Portaria n 096 de 31 de Março de 2008

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1 ESTADO DE ALAGOAS SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE SES Portaria n 096 de 31 de Março de 2008 Institui a Rede de Assistência à Urgência e Emergência nas Regiões de Saúde de Alagoas PROVIDA e fixa suas diretrizes. O Secretário de Estado de Saúde Gestor do Sistema Único de Saúde de Alagoas, no uso de suas atribuições legais que lhe confere o 1º, do art. 93 da Constituição Estadual e a Lei Estadual n , de 24 de setembro de 1999 e considerando: - A Seção II, Capítulo II, do Título VIII da Constituição Federal; - Lei Federal n. 8080, de 19 de setembro de 1990; - O Plano Diretor de Regionalização; - A visão sistêmica e estratégica do SUS Estadual; - A transparência e parceria com gestores locais; - A importância das entidades de saúde públicas, privadas e filantrópicas para a implementação e o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde do Estado de Alagoas; O Termo de Compromisso para Garantia de Acesso, disposto na Portaria MS n. 373, de 27 de fevereiro de 2002 NOAS 01/2002 e os Termos de Compromisso de Gestão estadual e Municipais preconizados no Pacto pela Saúde; - A Portaria GM Nº de 29 de setembro de 2003, que institui a Política Nacional de Atenção ás Urgências e estabelece os critérios para implantar e/ou implementar a Rede de Atenção a urgência e emergência nos entes federados; A Portaria GM Nº 1864 de 29 de setembro de 2003 que institui o componente pré hospitalar Móvel - SAMU como componente fundamental no processo de regulação dos serviços de atenção á urgência. A Portaria GM Nº de 05 de novembro de 2002 que institui o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência. A Portaria nº de 30 de outubro de 2003 que determina a criação de Comitê Gestor de Atenção á Urgência e Emergência nos três níveis de gestão e seus respectivos representantes legais, resolve: Art. 1º Instituir nos termos desta Portaria e dos seus Anexos o Programa de Assistência a Urgência e Emergência no Estado de Alagoas PROVIDA, com o objetivo de estruturar a Rede Estadual de Atendimento à Urgência, com foco no acolhimento do paciente a sua inserção no Sistema Único de Saúde.

2 1º O Programa de Assistência á Urgência e Emergência PROVIDA - é composto por 03 (três) módulos: o primeiro abrangerá a implantação do atendimento pré-hospitalar móvel de Urgência e Emergência em 11 pólos de microrregiões ( Porto Calvo, São Miguel dos Campos, Penedo, Pão de Açúcar, Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Viçosa, União dos Palmares, Coruripe e Joaquim Gomes) que será regulado pelas centrais de regulação instaladas nos municípios de Arapiraca e Maceió, conforme localização geográfica na respectiva microrregião do estado; o segundo módulo abrangerá a implementação da rede hospitalar de Urgência e Emergência em nove municípios, incluindo 4 sedes de regiões (São Miguel dos Campos, Santana do Ipanema, Arapiraca, União dos Palmares) e 5 sedes de microrregiões (Porto Calvo, Penedo, Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios, Viçosa); e o terceiro módulo abrangerá a implementação de ações de apoio aos hospitais de pequeno porte e demais pronto-atendimentos existentes, a serem definidas em portaria específica. Art. 2º Para habilitar-se ao Programa de Atendimento a Assistência Urgência e Emergência - PROVIDA, as unidades hospitalares devem atender ao disposto nesta Portaria e aos pré-requisitos estabelecidos nos Anexos da mesma. 1º Podem habilitar-se ao primeiro módulo do Programa de Atendimento á Urgência e Emergência PROVIDA - os hospitais regionais públicos, filantrópicos e privados, conveniados ao Sistema Único de Saúde, localizados nos 9 municípios citados anteriormente, que atendam aos usuários do Sistema Único de saúde.. I Os critérios para definir os hospitais aos quais comporão a Rede de Assistência a Urgência e Emergência, bem como o perfil de atendimento em urgência e emergência e/ou suas respectivas atuações no âmbito regional, são estabelecidos com base no fluxo de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde. II A classificação dos hospitais habilitados ao PROVIDA, quanto ao Porte de atendimento e os respectivos níveis de complexidade para o atendimento á Urgência e Emergência, segue os parâmetros de classificação da Portaria GM/ Nº de 05 de novembro de III - Fica determinado que os hospitais habilitados ao PROVIDA, devem, num prazo de oito meses, ou seja, na segunda avaliação quadrimestral do programa, estar em conformidade com a Portaria GM Nº de 05 de novembro de 2002 quanto a classificação por Porte de Atendimento, para que se efetue o repasse do recursos financeiros, estando os mesmos, sujeitos as sanções que vão desde a suspensão dos repasses dos recursos financeiros até a desabilitação do programa. Art. 3º A adesão dos hospitais ao Programa de atendimento á Urgência e Emergência PROVIDA será formalizada mediante Termo de Compromisso de Gestão a ser firmado entre a Secretaria de Estado de Saúde e o Hospital interessado, com a interveniência da Secretaria Municipal de Saúde do município sede de região oi microrregião.

3 1º Os Gestores dos municípios-sede de região e os hospitais que pretendam firmar o Termo de Compromisso de Gestão, devem entregar na Secretaria de Estado da Saúde um Plano de Ajustes e Metas circunstanciado com a anuência do Gestor Municipal, juntamente com os documentos necessários à sua habilitação ao PROVIDA. 2º O Plano de Ajustes e Metas exposto no 1º deste art. 3º, deve dispor, no mínimo, sobre: as metas qualitativas, quantitativas e gerenciais a serem atingidas pelo Hospital; os indicadores para aferição dos resultados, o valor financeiro necessário, o detalhamento da sua destinação e a oferta assistencial, sendo obrigatório apresentar os compromissos que atendam às exigências estabelecidas no Anexo desta Portaria. I Cabe ao Gestor municipal em conjunto com os hospitais regionais, observado o fluxo de atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, elaborar proposta de aplicação dos recursos financeiros estabelecidos para a região, referente a cada unidade hospitalar. 3º A Secretaria de Estado de Saúde, através de comissão especialmente designada pelo Secretário de Estado de Saúde, avaliará e emitirá parecer técnico sugerindo ou não a aprovação do Plano de Ajustes e Metas exposto no 1º deste art. 3º. I A Comissão de Avaliação dos Planos de Ajustes e Metas utilizará, como critério para aprovação da alocação de recursos à unidade hospitalar, o fluxo de atendimento regional a usuários do Sistema Único de Saúde. 4º O Termo de Compromisso de Gestão disposto no caput deste art. 3º será firmado quando o Hospital interessado atender a todos os requisitos para habilitação e for aprovado o Plano de Ajustes e Metas, devendo o seu acompanhamento ser realizado pela Superintendência de Atenção à Saúde/SUAS/SESAU, conjuntamente com o Município correspondente a região. I O acompanhamento estabelecido neste 4º, deste art. 3º, será realizado por: a) Relatório quadrimestral apresentado ao Gestor local, a Gerência de Programas/ Coordenadoria de Ações Estratégicas com cópia para a Superintendência de Atenção à Saúde/SUAS/SESAU; b) Relatório semestral apresentado ao Gestor Estadual. Art. 4º O Estado de Alagoas, através do Fundo Estadual de Saúde, destinará ao Programa de Atendimento à Urgência e Emergência PROVIDA, até a competência 2009, a importância de R$ ,00 (sete milhões trezentos e quarenta mil reais) para a implantação dos primeiro e segundo módulos;será destinando o montante fixo de R$ ,00 (dois milhões e novecentos mil reais) para a sua implantação, distribuídos da seguinte maneira: R$ ,00 (seiscentos mil reais) para ampliação da frota de ambulâncias para o componente pré-hospitalar móvel, R$ ,00 (quatrocentos mil reais) para aquisição de equipamentos do SAMU e R$ ,00 (quatrocentos mil reais) para informatização do sistema e R$ ,00 ( Um milhão e quinhentos mil reais) para aquisição do Kit PROVIDA, que será destinado aos Ambulatórios 24 horas da capital e aos pronto-atendimentos dos hospitais incluídos neste programa. O montante de R$ ,00 (quatro milhões quatrocentos e quarenta mil) destinar-se-á ao custeio dos hospitais habilitados ao PROVIDA, sendo R$ ,00

4 (três milhões de reais) para o componente hospitalar e R$ ,00 (um milhão quatrocentos e quarenta mil reais) para o componente pré-hospitalar móvel. 1º O apoio financeiro estabelecido no caput deste art. 4º será de R$ ,00(trezentos e setenta mil reais) mensais sendo R$ ,00 (duzentos e cinqüenta mil reais) para o componente hospitalar distribuídos por região conforme anexo I desta portaria; e R$ ,00 (cento e vinte mil reais) para o componente pré - hospitalar móvel distribuídos entre 11 municípios sedes de microrregiões correspondendo ao montante de R$ ,09 (dez mol, novecentos e nove reais e nove centavos)/município para custeio de combustível e pagamento de recursos humanos. II O valor destinado a cada região é estabelecido com base na população IBGE 2007 e de acordo com os seguintes indicadores: número de internações/mês, leitos disponíveis, valor médio de AIH, taxa cobertura microrregional. 2º Os recursos financeiros estabelecidos neste art. 4º deverão ser utilizados nas atividades fins das unidades hospitalares de saúde, conforme Termo de Compromisso de Gestão a ser firmado para investimento, modernização gerencial, custeio, qualificação e contratatação de Recursos Humanos para atuarem no Sistema Único de Saúde. Art. 5º Os recursos objeto desta Portaria correrão à conta do orçamento próprio da Secretaria de Estado da Saúde, orçados no Fundo Estadual de Saúde e provenientes do Tesouro Estadual, sob o Programa de Trabalho n Manutenção do Fundo Estadual de Saúde, Fonte 00 Recursos Ordinários. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir da competência maio de Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário. ANDRÉ LUIS CHAVES VALENTE Secretário de Estado da Saúde e Gestor do SUS AL Região População População Referenciada ANEXO I VALOR MÁXIMO DE APOIO FINANCEIRO DISPONÍVEL POR REGIÃO Valor (R$) Per Valor (R$) Máximo Capita Ano em 12 meses Valor (R$) Máximo por mês Região I , , ,14 Região II , , ,63 Região III , , ,00 Região IV , , ,46 Região V , , ,76 TOTAL , ,

5 ANEXO II PLANO DE AJUSTES E METAS PRÉ-REQUISITOS O Plano de Ajustes e Metas deve estabelecer as metas qualitativas, quantitativas e gerenciais a serem atingidas, bem como compromissos a serem cumpridos pelo Hospital. 1 - COMPROMISSOS GERAIS: O Hospital deve assumir, em caráter permanente, os seguintes compromissos mínimos: Dedicar ao SUS, no mínimo, 60% da totalidade de seus leitos ativos. O número de leitos ativos e destinados ao SUS é de...(enumerar os leitos por área); 1.2 Implantar e desenvolver os seguintes sistemas: a de controle de estoques; b de apropriação de custos; c comissão de controle interno; d de controle de eventos adversos e de infecção hospitalar. 1.3 Desenvolver e apresentar um Plano Diretor para o Hospital até o final do sexto mês contados a partir da adesão ao PROVIDA e apresentar relatórios de sua execução ao final do terceiro e quarto trimestre; 1.4 Implantar gestão profissional; 1.5 Aderir ao Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar; 1.6 Desenvolver e implantar, no mínimo, protocolos clínicos para 10 (dez) procedimentos relevantes. 1.7 Contratar equipe para os plantões de urgência de acordo com o porte da unidade, buscando na portaria GM nº de 05 de novembro de 2002.