Acre. Sínteses Estaduais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

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1 AC Acre Sínteses Estaduais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

2 AC Acre Expediente Sínteses Estaduais: Objetivos de Desenvolvimento do Milênio Edição 2010 Tiragem 1000 exemplares Elaboração Observatório Regional Base de Indicadores de Sustentabilidade - ORBIS Av. Comendador Franco n Jardim Botânico Curitiba PR - CEP Fone: (41) Fax: (41) orbis@orbis.org.br

3 APRESENTAÇÃO Os 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), detalhados em metas e indicadores, constituem o compromisso dos 191 países presentes à Assembléia Geral da ONU de 2000, incluindo o Brasil, de trabalharem para um mundo pacífico, justo e sustentável. Esta publicação apresenta breve análise sobre a situação dos Indicadores de Desenvolvimento do Milênio em todos os Estados, com a finalidade de apoiar processos locais de promoção dos ODM. Informações relativas a todos os municípios brasileiros poderão ser obtidas no Portal ODM (

4 Acabar com a fome e a miséria Em 1991, o Estado tinha 61% de sua população vivendo com renda familiar menor que ½ salário mínimo, passando para 42%, em 2008, o que significa uma redução de 32%. Mesmo assim, são mais de 285 mil pessoas na condição de pobreza. Percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza e da indigência ,5% Participação dos 20% mais pobres e 20% mais ricos na renda do estado ,1% 23,2% 18,4% 3,1% 58,5% - renda familiar acima de ½ salário mínimo 23,2% - renda familiar entre ½ e 1 /4 de salário mínimo 18,4% - renda familiar menor que 1 /4 de salário mínimo Fonte: IBGE - PNAD Nota: Linha da pobreza: renda familiar menor que ½ salário mínimo. Linha da indigência: renda familiar menor que 1 /4 de salário mínimo. Percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza por município Fonte: IBGE - PNAD A participação da população com renda domiciliar per capita situada entre os 20% mais pobres aumentou de 2,3%, em 1991, para 3,1%, em A renda dos 20% mais ricos é 19 vezes maior que a dos 20% mais pobres. Entre 1999 e 2008, o Estado reduziu em 4,7 vezes seus indicadores de desnutrição de crianças menores de 2 anos, passando de 17,8% para 3,8%. Percentual de crianças desnutridas menores de 2 anos Número de municípios Até 15% 0 de 15% a 30% 0 de 30% a 50% 2 de 50% a 70% 13 mais de 70% 7 Sem dados disponíveis 0 Fonte: IBGE - Censo Demográfico ,8 17,0 17,2 15,3 17,0 12, Fonte: Ministério da Saúde - SIAB/ Datasus 9,7 7,5 5,8 4,3 3,8 REDUZIR PELA DE, ATÉ 2015, A PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO COM RENDA ABAIXO DA LINHA DA POBREZA. 31% % % ALCANCE DA MELHORIA 32% % ALCANÇADO 64%

5 Garantir ensino fundamental de qualidade para todos Em 2008, 7,8% das crianças de 7 a 14 anos não estavam frequentando o ensino fundamental. Entre os jovens de 15 a 17 anos, apenas 57% concluíram o ensino fundamental; destes, 46% frequentavam o ensino médio; 16% não concluíram o fundamental e pararam de estudar. Taxa de frequência e conclusão no ensino fundamental e médio do estado / a 14 anos frequência no ensino fundamental 15 a 17 anos conclusão do ensino fundamental Fonte: IBGE - Censo Demográfico / PNAD 15 a 17 anos frequência no ensino médio A distorção idade-série eleva-se à medida que se avança nos níveis de ensino. Entre alunos do ensino fundamental, 27% estão com idade superior à recomendada, chegando a 35% a distorção entre os do ensino médio. Distorção idade-série no ensino fundamental e médio % 35% índice de desenvolvimento da educação básica, escolas estaduais (anos finais) defasagem idade-série na série correta Fonte: Ministério da Educação - INEP Número de Notas municípios menor que 3,0 3 entre 3,0 e 3,9 17 entre 4,0 e 4,9 2 entre 5,0 e 6,6 0 Sem dados disponíveis 0 Fonte: Ministério da Educação - IDEB O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB avalia a qualidade do ensino numa variação de 0 a 10. Entre os alunos da 4.ª série do fundamental, o índice passou de 3,4, em 2005, para 3,8, em Nas escolas particulares, as notas se apresentaram, em média, 58% maiores que nas públicas. Entre os alunos da 8.ª série, o índice, em 2007, era de 3,8 e a distância entre particulares e públicas, 39%. GARANTIR QUE, ATÉ 2015, TODAS AS CRIANÇAS, DE AMBOS OS SEXOS, TERMINEM O ENSINO FUNDAMENTAL. OBS: O INDICADOR DO PAINEL REFERE-SE AOS JOVENS DE 15 A 17 ANOS QUE CONCLUIRAM OU FREQUENTAM O ENSINO FUNDAMENTAL 100% % % =38% ALCANCE DA DE MELHORIA 28% 69% % ALCANÇADO 56% 84%

6 Promover a igualdade entre os sexos e a valorização da mulher Não há disparidade entre meninos e meninas no acesso à educação no período considerado. Meninas de 18 a 24 anos de idade, em 2008, tinham, em média, 8,3 anos de estudo, 3,6 anos a mais que as da geração de 1991 e 0,5 ano a mais que os meninos na mesma faixa etária. Participação da mulher no emprego formal remunerado e diferença salarial entre homens e mulheres por níveis de escolaridade 1990/2008 Fonte: Ministério da Saúde - Rais A participação da mulher no mercado de trabalho formal diminuiu de 48%, em 1990, para 45%, em O percentual do rendimento feminino em relação ao masculino passou de 74%, em 1990, para 101%, em Mas, a diferença fica acentuada entre aquelas com escolarização de nível superior: sua remuneração representa 71% da recebida pelos homens. Percentual de mulheres exercendo mandatos públicos Percentural de mulheres exercendo Mandatos públicos / 2004/ 2008 Número de municípios Fonte: TSE Fonte: TSE nenhuma 5 até 15% 9 de 15% a 30% 5 de 30% a 50% 3 mais de 50% 0 Sem dados disponíveis 0 A participação feminina na política está muito longe de ser a ideal. Em 2008, 6% eram candidatas no Estado, mas apenas 9% dos municípios tiveram prefeitas eleitas. Mulheres exercendo mandatos de vereadora representam apenas 14% dos assentos ocupados. ELIMINAR A DISPARIDADE ENTRE OS SEXOS EM TODOS OS NÍVEIS DE ENSINO. ANOS DE ESTUDO, CONSIDERANDO A FAIXA ETÁRIA DE 18 A 24 ANOS. IGUAL FEMININO 8,3 ANOS MASCULINO 7,8 ANOS ALCANCE DA MELHORIA 79% ALCANCE ATINGIDO

7 Reduzir a mortalidade infantil A taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos, entre 1994 e 2008, passou de 45 óbitos a cada 1 mil nascidos vivos para 21,2, o que representa uma redução de 52,4%. A meta é chegar a pelo menos 14,9. Em 2008, 45% dos óbitos de menores de 1 ano ocorreram nos primeiros 6 dias de vida e 13% entre 7 e 27 dias; e entre 28 dias e 12 meses: 42%. Estima-se que, no Estado, 73% dos óbitos infantis não foram registrados (RIPSA, 2006). Taxa de Mortalidade em menores de 5 anos (a cada 1 mil nascidos vivos) Fonte: Ministério da Saúde / Datasus A redução da mortalidade infantil depende de ações preventivas como a imunização de doenças infectocontagiosas. Em 2008, 90,9% das crianças menores de um ano estavam com carteira de vacinação em dia. Taxa de mortalidade infantil de menores de 5 anos de idade, a cada 1 mil nascidos vivos, por município percentual de crianças de até 1 ano com carteira de vacinação em dia / Número de municípios nenhum 0 até 15 2 de 15 a de 30 a 50 4 mais de 50 1 fonte: Ministério da Saúde - Datasus 20 Fonte: Ministério da Saúde SIAB / Datasus A redução da mortalidade infantil contribui para que a expectativa de vida ao nascer aumente. Em 1991, ao nascer, uma criança tinha a expectativa de viver, em média, 63,7 anos; em 2008, subiu para 71,7 anos. REDUZIR EM DOIS TERÇOS, ATÉ 2015, A MORTALIDADE DE CRIANÇAS MENORES DE 5 ANOS. 14, ,2 ALCANCE DA MELHORIA 52,4% % ALCANÇADO 78,6%

8 Melhorar a saúde materna Em 2008, a taxa de mortalidade materna, no Estado, era de 28 mortes a cada 100 mil nascidos vivos. Óbito materno é aquele decorrente de complicações na gestação, geradas por aborto, parto ou puerpério (até 42 dias após o parto). Estima-se que, no Brasil, 29% dos óbitos maternos não foram registrados ( RIPSA, 2006). taxa de mortalidade materna (a cada 100 mil nascidos vivos) fonte: Ministério da Saúde - Datasus taxa de mortalidade materna (a cada 1 mil nascidos vivos) Entre 1996 e 2008, houve redução de 55% nos óbitos maternos. No entanto, só esforços planejados possibilitarão a redução dos óbitos aos 15,8 previstos pela meta. Uma a cada quatro crianças nascidas vivas foi concebida por mãe adolescente, em 2008, representando 26,9%. Proporção de crianças nascidas de mãe adolescente Número de municípios nenhuma 6 até 20 2 de 20 a 50 5 de 50 a mais de Mãe adolescente fonte: Ministério da Saúde - Datasus fonte: Ministério da Saúde - SINASC REDUZIR EM TRÊS QUARTOS, ATÉ 2015, A TAXA DE MORTALIDADE MATERNA. 15, ALCANCE DA REDUÇÃO 55% % ALCANÇADO 74%

9 Combater a Aids, malária e outras doenças A estabilização do número de óbitos por Aids deve-se, principalmente, ao aumento da sobrevida dos pacientes pela eficiência dos medicamentos e sua distribuição; mas, como o número de novos casos é maior que o de óbitos, há um aumento gradual do número de portadores da doença. número de casos de aids registrados no estado por ano de diagnóstico e sexo feminino masculino Fonte: Ministério da Saúde - Datasus Distribuição da incidência de casos de aids registrados no estado por ano de diagnóstico De 1990 a 2008, foram 444 casos de Aids diagnosticados; desses, em 1990, enenhum era mulher; em 2007, esse percentual passou a 53,7%. Na faixa etária de 15 a 24 anos, elas representam 9,3% dos casos do Estado. Como o indicador avalia o ano estimado de contágio, existe a probabilidade de serem registrados novos casos no decorrer dos próximos anos, podendo, em consequência, aumentar ainda mais o número de casos a partir de Número de municípios nenhum 11 de 1 a 9 10 de 10 a 99 0 de 100 a ou mais 0 fonte: Ministério da Saúde - Datasus Quanto às doenças transmitidas por mosquitos, foram registrados no Estado, em 2008, casos, dentre os quais confirmados 4 de malária, 0 de febre amarela, 997 de leishmaniose e notificações de dengue. A hanseníase - doença infecciosa causada por bactéria que afeta a pele e nervos periféricos - teve prevalência de 4 a cada 10 mil habitantes em ATÉ 2015, TER DETIDO E REVERTIDO A PROPAGAÇÃO DO HIV/AIDS. DECRÉSCIMO ALCANCE DA ACRÉSCIMO 46%

10 Promover a qualidade de vida e o respeito ao meio ambiente Em 2008, 86% dos municípios do Estado declararam ter observado, com freqüência, ocorrências impactantes no meio ambiente nos últimos 24 meses. Desses, 37% alegam que a alteração ambiental afetou as condições de vida da população. Percentual de Municípios que declararam observar, com frequência, ocorrências impactantes no meio ambiente nos últimos 24 meses, segundo o tipo de ocorrência % 45% 64% 55% 32% 55% 64% 68% 50% - Projetos na agricultura 18% - Projetos na pecuária 18% Fonte: IBGE - Perfil Municipal Em 2008, o percentual de moradores sem acesso à rede geral de abastecimento, com canalização em pelo menos um cômodo, era de 55%, indicando redução de 28% em relação a 1991, inferior à meta estipulada. No mesmo período, os domicílios sem rede de esgoto adequada (rede geral ou fossa séptica) passaram de 78% para 48%, representando redução de 38%. 47 moradores em domicílios urbanos sem acesso a um dos serviços essenciais, superlotados ou ocupação não segura % dos moradores urbanos do Estado não possuem ao menos um dos itens abaixo: Fonte: IBGE - PNAD Dos moradores em domicílios urbanos particulares permanentes, 39% viviam com mais de dois moradores por dormitório e 4% não possuíam ocupação segura de sua moradia (proprietário ou inquilino). REDUZIR À DE, ATÉ 2015, A PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO SEM ACESSO. SUSTENTÁVEL A ÁGUA POTÁVEL. 38% % % ALCANCE DA MELHORIA 28% % ALCANÇADO 56%

11 Ter todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento O Objetivo 8 contempla um conjunto de metas e indicadores sobre relações entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Para os cidadãos, governos, sociedade civil, empresas e organizações sociais, este objetivo é um convite à ação pela sustentabilidade do planeta, à parceria e ao trabalho em busca de melhorias na qualidade de vida de todos. O Objetivo 8 também clama pela promoção do acesso às tecnologias da informação e da comunicação, pela criação de redes de conhecimento e por ações educativas para a comunidade. O importante é o engajamento e o trabalho em rede. A soma de pequenas ações pode fazer uma grande diferença e mudar o mundo. O Portal ODM é um exemplo de disponibilização de acesso a tecnologias da informação e da comunicação. Acessando o usuário encontra informações e análises sobre os municípios brasileiros. Por meio do site Cidade Democrática, acessível também no Portal ODM, pessoas e organizações podem se expressar e se mobilizar para a construção de uma sociedade cada vez melhor, criando ou apoiando propostas para solucionar problemas de uma cidade. Outro exemplo importante é o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade. Criado em 2004 pelo Governo Federal, PNUD e por representantes da sociedade civil e do setor privado, o Movimento é uma iniciativa apartidária e ecumênica para conscientizar e mobilizar a sociedade civil e os governos para o alcance, até 2015, dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Faça parte do Movimento Nós Podemos do seu Estado! Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade

12 COORDENAÇÃO ELABORAÇÃO PARCERIAS PATROCÍNIO