterações produzidos pelo homem. Conforme explica o referido autor, este é um conceito que vem sendo cada vez mais aceito tanto na teoria quanto na prática. José AFONSO DA SILVA conceitua meio ambiente como a interação do conjunto de elementos naturais artificiais e culturais que propiciam o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas. 3 Deve-se, no entanto, ter em consideração que, nem todo o patrimônio artificial é protegido por lei, por ato administrativo ou por decisão judicial. Este só será protegido se possuir valor histórico, cultural, científico ou turístico. Luís Paulo Sirvinskas acrescenta aos conceitos supracitados o conceito de meio ambiente do trabalho como sendo aquele que integra a proteção do homem em seu local de trabalho com observância às normas de segurança (art. 200, VIII, da CF). 4 2 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 4 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p SILVA, José Afonso.Direito Ambiental Constitucional. 2. ed. São Paulo: Malheiros p.2. 4 SIRVINSKAS, Luís Paulo. Tutela Penal do Meio Ambiente. 3.ed. Saraiva: p. 13.

10 9 A Constituição Federal de 1988, não oferece um conceito definido de meio ambiente, como explica Édis Milaré, 5. O autor explica que a Lei Máxima refere-se ao meio ambiente como parte de uma conceituação fisiográfica ao fundamentá-lo sobre o equilíbrio ecológico e a sadia qualidade de vida. A Constituição vigente é, sem dúvida, o grande marco na proteção ao meio ambiente, tanto que o legislador reservou um capítulo inteiro onde procurou disciplinar a matéria, o art. 225 da CF diz que: Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo- se ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para presente e futuras gerações. A Carta Magna de 1988 protege a sadia qualidade de vida do homem, tutelando o meio ambiente, administrativa, civil e penalmente. Na esfera administrativa a atuação é preventiva. A legislação visa à aplicação de multas a fim de evitar o dano ao meio ambiente. Nos artigos 70 a 76 da Lei nº 9.605/98, encontra-se as penalidades cabíveis em casos de agressões ao meio ambiente. Já na esfera cível o meio ambiente a tutelado pela Ação Civil Pública que impões sentença de mérito contra quem causou o dano objetivando a reparação do mesmo, quando possível ou ocorrendo a impossibilidade de restauração, o ressarcimento. Neste sentindo é interessante frisar o 1º do art. 14 da Lei nº 6.938/81 Política Nacional de Meio Ambiente que trata da responsabilidade civil objetiva, ou seja, sem aferição de culpa, atuando especificamente na reparação dos danos causados. Por seu turno na esfera penal a legislação atua de maneira repressiva, punindo os infratores, uma vez que o dano foi causado. Com o advento da Lei 9.605/98, houve uma evolução nessa repressão aos crimes ambientais, uma vez que se compilou os crimes relativos a tutela penal ambiental; Antes do advento desta Lei, existiam somente leis esparsas sobre o tema e não um ordenamento sistemático de infrações penais ambientais. 5 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 102.

11 10 O conceito legal de meio ambiente no nosso ordenamento jurídico dá-se pela Lei 6.938/81 Lei da Política Nacional do Meio Ambiente que o considera como sendo o conjunto de condições, leis, influências, e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.

12 1.3 - CONCEITO DE FAUNA 11 A Fauna brasileira é constituída por todos os animais brasileiros bem como pelos animais migratórios. Pode-se dizer que a fauna e a flora caminham juntas pois segundo a zoologia a quantidade e a variedade das espécies animais que vivem em uma determinada região são proporcionais à quantidade e à qualidade da vegetação. Por esta razão, MILARÉ refere-se a faunas (no plural) como sendo conjuntos de animais dependentes de determinadas regiões ou habitats ou meios ecológicos particulares; por ai se compreendem as designações correspondentes à adaptação animal aos fatores de ordem geográfica ou aos fatores ecológicos. Não se pode esquecer que a fauna esta sempre relacionada com um ecossistema. 6 Portanto, ao proteger a flora consequentemente protege-se a fauna devido a necessidade de haver um equilíbrio natural. Tutelando-se a flora estamos protegendo também a fauna, conservando os seus habitat naturais. MILARÉ entende que a Constituição de 1988 estabelece essa junção na preservação da fauna e da flora, no art. 23, VII estabelecendo que a preservação da fauna, juntamente com a flora é de competência comum da União, Estados e Municípios. O art. 24 inciso VI, por sua vez, prevê competência concorrente da União, dos Estados, e Distrito Federal, para legislar sobre caça, pesca e fauna e no art. 225, caput, 1º, VII, incluí a proteção à fauna e à flora como meio de assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado, estando vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção da espécie ou submetam os animais a crueldade. Outros fatores que exercem considerável influência sobre a fauna são as condições climáticas e o rompimento do equilíbrio ecológico numa região. 6 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 4. ed. São Paulo: R dos Tribunais, p. 311.

13 12 A fauna é subdividida em: - terrestre; que habita as superfícies sólidas do planeta, incluindo a fauna silvestre e a fauna alada, ou avifauna, que se desloca de um local para outro; - aquática; cujo habitat natural é o meio líquido; Ao se falar sobre fauna importante frisar sobre a importância dos jardins zoológicos, que são locais específicos onde se mantêm animais selvagens e domésticos, que são exibidos ao público. Nestes estabelecimentos, os animais contam com profissionais especializados, como veterinários e outros que cuidam da alimentação e da saúde em geral do animal. Os zoológicos possuem vários objetivos, dentre os quais estão a pesquisa, a preservação e a educação, sendo que a diversão é o menos relevante. Assim os zoológicos têm o papel de proteger os animais em vez de explorá-los, muito embora saibamos que muitos destes estabelecimentos não seguem as normas ambientais e pratiquem infrações inadimissíveis e contrárias a legislação.

14 1.4 - A FAUNA SILVESTRE BRASILEIRA 13 A fauna silvestre tem merecido maior tutela por esta constantemente ameaçada devido ao tráfico ilegal. É composta por animais não domesticados, participantes do conjunto de vertebrados, mais especificamente mamíferos, aves e mesmo alguns invertebrados superiores. De acordo com o sítio Fauna Brasil entende-se por animais silvestres todos aqueles animais pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou em águas jurisdicionais brasileiras. 7 Podemos citar como exemplos de animais silvestres: micos, morcegos, quatis, onças, tamanduás, ema, papagaios, araras, canários-da-terra, ticos-tico, galos-dacampina, teiús, jibóias, jacarés, jabutis, tartarugas-da-amazônia, abelhas sem ferrão, vespas, borboletas, aranhas, entre outros. Vale dizer ainda que a proteção conferida à fauna silvestre se estende também aos seus ninhos, abrigos e criadouros naturais. Os peixes, crustáceos e moluscos são regidos por normas específicas. A Lei 9605/98 em seu art traz a definição legal de fauna silvestre, in verbis: São espécimes da Fauna Silvestre todos aqueles pertecentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou águas jurisdicionais brasileiras. Outra redação interessante a se verificar é a Lei n 5.197, de 03 de janeiro 1964 que dispões sobre a proteção à fauna e dá outras providências em seu artigo primeiro: os animais de quaisquer espécies em qualquer fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, são propriedade do Estado, sendo proibida a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha. 7

15 14 Em relação à competência para legislar quanto a matéria (fauna), a Constituição Federal de 1988 disciplina em seu art. 24, inciso VI, que é de competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal, legislar sobre a caça a pesca e a fauna.

16 TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES De acordo com o IBAMA o tráfico de animais é definido pela retirada de espécimes da natureza para que possam ser vendidos no mercado interno brasileiro ou para o exterior 8 Ainda com informações do IBAMA essa imposição dos homens sobre os animais remonta à descoberta do Brasil quando araras, papagaios e outros animais foram enviados a Portugal. A grande quantidade de psitacídeos (araras, papagaios, periquitos e maritacas) existentes no Brasil à época de seu descobrimento fez com que estas paragens fossem durante muito tempo denominada "Terra dos Papagaios". 9 Mais de 500 anos depois a situação permanece; Atualmente, apesar da fiscalização por parte dos órgãos públicos ser feita de forma contínua, a exportação de espécies para a América do Norte e principalmente para a Europa. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBAMA, entre 1991 e 1995 o Brasil exportou, principalmente para a Inglaterra mais de 600 quilos de penas de garça, araras, papagaios e tucanos. O tráfico de animais existe tanto no plano nacional quanto no internacional, dando início com o indivíduo que tem contato direto com o animal que captura e aprisiona e depois vende a turistas ou aos chamados atravessadores que os levam para os grandes centros de compras; Os principais meios de transporte destes animais são os barcos na região norte e os caminhões e ônibus em outras regiões do País. Aqueles animais que não são diretamente "exportados", por meio das fronteiras e aeroportos, normalmente são vendidos em feiras-livres. Atualmente, os traficantes não levam todo o seu "estoque" para feiras mantendo os animais mais valiosos em armazéns e residências próximas. Algumas medidas que são elencadas pelo IBAMA podem ser tomadas para ajudar no combate ao tráfico de animais silvestres:

17 - não comprar animais silvestres sem origem legal 16 - não comprar artesanatos que possuam partes de animais silvestres; salvo se o artesanato for certificado como procedente do manejo sustentável. - denunciar traficantes; - não comprar de forma alguma animal de traficantes, pois assim só estará incentivando o tráfico; - antes de soltar animais silvestres que eventualmente se possua entrar em contato com a unidade do IBAMA mais próxima; Os instrumentos legais usados para combater o tráfico são: -Lei 5.197/97 Lei de Proteção a Fauna -Lei 9.605/98 Lei de Crimes Ambientais -Decreto nº 3.179/99, que dispões sobre as especificações das sanções aplicáveis as condutas e atividades lesivas ao Meio Ambiente.

18 1.6. BEM JURIDICAMENTE PROTEGIDO NOS CRIMES CONTRA A FAUNA 17 O bem jurídico mais importante é o patrimônio ambiental. SIRVINSKAS ressalta que o bem jurídico: implica a realização de um valor acerca de determinado objeto ou situação social e de sua relevância para o desenvolvimento do ser humano 10 O mesmo autor simplifica o conceito do bem jurídico tutelado no direito ambiental como sendo o meio ambiente natural, cultural, artificial e do trabalho. Portanto, tudo o que é considerado necessário a sobrevivência e a sadia qualidade de vida do homem poderá ser concebido como bem juridicamente tutelado. Em um conceito mais específico relacionado à fauna a Constituição de 1988 em seu art. 225, 1º, inciso VII, estabelece de maneira expressa o dever de proteção a Fauna, vedando as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provocando a extinção das espécies ou submetendo os animais à crueldade. Existem divergências quanto à abrangência da proteção constitucional da fauna, porém a proteção referida na Constituição não faz restrição a qualquer espécie, pois quando vedou a prática de atos cruéis, expressou a preocupação com os animais de um modo geral. Portanto todos são constitucionalmente protegidos. Com a Lei de Proteção à Fauna e o Código de Pesca, a fauna passou a ser aceita como um bem público, cuja propriedade pertence ao Estado, que é o responsável pela sua proteção. Após a promulgação da Constituição de 1988 e advento do Código de Defesa do Consumidor a Fauna deixa de ser considerada um bem público e passa a ser percebida como bem integrante do patrimônio ambiental, bem de interesse difuso que possui como titulares pessoas indeterminadas. Os crimes contra a fauna não são crimes que atentam apenas contra a vida do animal, mas sim contra o meio ambiente como um todo e por conseguinte contra a vida do ser humano. Apesar de o objeto material ser o animal, o bem jurídico tutelado é o meio ambiente e o sujeito passivo é sempre a coletividade. 10 SIRVINKAS, Luís Paulo. Tutela Penal do Meio Ambiente. 3. ed. São Paulo: Saraiva. p. 16

19 18 Infelizmente, podemos verificar que a proteção penal conferida à fauna pela lei não é absoluta, como exemplo podemos citar o art. 29 da Lei 9.605/98, o qual determina que em algumas circunstâncias a autoridade ambiental poderá autorizar a caça de animais.

20 1.7 ANTECEDENTES HISTÓRICOS 19 As espécies da fauna vêm sendo dizimadas ao longo dos anos; Segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBAMA, a exploração desordenada do território brasileiro é uma das principais causas de extinção das espécies. Entre as ações que participam de forma efetiva no processo de extinção podemos destacar: o desmatamento e a degradação dos ambientes naturais, o avanço da fronteira agrícola, a caça de subsistência e a caça predatória, a venda de produtos e animais procedentes da caça, a captura ilegal (tráfico) na natureza e a introdução de espécies exóticas em território nacional. A legislação brasileira, em matéria ambiental, se desenvolveu ao longo do tempo, principalmente na esfera penal, uma vez que a práticas desses atos ilícitos contra o meio ambiente datam de muito tempo Os primeiros enunciados normativos referente a tutela do meio ambiente foram encontrados na legislação portuguesa que esteve vigente em nosso país até a entrada em vigor do Código Civil de Em 1521 as Ordenações Manoelinas proibiam a caça a certos animais com instrumentos capazes de lhes causar a morte com dor e sofrimento; coibia-se a comercialização de colméias sem a preservação da vida das abelhas. Nas Ordenações Filipinas, datada de 1603, houve mais avanços em relação a matéria, foi verificado o conceito de poluição, vedando qualquer pessoa a jogar material que pudesse matar peixes e suas criações; da mesma forma quem matasse animais com malícia era também punido. Mesmo diante de tais dispositivos, na prática essas leis só eram aplicadas aos delitos que atingissem a coroa ou os interesses das classes dominantes. Foi com a ampliação da conscientização ecológica, na década de 60 que se começa a verificar no Brasil legislações mais diretamente ligadas à preservação e ao controle da degradação ambiental. Em relação a fauna podemos destacar a Lei de 30/01/67.

21 20 A partir da década de 1980 a legislação ambiental desenvolveu-se com maior consistência e celeridade. Surgiram quatro marcos importantes nesta década destacando-se a Lei 6.938/1981, que instituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente, o SISNAMA. O segundo marco é a Lei 7.347/1985, que disciplinou a ação civil pública como instrumento específico para a defesa do meio ambiente e de interesses difusos e coletivos, possibilitando que as agressões efetuadas contra o meio ambiente finalmente fossem julgadas judicialmente. Já, o terceiro marco, é a própria Constituição Federal de de 1988, que criou um capítulo próprio sobre o meio ambiente Capítulo VI, cujo artigo 225, caput, dispõe que: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Em seu parágrafo primeiro, inciso IV, dispõe que: exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. Por fim, o quarto marco é representado pela Lei 9.605/1998, a chamada Lei dos Crimes Ambientais que dispõe sobre sanções penais e administrativas aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

22 DO DANO AMBIENTAL: O dano ambiental é de difícil conceituação uma vez que como vimos acima sequer o conceito de meio ambiente é um conceito absoluto. O legislador utilizou o conceito de degradação da qualidade ambiental, entendido no art. 3 da Lei 6.938/81, que descreve que: Art 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:... como: II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente; Segundo José Rubens Morato Leite o dano ambiental pode ser entendido toda lesão intolerável causada por qualquer ação humana (culposa ou não) ao meio ambiente diretamente como macrobem de interesse da coletividade, em uma concepção totalizante, e indiretamente, a terceiros, tendo em vista interesses próprios e individualizáveis e que refletem no macrobem. 11 De acordo com esse conceito podemos distinguir dois tipos de dano ambiental, o dano ambiental coletivo e o dano ambiental individual. O dano ambiental coletivo, afeta interesses de pessoas indeterminadas e nos traz também o entendimento de que sua tutela pode ser dar através de ação civil pública ou de mandado de segurança coletivo. Já o dano ambiental individual se dá quando podemos identificar quem teve o patrimônio lesado Édis Milaré nos traz identificação de dano ambiental individual como sendo a modalidade de dano ambiental, que ao afetar desfavoravelmente a qualidade do meio, repercute de forma reflexa sobre a esfera de interesses patrimoniais ou extrapatrimoniais de outrem. 12 Ao contrário do dano ambiental coletivo, a vítima que sofreu dano individual pode buscar a reparação através da ação indenizatória de cunho individual. 11 LEITE, José Rubens Morato. Dano Ambiental. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 98.

23 22 elas: Édis Milaré descreve as seguintes características do dano ambiental, sendo - Ampla Dispersão das Vítimas: de acordo com a Constituição Federal de 1988 o meio ambiente é bem de uso comum do povo, portanto ao ser danificado, mesmo que algumas vezes atinja individualmente certos sujeitos, afeta a coletividade uma vez que o meio ambiente é imprescindível para a qualidade de vida de todos os indivíduos e não de apenas um em particular. - Dificuldade Inerente a Ação Reparatória: MILARÉ afirma que o dano ambiental é de difícil reparação o qual independente do valor jamais representara uma indenização integral. O referido autor conclui que: as indenizações e compensações serão sempre mais simbólicas do que reais, se comparado ao valor intrínseco da biodiversidade, do equilíbrio ecológico ou da qualidade ambiental plena Dificuldade da valoração: Sendo o meio ambiente um bem de uso comum a todos os indivíduo é de difícil percepção até onde um dano cometido contra esse bem o irá atingir-lo. É difícil responder às perguntas que Édis Milaré traz em sua obra de Quanto vale, em parâmetros econômicos, uma espécie que desapareceu? Assim é difícil mensurar em uma ação de reparação o valor a ser pago pelo dano causado. Existem duas formas de reparação do dano ambiental, não estando elas hierarquicamente ligadas, a) A reparação natural ou in specie; seria a medida primordial a ser tomada antes de qualquer outra, pois uma indenização mesmo em alto valor não trará de volta a qualidade de vida de uma cidade, um estado e um país. b) A indenização em dinheiro; é a modalidade que deverá ser colocada somente quando da impossibilidade de reconstituição, como bem colocado por Édis Milaré Essa a reparação econômica é portanto forma indireta de sanar a lesão. 13 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 4. ed. São Paulo: R dos Tribunais, 2004.p.739.

24 OS CRIMES CONTRA A FAUNA SILVESTRE E A LEI 9.605/98 Devido as grandes catástrofes naturais que vem acontecendo, nas últimas décadas o homem passou a ter consciência da necessidade de preservar o meio ambiente. No Brasil essa preocupação cresceu ao longo do tempo, tanto que seguindo essa tendência mundial, a Constituição Federal de 1988 trouxe um capítulo inteiro voltado ao Meio Ambiente e sua preservação. Em nosso país, várias leis foram criadas no sentido de preservação e reparação dos danos ambientais, um desses disposistivos foi a criação da Lei 9.605/98 criada para regulamentar o art. 225 da constituição federal. O referido diploma priorizou a reparação de eventuais danos causados a partir da prática de condutas tipificadas. Com um caráter ressocializador e preventivo a Lei de Crimes Ambientais mostra-se compromissada com a adoção de penas alternativas à penas privativas de liberdade. Assim, de acordo com o art. 7º, inciso I da Lei de Crimes Ambientais a pena de prisão será substituída pela restritiva de direito quando tratar-se de crime culposo ou for aplicada à pena privativa de liberdade inferior a 04 anos. A Lei também prevê, em seu artigo 16, a supensão condicional da pena SURSI, para casos em que a condenação a pena privativa de liberdade não seja inferior a 03 anos. Outro ponto interessante a ser mencionado é o art. 14, inciso I, o qual garante atenuação da pena aos agentes com baixo grau de instrução; esses não deixaram de ser punidos mas terão uma atenuante. O legislador, ao criar a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), sistematizou os tipos penais que se encontravam transcritos em legislações esparsas. O capítulo V da referida Lei se encontra dividido em cinco sessões senda elas: Seção I Crimes contra a Fauna, Seção II Crimes contra a Flora, Seção III Poluição e Outros Crimes Ambientais, Seção IV Crimes contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural, Seção V Crimes contra a administração ambiental.

25 24 Ecossistema, segundo SIRVINKAS é o conjunto de vegetações e animais que interagem entre si ou com outros elementos do ambiente, dando sustentação à diversidade biológica. 14 De acordo com o 3º do art. 29 da Lei de Crimes Ambientais, são espécimes de fauna silvestre, aquelas que pertencem à espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham no todo ou em parte seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro ou águas jurisdicionais brasileiras. Atualmente, os textos legais que são usados para proteção a fauna são a Lei n 5197/67 Proteção a Fauna, Lei n 7.643/87 - Proteção a pesca da baleia, Lei n 7679/88 protege a pesca em períodos de reprodução, Decreto n 221/67 Protege e estimula a pesca. Fazendo uma análise da Lei n 9.605/98, podemos observar que em todos os tipos penais (do artigo 29 ao artigo 37) o bem jurídico tutelado é a preservação do patrimônio natural, especialmente da fauna silvestre e aquática ameaçada ou não de extinção; a fauna silvestre integra o meio ambiente e é de uso comum do povo, portanto, a União é a gestora desse bem e não proprietária, a fauna silvestre é um bem que pertence a coletividade. Nesses crimes o sujeito ativo é qualquer pessoa física ou jurídica que não possua permissão, licença ou autorização da autoridade competente para a caça, a pesca, a comercialização de animais ou de suas peles e couros; o sujeito passivo é coletividade e a União Federal, conforme demonstrado no art. 1 da lei n 5.197/67. Para maior esclarecimento elencaremos os crimes contra a fauna, previstos no Capítulo V, Seção I, artigos 29 a 37, da Lei de Crimes Ambientais, destacando-se aqueles cometidos contra a fauna silvestre. Art Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com obtida. Art. 30 Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios e répteis em bruto, sem autorização da autoridade competente: Art Induzir espécie animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida pela autoridade competente: Art Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: 14 SIRVINSKAS, Luís Paulo. Tutela Penal do Meio Ambiente. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2004, p. 120.

26 25 Art Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: Art. 34 Pescar em período no qual a pesca seja proibida em lugares interditados por órgãos competentes. Art. 35 Pescar mediante a utilização de: I explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante. II substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente. Art. 36 Para os efeitos dessa lei, considera-se pesca todo ato tendente a retirar, extrair, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos dos peixes, crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios, suscetíveis ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçados de extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora. Art. 37 Não é crime o abate de animal quando realizado: I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família; II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade competente; III (VETADO) IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente. Outro diploma é o Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999 que dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, assim temos no capitulo II, seção I, algumas condutas não previstas na Lei de Crimes Ambientais, sendo elas: Art Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com obtida. Art. 12- Introduzir espécime animal no País, sem parecer técnico oficial favorável e licença expedida pela autoridade competente: Art. 13 Exportar para o exterior peles e couros de anfíbios, e repteis em bruto, sem autorização da autoridade competente: Art. 14 Coletar material zoológico para fins científicos sem licença especial expedida pela autoridade competente: Art Praticar caça profissional no país: Art.16 - Comercializar produtos e objetos que indiquem a caça, perseguição, destruição ou apanha de espécimes da fauna silvestre: Art Praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos Art Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes, lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras: Art Pescar em período no qual a pesca seja proibida em lugares interditados por órgãos competentes. Art. 20 Pescar mediante a utilização de explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeitos semelhantes, ou substâncias tóxicas, ou ainda, por outro meio proibido pela autoridade competente: Art. 21 Exercer pesca sem autorização do órgão ambiental competente: Art Molestar de forma intencional toda espécie de cetáceo em águas

27 26 jurisdicionais brasileiras. Art É proibida a importação ou a exportação de quaisquer espécies aquáticas, em qualquer estágio de evolução, bem como a introdução de espécies nativas ou exóticas em águas jurisdicionais brasileiras, sem autorização do órgão ambiental competente: Art Explorar campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, bem como recifes de coral sem autorização do órgão ambiental competente ou em desacordo com a obtida.

28 CAPITULO 2 - PROTEÇÃO DA FAUNA SILVESTRE NA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO Existem divergências entre autores quanto aos conceitos de princípio da prevenção e de princípio da precaução, Paulo Affonso Leme Machado separa o conceito de cada um já para Édis Milaré não há qualquer divergência entre eles usando as duas expressões como sinônimas. Para fins desse trabalho usarei a separação usada por Paulo Affonso Leme Machado, assim tratarei o princípio da prevenção separadamente ao princípio da precaução. Um dos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente se encontra no inciso I do art. 4 da lei 6.938/81 é a compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico No inciso III do art. 9 da referida lei há instrumentos a avaliação de impacto ambiental, assim no momento que se detecta alguma possibilidade de dano ao meio ambiente advindo de alguma obra ou atividade, tem-se a obrigação de prevenir ou evitar tal dano. O autor define ainda que a implementação do princípio da precaução não tem por finalidade imobilizar as atividades humanas. Não se trata da precaução que tudo impede ou que em tudo vê catástrofes ou males. O princípio da precaução visa à durabilidade da sadia qualidade de vida das gerações humanas e à continuidade da natureza existente no planeta. A precaução deve ser visualizada não só em relação às gerações presentes como em relação ao direito ao meio ambiente das gerações futuras MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.p.50.

29 28 Outra legislação na qual encontramos o princípio da precaução é o Princípio 15 das Conferências das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em 1992; o princípio diz que: De modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaças de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental. Assim, o princípio da precaução deverá ser usado com cautela, trazendo um equilíbrio entre prevenir o meio ambiente e o desenvolvimento econômico, além disso, os países e a sociedade não devem usar esse princípio como meio de deixar de lado o assunto meio ambiente, devendo buscar sempre inovar na questão da preservação. As características do princípio da precaução são: - incerteza do dano ambiental; por esta característica podemos entender o princípio da precaução, pois o mesmo é usado quando não temos a certeza da existência do dano ambiental, quando há a certeza de que o dano precisa ser prevenido, conforme veremos no principio da prevenção. Assim Paulo Affonso Leme Machado reitera que: o princípio da precaução consiste em dizer que não somente somos responsáveis sobre o que nós sabemos, sobre o que nós deveríamos ter sabido, mas, também, sobre o de que nós deveríamos duvidar. 16 Entende-se que uma vez ocorrido o dano é mais difícil ou até impossível que o mesmo seja reparado, porém existe a necessidade de prever o dano. Não o prevendo absolutamente e tendo um indício de que poderá vir a acontecer o fato danoso que devemos precaver. - tipologia do risco ou ameaça; Há a necessidade de se analisar e tomar providência antes do ato que possa provocar dano pois, uma vez constatado pode o bem atingido não ser recuperado. 16 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.p.58.

30 29 - da obrigatoriedade do controle do risco para a vida, a qualidade de vida e o meio, ambiente; Tudo o que cause risco à sadia qualidade de vida da sociedade deverá ser cuidadosamente analisado pelo poder público e como explica MACHADO: há riscos inaceitáveis, como aquele que coloca em perigo os valores constitucionais protegidos, como o meio ambiente ecologicamente equilibrado, os processos ecológicos essenciais, o manejo ecológico das espécies e ecossistemas, a diversidade e a integridade do patrimônio biológico incluindo genético- e a função ecológica da fauna e da flora o custo das medidas de prevenção; O país ou região deverá se assegurar de quanto custará essas medidas de precaução que serão tomadas, cuidando para que se tenha eficácia ao menor custo possível. - a implementação imediata das medidas de prevenção; o não adiantamento de documentos que relacionam em seu conteúdo o princípio da precaução (a exemplo da Declaração do Rio 92, Convenção da Diversidade Biológica e Convenção Quadro sobre a mudança do clima), entende-se que essas medidas não devem ser adiadas, pois usa-se a precaução no sentido de evitar possíveis danos, após estes acontecerem não há mais que se falar em precaução. - o princípio da precaução e os princípios constitucionais da Administração Pública brasileira; como ensina MACHADO: o princípio da precaução, contraria a moralidade e a legalidade administrativa o adiamento de medidas de precaução que devam ser tomadas imediatamente. Violam o princípio da publicidade e o da impessoalidade administrativa os acordos e/ou licenciamentos em que o cronograma da execução de projetos ou a execução de obras não são apresentados previamente ao público, possibilitando que os setores interessados, possam participar do procedimento das decisões a inversão do ônus da prova; quando há a incerteza do dano é necessário por parte de quem produzirá a atividade ou obra a demonstração de que essa atividade não irá causar dano sério ou irreversível à natureza. 17 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.p MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.p.61

31 2.2.- PRINCIPIO DA PREVENÇÃO 30 Temos o princípio da precaução quando há a possibilidade de um possível dano, não havendo certeza de que o mesmo acontecerá ou não. Já o princípio da prevenção é usado quando comprovado, através de estudos o real perigo de dano. José Affonso Leme Machado, explica que deverá existir um estudo prévio e uma pesquisa organizada onde se obtenha a certeza dos riscos para o meio ambiente; por isso o autor divide em cinco itens a aplicação do princípio da prevenção - identificação e inventário das espécies animais e vegetais de um território, quanto a conservação da natureza e a identificação das fontes contaminadas das águas do mar, quanto ao controle da poluição. - identificação e inventário dos ecossistemas, com a elaboração de um mapa ecológico. - planejamentos ambientais e econômicos integrados. -ordenamento territorial ambiental para a valorização das áreas de acordo com a sua aptidão - estudo de impacto ambiental. 19 A prevenção deve acompanhar as mudanças ocorridas á todo momento no mundo, por isso, como bem coloca o referido autor: 20 a prevenção não pode ser estática, tendo que se atualizar e fazer reavaliações, para poder influenciar a formulação de novas políticas ambientais, das ações de empreendedores e das atividades da administração pública, dos legisladores e do judiciário. 19 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.p MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 9. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.p.68

32 ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL (EIA) E RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL (RIMA) A avaliação de impactos ambientais no direito brasileiro (AIA) é um importante instrumento de controle de riscos e prevenção de possíveis impactos ambientais causados por determinada atividade ou obra efetiva ou potencialmente degradadora. A aplicação pode se da em relação a projetos que envolvam execução física de obras como em relação a política e planos que contemplem diretrizes programáticas, limitadas ao campo das idéias (avaliação ambiental estratégica). Como modalidade de Avaliação de Impacto Ambiental AIA, o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é considerado um dos instrumentos mais eficazes na preservação do meio ambiente, pois conforme entendimento do art. 225, 1º, IV da CF/88, faz-se necessária a elaboração antes de instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente seja feito um estudo prévio de impacto ambiental o qual deverá ter a publicidade. O EIA (Estudo de Impacto Ambiental) pode ser considerado um marco na evolução ambiental brasileira, pois até a década de 1980, nos chamados projetos desenvolvimentistas eram considerados apenas variáveis técnicas e econômicas. Não havia preocupação com o meio ambiente. Nesse contexto, em exemplo citado por MILARÉ é o da: hidrelétrica de Balbina, localizada no Rio Uatumã, em Presidente Figueiredo, a 150 quilômetros ao norte de Manaus, com a qual o governo gastou US$ 1 Bilhão, teve suas compotas fechadas em outubro de O objetivo era formar um reservatório de Km², o décimo quinto maior lago artificial do mundo, inundando florestas que representavam 15% do território da Holanda, para a geração de apenas 225 megawatts, que mal cobrem 60% das necessidades, daquela cidade. Um clamoroso desastre ecológico MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 4. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.

33 32 O Estudo Ambiental de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) são instrumentos distintos. Para MACHADO 22 O estudo é de maior abrangência que o relatório e o engloba em si mesmo. O EIA compreende o levantamento da literatura científica e legal pertinente, trabalhos de campo, análises de laboratório e a própria redação do relatório. Segundo o artigo 1 da Resolução CONAMA 001, de 23 de Janeiro de 1983, Impacto Ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam: - a saúde, a segurança e o bem estar da população - as atividades sociais e econômicas - a biota - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente - a qualidade dos recursos ambientais. Portanto, o EIA é responsável por dar uma idéia antecipada do Impacto Ambiental que determinada obra ou atividade causará para que se tenha um planejamento dessas obras ou atividades. É necessário frisar que algumas modificações só aparecem após o começo da obra ou atividade tornando-se de difícil previsão por meio do EIA. É considerado um elemento revolucionário na prevenção do meio ambiente, por antecipar-se ao dano antes mesmo de acontecer e se sujeita a três condicionantes básicas: transparência administrativa, consulta aos interessados e a motivação da decisão ambiental. A transparência administrativa considera os efeitos ambientais de um determinado projeto, alcançada no momento em que o órgão público e o proponente liberam todas as informações de que dispõem, respeitando o sigilo industrial. A consulta aos interessados consiste na efetiva participação e fiscalização da atividade administrativa por parte da comunidade, a ponto de poder exprimir suas dúvidas e preocupações antes que seja muito tarde. 22 MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito ambiental Brasileiro. 12. ed. São Paulo: Malheiros, 2004.

34 33 A motivação da decisão ambiental baseia-se no principio de que existe uma obrigação de motivar todo ato criador de situações desfavoráveis para o administrado. O Relatório de Impacto Ambiental - RIMA refletirá as conclusões do EIA, para que se entenda claramente as conseqüência de uma atividade ou obra contra o meio ambiente. O RIMA deverá contar com uma linguagem clara e de fácil compreensão pelo público em geral, ilustradas por mapas e outras técnicas de comunicação visual. De acordo com o parágrafo único do art. 9º da resolução CONAMA de 1986, o RIMA deverá conter: I - objetivos e justificativas do projeto; II - descrição do projeto; III síntese do diagnóstico ambiental; IV descrição dos impactos ambientais; V - caracterização da qualidade ambiental futura; VI descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras; VII - programa de acompanhamento e monitoramento de impactos; VIII recomendação quanto a alternativa mais favorável. MILARÉ 23 explica que no campo do EIA/RIMA, dois princípios fundamentais se destacam: o princípio da publicidade e o princípio da participação pública. O princípio da publicidade não diz respeito apenas ao EIA/RIMA, mas a qualquer ato da Administração Pública e sendo o EIA/RIMA um instrumento de estudo para identificar possíveis impactos ambientais, provocados por obras ou atividades, e sendo de imenso interesse da população qualquer questão relacionada ao meio ambiente, todos terão o direito de ter conhecimento dos atos praticados. De acordo com o princípio da participação pública a sociedade pode intervir ou não nas decisões ambientais. O princípio 10 da Declaração do Rio acentua que: A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional,cada indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos decisórios. Os estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular colocando as informações a disposição de todos. 23 MILARÉ, Édis. Direito do Ambiente. 4. ed. São Paulo: R dos Tribunais, 2004.p.514

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