V Congresso. Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral. 27, 28 e 29 de Março 2014, no Hotel VIP Executive Art s, em Lisboa

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1 V Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral 27, 28 e 29 de Março 2014, no Hotel VIP Executive Art s, em Lisboa

2 V Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral Comissão Organizadora: Carlos Jardim, Álvaro Lima, Nuno Neves, Nuno Cristino, Luís Barroso, Pedro Varanda, Maia Gonçalves e Paulo Pereira > Programa > Comunicações LiVRES > posters

3 > Programa 27 Março quinta-feira 28 Março SEXTA-feira 14h00-14h30 14h30-15h30 15h35-17h05 17h05-17h30 Abertura do Secretariado Apresentações Orais Moderadores: Eduardo Mendes, Maia Gonçalves Mesa Redonda Moderador: Rui Bello da Silva Espondilolistese degenerativa > Influência do balanço sagital na decisão terapêutica - Luis Barroso > TLIF mini-invasivo: faz a diferença? - Joerg Franke 2 Casos Clínicos: Manuel Tavares de Matos, Mário Gomes Café 8h45-10h15 10h20-11h00 Mesa redonda Moderador: Rui Pinto Deformidade vertebral do Adulto > Cifose angular vertebral - Ferran Pellisé > Tratamento de escoliose do adulto - Enrique Izquierdo 2 Casos clínicos: Pedro Fernandes, Vitorino Veludo Conferência - Sociedade Portuguesa de Medicina Física e Reabilitação Moderador: José Carlos Vilarinho Escoliose na idade pediátrica e no adulto - a intervenção da MFR Elsa Marques 17h30-18h10 Conferência Moderador: Jorge Mineiro Tratamento cirúrgico das espondilolisteses de alto grau Enrique Izquierdo 11h00-11h.30 11h30-12h10 Café Conferência Moderador: Carlos Jardim Tumores do sacro - Carlos Henríque Ribeiro 18h15-19h15 19h15-20h00 Apresentações Orais Moderadores: Pedro Varanda, Jorge Gonçalves Abertura Solene 12h15-13h00 13h00-14h30 14h30 Sessão Empresa - Depuy-Synthes Almoço Sessão empresa - Medtronic Ageing Spine Solutions - Sagittal BALANCE considerations - Joerg Franke 15h15-16h45 Mesa redonda Moderador: Dr. José Portela Tumores vertebrais > Planeamento cirúrgico de tumores primários - Machado Carvalho > Metástases vertebrais Papel das abordagens mini-invasivas - Maximo Ulloa 2 Casos Clínicos: Carlos Jardim, Paulo Pereira 16h45-17h15 Café 17h15-18h15 Melhores apresentações Moderadores: Nuno Reis, Seabra Lopes 18h15-19h00 Sessão empresa - Biomet 4 19h00 Assembleia Geral 5

4 > Programa 29 Março 8h45-9h15 9h15-10h45 SÁBADO Melhores Posters Moderadores: José Cabral, Eduardo Pegado Mesa Redonda Moderador: Manuel Cunha e Sá Artroplastia cervical > Indicações/contraindicações - Artur Teixeira > Próteses discais cervicais: implantáveis vs impactáveis - Carlos Henríque Ribeiro 2 casos clínicos: Sérgio Figueiredo, João Cannas 10h45-11h15 11h15-11h55 Café Conferência Moderador: Guimarães Consciência Fraturas tóraco - lombares Ferran Pellisé 12h00-13h00 Apresentações Orais Moderadores: Nelson Carvalho, Miguel Casimiro 6

5 > MELHORES COMUNICAÇÕES ORAIS Tratamento cirúrgico de fracturas tipo burst instáveis da transição dorsolombar Avaliação da eficácia das instrumentações por via posterior em doentes com Load Sharing Classification acima de 6 Diogo Santos Robles, Virginia do Amaral, Sofia Esteves Vieira, Joana Leitão, Helder Nogueira, Jorge Alves, Carlos Sousa Serviço de Ortopedia e Traumatologia Centro Hospitalar Tâmega e Sousa A técnica de instrumentação a utilizar no tratamento cirúrgico das fraturas tipo burst instáveis da transição dorso-lombar permanece um assunto controverso. O objectivo da cirurgia consiste na redução da fractura, obtenção de fixação estável, e preservação do maior número de segmentos móveis. A transição dorsolombar é uma zona de grande stress mecânico, sobretudo por forças de compressão anterior pelo que as instrumentações por via posterior poderão estar sujeitas a maiores taxas de falência, nas fraturas de maior severidade. McCormack et al, em 1994, desenvolveu a Load Sharing Classification (LSC), que avalia a anatomia e padrão da fratura, tendo, na altura, demonstrado que instrumentações por via posterior em fraturas com classificações acima de 6 estariam sujeitas a maiores taxas de falência, pelo que deveriam ser submetidas a correção suplementar da coluna anterior. Este estudo tem com o objectivo a avaliação da eficácia das instrumentações por via posterior em doentes com LSC acima de 6. Estudo retrospetivo decorrido no período entre 2008 a 2012 no qual foram operados um total de 18 doentes (de um total de 63) com fratura tipo burst (Magerl A3), uni-segmentar, da transição dorso-lombar (D10-L2), com LSC >6. Apresenta-se um estudo comparativo entre 12 doentes com LSC >6 (Grupo I) (6 dos 18 foram perdidos no follow-up) e de 12 doentes escolhidos aleatoriamente com fraturas semelhantes, com LCS de 6 ou menos (Grupo II). Ambos os grupos foram submetidos a instrumentações por via posterior (utilizadas duas técnicas: instrumentação curta (IC) - fixação da vértebra fraturada e duas adjacentes vs instrumentação longa (IL) - dois níveis acima e abaixo, sem fixação da vértebra fracturada). Caracterização da amostra: 54% sexo masculino, idade média 43,5 (SD=17,7) anos, follow-up médio=34,7m (SD=18,6), (Grupo I=39; Grupo II=30). Utilizada classificação de Magerl/Gertzbein e a severidade das fraturas avaliada segundo a McCormack Load Sharing Classification (LSC). Avaliação clínica e funcional realizada com: Oswestry Disability Index (ODI), Visual Analogic Scale (VAS) para a dor, e ASIA Impairment Scale. Realizada descompressão e laminectomia em todos os doentes com ASIA <E (Grupo I=5; Grupo II=4)(p>0,05). Os LSC médios foram de 7,1(SD=0,29) para o Grupo I e 5,8(SD=0,39) para o Grupo II. Não se demonstraram diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os dois grupos, relativamente à idade, sexo, IMC, mecanismo da lesão, status neurológico pré-operatório, técnica cirúrgica utilizada ou realização de descompressão cirúrgica. Não se observou significância estatística (p>0,05) na localização da lesão - D12(n=6) (Grupo I=3;Grupo II=3); L1(n=14 Grupo I=6;Grupo II=8); L2(n=4) (Grupo I=3; Grupo II=1). O grupo I apresentava uma ACL pré-operatória de 15,6º; redução intra-operatória de 10,3º (p<0,05); No follow-up final com perdas de 2,3º (p>0,05); Grupo II com ACL pré-operatório de 16,8º; redução intra-operatória de 9,º (p<0,05); No follow-up final com perdas de 1,2º (p>0,05). Entre os dois grupos não foi encontrada variância estatística (p>0,05) em qualquer das medições. Funcionalmente verificaram-se bons resultados gerais: ODI (média=31,2(sd=16,5));(grupo I=35,9; Grupo II=26,5), VAS (média=3,3(sd=3,3));(grupo I=2,8; Grupo II=3,8), sem significado estatístico (p>0,05) entre grupos. Não ocorreram desmontagens da instrumentação. Apresentamos como complicações cirúrgicas 2 infeções (Grupo I=1; Grupo II=1) e uma fístula de líquor (Grupo II=1) em doentes que necessitaram de descompressão. A LSC, descrita por McCormack, avalia o grau de cominução do corpo vertebral, a percentagem de desvio dos fragmentos e o grau de cifose local, com uma pontuação final de 1 a 9. Dentro destes sub-grupos verificou-se que a o grau de cominução e, em menor grau, a percentagem de desvio dos fragmentos foram os parâmetros que mais contribuíram para a gravidade das fraturas do grupo I, quando comparadas com o grupo II. Embora não estatisticamente significativo, foi possível observar uma tendência para a obtenção de melhores resultados funcionais e radiológicos no grupo II, quando comparado com o grupo I. Embora se tenha demonstrado uma maior perda de redução no follow-up do Grupo I, a perda absoluta de correção foi relativamente baixa. Este agravamento no ACL será explicável pela maior severidade das fraturas, que se traduz em uma menor estabilidade mecânica da mesma. No entanto, se levarmos em linha de conta o cut-off para a falência da instrumentação (perda de correção da cifose local >10º no follow-up) utilizado por vários autores em publicações internacionais, verificamos que não ocorreram falências da instrumentação no nosso estudo. O método ideal de fixação das fraturas tipo burst da transição dorso-lombar mantem-se controverso. Embora se tenham demonstrado scores funcionais e perdas de redução no follow-up ligeiramente superiores no Grupo I, (no entanto, não estatisticamente significativos), não se verificou qualquer falência na instrumentação, o que nos permite inferir positivamente relativamente à segurança das instrumentações por via posterior em doentes com LSC > que 6. No entanto, apresentamos como viés a baixa amostra que tivemos disponível e o facto de só termos tido um doente com LSC > que 7, pelo que se impõe estudos mais alargados relativos a este tema. 8 9

6 > MELHORES COMUNICAÇÕES ORAIS MASTERS-D: Estudo prospetivo, multicêntrico, observacional e monitorizado de artrodese por técnica minimamente invasiva para o tratamento de patologias degenerativas lombares seguimento de 12 meses Paulo Pereira, Pedro Alberto Silva, Pedro Santos Silva, Bruno Carvalho e Rui Vaz Serviço de Neurocirurgia do Hospital S. João e MASTERS-D study group Objetivos: Realizar um estudo prospetivo, observacional e monitorizado para avaliar os resultados da artrodese intersomática lombar por via posterior (PLIF e TLIF) utilizando técnica minimamente invasiva para tratamento de patologias degenerativas lombares. Métodos: Foram incluídos neste estudo 252 doentes, tratados em 19 centros distribuídos por 14 países. 83% dos doentes foram submetidos a artrodese em um nível e 17% em 2 níveis. A técnica cirúrgica utilizada foi TLIF em 95% dos casos e PLIF em 5%. A clínica predominante era de dor radicular em 52% dos doentes, dor lombar em 39% e claudicação neurogénea em 9%. 53% dos doentes apresentavam espondilolistese e 71% estenose lombar. Todos os cirurgiões possuiam uma experiência prévia mínima de 30 casos de artrodese lombar minimamente invasiva. Foram registados dados demográficos, intraoperatórios, complicações, tempo até à primeira deambulação, tempo de recuperação, duração da fluoroscopia e eventos adversos (EAs). Foram utilizadas escalas VAS (lombar e membro inferior), Oswestry (ODI), EQ-VAS e EQ-5D para documentar a evolução clínica. Resultados: 99% (249/252) dos pacientes completaram o seguimento de 4 semanas e 93% (233/252) de 12 meses. A duração média da cirurgia para 1 e 2 níveis foi 128 e 182 minutos, respetivamente; a perda sanguínea foi 164 e 233 ml e o tempo de fluoroscopia 115 e 154 segundos. O tempo médio até à primeira deambulação foi de 1.3 dias e de recuperação (de acordo com definição no protocolo do estudo) foi de 3.2 dias. Todos os parâmetros clínicos avaliados indicam uma melhoria significativa (p<.0001) ao longo dos vários intervalos de seguimento. Os valores médios em cada escala foram os seguintes (pre-operatório, 4 semanas, 12 meses): VAS lombar 6.2, 2.9, 2.9; VAS membro inferior 5.9, 2.5, 2.2; ODI (%) 45.5, 34.5, 22.4; EQ-VAS 52.9, 65.4, 71; EQ-5D index 0.34, 0.61, Houve uma melhoria constante nas sub-escalas de EQ-5D e redução no uso de analgésicos aos 12 meses. 50 eventos adversos (EAs) em 39 pacientes foram atribuídos à cirurgia, abordagem cirúrgica ou implante. Destes, 9 foram considerados EAs graves. 3 EAs foram atribuídos à abordagem minimamente invasiva, dos quais um foi considerado grave. Não foi identificada nenhuma infeção cirúrgica profunda e foram realizadas 7 reoperações. Conclusões: Atualmente, este é o maior estudo prospetivo, observacional e monitorizado para avaliar os resultados da artrodese lombar posterior minimamente invasiva. Este estudo mostra resultados clínicos favoráveis a curto prazo (4 semanas), que são sustentados a longo prazo (12 meses), com baixa morbilidade peri-operatória. Tratamento cirúrgico da Escoliose Casuística hospitalar Rui Domingos, João Sarafana, Pedro Diniz, Luís Cardoso, Estanqueiro Guarda, J. Gomes Peres Hospital Ortopédico de Sant Ana, Parede Introdução: A escoliose representa uma deformidade tridimensional da coluna vertebral. O seu tratamento cirúrgico evoluiu bastante desde a técnica descrita por Harrington nos anos 60 até à instrumentação usando parafusos pediculares nos dias de hoje. Os autores apresentam a casuística das escolioses operadas no período compreendido entre 2001 e 2010, analisando e comparando os resultados radiológicos pós operatórios, no que se refere às escolioses idiopáticas face às de etiologia não idiopática. Métodos: Analisámos 70 doentes submetidos a artrodese vertebral por via posterior isolada, recorrendo a vários sistemas de instrumentação. As escolioses foram caracterizadas segundo a etiologia e divididas em dois grupos distintos (idiopáticas e não idiopáticas) e classificadas segundo a classificação de Lenke. Foi analisada em cada caso apenas a curvatura principal. Efectuaram-se avaliações radiológicas pelo método de Cobb em três momentos: pré-cirurgia, pós cirurgia imediata e na última avaliação em consulta. O tempo de follow-up pós cirúrgico foi em média de 68 meses. Resultados: A amostra foi composta de 79% de doentes do sexo feminine e 21% do sexo masculino, com uma média de idades à cirurgia de 15 anos e sinal de Risser III. Das escolioses operadas, 78% corresponderam a escolioses idiopáticas e 22% a escolioses de outras etiologias. A maioria apresentava curvaturas do tipo I e V de Lenke (38 e 26%, respectivamente). A média geral do índice de Cobb pré cirúrgico da curva principal foi de 56º. No subgrupo de escolioses idiopáticas obtiveram-se percentagens de correcção de 60% (± 33º), valores cerca de 12% superiores aos obtidos no outro subgrupo estudado. No follow-up registou-se uma perda de redução média inferior nas escolioses idiopáticas (7% vs 12% nas de outra etiologia) com uma correcção final média da curva principal de 58%. Apenas quatro doentes tiveram complicações pós-operatórias e nenhuma das quais de carácter neurológico. Discussão: Os valores obtidos nesta série aproximam-se dos valores referidos na literatura. A escolioses idiopáticas apresentam menor grau de rigidez quando comparadas com as de outras etiologies nomeadamente, neuromuscular ou congénita. Assim se justifica que as escolioses idiopáticas operadas apresentem quer um melhor resultado cirúrgico imediato, quer uma menor perda de correcção a longo prazo. Apenas se registaram quatro complicações pós cirúrgicas (2 falências de material com necessidade de re-operação e 2 infecções cutâneas superficiais), o que atesta a segurança do procedimento cirúrgico desde que realizado por profissionais experientes. Conclusão: A série apresentada obteve bons resultados clínicos. Mais se conclui que a técnica referida continua a ser uma técnica eficaz, com baixos riscos de complicação e com bom resultado clínico na correcção da escoliose

7 > MELHORES COMUNICAÇÕES ORAIS Avaliação do balanço sagital global no pós-operatório de fraturas da transição dorso-lombar e sua correlação com a dor e a função Sofia Esteves Vieira, Diogo Robles, Isabel Catarino, Jorge Alves, Fernando Silva, Carlos Sousa Serviço de Ortopedia e Traumatologia Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Introdução: A análise do balanço sagital global da coluna vertebral como ponto-chave na abordagem da patologia degenerativa da coluna é cada vez mais evocada em estudos científicos. Sempre que algum distúrbio afeta o equilíbrio sagital da coluna são ativados mecanismos de compensação no sentido de contrariar esse distúrbio. Está cada vez mais claro que estes mecanismos devem ser tidos em conta para otimizar o tratamento, sobretudo quando este é cirúrgico. Há ainda falta de evidência no que se refere a estes conceitos aplicados à patologia traumática. O objetivo deste trabalho é avaliar o balanço sagital global, identificar mecanismos de compensação e correlacionar o alinhamento sagital com a função e a dor, numa população com fratura da transição dorso-lombar submetida a tratamento cirúrgico. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 18 doentes submetidos a tratamento cirúrgico por fratura da transição dorso-lombar no período de janeiro de 2009 a dezembro de O Follow-up médio foi de 29,5 meses. Todos os doentes foram submetidos a avaliação clínica, radiológica e funcional. Foi avaliado o tipo de fratura, idade e sexo de cada doente. Em cada doente foi ainda avaliado o balanço sagital global, a cifose residual da transição dorso-lombar e aplicada a escala visual analógica (EVA) e o índice de Oswestry. Os dados foram tratados em Graph Pad Prism v6. Resultados: Foram avaliados 18 doentes, dos 47 submetidos a tratamento cirúrgico por fratura da transição dorso- -lombar entre janeiro de 2009 e dezembro de Destes 18 doentes, 12 eram do sexo masculino e 6 do sexo feminino, com idade média de 45,83 anos (16 a 73 anos). 4 doentes apresentavam fratura de D12, 9 doentes fratura de L1 e 5 doentes fratura de L2. Segundo a classificação de Magerl, 6 fraturas foram classificadas como tipo A3.1, 8 como tipo A 3.2 e 4 como tipo A 3.3. Todos os doentes foram submetidos a fixação transpedicular das fraturas sendo que em 5 procedeu-se ainda à descompressão do canal raquidiano. Segundo a classificação ASIA (American Spinal Injury Association), 3 doentes foram classificados como ASIA D e 15 como ASIA E no pós-operatório. Com base na avaliação do balanço sagital global os doentes foram classificados em 3 categorias diferentes. 7 doentes apresentavam coluna equilibrada sem mecanismos de compensação, 5 doentes apresentavam coluna equilibrada com mecanismos de compensação e 6 doentes apresentavam coluna desequilibrada. A EVA mostrou menor valor nos doentes equilibrados sem mecanismos de compensação (média: 2,57) seguidos dos doentes equilibrados com mecanismos de compensação (média: 3,4) e dos doentes desequilibrados (média: 4,2). Não foram encontradas diferenças com significado estatístico relativamente a este parâmetro. O índice de Oswestry também foi inferior nos doentes equilibrados sem mecanismos de compensação (média: 22,29) seguidos dos doentes equilibrados com mecanismos de compensação (média: 28) e dos doentes desequilibrados (EVA média: 45). As diferenças foram estatisticamente significativas entre os doentes equilibrados sem mecanismos de compensação e o grupo dos doentes desequilibrados (p<0,01) e entre os doentes equilibrados com mecanismos de compensação e os doentes desequilibrados (p<0,05) mas não entre os dois grupos de doentes equilibrados. Quando comparamos este índice nos doentes com lordose lombar 30º e >30º verificamos que o índice de Oswestry foi mais baixo nos doentes com lordose lombar >30º, diferença essa com significado estatístico (p<0,05). Foram ainda criados 2 grupos de acordo com o grau de cifose residual da transição dorso-lombar ( 8º e >8º). O valor da EVA e o índice de Oswestry foi claramente mais baixo nos doentes com cifose residual 8º, sendo a diferença estatisticamente significativa para o índice de Oswestry (p<0,01) mas não para a EVA. Discussão: Com um follow-up médio de 29,5 meses e através da avaliação do balanço sagital global verificamos que 33,3% dos nossos doentes estavam desequilibrados, 27,8% estavam equilibrados mas à custa de mecanismos de compensação e 38,9% estavam equilibrados sem qualquer mecanismo de compensação identificado. A análise dos valores médios da EVA, embora sem significância estatística, revela que os doentes desequilibrados apresentavam mais queixas álgicas, seguidos dos doentes equilibrados com mecanismo de compensação. Os doentes equilibrados sem mecanismos de compensação eram os que apresentavam menos queixas álgicas. A aplicação do índice de Oswestry revelou que os doentes desequilibrados apresentavam índice mais alto e portanto mais limitação funcional, seguidos dos doentes equilibrados com mecanismo de compensação. As diferenças foram estatisticamente significativas entre o grupo de doentes desequilibrados e os dois grupos de doentes equilibrados com e sem mecanismos de compensação mas não entre estes dois grupos. Os resultados da aplicação do índice de Oswestry parecem ser tradutores da realidade uma vez que este índice é mais objetivo e menos sujeito a viés de interpretação que a EVA. A verificação de diferenças com significado estatístico entre o grupo de doentes com lordose lombar 30º e >30º, sendo o índice menor nos doentes com lordose lombar >30º, poderá traduzir a melhor funcionalidade em doentes com lordose lombar mantida contrariamente àqueles em que a lordose lombar diminui como consequência da deformidade pós-traumática. Também se verificou que doentes com cifose residual da transição dorso-lombar >8º apresentam mais queixas álgicas e piores resultados funcionais do que aqueles com cifose residual 8º. A diferença foi estatisticamente significativa para o índice Oswestry. Estes valores indicam que doentes com maior desvio da curvatura fisiológica normal na transição dorso- -lombar tenham mais queixas álgicas e piores resultados funcionais. Conclusão: Nesta serie de doentes, embora os resultados funcionais tenham sido bons e as queixas álgicas mínimas, a maioria dos doentes estava desequilibrada ou equilibrada à custa de mecanismos de compensação. Verificou haver correlação entre o equilíbrio sagital global e a função e a dor. O distúrbio da homeostasia do equilíbrio sagital global pode explicar, em parte, a persistência de sintomatologia dolorosa e incapacidade funcional, em doentes que apresentam evidência radiológica de consolidação, mas que ficaram com deformidades residuais da transição dorso-lombar

8 > MELHORES COMUNICAÇÕES ORAIS > Comunicações ORAIS Cifose juncional pós fixação transpedicular e osteotomias apicais no tratamento exclusivo por via posterior da Doença de Scheuermann André Pinho, Vitorino Veludo, Joana Freitas, Francisco Serdoura, Rui Pinto Serviço de Ortopedia e Traumatologia Centro Hospitalar S. João Estratégias terapêuticas em casos de deformidades congénitas da coluna: revisão de experiência do serviço Filipa de Freitas, Nuno Marques Luis, Mafalda Lopes, João Neves, Raquel Carvalho, Gonçalo Martinho, João Campagnolo, Jorge Mineiro Serviço de Ortopedia, Hospital Dona Estefânia Introdução: Doença de Scheuermann é uma entidade que durante a fase de crescimento apresenta uma boa resposta ao tratamento conservador. No entanto quando existe progressão ou dor na presença de um tratamento correcto ou quando lidamos com um adolescente com maturidade esquelética é necessário intervir cirurgicamente para obter um bom equilíbrio e/ou postura e consequentemente boa função. Objectivo: Avaliar os doentes com cifose juncional proximal e distal existentes e sua correlação com o resultado clínico após o tratamento cirúrgico por via posterior isolada de 16 doentes com o diagnóstico de hipercifoses durante o período de 1 Janeiro de 2004 e 31 Dezembro de 2012 e ao follow up minimo 12 meses ( ) Material e métodos: Doentes com Doença de Scheuermann portadores de uma das seguintes 4 indicações: cifose maior que 70º // agravamento da cifose apesar de compliance com tratamento conservador // dor refractária // deformidade marcada. Avaliação clínica dos doentes com questionário SF 36, dor (Escala Analógica Dor); avaliação imagiológica com estudo radiológico simples em chassis longo da coluna vertebral F + P com medição da cifose, lordose lombar e equilíbrio sagital. TAC para avaliação complementar quando justificado. Resultados: Englobando uma casuística de 16 doentes, com média de idades de 17 anos (15 18), predomínio do sexo masculino com 10 rapazes. Follow-up médio de 40 meses. Os doentes foram submetidos a correcção por tempo posterior isolado com instrumentação exclusivamente transpedicular e osteotomias apicais. Média pré-operatória do ângulo de cobb de 78 º (68 92) com correcção no pós operatório imediato para 38º (28 52) e valores de ângulo de cobb nos doentes com follow up superior aos 2 anos de 44 º (36 º 65 º). Cifose juncional proximal ( > 10º ) 3 caso // Cifose juncional distal ( <20º ) 1 caso. Necessidade de revisão 1 caso cifose juncional proximal e 1 caso cifose juncional distal. Conclusões: A instrumentação transpedicular isolada com osteotomias apicais permite obter a mesma correcção que se obtinha nas situações em que se procedia à via anterior e sem termos as complicações inerentes à via anterior. Follow up médio 40 meses, apresenta-se uma série de 16 doentes com fixação posterior transpedicular isolado com correcção imediata da cifose para 44º e com identificação cifose juncional com repercussão clinica em 2 doentes. A escoliose e a cifose são os dois tipos de deformidade congénita da coluna mais comuns, sendo raros os casos de lordose congénita. Estes defeitos podem ter diferentes origens embrionárias e são classicamente classificados como defeitos da formação (como os casos de hemivertebra), como defeitos da segmentação (como as barras unilaterais não segmentadas) ou como a associação dos dois defeitos. A maioria das crianças com esta patologia, com potencial agravamento, necessitam de tratamento cirúrgico. A escolha do tratamento cirúrgico apropriado é determinado com base na natureza da deformidade congénita, na idade do doente, no potencial de crescimento, na severidade da curva e nas anomalias associadas. A correcção cirúrgica vai desde fusão limitada à fusão e instrumentação ou ressecção, até técnicas sem fusão com algum potencial de crescimento (barras subcutâneas ou outros dispositivos de crescimento ). O objectivo do estudo é mostrar casuística de deformidades congénitas da coluna operadas no nosso serviço, entre Janeiro de 2007 e Janeiro de Foram estudados retrospectivamente, 15 doentes. Oito doentes eram sexo masculino e 7 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 3 e os 14 anos, idade média de 7 anos, à data da cirurgia. A escoliose apresentava uma única curva em 86,7 % doentes e curva dupla em 13,3%. A hemivertebra estava presente em 10 doentes, a barra estava presente em 4 doentes e em um doente apresentava as duas deformidades associadas. A cifose esta associada a escoliose 9 em doentes, localizada na maioria casos ao nível da região torácica. A abordagem cirúrgica foi na maioria das vezes posterior nos casos de artrodese e a combinação anterior e posterior nos casos de curvas mais rígidas. Todos os doentes foram submetidos a instrumentação e aqueles com deformidades dorsais e dorso lombares foram operados sob monotorização dos potenciais evocados. Como complicações tivemos um caso de diminuição dos potenciais evocados ao nível dos membros inferiores intra-operatoriamente com necessidade de interrupção da cirurgia. Tivemos um caso de falência de material e um de protusão do material, com necessidade de revisão da cirurgia. Conclusão: A história natural das deformidades congénitas da coluna é essencial para determinar o prognóstico e o tratamento. O objectivo da cirurgia é corrigir a deformidade e prevenir desenvolvimento de curvas compensatórias e complicações respiratórias e neurológicas. Com o avançar da tecnologia e das técnicas cirúrgicas estes objectivos são cada vez mais acessíveis aos cirurgiões da patologia da coluna pediátrica

9 > Comunicações ORAIS 16 Caracterização Morfométrica Pedicular L3, L4, L5 de uma População Portuguesa Manuel Santos Carvalho 1, Luis Augusto 2, Artur Antunes 1, Filipe Duarte 1, Nuno Neves 1, Francisco Serdoura 1, Rui Pinto 1 1 Grupo da Coluna, Serviço de Ortopedia e Traumatologia, Centro Hospitalar São João, Porto 2 Serviço de Neuroradiologia, Centro Hospitalar São João, Porto Introdução: Vários estudos documentam a existência de diferenças na morfometria pedicular entre vários grupos populacionais, mas poucos avaliam a população europeia e nomeadamente a portuguesa, e a concordância inter e intra observador das medições. Objectivo: Caracterização pedicular da população estudada, avaliando a concordância nas medições intra e inter- -observador, e comparação com restantes estudos epidemiológicos da literatura. Métodos: Seleccionados 100 TC (50 homens, 50 mulheres, portugueses, com idades entre anos), realizados na mesma instituição e pelo mesmo aparelho. Excluídos os que apresentavam doença neoplásica, infecciosa, deformidades congénitas/adquiridas, cirurgia prévia, fracturas ou listesis. Dois observadores, observador 1 (T1) e observador 2 (T1), efectuaram de forma independente as medições em milímetros (arredondadas à casa decimal) nos indivíduos selecionados, no mesmo programa informático. Num segundo tempo, as medições foram repetidas pelo primeiro observador (observador 1; T2). Foram efectuadas oito medições consideradas com relevância cirúrgica nas vértebras L3, L4 e L5 (eixo longitudinal anterior [A], largura intertransversária [B], largura pedicular transversal [C], profundidade até córtex anterior no eixo longitudinal [D], profundidade até córtex anterior no eixo pedicular [E], ângulo pedicular transversal [F], diâmetro sagital [Sd], ângulo pedicular sagital [Sa]). Efetuada comparação por sexo e classe etária ( 40 anos e >40 anos), utilizando o teste t de student. A concordância inter-observador e intra-observador foram avaliadas através do cálculo dos Concordance correlation coefficients, utilizando a escala de Landis & Koch para classificar os coeficientes. Resultados: Dos 94 indivíduos (6 exclusões após selecção) avaliados 47 (50%) eram homens e 47 (50%) mulheres. Idades compreendidas entre 23 e 65 anos, média de 48,1 anos (±11,68). Encontradas diferenças estatisticamente significativas por sexo em todas as medições excepto para ângulo pedicular transversal e ângulo pedicular sagital. Não foram encontradas diferenças em relação à idade dos indivíduos. Feita a caracterização epidemiológica das 8 medidas em L3 ([A] 80.0± ±5.29, [B] 85± ±7.21, [C] 8.2± ±2.02, [D] 38± ±3.44, [E] 49.2± ±3.25, [F] 23.2±2.76, [Sd] 12.4± ±2.02, [Sa]8.2±2.08); L4 ([A]79.5± ±6.46, [B] 82.5± ±7.41, [C] 12.5± ±2.26, [D] 36± ±3.58, [E] 48.1± ±3.89, [F]26±3.04, [Sd] 11.5± ±2.12, [Sa]8.0±2.54) ; L5 ([A] 75± ±6.05, [B] 88± ±6.02, [C] 14.5± ±2.76, [D] 30.3± ±4.86, [E] 48± ±4.16, [F]32.2±3.87, [Sd] 10.5± ±2.13, [Sa] 7.5±2.45). De um modo geral as correlações intra-observador foram substanciais ou mesmo quase perfeitas. Em relação à concordância inter-observador verifica-se maior heterogeneidade com correlações fracas a moderadas para a maioria das medições. Discussão: Encontradas diferenças significativas na morfometria pedicular lombar da população estudada, com interesse na instrumentação pedicular lombar de modo a uma correta orientação e seleção cirúrgica dos parafusos transpediculares. As medições são consistentes com outros estudos realizados em caucasianos, com as mesmas diferenças encontradas noutros grupos populacionais. Os resultados sugerem que se deve ter em conta, na seleção dos parafusos, o sexo, mas não a idade do doente. A literatura actual sugere a realização de TC s para o adequado planeamento pré-operatório. As medições dos ângulos PS e PT, e da LPT são fundamentais. Os resultados obtidos permitem demonstrar que o método de medição usado pelo observador 1 é reprodutível mais tem baixa acuidade quando comparado com o observador 2. Conclusão: A caracterização da morfometria pedicular na população portuguesa pode dar uma orientação para a seleção tamanho e orientação dos parafusos pediculares. A seleção deve também ter em conta a diferença de sexos, mas não a idade do doente. Escoliose idiopática da adolescência experiência do serviço nos últimos 8 anos Andreia Ferreira, Filipe Lima Santos, Fabíola Ferreira, Maia Gonçalves, Rolando Freitas Serviço de Ortopedia, CHVNGaia/Espinho Introdução: A escoliose idiopática da adolescência (EIA) é a deformidade vertebral mais comum em adolescentes tendo uma prevalência de 2% a 3% na população geral. Quase 10% destes doentes necessitam de alguma forma de tratamento e até 0,1% acabará por requerer tratamento cirúrgico. O objetivo da cirurgia é a prevenção da progressão da deformidade, bem como a obtenção da artrodese e a correção/ preservação do equilíbrio da coluna vertebral. Material e métodos: Apresenta-se a experiência do serviço com uma revisão retrospetiva dos casos de EIA submetidos a fixação vertebral posterior transpedicular entre 2005 e Intra-operatoriamente os doentes foram submetidos a wake-up test ou mais recentemente utilizados potenciais evocados. Os parâmetros avaliados incluíram o tipo de curva (classificação de Lenke), Cobb Major (pré-operatório e no final do seguimento) e complicações. Foi também aplicado o questionário de SRS-30. Resultados: Foram operados 41 doentes, todos do sexo feminino. A média de idades foi de 14,4 anos. O seguimento médio foi de 42 meses (min. 8, máx 96). Quanto à classificação da curva, 44,6% dos doentes pertenciam ao tipo 1 de Lenke, 10,7% ao tipo 2 e 42,9% ao tipo 5. A média do ângulo de Cobb pré-operatório foi de 48,1º e de 22,4º no final do seguimento. Em 48,8% dos casos o material de fixação utilizado foram ganchos e parafusos e em 51,2% só parafusos; 82,9 % dos doentes necessitaram de colheita de enxerto autólogo da espinha ilíaca postero-superior. Não houve diferença estatisticamente significativa em termos de correção da curva quando comparamos o uso de parafusos e ganchos ou só parafusos (p =0,42). Relativamente a complicações, a mais frequente foi a perda de cifose dorsal que ocorreu em 12,2% dos casos (5 doentes). Há descrição de infeção superficial em 1 doente assim como uma falência de material. Duas doentes mantiveram queixas álgicas residuais no local de colheita de enxerto. Discussão e conclusão: De acordo com a literatura, alguns estudos referem que a fixação transpedicular permite uma melhor e manutenção da curvatura, eliminando a necessidade de uma via anterior e diminuição do número de níveis a instrumentar. Em termos de grau de correção, os resultados obtidos estão de acordo com a literatura. Relativamente a complicações, é de referir que a taxa de complicações minor é superior à descrita na literatura, nomeadamente as queixas álgicas referidas à zona de colheita de enxerto, técnica essa que entretanto foi abandonada. No entanto, não se verificaram complicações major de relevo. 17

10 > Comunicações ORAIS Fixação translaminar de C2 nas artrodeses atlantoaxiais Sá Rodrigues A, Cacho Rodrigues P, Santos Carvalho M, Ribeiro da Silva M, Pinto R, Neves N Grupo da Coluna, Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar São João Estudo biomecânico da coluna lombar com patologia C. Spratley 1, L. C. Sousa 2, R. Natal 2, M. Parente 2, J. M. Gonçalves 3 1 Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Portugal 2 Departamento de Engenharia Mecânica e IDMEC - Faculdade de Engenharia, Universidade do Porto, Portugal 3 Departamento de cirurgia da coluna, Serviço de Ortopedia - Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, Vila Nova de Gaia, Portugal Introdução: A artrodese C1C2 com métodos de fixação rígida (parafusos transarticulares ou pediculares) permite altas taxas de fusão mas é um procedimento de exigência técnica elevada dados os riscos neurológicos e vasculares, sendo por vezes impossibilitada por variações anatómicas. A utilização de fixação translaminar em C2, proposta por Wright em 2004, com parafusos cruzados permite uma fixação rígida, biomecanicamente semelhante a outros métodos, é tecnicamente simples, podendo ser realizada sem controlo radiológico, e não coloca a artéria vertebral em risco. Objectivo: Reportar a experiência inical da utilização da técnica de parafusos translaminares em C2 na artrodese atlantoaxial. Material e métodos: Revisão retrospectiva de pacientes submetidos a artrodese C1C2 com parafusos translaminares na nossa instituição entre janeiro de 2010 e junho de Resultados: Foram identificados 6 doentes (4 do sexo feminino) com media de idades de 59 anos (35 81). Em 4 casos a indicação foi instabilidade atlantoaxial secundária a artrite reumatóide, 1 caso de fratura e 1 caso de pseudartrose da apófise odontoide. Todos os doentes foram submetidos a uma avaliação pré-operatória com TAC e foram seguidos pelo menos 6 meses com uma avaliação clinica e imagiológica com TAC ou radiografias cervicais em extensão e flexão, considerando-se consolidado na ausência de mobilidade e presença de ponte óssea entre C1 e C2. Foram colocados 12 parafusos translaminares tendo a avaliação imagiólogica pós-operatória demonstrado o correcto posicionamento de todos eles. Não foram registadas intercorrências intra e pós-operatórias nomeadamente lesões vasculares e neurológicas. Aos 6 meses não havia registo de casos de pseudoartrose. Conclusão: A artrodese atlantoaxial com parafusos translaminares em C2 é uma técnica que garante estabilidade biomecânica, e consequentemente taxas de fusão equivalentes a outras formas de fixação cirurgicamente mais exigentes. Adicionalmente tem as vantagens de apresentar menor risco de lesão da artéria vertebral, podendo ser utilizada em casos de variações anatómicas, e não necessitar de controlo radiológico intraoperatório. A dor lombar é uma das patologias mais comum e representa um dos mais altos custos para o bem-estar do ser humano. A lombalgia pode surgir devido à degeneração mecânica de algum componente da estrutura da coluna (discos, ligamentos, articulações intervertebrais). O uso de modelos matemáticos é uma importante ferramenta de apoio e decisão clínica uma vez que permite analisar o comportamento mecânico de um segmento lombar, nomeadamente o cálculo de tensões devidas às diferentes solicitações a que a coluna vertebral está sujeita [1]. Objetivo: O objetivo do presente estudo é a análise numérica, pelo método dos elementos finitos do comportamento mecânico da unidade funcional L4-L5 da coluna lombar humana em pacientes saudáveis e em pacientes com coluna patológica, espondilolistese, sujeita a diferentes tipos de solicitação. Métodos: Para o efeito, usando o software comercial de elementos finitos ABAQUS, criaram-se dois modelos tridimensionais em elementos finitos da unidade funcional L4-L5, um saudável e outro patológico. Para a construção do modelo saudável utilizou-se uma geometria obtida através de tomografia computorizada. A unidade funcional L4-L5 foi modelada, considerando-se as vertebras L4 e L5, o disco intervertebral, (núcleo pulposo, anel e fibras), as placas cartilagionosas, os ligamentos e as juntas intervertebrais. Criou-se uma malha de elementos finitos para cada componente da unidade funcional e defeniram-se as respectivas propriedades mecânicas e condições de fronteira. Com o objetivo de simular os diversos movimentos da coluna são definidas solicitações, forças e momentos adequados: compressão, flexão, extensão, flexão lateral e torção. Após a Validação dos modelos, efectuou-se uma análise comparativa relativamente ao deslocamento axial, protuberância do disco intervertebral e a distribuição de tensões. Conclusões: Os resultados obtidos vão de encontro ao esperado: verifica-se que as tensões, a deformação do disco intervertebral e os deslocamentos dos segmentos contínuos são mais elevados para o disco intervertebral da unidade funcional L4-L5 com espondilolistese contribuindo assim para a degenerescência discal e uma maior probabilidade de patologia associada (estenose foraminal hérnia discal)

11 > Comunicações ORAIS Osteotomia de subtração pedicular na correcção do balanço sagital experiência do serviço Hélder Maurício, Álvaro Lima Unidade de Patologia da Coluna, Serviço de Ortopedia do Hospital Beatriz Ângelo Introdução e Objectivos: O equilíbrio sagital é uma entidade clínica que tem ganho relevo nos últimos anos, pela dor e incapacidade que causa aos doentes quando descompensado. É apresentada uma análise retrospectiva da experiência do serviço nas osteotomias de subtração pedicular para correção do balanço sagital. Material e Métodos: Foram revistos 6 doentes operados entre Setembro de 2012 e Janeiro de 2014 pela Unidade de Patologia da Coluna do Serviço de Ortopedia do Hospital Beatriz Angelo. Os doentes tinham uma idade media de 67 anos (entre 62 e 75 anos). 5 doentes eram do sexo feminino e 1 do sexo masculino. 4 presentavam desequlibrio sagital por patologia degenerativa primária, 1 por cifose após laminectomia e 1 iatrogénica após artrodese lombar. Em todos a indicação cirúrgica foi colocada após falência do tratamento conservador. Foram determinados o estado funcional, o grau de dor pré e pós operatório, a correcção dos parâmetros radiológicos e as complicações operatórias. Resultados: Em 4 doentes realizou-se uma ostotomia em L4. Num doente foi realizada em L5 e noutro em L1. Em 3 doentes foi realizada uma fusão curta (2 ou 3 segmentos acima e abaixo da osteotomia). Nos restantes realizou-se artrodese entre D10 e ilíacos. A abordagem foi posterior em todos os doentes. Conseguiu-se um aumento da lordose lombar média de 15 o (entre 10 a 25 o ) e da cifose dorsal de 1,2 o (entre -17 e 10 o ). O ângulo espinosagrado aumentou 11 o em média ( de 104 o para 115,4 o ). Houve uma melhoria significativa da qualidade de vida subjetiva dos doentes, com diminuição da dor e da necessidade de analgesia. Houve uma rotura iatrogénica da dura, que foi suturada, sem outras consequencias. Houve uma infecção da ferida operatória, tratada com desbridamento cirúrgico e antibioterapia e posteriormente, na mesma doente, uma espondilodiscite, tratada com desbridamento e prolongamento da artrodese e antibioterapia. Houve uma infeção de CVC tratada com antibioterapia. Não houve complicações outras complicações neurológicas ou vasculares. Conclusões: Neste trabalho é apresentada a experiência do serviço nas osteotomias de subtração pedicular. Apesar de ser ainda uma casuística pequena, permite concluir que é uma técnica cirúrgica com bons resultados clínicos e radiológicos e com uma taxa de complicações aceitável. Estudo do valor clínico da ressonância magnética cervical dinâmica: revisão de 25 casos da nossa experiência Daniela Seixas 1,2, Rui Rocha 3 Joana, Nunes1, Óscar Alves 4 David, Monteiro1, Nuno Almeida 1, Mário Resende 4, Hugo Morais 5, Sérgio Castro 1, Pedro Maia Gonçalves 3 1 Serviço de Imagiologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho; 2 Departamento de Biologia Experimental, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; 3 Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho; 4 Serviço de Neurocirurgia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho; 5 Serviço de Neurologia, Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Portugal Introdução e Objectivos: O estudo dinâmico da coluna cervical e/ou da charneira crânio-cervical por ressonância magnética (RM) prolonga o tempo de exame e pode ser de execução exigente para o doente. No entanto é potencialmente mais informativo do que a tomografia computorizada ou o Rx em flexão/extensão, porque permite uma melhor avaliação do espaço útil canalar em relação aos elementos nervosos. O valor clínico da RM dinâmica e o seu custo-benefício é controverso na literatura. Com o objectivo de esclarecer a importância para a prática clínica deste método e avaliar a nossa experiência recente, foi efectuada uma revisão de casos clínicos. Métodos: Revisão dos casos de doentes que realizaram RM dinâmica cervical e/ou da charneira crânio-cervical para investigação de patologia degenerativa, congénita, traumática, doenças inflamatórias/imunes, para planeamento cirúrgico ou avaliação após cirurgia de 01/10/2012 a 30/01/2014. A técnica de RM dinâmica foi adicionada ao protocolo normal de estudo por RM da coluna cervical, e foi adaptada para cada doente, incluindo sequências T2 TSE ou volumétricas T2 SPACE no plano sagital em posição neutra, flexão e extensão e/ou com movimentos laterais. Resultados: A distribuição dos casos (n=25) quanto à patologia foi a seguinte: os odontoideum (n=1), artrite reumatóide (n=1), amiotrofia monomélica (n=1), pseudoxanthoma elasticum (n=1), trauma (n=3), síndromes pós-artrodese (n=4), pós-cirurgia de Chiari I (n=1), pós-cirurgia de meningioma da charneira occipito-cervical (n=1), esclarecimento de síndromes clínicos/planeamento cirúrgico de doença degenerativa disco-vértebro-ligamentar (n=12). Qualitativamente, houve uma perda ligeira de sinal anterior nas imagens obtidas, que não foi considerada relevante para a interpretação dos exames. A RM dinâmica acrescentou informação em relação ao estudo estático e revelou alterações ocultas dependentes do movimento. Conclusão: A RM dinâmica da coluna cervical e da charneira occipito-cervical, na nossa experiência, foi útil clinicamente, particularmente para casos seleccionados, com estudo adaptado e avaliação multidisciplinar

12 > Comunicações ORAIS Tratamento cirúrgico das espondilolistesis de alto grau. As vantagens da redução. A experiência do Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Miguel Nascimento, Manuel Caetano, Sandra Santos, Carlos Pina, Paulo Lourenço, Carlos Jardim Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Unidade de Patologia da Coluna Vertebral Introdução: A importância da redução no tratamento cirúrgico da espondilolistesis é ainda controversa, pelas suas potenciais complicações nomeadamente a lesão neurológica, o aumento do tempo operatório e a perda de redução pós-operatória. O propósito deste trabalho foi o de comparar a artrodese in situ com a artrodese após redução cirúrgica, no que respeita aos resultados clínicos e radiológicos. Material e Métodos: Efectuámos uma pesquisa nas bases de dados da PubMed, Ovid MEDLINE, Cochrane, CINAHL e Google Scholar, utilizando a Keyword spondylolisthesis em combinação com surgery, reduction, in situ, high-grade, lumbar spine, lumbar instability e fusion. Resultados: Selecionaram-se oito estudos, que incluiam165 procedimentos que envolviam a redução e a artrodese e outros 101 que envolviam a artrodese in situ, sem redução. Os casos envolvendo a redução estavam associados a uma significativa redução da taxa de deslizamento (p<0.002) e do ângulo de deslizamento (p<0.003), em comparação com os casos artrodesados in situ. Também a percentagem de pseudartrose foi mais elevada entre o grupo de casos artrodesados in situ comparativamente com o grupo em que foi efectuada a redução da listesis (17.8% comparados com 5,5%, respectivamente, p=0.004). Os défices neurológicos não apresentaram prevalência significativa entre o grupo em que foi efectuada a redução quando comparados com a ocorrida no grupo artrodesado in situ (7.8% versus 8.9%, p=0.8). Discussão e Conclusões: Com base na análise destas séries, a redução das espondilolistesis de elevado grau melhora significativamente a biomecânica do ráquis, pela correcção da deformidade cifótica local e pela redução do deslizamento vertebral. A redução não está associada a um risco acrescido de complicações neurológicas quando comparada com a artrodese in situ. Estes dados estão de acordo com a nossa experiência e garantem a curto e a médio prazo excelentes resultados clínicos. Avaliação clínica e funcional de 30 vertebroplastias realizadas no contexto de fractura vertebral osteoporótica R. Correia Domingos, João Sarafana, Pedro Diniz, João Froufe, Luís Cardoso, Estanqueiro Guarda, João Gomes Peres Hospital Ortopédico de Sant Ana, Parede Introdução: A osteoporose é uma doença sistémica de carácter progressivo, caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela deterioração da microarquitectura do osso, resultando no aumento da fragilidade óssea. Recentes estudos revelam que aproximadamente 30% das fracturas osteoporóticas ocorrem na coluna vertebral, por colapso ou implosão do osso trabecular enfraquecido, sendo que nas idades entre os 60 e os 90 anos essa incidência aumenta 10 vezes nos homens e 20 vezes nas mulheres. Apesar da maioria das fracturas vertebrais osteoporóticas serem estáveis e consolidarem em poucos meses, muitas outras associam-se a alterações estruturais importantes ou a dor intensa e refractária, obrigando a tratamento cirúrgico. A vertebroplastia percutânea (VP), injecção percutânea de cimento ósseo - polimetilmetacrilato (PMMA), tem sido cada vez mais utilizada no tratamento da fractura vertebral osteoporótica, reforçando o osso enfraquecido e aliviando significativamente a dor local Material e Métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo dos doentes submetidos a vertebroplastia percutânea entre Janeiro de 2009 e Maio de Todos os doentes foram avaliados no pré-operatório com Rx e TAC da coluna dorso-lombar. A dor pré e pós-operatória foi avaliada através da escala visual analógica (VAS) e a incapacidade resultante da dor foi quantificada utilizando o índice de incapacidade de Oswestry 2.0. Questionou-se ainda os doentes sobre se voltariam a realizar o mesmo procedimento na presença de nova fractura vertebral osteoporótica dolorosa. A avaliação foi realizada por entrevista em consulta e a média de tempo entre as VP e a entrevista foi de 27 meses. Os dados foram analisados em SPSS através da realização de teste t para amostras emparelhadas, e o teste Wilcoxon (não paramétrico) sendo considerados valores de p<0,05 estatisticamente significativos. Como critérios de exclusão utilizámos a ausência de osteoporose ou dor, a melhoria franca da dor com a terapêutica analgésica e as VP realizadas para reforço vertebral em cirurgias com instrumentação Resultados: Foram avaliadas 30 VP em 18 doentes com fractura vertebral osteoporótica dolorosa. Todos os doentes eram do sexo feminino, com média de idades de 71 anos. No período pré-operatório os doentes apresentavam dor média de 9 (VAS), e uma incapacidade funcional de 86% pela escala de Oswestry 2.0. À data da entrevista clínica e com um follow-up médio de 27meses os doentes referiram apresentar uma dor média de 3 e uma incapacidade funcional média de 24%. Ambas as comparações apresentaram significado estatístico (p<0,05). Na interpretação do índice de Owestry 2.0 destaca-se que 12 casos (66%) tiveram resultado considerado excelente. Dos doentes estudados 87.5 % responderam afirmativamente, face à vontade de submeterem a uma nova VP em caso de nova fractura. Discussão: Os resultados obtidos na nossa série demonstram claramente uma redução da dor e um aumento da capacidade funcional do doente após realização de vertebroplastia. Todos os doentes intervencionados em apenas uma vértebra obtiveram resultados funcionais avaliados como excelentes. Os dois doentes em que não houve melhoria pós- -operatória, corresponderam em ambos os casos, a vertebroplastias realizadas em mais do que 2 vértebras. A vertebroplastia percutânea (VP), corresponde então, a um procedimento cirúrgico de grande eficácia no tratamento da fractura vertebral osteoporótica, tendo como objectivo primordial o tratamento da dor e não a correcção da deformidade Conclusão: Os resultados obtidos na nossa casuísta estão de acordo com os referenciados nas melhores séries da literatura actual e mostram claramente a importância da VP na melhoria da dor e da incapacidade provocada pelas fracturas vertebrais

13 > Comunicações ORAIS Fixação percutânea no tratamento de fracturas vertebrais toraco-lombares. Resultados preliminares Sandra Santos, Manuel Caetano, Miguel Nascimento, Carlos Pina, Paulo Lourenço, Carlos Jardim Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Unidade de Patologia da Coluna Vertebral Objetivo: Avaliar os resultados preliminares do tratamento de doentes portadores de fracturas toraco-lombares da coluna vertebral através da fixação transpedicular percutânea. Material e Métodos: Foram avaliados 35 doentes com o diagnóstico de fractura vertebral toraco-lombar. Todos os doentes foram tratados por técnica percutânea, com fixação por via posterior sem artrodese. Os parâmetros radiológicos utilizados na avaliação dos doentes foram: cifose segmentar, colapso vertebral, acunhamento anterior e redução do canal vertebral e as complicações relacionadas com o loosening ou falência dos implantes. Estes parâmetros foram avaliados no pré-operatório, pós-operatório e no final do seguimento. Os resultados clínicos e funcionais foram avaliados pela Escala Visual Analógica (EVA) e pelo Oswestry Disability Index (ODI). Resultados: O tempo operatório médio foi de 70 minutos. As perdas sanguíneas intra-operatórias registaram uma média de 75 ml. O seguimento médio foi de 9 meses. A análise clínica preliminar foi realizada através da avaliação subjetiva dos resultados da cirurgia, e todos os doentes apresentaram um pós-operatório pouco doloroso e todos se mostraram satisfeitos com o procedimento cirúrgico efectuado. Apresentaram um ODI médio final de 20%. A avaliação radiográfica evidenciou adequado posicionamento dos implantes, manutenção da fixação inicial, ausência de sinais de loosening ou falência dos implantes. Conclusão: A utilização da fixação transpedicular percutânea no tratamento de alguns dos tipos de fraturas toraco- -lombares da coluna vertebral representa uma boa opção de tratamento, apresentando os doentes menor sofrimento no pós-operatório, uma mais rápida recuperação funcional e resultados clínicos e radiográficos comparáveis aos obtidos com as técnicas convencionais. Tratamento cirúrgico da espondilolistese degenerativa e ístmica da coluna lombar Avaliação clínica, funcional e radiológica com follow-up mínimo de 3 anos R. Correia Domingos, Pedro Diniz, João Sarafana, João Froufe, Luís Cardoso, Estanqueiro Guarda, Gomes Peres Hospital Ortopédico de Sant Ana Parede Objectivo: Avaliação clínica, funcional e radiológica de 50 doentes com espondilolistese degenerativa e ístmica, submetidos a descompressão neurológica, artrodese e instrumentação com parafusos pediculados via posterior. Introdução: A Espondilolistese é uma entidade clínica que se traduz no deslizamento de uma vértebra sobre a vértebra do nível seguinte, podendo ocorrer no sentido anterior, posterior ou lateral. São várias as etiologias que estão na sua base, sendo que pela prevalência na população destacam-se a espondilolistese de origem degenerativa e de origem ístmica. Apesar da acção importante dos métodos terapêuticos não cirúrgicos, a cirurgia constitui-se como o método mais efectivo no tratamento desta patologia. A descompressão neurológica isolada, ou associada a artrodese vertebral com ou sem instrumentação representam as principais opções cirúrgicas para o tratamento da espondilolistese. Métodos: Foram avaliados retrospectivamente 50 doentes, sendo 25 portadores de espondilolistese degenerativa (ED) e 25 portadores de espondilolistese ístmica (EI), submetidos a tratamento cirúrgico e com follow-up mínimo de 3 anos. A avaliação clínica e funcional foi efectuada em consulta através do índice clínico de incapacidade (Oswestry 2.0), da escala analógica visual da dor (VAS) e do questionário de estado de saúde global SF-36. A avaliação radiológica consistiu na medição pré e pós operatória da percentagem de deslizamento vertebral, no ângulo de deslizamento, no ângulo de lordose lombar e no ângulo de inclinação do sacro. A análise estatística foi feita em SPSS através do teste T de student, considerando significância estatística valores de p<0,05. Resultados: A dor pré-operatória foi quantificada em média de 8,73 (ED-8,88; EI-8,46) e pós-operatória de 2,92 (ED-3,08; EI-2,61). O índice de Oswestry pré-cirúrgico foi em média de 67,12 (ED-68,52; EI-64,44) e pós cirúrgico foi de 21,56 (ED-22,58; EI-19,12). Na avaliação do score global de saúde SF36 também se verificou uma melhoria significativa nos parâmetros relacionados com actividade física e saúde mental. As três variáveis descritas apresentaram variação com significância estatística para p<0,05. A percentagem de deslizamento vertebral pré-operatória foi de 21% (ED-16.6; EI-28,46) e pós operatória de 12% (ED-7,8; EI-19). O ângulo de lordose lombar e o ângulo de inclinação do sacro pré e pós-cirúrgicos não obtiveram variações com significância estatística. Conclusão: Os autores concluem que o tratamento cirúrgico da espondilolistese degenerativa ou ístmica com recurso a descompressão neurológica e artrodese com recurso a instrumentação com parafusos pediculares, está associada a significativa melhoria clínica e funcional dos doentes. Nos dois grupos estudados obtiveram-se indices clínicos com claro significado estatístico. A ausência de redução total da listese prévia não está associada a piores resultados clínicos

14 > Comunicações ORAIS 26 Significado da posição de cage intersomática em TLIF Pedro Santos Silva, Pedro Monteiro, Paulo Pereira, Rui Vaz Serviço de Neurocirurgia Centro Hospitalar S. João Introdução: Na realização de uma artrodese lombar intersomática procura-se a melhor preservação possível do alinhamento sagital da coluna lombar e do segmento intervencionado. Neste estudo avaliamos o impacto da posição da cage intersomática em relação com vários parâmetros radiológicos de um grupo de doentes submetidos a TLIF (transforaminal lumbar interbody fusion) a um nível. Métodos: Avaliámos um grupo de 53 doentes aos quais foram determinados em radiografia pré e pós-operatória as alturas anterior e posterior e o ângulo segmentar do disco intervertebral intervencionado e níveis adjacentes, assim como a lordose lombar. Em TC pós operatória foram medidas as distâncias da cage às margens anterior e posterior do prato vertebral respectivo e sua obliquidade. Foram também avaliados grau de fusão, colapso da cage nos pratos vertebrais e critérios de Odom de resultado clínico da cirurgia. Resultados: Verificou-se uma média de aumento da lordose lombar de 2 após cirurgia. Apenas as alturas posteriores dos discos se modificaram significativamente (intervencionado: +0,8mm; adjacente superior: -0,9mm; adjacente inferior:- -0,7mm). Em média, a cage intersomática (32 mm x 10 mm biconvexa em 72%) situou-se uma distância de 2,7 mm da margem anterior do prato vertebral e 6,4 mm da margem posterior, com uma inclinação de 60 em relação às apófises transversas. As variáveis correspondentes à posição da cage não se correlacionaram significativamente com os parâmetros radiológicos segmentares do nível intervencionado, lordose lombar, grau de fusão, colapso ou critérios de Odom, no entanto a distância da cage à margem posterior do prato vertebral correlacionou-se positivamente com a lordose segmentar do segmento operado. O benefício na lordose lombar resultou de um aumento do ângulo do segmento operado e da perda de altura posterior do disco adjacente superior. Conclusão: Numa artrodese intersomática lombar, a posição antero-posterior e a angulação da cage não parecem ter uma repercussão importante nas alterações dos parâmetros radiológicos segmentares e de alinhamento sagital da coluna lombar. Neste trabalho não foi possível determinar tradução clínica dos parâmetros relacionados com a cage. Resultados clínicos e imagiológicos das artrodeses cervicais anteriores Vera Resende, Ricardo Frada, Fernando Leal, João Teixeira, Carlos Queirós, Artur Teixeira, Bessa da Silva Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga Introdução: A prevalência de patologia degenerativa cervical é apenas ligeiramente inferior à da região lombar. Com a idade, o ratio sulfato de queratina-sulfato de condroitina aumenta e a quantidade de água diminui, o que leva ao início de uma cascata de eventos degenerativos secundários: diminuição da altura do disco; aumento da mobilidade segmentar, osteófitos, espessamento do ligamentum e atrose das facetas - o que pode causar conflito com o conteúdo neural. A apresentação clínica da espondilose pode ser: cervicalgia, radiculopatia e/ou mielopatia. Objectivos: Os objectivos deste trabalho são descrever os resultados clínicos e imagiológicos da fusão cervical no tratamento da patologia cervical degenerativa. Métodos: Realizou-se um estudo retrospectivo dos pacientes submetidos a artrodese cervical anterior entre 01/01/2000 e 31/12/2011. Os pacientes foram submetidos a uma avaliação funcional através do questionário funcional Neck Disability Index (NDI), dos critérios de ODOM e da escala visual analógica (EVA). A taxa de fusão cervical foi determinada pelo estudo radiográfico anteroposterior e lateral cervical. A taxa de fusão foi dividida em 3 tipos, de acordo com o método proposto por Kim et al: (1) Tipo I (pseudartrose) definido como a ausência de pontes ósseas entre o enxerto e os corpos vertebrais, apresentando-se como um defeito radiolucente ou sinal do halo; (2) Tipo II) (duvidosa) definido como os casos que não cumprem os critérios do tipo I ou do tipo III; (3) Tipo III (fusão) definido como a presença de pontes ósseas no limite das plataformas vertebrais da vértebra adjacente ou pontes ósseas formadas nas porções anterior e posterior da cage. Estatisticamente foi aplicado o teste ANOVA, o estudo de regressão e o Teste T. Resultados: Foram avaliados um total de 123 pacientes, dos quais 65 eram do sexo masculino e 58 do sexo feminino, com uma idade média de 57 anos (21-88 anos). O tempo médio de follow-up foi de 44.1+/ meses (25-69 meses). Cinco pacientes foram submetidos a artrodese cervical anterior por fratura cervical, pelo que foram excluídos. Incluíram-se 52 pacientes com radiculopatia e 66 com mielopatia. Obteve-se uma taxa de consolidação de: Tipo I, 10%; Tipo II, 13,3%; Tipo III, 76,7%. Noventa por cento dos pacientes foram submetidos a artrodese com cage e dez por cento com placa. Verificou-se a presença de evolução de degenerescência do nível adjacente em 3,3-10% dos casos. A taxa de reoperação foi de 3,3%. A avaliação clínica resultou num NDI médio de 35%, uma VAS média de 2 e ODOM de 3. O teste de ANOVA permitiu verificar que as mulheres obtiveram um maior NDI (P<0,01), o que não se verificou com os critérios de ODOM. Da mesma forma o resultado da EVA não foi estatisticamente diferente entre o grupo das mulheres e dos homens (p=0,06), apesar de mostrar uma clara tendência a ser superior no grupo do sexo feminino. O estudo de regressão e o Teste T permitiram mostrar que à medida que aumenta o NDI aumenta o critério de ODOM (p<0,0001), da mesma forma a EVA é tanto maior quanto maior o NDI (p<0,0001). Conclusão: A descompressão e fusão anterior tem múltiplas vantagens: permite a remoção directa da maioria das lesões que causam a radiculopatia cervical; permite a descompressão indirecta das raízes nervosas; tem uma baixa taxa de complicações com a ferida cirúrgica (a incisão é esteticamente preferível, tem uma menor dissecção muscular e menos dor pós-operatória) e uma baixa taça de infecção. Os resultados clínicos e imagiológicos deste estudo mostram boas taxas de sucesso relativamente a: dor, taxa de consolidação e NDI. 27

15 > Comunicações ORAIS Influência das variáveis Índice de Massa Corporal e Idade no follow-up pós cirúrgico de espondilolistese degenerativa R. Correia Domingos, Pedro Diniz, João Sarafana, Teresa Oliveira, António Correia, Luís Cardoso, Estanqueiro Guarda, Gomes Peres Hospital Ortopédico de Sant Ana Parede Objectivo: Avaliar a influência do IMC e da idade no follow-up clínico e funcional dos doentes submetidos a cirurgia por espondilolistese degenerativa. Introdução: A espondilolistese degenerativa (ED) constituí o tipo de espondilolistese mais prevalente e na maioria dos casos ocorre ao nível de L4-L5. A sua ocorrência está directamente relacionada com aspectos degenerativos a nível da coluna lombar, sendo prevalente em mais de 10% das mulheres acima dos 60 anos. As técnicas cirúrgicas evoluíram no sentido de optimizar a fixação vertebral após descompressão, com o intuito de aumentar a taxa de artrodese. A idade avançada associada à osteoporose e o índice de massa corporal (IMC) elevado com o aumento da sobrecarga lombar parecem ser determinantes importantes no follow-up da correcção cirúrgica desta patologia. Métodos: Os doentes foram seleccionados e divididos, de forma a constituir 6 grupos diferentes cada um com 20 doentes: doentes com <65anos; doentes com >65 anos; doentes com IMC<30; doentes com IMC>30; doentes com <65 anos e IMC <30 e doentes com >65 anos e IMC>30. A avaliação funcional foi efectuada com base em entrevista clínica baseada no índice funcional de Oswestry 2.0, e na escala visual analógica (VAS). Radiograficamente foi avaliada o grau de correcção da listese inicial com base na percentagem de deslizamento. Os análise estatística foi efectuada em SPSS utilizando o teste t de student com valores de significância estatística para p<0.05. Resultados: O follow-up pós-cirúrgico médio à data da avaliação clínica foi de 37 meses. Na avaliação da influência da variável idade, obtiveram-se índices oswestry pós-operatórios médios de 20,75 (<65 anos) e de 24,6 (>65 anos), sem significado estatístico (p=0,32). O mesmo foi verificado a nível dos valores da VAS. Na avaliação da influência da variável IMC, obtiveram-se índices de oswestry pós-operatórios médios de 20,07 (IMC<30) e de 24,96 (IMC >30) não se traduzindo em significância estatística (p=0,36), o mesmo acontecendo para os valores da VAS. Na análise da variável idade >65 anos e IMC 30, obtiveram-se índices de owestry médios pós-operatórios de 31,36 (>65 anos e IMC >30) e de 16,5 (<65 anos e IMC <30). Na avaliação dos valores da VAS obteve-se 3,8 (>65 anos e IMC >30) e 1,7 (<65 anos e IMC <30). Estes valores tiveram significado estatístico com p=0,01 e p=0,04 respectivamente. Na análise dos índices radiográficos não houve variações estatisticamente significativas. Conclusão: Os resultados deste estudo apontam para que a idade superior a 65 anos e o IMC acima de 30, quando isolados, não constituem factores determinantes para piores resultados funcionais pós-cirúrgicos. Quando associados, levam a resultados funcionais piores quando comparados aos outros grupos estudados. Os autores ressaltam a necessidade de um esclarecimento prévio ao doente, reforçando o incentivo à perda de peso e ao controlo da osteoporose. Artrodese 360 o por técnicas mini invasivas no tratamento das espondilodiscites André Pinho, Vitorino Veludo, Francisco Serdoura, Manuel Santos Carvalho, Rui Pinto Serviço de Ortopedia Centro Hospitalar S. João Introdução: A espondilodiscite é uma patologia em recrudescimento, com o aumento da esperança de vida, com complicações médicas e ortopédicas severas, e taxas de morbilidade e mortalidade elevadas. O tratamento médico permanece o princípio básico, mas em determinadas situações a intervenção cirúrgica é inevitável. Material: 5 doentes submetidos a tratamento cirúrgico por espondilodiscite entre 1 Janeiro de 2012 e 31 Junho 2013 com recurso a técnicas mini invasivas. A indicação decorreu da existência de um dos seguintes critérios: abcesso epidural, défice neurológico, deformidade vertebral significativa, progressão da doença e dor refractária. MÉtodos: Avaliação dos parâmetros: idade, sexo, clínica, nível da lesão, bacteriológico, escala de Frankel, abordagem cirúrgica, antibioterapia, complicações. Estudo radiológico em chassis longo (F+P): alinhamento sagital, cifose e fusão. Acompanhamento prospectivo dos doentes com avaliação clinica, imagiológica e laboratorial seriada em consulta. Resultados: Predomínio sexo masculino 3 casos, média de idades 55 anos. Localização lombar 4; dorsal 1. Tempo médio diagnóstico 16 semanas. O sintoma predominante dor. Défices neurológicos 20% ( Frankel C ). Factores de risco diabetes 40 %; IRcrónica em diálise 20 % infecção extra-espinhal 20%. Os agentes mais identificados: Staphylococcus Aureus 2; E. Coli 1 caso ; Enterobacter 1 caso: Sem isolamento 1. Recurso vancomicina c/ meronem 5. Procedimento cirúrgico: DLIF + Fixação percutânea transpedicular 4 // TLIF com MAST + FVPT. Complicação: Radiculopatia com necessidade de revisão instrumentação 1 caso. Resolução da infecção tempo médio de cura clinica,i magiológica e laboratorial 4 meses. A Escala de Frankel: Melhoria de 1 classe. Critérios de MacNab: 4 excelentes, 1 bom. Fusão 3 meses. Cifose com melhoria de 10º. Discussão: A espondilodiscite deve ser considerado nos casos de raquialgia severa, aguda ou sub-aguda, acompanhada de sintomas sistémicos. O desfasamento entre o início dos sintomas e o diagnóstico, associa-se com agravamento do estado geral. A recaída supera os 25% quando se realizam menos de 4 semanas de medicação parentérica. Algumas escola de cirurgiões da coluna opta pela abordagem anterior do foco de infecção, por permitir o acesso directo ao disco e corpo infectados, desbridamento radical e colocação do enxerto estrutural numa posição correcta. A instrumentação corrige a cifose local, diminui o stress axial e evita a perda da redução. Permite a mobilização e o levante precoce. Deve-se proceder a uma adequada preparação das plataformas vertebrais para evitar o colapso do enxerto. As más condições anestésicas que os doentes no momento da intervenção e as co-morbilidades da toracotomia ou lombotomia clássicas, levou os autores a optar por abordagens miniinvasivas que permitam limpeza e preparação da area de fusão intersomáticas por abordagens miniinvasivas. A taxa de fusão e de cura é completa. Conclusão: No tratamento da espondilodiscite pretende-se erradicar a infecção, prevenir ou minimizar o dano neurológico, manter a estabilidade vertebral e prevenir deformidades tardias. Embora o procedimento cirúrgico ideal para restaurar a estabilidade se mantenha em debate, é consensual que a limpeza do foco de infecção, por via anterior ou posterior, preenchimento com enxerto e a estabilização, para obtenção da fusão, são pedras basilares no tratamento da espondilodiscite

16 > posters Choque Séptico por Piomiosite / Fasceíte Necrotizante do Erector da Espinha Caso Clínico M. Santos Carvalho, Artur Antunes, Filipe Duarte, F. Serdoura, A. Pinho, N. Neves, R. Pinto Grupo da Coluna, Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar São João Objetivo: Apresentar caso clínico de piomiosite/fasceíte necrotizante do erector da espinha submetido a desabridamento cirúrgico. Caso Clínico: Homem, 54 anos, admitido nesta UCI após transferência de Hospital Privado, por choque séptico com ponto partida provável em celulite dorsal com MODS - renal, neurológica, coagulopatia, lactacidemia para início de TSFR por acidemia e oligoanúria. Por elevação persistente dos marcadores inflamatórios, foi diagnosticada (RMN) extensa colecção abcedada dos músculos paravertebrais de D11 a S4, com piomiosite e fasceíte extensa, tendo sido efectuada desbridamento cirúrgico com resultado anatomo-patológico de Fasceíte Necrotizante. No pós-operatório apresentou instabilidade hemodinâmica e respiratória, pelo que re-iniciou hemodiálise, e suporte vasopressor, tendo tido como complicação episódio de paragem cardio-respiratória com actividade eléctrica sem pulso, secundária a tamponamento cardíaco, em contexto urémico e sobrecarga de volume. Por apresentar novamente febre e elevação da PCR, foi identificada novamente colecção líquida de D12 a S1 e no músculo erector da espinha direita, tendo sido submetido a drenagem percutânea. Desde essa altura manteve evolução favorável, com apirexia sustentada, descida progressiva da PCR, melhoria da disfunção renal, com suspensão de suporte dialítico, e trocas gasosas preservadas. Ao longo do internamento teve como complicações desenvolvimento de escara sacro-coccígea e de miopatia por desuso/doente crítico marcada, sem autonomia na deambulação, pelo que foi iniciado plano de reabilitação física. Após 2 meses internamento, à data da alta hospitalar apresentava-se hemodinamicamente estável, em apirexia sustentada, sem sinais de dificuldade respiratória, sem alterações de relevo ao exame objectivo, para além dos défices motores. Foi transferido para o serviço de Medicina Física e de Reabilitação, para programa de reabilitação, orientado para consulta externa de Ortopedia do CHSJ. Discussão: Piomiosite primária (PMP) do erector da espinha é uma infecção bacteriana aguda primária que é endémica em regiões tropicais, mas rara em zonas temperadas. Descrita pela primeira vez por Scriba em 1885, a PMP afeta pacientes jovens, ajuste (geralmente masculino), com idade média de 28 anos. Os fatores precipitantes normalmente não são aparentes, apesar de trauma muscular e esforço físico terem sido implicados. O microorganismo mais comum é o S. aureus em 75% a 90% dos casos, embora, Hemoculturas podem ser negativas em mais de 50% casos. O envolvimento eretores da espinha é extremamente rara. A PMP tem sido cada vez mais reconhecido em zonas temperadas normalmente em pacientes idosos com comorbidades. Evolui normalmente através de três fases clínicas distintas. Na primeira fase, mal-estar, febre, e vaga mialgia extensão até 4 semanas. Na segunda fase, mialgia focal cada vez mais intensa, edemas generalizados e febre. Em casos não tratados ou negligenciados, desenvolve fase final de septicemia e choque séptico. A RMN é o método eleição para diagnóstico. Pode ser tratada apenas com aspiração percutânea e antibióticos intravenosos, no entanto, uma descompressão/desbridamento urgente podem ser necessários (por deterioração neurológica ou septicemia sistémica) em cerca de 50%. Conclusão: Os autores alertam para este diagnóstico raro de infecção músculos paravertebrais que deve ser sempre considerada na presença de lombalgia e, em especial quando associada sinais clínicos de sepsis. Luxação C6-C7 ou Ausência Pedicular Cervical Congénita? Manuel Dos Santos Carvalho, André Sá Rodrigues, Filipe Duarte, Artur Antunes, Nuno Neves, Francisco Serdoura, Rui Pinto Grupo da Coluna, Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar São João Introdução: Anormalidades do arco posterior, incluindo ausência/hipoplasia das estruturas posteriores e espondilolise cervical são comummente encontradas acidentalmente após um episódio traumático. Estas alterações complexas são extremamente raras e com um elevado potencial de erro diagnóstico, especialmente em casos de traumatismo agudo. Caso Clínico: Mulher, 56 anos, admitida no serviço urgência após acidente viação. Refere cervicalgia intensa, negando parestesias. No exame objectivo apresenta dor palpação mediana coluna cervical, não havendo qualquer alteração ao exame neurológico sumário. Sem outras queixas ou alterações ao restante exame objectivo. No estudo radiográfico apresentava sub luxação C6-C7, pelo que se manteve imobilização cervical e realização TC cervical Anterolistesis C6/C7, que justifica pseudo-alargamento do canal vertebral central, adjacente a este espaço intersomático. Malformação congénita do arco posterior de C6 com presença de espinha bífida oculta, a que se associa hipoplasia dos processos articulares superiores das respectivas articulações interfacetárias. Ausência de fusão dos pedículos vertebrais de C6, com esclerose da cortical óssea adjacente aos topos ósseos. Este aspecto imagiológico favorece a hipótese de malformação congénita.. Optou-se pelo tratamento conservador com ortótese cervical antálgica por 2 semanas e medicação analgésica. Realizou Rx dinâmicas e RMN que não detectaram qualquer instabilidade cervical ou quaisquer outras alterações. Melhoria funcional e sintomática completa às 4 semanas, tendo tido alta clínica. Discussão: A ausência pedicular cervical é uma alteração congénita rara com potencial de erro diagnóstico clínico e radiológico. A sua patogénese embriológica ainda não é conhecida. Menos de cem casos foram descritos na literatura desde a sua primeira descrição há 70 anos. Wiener descreveu as principais características da ausência pedicular cervical congénita: foramen ipsilateral aumentado, apófise articular ipsilateral displásica e desviada dorsalmente e apófise transversa ipsilateral displásica. Outras alterações estão associadas a este tipo de malformação são a espinha bífida oculta e outras alterações elementos posteriores. Em geral, estas anomalia é diagnosticada acidentalmente após avaliação radiografia em contexto de traumatismo agudo. A cervicalgia é o sintoma mais comum, podendo haver parestesias membro superiores associadas, havendo na maioria dos casos um exame neurológico normal. Na avaliação inicial com Rx, é frequente uma má interpretação pois simula um bloqueio facetário, fractura unilateral de facetas ou patologia tumoral da raiz. A realização de TC tem ajudado no entendimento destas alterações congénitas. A literatura actual sugere o tratamento conservador (repouso, analgesia e relaxante muscular, MFR) como de eleição nos casos de ausência pedicular cervical congénita. A opção cirúrgica só está indicada nos casos de instabilidade. Conclusão: A ausência pedicular cervical congénita é uma malformação rara. Uma avaliação cuidadosa de Rx cervicais, tendo em conta as alterações produzidas nesta anomalia, podem fazer um diagnóstico correcto. O reconhecimento desta entidade, e a sua diferenciação com fractura/luxação cervical aguda é fundamental. A realização de TC coluna cervical, em conjunto com Rx ajuda na confirmação diagnostica de modo a se proceder a um correcto plano terapêutico. O conhecimento e consciência desta entidade nosológica é fundamental dado que pode prevenir um diagnostico errado com plano terapêutico inapropriado

17 > posters Luxação bifacetária C5-C6 Caso Clínico Marcos Carvalho, Pedro Ferreira, Sandra Santos, Miguel Nascimento, Bruno Carvalho, Gonçalo Costa, António Mendonça Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Introdução: A luxação facetária subaxial do segmento cervical, é uma lesão pouco comum, embora grave dado o elevado potencial de lesão neurológica que condiciona. Esta, mais frequente nos segmentos C5-C6 e C6-C7, apresenta um elevado potencial de instabilidade, devendo ser abordada cirurgicamente sempre que a descompressão de estruturas nervosas não possa ser alcançada mediante tratamento conservador. O objectivo do tratamento cirúrgico compreende a descompressão, redução e estabilização do segmento cervical, existindo para o efeito diferentes vias de abordagem e alternativas terapêuticas (anterior, posterior ou anterior e posterior combinadas). Caso clínico: Doente do sexo masculino, 68 anos, recorre ao Serviço de Urgência (SU) de forma autónoma por cervicalgia pós queda de tractor com 24 horas de evolução. Objectivamente com Escala de Glasgow de 15 - (O4V5M6) com marcha preservada sem aparentes défices sensitivo- -motores dos membros inferiores. Verificava-se défice motor do ombro esquerdo com limitação total de abdução, rotação externa e elevação escapular. A sensibilidade e função motora encontravam-se preservadas ao nível do punho e dedos ipsilaterais e apresentava reflexos miotáticos normais. Imagiologicamente verificou-se a existência de luxação anterior de C5-C6, com luxação posterior bilateral inter-facetária assimétrica. Registava-se ainda hematoma extra-dural, anterior, ao nível de C4-C5 adjacente a foco de edema/contusão medular. Colocou-se o doente em tracção cervical musculo-esquelética com compasso de Crutschfield no SU, tendo-se procedido a manobras de redução incruenta sem sucesso. O doente foi submetido a procedimento cirúrgico por via anterior e posterior combinadas. Primariamente realizou-se fixação das massas laterais de C3, C4 e C6 à esquerda e C3 e C6 à direita com parafusos poliaxiais por via posterior. Seguidamente realizou-se discectomia cervical anterior e artrodese com aplicação de enxerto autólogo tricortical da crista ilíaca ântero-superior, suportado por um sistema de fixação rígida por placa auto-estável (CSLP) com dois parafusos convergentes em C5 e outros dois em C6. O pós operatório imediato decorreu sem intercorrências tendo tido alta ao 7º dia. Aos 2 meses de pós operatório, o doente mantém colar tipo Philadelphia, são evidentes sinais radiológicos de fusão intersomática e regista-se uma evolução clínica favorável com o doente com marcha autónoma, apresentando como défice único uma radiculopatia C5 à esquerda com limitação motora, sobreponível à registada na entrada no SU. Discussão: A luxação facetária cervical isolada é uma lesão pouco frequente e muitas vezes subvalorizada pelo doente e subdiagnosticada pelo médico, podendo levar a atrasos de diagnóstico que potenciem quadros arrastados de deterioração neurológica. Esta subvalorização, verificada neste caso, deve-nos alertar para a importância de um exame objectivo rigoroso, com uma criteriosa avaliação da função neurológica. Dentro do tratamento considerado, a primeira opção passou pela tentativa de redução incruenta com tracção cervical com compasso de Crutshfield que se revelou inconsequente. Na presença de uma luxação irredutível, considerou-se a alternativa cirúrgica, discutida e abordada por uma equipa multidisciplinar (ortopedia e neurocirurgia), optando-se por uma via de abordagem combinada (posterior e anterior) permitindo uma redução por via posterior e fusão, seguida de aplicação de enxerto por via anterior coadjuvado por um sistema de fixação rígido com placa autoestável. A literatura refere que a abordagem inicial por via anterior com aplicação de enxerto pode tornar o segmento mais rígido, dificultando a redução da luxação, dado relevante na escolha inicial da abordagem, dada a gravidade e irredutibilidade da lesão. O objectivo do tratamento da lesão traumática cervical assume importância na descompressão de estruturas nervosas e na estabilização do segmento vertebral lesado, permitindo uma mobilização, reabilitação e recuperação funcional precoces dos doentes. Conclusões: A luxação bifacetária C5-C6 trata-se de uma lesão vertebral grave pela instabilidade osteoligamentar que provoca, com risco marcado de lesão medular por redução do diâmetro do canal vertebral. O tratamento cirúrgico através de uma abordagem combinada (posterior e anterior) revelou-se uma opção eficaz na redução e estabilização do segmento cervical, assumindo-se como uma alternativa terapêutica relevante a considerar. Fractura do processo odontoide caso clínico Marcos Carvalho, Miguel Nascimento, Carlos Pina, Pedro Simões, António Mendonça, Paulo Lourenço Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Introdução: A fractura do processo odontóide é o sub-tipo mais comum das fracturas de C2, constituindo cerca de 10-15% de todas as fracturas da coluna cervical. Grande parte dos casos surge em doentes idosos com osteoporose avançada, resultado de traumatismos de baixa energia, podendo em 5-10% dos eventos estar associado a lesão neurológica sob forma de Sindrome de Brown-Séquard, hemiparesia ou tetraparesia. Caso clínico: Mulher de 69 anos, enviada de instituição hospitalar com informação de fracturas do arco posterior de C1, processo odontóide ( do Tipo II - Classificação de Anderson e D Alonzo) e porção posterior do corpo de C2, na sequência de traumatismo cervical pós queda da própria altura. Como sintomatologia única referia cervicalgia intensa. Objectivamente, apresentava-se sem alterações pupilares, do estado de consciência ou défices sensitivo-motores dos membros. Foi confirmado o diagnóstico por TC cervical e mantida imobilização com colar tipo Philadelphia perspectivando o tratamento cirúrgico da fractura do processo odontóide a curto prazo. Restantes fracturas sem critérios de instabilidade segundo estudo imagiológico. A doente foi operada 4 dias depois tendo sido efectuada redução de fractura do processo odontóide e osteossintese com 1 parafuso canulado sob controlo de intensificador de imagem. O internamento decorreu sem intercorrências, tendo a doente iniciado levante às 24h de pós-operatório com colar cervical do tipo Zimmer e tido alta após 8 dias com imobilização cervical e orientação para seguimento em consulta. Discussão: A Fractura do processo odontóide independentemente do seu sub-tipo (I, II ou III da Classificação de Anderson e D Alonzo) está frequentemente relacionada com outras fracturas do segmento cervical. A opção pelo tratamento conservador neste tipo de fractura, passa pela imobilização com ortótese cervical durante 6-12 semanas, sendo no entanto controversa em relação às fracturas do tipo II, dada a elevada incidência de casos de pseudartrose que se verificam (36%). Neste caso, acrescendo a marcada osteoporose da doente, a abordagem cirúrgica por via anterior com fixação do processo odontóide ao corpo de C2, através de um parafuso canulado, foi a opção considerada, e que embora tecnicamente exigente, permite a obtenção de bons resultados a longo prazo. O pós-operatório deve considerar a utilização de ortótese cervical tipo Zimmer por um periodo de cerca de 3 meses e posterior confirmação imagiológica aos 6 meses da consolidação da fractura. Conclusões: A fractura do processo odontóide é a fractura mais comum do axis, estando presente em cerca de 41% dos casos. As principais complicações deste tipo de fractura são as lesões ocultas e a elevada incidência de casos de não consolidação, razões que justificam uma investigação diagnóstica criteriosa e uma escolha cuidada da opção terapêutica ideal em função do tipo de fractura

18 > posters Instabilidade Cervical Pós-Traumática tardia no doente idoso Acerca de um caso clínico Filipe Lima Santos, Tiago Pinheiro Torres, Maia Gonçalves, Rolando Freitas Serviço de Ortopedia, CHVNGaia/Espinho Pseudartrose e fractura do material após instrumentação posterior de escoliose degenerativa Filipe Lima Santos, Daniel Saraiva Santos, Maia Gonçalves, Rolando Freitas Serviço de Ortopedia, CHVNGaia/Espinho A instabilidade cervical pós-traumática tardia é uma patologia que muitas vezes escapa ao diagnóstico atempado, resultado de um curto seguimento pós-traumatismo. Esta entidade encontra-se definida como instabilidade que se manifesta mais de 20 dias após um traumatismo cervical adequadamente estudado, do qual não tenham resultado lesões, ou tenham resultado lesões menores, consideradas estáveis. O aparecimento de instabilidade pode manifestar-se, de acordo com casos descritos na literatura, até quase 2 anos após o traumatismo inicial. Descreve-se o caso de um paciente do sexo masculino, de 76 anos, vítima de queda de uma altura de aproximadamente 2m do qual resultou traumatismo directo occipital e da região dorsal. O paciente apresentava, à entrada, cervicalgia com intensidade 2/10 (Escala visual analógica), sem défices neurológicos, sensitivos ou motores, com um Score ASIA E. No Serviço de Urgência foi realizado estudo imagiológico com radiografia e tomografia computadorizada, verificando- -se fracturas sem desvio do bordo anterior da apófise transversa esquerda de C6 e fractura sem desvio da apófise articular direita de C7, com extensão ao corpo vertebral, lâmina e apófise espinhosa. Na tomografia computadorizada também eram observáveis alterações degenerativas discais, em C5-C6 e C6-C7. O doente foi imobilizado com colar cervical de Philadelphia e reavaliado 30 dias depois. À reavaliação, apresentava parestesias no dermátomo de C6 à esquerda, cervicalgia de intensidade 5/10 (Escala visual analógica da dor) e força muscular grau 3/5 a nível do membro superior esquerdo (classificação ASIA). No estudo radiográfico era observável uma atenuação da lordose cervical, com cifose e anterolistese C5-C6, grau I Meyerding, associada a protusão discal mediana e osteofitose, determinando obliteração anterior do espaço subdural. Verificava-se também agravamento da instabilidade cervical C5-C6 em flexão no estudo radiográfico. O paciente foi tratado cirurgicamente com artrodese cervical C5-C6 por via combinada - anterior e posterior - verificando-se reversão completa das queixas álgicas e neurológicas (parestesias e diminuição da força muscular) no espaço de 60 dias. A coluna cervical baixa (C3-C7) é uma secção da coluna vertebral com elevado grau de mobilidade, sendo, por esse motivo, mais vulnerável no evento de uma lesão traumática. O trauma cervical pode resultar num grande espectro de lesões, com manifestações variadas. Para a avaliação correcta do trauma cervical é fundamental uma abordagem metódica, de forma a minimizar o risco de não diagnosticar uma lesão instável. A utilização de meios complementares de imagem que permitem uma correta avaliação, não só óssea, mas ligamentar e discal, pode possivelmente apresentar vantagens na identificação precoce de instabilidade cervical de origem traumática. A patologia degenerativa da coluna vertebral compreende um grande espectro de alterações da normal anatomia e biomecânica desta região. O processo senescente, caracterizado por alterações como hipertrofia ligamentar, osteofitose ou degenerescência discal com herniação pode resultar em estenose do canal vertebral, com consequente sintomatologia neurológica compressiva. A associação com instabilidade (espondilolistese) ou deformidade (escoliose) pode agravar mais anda a compressão das estruturas nervosas intracanalares ou radiculares. O tratamento da patologia compressiva e deformante da coluna vertebral, passa geralmente pela instrumentação pedicular com artrodese. A evolução para pseudartrose é uma das principais complicações deste procedimento, especialmente em doentes de idade mais avançada. Descreve-se o caso de uma paciente do sexo de 78 anos, com queixas de lombociatalgia esquerda no território de L3-L4 de intensidade 8/10 (Escala visual analógica da dor), claudicação neurogénica, diminuição da força muscular grau 3/5 - nos músculos dependentes de L3 (classificação ASIA). No Estudo imagiológico foi possível observar uma escoliose degenerativa sinistro-convexa de centro em L2, com cifose da transição dorso-lombar. Após falência de tratamento conservador, foi realizada uma cirurgia de realinhamento axial com instrumentação pedicular por via posterior D8-Ilíaco, com interposição de aloenxerto ósseo autólogo da crista ilíaca. A cirurgia decorreu sem intercorrências, com correcção adequada da deformidade. A paciente evoluiu para uma pseudratrose L3-L4, assintomática durante os 2 primeiros anos após a intervenção cirúrgica, com resolução completa dos défices de força muscular - Grau 5/5 (classificação ASIA). Neste período verificou-se reaparecimento de dor lombar de intensidade 2/10 (Escala visual analógica da dor) e fractura do material - barra longitudinal direita. Ao longo do seguimento, verificou-se progressivo agravamento da dor lombar, com intensidade 5/10 (Escala visual analógica da dor) e fractura da segunda barra longitudinal. A paciente foi submetida a cirurgia de revisão, com nova artrodese com aloenxerto ósseo autólogo da crista ilíaca, e substituição das barras longitudinais. Com um ano de follow-up após cirurgia de revisão, verificou-se melhoria marcada das queixas álgicas, de intensidade 1/10 (Escala visual analógica Dor), esporadicamente. A taxa de evolução para pseudartrose com instrumentação posterior para deformidades degenerativas pode chegar aos 17%, segundo a literatura. A fractura do material de fixação pode ocorrer em até 70% nestas situações. A idade avançada, um grande número de vértebras instrumentadas, a associação de instrumentação com laminectomia, e cifose toraco-lombar são todos factores de risco identificados para a ocorrência de pseudartrose

19 > posters Fixação Percutânea em Fractura Dorsal Instrumentação longa como abordagem inicial de politraumatizado Sá Rodrigues A, Cacho Rodrigues P, Santos Carvalho M, Ribeiro da Silva M, Pinto R, Neves N Grupo da Coluna, Serviço de Ortopedia, Centro Hospitalar São João Tratamento Cirúrgico da Hipercifose Dorsal de Scheuermann no Adulto A Propósito de um Caso Clínico Joana Leitão, Sara Alves Silva, Diogo Santos Robles, Virgínia Amaral, Jorge Alves, Carlos Sousa Serviço de Ortopedia e Traumatologia Centro Hospitalar Tâmega e Sousa. Introdução: A presença de fracturas instáveis do esqueleto axial em politraumatizados é comum. O seu correto diagnóstico e consequentemente, o seu tratamento adequado, são essenciais para um prognóstico favorável. Dados recentes apontam para os benefícios da estabilização precoce de fraturas instáveis da coluna vertebral. A abordagem cirúrgica clássica está associada a tempos cirúrgicos longos e perdas significativas de sangue e como tal, o risco de complicações é elevado pelo que é necessário pesar os prós e contras do tratamento cirúrgico precoce. O desenvolvimento da cirurgia minimamente invasiva poderá alterar a abordagem destes doentes. Caso clínico: Mulher de 23 anos, sofreu queda de 3 metros com traumatismo craniano e contusão frontal, e da região dorso-lombar de que resultaram fracturas AO tipo A de T7, T8, T11, T12 e L1, e tipo B de T9 e T10, sem aparentes lesões medulares ou radiculares. Foi submetida a fixação percutânea (T5, T6, T11, L1, L2), tendo o pós-operatório decorrido sem intercorrências, com levante precoce e não necessitando de ortóteses. Retirou o material ao final de 1 ano, apresentando mobilidades preservadas e excelente resultado clínico e radiológico. Conclusão: Em pacientes politraumatizados a fixação precoce da coluna melhora o prognóstico clínico. Este caso ilustra o papel da fixação minimamente invasiva utilizando parafusos peliculares percutâneos na abordagem das fraturas instáveis da coluna em pacientes politraumatizados como uma cirurgia de controle de danos. Introdução: A Doença de Scheuermann define-se como uma hipercifose estruturada da coluna torácica ou toraco-lombar em que existe um acunhamento anterior superior a 5º de, pelo menos, 3 corpos vertebrais consecutivos. Tipicamente esta doença desenvolve-se na adolescência. A sua etiologia ainda é desconhecida. As indicações para tratamento incluem deformidade progressiva, dor, presença de défice neurológico, comprometimento cardio-respiratório e aspectos estéticos. O tratamento cirúrgico está indicado quando existe falha do tratamento conservador nos doentes com dor persistente e/ou com deformidade acentuada (Cobb superior a 75º). Na idade adulta o principal objectivo da cirurgia é o alívio da dor. A correcção da deformidade não deve ser demasiado ambiciosa, não devendo exceder 50% do Cobb, porque neste escalão etário os riscos neurológicos e de falência da instrumentação são maiores. Os autores apresentam um caso clínico de uma doente com hipercifose dorsal de Scheuermann do adulto tratada cirurgicamente e a sua evolução. Material e Métodos: Doente do sexo feminino de 40 anos de idade, referenciada à consulta de Ortopedia por queixas álgicas na transição dorso-lombar associadas a incapacidade funcional grave. Não apresentava sinais de comprometimento neurológico. Antecedentes patológicos irrelevantes; apresentava uma hipercifose dorsal de Scheuermann negligenciada desde a adolescência. O estudo radiológico foi realizado com RX extra-longos da coluna (AP e perfil que revelou ângulo de Cobb de 90º) e uma incidência do fulcro para determinação da flexibilidade da curva. A Ressonância Magnética excluiu patologia intrarraquidiana. A doente foi submetida a instrumentação D3-L2. A instrumentação foi realizada pela técnica freehand. Foram realizadas osteotomias apicais tipo Ponte em D8-D9 e D9-D10 e artrodese postero-lateral com enxerto autólogo. Durante a cirurgia a doente esteve monitorizada com potências evocados somato-sensoriais. Durante a cirurgia não houve complicações. Foi conseguida uma correcção do ângulo de Cobb de 40º. Teve alta para o domicílio ao 6º dia do pós-operatório clinicamente estável. Ao 6º mês pós-operatório, a doente apresentava dorsolombalgia residual e re-iniciou a sua actividade laboral. Discussão: A doença de Scheuermann representa uma das causas mais comuns de cifose estrutural, mais frequentemente diagnosticada durante a adolescência. A etiologia e a patogenia desta condição estão provavelmente relacionadas a factores biomecânicos, mas a sua causa permanece desconhecida. Factores genéticos ou ainda a necrose avascular do anel apofisário vertebral são condições definidas por alguns especialistas. A disseminação do uso de parafusos pediculares na coluna dorsal associada à demonstração da segurança da utilização das osteotomias tornou a abordagem posterior em tempo único o método de eleição no tratamento deste tipo de deformidades, mesmo na presença de ângulos de Cobb maiores, como foi o caso desta doente. Conclusão: Embora seja uma patologia raramente tratada cirurgicamente no adulto, é possível obter alívio substancial da dor e bons resultados funcionais. No entanto devem ser tidas em conta potenciais complicações no pós-operatório como a cifose juncional, pseudoartrose e/ou perdas de correcção

20 > posters Síndrome de Moebius e escoliose caso raro de associação Francisco Requicha, André Grenho, Inês Quintas, Pedro Falcão, Luís Rodrigues, Nelson Carvalho Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Centro Hospitalar Lisboa Central Hospital de Curry Cabral O síndrome de Moebius é um distúrbio complexo de etiologia não totalmente definida, cuja característica dominante é a paralisia do nervo facial, traduzindo-se num fácies com ausência de expressão. Pode ser acompanhado por distúrbios de outros pares craneanos, problemas cognitivos e alterações musculo-esqueléticas, estando referidos na literatura casos raros de escoliose. Em investigações realizadas, suspeita-se que alterações vasculares durante a vida embrionária possam estar relacionadas com a etiopatogenia, bem como ter repercussões na vida adulta. Apresentamos o caso de uma doente do sexo feminino, 11 anos, com este diagnóstico, identificando-se escoliose com curva dorsolombar esquerda e ângulo de Cobb 95. Foi tratada cirurgicamente com abordagem posterior e instrumentação de D6 a L3 com parafusos pediculados e monitorização com potenciais evocados. Intra-operatoriamente, após introdução dos parafusos pediculados, não se registavam alterações dos potenciais, no entanto, após manobra de rotação da barra, rotação vertebral directa e aplicação de forças de distracção/compressão, verificou-se queda imediata destes. Embora não se tivesse registado crise hipotensiva ou perdas de volémia significativas, após aumento da tensão arterial, registou-se normalização dos potenciais. Em internamento e pós-operatório imediato não se registaram alterações neurológicas, e radiologicamente documentou- -se uma redução para 35 de ângulo de Cobb. Referenciamos este caso pela raridade de associação de síndrome de Moebius e escoliose grave e para alertar para o risco potencial de comprometimento da vascularização medular aquando das manobras de redução e distracção das curvas escolióticas mais graves. Tratamento de cifose sequelar a tuberculose óssea em criança sobre um caso clínico Nuno Marques Luis, Filipa Freitas, Mafalda Lopes, Joao Neves, Raquel Carvalho, Goncalo Martinho, João Campagnollo, Jorge Mineiro Serviço de Ortopedia Hospital Dona Estefânia Os autores propõe-se a apresentar o caso de um Doente, de sexo masculino, de 14 anos de idade, natural de Angola referenciado pelo IPO de Lisboa por tumefacção da mandíbula e cifose cervical patológica. Seguido em consulta de Ortopedia e Infecciologia Pediátrica, foi diagnosticado com espondilodiscites tuberculosa nos níveis C2-C5 e cifose sequelar de 40 que condicionava compressão medular, mais proeminente nos espaços intersomaticos C2-C3 e C3-C4, com edema medular. Sob terapêutica prolongada tuberculostatica, foi submetido a artrodese por via anterior C2-C3, com aplicação de enxerto autólogo tricortical, sem instrumentação, e estabilização com halo-vest

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