Exposição Ocupacional
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- Fernando Belém César
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2 Exposição Ocupacional É a exposição normal ou potencial de um indivíduo em decorrência de seu trabalho ou treinamento em práticas autorizadas ou intervenções, excluindo-se a radiação natural do local.
3 Tipo de Prática Envolvendo Radiação Ionizante Monitoração Individual Exposição Ocupacional Recomendações em Proteção Radiológica ICRP BSS Legislação estabelecida pelos Orgãos Reguladores CNEN ANVISA MTE
4 Legislação Brasileira para Exposição Ocupacional
5 Norma CNEN NN 3.01:2014 Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica Define os requisitos para realização das práticas envolvendo radiação ionizante, isto é, qualquer ação envolvendo práticas, ou fontes associadas a essas práticas, só pode ser realizada em conformidade com os requisitos aplicáveis desta Norma, a não ser que resulte em exposição excluída do controle regulatório da CNEN, ou que a fonte esteja isenta ou dispensada desse controle. Com exceção das práticas de radiodiagnóstico médico e odontológico; Os requisitos desta Norma se aplicam às exposições ocupacionais; Estabelece os Limites de Dose Ocupacionais e para o Público, bem como os níveis de referência ocupacionais e classificação de áreas.
6 Norma CNEN NN 3.01:2014 Limites de Dose
7 ANVISA - PORTARIA FEDERAL N 453:1998 DIRETRIZES DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO E ODONTOLÓGICO Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional; Estabelece parâmetros e regulamenta ações para o controle das exposições médicas, das exposições ocupacionais e das exposições do público, decorrentes das práticas com raios-x diagnósticos.
8 Monitoração Individual Externa
9 De acordo com a legislação brasileira (CNEN-NN-3.01:2014, ANVISA - PORTARIA FEDERAL N 453:1998 e MTE NR 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE:2011) todos os trabalhadores ocupacionalmente expostos à radiação ionizante (IOE) são obrigados a serem monitorados individualmente, com periodicidade mensal, por Serviços de Monitoração Individual Externa (SMIE), autorizados pelo Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD).
10 Tipos de Monitoração Individual Externa Corpo inteiro; Extremidades (mãos, dedos); Cristalino. Tipos de Radiação de Interesse na Monitoração Individual Externa Fótons (Raio X e Gama) Corpo Inteiro e Extremidades; Nêutrons - Corpo Inteiro; Beta - Extremidades. Técnicas Dosimétricas No Brasil, apenas três as técnicas dosimétricas são autorizadas para a monitoração individual externa de corpo inteiro para fótons (raio X e gama): Dosimetria com Filme Dosimétrico; Dosimetria Termoluminescente (TL); Dosimetria por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE/OSL).
11 Comitê de Avaliação de Serviços de Ensaios e Calibração CASEC
12 No Brasil, todos os serviços de monitoração individual externa para fótons de corpo inteiro (dosímetro de tórax) devem ser autorizados pelo Comitê de Avaliação de Serviços de Ensaios e Calibração CASEC/IRD/CNEN.
13 COMPETÊNCIAS DO CASEC Avaliar os processos de solicitação de Certificação de Serviços de Ensaio e Calibração, em conformidade com os critérios adotados, visando à concessão da Certificação (3 anos). Acompanhar, por meio de auditorias e programas de acompanhamento e/ou intercomparação, o desempenho dos Serviços de Ensaio e Calibração Certificados. Avaliar os pedidos de manutenção ou extensão da concessão da Certificação de Serviços de Ensaio e Calibração. Recomendar à Direção do IRD à concessão, renovação, suspensão ou cancelamento da Certificação de Serviços de Ensaio e Calibração, apresentando evidências que justifiquem o recomendado. Criar e definir as atividades de Câmaras Técnicas para suporte técnico ao Comitê;
14 Existem no Brasil atualmente 11 Laboratórios autorizados para prestação Serviço de Monitoração Individual Externa (SMIE) de Dosimetria Fotográfica CDTN - Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear / CNEN (Belo Horizonte/MG) IRD - Instituto de Radioproteção e Dosimetria / CNEN (Rio de Janeiro/RJ) Laboratório de Proteção Radiológica - DEN / UFPE (Recife/PE) Dosimetria Termoluminescente METROBRAS - Centro de Ensaios e Pesquisa em Metrologia (Jardinópolis/SP) IFUSP - Instituto de Física da Universidade de São Paulo (São Paulo/SP) IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares / CNEN (São Paulo/SP) IPDR - Instituto Paulista de Dosimetria das Radiações Ltda (São Paulo/SP) PRO-RAD - Consultores em Radioproteção S/S Ltda (Cachoeirinha/RS) SAPRA/LANDAUER - Serviços de Assessoria e Proteção Radiológica Ltda (São Carlos/SP) TEC-RAD - Tecnologia em Radioproteção Ltda (Carapicuíba/SP) ELETRONUCLEAR - Eletrobras Termonuclear AS (Angra dos Reis/RJ) Dosimetria OSL SAPRA/LANDAUER - Serviços de Assessoria e Proteção Radiológica Ltda (São Carlos/SP) CNEN ESTATAL UNIVERSIDADE PRIVADO
15 Gerência de Dose Ocupacional Externa GDOSE
16 No Brasil, todas as dose individuais recebidas pelos IOE são armazenadas num banco de dados. Dentre os requisitos para obter e manter a autorização está a obrigação dos SMIE em enviar ao IRD, mensalmente, dados institucionais das instalações e pessoais dos IOE para os quais presta serviço. Anualmente, os SMIE devem enviar, também, o somatório anual das doses individuais recebidas por cada IOE no ano calendário anterior. Os dados enviados ao IRD pelos SMIE são armazenados em um banco de dados, com interface web, denominado Gerência de Dose Ocupacional Externa (GDOSE). O GDOSE também permite a emissão do histórico de dose do IOE mediante solicitação.
17 Banco de Dados GDOSE SMIE GDOSE Sistema de Gerência de Dose Ocupacional Externa/IRD Histórico de Dose
18 Número de IOE com Monitoração de Corpo Inteiro FILME DOSIMÉTRICO (14,3%) Ano 2008 NÊUTRONS 439 (0,3%) FILME DOSIMÉTRICO (11,9%) Ano 2010 NÊUTRONS 456 (0,3%) TLD (85,4%) TLD (87,8%) Total: Total: FILME DOSIMÉTRICO (9,7%) Ano 2013 NÊUTRONS 449 (0,3%) TLD (90,0%) Total:
19 Número de IOE com Monitoração de Extremidade Ano 2010 PULSEIRA 1039 (67%) ANEL 516 (33%) Total: Ano 2013 ANEL 688 (29%) PULSEIRA 1694 (71%) Total: 2.382
20 Distribuição do Número de IOE Monitorados para Fótons por Prática Medicina Nuclear Odontologia 3% 4% 4% 1% Outros usos médicos 3% 4% 7% 8% 66% De 1987 a 2011 Práticas relacionadas a atividades educacionais Radiologia Convencional Radioterapia Manutenção de Equipamentos Radiografia Industrial Operação de Reatores 2,8% 0,7% 0,5% 0,1% 4,2% 5,0% 0,7% 0,6% Medicina Nuclear Odontologia Outros usos médicos Práticas relacionadas a atividades educacionais Radiologia Convencional 85,4% 2013 Radioterapia Radiologia Intervencionista Veterinária Outras Aplicações
21 Distribuição do Número de IOE Monitorados para Fótons na Área Médica 4% 6% 1% Medicina Nuclear Outros usos médicos Radiologia Convencional 89% Radioterapia De 1987 a % 1% 4% 1% Medicina Nuclear Outros usos médicos Radiologia Convencional 91% Radioterapia 2013 Radiologia Intervencionista
22 Distribuição do Número de IOE Monitorados para Nêutrons por Prática 27% 2% 3% 2% 36% Manutenção de Equipamentos Operação de Reator Educação 30% Operação de Acelerador Prospecção de Petróleo De 1987 a 2011 Outras Aplicações
23 Distribuição do Número de IOE Monitorados para Extremidades por Prática Educação 2% 1% Medicina Nuclear 5% 5% 3% 2% 4% 7% 19% 3% 27% 22% Radiologia Radiografia Industrial Operação de Acelerador Manutenção Distribuição do Número de IOE Monitorados para Extremidades na Área Médica Operação de Reatores 7% 4% De 1987 a 2011 Radioterapia 41% 48% Medicina Nuclear Radiologia Radioterapia Outros usos Médicos
24 Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Fótons por Prática 2% 2% 2% 7% 12% 2% 1% 72% Radiologia Convencional Radioterapia Medicina Nuclear Radiografia Industrial Manutenção Odontologia Educação Acelerador Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Fótons na Área Médica De 1987 a % 2% 84% Radiologia Convencional Radioterapia Medicina Nuclear
25 Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Nêutrons por Prática 2% 1% Manutenção de Equipamentos Operação de Reator 13% 22% Educação 37% 25% Operação de Acelerador De 1987 a 2011 Prospecção de Petróleo e Gás Outras Aplicações
26 Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Extremidades por Prática 4% 4% 4% 1% 1% 4% 3% 3% Medicina Nuclear Radiologia Radioterapia Outros usos Médicos 22% De 1987 a % Educação Radiografia Industrial Beneficiamento de Urânio Manutenção Operação de Reatores Outros Distribuição de Dose Coletiva Ocupacional para Extremidades na Área Médica 5% 5% 26% 64% Medicina Nuclear Radiologia Radioterapia Outros usos Médicos
27 Evolução da estimativa da dose efetiva média anual no Brasil
28 Valores da estimativa da dose efetiva média anual por prática no Brasil
29 Conclusões O maior número de IOE monitorados no Brasil é da área de Saúde, nas práticas de radiologia médica e odontológica; Em termos da dose efetiva média anual, houve uma redução ao longo dos anos, com um valor de 2,4 msv, em 1987, diminuindo para 0,6 msv em 2011; As maiores doses aparecem em radiologia intervencionista. Estas doses ultrapassam os 6 msv, adotado como nível de investigação anual pela CNEN; Adicionalmente, as práticas de medicina nuclear, pesquisa e desenvolvimento (P&D) e radioterapia são as únicas com dose média acima de 1 msv, limite para dose efetiva de público.
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NOÇÕES BÁSICAS DAS NORMAS E REGULAMENTOS
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