Estados do Sul e Sudeste querem derrubar projeto que muda o FPE
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- Marcos Beppler Santana
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1 mobile.brasileconomico.com.br SEGUNDA-FEIRA, 8 DE ABRIL, 2013 ANO 5 N O 904 R$ 3,00 PUBLISHER RAMIRO ALVES EDITOR-CHEFE (RJ) OCTÁVIO COSTA EDITORA-CHEFE (SP) ADRIANA TEIXEIRA Tradição renovada O Plaza Athénée, hotel da avenida Montaigne, no Champs-Élysée em Paris, será fechado para reforma. P14 Personagem da semana O presidente da BIC, Horácio Balseiro, foi o destaque na opinião dos leitores do on-line do BRASIL ECONÔMICO. P18 Angelo Dimitre/divulgação Estados do Sul e Sudeste querem derrubar projeto que muda o FPE Projeto do senador Walter Pinheiro (PT-BA) desagrada a maioria dos governadores e deve ser reprovado na votação prevista para amanhã. O Congresso tenta um acordo sobre a nova partilha até maio, quando vai terminar o prazo dado pelo STF. P9 Celesc busca parceria para elevar geração Afetada pela MP 579, empresa de Santa Catarina estuda 26 projetos para aumentar a capacidade em 966 megawatts. A avaliação ainda será submetida à diretoria. P14 HP aposta nas mudanças no seu conselho Depois do fracasso de Ray Lane, que foi fotografado com um Apple nas mãos, a empresa busca um presidente com experiência global e que tenha mais energia. P16 Futebol será 45% da receita da Fonte Nova Com ações de marketing, OAS Arenas planeja recuperar em 10 anos os R$ 591,7 milhões investidos no estádio baiano inaugurado ontem. P14 Surfistas levam as lições do esporte à vida profissional Estar sempre preparado para enfrentar as ondas mantém a mente alerta. Mas, em cima da prancha, executivos aprendem a relaxar. P27 Sergio Lima/Folhapress A seca mostrou que o NE ainda é frágil Em entrevista ao BRASIL ECONÔMICO, o Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, diz que não há mais retirantes, mas é preciso investir na estocagem e na alimentação dos rebanhos. P4 Bradesco e Itaú na reta final pela Credicard Outros pretendentes desistiram do negócio, mas os dois maiores bancos privados continuam na disputa. O resultado será revelado pelo Citi na semana que vem. P24 Cresce procura por títulos imobiliários Investidores acordam para a modalidade, que registra alta de 21% em 12 meses. Mas, agora, as taxas pagas pelos emissores estão em trajetória de queda. P22 Regrarígida eleva custodo setorfinanceiro Pesquisa mundial feita por consultoria mostra que os gastos de bancos e seguradoras subiram com os novos limites dos acordos Basiléia 3 e Solvência 2. P23 INDICADORES TAXAS DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar comercial (R$/US$) Euro (R$/ ) BOLSAS VAR. % ÍNDICES Bovespa São Paulo Dow Jones Nova York FTSE 100 Londres 1,9860 2,6092 0,74-0,28-1,49 1,9880 2,6102 JUROS META EFETIVA Selic (ao ano) 7,25% 7,16% , , ,78
2 2 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 CARTAS Avanço OPINIÃO A produção, seja qual for o ramo, necessita de alguns procedimentos para que os resultados sejam positivos. Um deles, por certo, é o planejamento. Que vai definir a linha de produtos, os equipamentos, os operadores dos equipamentos. E a ação por parte daqueles que fazem as avaliações para determinar o preço a ser cobrado e o resultado a ser alcançado. Há muitos outros detalhes, mas estes servem como base para uma simples avaliação. E eis que surge um problema que já deveria ter sido solucionado há muito tempo, ou seja, a forma de transporte. Qual a classificação a ser dada aos portos, aeroportos, estradas de rodagem e ferrovias brasileiras? E levando em consideração um mínimo de entrosamento, de ligação entre os sistemas citados? É uma questão por demais importante e que ao longo de séculos nunca mereceu no nosso país continente um efetivo planejamento. A busca de soluções são pontuais e não oferecem as condições adequadas. Até quando tais fatos vão merecer as críticas aos governantes, sem que os principais interessados adotem medidas efetivas para uma solução definitiva? Quem pode responder? Uriel Villas Boas Santos (SP) Quanto à matéria Corinthians é o time mais caro da Libertadores, publicada em 22/1/2013, tem que formalizar a torcida do Corinthians em todo o Brasil, cadastrando por livre vontade de cada um, gratuitamente confeccionando uma carteirinha na Casa da Moeda, com aval da empresa que vai vender sua marca aos 40 milhões de malucos, aí eu tenho certeza que seremos a maior torcida do Brasil, porque vamos atrás. Geraldo Macedo Xinguara (PA) Infelizmente a desinformação da população faz com que o PT continue dilapidando nosso patrimônio. Tudo esta sendo bom para eles. Vamos acordar. (artigo de Roberto Freire Petrobras dilapidada e empresas no vermelho publicado em 5/4/2013). Geraldo Oliveira Salvador (BA) CONECTADO Ferramentas do mundo digital que facilitam seu dia a dia PJ Calculadora de Tributos Aplicativo desenvolvido para consultores e trabalhadores que atuam como Pessoa Jurídica. O software calcula todos os impostos que incidem sobre a nota fiscal de prestação de serviços como PIS, COFIN, CSLL, IRPJ e ISS. Rápido e bem fácil de usar, o aplicativo calcula o peso dos tributos em percentual ou cifras, considerando o valor/hora de trabalho ou o valor bruto da remuneração. Grátis Android Met Opera on Demand Mark Zuckerberg CEO do Facebook Esse excelente aplicativo do Metropolitan Opera House de Nova York promete conquistar os fãs de ópera. Seu conteúdo, exclusivo para tablets, reúne arquvos de vídeos do período entre 1977 e 2001, além de performances recentes com qualidade HD de grandes estrelas como Natalie Dessay, Plácido Domingo, Renée Fleming. Dispõe de áudios antigos de rádios da década de 30. Grátis ipad Zuckerberg está usando sua experiência de empresário para dar aulas de empreendedorismo para crianças. À revista Wired, o empresário informou que as aulas acontecem uma vez por semana. Retrocesso Mickey Mouse Personagem símbolo da Walt Disney A Walt Disney deve iniciar demissões em seu estúdio e em divisões de produtos de consumo em duas semanas, na mais recente medida de redução de custos decorrente de uma revisão em toda a empresa. conectado@brasileconomico.com.br Lichtenstein: A Retrospective Até 27 de maio é possível conferir a mostra retrospectiva do artista Roy Lichtenstein, um dos mais célebres representantes da Pop-Art americana. Esse aplicativo multimídia da Tate Modern, pode ser usado como guia, para quem pretende visitar a exposição, ou pode ser apreciado à distancia e guardado como suvenir. Reúne 125 obras, além de informações biográficas e artigos críticos. US$ 1,99 ipad, iphone e ipod Robert Galbraith/Reuters Reprodução JULIO GOMES DE ALMEIDA Professor do Instituto de Economia da Unicamp e Ex-Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda A situação da indústria no início de 2013 A indústria foi tão mal em fevereiro como fora bem em janeiro. Cresceu 2,6% no primeiro mês do ano, declinando 2,5% em fevereiro relativamente a janeiro. No acumulado do primeiro bimestre teve alta de somente 1,1% com relação ao mesmo período de Esses números mostram que ainda não se pode falar inequivocamente de uma retomada industrial, lembrando que no ano como um todo de 2012 a produção da indústria caíra 2,7%. Fatores pontuais concorreram para a pronunciada alternância de resultados. Em janeiro, a retomada apoiou-se na produção de bens de capital para transporte (caminhões) e nos incentivos do IPI concedidos a veículos automotores, alavancando os segmentos de bens de capital e bens duráveis. Em fevereiro, dada a necessidade de recomposição de estoque, a produção do ramo de bens de capital para transporte permaneceu avançando. Mas a de bens duráveis caiu, puxada pela retração de 9,1% (taxa também calculada com relação ao mês imediatamente anterior) das atividades produtivas do ramo de veículos automotores, dada a perspectiva da redução dos incentivos do IPI. Uma realista projeção de crescimento industrial para 2013 seria 2,5%. Na prática, uma recomposição do declínio de 2012 Para isolar esses efeitos episódicos e se ter um quadro mais genuíno do comportamento da indústria nesse início de ano, devem ser focados os setores relativamente menos contaminados por variações tão específicas. São os casos de bens intermediários e bens semi e não duráveis. Desse ponto de vista, a indústria praticamente não teve melhora no limiar de No primeiro caso, após o aumento de 1,2% em janeiro, a produção recuou 1,3% em fevereiro e no setor de bens semi e não duráveis, o pequeno crescimento de 0,2% em janeiro foi sucedido por uma queda significativa de 2,1%. No primeiro bimestre, acumulam-se quedas de 0,3% e 1,5%, respectivamente, nesses dois setores. Alguns poucos resultados podem ser considerados positivos. Assim, certos ramos industriais que haviam sido muito sacrificados pela perda de competitividade de exportações e pela concorrência do produto importado no mercado interno mostram sinais de melhora a serem confirmados nos próximos meses. São os casos de vestuário, calçados, madeira e mobiliário, os quais receberam incentivos variados do governo. Para outro segmento tradicional, também alvo de incentivos da política industrial, o setor têxtil, não há sinal de mudança de um quadro francamente ruim que se desenvolve desde o início de Dificilmente a indústria brasileira deixará de acusar melhoras de produção ao longo do corrente ano com relação a 2012, pela simples razão de que o ano passado foi palco de diversos e significativos casos de ruptura de produção, a exemplo do que ocorreu no setor de caminhões e na indústria automobilística de uma forma geral, que não devem se repetir. Uma realista projeção de crescimento industrial para 2013 seria 2,5%, o que, na prática, significa uma mera recomposição do declínio do setor em NESTA EDIÇÃO Design fluminense exposto em Milão A cidade italiana receberá a partir de amanhã e até o próximo dia 14 deste mês a exposição Rio+ Design. Vão participar 27 expositores do Rio de Janeiro. P20 Cartas para a Redação: Avenida das Nações Unidas, , 8º andar, CEP , Brooklin, São Paulo (SP). redacao@brasileconomico.com.br As mensagens devem conter nome completo, endereço, telefone e assinatura. Em razão de espaço ou clareza, BRASIL ECONÔMICO reserva-se o direito de editar as cartas recebidas. Mais cartas em Samsung põe marketing à frente da pesquisa Especialistas alertam que a companhia está abrindo mão da inovação quando o mercado está apresentando aparelhos cada vez mais inteligentes. P17
3 MOSAICO POLÍTICO Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 3 MARCOS DA COSTA Advogado e presidente da OAB-SP PEDRO VENCESLAU pvenceslau@brasileconomico.com.br Sala do Advogado - espaço da cidadania Elaboração de petições urgentes, reuniões rápidas mas extremamente necessárias com os clientes, análise e cópia de autos processuais: essas são algumas das tarefas rotineiras de um advogado nas mais de mil Salas do Advogado espalhadas pelas unidades forenses do estado de São Paulo. O que parece trivial é, na verdade, de importância ímpar para instrumentar o exercício pleno do direito de defesa e acesso à Justiça. Foi necessário que o Conselho Federal da OAB apresentasse ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) um Pedido de Providências acatado para garantir a cessão gratuita e integral dos espaços físicos no âmbito da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, para a instalação de Salas do Advogado diante da Resolução 87, expedida pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho, em 2011, que previa que os cessionários de espaço físico nas instalações da Justiça trabalhista participassem proporcionalmente das despesas relacionadas com manutenção: água, energia elétrica, taxa de condomínio, dentre outras. A resolução desrespeitava claramente o Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/94), que impõe aos Poderes Executivo e Judiciário o dever de instalar salas especiais permanentes para advogados em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios. O diploma ainda assegura à OAB o uso e controle destes espaços, já que a advocacia integra o tripé da justiça. Por força da Lei 9.636/98, que disciplina a administração dos bens imóveis da União, a cessão de salas será gratuita para pessoas físicas ou jurídicas desde que haja interesse público ou social no uso desses espaços. Por ser o advogado essencial à aplicação da Justiça, a pretensão de cobrança ou rateio de despesas para manutenção das Salas dos Advogados na Justiça do Trabalho estava eivada de ilegalidade. A resolução da Justiça Trabalhista também atingia as prerrogativas profissionais dos advogados, que foram e sempre serão a principal bandeira da Ordem, porque constituem condição essencial para o exercício profissional e, consequentemente, para a defesa do cidadão. Lindberg não será o único de Dilma Divulgação Apesar de Lula e de Dilma terem decidido deixar a pré-candidatura de Lindberg Farias ao governo do Rio de Janeiro em 2014 correr solta, a cúpula petista trabalha com um cenário pulverizado para a campanha reeleitoral da presidente. Se o nome do senador petista e ex-presidente da UNE decolar de vez nas pesquisas de opinião e tornar-se uma opção irreversível no quadro eleitoral, Dilma Rousseff subirá em três palanques no estado. Além de Lindberg, ela deve aparecer ao lado do vice-governador Luís Pezão (PMDB), e do ex-governador Antony Garotinho (PR). Já Lula, nesse cenário, só vai aparecer por lá se alguém da oposição decolar nas pesquisas. Com essa fórmula, o projeto nacional petista se colocaria em uma zona de conforto no terceiro maior colégio eleitoral do país. Já os três postulantes terão que disputar espaço por conta própria. O martelo será batido oficialmente apenas no ano que vem. Qualquer iniciativa que vise limitar a atuação do advogado viola as prerrogativas profissionais e afronta o processo legal Senador está na fila desde 2006 no Rio de Janeiro Petista passou por PCdoB e PSTU antes do PT Quando alguém avilta as prerrogativas de um advogado, atinge todos os 750 mil advogados do país. As prerrogativas profissionais constituem um conjunto de instrumentos que protege o livre exercício profissional do advogado. Quando violadas, cerceiam a liberdade do exercício profissional da advocacia. Assim sendo, qualquer iniciativa que vise limitar a atuação dos advogados viola as prerrogativas profissionais e afronta o devido processo legal. No estado de São Paulo já registramos episódios lamentáveis, nos quais magistrados, de forma arbitrária, fecharam a Sala dos Advogados no fórum e tiverem de responder à Corregedoria do Tribunal de Justiça e ao Conselho Nacional de Justiça por tamanha arbitrariedade, uma conduta inaceitável por parte de um agente público do Poder Judiciário, que tem de zelar pelo acesso à Justiça. Diante do debate que se travou em torno das Salas de Advogados nas unidades forenses, se consolida o entendimento de que elas possuem caráter social e se inserem no conceito de interesse público. Grazi Massafera em nova campanha da Vivo O bom resultado da campanha que mostra um rapaz ligando para a atriz levou a operadora de telefonia a investir na versão 2. Nela será mostrado o que aconteceu antes do personagem achar Grazi. P19 Mais agilidade para os processos judiciais Os advogados Mario Gelli e Raphael Donato avaliam o projeto do novo Codigo de Processo Civil brasileiro e ressaltam a importância das medidas que resolvam os problemas de morosidade. P31 Lindberg Farias está na fila para disputar o governo do Rio desde Naquele ano, ele tinha conseguido se viabilizar no estado, mas foi atropelado por Lula e acabou apoiando Cabral. Em 2010 o roteiro se repetiu. Nos dois casos, porém, o projeto acabou no nascedouro. CURTAS Existe uma cláusula pétrea que norteará as alianças petistas nas eleições estaduais de É sumariamente proibido em qualquer circunstância fazer alianças com três legendas. São os oposicionistas PPS, PSDB e DEM. O senador Walter Pinheiro disse com todas as letras ao repórter Gustavo Machado, do Brasil Econômico, que será o candidato petista ao governo baiano em Ele pretende basear sua campanha nas vitórias de Jaques Wagner, que concluirá seu segundo mandato e ainda não definiu seu futuro político dentro do PT. Apesar da confiança demonstrada pelo senador, outros dois petistas estão lutando pela vaga de Wagner: o chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli. PRONTO, FALEI Há provas robustas de que os que estão presos não participaram da morte do rapaz Nelson Pellegrino Deputado do PT baiano Antes de ingressar no PT, onde teve uma carreira meteórica, o paraibano Lindberg Farias foi deputado pelo PCdoB e dirigente do liliputiano PSTU. Ao deixar a sigla, passou um tempo recluso. Quando voltou, estava magro, praticava esportes de alto rendimento e se mostrava menos radical. Os tucanos repararam. O ex-presidente FHC nunca participou tanto da vida orgânica do PSDB. O balão de ensaio Mercadante 2014 em SP foi o sétimo lançado por Lula no estado. O ex-presidente costumava tomar esse tipo de decisão com mais antecedência. O secretário nacional de Juventude do PT, Jefferson Lima, dividirá com os líderes da UNE os holofotes da votação no Estatuto da Juventude na quarta. Em seu esforço para manter uma agenda positiva no Senado, Renan Calheiros mandou transformar em números os trabalhos da casa. Durante o mês de março, as comissões e subcomissões realizaram 37 reuniões, 18 audiências públicas e votaram 96 requerimentos.
4 4 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 IDEIAS EM DESTAQUE Editado por: Ivone Portes iportes@brasileconomico.com.br ENTREVISTA FERNANDO BEZERRA Ministro da Integração Nacional A seca mostrou que a estrutura de armazenagem do Nordeste ainda é frágil Ministro diz que ocorreram muitos avanços na região, mas é preciso investir mais na segurança alimentar dos rebanhos e em tecnologias que deem sustentabilidade às atividades produtivas desenvolvidas na zona rural Guardião de uma das duas pastas destinadas ao PSB no governo Dilma Rousseff, Fernando Bezerra demonstra que pretende seguir até o fim desta gestão, fiel à presidente. Mostra-se extremamente preocupado com a escassez de água no Nordeste, nesta que é a pior seca dos últimos 50 anos. Mas rechaça qualquer menção à imagem de um Nordeste de retirantes, famintos e migrantes. Nascido em Petrolina, no sertão pernambucano, Fernando Bezerra de Souza Coelho acompanhou inúmeros ciclos de seca no semiárido. Diz que nunca viu tamanha escassez de água como a que acontece agora. Entretanto, ao comparar os dias de hoje aos do passado, afirma que as condições humanas são bem diferentes. Hoje temos segurança alimentar para as pessoas. Ele acrescenta, porém, que a seca mostrou a fragilidade de estrutura no Nordeste. Não tem estrutura para guardar o milho. Tem que investir mais na armazenagem. Segundo Bezerra, os programas de inclusão social que se desenvolvem desde o governo Lula, mais as medidas emergenciais lançadas entre o ano passado e o atual, no total de R$ 16,6 bilhões, vão assegurar uma saída para o sertanejo. Entre as novas medidas que ele cita está renegociação da dívida dos agricultores afetados pela seca. O pagamento das dívidas contratadas de 2012 a 2014 foi prorrogado por um período de dez anos. O início do pagamento, no caso de agricultores empresariais, será em 2015; no caso de agricultores familiares, Os agricultores familiares terão ainda um bônus de adimplência de até 80%. Outra medida, é a manutenção dos programas Garantia-Safra e Bolsa Estiagem enquanto durar o período da seca. Serão incorporados um total de novos beneficiários ao Bolsa Estiagem, que beneficia atualmente 880 mil agricultores em municípios. O Garantia-Safra atende hoje 769 mil agricultores em cidades. O governo também atendeu a um pleito dos estados, para que o milho disponibilizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) chegue até os rebanhos. O grão virá por navio, da Argentina e do Uruguai, chegando mais rápido, direto nos portos e sendo transportado pelos governos estaduais até os municípios afetados. Entre abril e maio serão 340 mil toneladas de milho que o governo distribuirá. O compromisso é ofertar, a partir de junho, pelo menos 160 mil toneladas até dezembro, diz. Até dezembro de 2014, o governo também viabilizará a instalação de mais de um milhão de cisternas para consumo no semiárido. Além disso, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (DNOCS) irão perfurar ou recuperar mais de 2 mil novos poços até dezembro deste ano. Como deputado constituinte relator da comissão que tratou da partilha de recursos entre União, estados e municípios, Fernando Bezerra acompanha com tranquilidade as discussões tensas que ocorrem em torno do novo pacto federativo, em que estão em jogo os fundos de participação dos estados e dos municípios, a unificação da alíquota de ICMS e o Fundo de Desenvolvimento Regional. Edla Lula, de Brasília elula@brasileconomico.com.br Os estados do Nordeste estão alarmados com a seca. O semiárido está no segundo ano seguido de estiagem. Quais os objetivos das medidas emergenciais que a presidente Dilma anunciou? Estas ações estão voltadas, primeiro, para garantir renda mínima para que as pessoas possam ter acesso a alimentação e manutenção de suas propriedades. Para ter as condições de enfrentar este momento mais crítico. Estamos ampliando a operação carro-pipa. Hoje temos carros pipas e estamos com autorização para ir a carros. Outra ação é a manutenção do bolsa-estiagem e do garantia-safra. Em outra frente, estamos ampliando e reforçando a oferta de milho. E também tem a renegociação das dívidas dos agricultores. A dívida está sendo prorrogada por dez anos. Existe uma demanda por parte dos estados para a criação de um programa de reconstituição Você não sabe pela televisão que vai ter uma seca. Os estados vão acompanhando, demandando, tirando dúvidas. Isso melhora muito a qualidade da assistência que está sendo oferecida do pasto e do gado, já que as perdas são incalculáveis e eles precisam se preparar para quando a chuva voltar. Como o governo está analisando isso? Isso vai ser coordenado pelo MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) com a participação da Embrapa e dos ministérios da Agricultura e da Integração. É uma grande discussão sobre os instrumentos que serão oferecidos. Sejam instrumentos de crédito, sejam instrumentos de pesquisa, inovação, definição de alternativas para alimentação animal. A ideia é que a gente também possa avançar numa coisa que esta seca revelou que nós temos ainda muitas fragilidades. Esta seca mostrou que nós avançamos muito no que diz respeito à segurança alimentar da população. Não há mais a imagem de retirantes, dos esfomeados, dos migrantes. Porque ao longo dos anos se montou uma rede de proteção social muito importante no Brasil e de forma particular no Nordeste. Também na segurança hídrica se conseguiu avançar bastante, com implantação de adutoras, de barragens e distribuição de cisternas. E quais foram as fragilidades que esta seca revelou? Ainda temos muito que fazer no que diz respeito à segurança alimentar dos rebanhos. É preciso uma discussão que envolva não só o reforço e a infraestrutura. Mas que também envolva a introdução e disseminação de tecnologias que possam dar sustentabilidade produtiva às atividades desenvolvidas na zona rural do semiárido. Quais os caminhos? Identificar cada vez mais áreas a serem irrigadas para que se possa produzir silagens, ter o hábito de no tempo dos bons invernos ou ainda aproveitar as áreas passíveis de irrigação para produzir comida para ser guardada. A seca mostrou também a fragilidade da estrutura de armazenagem do Nordeste. Você não tem nem como receber o milho. Não tem estrutura para guardar o milho. Tem que investir mais na estrutura de armazenagem. A presidente Dilma se disse surpreendida com a seca. O sistema de prevenção, criado em 2011, com o Cemaden e o Cenad, ainda deixa a desejar? Quando a presidenta Dilma disse isso, estava se referindo ao segundo ano de seca. Na realidade, na primeira seca, em abril quando nós já tínhamos as informações do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), do Inpe de que iria se confirmar um ano seco, as primeiras providências foram anunciadas, em abril do ano passado. Não se esperou nem terminar o ciclo de chuva. Não é fácil. Estamos falando de 10 milhões de pessoas afetadas nos estados com situação de emergência reconhecidos. Então, a surpresa de que ela fala é que depois de um ano seco o normal seria um ano um pouco melhor. Nós estamos indo para o segundo ano de seca. Como o senhor avalia, então, o sistema de prevenção. Já alcançou eficiência? Na realidade, essa é uma das novidades que nós inauguramos nos últimos dois anos. O Cemaden e o Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres) são bem recentes, do ano passado. Este sistema é fruto da decisão da presidenta de melhorar a capacidade brasileira de predição. A iniciativa política de se investir nisso é importante. É uma coisa positiva. O que se busca é trabalhar antes do fenômeno ocorrer. Esta-
5 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 5 mos fazendo isso. Acompanhamos tudo e as informações são passadas para os estados. Não tem surpresa. Você não sabe pela televisão que vai ter uma seca. Os estados vão acompanhando, demandando, tirando dúvidas. Isso melhora muito a qualidade da assistência que está sendo oferecida. E o que vem por aí? Fala-se de um ano dramático. A nossa preocupação é grande. Como está se consolidando o segundo ano de seca, o nível dos reservatórios do Nordeste está bem baixo. Em todos os estados está abaixo dos 40%. Em Pernambuco, está em 28%, na Bahia em 30%. Na Bahia é ainda mais crítico, porque não há previsão de chuva por lá. O tempo de chuva já parou. A vantagem de Pernambuco é que ainda pode chover em algumas áreas. Já está ocorrendo racionamento de água. É uma realidade cada vez maior em muitas cidades. Tem água num dia e no outro não tem. Temos áreas urbanas em colapso de água. Algumas cidades estão sendo abastecidas por trem. Vamos viver um período crítico de julho a novembro. O que fazer? Temos que trabalhar até dezembro para abastecer as cidades. Foi criada a Força Nacional de Emergência. Estamos visitando os estados, acompanhando o comportamento dos reservatórios e adotando políticas para racionalizar o uso da água. Onde for necessário suspender irrigação, vamos suspender, onde for necessário suspender o uso da água para fins industriais ou comerciais, nós vamos suspender. Isso para garantir água para a população. Agora, dito tudo isso, não podemos ter a impressão de que o mundo se acabou. As atividades primárias nos estados do Nordeste estão se diversificando. O PIB agrícola de Pernambuco é 5% (do PIB do país), do Ceará é 6%. Significa que a base econômica da região se diversificou muito nos últimos anos. A televisão gosta de colocar imagem de carroça carregando boi morto. E a gente fica com a impressão de que morreu todo o gado. Uma pesquisa feita pela USP mostra que em nenhum estado morreu mais que 10% do rebanho. A situação não é tão grave, então? Não estou querendo dizer que não exista prejuízo. O prejuízo é alto, R$ 16 bilhões. Não estou falando isso para minimizar. Estou falando isso porque nós não podemos entrar na onda de ressuscitar a indústria da seca. Não Marcello Casal/ABr Não podemos entrar na onda de ressuscitar a indústria da seca, nem dar ouvidos a certas críticas feitas por setores que já estão vencidos Onde for necessário suspender irrigação, vamos suspender, onde for necessário suspender o uso da água para fins industriais ou comerciais, vamos suspender. Isso para garantir água à população se pode dar ouvidos a determinadas críticas feitas por setores que já estão vencidos. Isso não representa a realidade do Nordeste. Estou dando números, porque se a gente não dá números, fica só no drama. As atividades primárias nos estados do Nordeste estão se diversificando. O PIB agrícola de Pernambuco é 5% (do PIB nacional), do Ceará é 6%. A base econômica da região se diversificou muito Como o senhor disse, o prejuízo é grande. Quanto tempo vai levar para recuperar as perdas? Eu fiz esta pergunta à indústria do leite. O número é impressionante. Tem havido uma redução na produção de leite da ordem de 72%. É uma pancada. Eu fiz a pergunta: se nada for feito, ou se for feito só o que já está aí, para recompor a produção de leite do Nordeste, vai-se levar quanto tempo? E a resposta foi que vai se levar de 10 a 15 anos. Agora, se houver instrumentos de políticas públicas que possam enfrentar esta situação, eles acham que em 5 ou 6 anos é possível recuperar os níveis de produção. O setor de leite é o que leva mais tempo para se recuperar. E tem a produção de mandioca. Também está bem afetada, não é? O quilo da farinha, que é um bem importante para o Nordeste, está custando R$ 8,00 na Bahia. Como minimizar isso? O cultivo da mandioca é um dos grandes instrumentos de promoção de emprego e renda no Nordeste, é um arranjo produtivo importante. Nós estamos preparando um programa que vem sendo chamado de Reniva o replantio da maniva da mandioca. A seca está tão brava, que você não tem a semente da mandioca para plantar. E nós estamos desenvolvendo um programa de R$ 60 milhões com a Embrapa, em áreas irrigadas, para ter a semente da mandioca para distribuir para os pequenos produtores na próxima chuva. Para voltar à produção de mandioca. A grande destinação é a farinha, que é um hábito alimentar dos brasileiros e, mais particularmente, do nordestino. Assim que as condições climáticas permitirem, vamos distribuir as sementes. O governo pretende lançar um novo Plano Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Que difere este plano do anterior? Vamos ter um novo fundo, o Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. Que vai se somar aos que já existem. Este tema está em discussão no Congresso, colado com os debates do FPE (Fundo de Participação do Estados), do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). É um conjunto que vai definir um novo pacto federativo entre a União, os estados e municípios. Os fundos vão ganhar mais força no PNDR 2. Além do fundo, estamos discutindo o instrumento de pactualização de metas e indicadores para permitir que num horizonte de dez anos nenhuma região do Brasil possa ter uma renda muito abaixo da renda média do país. A presidenta Dilma
6 6 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 IDEIAS EM DESTAQUE ENTREVISTA FERNANDO BEZERRA Ministro da Integração Nacional estabeleceu um grupo interministerial para que em 180 dias possa instituir os instrumentos que animarão o próximo PNDR, seja através de decreto ou por meio de proposta de lei. Falando em pacto federativo, nos últimos meses houve um acirramento das discussões em torno do pacto federativo. Os estados e municípios brigam entre si e cobram mais solidariedade da União. O senhor teme uma desintegração nacional? Não. Estamos muito longe disso. Na constituinte, participei da Comissão de Finanças. Eu era o relator justamente na discussão da partilha dos recursos. Vivi este momento, que foi de muita tensão. Hoje, a grande discussão é que a estrutura de arrecadação da União está composta por impostos partilhados e não partilhados, que não era a realidade de 1988, quando se firmaram os princípios da federação brasileira. O que estamos discutindo é a nova partilha de recursos. E isso é sempre muito tenso. Acho que tem que se examinar se é viável ou não (a excepcionalização do porto de Suape, pedida pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos). Tem que ser examinada pelo governo, pelo Congresso Outra discussão tensa e que toca no pacto federativo é a MP dos portos. O governador do seu estado, Eduardo Campos, chegou a pedir a retirada do porto de Suape das novas regras. O senhor comunga desse pedido? Suape é para Pernambuco como a Cemig é para Minas Gerais. É um grande instrumento de promoção do desenvolvimento do estado. É por isso que o governador pede a excepcionalização. Pernambuco viveu nos últimos oito anos uma grande transformação, que se caracteriza não só pelos fortes investimentos federais, mas sobretudo pela qualidade da infraestrutura que foi implantada. E Suape está neste contexto. É de longe o melhor porto público brasileiro, pelo que foi feito ali. Pegando as declarações do governador, existe acordo em 95% da MP e o que se discute é o grau de autonomia na delegação da gestão. Porque todos os portos pertencem à União por princípio federativo. O que está se discutindo é o instrumento da delegação. É até onde vão os poderes da delegação. Desejase a delegação para ter liberdade para realizar os processos licitatórios, porque é um instrumento de atração de investimentos. Se você tem o controle do processo de como fazer a ocupação do porto interno, é uma vantagem competitiva importante. Espero acreditar que possamos encontrar um entendimento sem prejuízo dos conceitos que todo mundo está aplaudindo. Andres Stapff/Reuters Mas o senhor concorda com a ideia de excepcionalizar Suape? Acho que tem que se examinar se é viável ou não. Tem que ser examinada pelo governo, pelo Congresso. Até porque o conceito que a nova política para os portos brasileiros traduz é bemvindo. Estamos querendo garantir a menor tarifa e o maior volume de carga a ser transportada. Isso é uma urgência. O país está explodindo na produção agrícola, está crescendo cada vez mais a produção industrial. Vamos precisar cada vez importar e exportar mais. O fluxo de comércio saiu de US$ 100 bilhões para US$ 500 bilhões em dez anos. Mais de 90% disso é feito pelos portos. É preciso dar esse choque para ampliar a infraestrutura portuária e modernizar. Agora, Suape é algo diferenciado do contexto dessa infraestrutura portuária brasileira. Mudando de assunto, no governo Dilma, o seu ministério teve um incremento de quase Evidentemente, ocupamos este espaço (no governo) pela indicação do nosso partido, que fez parte não só na última eleição, como também na trajetória do próprio partido, nas lutas que empreendeu ao lado de Lula desde o inicio desse processo Sérgio Lima/Folhapress 100% para investimentos. Isso é sinal de prestígio? Isso traduz o compromisso do governo com o desenvolvimento regional. Este é o ministério que tem como objetivo maior promover o equilíbrio de desenvolvimento no território nacional. E acho que o debate que nós estamos vivendo retrata a importância do ministério e isso foi oferecido pela presidente Dilma, com orçamentos cada vez mais crescentes. Com tantos projetos e um Plano de Desenvolvimento para tocar, o senhor pretende manter-se fiel à presidente Dilma até o fim? Como vai ficar com uma eventual candidatura de Eduardo Campos à Presidência? Estou muito animado pela confiança e apoio que recebo da presidente Dilma. Evidentemente ocupamos este espaço pela indicação do nosso partido, que fez parte não só na última eleição, como também na trajetória do próprio partido, nas lutas que empreendeu ao lado de Lula desde o inicio desse processo. Este é um assunto não decidido. Nós estamos criando as condições para que haja uma reflexão serena. Dá a oportunidade. Porque é legítimo que o PSB discuta a possibilidade de liderar um projeto político, mas por outro lado é importante também que se pondere se é oportuno se tomar esta iniciativa. Enquanto tiver espaço para o diálogo e para o debate eu aposto que a gente possa continuar construindo a unidade que nos leva a estar juntos há tanto tempo num projeto comum para o Brasil, o PSB e o PT.
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8 8 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 BRASIL Editora: Ivone Portes iportes@brasileconomico.com.br Subeditora: Patrycia Monteiro Rizzotto pmonteiro@brasileconomico.com.br Proposta do FPE deve ser derrotada amanhã no Senado Estados que perderiam receita com novos coeficientes são maioria e derrubarão projeto de Pinheiro (PT-BA) Gustavo Machado gmachado@brasileconomico.com.br A principal proposta que altera a partilha do Fundo de Participação dos Estados (FPE) corre o risco de não ser aprovada amanhã, quando entrará em votação na casa. Senadores de estados que perdem participação devem reprovar o projeto substitutivo de Walter Pinheiro (PT- BA), e como são maioria, derrubarão a proposta. Ao todo, 15 estados perderão participação no fundo, enquanto 10 ganharão e 2 ficarão inalterados, caso a proposta passe. Até o momento, os senadores destas quinze unidades se mostram irredutíveis. A maior parte das unidades federativas que teriam seus coeficientes reduzidos estão nas regiões sul e sudeste, com a exceção do Espírito Santo, Minas Gerais. No centro-oeste, Goiás e Mato Grosso também são contrários à nova tabela. Segundo alguns senadores, colegas estão trabalhando para adiar a aprovação de qualquer projeto que reduza a participação destes estados. Eles entendem que, caso o prazo estipulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a aprovação da nova tabela se esgote, o Ministério da Fazenda continuará a fazer os repasses sob os critérios definidos como inconstitucionais pela corte. Eles têm até o final de maio para publicar uma nova tabela. O risco é perder os repasses a partir de junho. No ano passado, um parecer da Fazenda deu garantias ao legislativo de que os repasses continuariam a acontecer, mesmo sem a votação do FPE. Com isso, o Senado conseguiu que o STF prorrogasse por 150 dias o prazo para a aprovação da matéria. Um senador que preferiu não ser identificado afirma que colegas querem uma prorrogação até o final de 2015, quando se encerra o Plano Plurianual dos estados. De acordo com o projeto do senador Pinheiro, os novos coeficientes são calculados a partir da população e renda domiciliar per capita. Para equilibrar a tabela, foram adotados redutores sobre os coeficientes de população e renda, o que rende críticas dos estados mais populosos e mais ricos da federação. Três emendas foram adicionadas ao projeto, que se não for aprovado na votação de terçafeira, entrarão em discussão. Uma delas retira os redutores propostos por Pinheiro, e outra adiciona um coeficiente de extensão territorial, o que prejudica a maioria dos estados. Como adiantado pelo BRASIL ECONÔMICO, o projeto ainda esbarra nos projetos eleitorais dos senadores. Com perspectivas de disputar as eleições governamentais em 2014, eles não querem ser responsáveis pela perda de receita do seus estados. Caso o Senado Federal não entre em um acordo sobre o tema, o prazo deve ser descumprido, pois não há outro projeto em discussão na casa. Além disso, a proposta precisa passar pela Câmara dos Deputados, casa na qual os estados prejudicados possuem participação maior. O tema é a prioridade atual do Senado. Há duas semanas, o presidente Renan Calheiros forçou a votação da matéria de Pinheiro, mas foi obrigado a adiar por tempo indeterminado com a iminente derrota da proposta. Nas últimas semanas, o autor do projeto tentou articular sua aprovação com os colegas. Mas as negociações foram infrutíferas, contam alguns senadores petistas. Como eu poderia votar contra o meu estado Divulgação Proposta do senador Walter Pinheiro (PT-BA) prejudica 15 estados TRANSFERÊNCIAS Proposta do Senador Walter Pinheiro (PT-BA) para mudança nos coeficientes do FPE, em % AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP TO ATUAL 3,42 4,16 2,79 3,41 9,40 7,34 0,69 1,50 2,84 7,22 4,45 1,33 2,31 6,11 4,79 6,90 4,32 2,88 1,53 4,18 2,82 2,48 2,35 1,28 4,16 1,00 4,34 Fontes: Tesouro Nacional e Senado PROPOSTA 3,19 4,99 4,55 2,54 9,23 7,25 0,69 1,85 2,51 7,22 5,12 1,73 2,09 6,98 4,99 7,03 5,10 2,62 1,21 4,22 2,45 2,15 1,73 0,87 3,93 0,78 2,97 Eduardo Braga (PMDB-AM) não vê como convencer senadores a aprovar uma perda de receita Para o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB- AM), há poucas chances do projeto substitutivo de Walter Pinheiro (PT-BA) ser aprovado. Como eu poderia votar contra o meu estado, diz o senador. Segundo ele, neste caso não existe qualquer articulação de base aliada ou interferência do governo federal. É estado contra estado. Ganha o projeto que beneficiar o maior número de estados em detrimento dos outros, afirma Braga. Curiosamente, Braga é senador por um dos estados que mais ganhariam com a mudança proposta por Pinheiro. Será uma votação extremamente apertada, com um final imprevisível, afirma. Mesmo com o risco de derrota do projeto, Braga garante que ele será votado amanhã. Ao menos se vota o principal. O autor do projeto ainda tem esperanças de que sua matéria seja aprovada. Os senadores não estão entendendo, ou não querem entender, que não sou eu quem está definindo quem ganha ou quem perde. Inclusive, meu estado, nos coeficientes propostos, perde participação, explica Walter Pinheiro. Apesar da esperança, Pinheiro sabe que será uma disputa apertada, mas rechaça mudanças em seus projetos. Segundo ele, sua proposta garante o equilíbrio financeiro dos estados e da federação. Se os senadores continuarem a olhar para a tabela fixa, que rege atualmente, não conseguiremos votar este projeto nunca, diz. G.M. Antonio Cruz/ABr Eduardo Braga (PMDB-AM): É disputa de estado contra estado
9 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 9 Divulgação SUPREMO Heleno Torres ocupará vaga de Ayres Britto A presidente Dilma Rousseff escolheu o advogado tributarista Heleno Torres para o Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta pela aposentadoria do ministro Carlos Ayres Britto. Pernambucano, professor da Universidade de São Paulo (USP), Torres vai completar o plenário do Supremo, que é formado por 11 ministros, e estava com dez desde novembro, com a saída de Ayres Britto, que completou a idade limite para aposentadoria compulsória quando estava na presidência do STF. Governo dará continuidade a desonerações sobre folha Novos setores devem ser incluídos no programa até o fim do mandato da presidente Dilma Ruy Barata Neto, de Brasília rneto@brasileconomico.com.br Holland: Estamos estudando todos os setores da economia A presidente Dilma Rousseff deverá incluir o maior número possível de setores da economia no programa de desonerações da folha de pagamento até o fim do seu primeiro mandato, mas deixa claro que este processo ocorrerá de forma paulatina e sem atropelos. Esta sinalização ficou clara com a extensão do benefício para mais 14 setores da atividade econômica, anunciada na semana passada. A extensão do benefício foi feita exatamente para alguns dos setores que já faziam parte da lista de outros 33 que estavam sendo contemplados por emendas do Congresso Nacional e que foram vetados por Dilma após a tramitação da Medida Provisória (MP) 582 que já desonerava tributos para um grupo de 42 segmentos da indústria. Para evitar interpretações de que o governo estaria restringindo o benefício, Dilma resolveu anunciar a inclusão de mais novos 14 setores, mesmo que a validade da medida comece só em 1º de janeiro de As emendas não previam compensações orçamentárias para este ano. E os setores adicionados já entrariam este ano. Por isso, o veto foi por conta das restrições orçamentárias impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), explicou o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que na quarta-feira (3) havia sido o porta-voz do governo, responsável por detalhar os efeitos da desoneração da folha para o grupo dos 42 setores que serão beneficiados já a partir deste ano. Segundo Holland, era necessário um espaço fiscal para que o governo pudesse conceder novas desonerações, por isso a necessidade do veto, mas o procedimento não significa que não Divulgação ocorreria uma extensão do benefício. Estamos estudando todos os setores da atividade econômica, afirma Holland. À medida que identificamos que um setor pode entrar (na nova estrutura de tributação), nós procuramos o setor para aderir. O programa de desoneração na folha de pagamento permite que as empresas de cada setor da economia beneficiado troquem a contribuição previdenciária de 20% por um recolhimento de 1% a 2% do faturamento. Pelas contas do governo, apenas no que diz respeito aos 42 setores da economia que serão beneficiados neste ano, o governo fará uma renúncia fiscal R$ 35,3 bilhões no acumulado de 2013 e 2014, o que significa R$ 16 bilhões já neste ano e mais R$ 19,3 bilhões no ano que vem. Nesta conta será adicionado mais R$ 5,4 bilhões referentes aos 14 setores anunciados na última quintafeira, em edição extra do Diário Oficial da União. Dentre os novos setores que serão contemplados pelo governo estão os ligados a atividades de construção, engenharia e defesa, que terão renúncia fiscal de R$ 2,3 bilhões; o de transportes, no qual aparecem segmentos de movimentação de cargas e passageiros em rodovias e ferrovias, além de navegação, que terão renúncia de R$ 1,8 bilhão; e por fim setores de jornalismo e radiodifusão, nos quais as desonerações chegam a R$ 1,267 bilhão. Na avaliação do governo, a medida terá efeitos de melhorias no capital de giro e no fluxo de caixa das empresas, além de incentivar a contratação de maior número de trabalhadores formais. As empresas também poderão evitar cenários de demissões após a obterem os benefícios. Segundo a Fazenda, a medida traz um componente de competitividade externa já que as empresas terão alíquota de tributação incidente apenas sobre faturamento, excluindo receitas de exportação. Teto maior de faturamento favorece indústria Fazenda elevou limite de faturamento para quem opta pelo regime de lucro presumido Para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o governo federal acertou ao anunciar na sexta-feira (5) a revisão do teto do faturamento para as empresas que optaram pelo regime de lucro presumido, aumentando-o de R$ 48 milhões para R$ 72 milhões por ano. Por meio de nota, o presidente da entidade, Paulo Skaf, disse que a medida vai favorecer a indústria nacional. É uma reivindicação antiga nossa que, sem dúvida, irá favorecer à indústria brasileira. É uma oportunidade de criar novos postos de trabalho, melhorar nossa competitividade e o fundamental: estamos diminuindo um imposto que ajuda a corroer o crescimento do país, disse Skaf. Para o presidente da Fiesp, a medida foi anunciada veio em boa hora, pois, na avaliação de Skaf, ela dará mais vigor para o setor produtivo, principalmente para as empresas de menor porte que possuem importante papel na geração de emprego e renda no país. O anúncio foi feito na última sexta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega (leia mais abaixo). ABr Mantega diz que preços dos alimentos vão recuar Segundo o ministro, a safra recorde de grãos vai aliviar a pressão sobre o setor O ministro da Fazenda Guido Mantega disse na última sextafeira que o governo deverá tomar todas as medidas necessárias para manter a inflação sob controle. O governo está atento e não permitirá que a inflação fuja do controle, declarou Mantega após o anúncio da elevação do limite de faturamento para as empresas que optam pelo programa de lucro presumido. Ele apontou as condições climáticas desfavoráveis para a agricultura, como a seca, como fator importante na elevação dos preços. Estamos esperando uma safra melhor e os preços de alimentos deverão voltar a cair para um patamar mais razoável nos próximos meses, disse. Ele lembrou que o país deverá colher uma safra recorde este ano. O ministro destacou ainda que a taxa de inflação no país está caindo a cada mês e que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra trajetória descendente. Ele declarou também que espera um Para ministro, resultado da economia no primeiro trimestre deve ter sido melhor crescimento um pouco maior da economia no primeiro trimestre deste ano. Mantega citou como fator positivo para a economia o bom faturamento da indústria automobilística no país, que registrou um crescimento de 20% em março deste ano sobre fevereiro. Incentivo O ministro anunciou na sexta a elevação do limite de faturamento para as empresas que optam pelo programa de lucro presumido, regime que permite pagamento menor de Imposto de Renda. Segundo ele, com a medida, o limite passará, a partir de 2014, dos atuais R$ 48 milhões por ano para R$ 72 milhões. A ampliação do limite faz parte do conjunto de medidas do governo para cobrança de tributos. ABr Ueslei Marcelino/Reuters Guido Mantega: a taxa de inflação no país está caindo a cada mês
10 10 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 BRASIL Divulgação PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA Planalto suspende verba para 539 municípios Ao todo 539 municípios tiveram suspensas as transferências de recursos para a manutenção de equipes dos Programas Saúde da Família, de Saúde Bucal e de Agentes Comunitários de Saúde, segundo portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira (5). O Ministério da Saúde suspendeu o repasse por conta de irregularidades no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) apresentadas em fevereiro. No mês anterior foram 469 municípios. Redação Especialista diz que reduzir FGTS de domésticas é inconstitucional Proposta, que será debatida no Congresso na quinta, prevê extinção de multa de 40% em caso de demissão Em meio às discussões sobre como serão, na prática, os direitos trabalhistas recentemente estendidos às empregadas domésticas por meio da Emenda Constitucional nº 72, o PSDB propôs um projeto de regulamentação para reduzir as alíquotas de recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e extinguir a multa de 40% sobre o montante arrecadado no FGTS pagos em casos de demissão sem justa causa. O objetivo é desonerar os custos dos empregadores de trabalhadores domésticos. De acordo com o texto elaborado pelo PSDB, que será debatido na Comissão Mista do Senado e da Câmara na próxima quinta-feira (11), regras dife- Tucanos sugerem ainda a diminuição da alíquota do INSS de 20% para 8% renciadas seriam estabelecidas para o pagamento dessas contribuições. No caso do INSS, a alíquota seria reduzida de 20% para 8% (5% para o empregador e 3% para o empregado) sobre o salário bruto do beneficiário. Para o FGTS, a redução seria de 8% para 4%, além do fim da multa de 40% sobre o FGTS pago a empregados demitidos sem justa causa. Os artigos 8º e 9º da proposta tornariam a Lei 8.036, que dispõe sobre o FGTS, inválida para os empregados domésticos, cujos direitos nesse âmbito passariam a ser regidos pela normatização em estudo pelo governo. Essa proposta tem três objetivos: regulamentar, de fato, os direitos dos trabalhadores, não penalizar o empregador ao garantir segurança jurídica, evitando demissões em massa, e criar um sistema que privilegie a formalidade no mercado de trabalho, disse o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), responsável por apresentar o projeto. Sobre o INSS, Sampaio informou que, apesar da diminuição da alíquota de contribuição, não haveria qualquer tipo de redução no que diz respeito ao direito dos trabalhadores. No caso, a diferença paga entre a contribuição e o que a Previdência gastaria para manter o atendimento a essas pessoas sairia dos cofres públicos. Esse não é o problema da Previdência, que não vai quebrar por causa desses 4% a mais, argumentou ele, sobre o encargo adicional à pasta. Sobre o FGTS, Sampaio explicou que, no que tange à extinção dos 40% em caso de demissão injustificada, a medida é plausível porque o trabalhador doméstico exerce uma atividade não lucrativa diferentemente do empregado de uma empresa. No que diz respeito à redução da alíquota arrecadada de 8% para 4% sobre a remuneração o deputado informou que a proposta foi baseada na opção de manutenção dos empregos. É melhor o empregado ter direito a 4% do FGTS para não ser demitido agora. Se todas as pessoas forem demitidas, podemos chegar a milhares que não vão recolher absolutamente nada. Então, essa arrecadação é preferível a nenhuma. A proposta, no entanto, não está fechada, pode ser aprimorada, afirmou. Inconstitucional Questionado sobre a proposta debatida no Congresso, o professor de direito constitucional da Valter Campanato-ABr Carlos Sampaio: Medidas visam evitar penalizar empregadores e impedir demissões em massa Universidade de Brasília (UnB) Paulo Henrique Blair de Oliveira informou que, na sua interpretação, a proposta de redução do FGTS é inconstitucional. A emenda veio para estabelecer a igualdade em relação aos direitos trabalhistas básicos. O FGTS é um direito fundamental. Quem diz isso é a Constituição. Os domésticos seriam a única categoria com o fundo inferior ao dos demais? Isso, para mim, é inconstitucional, disse. Sobre a proposta relativa ao INSS, o professor disse não haver qualquer dispositivo legal que impeça a medida, desde que não haja redução de direitos dos empregados domésticos. Para Blair, apesar de as discussões apontarem para a adoção dessa medida, a redução da alíquota do INSS será um subsídio sustentado pelos tributos pagos pelas classes mais baixas. A alíquota vai ser suportada pelos cofres públicos. Na prática, temos um subsídio às avessas. Os tributos pagos pelas classes mais baixas estão fundamentando o pagamento de um serviço gozado pelas classes mais altas. A justiça fiscal e tributária é baseada atualmente na distribuição de renda. Aplica-se a renda em serviços públicos para quem tem menos, e não o contrário que é o que estaríamos fazendo, explicou. Para ele, essa regulamentação estaria reproduzindo o problema anterior à emenda nº 72. Não podemos regulamentar dizendo que a dignidade de um trabalhador doméstico vale 50% da dos demais. Estaríamos repetindo o erro por meio de legislação ordinária, disse. Para o deputado Carlos Sampaio, a redução do FGTS não seria inconstitucional, uma vez que o fundo é regulado por uma lei infraconstitucional. Segundo ele, também não seria injusto que os cofres públicos arcassem com a diferença entre o que deixaria de ser pago pelo patrão e o benefício recebido como aposentadoria pelo empregado doméstico. Não se pode pensar tão friamente. Temos que buscar alternativas para as mais de 6 milhões de empregadas que dependem do emprego para comer, para sustentar as suas famílias, argumentou. As propostas de normatização para pontos não previstos na emenda nº 72, como pagamento do FGTS e do seguro-desemprego, estão em estudo nos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e da Previdência Social. ABr Estaleiro Jurong permanece no Espírito Santo Quem garante é o ministro dos Negócios de Cingapura que desmente mudança para o RJ O ministro dos Negócios Estrangeiros e da Justiça de Cingapura, K. Shanmugam, indicou ao presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que a empresa Sembcorp Marine está determinada a manter os investimentos no Espírito Santo para a construção do Estaleiro Jurong Aracruz. A Sembcorp Marine investiu cerca de US$ 550 milhões no projeto de construção do Estaleiro Jurong Aracruz, que começou em dezembro de A estimativa é que o projeto esteja pronto em Especialistas dizem que o projeto será fundamental para o desenvolvimento da exploração, produção e comércio de petróleo e gás. De acordo com a Sembcorp Marine, quando estiver em funcionamento, o estaleiro terá capacidade para construir naviossonda e navios para abastecimento, assim como plataformas, além de desenvolver várias atividades envolvendo a exploração de petróleo e gás. O ministro de Cingapura esteve em Brasília para uma série de reuniões bilaterais e para inaugurar a primeira embaixada de seu país na América Latina, em Brasília. A economia de Cingapura é bastante diversificada. Ao lado de Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan, é um dos quatro Tigres Asiáticos. ABr
11 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 11 Agência Brasil LEGISLATIVO Reforma política entra na pauta da Câmara A reforma política vai entrar na pauta do Plenário da Câmara amanhã e quarta-feira (10), quando os deputados deverão votar novas regras para o sistema eleitoral do país. Entre os temas a serem debatidos estão o financiamento de campanhas políticas e o formato das votações. O deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator das propostas, sugere que os partidos que se unirem nas eleições formem as chamadas federações partidárias que durarão pelo menos quatro anos. Agência Câmara PDT ignora mudança no ministério e intensifica namoro com Campos Forças do partido declaram simpatia pelo líder do PSB para fazer oposição ao PT em 2014 André Pires andre.pires@brasileconomico.com.br Agraciado pela presidente Dilma Rousseff na reforma ministerial, o PDT parece não ter sentido o afago da petista. Nem mesmo a troca de Brizola Neto por Manoel Dias no comando do Ministério do Trabalho, solicitada pela executiva nacional do partido, esfriou o namoro dos pedetistas com a candidatura de Eduardo Campos (PSB/PE) para a Presidência na eleição de A simpatia da legenda será demonstrada hoje em uma participação do governador pernambucano na sede da Força Sindical, em São Paulo. Eu acho muito importante que o Eduardo Campos seja candidato. É uma alternativa de peso para a esquerda. É um candidato que pode oferecer algo diferente para aqueles que estão cansados do PT, da Dilma e de uma série de coisas do atual governo, enfatizou o deputado federal Paulinho da Força, que será o anfitrião na palestra do futuro candidato à presidência. Um dos líderes do PDT em São Paulo, o deputado admite que não dá para confirmar, ainda, o apoio da legenda a Eduardo Campos em 2014 e o fim da aliança com o PT, mas reconhece que tem muita gente no partido que vê com bons olhos e simpatia a candidatura. Sobre a possível traição do partido ao carinho feito por Dilma com a troca do ministro do trabalho, Paulinho deixa clara a posição. Nós do PDT consideramos que a mudança no Ministério do Trabalho está relacionada com o apoio que demos em 2010 e não tem relação com um futuro apoio em 2014, afirma. A posição de Paulinho da Força poderia ser única e não representar a visão do PDT, mas basta conversar um pouco com os senadores e deputados da legenda para perceber a tendência em apoiar Eduardo Campos. O senador Cristovam Buarque (PDT/DF) já deixou claro em suas entrevistas que o governador de Pernambuco é a candidatura mais viável para a oposição e para a esquerda. Líder do PDT na Assembleia Legislativa de São Paulo, o deputado Olimpio Gomes considera Campos uma chance do povo brasileiro acabar com polarização do governo federal nas mãos de tucanos e petistas. Considero muito positiva a ousadia do Eduardo Campos em planejar a candidatura dele. É uma opção excelente para acabar com este domínio de PT e PS- DB, ressalta o deputado. A proximidade do PDT com o PSB no cenário nacional é o fruto de sementes plantadas no campo estadual e municipal. O senador Acir Gurgacz (PDT/RO) já dividiu palanque com Campos na eleição para a prefeitura de Porto Velho e Ji-Paraná, em Rondônia. Assim como os outros colegas do PDT, ele tem grande simpatia pela candidatura. No Estado de Rondônia, o PDT já fez a coligação com o PSB em Eles já estiveram juntos. No âmbito nacional vai depender da executiva, mas no estado deve acontecer, comenta um assessor parlamentar do senador. A maior proximidade com o PSB já tem sido demonstrada na atuação dos parlamentares do PDT. Apesar de integrar a base governista, os deputados e senadores não estão economizando críticas. Basta surgir uma discussão sobre a MP dos Portos para pedetistas e pessebistas se unirem nos ataques. Ag. Câmara Contax Participações S.A. CNPJ/MF / NIRE Companhia Aberta ATA DA ASSEMBLEIA ESPECIAL DE ACIONISTASTITULARES DE AÇÕES PREFERENCIAIS REALIZADA EM 02 DE ABRIL DE I. DATA, HORA E LOCAL Realizada no dia 02 de abril de 2013, às 11:00h, na sede social da Contax Participações S.A., localizada na Rua do Passeio, 48 a 56, parte, Centro, na Cidade e Estado do Rio de Janeiro ( Companhia ou Contax ). II. CONVOCAÇÃO A Assembleia foi regularmente convocada na forma do artigo 124 da Lei nº 6.404/1976 ( Lei das S.A. ), conforme Edital de Convocação publicado nos jornais Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, parte V, nas edições dos dias 13, 14 e 15 de março de 2013, nas páginas 73, 34 e 70, e Brasil Econômico, nas edições dos dias 13, 14 e 15, 16 e 17 de março de 2013, nas páginas 11, 23 e 38. III. PRESENÇAS Acionistas representando 58,22% (cinquenta e oito vírgula vinte e dois por cento) do capital social representado por ações preferenciais, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas. Presentes, também, o Sr. José Luiz Montans Anacleto Júnior, membro do Conselho Fiscal da Companhia, Srs. Carlos Henrique Zanvettor, Diretor Presidente, e Marco Norci Schroeder, Diretor de Finanças e de Relações com Investidores. Foi também consignada a presença do representante da KPMG Auditores Independentes, Sr. Bruno Marcell Santos Montalvão Melo, da Apsis Consultoria e Avaliações Ltda., Srs. Antonio Luiz Feijó Nicolau e Paulo Victor Cunha Porto, e do HSBC Bank Brasil S.A. Banco Múltiplo, Sr. Conrado Maciel. IV. MESA Presidente, o Sr. Marco Norci Schroeder e, Secretária, a Sra. Cristina Alves Corrêa Justo Reis. V. ORDEM DO DIA (i) aprovar, conforme previsto no Parecer de Orientação CVM nº 35/2008, a cisão parcial da acionista controladora da Contax, a CTX Participações S.A. ( CTX ) com incorporação da parcela cindida pela Contax ( Cisão Parcial ), que será submetida à aprovação final em Assembleia Geral Extraordinária da Companhia a se realizar no dia 02 de abril de 2013, às 14:00 horas, nos termos e condições previstos no Instrumento de Protocolo e Justificação da Cisão Parcial, a ser celebrado pelos administradores da Contax e da CTX, bem como todos os seus anexos ( Protocolo ), a qual constitui parte indissociável da operação de reorganização societária da Companhia que contempla, entre outras matérias correlatas, a migração da Companhia para o segmento especial de listagem Nível 2 da BM&FBOVESPA, o desdobramento das ações ordinárias e preferenciais representativas do capital social da Companhia, de forma que cada ação de emissão da Contax após a Cisão Parcial passe a ser representada por 5 (cinco) ações da mesma espécie, e a instituição de um programa de emissão de certificados de depósito de ações para formação de units, sendo cada unit representativa de 1 (uma) ação ordinária e 4 (quatro) ações preferenciais de emissão da Companhia; (ii) autorizar, na forma prevista no artigo 136, 1º, da Lei n 6.404/1976, a conversão das ações preferenciais de emissão da Contax em ações ordinárias desde que na proporção de 1 ação preferencial para 1 nova ação ordinária e com o objetivo de permitir a migração da Contax para o segmento especial de listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA ( Conversão Automática ), ficando tal Conversão Automática sujeita apenas à aprovação em nova assembleia geral extraordinária da Companhia, desde que esta seja realizada no prazo de até 5 (cinco) anos, contados da data de realização da presente AGESP; (iii) aceitar os benefícios previstos no Instrumento Particular de Estipulação em Favor de Terceiros a ser celebrado juntamente com o Protocolo, na forma da minuta a ele anexa. VI. ESCLARECIMENTOS O Sr. Presidente da Mesa esclareceu aos presentes e solicitou fosse consignado em ata que: 1. As matérias constantes da Ordem do Dia foram integralmente examinadas e aprovadas pelo voto unânime dos membros do Conselho de Administração da Companhia, conforme reunião realizada em 11 de março de 2013; 2. os membros do Conselho Fiscal da Contax, em reunião realizada em 11 de março de 2013, emitiram parecer a fim de opinar favoravelmente, por unanimidade, quanto ao encaminhamento da proposta de Cisão Parcial para aprovação da Assembleia Geral Extraordinária; 3. de acordo com o disposto no Edital de Convocação desta Assembleia, apenas poderão exercer o direito de voto os acionistas não controladores detentores de ações preferenciais de emissão da Contax, excluindo-se, portanto, o voto da CTX e dos acionistas da CTX, conforme estabelecido no Parecer de Orientação CVM nº 35/2008; e 4. a administração da Companhia decidiu que não utilizará a prerrogativa de convocar assembleia geral para o fim de reconsiderar as deliberações que venham a ser aprovadas na presente AGESP e na Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada nesta data, nos termos do artigo 137, 3º, da Lei das S.A., independentemente do exercício do direito de recesso por acionistas titulares de ações preferenciais de emissão da Contax dissidentes da deliberação sobre a Conversão Automática a ser tomada nesta AGESP. VII. DELIBERAÇÕES Debatidas as matérias constantes da Ordem do Dia, os acionistas não controladores titulares de ações preferenciais de emissão da Contax representando, em conjunto, 56,43% (cinquenta e oito vírgula vinte e dois por cento) do capital social da Companhia representado por esta espécie de ações, deliberaram, por unanimidade e com abstenção do acionista JAPAN TRUSTEE SERVICES BANK LTD. STB LM BRAZILIAN HIGH DIVIDEND EQUITY MOTHER FUND, o quanto segue: 1. Aprovar que esta ata seja lavrada sob a forma de sumário, como faculta o 1ºdoartigo 130 da Lei das S.A.. 2. Aprovar, conforme previsto no Parecer de Orientação CVM nº 35/2008, a incorporação da parcela cindida da CTX pela Contax, em virtude da Cisão Parcial da CTX, que será submetida à aprovação final em Assembleia Geral Extraordinária da Companhia a se realizar às 14:00 horas da presente data ( AGE ), nos termos e condições previstos no Protocolo e em seus anexos. A Cisão Parcial constitui parte indissociável da operação de reorganização societária da Companhia que contempla, entre outras matérias correlatas, a migração da Companhia para o segmento especial de listagem Nível 2 da BM&FBOVESPA, o desdobramento das ações ordinárias e preferenciais representativas do capital social da Companhia, de forma que cada ação de emissão da Contax após a Cisão Parcial passe a ser representada por 5 (cinco) ações da mesma espécie, e a instituição de um programa de emissão de certificados de depósito de ações para formação de units, sendo cada unit representativa de 1 (uma) ação ordinária e 4 (quatro) ações preferenciais de emissão da Companhia A relação de substituição a ser adotada na operação acarretará a atribuição em favor dos acionistas da CTX de novas ações ordinárias de emissão da Contax, em substituição a ações ordinárias de emissão da Contax, a serem canceladas por força da Cisão Parcial, representativas da totalidade da participação da CTX em ações ordinárias de emissão da Companhia, ensejando um prêmio de 25% para esta parcela da participação da CTX, sendo que as novas ações de emissão da Contax serão atribuídas aos acionistas da CTX na proporção por eles atualmente detida no capital da CTX, antes de quaisquer grupamentos, desdobramentos ou bonificações, em especial, antes do desdobramento de ações constante da ordem do dia da AGE Em decorrência da Cisão Parcial, o capital social da Contax será reduzido no valor de R$ ,76 (setenta e seis milhões, seiscentos e noventa e um mil, duzentos e setenta e dois reais e setenta e seis centavos), o qual corresponde ao montante do acervo líquido negativo a ser absorvido pela Contax em virtude da Cisão Parcial, passando a ser de R$ ,90 (cento e oitenta e um milhões, seiscentos e trinta e sete mil, seiscentos e oitenta e três reais e noventa centavos). 3. Autorizar previamente, na forma prevista no artigo 136, 1º, da Lei n 6.404/1976, a conversão das ações preferenciais de emissão da Contax em ações ordinárias desde que na proporção de 1 ação preferencial para 1 nova ação ordinária e com o objetivo de permitir a migração da Contax para o segmento especial de listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, ficando tal Conversão Automática sujeita apenas à aprovação em nova assembleia geral extraordinária da Companhia, desde que esta seja realizada no prazo de até 5 (cinco) anos, contados da data de realização da presente AGESP. 3.1 Os acionistas titulares de ações preferenciais de emissão da Contax dissidentes da deliberação constante do item 3 acima poderão exercer seu direito de recesso no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação da ata da presente AGESP e somente em relação às ações preferenciais de que os acionistas sejam comprovadamente titulares, de forma ininterrupta, desde 13 de março de 2013 (inclusive para as ações negociadas no pregão do próprio dia 13 de março de 2013), data da publicação do Fato Relevante sobre a operação de reorganização societária, até a data do efetivo exercício do direito de recesso O valor de reembolso devido aos acionistas titulares de ações preferenciais de emissão da Contax que exercerem o direito de recesso corresponderá a R$ 7,68 por ação, conforme consta do balanço patrimonial da Companhia referente a , desconsiderado o desdobramento de ações constante da ordem do dia da AGE. Em sendo considerado tal desdobramento, o valor de reembolso corresponderá a R$ 1,54 por ação Os acionistas dissidentes poderão exercer seu direito de recesso no prazo previsto no item 3.1 acima por meio do seu agente de custódia, no caso das ações depositadas na BM&FBOVESPA, ou perante o agente escriturador Banco Itaú Unibanco S.A., no caso de ações diretamente custodiadas junto a este, ou, ainda, mediante notificação enviada à sede da Companhia, na qual conste o nome e a qualificação completa do acionista, o número de ações preferenciais de que era titular em 13 de março de 2013, e a conta bancária em que deverá ser depositado o respectivo valor de reembolso. 4. Aceitar os benefícios previstos em favor de todos os acionistas da Contax no Instrumento Particular de Estipulação em Favor de Terceiros a ser celebrado pela administração da Companhia juntamente com o Protocolo, na forma da minuta a ele anexa, caso a operação societária descrita no item (i) da Ordem do Dia seja aprovada na AGE, a ser realizada nesta data. VIII. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, encerrou-se a Assembleia com a lavratura da presente ata que, após lida e achada conforme, foi assinada pelos acionistas presentes, que autorizaram sua publicação sem as respectivas assinaturas, na forma do artigo 130, 2º, da Lei das S.A.. (a.a.) Marco Norci Schroeder (Presidente); SKOPOS CAURÉ FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; SKOPOS FUND LLC; SKOPOS BRK FUND LLC; SKOPOS MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; SKOPOS CARDEAL FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; SKOPOS BLUE BIRDS FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; SKOPOS KINNERET FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES (p/p Marcelo Cerize); RHODES FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; ARGUCIA ENDOWMENT FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO; SPARTA FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; ARGUCIA INCOME FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES (p/p Vanessa Montes de Moraes);VANESSA MONTES DE MORAES; CSHG VERDE MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO; CSHG VERDE EQUITY MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; GREEN II FUND, LLC; GREEN FUND, LLC; CSHG UNIQUE MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; CSHG STRATEGY INSTITUCIONAL MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES IBOVESPA; CSHG STRATEGY MASTER PREVIDÊNCIA FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; CSHG DIVIDENDOS MASTER FUNDO DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES; CSHG STRATEGY II MASTER FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; CSHG UNIQUE FUND, LLC; CSHG VALOR DIVIDENDOS FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; CSHG UNIQUE MASTER INSTITUCIONAL FIA; CSHG DIVIDENDOS IBOV FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES; CSHG UNIQUE LONG BIAS MASTER FUNDO DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES; CSHG PERFORMANCE FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇOES (p/p Lucila Prazeres da Silva); COLLEGE RETIREMENT EQUITIES FUND; EATON VANCE PARAMETRIC STRUCTURED EMERGING MARKETS FUND; EATON VANCE PARAMETRIC TAX-MANAGED EMERGING MARKETS FUND; EMERGING MARKETS SMALL CAPITALIZATION EQUITY INDEX NON-LENDABLE FUND; EMERGING MARKETS SMALL CAPITALIZATION EQUITY INDEX NON-LENDABLE FUND B; IBM 401(K) PLUS PLAN; ISHARES MSCI BRAZIL SMALL CAP INDEX FUND; ISHARES MSCI EMERGING MARKETS SMALL CAP INDEX FUND; JAPAN TRUSTEE SERVICES BANK LTD. STB LM BRAZILIAN HIGH DIVIDEND EQUITY MOTHER FUND; MARKET VECTORS - BRAZIL SMALL - CAP INDEX ETF; MARKET VECTORS - LATIN AMERICA SMALL - CAP ETF; MELLON BANK N.A. EMPLOYEE BENEFIT COLLECTIVE INVESTIMENT FUND PLAN; PUBLIC EMPLOYEES RETIREMENT SYSTEM OF OHIO; SAN DIEGO GAS & ELEC CO NUC FAC DEC TR QUAL; STATE OF CALIFORNIA PUBLIC EMPLOYEES RETIREMENT SYSTEM; THE GABELLI EQUITY TRUST INC; THE MASTER TRUST BANK OF JAPAN, LTD. AS TUSTEE FOR NORTHERN TRUST ALL COMPANY WORLD EQUITY INVESTABLE INDEX FUND; THE PENSION RESERVES INVESTMENT MANAGEMENT BOARD; VANGUARD FTSE ALL-WORLD EX-US SM- CAP INTERNACIONAL EQUITY INDEX FUNDS; VANGUARD TOTAL WSI FD, A S OF VANG INTERNACIONAL EQUITY INDEX FUNDS; VANGUARD TOTAL INTERNACIONAL STOCK INDEX FUNDS, A SE VAN SF; BLACKWELL PARTNERS, LLC (p/p Maria Karina Perugini). Certifico que a presente é cópia fiel do original lavrado em livro próprio. Rio de Janeiro, 02 de abril de Cristina Alves Corrêa Justo Reis - Secretária. Paulinho da Força (PDT) recebe Eduardo Campos em São Paulo
12 12 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 BRASIL Agência Senado MENSALÃO Barbosa garante publicação rápida de acórdão O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse que será publicado nos próximos dias o acórdão do julgamento da Ação Penal 470, conhecida como mensalão. O prazo para a publicação terminou no último dia 1. Não foi cumprido porque nem todos os ministros liberaram a revisão de seus votos. Os advogados dos condenados só podem recorrer após a publicação do documento, no prazo de até cinco dias. ABr Apenas dois partidos mudarão de cacique no tabuleiro eleitoral de 2014 PSDB elegerá Aécio Neves para seu comando em maio, enquanto Rui Falcão é o favorito no PT em novembro O JOGO DOS CACIQUES PARTIDÁRIOS Saiba quem é quem no tabuleiro político que está negociando as eleições de 2014 Infografia: Monica Sobral PSB Presidente: Edurdo Campos Está no cargo desde 2005 Sucessão: 2014 Candidatos: indefinido PPS Presidente: Roberto Freire No cargo desde 1992 Sucessão: novembro de 2013 Candidato: Roberto Freire PT Presidente: Rui Falcão No cargo desde 2011 Sucessão: novembro de 2013 Candidatos: Rui Falcão, Paulo Teixeira, Renato Simões e Valter Pomar estão na disputa PMDB Presidente: Michel Temer (Valdir Raupp interino) No cargo desde 2001 Sucessão: março de 2013 Candidatos: sem adversários PSDB Presidente: Sérgio Guerra No cargo desde 2007 Sucessão: 19 de maio de 2013 Candidato: Aécio Neves PDT Presidente: Carlos Lupi No cargo desde 2004 Sucessão: reeleito em março de 2013 Candidatos: não houve adversário Pedro Venceslau pvenceslau@brasileconomico.com Os 15 maiores partidos brasileiros definirão até o fim do ano os personagens que estarão no centro do tabuleiro eleitoral de Seja por meio de convenções, congressos ou eleições diretas, as siglas definirão seus novos presidentes e as respectivas diretorias executivas. Levantamento do BRASIL ECO- NÔMICO mostra que haverá pouca renovação no cenário. Apenas duas siglas vivem a expectativa concreta de renovação de seus quadros: o PSDB e o PP. Depois de muita negociação com os tucanos paulistas, o senador mineiro Aécio Neves será eleito sem rivais na convenção nacional tucana, que acontece em maio. O processo sucessório já começou. Os delegados que participarão da convenção e terão direito a voto já estão sendo escolhidos nos congressos estaduais das legendas. Apesar do ritual, a decisão está circunscrita a um pequeno colégio de cardeais que representam as principais máquinas regionais da legenda. A construção do partido não é feita em restaurantes. O que houve lá foi a escolha de um candidato à presidência, diz o deputado federal Sergio Guerra, atual presidente nacional do PS- DB. Ele se refere ao famoso almoço entre FHC, Serra e Aécio em um restaurante de grife em São Paulo em 2006 que foi flagrado pela imprensa. A refeição tornou-se um símbolo do racha partidário que culminou com a fracassada candidatura presidencial de Geraldo Alckmin. O outro partido que trocará de presidente é o PP, que deve eleger o senador Ciro Nogueira no lugar de Francisco Dorneles. O PT é o único que renova seus dirigentes por meio de eleições diretas desde O PED (Processo de Eleição Direta) foi uma inovação para a democracia brasileira. A eleição direta permite que todos os filiados possam votar, afirma o deputado federal petista Fernando Marroni. A eleição direta é boa, mas não é isso que caracteriza o ambiente democrático, pondera Sérgio Guerra, do PSDB. Até o momento, quatro candidatos se apresentaram para a disputa pela presidência do PT: Rui Falcão, que disputa à reeleição, Paulo Teixeira, Valter Pomar e Renato Simões. Apesar da pulverização, a expectativa é que o atual dirigente se mantenha no cargo e continue sendo o principal interlocutor da legenda com Lula e o Palácio do Planalto. Falcão representa a maior corrente interna do PT, a CNB (Construindo um Novo Brasil). Além disso, ele conta as bênçãos de Dilma e Lula. Deputado federal por São Paulo e ex-líder do PT Câmara, Paulo Teixeira é membro do grupo Mensagem ao Partido. Também fazem parte dessa tendência, a segunda maior da sigla, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Já Valter Pomar, que atualmente ocupa o posto de secretário de relações internacionais do PT, é militante da agrupação Democracia Socialista. Renato Simões, por sua vez, representa um consórcio de pequenas correntes regionais que se O deputado Roberto Freire é o mais antigo dirigente partidário em atividade. Está desde 1992 no PPS uniu para formar um grupo próprio, a Militância Socialista. Os mais antigos De todos os grandes caciques partidários que estão hoje em atividade negociando o tabuleiro de 2014, o mais antigo é o deputado federal Roberto Freire. Ele é presidente do PPS desde 1992, quando a sigla desmembrou-se do PCB e foi fundada com esse nome. No último congresso do PCB, em 1990, eu disputei a presidência com o Oscar Niemeyer, recorda Freire. Em 2013, ele será reconduzido para mais um mandato de dois anos. O exemplo do PCdoB é sui generis. O partido mantém uma rotina interna que mimetiza os maiores partidos comunistas do mundo China e Cuba. O atual presidente, Renato Rabelo, está no cargo desde Ele era vice de João Amazonas, que comandou os comunistas desde a redemocratização em 1985 até sua morte. Com idade avançada, Rabelo será reeleito em novembro, mas já deixou claro internamente que não terminará o mandato. Como manda a tradição, ele está consultando pessoalmente um universo de 200 pessoas que representam a linha de frente nacional do PCdoB. A ideia é escolher um vice que será preparado para sucedê-lo. Não existe um nome natural no Comitê Central, que tem 103 membros, explica uma fonte comunista. Principal aliado do PT, o PMDB reelegeu esse ano o vicepresidente da República, Michel Temer, para mais um mandato à frente da sigla. Ele delegou as tarefas do dia a dia para o senador Valdir Raupp, que responde como presidente interino. Temer comanda o PMDB desde Outro cacique que não permitiu renovações foi Carlos Lupi, do PDT. O ex-ministro do Trabalho, demitido por Dilma, foi reeleito esse ano para a posto máximo do partido, que está sob seu comando desde 2004, quando morreu Leonel Brizola. O caso do PTB é mais delicado. Devido ao tratamento contra um câncer, Roberto Jefferson afastouse da presidência da legenda. Quem está em seu lugar interinamente é Benito Gama, que é contestado internamente. De maneira inconveniente ele tem se apresentado como presidente definitivo. Seria desleal deixar o Roberto Jefferson de lado, alfineta o deputado estadual Campos Machado, presidente do PTB paulista.
13 RIO DE NEGÓCIOS Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 13 >>> Esta coluna também é publicada no jornal ÉRICA RIBEIRO, do Rio de Janeiro riodenegocios@ig.com Nova fábrica da B. Braun vai triplicar produção Investimento em São Gonçalo é de R$ 346 milhões O grupo alemão B. Braun, com subsidiária no Brasil há 45 anos, vai inaugurar uma nova fábrica no Complexo Industrial e Empresarial de São Gonçalo (Ciesg). O investimento na nova planta é de R$ 346 milhões e, de acordo com a empresa, será o maior da multinacional na América do Sul. No dia 19 de abril vai ter festa em São Gonçalo para o lançamento da pedra fundamental da fábrica, que será erguida na localidade de Guaxindiba, em uma área de 200 mil metros quadrados. A primeira fase do projeto será dedicada à montagem de um centro logístico, que ficará pronto em Logo depois, será construída uma fábrica de dispositivos médicos, que vai elevar a produção de 40 milhões para 120 milhões de unidades por ano. A escolha do terreno uniu Fotos: divulgação oportunidade ao momento de investimentos na região, diz Otto Philipp Braun, diretor presidente da empresa no Brasil, representante da sexta geração da família à frente dos negócios. Na combinação de oportunidades e análise do mercado do Rio, escolhemos o terreno em Guaxindiba, São Gonçalo. Procuramos uma área suficientemente grande e olhando para frente para a empresa crescer nos próximos 40 anos. O investimento do Comperj confirmou nossa decisão de comprar o terreno naquela região porque tivemos a certeza de que a infraestrutura daquela área vai melhorar nos próximos anos, explica Braun. A conclusão de todo o empreendimento está prevista para O novo parque permitirá a ampliação da fabricação de equipos (conjunto de acessórios para terapias de infusão) e no bairro do Arsenal, também em São Gonçalo, ficará a produção de soro. A história da B. Braun no Brasil teve início na década de 50, com a fundação do Laboratório Americano S.A., em Niterói. Em 1963, o Laboratório mudou-se para o bairro do Arsenal, em São Gonçalo (RJ), para a instalação de sua primeira fábrica com 1500m² e, cinco anos mais tarde, a companhia alemã adquiriu seu controle acionário, passando a se chamar Laboratórios B. Braun S/A.. No Brasil, a empresa teve um faturamento líquido ano passado de R$ 420 milhões e, no mundo, chegou a cinco milhões de euros. Com a nova fábrica, a meta é que 70% da produção fique para vendas no Brasil e os 30% restantes sejam destinados à exportação na América Latina. PONTE AÉREA A inauguração do Metropolitan Shopping Betim marca a entrada em operação do quinto shopping da Partage Empreendimentos e Participações, que investiu R$ 250 milhões no empreendimento. Localizado em Betim, a 30 km de Belo Horizonte, o Metropolitan Garden terá 278 lojas, hipermercado, oito salas de cinema, boliche, praça de alimentação para 1,2 mil lugares e 2,7 mil vagas de estacionamento. 0 shopping corresponde a m 2 de área bruta locável (ABL), um recorde no estado. O empreendimento pertence à paulista Partage Empreendimentos e Participações, cujo portfólio reúne quatro shoppings em operação (Boulevard São Gonçalo/RJ, West Mossoró Shopping/RN, Natal Norte Shopping/RN e o Boulevard Campina Grande/PB) e dois em construção, respectivamente, Parque Shopping Rio Grande (RS) e Parque Shopping Criciúma (SC). NEGÓCIOS CHURRASCO EM ALTO MAR NOS BARCOS DO CIMITARRA O estaleiro Cimitarra, do Rio Grande do Sul, vai aproveitar a participação na 16ª edição do Rio Boat Show para apresentar o novo modelo Cimitarra 380 Targa. Com valor de aproximadamente R$ 520 mil, a lancha é ideal para quem quer conforto e navegabilidade. Além das duas suítes, dois banheiros fechados, sala de estar, cozinha e capacidade para 14 passageiros, a embarcação tem uma grande plataforma e espaço gourmet com churrasqueiras. O Rio Boat Show, considerado o maior salão náutico da América Latina, acontece de 25 de abril a 1º de maio, no Píer Mauá. Serão mais de 100 expositores, entre estaleiros e empresas especializadas no universo náutico. KONI CHEGA COM JAPA NA BAIXADA Com 50 lojas pelo Brasil, a rede de fast food Koni chega na Baixada Fluminense. O shopping Grande Rio, em São João de Meriti, ganha a primeira filial este mês, com investimentos de R$ 500 mil. A expansão da marca será pelo modelo Express, próprio para shopping centers e grandes centros urbanos. AZEITES CHILENOS CHEGAM AO RIO Com investimento da Olisur, os azeites Santiago Premium e O-live chegam ao mercado brasileiro diretamente do Chile. Nosso principal investimento está na formação de um excelente time de pessoas que executará com precisão nosso plano de negócios para o Brasil nos próximos anos, explica Carlos Alexandre Silva, diretor de Operações da Olisur no Brasil. Ele não revela quanto investiu em dinheiro, mas afirma que a expexctativa é vender 700 mil litros de azeite na operação do Rio de Janeiro ainda em "Queremos capturar algo como 4% a 5% de market share, diz o empresário, que planeja atuar em todos os segmentos de mercado e espera fechar o ano com pelo menos 3 a 4 mil clientes compradores no Estado. TREINAMENTO PARA O MELHOR DO CAFÉ A multinacional de café Lavazza, presente há 16 anos no Brasil, está investindo R$ 300 mil na inauguração do seu primeiro centro de treinamento, que será aberto este mês. A ideia é investir na formação de profissionais através de uma grade regular de cursos e treinamentos, inicialmente voltados para os principais clientes da marca italiana por aqui. Diretor-geral da Lavazza no país, Cesare Noseda destaca que o segmento de cafés especiais vem crescendo a produção brasileira já representa 15% do mercado mundial, mas existe um imenso potencial a ser ainda explorado. A empresa, que fatura R$ 50 milhões por ano diretamente e através da sua rede de distribuidores no Brasil, prevê fechar 2013 com um incremento da ordem de 20% nesse montante. EMPRESAS FUTEBOL DA BAIXADA GANHA REFORÇO A Granfino, de alimentos, é mais uma empresa que está apostando no futebol. Com sede na Baixada Fluminense, a Granfino renovou o patrocínio ao Nova Iguaçu Futebol Clube e terá sua marca estampada nos ombros da camisa que o time usará para disputar todos os jogos do Campeonato Carioca. O investimento é de R$ 180 mil anuais e o patrocínio prevê também a entrega de 12 toneladas de alimentos do portfólio de produtos da indústria. Os alimentos serão utilizados na preparação das refeições oferecidas pelo clube a cerca de mil crianças de 11 divisões de base da equipe. AUXÍLIO LUXUOSO NA COZINHA Depois de um tempo longe das caçarolas, a chef Flavia Quaresma assina um novo sabor da pizzaria rústica Mamma Jamma, no Jardim Botânico. O Mamma Quaresma leva ingredientes preferidos da mãe de Flávia, daí o nome de batismo do prato. O novo sabor estará disponível até junho. Desde o fechamento de seu restaurante, o Carême, Flavia Quaresma se dedica a trabalhos de consultoria gastronômica. AMBEP QUER MAIS ASSOCIADOS EM 2013 Com mais de 10 mil beneficiários, a Associação de Mantenedores- Beneficiários da Petros (AMBEP) completa 20 anos em Macaé. A expectativa para o ano de aniversário é aumentar em 20% o número de associados, hoje de A associação, que mantém 35 representações, postos e escritórios em todo o território nacional, tem cerca de 34 mil associados, 330 mil beneficiários e atua em todas as regiões do país.
14 14 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 EMPRESAS Editado por: Rachel Cardoso rcardoso@brasileconomico.com.br Celesc estuda parcerias para ampliar parque de geração Empresa avalia 26 projetos que somam potencial de 966 MW, após ter sido afetada pela MP 579 Rafael Palmeiras rpalmeiras@brasileconomico.com.br A Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) estuda 26 projetos que podem aumentar seu parque gerador em 966 megawatts (MW). A busca por novas oportunidades, por meio de parcerias em geração, surgiu após o anúncio da Medida Provisória 579 (agora lei ) que engloba concessões com vencimento entre 2015 e 2017 e que afetou 85% do parque da companhia. O potencial está dentro do plano diretor da companhia que determina um incremento de 300 MW até 2017 e 1 gigawatt (GW) até 2030, explica André Luiz de Rezende, diretor de Novos Negócios e de Relações com Investidores da Celesc. Segundo o executivo, os 26 projetos estão na fase 3, de análise das propostas. As próximas etapas envolvem a apresentação para a diretoria e para o conselho de administração da empresa, afirma Rezende. Atualmente a Celesc opera 12 pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) que juntas somam capacidade instalada de 81,15 MW. Do total, sete PCHS, com potência instalada de 70,20 MW, foram afetados pela MP 579. Já em relação a área de distribuição em que houve a intenção de renovar as concessões o executivo explicou que acredita que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não vai promover mudanças nas bases de remuneração regulatória por conta da renovação. Demissões Assim como a Eletrobras que planeja corte de 5 mil funcionários para se adequar a nova realidade econômica do setor, a Celesc também colocou em prática um Programa de Demissão Voluntária (PDV). A iniciativa, segundo justificou a empresa, foi a responsável pelo resultado negativo de R$ 258,4 milhões em De acordo com Rezende, a Celesc deve ver um efeito positivo do PDV a partir do terceiro trimestre do ano. A saída de funcionários se dá até junho, então ainda neste ano vamos ter a contaminação na folha motivada pelos que estão saindo pelo PDV, diz. Celesc deve cortar mais de 20% do quadro de funcionários A companhia chegou a anunciar que até setembro do ano passado, recebeu a adesão de 734 funcionários ao PDV, o que representava 20,2% do quadro. A expectativa da empresa era a adesão de 652 funcionários. O plano teve como alvo funcionários com ao menos 19 anos de empresa. Henrique Manreza Ainda segundo o executivo, além da redução significativa a partir do terceiro trimestre, a Celesc está em fase final de um plano de eficiência operacional que vai redimensionar os funcionários da companhia. Vamos finalizar o plano até junho, o que vai nos proporcionar uma alavancagem de valor. Eletrosul inicia obra de transmissão de R$ 700 mi A Eletrosul e a CEEE-GT iniciaram as obras para a construção de três novas subestações e a ampliação de uma unidade, no Rio Grande do Sul. Além das subestações, serão construídos 487 quilômetros de linhas de transmissão de extra-alta-tensão (525 kv) que fará o escoamento da energia a ser gerada pelos complexos eólicos da Eletrosul implantados em Santa Vitória do Palmar e Chuí. Segundo a Eletrosul, o complexo de transmissão terá investimentos de R$ 700 milhões e permitirá a integração da metade Sul do estado ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os empreendimentos foram licitados no leilão de transmissão da Aneel realizado em junho do ano passado. R.P. Arena Fonte Nova aposta no entretenimento Mauro Akin Nassor/Folhapress Expectativa é recuperar os R$ 591,7 mi investidos em 10 anos com ações de marketing André Pires * andre.pires@brasileconomico.com.br O futebol representará inicialmente 45% da receita do estádio Não era carnaval, mas Salvador viveu um fim de semana agitado. Desde sexta-feira com a presença da presidente Dilma Rousseff dando o primeiro chute simbólico, a Arena Fonte Nova atraiu os olhares dos baianos e dos amantes do futebol. Com o prazo final da Fifa cada vez mais próximo para a entrega das arenas, a Bahia inaugurou o terceiro estádio para a Copa do Mundo e a das Confederações. Ao contrário das outras duas sedes, Belo Horizonte e Fortaleza, tudo transcorreu dentro do planejamento. Agora é tentar colher os frutos e recuperar o investimento de R$ 591,7 milhões. Serão 35 anos administrando a Arena. Podemos dizer que o período de 10 anos será suficiente para recuperarmos o aporte feito, comentou Carlos Eduardo Paes Barreto, diretor superintendente da OAS Arenas. Construída por meio de uma PPP (Parceria Público-Privada) entre o governo do estado da Bahia e a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP), concessionária formada pela OAS Arenas e Odebrecht Participações e Investimentos, a arena traz o conceito multiuso. A intenção é não ser apenas um campo de futebol. Temos estrutura para trabalhar vários negócios, uma área comercial e espaços para isso. Vamos ter condições de fazer grandes eventos, ressalta Barreto. Nos Estados Unidos e na Europa, este conceito está disseminado. Os jogos de futebol dos times europeus representam em média 24% da receita das arenas multiusos, o que demonstra a capacidade de negócios em outras áreas. A Arena Fonte Nova estima que a bilheteria do futebol representará inicialmente 45% da receita. Por conta dos contratos de exclusividade que a Fifa tem com seus patrocinadores, o empreendimento encontra dificuldades para encontrar parceiros. A empresa tem que investir para montar um espaço, que vai ser desmontado nas duas competições e montar de novo, explica Frank Alcântara, presidente da FNP. Até agora, o grande negócio foi assinar o contrato de naming rights da arena com o Grupo Petrópolis. A cervejaria pagará R$ 10 milhões anuais por um período de 10 anos, com a possibilidade de renovação, para ter a marca Itaipava no nome do complexo. Além disso, fora os eventos organizados pela Fifa, a companhia terá exclusividade na comercialização de bebidas dentro do estádio. Temos a prioridade e apesar de não estar assinado, já vejo o nome Itaipava Arena Fonte Nova por 30 anos, enfatiza Douglas Costa, diretor de mercado da empresa. Agora a missão da FNP é atrais empresas interessadas em investir nos espaços disponíveis. São70 camarotes, 40 quiosques de alimentação e lojas espalhadas pela arena. Para o ano de 2013, a administradora já assinou um contrato com o Bahia para receber todos os jogos do clube na temporada. Além disso, o Vitória realizará cinco jogos, em uma espécie de degustação do estádio, uma vez que o clube possui um campo próprio. Na área de entretenimento, o espaço espera receber um grande show ainda este ano. *O repórter viajou a convite da empresa
15 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 15 Divulgação PETROBRAS Vazamento em oleoduto atinge praias de SP A mancha de óleo causada após vazamento de combustível em uma das redes do Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), da Petrobras, espalhou-se por pelo menos dez quilômetros e afetou nove praias do município de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Até que sejam concluídas análises do impacto ambiental, o acesso dos banhistas às praias Deserta, Porto Grande, Ponta da Cruz, Arrastão, São Francisco, Figueira, Portal da Olaria, Cigarras e Enseada está proibido. Eric Piermont/AFP Cerveja artesanal pega carona na fama da grife Prada A fachada do centenário hotel parisiense que já hospedou Grace Kelly, Gary Cooper e Jackie Kennedy Plaza Athénée compra imóveis para expandir Hotel suspende reservas para segundo semestre e ficará fechado até julho de 2014 Flavia Galembeck Flavia.Galembeck@brasileconomico As janelas do Plaza Athénée, um dos mais tradicionais hotéis em Paris, de onde é possível ver a Torre Eiffel ou os charmosos telhados do Montmartre, devem fechar em breve para reforma. Segundo um operador de turismo integrante do Virtuoso, do qual fazem parte agências especializadas em viagens de luxo, alguns prédios próximos, como o da joalheria Harry Wiston, no mesmo quarteirão, serão integrados ao hotel. O grupo já informou ao seleto grupo de operadores que as reservas estarão suspensas de primeiro de outubro deste ano a primeiro de julho de Pelo site, é impossível fazer reservas após outubro de A diretora de comunicação do hotel,isabelle Maurin, confirma que o grupo Dorchester Collection, dono do hotel, comprou três imóveis ao lado do Plaza Athénée, mas não entra em detalhes sobre o destino dos imóveis. Expansão parece ser a atual palavra de ordem na hotelaria francesa de luxo. Especialmente depois que o Hotel George V, que pertence ao príncipe saudita Alwaleed bin Talal, consumiu US$ 125 milhões para se repaginar e crescer, antes de reabrir no segundo semestre do ano passado. O movimento provocou uma onda de reformas entre seus concorrentes, como o Ritz, por exemplo, que fechou suas portas recentemente e só deve reabrir no ano que vem, totalmente modernizado. Hotel cinco estrelas comemora cem anos no próximo dia 20 com balões coloridos, bolo gigante e cardápios exclusivos Com cinco restaurantes um dos quais pilotado pelo chef três estrelas no Michelin, Alain Ducasse - e um bar, o Plaza Athénée de Paris tem um spa da grife francesa Dior e uma adega ímpar. A diária para a acomodação mais simples custa 735, sem as taxas de serviço. Mas o pernoite pode alcançar 30 mil nas suítes mais sofisticadas. Entre os mimos oferecidos aos hóspedes estão o menu com seis diferentes travesseiros, um minibar com 80 itens e um assistente pessoal para cuidar de reservas em restaurantes e teatros, compras e outros luxos. Os operadores das agências de luxo especulam se na reabertura o restaurante de Ducasse permanecerá no hotel. Pelo que consta, não são raros os atritos entre o famoso chef e administração do Plaza, pois os hóspedes não tem prioridade no estralado restaurante, que privilegia consumidores de vinhos raros na hora de reservas de mesas. O grupo do qual o Plaza Athénée faz parte pertence ao sultão de Brunei, Hassanal Bolkiah, e reúne ainda os hotéis Príncipe di Savoia, em Milão; Park Lane, The Dorchester e Coworth Park, na Inglaterra; Le Richmond, em Genebra; Le Meurice, também em Paris, além de dois nos Estados Unidos: Bel-Air, em Los Angeles, e Beverly Hills, no distrito de mesmo nome. No próximo dia 20, o cinco estrelas vai comemorar um século de existência soltando uma centena de balões coloridos e servindo um gigantesco bolo para os hóspedes. Os restaurantes do hotel criaram pratos alusivos à data. No pilotado por Ducasse, o menu passou a incluir a trufa quente e o patê de galinha da Guiné. No Relais Plaza, a nova receita é cabeça de vitela com molho de tomate apimentado e batatas. O hotel também tem pacotes para quem quiser participar da festa, seja apenas se hospedando no hotel ou incluindo outros eventos comemorativos do centenário. Boa aceitação regional estimula empresa de Rio Claro a investir nas capitais de SP e RJ Flavia Galembeck flavia.galembeck@brasileconomico Fundada há um ano por Marcos Fray e pelo mestre cervejeiro Celso Hofling, dois ex-funcionários da fábrica da Skol em Rio Claro, interior paulista, a cervejaria artesanal Prada quer se se aproximar dos públicos A e B que consomem esse produto com regularidade nas capitais paulista e fluminense. A boa receptividade na região de Rio Claro os estimulou a ir além. "Queremos vender a cerveja Pilsen, o tipo mais consumido no país, a versão escura e os três tipo de chope em supermercados e bares e restaurantes em São Paulo e no Rio de Janeiro", explica explica o responsável pelo marketing da Cervejaria Prada Fábio Fray. Apesar da associação à grife, o nome da marca é o diminutivo dos campos de cevada, chamados de pradaria. A produção artesanal segue a lei de pureza alemã, datada de 1516, e que preconiza apenas água, lúpulo e malte como ingredientes da bebida. Por isso, dependendo da composição, o custo para produzir artesanalmente pode ser até três vezes maior do que a versão tradicional, em que milho e arroz entram na mistura. As cervejas Pilsen e a Black têm embalagens de 355 ml e de 600 ml. Os preços variam entre R$ 8, no varejo, e R$ 15, em bares e restaurantes. São três tipos de chope: Pilsen, Claro e Black, vendidos em duas embalagens. O barril de 5 litros Keg, que conta com um sistema de pressurização para a bebida não entrar em contato com o ar, custa R$ 60. Já no barril descartável (20 a 30 litros) o valor do litro é R$ 9. Em pouco menos de mil metros quadrados, a Prada produz mensalmente 40 mil litros de cerveja e chope. Foram investidos R$ 5 milhões na fábrica, que possui seis tanques com capacidade para 3,5 mil litros cada e que fazem todo o processo de fermentação e de maturação. Normalmente são usados tanques diferentes para as duas etapas de produção. O chope leva 15 dias para ficar pronto. A cerveja precisa de um dia a mais para ser pasteurizada. Versões da alemã Weiss (de malte de trigo) e da inglesa Stout (de malte torrado) serão produzidas em breve. A Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) estima existir 200 microcervejarias, concentradas nas regiões sul e sudeste do Brasil. Segundo a entidade, esse segmento responde por 0,15% do setor cervejeiro nacional, que em 2012 alcançou 13,7 bilhões de litros de cerveja, e deve chegar a 2% da produção total na próxima década. Melhoria de renda da população nos últimos anos e a satisfação sensorial oferecida pelas cervejas artesanais são apontados como os motivos do incremento das vendas desses produtos. O mestre cervejeiro Celso Hofling trocou a Skol pela Prada Divulgação
16 16 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 EMPRESAS Orlando Kissner/AFP COBRANÇA INDEVIDA Anatel multa GVT em R$7 milhões A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) multou a operadora GVT num total de R$ 6,95 milhões em processos que incluem cobrança indevida de consumidores, segundo despacho publicado no Diário Oficial da União. A autarquia também determinou à GVT devolução em dobro "do que se pagou em excesso, acrescido dos mesmos encargos aplicados pela prestadora aos valores pagos em atraso", afirma o texto sem informar detalhes. Reuters Mudanças no conselho dão à HP nova chance de se livrar de problemas Saída de Ray Lane, que esteve envolvido na criticada compra da Autonomy, dá novo fôlego à companhia Aaron Ricadela Bloomberg Ronda Churchill/Bloomberg Meg Whitman, a quarta CEO da HP em três anos, tem o desafio de reverter anos de tumulto na gestão As mudanças no conselho de administração da HP, incluindo a saída de Ray Lane como presidente, dão à CEO Meg Whitman um caminho mais claro para reviver o crescimento da companhia e sacudir anos de tumulto na maior fabricante de computadores do mundo. Ex-presidente da Oracle, Lane não conseguiu usar sua vasta experiência na indústria de tecnologia para ajudar na recuperação da Hewlett-Packard e, por vezes, também foi motivo de vergonha para a empresa, como quando foi fotografado usando um computador da concorrente Apple. Lane, de 66 anos, não conseguiu limpar a mancha do mandato de 11 meses desastrosa do ex-ceo Leo Apotheker e aquisição da empresa de software Autonomy, o que levou a uma baixa contábil de US$ 8,8 bilhões e acusações de fraude contábil. Agora, a diretoria está buscando um novo presidente com experiência global e que possa dedicar mais tempo e energia à HP, segundo Pat Russo, diretor da empresa, disse em um comunicado enviado por . Até então, Ralph Whitworth irá servir como presidente interino. Alguém tem que ser responsável simbolicamente, afirma Jeffrey Sonnenfeld, professor de administração da Universidade de Yale. Além da saída de Lane, a HP anunciou também que os diretores G. Kennedy Thompson e John Hammergren tambémestão deixando a sede da empresa, em Palo Alto, na Califórnia, segundo comunicado enviado na semana passada. Lane é conhecido por ter ajudado a Oracle a reparar a relação com os clientes nos anos 90. Na época em que foi escolhido como presidente do conselho da HP, os investidores viram nele alguém com raízes profundas nas áreas de tecnologia e capital de risco capaz de trazer estabilidade e ajudar a HP a focar em produtos e serviços para clientes corporativos. Após a saída do ex-ceo Mark Hurd da HP, que deixou em agosto de 2010, Lane entrou em cena ao lado de Apotheker. Porém, os dois não foram capazes de fazer a transição dos computadores pessoais e outros tipos de hardware, tradicionalmente vendidos pela empresa, para o software, mais lucrativo. Bode expiatório Lane está desistindo da presidência do conselho duas semanas após os investidores o reelegerem com uma pequena maioria de votos, mesmo com a recomendação de Lane para a aquisição da Autonomy. Segundo uma fonte próxima ao executivo, depois de 20 de março, quando houve uma reunião de acionistas da companhia anual no Museu da História do Computador no Vale do Silício, Lane sentiu que não lhe foi dado crédito suficiente quando a empresa decidiu demitir Apoetheker. Lane é claramente o bode expiatório para a aquisição fracassada da Autonomy, afirma Bill Kreher, analista da Edward Jones & Co., que recomenda a venda das ações da HP. Para Erik Gordon, professor da Ross School of Business da Universidade de Michigan, dispensar Lane é a coisa certa, mesmo que um pouco tarde. Ele foi presidente durante os anos mais horríveis da HP, afirma. Mesmo com estas turbulências, a empresa tem mostrado progressos sob a gestão de Meg Whitman, que é a quarta CEO em menos de três anos. Hilco fecha acordo para resgatar a britânica HMV Carl Court/AFP Deloitte foi contratada em janeiro para encontrar um comprador para a empresa Reuters redacao@brasileconomico.com.br A especialista em reestruturação Hilco comprou na última sexta-feira a famosa varejista de entretenimento britânica HMV, garantindo o futuro da empresa de 92 anos e preservando empregos. A Hilco, que já detém a HMV Canadá, informou que adquiriu a empresa e alguns ativos da HMV, incluindo 141 lojas, 25 das quais estavam programadas para serem fechadas pela administradora Deloitte. Informações da mídia avaliaram o negócio em 50 milhões. A Deloitte foi contratada pela HMV em janeiro para encontrar um comprador para a empresa, após uma longa batalha contra o declínio dos mercados de CDs, DVDs e videogames, e concorrência feroz de supermercados e comércio eletrônico. Para tentar estimular as vendas, a empresa estava se focando na venda sob demanda em tablets e outros dispositivos, mas a Hilco disse nesta sexta-feira que o movimento seria revertido e que tentará "recuperar o espaço para uma música de qualidade e variedade visual". Este é um investimento emocionante para a equipe Hilco, e poderemos usar alguns dos desenvolvimentos já em progresso no Canadá para recuperar a HMV, afirma Ian Topping, da Hilco, acrescentando que o acordo teve o apoio de proprietários e fornecedores. A HMV, cuja primeira loja na Oxford Street, em Londres, foi aberta pelo compositor britânico Edward Elgar, em 1921, tinha cerca de 230 lojas. Rede de entretenimento britânica tem mais de 230 unidades
17 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 17 David Paul Morris/Bloomberg TECNOLOGIA SAP quer 1 mil startups até o final de 2013 A alemã SAP trouxe para o país seu programa de desenvolvimento de novas empresas, o Startup Focus Program, que, globalmente, tem a meta de sair dos atuais 153 empreendimentos e alcançar 1 mil até o final deste ano. Para ser uma startup da SAP basta pensar numa solução que utilize a tecnologia Hana e que atinja necessidades específicas de um segmento da indústria. Em contrapartida, a fabricante oferece apoio com a divulgação entre os meios de comunicação, entre outras coisas. itweb Investimento da Samsung cria debate Denis Doyle/Bloomberg Sul-coreana já gasta mais em marketing do que em inovação, o que pode ser um passo em falso Reuters redacao@brasileconomico.com.br A Samsung está gastando mais em marketing do que em pesquisa e desenvolvimento pela primeira vez em pelo menos três anos, o que levou alguns especialistas a alertarem que a gigante de TI está abrindo mão da inovação no momento em que o mercado está repleto de aparelhos cada vez mais inteligentes. A empresa sul-coreana, sob comando de Lee Kun Hee, já informou que não terá lucro trimestral recorde pela primeira vez desde 2011, parece estar pronta a investir pesado para promover futuros dispositivos móveis, incluindo o smartphone Galaxy S4, buscando converter mais e mais usuários de iphone e ipad fiéis à Apple. Enquanto o novo smartphone Galaxy, revelado com muita pompa em Nova York no mês passado, contará com tecnologia de detecção de movimento e para vídeos dependendo se alguém está olhando para a tela, passando por músicas e fotos com o movimento da mão, observadores da indústria dizem que o dispositivo não abalaria uma indústria que vive e morre por inovação. A Samsung ficou para trás na criação de uma nova categoria. A Apple conseguiu criar uma nova categoria com os tablets. Estamos esperando para ver algo assim da Samsung, disse Rachel Lashford, analista da empresa de pesquisa Canalys, em Cingapura. A Samsung investiu recorde de US$ 11,6 bilhões em marketing no ano passado. Este gasto foi US$ 1,3 bilhão superior ao destinado para pesquisa e desenvolvimento. A empresa não fornece previsões para os gastos com marketing e pesquisa e desenvolvimento. Alguns analistas disseram esperar que a Samsung continue gastando mais em suas campanhas de marketing do que em desenvolvimento neste ano, em meio à luta contra a próxima onda de produtos desenvolvidos pela Apple. Não há tanta visibilidade para os produtos no ano que vem, mas esperamos o Galaxy Note 3 ainda neste ano, disse o analista sênior da Stanford Bernstein, Mark Newman, em Hong Kong. O especialista se refere ao phablet, que está mais perto do tamanho de um tablet do que de um celular. Vamos continuar aumentando nossas despesas em pesquisa e desenvolvimento, enquanto o marketing será executado de forma flexível, de acordo com as condições do mercado, disse um porta-voz da Samsung na semana passada. Seokyong Lee/Bloomberg Lee Kun Hee, da Samsung: briga para roubar usuários fiéis da Apple Franco Bernabe, da Telecom Italia: meta é alavancar os papéis Telecom Italia discute possível aliança com a H3G Dona Tim no Brasil, a operadora tem sido pressionada por acionistas por resultados Reuters redacao@brasileconomico.com.br A Telecom Italia iniciou contato com o grupo Hutchison Whampoa, de Hong Kong, para discutir uma possível fusão com a unidade 3 Italia (H3G), afirmou a operadora italiana. Os contatos estão em estágio tão preliminar e embrionário que a empresa não pode fazer mais comentários sobre o assunto, informou a companhia em comunicado. Segundo a operadora italiana, o assunto será levado ao conselho da empresa em reunião programada para 11 de abril. O presidente do conselho da Telecom Italia, Franco Bernabe, está sendo pressionado por acionistas para entregar retornos mais altos e elevar o preço das ações do grupo italiano, que está em mínimas históricas. As ações da Telecom Italia avançavam nesta sexta-feira, com investidores aprovando a mais recente tentativa do grupo de recuperar seus números. As ações chegaram a subir 4% no pregão de sexta. Com uma dívida superior a 28 bilhões, a Telecom Italia está buscando uma estratégia que a ajude a reverter a queda de margens na Itália e a desaceleração do crescimento no Brasil, onde controla a Tim. O plano do Bernabe para trazer um novo investidor fracassou no ano passado, quando o maior acionista da companhia rejeitou uma injeção no grupo de 3 bilhões pelo magnata egípcio Naguib Sawiris. A deficitária H3G tem valor estimado entre 1,5 bilhão e 2 bilhões. A incorporação da H3G à Telecom Italia eliminaria um concorrente doméstico e reduziria a pressão sobre as margens em estão queda. Operadoras se unem para bloquear celular pirata Cadastro único impedirá uso de celular não-homologados pela Anatel a partir de janeiro Cláudia Tozetto, ig São Paulo Operadoras de telefonia celular que atuam no Brasil, como Vivo, Tim, Claro e Oi, trabalham em conjunto para criar um banco de dados único de códigos internacionais de identificação de dispositivos móveis (IMEI, na sigla em inglês). Com o novo cadastro, que estará pronto até o final do ano, as operadoras estarão aptas a bloquear o uso de celulares não-homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já no início de O bloqueio de celulares nãohomologados (modelos que não passaram por testes de laboratórios credenciados pela Vivo, Tim, Claro e Oi trabalham em conjunto na criação de um banco de códigos internacionais Anatel), tenta inibir a venda de aparelhos piratas no Brasil. A categoria de celulares não-homologados inclui aparelhos importados ilegalmente, de grandes fabricantes ou sem marca, modelos falsos que imitam celulares populares e também os celulares que chegam ao Brasil nas malas dos viajantes que voltam do exterior. De acordo com a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), os celulares nãohomologados representam entre 5% e 10% da base instalada de celulares no país. Atualmente existem 263 milhões de linhas ativas. O objeto desta ação são os celulares piratas, que apresentam defeitos acima da média, pois usam componentes de qualidade inferior e entram no Brasil sem recolher impostos, diz Eduardo Levy, diretor-executivo da Telebrasil. As conversas sobre o bloqueio de celulares sem homologação começaram há um ano.
18 18 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 EMPRESAS Jonathan Alcorn/Bloomberg ENERGIA MPX conclui aquisição de usina termelétrica A MPX Energia, de Eike Batista, concluiu a aquisição da totalidade do capital social do projeto MC2 Nova Venécia, usina termelétrica com capacidade instalada de 176 MW. A usina, uma parceria entre a MPX, a joint-venture formada com a E.ON SE e a Petra Energia, recebeu em 26 de março autorização do Ministério de Minas e Energia para alteração do combustível e transferência de localidade para o Complexo Termelétrico Parnaíba, em Santo Antônio dos Lopes, no Maranhão. Presidente da Bic no Brasil é escolhido Personagem da Semana em votação Com 61,2% dos votos, Horacio Balseiro afirmou que resultado é reconhecimento da marca Juliana Ribeiro jribeiro@brasileconomico.com.br Após as últimas votações feitas pelo portal do BRASIL ECONÔMICO, Horacio Balseiro, presidente da Bic no Brasil foi o executivo escolhido como o Personagem da Semana. Com 61,2% dos votos, o executivo de origem uruguaia concorreu com figuras como Rogelio Goldfarb, vice-presidente da Ford, que obteve 19,9% dos votos; e Eike Batista, presidente do grupo EBX, que apesar de figura bastante conhecida, fechou a semana com 11,3% dos votos; enquanto João Rossi, fundador do Grupo Rossi, obteve 2,8%; seguido por Mauro Arce, presidente da Cesp que obteve 2,4%; e Paulo Kakinoff, presidente da Gol, também com 2,4% dos votos. Com uma estratégia de negócios bem desenhada para promover seu mais novo lançamento, a linha de barbeadores masculinos Flex4, na categoria Premium, a companhia aposta no mercado brasileiro para alavancar o crescimento da companhia. Tanto é que o lançamento mundial do produto foi feito a partir de São Paulo, em uma barbearia da Vila Madalena. Do escritório em São Paulo, Balseiro falou sobre a satisfação em ter vencido a votação da semana, entre 1º a 5 de abril. Sinto-me muito honrado em ter sido eleito Personagem da Semana pelos leitores e consumidores, que enxergam a BIC como uma marca que está presente no dia a dia de todo mundo, a toda hora e em todo lugar, disse. A razão para que a estratégia da companhia tenha no Brasil um de seus principais focos está nos números. Atualmente, o mercado brasileiro representa 13% dos negócios globais do grupo francês, mas segundo Balseiro, a meta é fazer com que o mercado da BIC no país cresça mais do que as demais regiões da companhia nos próximos anos. Por isso a companhia está investindo no desenvolvimento de produtos premium, de maior valor e com maior tecnologia, a fim de brigar nas gôndolas pela liderança de mercado com a Gillette, da Procter & Gamble e com os produtos da Bozzano, da Hypermarcas, no mercado de barbeadores desde Mercado em expansão O segmento de barbeadores é, dentro da BIC, o terceiro maior em vendas, segundo o relatório de desempenho de 2012 e o que mais cresceu no ano passado, quando as vendas globais da companhia chegaram a US$ 2,4 bilhões. Por isso, a empresa não descarta investir em lançamentos para o público femininos. Enquanto as vendas de papelaria fecharam o período com US$ 797 milhões e crescimento PERSONAGEM DA SEMANA de 5%, a unidade de barbeadores cresceu 13,8% e fechou o ano com US$ 481,8 milhões em vendas. Após o lançamento da nova linha de barbeadores, a BIC também prepara novidades em outras frentes. Já fizemos os lançamentos de volta às aulas do início do ano e estamos preparando o próximo, diz Balseiro. Ele revela também que novidades como pilhas recarregáveis e outros produtos do segmento de papelaria e isqueiros devem ser anunciados entre este ano e o próximo. Estamos sempre investindo em inovação, diz. RESULTADO DA ENQUETE DE 4 A 8 DE MARÇO Horácio Balseiro, presidente da BIC 61,2% Rogelio Golfarb, vice-presidente da Ford 19,9% Eike Batista, dono do Império X 11,3% João Rossi, fundador da Rossi 2,8% Mauro Arce, presidente da Cesp 2,4% Paulo Kakinoff, presidente da Gol 2,4% Confira quem são os novos candidatos Votação Real Time Quem é o Personagem da Semana? José Luiz Acar Presidente do banco PanAmericano Luis Curi Presidente da Chery no Brasil Julian Thomas Diretor superintendente da Hamburg Sud 0 votos 0 votos 0 votos 0 votos 0 votos Roberto Cortes Presidente da Man Cesar Alierta Presidente mundial da Telefónica A tecnologia que muda a internet Paul Laudicina Sócio e ex-presidente da consultoria A. T. Kearney 0 votos Entre os executivos estão Roberto Cortes, CEO da Man e Cesar Alierta, datelefônica A escolha do personagem da semana começa hoje e vai até sexta-feira. A votação é feita no site do BRASIL ECONÔMICO (www. brasileconomico.com.br) e será encerrada ao meio-dia da sextafeira. O resultado será publicado na edição de 15 de abril. Entre os escolhidos está José Luiz Acar, presidente do banco PanAmericano. O executivo disse acreditar que o ambiente econômico do Brasil melhorou. Atividade bancária tem riscos, mas o ambiente melhorou muito, não vejo problemas sérios. Já Roberto Cortes, presidente da Man, anunciou a retomada dos investimentos com a injeção de R$ 1 bilhão na operação brasileira. Com as vendas que temos hoje, não precisamos de um investimento expressivo para o aumento de capacidade. A Chery vai investir na produção de sua fábrica no Brasil, diz Angelo Dimitre Fotografia/Divulgação Balseiro: meta é alavancar crescimento no mercado brasileiro Juliana Ribeiro jribeiro@brasileconomico.com.br o presidente da companhia no país, Luis Curi. Ainda não definimos quanto será investido na fábrica de motores e nem a capacidade produtiva, mas serão recursos substanciais já que essa unidade vai abastecer toda a América Latina. Cesar Alierta, presidente mundial da Telefónica entra na votação ao anunciar a centralização do comando da região da América Latina em São Paulo. Esse edifício simboliza nosso compromisso com o Brasil e é prova da importância do país para a Telefónica, afirmou. Paul Laudicina, sócio e expresidente da consultoria A. T. Kearney também participa da votação. O Brasil está na iminência de alcançar um novo patamar, mas corre o risco de deixar passar a oportunidade por falta de entrosamento entre o governo e o setor privado. E Julian Thomas, diretor superintendente da Hamburg Sud, que anunciou investimento de R$ 450 milhões na construção de quatro navios. Vamos aumentar nossa capacidade de movimentação em 30%.
19 EMPRESAS Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 19 R$ 170 milhões Foi quanto o Banco Itaú pagou pela compra de 20% do Grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes. CRIATIVIDADE E MÍDIA Alô, Grazi! faz sucesso e Vivo estica criação da Y&R Carolina Marcelino cmarcelino@brasileconomico.com.br PARA LEMBRAR Abre e fecha A Vivo lança comercial Banca 2, disposta a reforçar os atributos de seus serviços pré-pagos. Depois de mostrar um fã que consegue falar com Grazi Massafera após ficar ligando, ligando e ligando, o novo filme da operadora conta a história que veio antes de o protagonista encontrar o telefone da atriz. Com criação da Y&R, a iniciativa destaca o produto Vivo Sempre para clientes do plano prépago da operadora, que permite falar com qualquer Vivo do Brasil por apenas R$ 0,05 por minuto. A campanha gerou tanta curiosidade que resolvemos contar para as pessoas como nosso personagem fez para falar com a Grazi, afirmou a diretora de Imagem e Comunicação da Vivo, Cris Duclos. O filme Banca 2 mostra o jovem ao celular, sob sol e sob chuva, em busca de um contato com a musa. Alô, Grazi Massafera? Não? Ah, não?, Oh, I m sorry!, Conhece alguém que tenha [O TELEFONE], sei lá, mãe, avó?, diz em incontáveis ligações frustradas. O filme termina quando ele finalmente acerta o número da atriz, parando exatamente no ponto onde se inicia o primeiro comercial, veiculado na semana passada: Alô, Grazi?, pergunta antes da resposta afirmativa. Caraca!.... Também para frisar o benefício de o cliente poder fazer muitas ligações e se conectar o tempo todo pagando pouco sempre, a campanha contará com o A Brasilata é uma empresa que fez história no ramo de embalagens de lata no Brasil pelo sistema de fechamento. Uma de suas grandes invenções foi a tampa Biplus, que permite que o consumidor veja a cor da tinta. A empresa ganhou vários prêmios pela invenção, como o da ABRE, em concurso cultural Alô, Grazi!, criado em parceria com a agência Wunderman. Para participar, basta entrar no hotsite e responder à pergunta Se você descobrisse o telefone da Grazi, o que diria para ela?. Os autores das cinco melhores respostas vão ganhar smartphones e ver a sua frase dar origem a um webfilme. A ação é ancorada ainda por peças de mídia digital. NO MUNDO DIGITAL Fotos: divulgação Purina renova fórmula e embalagem A Purina reformulou as embalagens da linha Pro Plan Cat. A marca passa a chamar a versão para gatos castrados e esterilizados de Sterilized e as embalagens também ganham novo design, destacando os principais benefícios do produto. Outra novidade é a inclusão da tecnologia OptiDigest na comida. JK Iguatemi faz parceria com Philips Hoteis.com dá uma noite de hospedagem Easy Taxi conquista 300 mil usuários ativos O aplicativo Easy Taxi completa um ano de operação em abril, no mesmo mês que a ferramenta atingiu a marca de 300 mil usuários ativos. O app oferece serviço gratuito de chamada de táxi diretamente de smartphones com sistemas Android ou ios. Para pedir um carro, o passageiro informa o local de origem e então o sistema localiza o taxista mais próximo. Assim que o motorista confirmar a solicitação, o usuário recebe o nome, o modelo do carro e o telefone do condutor. VAIVÉM WALTER FURIA Gerente nacional de Vendas da Henkel A Philips faz parceria com a rede Cinépolis para o lançamento da Philips Ambilight Sala 4DX. A sala de cinema do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é a única do estado com efeitos como vento, água, cheiros e poltronas com movimento e luzes especiais. A iniciativa visa promover as TVs Philips com Ambilight. O site Hoteis.com dará uma noite de hospedagem grátis para quem comprar de três a cinco diárias em Buenos Aires, Argentina. A oferta é válida para as compras realizadas até 30 de abril com viagens programadas para até 10 de junho. A lista de hotéis participantes está no hotsite. A Henkel, multinacional alemã detentora das marcas Cascola, Loctite e Pritt, anuncia Walter Furia como novo gerente nacional de vendas para a unidade de Adesivos de Consumo no Brasil. Graduado em Engenharia Mecânica pela FAAP, pós-graduado em Marketing pela ESPM e com MBA Executivo pela BSP, Walter Furia tem experiência de mais de 20 anos no mercado. Ele iniciou carreira em 1989 na empresa, onde ocupou o cargo de gerente de vendas da marca Loctite. COM A PALAVRA......HUGO RODRIGUES VP executivo e de criação da Publicis Como é a campanha que a Publicis criou para a Sangue Corinthiano? Começa com uma nova logomarca da Sangue Corinthiano, que já está estampada nas camisas dos jogadores. Para convocar os torcedores para a doação, usamos uma linguagem com a qual essa torcida apaixonada se identifica. A representação do bando de loucos com os craques do time está na camisa de força que eles usam, deixando apenas o braço usado para doar sangue liberado. A ação Sangue Corinthiano é mundial. Atinge também os torcedores que moram no exterior e mantêm contato com a torcida brasileira. Por isso, internacionalizamos também a comunicação e, além dos anúncios com o Alexandre Pato, o Paulinho e o Alessandro, criamos um anúncio em mandarim para o chinês Zizao. Além disso, os jogadores se engajaram nas redes sociais. Qual será o plano de mídia? Essa é uma campanha pró-bono, realizada em parceria com a Sangue Corinthiano e a Fundação Pró-Sangue. Tudo é feito voluntariamente, inclusive as veiculações. É a primeira campanha da Publicis com a Sangue Corinthiano. Mas temos a Fundação Pró-Sangue como cliente e para a qual criamos uma grande campanha que já passou por várias fases, chamada Doe Sangue e Passe a Bola para um Amigo. Há um engajamento da equipe do Corinthians no compartilhamento da campanha pelas redes sociais também. Como o torcedor faz para participar da ação e doar sangue? Em São Paulo, as doações serão realizadas na Fundação Pró-Sangue, no Hospital das Clínicas. Todas as informações sobre onde doar estão no Para os torcedores de outros times mantemos a campanha Doe Sangue e Passe a Bola para um Amigo. C.M.
20 20 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 INOVAÇÃO & ECONOMIA CRIATIVA Editado por: Claudia Bredarioli cbredarioli@brasileconomico.com.br Indústria criativa do estado do Rio desembarca em Milão O objetivo é promover o design fluminense, além de agregar valor ao produto de design nacional Gabriela Murno gmurno@brasileconomico.com.br Vinte e sete expositores do Rio desembarcam este mês em Milão, centro mundial da moda e do design, levando o melhor do mercado criativo fluminense. Pelo quinto ano consecutivo, a cidade italiana vai receber, de 09 a 14 de abril, a exposição Rio + Design, que será realizada simultaneamente ao Salão Internacional do Móvel. A exposição é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, desenvolvida em parceria com o Sebrae-RJ (Agência de Apoio ao Empreendedor e Pequeno Empresário), Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro), e Guardian, e com o apoio da Câmara de Comércio Italiana e do Sigraf (Sindicato das Indústrias Gráficas). Entre os destaques estão a Luminária Pendente Flora, de Zanini de Zanine; a poltrona Ventura, de Fernando Mendes; joias da H.Stern e de Antonio Bernardo, entre outros. NÚMERO DE EMPREGADOS DO NÚCLEO CRIATIVO NO RIO O segmento de arquitetura e engenharia se destaca com mais de 35% de participação SEGMENTOS EMPREGADOS PARTICIPAÇÃO (%) Arquitetura e Engenharia ,40 Publicidade ,40% Software, Computação e Telecom ,60 Design ,20 Pesquisa e Desenvolvimento ,70 Mercado Editorial ,60 Artes ,20 Biotecnologia ,10 Moda ,80 Televisão e Rádio ,50 Filme e Vídeo ,10 Artes Cênicas ,90 Música ,10 Expressões Culturais 508 0,50 Total Fonte: Firjan A ação que incentiva o design fluminense, dentro do programa Rio + Design, é desenvolvida por um conselho consultivo formado por sete profissionais do setor, como explica a Subsecretária Estadual de Comércio e Serviços, Dulce Angela Procópio. Participamos do evento para promover o design do Rio e agregar valor ao produto de design nacional. São mais de 70 produtos de 27 designers. Vinte deles estarão em Milão. Além disso, 70% das peças expostas são de produtos sustentáveis, A versão italiana da Rio + Design é uma vitrine, diz Dulce Divulgação diz Dulce, acrescentando que o produto fluminense costuma ter o mesmo valor agregado do item internacional. Dos segmentos representados, a subsecretária destaca as joias e luminárias, além dos itens relacionados à indústria metal mecânica, que tem forte atuação no estado. Ela afirma ainda que dentro do chamado núcleo criativo o design é o terceiro maior empregador, com 15% de participação e média salarial de R$ 4 mil. Para esta edição serão investidos R$ 700 mil em espaço nobre de 230 metros quadrados na Vila Tortona, um dos principais centros criativos da cidade, localizada ao sudoeste do centro milanês. Com curadoria de Guto Índio da Costa, Cláudio Magalhães e Zanini de Zanine, a exposição contará com projeto de Índio da Costa, e terá cenografia inspirada nos matizes do pôr do sol do Rio. A versão italiana da Rio + Design 2013 é uma excelente vitrine, destaca Dulce. Indústria criativa fluminense Com o desenvolvimento dos setores criativos, no Rio já há 26 mil empresas produzindo bens e serviços criativos, aponta estudo da Firjan, que se traz dados de Segundo a análise, baseado na massa salarial gerada por essas empresas, estima-se que o núcleo criativo gere um Produto Interno Bruto (PIB) equivalente a R$ 18,8 bilhões, o que corresponde a 4,1% de tudo que é produzido no estado. No estado, este mercado emprega 96 mil profissionais, o segundo maior contingente do Brasil, perdendo apenas para São Paulo. O destaque é o segmento de Arquitetura & Engenharia, com mais de 34 mil empregados. Com renda média de R$ 7.275, quase quatro vezes superior à média do mercado de trabalho estadual (R$ 2.002), a indústria criativa fluminense é a mais bem paga do Brasil. Britânicos criam similares a tecidos vivos Material sintético foi desenvolvido por meio de uma impressora tridimensional Cientistas britânicos criaram com uma impressora tridimensional um material sintético similar a tecidos vivos com potencial para ter aplicações médicas, segundo pesquisa publicada nos Estados Unidos. Este novo tipo de material é formado por milhares de gotas d água, encapsuladas cada uma em um filme gorduroso e unidas entre si, capazes de efetuar certas funções das células do corpo humano. Esta rede de gotinhas poderia fazer parte de uma nova tecnologia para administrar medicamentos e substituir possíveis tecidos danificados no organismo. Levando em conta que este material é totalmente sintético, Objetivo é criar estruturas capazes de executar as mesmas funções dos tecidos sem genoma e sem capacidade de replicação, isto permite evitar os tipos de problemas encontrados com os tecidos artificiais, como os que usam célulastronco humanas, explicaram os autores da pesquisa, publicada na edição de 5 de abril da revista americana Science. Nosso objetivo é criar estruturas capazes de efetuar as funções destes tecidos, afirmou o professor Hagan Bayley, do departamento de química da Universidade de Oxford, que chefiou o estudo. AFP Nestlé prevê que água substituirá refrigerante A água engarrafada será a bebida preferida dos americanos em cinco ou seis anos, disse em Washington o presidente da empresa Nestlé Waters North America. As vendas (de água) subiram 7% no ano passado, a alta mais expressiva em seis anos, afirmou Kim Jeffery, enquanto as de refrigerantes caíram paralelamente 1%. A tendência se reforça e se acelera, visto que o consumo de refrigerante atravessa um mau momento, acrescentou. Por volta de 70% do aumento das vendas de água engarrafada nos últimos dez anos ocorreram em detrimento dos refrigerantes, afirmou. Jeffery minimizou o impacto de uma campanha promovida por defensores do meio ambiente para proibir a venda de água engarrafada em campus universitários por considerar nociva a embalagem plástica. Nas escolas, os professores doam garrafas reutilizáveis aos alunos. AFP
21 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 21 HELISSON LEMOS Diretor-geral do MercadoLivre no Brasil Roberto de Oliveira/Folhapress Comércio online e geração de empregos Venda de produtos desenvolvidos manualmente por meio do artesanato traz renda adicional Feira gera trabalho e renda para artesãos Iniciativa da Rio Artes Manuais envolve também a capacitação dos profissionais Candido dos Santos Júnior era hipertenso. Foi no artesanato que ele encontrou, há um ano e meio, o remédio para a pressão alta. Comecei a pintar caixinhas, fui me tranquilizando, me acalmando, o nível de estresse foi baixando. Isso aqui virou minha vitamina para relaxar e até ganhar um dinheiro extra, disse Candido, enquanto fazia uma aula de scrapbook (recortes e colagens) na sétima edição da Rio Artes Manuais, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro. Outra artesã que aproveitou o evento para ampliar seus conhecimentos foi Ana Eloy. Ela mora em Santa Rita, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e veio conhecer uma nova técnica de pintura, uma vez que já pinta sem pincel. Temos que nos especializar em várias coisas. Ficar somente em uma coisa é engatinhar. Ana vende o artesanato que faz. É uma renda adicional muito boa para mim. Faço fuxico, faço caixinhas, toalhas de lavabo, de rosto, de banho, toalha para criança, contou. A Rio Artes Manuais é a maior feira de capacitação em artesanato do estado do Rio de Janeiro e uma das maiores do país. A exposição é organizada pela empresa Caçula, do segmento de artesanato, aviamentos e papelaria, e conta com a parceria da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis) e da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico Solidário da prefeitura carioca (Sedes). A feira reúne as maiores indústrias nacionais de artesanato, que promovem aulas gratuitas para os visitantes. Nesta edição, serão mais de 20 mil aulas de capacitação de todos os tipos de técnicas artesanais. A diretora de Economia Solidária e Comércio Justo da Sedes, Ana Asti, também vicepresidente da Organização Mundial de Comércio Justo (WFTO, do nome em inglês), disse que a melhor forma de gerar trabalho e renda é por meio da inclusão produtiva. E esse evento é super importante por trazer o debate do artesanato como segmento de geração de emprego e renda por meio das mãos das pessoas, do trabalho artesanal das pessoas. A gente acredita muito nisso quando fala de economia solidária e de comércio justo. Ela acrescenta ainda que feiras como a Rio Artes Manuais contribuem para a formação de uma identidade artesanal para o estado do Rio de Janeiro. Atividade artesanal é vista como meio para acabar com a pobreza Diferentemente da Bahia e de Minas Gerais, por exemplo, que são identificados pelo artesanato que produzem, o Rio de Janeiro carece disso ainda, acentuou. Clarice Cavalcante é secretária executiva do Fórum de Economia Solidária do Rio de Janeiro e vice-presidente do grupo de mulheres trabalhadoras da favela da Maré (Devas), na zona norte do Rio, criado em O grande lance da capacitação é que a gente vai trabalhando a qualificação junto com a comercialização, dentro dos princípios da economia solidária. O Devas entrou no Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário e obteve a oitava classificação. Em maio, o grupo vai participar da Semana Mundial de Comércio Justo, no Rio. A gente vê o progresso do grupo, vê mulheres recebendo na Maré mais de R$ 2 mil por mês. Eu acho que o artesanato é a melhor possibilidade de geração de trabalho e renda, porque todas as pessoas têm uma habilidade. Precisa só burilar, diz. Clarice acredita que se houver uma integração da sociedade com esse tipo de trabalhador, os grupos de artesãos tendem a crescer. Tenho certeza absoluta que a via de acabar com a pobreza é arranjando trabalho para o povo. ABr Otimizar o tempo, agilizar o processo de compra, comparar preços em diversos lugares, não sentir-se pressionado pelos vendedores na hora da decisão de compra, fugir das filas e do trânsito são alguns dos fatores que fizeram do comércio eletrônico o sucesso atual. A comodidade e facilidade oferecidas pelo e-commerce faz este segmento crescer a cada dia. De acordo com a última pesquisa realizada pela Nielsen Company, a pedido do MercadoLivre, que fez uma radiografia do impacto econômico e profissional das atividades oferecidas pelo site de e-commerce, hoje 145 mil pessoas na América Latina têm o marketplace como a sua principal fonte de renda. Realizada em oito países na América Latina (Argentina, Brasil, México, Venezuela, Peru, Uruguai, Chile e Colômbia), a pesquisa contou com a participação de 3,9 mil grandes vendedores da plataforma e revela que dois em cada dez entrevistados deixaram seu trabalho anterior para dedicar-se às vendas no site. Para 45% deles sua renda mensal é gerada por duas frentes de trabalho: o MercadoLivre e seu trabalho habitual. A pesquisa aponta que na América Latina houve um crescimento regional de cerca de 40% nas vendas de 2012 do setor e 61,7% do volume de O número de companhias novas focadas no e-commerce cresce a cada dia por conta da facilidade de acesso às novas tecnologias e maior familiaridade da população com a Internet negócios realizados pelas empresas correspondem às vendas pela internet. De toda esta movimentação, 89% do volume de negócios é realizado através do MercadoLivre. No Brasil, por exemplo, os empreendedores apontaram que as vendas pela internet representam 73,5% do volume total de negócios, e desse total, 64,1% são proveniente das vendas através da plataforma. Já uma pesquisa encomendada pela Visa à empresa América Economia Intelligence aponta que o setor de e-commerce teve um faturamento de US$ 25 bilhões em 2012 e o Brasil, pela primeira vez, passou a ter 1% de seu PIB voltado a vendas do setor. Ele é o primeiro país da América Latina a atingir a marca, demonstrando o potencial de crescimento do setor em 2013, que tem uma previsão ainda mais agressiva. Isso se dá também em detrimento da maior acessibilidade à internet da classe C. Diante de tais dados, temos que analisar também que esse crescimento exponencial traz outro tipo de vantagem: a geração de empregos. O número de companhias novas focadas no e-commerce cresce a cada dia por conta da facilidade de acesso às novas tecnologias e maior familiaridade da população com a Internet. Para tanto, as novas empresas precisam de mais colaboradores. No que diz respeito à contratação de funcionários, que compõem a estrutura das empresas, a Nielsen apontou que 52% dos vendedores favorecem a economia local e geram postos de trabalho, isto é, 86% dos entrevistados têm entre um e cinco funcionários que atuam diretamente nas vendas online. Agora, quando o assunto é o futuro dos seus negócios, a expectativa de crescimento para o ano é de 35,5%. E para atender a essa crescente demanda, seis de cada dez vendedores entrevistados apontaram que ainda este ano pretendem ampliar o negócio e contratar novos colaboradores para atuar com as vendas online.
22 22 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 FINANÇAS Editora: Léa De Luca lluca@brasileconomico.com.br Subeditora: Priscila Dadona pdadona@brasileconomico.com.br Procura por títulos atrelados a imóveis cresce 21,4% Estoque de CRIs passa de R$ 34 bi na Cetip, mas juros pagos estão cada vez mais baixos desde o ano passado Ana Paula Ribeiro e Vanessa Correia financas@brasileconomico.com.br A procura por ativos que sejam seguros e, ao mesmo tempo, ofereçam uma remuneração considerada ao menos razoável pelo investidor elevou a demanda por certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) em 21,4% nos últimos 12 meses. Quem tem se beneficiado desse cenário são os emissores, que estão pagando juros mais baixos nessas operações que possuem como lastro ativos imobiliários. Se há cerca de dois anos era comum que esses papéis pagassem até mais de 11% ao ano e uma correção pela inflação, sendo o IGP-M o indexador mais utilizado, agora é possível fechar operações com taxas entre 5% e 8% ao ano, além da correção sendo que há um maior uso do IPCA nas estruturações mais recentes. Há uma demanda forte nos mais diversos tipos de emissores, afirma o sócio da Ápice Consultoria Financeira, Fernando Brasileiro. Segundo dados da Cetip, o estoque de CRI era de R$ 34,87 bilhões ao final de março, um crescimento de 21,3% no acumulado de 12 meses. Uma das justificativas para essa demanda, além dos juros no país em patamares historicamente baixos, é o fato do investimento em CRI ser isento de imposto de renda (IR) para as pessoas físicas. Ou seja, é uma opção mais atrativa em termos de retorno financeiro em relação a outros ativos. O sócio do escritório de advocacia N,F&BC, Carlos Eduardo Ferrari, lembra que para ser atrativo, o CRI precisa pagar ao menos o mesmo que um título público. E o motivo é o benefício fiscal. A isenção tributária oferecida nesse tipo de título permite que seja mais atrativo que outros ativos, como debêntures, explica. A demanda aquecida tem facilitado o trabalho das empresas de securitização especializadas em ativos imobiliários. A Ápice nasceu em agosto e começou a operar em setembro. Em janeiro, já conseguiu concluir o seu primeiro CRI, de R$ 30 milhões de um loteamento. Uma outra operação está em curso, também de um loteamento. Brasileiro, que antes era presidente da Cibrasec, afirma que o CRI acaba sendo uma boa alternativa para as empresas de loteamento urbano, que não possuem acesso aos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da caderneta de poupança. Os bancos são mais acostumados a financiar incorporações e a construção. É um mercado menos propício a toma crédito com os bancos, diz. Ferrari também tem ajudado a assessorar operações de CRIs com lastros em loteamentos: há uma em São Paulo e outra em Bonito (MS) em andamento. Juntas, somam quase R$ 70 milhões. Esse é um dos segmentos em que mais temos estruturado CRIs porque o spread do loteador é maior que o spread da incorporadora, o que permite que o cedente aceite um deságio maior, premiando quem adquire as cotas. Já para o diretor da Gaia Securitizadora, João Pacífico, os CRIs que possuem como lastro loteamentos não são exatamente uma novidade. Para ele, a novidade é a securitização de imóveis de empresas de médio porte, que possuem menor acesso ao mercado de capitais, e operações na faixa entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões ficarão LASTRO IMOBILIÁRIO Evolução do estoque de CRIs, em R$ bilhões 34, DEZ/11 27,80 Fonte: Cetip *até dia 5 de abril ABR/13* Fernando Brasileiro, sócio da Ápice: há forte demanda nos mais diversos tipos de emissores mais comuns. Estamos finalizando uma operação no valor de R$ 50 milhões e que o proprietário fez isso para alongar suas dívidas. Pacífico está otimista com o mercado em Afirmou que há muitas operações represadas que devem ser concluídas nos próximos meses. Ele prevê que o volume feito pela Gaia chegue a R$ 3 bilhões, ante R$ 1,2 bilhão. É que devemos ter algumas operações grandes. A mesma visão é compartilhada por Ferrari. O escritório é o segundo maior na assessoria de emissões de CRIs. Entre janeiro e março, foram 13 operações que totalizaram R$ 1,8 bilhão. Esse número é igual ao realizado no ano passado, quando o volume foi de R$ 800 milhões. Já em 2011, foram 15 operações e R$ 1,5 bilhão em volume. Nunca fizemos tantas emissões de CRIs como nesse trimestre, o que nos faz pensar que 2013 será um ano muito bom para o mercado, diz Ferrari. Divulgação Irmão menor, CRA também tem isenção de IR Não apenas os recebíveis imobiliários estão no radar do investidor. Ativos lastreados em recebíveis do agronegócio também começam a ser colocados em estruturas de securitização para serem ofertados ao investidor. O mercado ainda é pequeno. Segundo a Cetip, era de R$ 561,08 milhões o estoque dessas operações ao final de março, um avanço de 58,3% em 12 meses. Quem tem apostado nesse segmento de securitização é a Gaia, que criou o braço Gaia Agro para tomar conta dessas operações. Duas já estão em andamento e o objetivo é fazer ao menos cinco em Segundo o diretor da empresa, João Pacífico, o objetivo é realizar entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões dessas operações em Não é um mercado tão grande como o de CRIs, mas está crescendo, conta. Assim como o CRI, o investidor pessoa física também está isento do pagamento do Imposto de Renda sobre os rendimentos desses títulos, o que acaba sendo um atrativo. De acordo com Pacífico, as securitizações de ativos do agronegócio estão saindo a uma taxa entre CDI mais 2% a CDI mais 4%. Já o lastro dessa securitização pode ser bem variado. É possível ter um CRA lastreado em contratos de venda de cana-de-açúcar a uma usina ou de açucar e álcool a alguma trading. O lastro é sempre a venda de algo futuro, diz Pacífico. A.P.R.
23 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 23 Adriano Machado/Bloomberg BANCOS Fitch vê abordagem positiva ao longo de ciclos A Fitch Ratings avaliou de forma positiva as notas dos bancos brasileiros ao ao longo dos ciclos econômicos. De acordo com a análise, 52% das ações de rating desde janeiro de 2003 eram afirmações; 16% correspondiam a elevações; e apenas 2% eram de rebaixamentos. Isso, apesar das várias e algumas vezes abruptas mudanças ao longo dos ciclos. A maioria dos ratings de bancos não refletiu essas tendências da atividade econômica. Custo da regulamentação já chega a 10% no setor financeiro Essa é a maior preocupação de 400 investidores e gestores ouvidos em pesquisa global Flávia Furlan ffurlan@brasileconomico.com.br OS 13 MAIS Aspectos da gestão de risco que mais preocupam gestores e investidores* A entrada em vigor de regulamentações mais rígidas para o sistema financeiro entre elas o Basileia 3, o Solvência 2 e a lei Dodd Frank já elevam os gastos de bancos, seguradoras e outras instituições. E, quanto mais elas demoram a ser finalizadas, mais tiram a paciência dos setores envolvidos e sobem os custos. É isso que mostra estudo mundial realizado pela empresa de serviços em tecnologia SunGard, divulgado com exclusividade ao BRASIL ECONÔMICO, no qual 45% das companhias dizem que as regulamentações aumentam os custos dos negócios. O coordenador da pesquisa na SunGard, Laurence Wormald, que tem passagens pelo Deutsche Bank, Banco Central Europeu e Banco da Inglaterra, afirma que os custos se diferem de acordo com o país, ou como a regulamentação será implementada. No geral, os custos da regulamentação nos negócios representavam algo entre 1% ou 2% e, agora, vão de 5% a 10% em algumas regiões. A pesquisa foi realizada em parceria com a Associação Internacional de Profissionais de Gestão de Risco (PRMIA), com 375 profissionais de gestão de risco (de diretores a analistas) e clientes da SunGard (gestores, fundos, corretoras de valores, grandes bancos, além de empresas de investimentos independentes), de 60 países, entre eles o Brasil. As regras de Basileia, que tratam do requerimento de capital para bancos, estão sendo implementadas em um prazo de seis anos, começando em janeiro de 2013, mas mercado e reguladores colocam pressão sobre os bancos para que as metas sejam alcançadas antes do prazo determinado. Já as de Solvência, que afetam diretamente seguradoras e 1 Regulação 2 Risco de liquidez 3 Risco de contraparte 4 Desenvolvimento de cultura de risco 5 Garantias colaterais em contratos derivativos 6 Integração de riscos ao porcesso de investimento 7 Corte de custos 8 Integração de riscos nas diferentes áreas da empresa 9 Demonstração de valor da gestão de riscos 10 Transparência - comunicar adequadamente os riscos aos investidores 11 Metodologia de riscos 12 Precificação dos riscos entre diferentes ativos cruzados 13 Altos custos de manutenção e taxas de vendor Fonte: Sungard * Pesquisa realizada globalmente com cerca de 400 profissionais de risco, em 60 países indiretamente fundos que têm este público como clientes, estão sendo pensadas há cerca de uma década e não devem ser implementadas antes de No caso do Dodd Frank, que trata do sistema financeiro americano em geral, e não apenas bancos, a aplicação não precisará ser feita até julho de 2014, prazo dado anteriormente, apesar de a legislação ter sido aprovada em julho de 2010 pelo presidente Barack Obama. Muito mais do que a aplicação dessas regras, as incertezas quanto ao prazo que isso será feito tira a paciência dos setores envolvidos. Um em seis entrevistados pela pesquisa diz que jogou dinheiro fora tentando ser proativo para se adequar às regras. O dado positivo da pesquisa é que este cenário fez 36% das empresas prestarem mais atenção ao gerenciamento de risco, sendo que em 21% delas isso é feito a partir do monitoramento de indicadores-chave de risco. No levantamento, 81% dos entrevistados afirmaram que o gerenciamento de risco se tornará mais importante em 2013 para elevar o capital. Um caso que trouxe o assunto de gerenciar risco à tona foi a liquidação da corretora de 81% afirmam que gerenciar risco será mais importante para elevar capital em 2013 Andrew Harrer/Bloomberg Perda de US$ 6 bi do banco JP Morgan, após estratégias complexas de operações, chamou a atenção commodities e futuros MF Global, depois de adotar iniciativas agressivas de negociação com ativos, que acabaram por falhar. Outro foi a perda de US$ 6 bilhões no banco JP Morgan, após estratégias complexas de operações de mercado. A complexidade das operações é algo que chama atenção no Brasil. Historicamente, os produtos do Brasil eram basicamente renda fixa e títulos públicos e vemos o surgimento de novos produtos complexos, como fundos de crédito, muito rápido e isso trará desafios em risco para os gestores do Brasil, aponta Wormald. No entanto, ele acredita que conhecimento e tecnologia, juntos, podem trazer mais segurança neste cenário e evitar perdas. Na pesquisa, as empresas mostraram mais interesse por investimentos em commodities, incluindo energia. Em seguida, estão renda fixa e ativos relacionados ao setor de infraestrutura. Quanto ao portfólio, 45% dos respondentes ainda disseram que diversificar é muito importante neste momento, enquanto 35% responderam que é importante e 15%, que é apenas moderadamente importante. Alta da taxa Selic pode ser adiada pelo governo Após estímulo monetário, cresce demanda de japoneses por futuros de juros no Brasil Redação financas@brasileconomico.com.br Uma sequência de números ruins nos EUA e o program de estímulo monetário anunciado pelo Banco Central do Japão na quinta-feira, equivalente a 30% do PIB, mexeram com o cenário mundial e começam a surtir efeito na curva longa de juros do mundo todo, diz Luiz Eduardo Portella, sócio-gestor da Modal Asset Management. Os japoneses estão precisando alocar dinheiro em outros lugares. Já estão entrando aqui, nos contratos de DI de prazos longos, e isso produz efeito duplo, no câmbio e na curva longa de juros, que fechou bastante, afirma o especialista. O alívio monetário externo pode levar dinheiro para ativos de risco Flavia Cattan-Naslausky, estrategista do RBS Securities, falou em entrevista concedida na sexta-feira em Standford, nos Estados Unidos, que os dados ruins do emprego nos EUA e a ação do Banco do Japão para estimular a economia, derrubando os juros, favorecem a apreciação do real. Dessa forma, o movimento pode fazer o papel, evitando, o aumento da Selic, cujo principal efeito também seria favorecer fluxo. Geração de vagas nos EUA em março ficou abaixo do esperado, enquanto o BOJ dobrou compra de ativos para estimular economia. O alívio monetário externo pode levar dinheiro para ativos de risco, disse Flavia. Os entrevistados também lembraram que o comentário de Mantega de que governo prepara mudança em tributação de lucros de empresas no exterior também pode atrair investimentos para o Brasil O quadro do fluxo não está positivo para o Brasil e o governo está tentando melhorar este cenário', diz a especialista. O dólar caiu para menos de R$ 2,00 hoje pela primeira vez desde 21 de março. Com Bloomberg
24 24 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 FINANÇAS Divulgação RENDA FIXA Restoque emite R$ 150 mi em debêntures A Restoque, dona da Le Lis Blanc, informou na sexta que foi aprovada a terceira emissão de debêntures não conversíveis, em regime de garantia firme, no valor de R$ 150 milhões. Os títulos têm prazo de três anos e remuneração de 115% da Taxa DI. De acordo com a companhia, os recursos captados têm como objetivo principal o alongamento do atual perfil de dívida e redução da exposição cambial, através do resgate parcial da dívida denominada em dólares dos EUA. Itaú enfrenta Bradesco na reta final pela aquisição da Credicard do Citi Outros pretendentes teriam desisitido do negócio, que deve ser anunciado no final desta semana ou na próxima Simon Dawson/Bloomberg Léa De Luca lluca@brasileconomico.com.br Na reta final das negociações de compra e venda da Credicard, atualmente controlada pelo Citibank Brasil, a briga ficou concentrada entre Itaú e Bradesco, segundo uma fonte (que não quis se identificar) disse na sexta-feira ao BRASIL ECONÔMICO. Nenhum dos bancos envolvidos admite publicamente a negociação. Não há um prazo final determinado, mas provavelmente, o nome do ganhador será anunciado no final desta semana, ou no máximo na semana que vem. Michael Corbat, presidente mundial do banco que assumiu em outubro a missão de reestruturar a instituição, chega amanhã para uma visita ao país e tem audiência marcada com a presidente Dilma Rousseff. Sua chegada alimentou especulações sobre o anúncio do negócio mas, segundo a reportagem apurou, será uma visita anual de praxe. Segundo levantamento feito pela Austin Rating, a pedido do Brasil Econômico, a receita dos bancos brasileiros com cartões (tarifas como as de emissão e anuidade, ganhos relacionados à atividade de credenciamento, menos receitas com juros) em 2012 foi de R$ 7,9 bilhões no Itaú e de R$ 5,7 bilhões no Bradesco. O Itaú desponta como favorito mas a batalha ainda não está vencida. Perder o negócio do qual já foi um dos três acionistas controladores (aço o próprio Citi e Unibanco) para o Bradesco seria uma dupla derrota difícil de engolir. O apetite do Itaú não se restringe à área de cartões de crédito. O banco vem admitindo grande interesse por expansão na América Latina, com especial apreço pelo renascente México, o que poderia indicar que o Itaú estaria negociando mais do que a Credicard com o Citi. No entanto, uma fonte a par do assunto disse que há interesse estratégico em aquisições, mas não negociações em andamento com o Citi. Outra fonte disse, ainda, que o Citi não teria interesse em vender seus negócios OS NÚMEROS DO CITI no Brasil não agora. Em 2012 o lucro líquido recorrente do grupo no Brasil ficou em R$ 737 milhões, ante R$ 672 milhões Resultados do conglomerado no Brasil, em R$ bilhões 31/DEZ/12 31/DEZ/11 RECEITAS DA INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA 7,925 7,911 TOTAL DO ATIVO 61,156 57,794 LUCRO LÍQUIDO* 0,737 1,872 Fonte: Citi *Do total, cerca de R$ 1,2 bilhão são ganhos extraordinários Corbat, que assumiu a presidência mundial do Citi em outubro, encontra Dilma Rousseff amanhã no ano anterior (o total publicado, de R$ 1,8 bilhão em 2011, incluía ganhos extraordinários). Mas, como o Citi está voltando às suas origens no Brasil focando de novo em clientes da alta renda, vender a financeira que tem foco diferente faz sentido. Para que o Citi ia querer 4,7 milhões de clientes da Credicard para administrar, se não tem mais produtos para vender a esses consumidores?, pergunta outra fonte que também preferiu não se identificar. A Credicard foi criada em 1978 pelo Citibank, com Itaú e Unibanco como sócios até 2004, quando o segundo vendeu sua parte. Desde 2009, o Citibank comprou a parte do Itaú e tem a exclusividade da marca Credicard. Na época, a empresa foi avaliada em US$ 1,4 bilhão. Hoje, o valor da venda estaria em torno de R$ 2 bilhões. A Credicard tem atualmente uma base de 4,7 milhões de cartões de crédito e responde por 10% do faturamento do mercado, segundo a própria empresa. A empresa também tem portal de vendas online. Colaborou Flávia Furlan Caixa terá R$ 100 milhões para microcrédito em SP Previsão é contratar mais de 50 mil operações neste ano, com valor a partir de R$ 2 mil Redação financas@brasileconomico.com.br A Caixa Econômica Federal firmou na sexta-feira convênio com a Prefeitura de São Paulo para viabilizar operações de Microcrédito Produtivo Orientado (CRESCER) e microfinanças, que promoverão o empreendedorismo local e a economia popular no município de São Paulo. O acordo foi assinado pelo vice-presidente de Governos da Caixa, José Urbano Duarte e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, na sede da prefeitura, em São Paulo. Com a parceria, a prefeitura vai incentivar o empreendedorismo, oferecendo atendimento especializado para o microcrédito produtivo orientado, além de desenvolver ações de educação financeira e orientação para o negócio junto aos empreendedores da cidade. Inicialmente, o atendimento especializado ocorrerá em 4 polos do município de São Paulo, voltados ao empreendedor local, e futuramente novas unidades serão oferecidas à população da capital paulista. A Caixa disponibilizará equipe especializada em microcrédito para realizar entrevistas com empreendedores, orientação financeira, formalização e acompanhamento dos contratos, além de registro e acompanhamento do negócio no qual houve a utilização do crédito do programa CRESCER. O banco também desenvolverá outras ações com a prefeitura, dentre as quais participar da capacitação dos gestores municipais para a gestão do Cadastro Único e do Bolsa Família, além da criação de um Comitê Operacional, que terá por atribuição acompanhar o desempenho da parceria e estabelecer ações conjuntas de interesse da prefeitura de São Paulo e da Caixa. O CRESCER destina-se aos empreendedores populares, formais e informais, que tenham faturamento anual de até R$ 120 mil. Com taxas de juros reduzidas, de 0,64% ao mês equivalente a 8% ao ano, o valor mínimo do empréstimo nesta linha é de R$ 300, enquanto o valor máximo pode chegar a R$ 15 mil, podendo ser utilizado para capital de giro e investimento. São operações com valor inicial de até R$ 2 mil e prazo médio de retorno em até 12 meses. Para a cidade de São Paulo, a Caixa dispõe de R$ 100 milhões em recursos para o programa, com a previsão de contratar mais de 50 mil operações ativas em Enquadrado no Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado, criado pelo Ministério do Trabalho, em 2005, o Programa Nacional de Microcrédito Orientado tem o objetivo de incentivar as atividades produtivas e a geração de emprego e renda entre as comunidades carentes, por meio do acompanhamento e orientação financeira aos tomadores do crédito. Na Caixa, o microcrédito está sendo realizado em parceria com o Programa Jovem Aprendiz. Por meio desta parceria, jovens de baixa renda, de 18 a 22 anos, recebem capacitação profissional.
25 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 25 Divulgação PETRÓLEO Preços fecham semana em baixa em NY A cotação do petróleo seguiu em baixa no último dia da semana passada no mercado de Nova York devido à preocupação dos operadores com os dados ruins do emprego nos Estados Unidos, que alimentam temores relacionados à demanda do principal consumidor da matéria prima. O barril de light sweet crude (WTI) com entrega em maio perdeu 56 centavos, a US$ 92,70, na New York Mercantile Exchange (Nymex). MOEDA Dólar volta a cair abaixo de R$ 2 Contribuíram para a queda rumores de que poderia haver alivío do IOF na renda fixa Bruno Federowski Reuters O dólar fechou abaixo de R$ 2 pela primeira vez em mais de duas semanas, com a expectativa de que contínuos estímulos monetários por parte dos principais bancos centrais impulsionem fluxos de capitais para economias emergentes como a brasileira. A moeda norte-americana recuou 1,41% para R$ 1,9880 na venda, maior baixa percentual diária desde 28 de janeiro, quando despencou 1,51%. Essa queda é em função da expectativa de entrada de recursos, disse o operador da Renascença José Carlos Amado. Os empregadores norte-americanos criaram apenas 88 mil postos de trabalho em março, muito abaixo das expectativas de que 200 mil vagas seriam abertas. Segundo analistas, os dados devem deixar as autoridades do Federal Reserve, banco central do país, mais confiantes em dar continuidade ao atual programa de recompra de títulos. As contínuas injeções de liquidez do Fed, somadas ao anúncio de um programa de estímulo monetário recorde feito na quinta-feira pelo Banco do Japão, elevavam as expectativas de fluxos cambiais para o Brasil, onde a taxa de juros ainda é bastante mais alta do que em países desenvolvidos. Há a possibilidade de um tsunami nipônico. Se de fato isso acontecer, muda completamente o racional do mercado, disse o especialista em câmbio da Icap, Italo dos Santos. O mercado acreditava que o BC teria imposto uma banda cambial informal de R$ 1,95 a R$ 2 Fonte da equipe econômica afirmou na sexta-feira à Reuters que o Brasil está bem protegido contra possíveis fluxos de capitais especulativos porque já tomou medidas para evitá-los. Também contribuíram para a queda do dólar no mercado brasileiro rumores de que o governo poderia aliviar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre os investimentos estrangeiros em renda fixa medida que poderia intensificar ainda mais o fluxo de divisas para o país. Procurado, o Ministério da Fazenda não comentou o assunto. Além disso, analistas afirmaram que um grande banco brasileiro fez grandes operações de venda de dólares no mercado à vista. Nível adequado Com a queda, o dólar voltou a fechar abaixo do patamar de R$ 2, atenuando as expectativas de que o Banco Central pudesse intervir para puxar para baixo as cotações da divisa norte-americana, dizem os analistas. Recentes atuações do BC nos mercados de câmbio levaram parte do mercado a acreditar que a autoridade monetária teria imposto uma banda cambial informal de R$ 1,95 a R$ 2, com o objetivo de conter pressões inflacionárias sem prejudicar a atividade industrial. A mesma fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que o dólar é negociado atualmente em níveis adequados. Para Santos, da Icap, a queda do dólar verificada na última sexta-feira respeita os interesses do BC, uma vez que um real mais fortalecido deve conter as pressões inflacionárias num momento em que os níveis de preço seguem dando sinais de resistência. BOLSAS Ibovespa continua sem empolgar o investidor Para esta semana, os analistas gráficos esperam que o índice mantenha tendência de baixa A forte reversão experimentada pelo Ibovespa na sexta-feira, que chegou a cair 1,56% na mínima, mas fechou com alta de 0,74%, não foi suficiente para alterar a tendência de queda na qual o índice se encontra, e não deve deixar o investidor muito empolgado. Pela manhã, quando em terreno negativo, o Ibovespa até perdeu um importante suporte nos 54,7 mil pontos, que poderia levá-lo aos longínquos 52,5 mil pontos, segundo Leandro Klem, analista gráfico da Trader Brasil. No entanto, ao fechar nos pontos, está próximo da resistência nos 55,5 mil pontos. Ainda assim, uma tendência de alta consistente poderá ser observada somente quando ultrapassar 56,3 mil pontos. Essa reversão não mudou a tendência do índice, mas deixou um ponto de interrogação no mercado, diz Klem. O importante é ter cautela e não voltar totalmente às compras. A tendência ainda é de baixa. Para esta semana, o indicador de maior atenção será o IP- CA. Ainda que a inflação, acima do desejado pelo governo, não seja o melhor dos mundos, o rompimento da meta da inflação em março pode ser divisor de águas para o próprio desempenho claudicante do Ibovespa neste Se o BC sinalizar que vai começar a subir os juros, e mostrar comprometimento com o controle da inflação, pode trazer otimismo ao mercado, principalmente vindo do investidor estrangeiro, diz Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco WestLB. Lucas Bombana
26 26 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 FINANÇAS Vicent Mundy/Bloomberg OPA Leilão da CCX será em 4 de junho O Grupo EBX publicou na sexta-feira edital de oferta pública de aquisição (OPA) da CCX, em que a adesão total dos acionistas minoritários leva a operação a R$ 280,7 milhões. O negócio prevê que os investidores recebam papéis de outras empresas do grupo EBX na bolsa. O leilão está marcado para 4 de junho. A CCX desenvolve na Colômbia o maior projeto greenfield de mineração de carvão, assim como um sistema logístico integrado na região. Desdobramento da inflação oficial é destaque na semana Na quarta-feira, será divulgado o IPCA, que dará sinais sobre o próximo passo do Copom O indicador de destaque desta semana é a divulgação da inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na quarta-feira. Isso porque a expectativa criada em torno da superação do teto da meta está no centro das atenções do mercado, de acordo com analistas do Banco Fator. A composição do IPCA, seus núcleos e difusão serão observados atentamente em busca de sinais para a atuação do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião da semana que vem. Os Índices Gerais de Preços (IGPs) vêm desacelerando e beirando a deflação nos últimos meses. Os preços ao Consumidor (IPC), que será divulgado amanhã, está sob controle. Nesta semana também será anunciada a pesquisa mensal do comércio, que segue em alta superior a 5% na comparação anual, embora tenha desacelerado na margem. No cenário internacional, na quarta-feira sai a ata da reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) nos Estados Unidos. O comunicado divulgado trouxe leves alterações, mas o destaque são os discursos de seus membros. A perspectiva de reversão do ciclo de afrouxamento monetário é o foco. A semana terá poucos dados referentes à Europa, inclusive o Reino Unido. Devem prevalecer os desdobramentos do discurso do presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi depois da reunião que não alterou a política monetária na região, embora tenha registrado maior preocupação com a fragilidade da economia. Já na China serão divulgados dados da balança comercial e inflação, uma das principais preocupações do país. BR Malls ON (BRML3) (Fechamento em R$) , ,45 25, ,76 22, Resistência Objetivo Suporte 28/DEZ/11 28/JAN/12 28/FEV 5/ABR/13 Fontes: Igor Graminhani, Economatica, BM&FBovespa e Brasil Econômico INDICADORES E EVENTOS SEGUNDA (8) 5h30 (Zona do Euro) Confiança do investidor 7h (Alemanha) Produção Industrial 8h (Brasil) Indicadores de mercado de trabalho 8h30 (Brasil) Boletim Focus 15h (Brasil) Balança comercial semanal 20h15 (EUA) Discurso Ben Bernanke (Fed) 22h30 (China) Preços ao Consumidor e Produtor TERÇA (9) 3h (Alemanha) Balança Comercial 5h30 (Reino Unido) Produção Industrial 8h (Brasil) IGP-DI 8h30 (EUA) Confiança do Pequeno Empresário 10h30 (EUA) Relatório econômico mundial 11h (Brasil) Indicadores industriais 12h (Brasil) Venda e Resgate NTN-B 22h30 (China) Balança comercial (Brasil) Demanda do consumidor por crédito QUARTA (10) 8h (EUA) Pedido de hipoteca Fontes: Concórdia e Fator 9h (Brasil) IPCA 9h (Brasil) Produção industrial 12h (Brasil) Troca NTN-B 12h30 (Brasil) Fluxo cambial semanal 15h (EUA) Ata do FOMC (EUA) Obama envia Orçamento 2014 ao Congresso QUINTA (11) 3h (Alemanha) Preços ao Consumidor 8h (Brasil) IGP-M (1ª Prévia) 9h (Brasil) PMC: Vendas no Varejo 9h30 (EUA) Preços de exportações/importações 9h30 (EUA) Jobless Claims 11h (Brasil) Venda LTN e LFT SEXTA (12) 6h (Zona do Euro) Produção Industrial 9h30 (EUA) Vendas do Varejo 9h30 (EUA) Preços ao Produtor 11h (EUA) Estoques Empresariais (Brasil) IBC-Br (Atividade Econômica) Ação da BR Malls deve formar figura de alta A ação da incorporadora e administradora de shoppings centers BRMalls (BRML3) formou, no pregão de sexta-feira, uma figura de martelo, que sinaliza reversão da tendência de baixa que o papel vinha registrando no médio prazo, de acordo com o analista da Alpes Corretora, Igor Graminhani. No pregão de hoje, caso a ação encerre cotada a mais de R$ 23,88, confirma a criação da figura e dá o sinal de compra para investidores. É uma operação de curto prazo, na modalidade swing trade, que pode variar de dois dias a três semanas, cujo objetivo e resistência o valor de R$ 25,45, onde há pressão vendedora, diz o analista. O suporte do movimento é a cotação de R$ 22,90, oito centavos abaixo da mínima sinalizada pelo martelo, em R$ 22,98. Caso a ação perca a mínima do martelo, o investidor tem que sair da operação porqueo canal de alta é desconfigurado, completa Graminhani. O alto volume de negócios realizados com a ação registrado no pregão de sexta-feira, de 177 milhões, bem acima da média de 21 dias, de 75,4 milhões, pode ser um reforço para a valorização do papel. No acumulado do ano, a ação registra queda de 12,7%. Apenas no mês de abril, caiu 5,56%. Nos últimos trinta dias, a desvalorização foi de 8,62%. A queda foi iniciada no dia 15 de setembro do ano passado, quando o papel da BRMalls registrou topo de R$ 29,78. No pregão de sexta-feira, a ação fechou em R$ 23,76, o que representa queda de 20,21% desde então. Desde meados de outubro, a ação vem operando em um canal de baixa, conclui o analista. TERMO DE COMPROMISSO Acusados em processos vão pagar R$ 320 mil à CVM A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) celebrou acordo para extinguir processo contra José Alberto Alves de Albuquerque Júnior, que aceitou pagar R$ 35 mil. Ele foi acusado, como diretor de Relações com Investidores da Cagece, de não enviar informações periódicas dos exercícios de 2010 e A autarquia ainda acatou extinguir o processo contra Helio Seibel, que também vai pagar R$ 250 mil à Comissão. Seibel foi acusado de ter omitido informações como acionista da Brasil Ecodiesel da existência de acordo de voto no comunicado de 7 de junho de 2011, relativo à aquisição de ações superior a 5% e de não ter publicado o comunicado ao mercado. Para eliminar o processo contra Júlio Cezar Vaz de Melo, a CVM vai receber R$ 35 mil. Melo é acusado de não enviar informações de 2010 e 2011 quando era diretor de RI da Saneamento de Goiás. Segundo a CVM, os processos ficarão suspensos e, após comprovação do cumprimento das obrigações,extintos. OGX Rebaixamento de rating de crédito da companhia reflete preocupações com capacidade de financiamento PARA ANALISTAS DA ATIVA, NOTÍCIA EXERCE PRESSÃO NEGATIVA NA AÇÃO DA EMPRESA Para os analistas da corretora Ativa, o rebaixamento do rating de crédito da OGX para B - pela agência de classificação de risco Standard & Poor s (S&P) tem impacto negativo sobre o papel. O rebaixamento do rating de crédito da empresa petrolífera pela S&P reflete as preocupações com a situação financeira da companhia, no sentido da capacidade de financiar seus investimentos ao longo dos próximos anos, dizem, em relatório de recomendações divulgado na sexta-feira. Devido a fraca performance operacional e consequente geração de caixa abaixo das expectativas, a empresa, controlada pelo empresário Eike Batista deverá ser obrigada a captar mais recursos já no próximo ano, além de precisar honrar compromissos relevantes em Nesse sentido, revisões de rating tendem a elevar o yield médio apurado nas emissões externas de dívida da empresa, o que deterioraria o custo de captação no mercado da OGX. Assim, o anúncio do rebaixamento do rating deve exercer uma pressão negativa sobre o papel, na opinião dos profissionais da corretora. No último pregão da semana passada, as ações chegaram a cair 17% e encerraram a sessão cotadas a R$ 1,71.
27 ESTILO DE VIDA Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 27 R$ Este é o preço médio de uma prancha de surf. Há três tipos: Longboard, grandes, Funboard, de tamanho intermediário e Shortboard, que são consideradas as mais rápidas. PRATICAR Ondas do mar ensinam jogo de cintura, disciplina e foco Três executivos surfistas contam como a prática regular do esporte o ajudaram nos negócios e na vida Priscila Dadona pdadona@brasileconomico.com.br Um gestor, um empresário e um profissional de tecnologia, embora sejam de áreas totalmente distintas têm em comum uma paixão: o surf. De gerações diferentes, estes três executivos levam tanto a prática a sério que carregam os ensinamentos do mar para o escritório. Denis Botini, gestor de recursos da Coinvalores, de 31 anos é um deles. Ele surfa desde a adolescência e mesmo não se considerando um ótimo surfista, vai com frequência à sua casa no litoral norte de São Paulo para praticar surf. É uma válvula de escape, uma saída da realidade. Quando estou na prancha todos os problemas ficam de fora. É um momento para reenergizar. Apesar de não viajar todos os finais de semana para a praia o que Botini lamenta leva o esporte a sério. É muito difícil tecnicamente, até pela logística, por isso tem de estar comprometido. Mas é sensacional se pudesse surfaria mais. Já o jovem Francisco Forbes, de, co-fundador da infracommerce, empresa especializada em full service de e-commerce, como bom apaixonado que é viaja todo para encontrar o mar. É uma religião. Sou muito disciplinado só não vou à praia quando tenho compromisso profissional. Com apenas 24 anos (completados ontem), Forbes diz que o surf o ajuda a se desligar totalmente dos compromissos, já que é um dos poucos esportes que não há como levar o celular e nem o computador, seus companheiros inseparáveis. Por um lado quebra o ritmo e paro de pensar nas coisas e, por outro, melhora o ritmo, pois acordar cedo para surfar mesmo no final de semana requer muita disciplina, afirma. Forbes diz que a prática do surf pressupõe que, se a pessoa tiver com alguma coisa na cabeça, não consegue executar. É melhor que não pense em nada, afirma. Quando um profissional está trabalhando acaba se concentrando em soluções práticas Serve como válvula de escape Propicia um contato direto com a natureza Ajuda a manter a saúde em dia e a ter uma alimentação mais saudável Coloca a pessoa no foco, pois é um esporte que só depende de você Reenergiza e recarrega as baterias Proporciona sair da rotina e se desligar do trabalho, pois é um dos poucos esportes onde não é possível levar nem o celular e nem o computador Cria disciplina, pois as melhores ondas ocorrem bem cedo pela manhã Melhora o poder de se desligar, pois quem está preocupado não consegue surfar Favorece a criatividade e inovação, pois o surf ajuda a pensar nos problemas de outra maneira Ensina a respeitar o tempo, não é possivel adiantar nem atrasar a onda Prepara para as situações difíceis, o mar bravo e as ondas fortes são o objetivo do surfista Aumenta a vontade evoluir, quanto mais tombos, mas o esportista quer melhorar Traz como lição o posicionamento e a visão, no mar é preciso se posicionar para enxergar a onda Ensina a lidar com a imprevisibilidade, pois nunca se sabe como o mar vai estar Divulgação Pieracciani pratica surf há 45 anos e, aos 55, está em plena forma NA ONDA Fonte: Entrevistados Benefícios da prática do esporte e,se possível, rápidas, mas criatividade e inspiração requerem um momento de quietude, o que segundo os executivos é proporcionado pelo esporte. O surf te ajuda nas soluções mais inovadoras. Ajuda a pensar nos problemas de outra maneira. Além disso, garante Forbes, é um esporte que o faz respeitar o tempo, pois não há como adiantar nem atrasar a onda. Tem de estar preparado para quando ela vier. Este mesmo raciocínio consigo ter no trabalho, preciso estar pronto para as questões que mais cedo ou mais tarde serão expostas. Os executivos garantem que todo surfista gosta de pressão, pois quanto mais bravo o mar e mais forte a onda, melhor. As ondas fortes nos dão vontade de querer sempre evoluir, diz Forbes, que surfa desde os 10 anos de idade. Outro apaixonado pelo esporte radical é o sócio-fundador da Pieracciani, Valter Pieracciani, 55 anos e há 45 surfista. O empresário, que também mora em São Paulo viaja religiosamente todos os fins de semana para a praia e é tão fanático que, no ano passado, só ficou três finais de semana sem surfar. Além disso, faz sistematicamente viagens ao exterior em busca da onda perfeita. No primeiro semestre vou ao Peru e, no segundo, para a América Central, afirma Pieracciani que semana que vem embarca para a cidade peruana de Puerto Malabrigo. Para ele, o surf é melhor que terapia. Brinco que estas viagens acabam saindo mais baratas que um bom analista. A água em movimento é um tremendo agente terapêutico, diz o esportista que já participou de competições e ficou em sexto lugar num ranking paulista e até já representou o Brasil num desafio contra a Austrália. Em cima de sua prancha, segundo o executivo, ele aprendeu três lições importantes. A primeira foi lidar com o imprevisível, pois nunca se sabe como o mar vai estar. A onda, o vento mudam com muita frequência. No mundo dos negócios também é assim, são muitas variáveis. Em segundo lugar, de acordo com o executivo, o esporte o ensina a se posicionar no trabalho diante das tarefas e do mercado e a enxergar melhor os negócios. No surf você precisa se posicionar na prancha e enxergar a bem a onda para surfar, garante. Para Pieracciani, quando um surfista levanta na sua prancha tem a oportunidade única, que não pode desperdiçar. O mesmo ocorre na vida profissional, temos de colocar toda nossa energia numa tarefa única. E se perdermos o timing, podemos perder o negócio, afirma. Um terceiro e último ponto é estar bem fisicamente e mentalmente para surfar e trabalhar. Surfar está ligado a um estilo de vida mais saudável, sempre fui esportista, os hábitos alimentares são outros, diz Botini.
28 28 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 MUNDO Editado por: Claudia Bredarioli cbredarioli@brasileconomico.com.br Crescem as manifestações contra a Coreia do Norte Presidente chinês diz que nenhum país tem permissão para jogar uma região no caos para ganho próprio Governantes chineses lamentam a tensão na península coreana e tentam evitar a deflagração do conflito. O presidente Xi Jinping, discursando num evento na ilha de Hainan, não citou a Coreia do Norte, mas disse que nenhum país deve ter permissão para jogar uma região e mesmo o mundo inteiro no caos para ganho próprio. A estabilidade na Ásia, disse o governante, enfrenta novos desafios, temas importantes continuam emergindo, e existem ameaças tradicionais e não tradicionais à segurança. A Coreia do Norte, liderada por Kim Jong-un, tem ameaçado entrar em guerra com os Estados Unidos e a Coreia do Sul que já realizaram exercícios militares em conjunto, desde que as Nações Unidas impuseram sanções aos norte-coreanos por conta de testes com armas nucleares. China pede garantia de segurança aos diplomatas e apoia Coreia do Sul Já o ministro do Exterior da China, Wang Yi, também manifestou séria preocupação com a tensão na península e disse que a China pediu a Pyongyang para que assegure a segurança dos diplomatas chineses de acordo com as normas internacionais. Na semana passada, os nortecoreanos alertaram que diplomatas deveriam avaliar a possibilidade de deixar Pyongyang por causa da tensão, mas as embaixadas parecem encarar o aviso como retórica da Coreia do Norte e permanecem no país. Mas mesmo que os diplomatas continuem na Coreia do Norte, crescem as manifestações preocupadas com os movimentos do líder da Coreia do Norte. A principal delas é a vizinha Coreia do Sul, cujo governo acredita que a Coreia do Norte possa executar esta semana um teste de lançamento de míssil. Kim Jang-Soo, principal assessor de segurança nacional da presidente sul-coreana Park Geun-Hye, disse que um teste de lançamento ou outra provocação podem acontecer antes ou depois de 10 de abril, data que a Coreia do Norte sugeriu aos diplomatas para que abandonem Pyongyang. Não há sinais de uma guerra em grande escala agora, mas o Norte terá que preparar-se para executar represálias no caso de uma guerra local, disse Kim. Diplomatas temem que a retórica tenha criado uma situação que pode ficar fora de controle e o governo americano adiou um teste de míssil balístico intercontinental. Segundo uma fonte do governo americano, o secretário da Defesa Chuck Hagel decidiu remarcar o teste até o mês que vem, devido a preocupações de que o lançamento pudesse ser mal interpretado por alguns como uma Andrew Harrer/Bloomberg Para o presidente Xi Jinping, estabilidade da Ásia depende da resolução do conflito de segurança intenção de exacerbar a crise atual com a Coreia do Norte A imprensa japonesa afirmou ontem que o ministro da Defesa, Itsunori Onodera, ordenará em um ou dois dias destruir qualquer míssil norte-coreano que siga para o arquipélago nipônico. Agências internacionais Postura de líder da Coreia do Norte preocupa Reuters Informações como a idade do líder Kim Jong-un não são conhecidas Muito enigmático, jovem Kim Jong-un causa temor ao mundo estar a um passo de um conflito Assim como o pai, o jovem líder da Coreia do Norte, Kim Jongun, provoca incompreensão e temor, e, embora em algumas ocasiões seu comportamento seja alvo de piadas, o certo é que ele está a um passo de provocar um conflito na península. Quinze meses após a morte de seu pai, Kim Jong-il, Jong-un passou para as capas dos jornais agitando a ameaça de uma guerra nuclear com a Coreia do Sul e os Estados Unidos. Quebrar a coluna dos inimigos dementes, cortar o pescoço e assim mostrar claramente o que é uma verdadeira guerra, chegou a dizer. Embora pareça se sentir mais confortável em público que seu pai, nem por isso deixa de ser enigmático. Seu ano de nascimento é um mistério. A imprensa sul-coreana afirma que tem entre 28 e 30 anos. Sua esposa é jovem e atraente, mas não se sabe se o casal tem filhos. É fã dos parques de atrações e dos personagens da Disney, algo surpreendente para um comandante das quintas forças armadas do mundo e chefe de um Estado com bomba atômica. Sem experiência é a característica atribuída a ele pela imprensa e pelos analistas. Kim Jong-il se formou durante longos anos à sombra de seu pai, Kim Il-sung, o fundador da Coreia do Norte. Mas seu filho, Kim Jong-un, precisou se preparar em apenas alguns meses. Para ser sincero, acredito que continuamos sem saber o que faz, declarou Alexandre Mansurov, especialista da Coreia do Norte. Kim Jong-Il aplicava todo o tempo a estratégia da corda bamba, mas por experiência sabíamos que não saltaria ao abismo. Conhecíamos seus limites, quais eram seus freios e que botões apertar para que parasse, explicou. Com seu filho, não temos passado. Não conhecemos seus limites, até onde podemos pressionar, e se tem ou não freios. Diante da opacidade do regime, alguns se perguntam sobre o poder real de Kim Jong-Un. AFP
29 Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 29 Kevin Lamarque/Reuters ORÇAMENTO AMERICANO Obama vai propor cortes na Previdência O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, oferecerá cortes na Previdência Social e em outros programas em uma proposta orçamentária, buscando conseguir que os republicanos se comprometam com um acordo de redução de déficit. Sob a proposta que cortaria o déficit em US$ 1,8 trilhão em dez anos, o presidente irá sugerir aplicar uma medida de inflação menos generosa para calcular o aumento do custo de vida. Reuters Corpo de Chávez ainda atrai peregrinos Morto há um mês, ex-presidente continua no domínio dos rumos da política venezuelana Andrew Cawthorne Caracas, Reuters Os visitantes caminham na ponta dos pés em torno do sepulcro de mármore que abriga os restos mortais de Hugo Chávez. Simpatizantes soluçam enquanto a voz do ex-presidente venezuelano ecoa pelos alto-falantes. Turistas estrangeiros fotografam painéis que narram sua vida, desde a infância rural até a atuação como líder radical da Venezuela. Um quartel do Exército em um morro de Caracas foi transformado em santuário e museu para o presidente, que morreu há um mês. Mesmo morto, Chávez continua dominando a política local, e a campanha para a eleição presidencial marcada para 14 de abril gira em torno da continuidade ou não do socialismo chavista. Centenas de pessoas aparecem diariamente para prestar homenagem a Chávez. Eles vêm de todos os lugares, de muitos países, disse Alba Antunes, 75 anos, que trabalha como guia no imponente prédio centenário escolhido para receber o caixão de Chávez. Sua memória e seu espírito vão viver para sempre aqui. Chávez morreu de câncer, em 5 de março, após governar a Venezuela por 14 anos. Depois de um velório de dez dias, o corpo foi levado até o quartel onde já funcionava como museu sobre o frustrado golpe militar de 1992, A explosão de um carro-bomba matou cinco norte-americanos, incluindo uma jovem diplomata e três soldados, no sábado. Um funcionário do Departamento de Defesa dos Estados Unidos e um médico afegão também morreram no ataque realizado no leste do país. que lançou a carreira política do então tenente-coronel Chávez. Os planos para embalsamar o corpo foram descartados, por falta de tempo hábil, e ainda não está decidido se o presidente será enterrado definitivamente na sua cidade natal, Sabaneta, ou no grandioso Panteão Nacional, em Caracas. O corpo atualmente repousa próximo à favela 23 de Janeiro, importante bastião do chavismo, e com vista para o palácio presidencial de Miraflores. Para os críticos, a emoção pela morte de Chávez tem obscurecido os lados mais sombrios de seu governo: prisão ou exílio para os opositores políticos, gestão econômica caótica e um obsessivo e autoritário estilo de governar. O presidente em exercício Nicolás Maduro apresenta-se como filho político de Chávez e sua campanha eleitoral é baseada em promessas de que manterá as políticas populares de assistência social. O candidato da oposição Henrique Capriles diz que Maduro é uma pálida imitação de Chávez, e que é hora de seguir em frente. Explosão no Afeganistão mata diplomata americano O governador da província de Zabul estava no mesmo comboio atacado. Ao todo, seis morreram Carlos Garcia Rawlins/Reuters Centenas de pessoas vão diariamente para prestar homenagens O jornal The Washington Post identificou a diplomata como Anne Smedinghoff, de 25 anos. A diplomata e os outros norteamericanos estavam em um comboio de veículos na província de Zabul, quando a explosão ocorreu, afirmou o secretário de Estado, John Kerry, em um comunicado. O governador da província, Mohammad Ashraf Nasery, estava no comboio, mas não ficou ferido, segundo autoridades locais e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Os norte-americanos e os seus colegas afegãos estavam indo doar livros para estudantes numa escola em Qalat, a capital da província, quando foram atacados, declarou Kerry. Ele disse já ter falado com os pais da diplomata após o seu falecimento. Quatro outros diplomatas ficaram feridos. O Taliban assumiu a responsabilidade pelo ataque. Reuters Capriles desafia Maduro em reduto histórico chavista Milhares de venezuelanos se reuniram com candidato que disputa presidência no domingo PARA FAZER AS PAZES O candidato de oposição à Presidência da Venezuela Henrique Capriles convocou ontem milhares de seguidores para comício em um reduto histórico chavista, no centro de Caracas, desafiando o presidente da Venezuela e também candidato, Nicolás Maduro, a apenas uma semana das eleições. A avenida Bolivar, no centro da capital, que normalmente é tomada pelo vermelho usado por seguidores do presidente morto Hugo Chávez, ficou abarrotada de opositores que vestiam amarelo, azul e vermelho, cores da bandeira venezuelana. Milhares de venezuelanos chegavam de diversos pontos da capital para reunir-se com o candidato, que no próximo domingo vai disputar a Presidência pela segunda vez em seis meses, depois da morte de Chávez, que lutou durante dois anos contra um câncer na pelvis. Capriles, de 40 anos aparece na maioria das pesquisas, ao menos, 10 pontos percentuais abaixo de Maduro. Maduro, designado pelo próprio Chávez como seu sucessor, tenta se mostrar similar ao seu padrinho e propõe seguir guiando a Venezuela pelo caminho do socialismo do século 21 com grande controle estatal sobre a economia. Capriles, de seu lado, defende um governo que diz ser inspirado no do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em dois mandatos retirou 20 milhões da pobreza. Os venezuelanos vão às urnas no próximo domingo. Reuters Juan Mabromata/AFP Depois de declarações desastrosas nas quais referiu-se à presidente argentina, Cristina Kirchner, como uma velha e a seu marido, o falecido Néstor Kirchner, como zarolho, o líder uruguaio José Mujica afirmou que nada nem ninguém poderá separar seu país da Argentina. Mas, mesmo na tentativa de tentar contornar a situação, Mujica em nenhum momento pediu desculpas a mandatária argentina. O uruguaio disse que seu país e a Argentina nasceram da mesma placenta. Apesar de a história ter nos separado, nada nem ninguém pode apagar nossa história, disse o presidente em sua transmissão semanal na emissora de rádio M24. Ele evitou referir-se explicitamente ao seu comentário sobre os Kirchner. Mujica também comentou, entre risos, o presente que Cristina deu ao papa Francisco durante um encontro realizado após sua nomeação. A um papa argentino que viveu 77 anos foi explicar o que é um mapa... digo, um mate, uma garrafa térmica, satirizou.
30 30 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 MUNDO Potências cobram posição iraniana Definição poderia aliviar sanções econômicas ao país Justyna Pawlak e Yeganeh Torbati Almaty, Reuters As potências mundiais cobraram do Irã uma resposta clara e concreta à oferta de aliviarem algumas sanções econômicas caso Teerã interrompa seu trabalho nuclear mais sensível, em conversações destinadas a acalmar as tensões que ameaçam avançar para uma guerra. As seis potências Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha se reuniram com negociadores iranianos na cidade cazaque de Almaty, no início da segunda rodada de negociações este ano, na esperança de resolverem uma disputa de uma década sobre as atividades nucleares iranianas. Com uma eleição presidencial em junho complicando qualquer tomada de decisão por parte do Irã, há pouca chance de um avanço, mas Israel já indicou que sua paciência com a diplomacia está se esgotando. Amplamente considerada como única potência nuclear do Oriente Médio, Israel ameaçou bombardear instalações nucleares do Irã se Teerã não coibir as atividades que as potências mundiais suspeitam ter como objetivo a capacidade de fazer uma bomba atômica. Sem um acordo conclusivo à vista, diplomatas ocidentais esperam que, pelo menos, uma discussão séria de pontos específicos da sua proposta apresentada na última reunião, em fevereiro, incluindo o fechamento de uma instalação nuclear e o envio ao exterior de estoques de urânio enriquecido, em troca Majid Asgaripour/AFP Irã diz que usinas de enriquecimento de urânio têm fins pacíficos de aliviar algumas sanções. Estamos esperando que o lado iraniano volte para nós com uma resposta clara e concreta... a uma proposta justa e equilibrada, disse Michael Mann, porta-voz das seis potências, assim que as negociações tiveram início na capital comercial do Cazaquistão. O Irã tem resistido à pressão por anos, argumentando que o enriquecimento de urânio é apenas para fins pacíficos e, portanto, deve ser autorizado a continuar sob a lei internacional. ONU declara fim da verba para refugiados sírios Evasão crescente tem repetidamente superado as expectativas das Nações Unidas A ONU alertou que em breve ficará sem dinheiro para lidar com o vasto afluxo de refugiados sírios para a Jordânia e outros países vizinhos. As necessidades estão crescendo exponencialmente, e estamos quebrados, disse Marixie Mercado, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef ), na sede da ONU em Genebra. O número de refugiados nessa crise tem repetidamente superado as expectativas da ONU. Os 1,25 milhão de refugiados, dos quais três quartos são mulheres e crianças, superam em 10% o que se esperava que fosse o total até junho. Como há também 3,6 milhões de refugiados internos na Síria, e nenhum fim visível para o conflito de dois anos, existem grandes chances de que o êxodo continue aumentando. Desde o começo do ano, mais de refugiados passaram pelas fronteiras (com a Jordânia) a cada dia. Esperamos que esse número mais do que duplique até julho, e triplique até dezembro, disse Mercado. Até o final de 2013, estimamos que haverá 1,2 milhão de refugiados sírios na Jordânia equivalente a cerca de um quinto da população jordaniana. O impacto da falta de verbas incluiria a suspensão na entrega de 3,5 milhões de litros de água por dia no campo jordaniano de Za'atari, que abriga mais de 100 mil refugiados, a maioria mulheres. Quase 11 mil sírios chegaram na semana passada a Za'atari, segundo a Organização Internacional para a Migração. Autoridades da ONU disseram que a escassez de verbas afeta a região inteira, não só a Jordânia, e todas as agências humanitárias. Embora as agências humanitárias até agora tenham conseguido evitar grandes problemas entre os refugiados, policiar uma população enorme e crescente tem se tornado um grande desafio. O órgão da ONU para refugiados (Acnur) registrou vários protestos em Za'atari no final de março, por causa da escassez de ônibus para levar refugiados de volta à Síria. Há também casos de pessoas tentando contrabandear itens para fora do campo, e violência por causa da distribuição de novas caravanas. Os outros países que recebem um grande número de refugiados sírios são Líbano, Turquia e Iraque. Reuters
31 PONTO DE VISTA IDEIAS/DEBATES Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico 31 Palestina exige mapa com fronteiras de 1967 O presidente palestino, Mahmud Abbas, exigiu de Israel um mapa com as fronteiras do futuro Estado palestino, baseadas nos limites de 1967, antes de retomar as negociações de paz. O presidente quer saber, a partir de um mapa que seria apresentado por Benjamin Netanyahu ao (secretário americano de Estado John) Kerry, em que consistiria uma solução com dois Estados, em particular no que diz respeito às fronteiras, disse Nimr Hamad, conselheiro da presidente. pontodevista@brasileconomico.com.br MARCELO RADUCZINER Diretor executivo da DinsmoreCompass MARIO GELLI e RAPHAEL DONATO Advogados do BM&A Barbosa, Müssnich & Arag Gestor de processos: profissional em alta Nas organizações sempre há espaço para melhorias, tanto pelo surgimento de novas exigências de clientes, agências reguladoras ou pela própria evolução da tecnologia. Para dar o primeiro passo é necessário planejar. Dúvidas sobre quais são as melhores técnicas, por onde começar, quais passos seguir e como evitar o retrabalho devem ser prioridade. É preciso conhecer as técnicas, saber para que servem, quais seus requisitos para utilizá-las, com que tipo de dados e informações elas se tornam verdadeiras aliadas numa análise de melhoria. O tema Gestão de Processo não é novo. É um grupo abrangente de técnicas, ferramentas e metodologias que permitem desenhar novas linhas de trabalho ou colocar em prática oportunidades de melhoria buscando reduzir os defeitos do processo, aliado a resultados satisfatórios. Para isso, utilizando bases e conceitos similares, trabalhadas separadamente, apesar de fazerem parte de algo maior. Um gestor de processos também deve ser um gerente de projeto, essas serão cada vez mais competências complementares O mercado brasileiro tem uma enorme demanda por profissionais que possam atuar em gestão de processos com a capacidade de analisar e entender suas organizações como um todo. Além de estar a par de novas tecnologias aplicáveis e criar sistemas de controle de desempenho para identificar melhorias que influenciem a operação dos processos nos diversos níveis hierárquicos. É necessário ser integrador e multiplicador de nova cultura de gestão, e gerenciar projetos de otimização de processos. A dificuldade para preencher essa demanda por profissionais está exatamente na atual dispersão das fontes de conhecimentos que formam a gestão de processos. Atualmente, grande parte desse conhecimento está distribuído por várias disciplinas, tratadas independentemente como Gestão de Qualidade, Tecnologia de Informações ou Gestão de Projetos. Um profissional de Gestão de Processos precisa ter visão integral para poder observar e decidir sobre questões mais amplas, como selecionar os processos críticos a partir da estratégia organizacional. Por outro lado, também deverá saber coletar e analisar dados históricos para uma análise estatística, aplicando conceitos para promover mudanças nas organizações ou avaliar oportunidades de automação. Não é correto afirmar que esse profissional terá mais mérito quanto maior for a experiência na operação de um processo. Talvez até a menor prática lhe permita enxergar novas alternativas de melhorias. Assim, muito mais relevante que entender o processo em seus mínimos detalhes, será preciso outras competências relacionadas com a gerência do projeto de melhoria. Tais conhecimentos é que permitirão que além do uso das melhores práticas de gestão de processos, haja sucesso no planejamento e realização da implementação da melhoria. Sendo assim um gestor de processos também deve ser um gerente de projeto, essas serão cada vez mais competências complementares. O gestor de projeto agregará não somente o cumprimento da visão e dos objetivos estratégicos da companhia, mas também a realização do propósito condizente com a percepção das partes envolvidas, dos recursos e dos requisitos mercadológicos. Além de analisar as etapas da concepção inicial do projeto que atenda ao prazo, custo, qualidade e alvo. O projeto do novo Código de Processo Civil brasileiro Encontra-se em vias de ser votado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 8.046/2010, que tem por objetivo criar um novo Código de Processo Civil ( CPC ), em substituição à legislação processual de 1973, ainda em vigor. Procurando estabelecer uma sistemática que atenda aos anseios da sociedade contemporânea, com a simplificação dos procedimentos e a racionalização dos recursos, o projeto do novo CPC situa-se no contexto das medidas criadas com o intuito de combater a chamada Crise do Judiciário. É inegável que, se aprovada, a nova legislação trará significativos impactos na prática dos processos judiciais para todos os participantes do processo (partes, juízes, advogados etc.). Uma das características mais marcantes do projeto é o estímulo conferido à utilização dos meios de autocomposição do litígio (conciliação/mediação). O rito processual foi modificado de modo que, em regra, o réu seja citado não para oferecer sua defesa, mas sim para comparecer a uma audiência prévia de conciliação/mediação. Apenas na hipótese de o conflito não ser resolvido amigavelmente é que começaria a fluir o prazo para oferecimento de defesa. O projeto do novo CPC propõe também uma radical alteração nos recursos. Com sua aprovação, serão extintos os embargos infringentes e o agravo retido; haverá restrição nas hipóteses de interposição do agravo de instrumento (que passará a se chamar apenas agravo); e a apelação deixará de ter efeito suspensivo como regra geral, ampliando-se as hipóteses de imediata execução da sentença. Espera-se que, aprovado, o novo CPC colabore para solucionar ou ao menos amenizar o grave problema da morosidade dos processos judiciais Tratando de outro tema relevante, o projeto de lei estabelece que, quando se formular no curso do processo um pedido de desconsideração da personalidade jurídica, terá de ser instaurado um incidente no qual, em regra, deverá haver prévia resposta dos sócios a serem atingidos pela medida. O projeto de lei não inova, no entanto, nos requisitos para a concessão da medida, que continuam sendo aqueles do Código Civil (abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial). Outro ponto importante é que o projeto do novo CPC pretende instituir expressivas modificações quanto aos honorários advocatícios sucumbenciais. A par de determinar parâmetros mais objetivos para a definição do valor dos honorários, o projeto do novo CPC cria uma tabela de percentuais para os casos em que o Poder Público for condenado (a lógica da tabela é a de que o percentual a pautar a fixação dos honorários é inversamente proporcional ao valor da condenação sofrida pelo Poder Público). Além disso, serão devidos honorários advocatícios sucumbenciais não só no processo principal, mas também, cumulativamente, na reconvenção, no cumprimento de sentença, na execução e nos recursos. Independentemente do mérito de suas propostas (algumas destacadas neste artigo), espera-se que, caso aprovado, o novo CPC colabore para solucionar ou ao menos amenizar o grave problema da morosidade dos processos judiciais no Brasil. Mas vale salientar que o sucesso do novo CPC também dependerá dos esforços de todos os que atuam no dia a dia dos processos judiciais. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Diretor-Presidente José Mascarenhas BRASIL ECONÔMICO é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. CONTATOS: Redação - Fone (11) Fax (11) Administração - Fone RJ (21) SP (11) Publicidade - Fone RJ (21) SP (11) Atendimento ao assinante/leitor Rio de Janeiro (Capital) - Fone (21) São Paulo e demais localidades - Fone De segunda a sexta-feira - das 6h30 às 18h30 Sábados, domingos e feriados - das 7h às 14h assinatura@brasileconomico.com.br Condições especiais para pacotes e projetos corporativos assinaturascorporativas@brasileconomico.com.br Fone (11) (circulação de segunda a sexta, exceto nos feriados nacionais) Publisher Ramiro Alves Editor-Chefe (RJ) Octávio Costa Editora-Chefe (SP) Adriana Teixeira Editor Executivo Gabriel de Sales redacao@brasileconomico.com.br Redação - Avenida das Nações Unidas, º andar CEP , Brooklin, São Paulo (SP) Sede - Rua dos Inválidos, 198 Centro CEP Rio de Janeiro (RJ) Fones (21) e Central de Atendimento ao Jornaleiro Fone (11) Impressão Editora O Dia S.A. (RJ) Diário Serv Gráfica & Logística (SP)
32 32 Brasil Econômico Segunda-feira, 8 de abril, 2013 Brasil Econômico é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A., com sede à Rua dos Inválidos, 198, Centro - CEP Rio de Janeiro (RJ) - Fones (21) e Central de atendimento e venda de assinaturas: São Paulo e demais localidades: Rio de Janeiro (Capital) - Fone (21) assinatura@brasileconomico.com.br É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Empresa Jornalística Econômico S.A. E A MOBILIDADE URBANA... Silva Junior/Folhapress PONTO FINAL OCTÁVIO COSTA Editor-chefe (RJ) ocosta@brasileconomico.com.br Os direitos das empregadas e o rol de roupas da família JK Ter um carro em São Paulo é caro, mesmo assim o trânsito da capital continua caótico. Em busca de soluções para a infraestrutura do transporte público e a melhoria da mobilidade urbana, a Prefeitura de São Paulo iniciou uma mudança no controle dos semáforos da capital. A Secretaria Municipal de Transportes passará a adotar o protocolo aberto e padronizado para o sistema semafórico da cidade. Isso visa uma maior inteligência dos semáforos, um controle padrão com menos custo, por não ficar preso aos equipamentos prioritários de uma determinada empresa. Ao mesmo tempo, ocorrem testes de Zonas Livres, áreas com a proibição de circulação de carros. As cidades mais caras para ter um carro Com um custo de aproximadamente US$ 130 mil para comprar e manter um carro por três anos, a cidade de São Paulo aparece na segunda colocação em pesquisa da revista britânica The Economist. A capital paulista é a única cidade da América na lista. Segundo a análise, nos países emergentes é visto um custo maior na aquisição do automóvel por conta dos impostos. No caso de cidades mais desenvolvidas, o custo principal acontece na manutenção do carro. Este custo teve o crescimento de 23,9% no período de 2010 a 2012 em relação à 2005 a A líder Xangai apresentou uma queda de 16,3%. QUATRO RODAS A capital paulista é a única cidade da América na lista das mais caras para comprar e manter um carro com motor 1.8 a 2.5 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º CIDADE Xangai São Paulo Nova Déli Roma Sydney Berlim Amsterdã Moscou Paris Londres VARIAÇÃO DE CUSTO ENTRE 2005/07 E 2010/12-16,3% 23,9% 45,9% 51,3% 7,2% 2,1% -10,6% -18% 13,2% 1,5% Fonte: Economist Intelligence Unit A conquista de plenos direitos trabalhistas pelas empregadas domésticas era um anseio muito antigo. Com toda razão, foi recebida debaixo de aplausos no Congresso a Emenda Constitucional nº 72, que garante à categoria o FGTS, o INSS e uma jornada de trabalho de 8 horas. Diante da sonhada regulamentação, alguns deputados chegaram a afirmar que a nova legislação representa o fim do regime de escravidão. Entende-se a emoção de quem se dedicou à causa nas últimas décadas, mas, obviamente, a imagem generaliza as relações de trabalho e comete injustiça ao não separar o joio do trigo. No informalismo histórico que governou as relações entre patrões e empregadas domésticas, houve, sem dúvida, muita exploração. Em muitos casos, a jornada de trabalho é exaustiva e se estende pelo sábado e às vezes pelo domingo. Além desses exageros, empregadores insensatos pagavam salários irrisórios e desconheciam direitos como férias e aviso prévio. Algumas trabalhadoras melhor informadas buscavam na Justiça o ressarcimento devido, mas a maioria ficava a ver navios. Deve-se reconhecer, porém, que sempre houve patrões justos, que honraram seus compromissos e trataram os empregados domésticos com dignidade. A deputada federal Benedita da Silva, nascida e criada no Chapéu Mangueira no Leme, no Rio, costuma contar orgulhosa que sua mãe foi lavadeira do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Ainda menina, cabia a ela entregar o rol de roupas limpas e passadas no apartamento de JK e dona Sarah. É de se acreditar A formalidade é necessária, mas uma repercussão negativa seria a queda no nível de emprego que dona Sarah tinha consideração e respeito pelos empregados. Mas Benedita também tem lembranças tristes. Em entrevista, após ser eleita a primeira senadora negra do país, revelou que quase cometeu o suicídio quando morreu seu primeiro marido, um pintor de paredes. Viúva em dificuldade e com dois filhos para criar, ela pensou no pior. Mas reuniu forças, estudou e tornou-se auxiliar de enfermagem e assistente social. Pelas mãos do segundo marido, iniciou-se na política e faz história até hoje no Congresso. Hoje, Benedita não mora mais no Chapéu Mangueira. Mas não esqueceu suas raízes e comemorou a conquista da Emenda nº 72. Certamente, vai dar combate ao projeto de regulamentação do PSDB que abranda, por exemplo, a multa de 40% do FGTS nas demissões sem justa causa. Segundo o deputado Carlos Sampaio (SP), a proposta não penaliza o empregador ao garantir segurança jurídica, evitando demissões em massa, e cria um sistema que privilegia a formalidade no mercado de trabalho. A preocupação dos tucanos não é descabida. Ao tratar as famílias como empresas, o legislador cria, sem dúvida, dificuldades para a classe média. A formalidade é necessária, mas uma repercussão negativa seria a queda no nível de emprego. Mas dificilmente o Congresso voltará atrás, adotando regras específicas. A classe média brasileira terá de se adaptar aos novos tempos. Na Europa e nos Estados Unidos, só as famílias muito ricas têm empregadas domésticas. No Brasil, não será diferente. DESTAQUES DO PORTAL A manutenção da taxa básica de juros em patamar historicamente baixo poderá acelerar a chegada da temida bolha imobiliária. Investimentos, como a compra de imóveis passa a ser viável com os juros mais baixos. Porém, quando a taxa Selic voltar a subir, especialista avalia que alguns financiamentos não conseguirão ser pagos. O Grupo Pão de Açúcar investiu R$ 1,576 bilhão em 2012, valor 0,44% inferior em relação ao montante aportado em O varejista submeteu aos acionistas uma proposta de plano de investimentos para A companhia pretende investir R$ 2,02 bilhões. Se aprovado, o total investido neste ano será 28,3% superior a A pouco mais de uma semana das eleições na Venezuela, a vitória de Nicolás Maduro parece cada vez mais acertada. Com apelo emocional, candidato chavista não cansa de citar o líder bolivariano aos quatro ventos. Os balanços sobre a gestão de Hugo Chávez, que são menos agressivos após a sua morte, também o favorecem. As vendas da farmacêutica alemã Bayer no Brasil somaram R$ 5,7 bilhões no ano passado, o que corresponde a um crescimento de 26% na comparação com Esse resultado foi superior ao registrado pelos números globais do grupo. Em 2012, a Bayer somou 39,760 bilhões em vendas, alta de 8,8%. RESULTADO DA ENQUETE Você acredita que a desoneração da cesta básica vai se refletir nos preços? Sim 33% Não 67%
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