Planejamento e Controle de Obras
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- Ana Luísa Clementino Alcaide
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1 /0/ Planejamento e Controle de Obras TC-0 Gerenciamento de Projetos PLANEJAMENTO O planejamento pode ser dividido em três níveis hierárquicos: Estratégico, tático e operacional O nível estratégico pode ser definido como sendo um escopo com as metas do empreendimento a serem alcançados em determinado intervalo de tempo à Longo prazo! No nível tático enumera-se os meios e limitações para que essas metas sejam alcançadas à Médio prazo! O nível operacional refere-se a seleção do curso das ações através das quais as metas serão alcançadas à Curto prazo! Bernardes (). Níveis Hierárquicos Níveis Hierárquicos Planejamento de Médio Prazo: Lookahead A maioria das obras possui somente o cronograma mestre que é utilizado para diversos fins. Entretanto esses cronogramas possuem uma falta de informações sobre as situações atuais e a entrega, isto é, em grande parte das obras, as atividades realizadas não obedecem o cronograma planejado. O planejamento Lookahead (médio prazo) tem a finalidade de suprir essas faltas encontradas nesses cronogramas macros. Utiliza mecanismos que visam resolver os problemas que impedem a execução das tarefas, tendo como objetivo antecipar ações futuras, melhorar o desempenho do planejamento de curto prazo e consequentemente reduzir o custo e duração dos projetos. Planejamento de Médio Prazo: Lookahead Procedimentos para Elaboração: Ø Reunir os parceiros para concordar sobre os procedimentos do planejamento e informações do fluxo; Ø Alinhar os fornecedores internos com o sistema de controle e filosofia reestruturando a compra de materiais (trocar grande lotes por pequenos); Ø Melhorar e ajustar o cronograma mestre; Ø Analisar o CPM das tarefas antes de planejar as tarefas das próximas semanas; Ø Planejar somente as tarefas que tem todas as condições para iniciar; Ø Carregar a força de trabalho conforme a sua capacidade.
2 /0/ Planejamento de Médio Prazo: Lookahead PLANO SEMANAS Obra: Moradas do Bosque Semanas Local Empreiteiro Equipe Início Final 0 a /0 a /0 a /0 a 0/0 a 0/0 Millenium III Silvino encarregado 0/ago 0/set Elétrica e Hidráulica pedreiros /ago /ago Impermeabilização carpinteiros /ago /ago Contrapiso Inferior /ago /ago 0/set 0/set Laje de Cobertura /ago /set Emboço interno Sobrados - Orlando Pedreiros /ago /ago Carpinteiros /ago /ago Laje de Cobertura Armador 0/ago 0/ago Concretagem da laje Millenium II Silvino encarregado /ago 0/set pedreiros 0/set /set Laje de Cobertura carpinteiros /ago /out Hidráulica e Elét. O Planejamento Last Planner (curto prazo) busca alcançar a real capacidade do sistema de produção tendo o envolvimento direto com o encarregado da obra. No planejamento de curto prazo são programados somente as atividades onde não há interferências ou precedências que possam impedir na realização dos serviços. Seguindo essa abordagem é possível monitorar a eficácia da situação atual e futura do planejamento através de indicadores de desempenho relacionados ao número de tarefas concluídas em relação às previstas, sendo denominado como PPC (Percentagem do Planejamento Concluído). 0/set /set Emboço Inferior 0/set /set Contrapiso Sobrados - J.Odor Carpinteiros /jul 0/set Baldrame Armadores /ago /set Alvenaria do Térreo 0/set /set Laje superior Sobrados - Sr. Travinski Pedreiros /ago /set Baldrame Carpinteiros /ago 0/set Alvenaria do Térreo 0/set 0/out Laje Superior Sobrados - Silvino encarregado /ago /set Alvenaria do Térreo pedreiros carpinteiros Sobrados - Orlando carpinteiros /ago 0/set pedreiros 0/set /set Laje de Cobertura contra-mestre 0/set /set Emboço Inferior interno /ago 0/out Hidráulica e Elétrica PPC (%) = N de Atividades Concluídas N de Atividades Planejadas Procedimentos para Elaboração: Ø Identificar e priorizar as tarefas realizáveis; Ø Determinar a capacidade de mão-de-obra para a próxima semana; Ø Selecionar atividades por tamanho e capacidade; Ø Listar os excesso de tarefas e mão-de-obra; Ø Verificar o andamento de cada atividade a cada dia e listar os motivos por não completar as tarefas; Ø Gerente deve analisar o plano semanal e atuar sobre as causas dos problemas. Questões que devem ser consideradas: Ø Definição: As tarefas estão especificadas e o tipo de material também? Ø Profundidade: Os pré-requisitos dos trabalhos estão prontos, os materiais estão no canteiro? Ø Sequência: As tarefas estão planejadas seguindo a sua construtibilidade? Ø Tamanho: As tarefas estão sendo executados conforme o tamanho solicitado? Ø Aprendizado: Foram identificados os motivos para as tarefas da semana anterior não terem sido feitas? de Planilha Local Empreiteiro Equipe Seg Ter Qua Qui Sex PPC Razões para variações Millenium III Silvino encarregado pilares de pilares Concretagem da marcação da alvenaria início da alvenaria Clima Prumagem de Prumagem laje Início da Desforma e pedreiros Alvenaria do piso superior Alvenaria do piso superior carpinteiros Sobrados - Orlando profissionais Ferragem das vigas e pilares Ferragem dos blocos Concretagem da laje Chapisco e desforma lateral Marcação da alvenaria Clima Conferência de nível Conferência de nível Elétrica/Hidráulica Elétrica/Hidráulica Millenium II Silvino encarregado Forma Levantamento de Ferragens Soltar lajes Travamento de painéis Tubulação elet/hidr. Chegar laje, clima pedreiros das vigas e conferência Colocação de ferragem complementar carpinteiros Sobrados - J.Odor Carpinteiros Concretagem do baldrame / Caixas e ferragens / Concretagem dos blocos Preparação das formas / Preparação de formas / Clima Armadores Desforma do Baldrame Desforma / Sobrados - Sr. Travinski Pedreiros Preparação ferragens Concretagem bloco Caixaria / Desforma Colocação de caixaria e ferragens Clima Carpinteiros Escavação blocos / Caixaria / Escavação / Levar caixaria / Sobrados - Silvino encarregado Escavação blocos 0 0 Caixaria e preparação das ferragens Caixaria e preparação das ferragens Clima pedreiros carpinteiros Sobrados - Orlando carpinteiros Alvenaria do térreo Alvenaria do térreo Formas das lajes Formas das lajes Formas das lajes pedreiros Início da laje de cobertura / contra-mestre Percentagem do Planejamento Concluído
3 /0/ Planejamento de Longo Prazo No planejamento de longo prazo, o horizonte dos planos abrange todo o período de construção e tem como objetivo a definição dos ritmos das atividades, que constituem as grandes etapas construtivas do empreendimento como, por exemplo, a estrutura, a alvenaria e as instalações hidrossanitárias (MENDES JR e HEINECK, ). A elaboração dos planos é realizada a partir do uso de técnicas de programação, como a, no qual são especificadas informações a respeito do início e fim das atividades, bem como a duração máxima necessária para a execução do empreendimento (TOMMELEIN e BALLARD, ; MENDES JR. E HEINECK, ). Histórico A técnica da (Line of Balance LOB) para programação de tarefas foi criada pela Goodyear nos anos 0. Suas primeiras aplicações foram na indústria de manufaturados para programar o fluxo de produção. O Método da LOB é um dos métodos mais conhecidos entre os pesquisadores para a programação de projetos lineares. Também pode ser chamada de diagrama tempo-caminho ou diagrama espaçotempo. Seu uso na construção civil se difundiu mais na Europa em obras com serviços bastante repetitivos, como estradas e pontes. No Brasil, o desconhecimento e a falta de familiaridade com a técnica LOB nos canteiros de obras faz com que a programação das obras de engenharia baseie-se exclusivamente em diagramas como o de barras e a técnica de rede PERT-CPM. A técnica da se resume ao conceito de que as tarefas são repetidas inúmeras vezes ao longo de uma unidade de repetição. Por exemplo, o serviço de revestimento de paredes é realizado inúmeras vezes ao longo de todas as unidades de um conjunto habitacional ou pavimentos de um edifício. O ritmo de conclusão da tarefa nas diversas unidades dependerá de quantas equipes sejam alocadas. A técnica é de aplicação bastante simples principalmente por que pode ser feita graficamente, se assumirmos a linearidade do desenvolvimento da tarefa, podendo ser visualizada num gráfico espaço x tempo, indicando a unidade e quando a tarefa é executada nesta unidade Ø Método de planejamento gráfico, baseado em uma unidade básica de repetição à Toda a construção tem um ritmo natural e qualquer desbalanceamento nesse ritmo resulta em perdas de recursos e tempo; Ø O diagrama da LOB representa as atividades no espaço (unidades de repetição) e no tempo (meses, semanas, dias); Ø O comportamento das linhas resultantes indicarão o ritmo da construção das unidades; Ø O balanceamento é alcançado quando se obtém os mesmo ritmo para todas as atividades ou grupos. Prof.ª Dra. Adriana Lacerda VANTAGENS Ø Representação cumulativadasatividades; Ø A LOB mostra o atraso de uma ou mais atividades; Ø Mostra toda a situação atual do projeto; Ø Possibilidade de visualizar a alocação das equipes por atividades; Ø Através da técnica é possível dimensionar as durações e equipes para cada atividade.
4 /0/ DESVANTAGENS Ø A LOB é uma técnica desenhada para um processo de produção simples e não para o complexo processo de construção; Ø Não mostra o impacto do atraso no fim da obra; Ø Existe problemas de visualização na apresentação da LOB sendo recomendado coresdiferentesparacadaatividade; Ø O método LOB é aplicável em qualquer área sendo sua aplicação em obras bastante limitado. 0 Ø Definição da unidade de repetição Ø Levantamento das atividades Ø Determinação das durações Ø Levantamento da quantidade de mão-de-obra Ø Elaboração da rede de precedências por unidade (pavimento, sobrado) Ø Obtenção do tempo de base da unidade Ø Cálculo do tempo de ritmo Ø Cálculo do ritmo Ø Determinação do número de equipes Ø Definição da estratégia de execução da obra Ø Diagramação da linha de balanço Ø Eixo das abcissas: Linha do tempo; Ø Eixo das ordenadas: Unidades repetitivas. RITMO Ø Ritmo é o número de unidades repetitivas concluídas por unidade de tempo (sobrados/dias). EQUIPES Ø A finalidade de dimensionar a quantidade de equipes está ligada a execução da obra no prazo mais próximo ao tempo de ritmo determinado para o andamento da obra. O número de equipes também pode ser alterado conforme necessidades de reduzir ou aumentar o tempo de execução. Ne = Duração. Ritmo
5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ /0/ de uma rede de esgoto de uma rede de esgoto Supondo a implantação de uma rede linear de esgoto de km de comprimento, cujo ciclo de trabalho consiste de duas operações consecutivas realizadas em trechos de km: Escavação de Valas Assentamento da tubulação A LOB para um prazo contratual de 0 dias é a mostrada abaixo TRECHO 0 TRECHO KM KM KM Portanto, tem que ser realizado vezes. Supondo a escavação de cada trecho dure dias e o assentamento dure dia com um intervalo de dia entre as operações. O ciclo dura, portanto, dias. KM KM KM Escavação da Vala A inclinação de cada barra representa o ritmo desejado de trabalho, Enquanto sua espessura equivale a duração da atividade Assentamento do Tudo Dimensionamento da LOB KM KM KM KM KM KM KM KM Produtividade e Equipe O exemplo apresentado a seguir mostra como fazer o balanceamento no planejamento com linha de balanço. A obra é a construção de um conjunto de casas iguais (n=0), com meta de entrega (ME) de casas por semana. Vamos assumir neste exemplo semana com dias de horas = 0 horas e ciclo de produção de atividades. Serviço Hh/casa (A) Fundação 0 Fixemo-nos no Serviço A: (B) Superestrutura 0 (C) Esquadrias Para atingir o ritmo almejado de casas/semana, é necessário alocar uma equipe com a seguinte quantidade calculada de operários: (D) Instalações (E) Acabamentos 0 E = 0Hh/casa x casas/semana =, operários 0 h/semana/operário Arredondando para a produção semanal corrigida será: Fundação Superestrutura Esquadrias Instalações Acabamentos ME(corrig) = operários x 0 h/semana/operário =, casas / semana 0Hh/casa Meta de Entrega
6 /0/ Dimensionamento da LOB da Ativ. A,0 +, Serviço Equipe Básica Escolhida (A) Fundação (B) Superestrutura (C) Esquadrias (D) Instalações (E) Acabamentos A duração (t) do serviço A em cada casa é dada por: t = 0 Hh / casa =, dias operários/casa x horas O tempo decorrido entre o início da primeira casa e o início da vigésima (T) é dado por: T = (0-) casas x dias na semana =,0 dias, casas na semana Todas as atividades Fazendo o cálculo para todas as atividades temos o quadro a seguir: Equipe Calculada Equipe Adotada Equipe Básica Ritmo de Produção Tempo do inicio da ª ao Ativ. Hh/casa Tempo por casa Corrigido início da 0ª casa (Operários) (Operários) (Operários) A 0,,00,,00,,0 B 0,00,00,00,00,00, C,,00,,00,0, D,,00,,00, 0, E 0,,00,,00,, RITMO = DE CASAS HORAS POR SEMANA = 0 NÚMERO DE CASAS = 0 para todas atividades Introduzindo um buffer de dias entre serviços consecutivos, as linhas de balanço podem então ser traçadas: Em algum ponto o serviço D está começando antes do C ª Data de Inicio Data Término ª casa Data de Inicio com Buffer Data de Término ª Casa Data de Inicio 0ª Casa Data de Término 0ª Casa 0,00, 0,00,,0,,,,,,,,,,,,,,,,, 0,,,,0 Casas Dias Corrigindo a LOB Introduzir um buffer de dias de trás para frente na atividade D ª Data de Data Término Data de Inicio Data de Término Data de Inicio Data de Término Inicio ª casa com Buffer ª Casa 0ª Casa 0ª Casa 0,00, 0,00,,0,,,,,,,,,,,,,,,, 0,,,,,0,,,, Casas Dias
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