PRINCIPAIS AUTORIZAÇÕES DE TRABALHO A ESTRANGEIROS. 7 de julho de 2016

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1 PRINCIPAIS AUTORIZAÇÕES DE TRABALHO A ESTRANGEIROS 7 de julho de 2016

2 Introdução Brasil: Ambiente regulado Lei 6.815/80 Consolidação das Leis do Trabalho Lei 7.064/82 / Lei /2009 (Brasileiros no exterior) Legislação extravagante: Resoluções Normativas do Conselho Nacional de Imigração Legislação tributária e previdenciária Órgãos reguladores de migrações no Brasil Ministério do Trabalho e Emprego Ministério da Justiça / Polícia Federal Ministério das Relações Exteriores 2

3 Tipos de Vistos Turismo: Visto de turismo / visto de reentrada VITEM I: cultural ou missão de estudos VITEM II: negócios VITEM III: artista/desportista VITEM IV: estudante VITEM V: trabalho VITEM VI: jornalistas VITEM VII: religioso VIPER 3

4 VITEM V Com vínculo de emprego: RN 99/2012 Sem vínculo de emprego: visto técnico (RN 61/2004), visto de treinamento profissional (RN 87/2010), visto de assistência técnica de curta duração (RN 100/2013), marítimos (RNs 71 e 72/2006), voluntários em entidades sem fins lucrativos (RN 68/2005) VIPER Visto Permanente: modalidade representante legal (RN 62/2004), modalidade investidor pessoa física (RN 118/2015), reunião familiar (RN 108/2014) 4

5 Residência Mercosul Decreto 6975/2009 Residência temporária de 2 anos para cidadãos da Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile, Peru, Equador e Colômbia Venezuela aguarda aprovação do Decreto em seu parlamento para fazer parte do acordo de residência Após 2 anos, possibilidade de transformação em residência permanente Possibilidade de atuação em cargos de gestão, diretoria, gerência e representação legal Não é necessário sair do Brasil para obter a residência 5

6 VITEM V Com vínculo de emprego RN 99/2012 Contrato de trabalho no Brasil Split payment admitido Proporção 2/3 Não há mais exigência quanto a remuneração mínima a ser auferida pelo estrangeiro Validade do visto: até 02 (dois) anos, com a possibilidade de transformação em visto permanente Dependentes não podem exercer atividade remunerada Atividade exclusiva na empresa chamante O estrangeiro deve reunir qualificação mínima (grau educacional e experiência profissional) Pessoa física pode ser chamante 6

7 VITEM V Sem vínculo de emprego visto técnico RN 61 Vínculo de emprego no exterior Salário pago fora do Brasil pelo empregador estrangeiro empresa brasileira não remunera Transferência de tecnologia treinamento de funcionários brasileiros Não pode caracterizar mera substituição de mão-de-obra Validade do visto: até 01 (um) ano, com a possibilidade de prorrogação por mais um ano. Não cabe transformação em visto permanente Dependentes não podem exercer atividade remunerada Atividade final pode ser exercida em empresas terceiras (cliente ou subcontratada), mas a empresa chamante é responsável pelo estrangeiro enquanto estiver no Brasil a serviço. 7

8 VIPER Modalidade representante legal - RN 62, art. 3º Empresa brasileira deve comprovar, no mínimo, R$ ,00 de capital estrangeiro totalmente integralizado, bem como indicar o estrangeiro à condição de representante legal com poderes de gestão, condicionado à aprovação do visto. Se o capital integralizado for de R$ ,00, a empresa deverá se comprometer a gerar, no mínimo, 10 (dez) empregos para brasileiros no prazo de 2 (dois) anos, ou integralizar o capital faltante Estrangeiro pode ser diretor empregado (recebendo salário) ou diretor estatutário (recebendo prolabore ) Validade do visto: até 05 (cinco) anos, de acordo com o prazo de mandato dos diretores previsto em contrato social/estatuto Dependentes podem exercer atividade remunerada Atividade exclusiva na empresa chamante Empresas do mesmo grupo Concomitância estrangeiro pode assumir como diretor em múltiplas empresas do grupo mediante pedido formal ao Ministério do Trabalho 8

9 VIPER Modalidade Conselheiro - RN 62 art 6º Ao estrangeiro designado a se tornar membro do Conselho de Administração poderá ser concedida autorização de trabalho permanente, sem a necessidade de comprovar investimento estrangeiro. Autorizaçao de trabalho é instruída com o ato societário destinado a indicar o estrangeiro para o cargo de Conselheiro, sendo apreciada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Validade do visto: até 05 (cinco) anos, de acordo com o prazo de mandato dos conselheiros previsto em contrato social/estatuto Dependentes podem exercer atividade remunerada Atividade exclusiva na empresa chamante Estrangeiro é isento de residência fiscal no Brasil, desde que declare o local onde oferece seus rendimentos à tributação 9

10 VIPER Entidade seguradora, capitalização ou previdência privada RN 62, art 2º Hipótese de indicação de membro para ocupar cargo no Conselho de Administração, Conselho Deliberativo, Diretoria, Conselho Consultivo, Conselho Fiscal e demais órgãos estatutários em sociedade seguradora, de cápitalização e entidade aberta de previdência privada Deverá haver homologação da indicação pela SUSEP antes da solicitação de autorização de trabalho Validade do visto: até 05 (cinco) anos, de acordo com o prazo de mandato previsto em estatuto Dependentes podem exercer atividade remunerada Atividade exclusiva na empresa chamante 10

11 VIPER Representação de instituição financeira RN 63/2005 Representação, por pessoa natural ou jurídica domiciliada no Brasil, de instituição financeira ou assemelhada estrangeira, sem atuação no Brasil, tendo por objeto a realização de contatos comerciais e a transmissão de informações de interesse da matriz ou de filiais no exterior, com exceção da prática de operações privativas de instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil. Deverá haver certificação de credenciamento da instituição financeira, na forma estabelecida pelo Banco Central do Brasil Validade do visto: até 05 (cinco) anos, de acordo com o prazo de mandato previsto em estatuto Dependentes podem exercer atividade remunerada Atividade exclusiva na empresa chamante 11

12 VIPER Modalidade investidor pessoa física - RN 118/2015 Estrangeiro deve investir, no mínimo, R$ ,00 em empresa brasileira nova ou já existente, bem como se comprometer a gerar empregos (não há um número preestabelecido) e comprovar a relevância econômica e social do empreendimento. O compromisso de geração de empregos e detalhamento sobre a relevância econômica da empresa será apresentado por meio de documento chamado Plano de Investimento Investimentos inferiores a R$ ,00 poderão ensejar a concessão do visto, sendo que o processo será apreciado pela Coordenação Geral de Imigração (e não pelo Ministério do Trabalho), dando-se preferência a empresas beneficiadas por incentivos governamentais, situadas em parques tecnológicos e beneficiadas por programas de incentivo a startups. Validade do visto: 03 (três) anos, podendo-se pleitear permanência definitiva após este prazo, observadas as condições legais Dependentes podem exercer atividade remunerada Atividade exclusiva na empresa chamante. 12

13 Entidade religiosa, de assistência social ou organização nãogovernamental sem fins lucrativos RN 68/2005 Poderá ser concedido visto temporário a estrangeiro que pretenda prestar serviço voluntário em entidade religiosa, de assistência social ou organização não-governamental sem fins lucrativos A autorização de trabalho é concedida pela repartição consular brasileira no exterior, mediante apresentação dos documentos constantes da resolução normativa, e terá a duração de 2 (dois) anos Ao estrangeiro que venha ao País de forma voluntária, para exercer cargo de diretor, gerente ou administrador de entidade religiosa, de assistência social ou de organização não-governamental sem fins lucrativos, poderá ser concedido o visto permanente, também pela repartição consular brasileira no exterior, e terá a duração de 5 (cinco) anos Vedação a qualquer tipo de atividade remunerada no Brasil 13

14 Visto permanente para estrangeiro designado a administrar entidade sem fins lucrativos RN 70/2006 Poderá ser concedido visto permanente a estrangeiro que pretenda administrar entidade sem fins lucrativos A autorização de trabalho é concedida pelo Conselho Nacional de Imigração (Ministério do Trabalho) via processo administrativo É permitida a remuneração do estrangeiro pela atividade exercida Validade de 5 anos 14

15 Vistos temporários para estrangeiros a bordo de embarcação RN 71 e 72/2006 Poderá ser concedido visto temporário ao trabalhador marítimo estrangeiro que venha trabalhar a bordo de embarcação de turismo, de carga, cabotagem ou plataforma em águas jurisdicionais brasileiras (12 milhas marítimas 22 quilômetros), sem vínculo empregaticio no Brasil Não será exigido visto caso o estrangeiro possua a carteira internacional de identidade de marítimo ( Seaman s book) A autorização de trabalho é concedida pelo Ministério do Trabalho) via processo administrativo, sendo que os vistos valerão por 2 anos Convençao 185 da OIT promulgada pelo Decreto 8.615/2015 denunciou a Convenção 108, que trata da Carteira de Identidade de Marítimos. Não se admite mais a bandeira de conveniência 15

16 Vistos temporários Copa do Mundo 2014 e Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016 RN 98/2012 Autorização de trabalho especial para estrangeiro que venha ao Brasil trabalhar, exclusivamente, na preparação, organização, planejamento e execução da Copa das Confederações FIFA 2013, da Copa do Mundo FIFA 2014 e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, com ou sem vínculo de emprego. O Ministério do Trabalho analisará o pedido em 5 dias. Validade dos vistos será de 2 anos, limitando-se a 31/12/2014 para serviços relacionados à Copa do Mundo e a 31/12/2016 para serviços relacionados aos Jogos Olimpícos e Paraolímpicos. Para serviços de assistência técnica, a validade do visto será de 1 ano. Profissionais empregados de entidades detentoras de direitos de transmissão, patrocinadores, profissionais de navios afretados pela FIFA ou COI e profissionais destinados a trabalhar nas cerimônias o visto será concedido independentemente de empresa chamante brasileira Documentação necessária: carta de apresentação do Comitê Olímpico Internacional 16

17 Procedimentos Com exceção do visto de assistência técnica de curta duração (RN 100) e dos vistos temporário e permanente para voluntários de entidades religiosas, de assistência social ou organização nãogovernamental sem fins lucrativos (RN 68), todos os vistos temporários de trabalho necessitam de autorização prévia do Ministério do Trabalho, via processo administrativo. Após o deferimento do pedido, o MTE enviará ofício ao Ministério das Relações Exteriores que, por sua vez, encaminhará a autorização de visto à repartição consular escolhida pelo candidato. Na repartição consular, o candidato apresentará documentação suplementar e, caso supra os requisitos legais, terá o visto estampado em documento de viagem e estará autorizado a viajar ao Brasil para início das funções. No Brasil, deverá obter documentação local, de acordo com o tipo de visto obtido. 17

18 Qual o tipo de visto? Qual a nacionalidade? O que virá fazer no Brasil? Quanto tempo pretende permanecer no Brasil? Existe entidade brasileira a patrocinar a autorização de trabalho? Em que país irá receber remuneração? Qual o cargo e descrição de atividades? Terá cargo de gestão? Representará a entidade brasileira perante a terceiros? Casos omissos Resolução Normativa nº 27 Conselho Nacional de Imigração 18

19 Quais os possíveis impactos? Complexidade do procedimento - efeitos da Lava Jato e da Lei Anti-Corrupção (Lei /13) Necessidade de análise e adequação às hipóteses legais Impactos para a empresa Impactos para o trabalhador Impactos reputacionais 19

20 SÃO PAULO PAULISTA Al. Joaquim Eugênio de Lima São Paulo SP Brasil T SÃO PAULO FARIA LIMA Rua Campo Verde 61 3º andar São Paulo SP Brasil T BRASÍLIA SHS Q6 Bloco C Cj. A sala Brasília DF Brasil T RIO DE JANEIRO Praia do Flamengo º andar Rio de Janeiro RJ Brasil T NEW YORK 712 Fifth Avenue 26 th floor New York NY USA T