Matemática. Disciplina: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS. Varginha Minas Gerais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Matemática. Disciplina: CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS. Varginha Minas Gerais"

Transcrição

1 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS Curso Pró-Técnico Disciplina: Matemática Texto Experimental 1 a Edição Antonio José Bento Bottion e Paulo Henrique Cruz Pereira Varginha Minas Gerais

2 Dezembro de 006 Álgebra Fonte: Geometria Fonte: ii

3 ... Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Campus VIII - Varginha MATEMÁTICA I Prof. Antônio José Bento Bottion ÍNDICE 1. TEORIA DOS CONJUNTOS SIMBOLOGIA CONCEITOS PRIMITIVOS REPRESENTAÇÕES DE UM CONJUNTO MAIS DOIS POSTULADOS DEFINIÇÃO DE SUBCONJUNTO TEOREMAS COMPLEMENTAR CONJUNTO UNIVERSO UNIÃO INTERSECÇÃO DIFERENÇA PAR ORDENADO PRODUTO CARTESIANO CONJUNTOS NUMÉRICOS NÚMEROS NATURAIS E NÚMEROS INTEIROS NÚMEROS RACIONAIS NÚMEROS IRRACIONAIS NÚMEROS REAIS TEOREMAS OUTRAS NOTAÇÕES INTERVALOS ARITMÉTICA DOS INTEIROS MÚLTIPLO E DIVISOR NÚMERO PAR TEOREMA NÚMERO PRIMO NÚMERO COMPOSTO TEOREMA FORMA FATORADA DIVISÃO EUCLIDIANA MÁXIMO DIVISOR COMUM... 5 Curso Pró-Técnico - Disciplina: Matemática Professores Antonio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira iii

4 ... Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Campus VIII - Varginha.10. NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM TEOREMA TÉCNICAS DE FATORAÇÃO EXPRESSÃO ALGÉBRICA VALOR NUMÉRICO FATORAR DESENVOLVER CASOS DE FATORAÇÃO POTENCIAÇÃO DEFINIÇÃO DEFINIÇÕES SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS EQUAÇÕES EXPONENCIAIS NOTAÇÃO CIENTÍFICA RESUMO RADICIAÇÃO INTRODUÇÃO GENERALIZAÇÃO DEFINIÇÃO PROPRIEDADES DOS RADICAIS REDUÇÃO DE RADICAIS AO MESMO ÍNDICE RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES POTÊNCIA DE EXPOENTE RACIONAL RADICANDO NEGATIVO PROPRIEDADE EQUAÇÃO DO º GRAU DEFINIÇÃO RAIZ DA EQUAÇÃO CONJUNTO SOLUÇÃO FÓRMULA RESOLUTIVA OBSERVAÇÕES EQUAÇÕES INCOMPLETAS A FORMA FATORADA SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES EQUAÇÕES BIQUADRADAS TEORIA DAS FUNÇÕES FUNÇÃO DE A EM B Curso Pró-Técnico - Disciplina: Matemática Professores Antonio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira iv

5 ... Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais Campus VIII - Varginha 8.. UMA OUTRA NOTAÇÃO DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL REAL CONJUNTO IMAGEM GRÁFICO CRESCIMENTO DE UMA FUNÇÃO CONJUNTO SIMÉTRICO PARIDADE DE UMA FUNÇÃO A FUNÇÃO DO 1 GRAU FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU TEOREMA A FUNÇÃO DO GRAU FUNÇÃO DO SEGUNDO GRAU A PARÁBOLA CONSIDERAÇÕES Curso Pró-Técnico - Disciplina: Matemática Professores Antonio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira v

6 1. Teoria dos conjuntos 1.1. Simbologia Para termos uma linguagem precisa e concisa, serão utilizados os seguintes símbolos: Símbolo ( x) ( x) ( x) P Q P Q Leia-se para todo x existe x existe um único x se P, então Q P se, e somente se, Q Na implicação P Q, deve-se entender que, parindo da proposição P, deduz-se a proposição Q. Assim, por exemplo, sendo x um número real, a sentença ( x> 5) ( x> ) é VERDADEIRA, pois todo número maior que 5 é maior que, enquanto que a sentença ( x> ) ( x> 5) é FALSA, pois existem números maiores que, que não são maiores que 5. A bi-implicação P Q é equivalente à sentença ( P Q) ( Q P). Assim, por exemplo, x= 5 x+ 1= 6 é uma sentença verdadeira, pois as sentenças x= 5 x+ 1= 6 e x+ 1= 6 x= 5 são ambas verdadeiras. 1.. Conceitos primitivos O ponto de partida da teoria dos conjuntos consiste nos seguintes conceitos primitivos: conjunto elemento de um conjunto igualdade de conjuntos Para indicar que x é um elemento do conjunto A, escrevemos x A (leia-se também x pertence a A.) A notação x A significa que x não é elemento do conjunto A. É importante observar que acima não consta o conceito de elemento, e sim o conceito de elemento de um conjunto. Assim, não há sentido em discutir se x é elemento ou não. Discute-se apenas se x é ou não elemento de um dado conjunto. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 1

7 1.. Representações de um conjunto Além de se representar um conjunto por uma letra (na maioria das vezes maiúscula), são usadas as seguintes representações: {e 1, e,..., e n }, onde e 1, e,..., em é a lista dos elementos do referido conjunto dispostos numa ordem qualquer, com ou sem repetição. { } x A :S( x), onde S(x) é uma propriedade sobre a variável x, que tem por finalidade selecionar elementos de A; por exemplo, { x A :x> 5}. Adotaremos também o seguinte postulado: Se todo elemento de A é elemento de B e todo elemento de B é elemento de A, então os conjuntos A e B são iguais. Exemplo 1 { 1, } = {,1} e { 1,} = { 1,,1,, } Exemplo Sendo = { 0,1,,...,10,11,... } N o conjunto dos números naturais, quantos são os elementos do referido conjunto: { x :x+ 5 17} elementos. Tem-se então que x 6 N? x x 1 e x 1 x 6 e x { 0,1,,, 4,5,6}. Logo, os elementos do referido conjunto são 0, 1,,, 4, 5 e 6, e, portanto, este possui 7 Resposta: 7. Exemplo Quais são os elementos do conjunto N dos números naturais que satisfazem à condição S(x) :x+ 1? x+ 1 x 1 Repare que não há número natural que satisfaz tal condição. Resposta: Nenhum. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira

8 1.4. Mais dois postulados Para que possamos operar com conjuntos, sem correr o risco de ficar operando com o nada, como no último exemplo, vamos estabelecer que: Existe um conjunto sem elementos, que chamamos de conjunto vazio e que indicaremos, sem preferência por { } ou por (Postulado). Sendo assim, podemos voltar ao item e obter maior precisão, se ficar estabelecido que: Dados um conjunto A e uma sentença S(x), na qual a variável x ocorre pelo menos uma vez sem ser introduzida por existe x, nem por para todo x, existe sempre um conjunto B tal que { ( )} B= x A :S x (Postulado). Assim, { x :x+ 5 17} = { 0,1,,, 4,5, 6} N e { x N :x 1} { } + = = 1.5. Definição de subconjunto Dados os conjuntos A e B, dizemos que B é subconjunto de A se, e somente se, todo elemento de B é elemento de A. Notação: B A (leia-se B está contido em A). ( )( ) B A x x B x A Obs: A representação gráfica usada aqui foi proposta pelo matemático Venn. Por outro lado, tem-se que B A se, e somente se, existir pelo menos um elemento de B que não é elemento de A. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira

9 Em símbolos: B A ( x)( x B e x A) Exemplo 4 { } Dado o conjunto A 1,,, {,4} das seguintes proposições: =, classificar em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma a) A possui quatro elementos ( ) b) 1 A e A ( ) 1, A ( ) c) { } d) {, 4} A ( ) e) {,4} A { } ( ) O conjunto A possui 4 elementos, a saber, os números 1,, e o conjunto binário {, 4 } ; portanto, tem-se que 1 A, A, A e {, 4} A. { 1,} A, pois 1 e são elementos de A {, 4} A, pois 4 não é elemento de A {{,4} } A, pois { }, 4 é elemento de A Sendo assim, a única afirmação falsa é a (d) Teoremas Qualquer que seja o conjunto A, tem-se que o conjunto vazio é subconjunto de A. Pois, se não o fosse, deveria existir pelo menos um elemento do conjunto vazio que não pertencesse a A (o que é absurdo). Qualquer que seja o conjunto A, tem-se que A é subconjunto de A. Pois todo elemento de A é elemento de A. Tem-se então que ( A)( A A), mesmo com A = { }. Repare ainda que a expressão todo elemento de A não implica que o conjunto A tenha elementos. Assim, por exemplo, a afirmação Toda tarefa deve ser cumprida. não implica que haja tarefa. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 4

10 Sendo A e B conjuntos, tem-se que: A B e B A se, e somente se, A = B. Sendo A um conjunto finito com n elementos, prova-se que o número de subconjuntos de A é n. O conjunto de todos os subconjuntos de A é chamado o conjunto das partes de A e será indicado por P(A). Exemplo 5 Dado o conjunto A= { 1,,}, obter o conjunto das partes de A. Como o número de elementos de A é, conclui-se que o número de seus subconjuntos é = 8. Os subconjuntos de A são: { } {1} {} {} {1,} {1,} {,} A Resposta: O conjunto das partes de A é P(A)= {{ }, {1}, {}, {}, {1,}, {1,}, {,}, A} 1.7. Complementar Dados os conjuntos A e B, com B A, chama-se de complementar de B em relação a A ao conjunto: A { } CB = x A :x B 1.8. Conjunto universo Em qualquer discussão na teoria dos conjuntos devemos fixar sempre um conjunto U, que contém todos os conjuntos que possam ser envolvidos. O conjunto U será chamado de conjunto universo. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 5

11 conjunto: Sendo u o conjunto universo e A um conjunto qualquer, chama-se complementar de A ao Exemplo 6 U { } A= CA = x U :x A Considerando como universo o conjunto U= { 0,1,,,4,5,6}, e dados os conjuntos A= { 1,,,4} e B {,4} =, tem-se que: O complementar de B em relação a A é CB { 1,} A =. O complementar de A em relação a A é CA A = { }. O complementar de B é B= { 0,1,,5,6}. O complementar de A é A= { 0,5, 6} União Dados os conjuntos A e B num Universo U, chama-se de união (ou reunião) de A com B ao conjunto dos elementos que pertencem a pelo menos um dos conjuntos A ou B. A B= { x U :x A ou x B} Exemplo 7 a) { 1,,, 4} {,4,5} = { 1,,, 4,5} b) {, 4,5} { 1,,,4} = { 1,,, 4,5} Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 6

12 c) { 1,,, 4} {,4} = { 1,,, 4} d) { 1,,, 4} { } = { 1,,,4} Propriedades: A B= B A B A A B= A { } A = A ( A B) C= A ( B C) = A B C Intersecção Dados os conjuntos A e B num universo U, chama-se de intersecção de A com B ao conjunto dos elementos comuns a A e B. A B= { x U :x A e x B} Exemplo 8 a) { 1,,, 4} {,4,5} = {,4} b) {, 4,5} { 1,,, 4} = {,4} c) { 1,,, 4} {,4} = {,4} d) { 1,,, 4} { } = { } Propriedades: A B= B A B A A B= B A { } = { } ( A B) C= A ( B C) = A B C( A B) ( A B) Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 7

13 1.11. Diferença Dados os conjuntos A e B num universo U, chama-se de diferença entre A e B, nesta ordem, ao conjunto dos elementos de A que não são elementos de B. A B= { x U :x A e x B} Observe que aqui, ao contrário do que ocorreu na definição de complementar de B em relação a A, não é exigido que B seja subconjunto de A. Exemplo 9 a) { 1,,, 4} {, 4,5} = { 1,} b) {, 4,5} { 1,,, 4} = { 5} c) { 1,} { } = { 1,} d) { } { 1,} = { } Propriedades: ( A B) A { } A = A { } A= { } B A A B= CB A A ( A B) = A B Exemplo 10 Dados os conjuntos A= { 1,,,4} e B {, 4,5,6,7} A B, A B e B A. A B= {,4} A B= { 1,,, 4,5,6,7} A B= { 1,} B A= { 5,6,7} =, obter os conjuntos A B, Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 8

14 Exemplo 11 Sejam A e B conjuntos num universo U tais que: o complementar de A é A= { e,f,g, h,i} A B= { a,b,c,d,e,f,g} A B= { c,d} Obter os conjuntos A e B. A B= { c,d} a A a A c e d são os únicos elementos que A e B têm em comum. e a ( A B) Logo, a ( A B). Analogamente, conclui-se que b ( A B). e A e A e e ( A B) Logo, e ( B A). Analogamente para f, g. Repare que h e i não pertencem a A nem a B, pois não pertencem a A B. Resposta: A= { a, b,c,d} e B= { c,d,e,f,g} Exemplo 1 Numa prova de Matemática caíram apenas dois problemas. Terminada a sua correção, constatou-se que: 00 alunos acertaram somente um dos problemas 60 acertaram o segundo 100 acertaram os dois 10 erraram o primeiro Quantos alunos fizeram esta prova? Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 9

15 Resolução: Sendo x, y, z e w o número de elementos de cada partição indicada no diagrama acima, segue que: ( ) ( ) ( ) ( ) x+ z= 00 1 y + z = 60 y= 100 z+ w= 10 4 Das equações () e () tem-se que z = 160. Substituindo z por 160 nas equações (1) e (4), obtêm-se respectivamente, os valores de x e w; x = 140 e w = 50. O número total de alunos que fizeram esta prova é x+y+z+w = Par ordenado Sabemos que { a,b } representam o mesmo conjunto. No entanto há situações em que é conveniente que haja uma ordem entre a e b. Para isto existe o conceito de par ordenado. { } Definição: ( a, b) = { a },{ a, b} Observe aí a maneira sutil com que foi introduzida a noção de ordem, pois pela definição, é fácil concluir que, se a de {{ a },{ a, b }}. b, então ( a, b) ( b,a) { }, pois ( b,a) { b },{ b,a} =, que é diferente 1.1. Produto cartesiano Dados os conjuntos A e B, chama-se de produto cartesiano de A por B, nesta ordem, ao conjunto de todos os pares ordenados (x,y), onde x é elemento de A e y é elemento de B. {( ) } A B= x, y : x A e y B Exemplo 1 Dados os conjuntos A= { 1,,} e B { 4,5} BXA e B =BXB. =, obtenha os produtos cartesianos AXB, Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 10

16 {( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )} A B= 1, 4, 1,5,,4,,5,,4,,5 {( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )} B A= 4,1, 4,, 4,, 5,1, 5,, 5, {( ) ( ) ( ) ( )} B = 4,4, 4,5, 5, 4, 5,5 Repare que o produto cartesiano é uma operação não comutativa, isto é, AXB pode não ser igual a BXA.. Conjuntos numéricos.1. Números naturais e números inteiros O conjunto dos números naturais { 0,1,,...,n,...} será representado por N, e o conjunto dos números inteiros {...,, 1,0,1,,...}, por Z. Repare que todo natural é inteiro, isto é, N éum subconjunto de Z... Números racionais Chamamos de número racional a todo número que pode ser expresso na forma a b, onde a e b são inteiros quaisquer, com b 0. Assim, os números 5 5 = 1 e -0,... 1 = racionais. O conjunto dos números racionais é expresso por Q. são dois exemplos de números Como todo inteiro é racional, podemos afirmar que Z Q. N Z Q Exemplo 1 Obter uma representação decimal para os números: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 11

17 a) 16 b) 9 7 Resolução: a), , b) 9, 7 0 1, Uma vez entendido o exemplo acima, é fácil concluir que todo número racional pode ser expresso por uma dízima exata (existe um último algarismo à direita) ou por uma dízima periódica infinita (não existe um último algarismo à direita, mas, sim, uma repetição indefinida de uma seqüência de algarismos). Exemplo Representar as seguintes dízimas por frações de inteiros (frações geratrizes): a) -1,456 b) 5, c) 5, Resolução: a) 1, f = = b) Seja f = 5, (I); então, multiplicando por 10, segue que 10f = 56, (II). Calculando a diferença (II) (I): 10f = 56, f = 5, f = 50,8 e, portanto, 50,8 508 f = = 9 90 c) Seja f = 5, (I); então, multiplicando por 100, segue que 100f=564, (II). Calculando a diferença (II) (I): 100f= 564, f= 5, f= 558,9 Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 1

18 e, portanto, f 558, = = Resposta: a) b) c) Com estes exemplos, podemos perceber que toda dízima periódica é um número racional. Outro fato que pode chamar atenção é que a dízima periódica 0, é uma outra representação do número 1 (um)... Números irracionais Existem dízimas infinitas e não periódicas; são os números irracionais. Como exemplos de números irracionais, podemos citar: b 0. π=, = 1, = 1, Os números irracionais não podem ser expressos na forma a b, com a e b inteiros e.4. Números reais A reunião do conjunto dos números irracionais com o dos racionais é o conjunto dos números reais (R ). Dada uma reta, podemos estabelecer uma relação entre seus pontos e os números reais, de tal modo que a todo ponto corresponda um único real e a todo real corresponda um único ponto. Desta maneira podemos identificar todos os números reais por pontos da reta dada. A idéia é construir uma espécie de régua em que constam também os números negativos. Chamamos esta régua de reta (ou eixo) real. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 1

19 .5. Teoremas Sendo m e n naturais quaisquer, tem-se que m+n, m n e m n são todos naturais. (Lembre-se de que 0 0 = 1.) Sendo h e k inteiros quaisquer, tem-se que h + k, h - k, h k são todos inteiros. Sendo r e s racionais quaisquer, r + s, r s, r s e r s são todos racionais. (Em r s s 0.) Sendo r um número racional e x um número irracional, tem-se que r + x é irracional. Sendo r, r 0, um racional e x um número irracional, tem-se que r x é irracional. Sendo x um irracional qualquer não nulo, tem-se que 1 x é irracional., devemos ter Entre dois números racionais existem infinitos outros números racionais e infinitos números irracionais. Entre dois números irracionais existem infinitos outros números irracionais e infinitos números racionais. Exemplo Resolução: N? Quantos são os elementos do conjunto { x /10 < x< 10 } = 1, = 14,1... e = 1, = 17,... Entre 14,1... e 17,... existem números naturais, a saber 15, 16 e 17. Resposta: Exemplo 4 (G. V.) Quaisquer que sejam o racional x e o irracional y, pode-se dizer que: a) x y é irracional b) y y é irracional c) x + y é racional d) x y+ é irracional e) x + y é irracional Resolução: Vejamos cada uma das alternativas: a) (FALSA) Se x for igual a zero, x y = 0, que é racional. b) (FALSA) Se considerarmos, por exemplo, y=, segue que y y = que é racional. c) (FALSA) Para qualquer x racional e para qualquer y irracional, x + y é irracional. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 14

20 d) (FALSA) Se y=, x y+ = x, que é racional. e) (VERDADEIRA) Para qualquer irracional y, tem-se que y é irracional. Logo, x + y é irracional. Resposta: e Exemplo 5 Mostre que o número + + é irracional. Resolução: Seja x= + +. Observe que x é um número real positivo. Segue que: ( )( ) x = ( )( ) x = 6+ + x = x = 8 E como x > 0, tem-se que x=, que é irracional..6. Outras notações Sendo A um dos conjuntos Z, Q ou R, usaremos ainda as seguintes notações: A para indicar { x A / x 0} A + para indicar { x A / x 0} A + para indicar { x A / x 0 } A para indicar { x A / x 0} A para indicar { x A / x 0 } (os não negativos) > (os positivos) (os não positivos) < (os negativos) Assim, por exemplo, R + é o conjunto de todos os números reais não negativos, isto é, o conjunto { x / x 0} R. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 15

21 .7. Intervalos Sendo a e b (a<b) números reais quaisquer, temos os seguintes subconjuntos de R, chamados de intervalos: [ a, b] = { x a x b} R (intervalo fechado) ] a, b[ = { x a< x< b} R (intervalo aberto) [ a, b[ = { x a x< b} R (intervalo fechado só à esquerda) ] a, b] = { x R a< x b} [ a, + [ = { x R x a} ] a, + [ = { x R x> a} ],a] = { x R x a} ],a[ = { x R x< a} Exemplo 6 Obter [,10] ] 5,1[. Resolução: [,10 ]: ] 5,1 [ : [,10] ] 5,1[ Resposta: ] 5,10 ]. Aritmética dos inteiros.1. Múltiplo e divisor Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 16

22 Dados dois números m e d, dizemos que m é um múltiplo de d se, e somente se, existir um inteiro k tal que m = k d. Nestas condições, também se diz que d é um fator (ou divisor) de m... Número par Um número inteiro a é dito par se, e somente se, ele for múltiplo de. Todo número inteiro que não é par é dito número ímpar. Exemplo 1 Determinar quantos são os múltiplos de 7 compreendidos entre os números -50 e Resolução: Se considerarmos estes números em ordem crescente, temos a P.A. (-49, -4, -5,..., a n ), cujo primeiro termo é a 1 = -49, cuja razão é r = 7 e cujo último termo é a n. Precisamos obter o maior valor possível de n tal que seja satisfeita a condição na < 500. a = a + n 1 r, segue que: Como ( ) n (n 1) 7 < n < 556 O maior valor possível de n que satisfaz tal condição é 79. Resposta: 79 Exemplo Decompor o inteiro 1995 numa soma de cinco ímpares consecutivos. Resolução: Considere a seqüência destes ímpares em ordem crescente e seja x o termo médio. Deste modo, tem-se que ( x 4) + ( x ) + x+ ( x+ ) + ( x+ 4) = x= 1995, ou ainda, x = 99. Resposta: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 17

23 Exemplo Seja um inteiro tal que a é ímpar. Prove que a é ímpar. Demosntração: (Método indireto) Suponhamos que a seja um número par, isto é, a = k, com k inteiro. Segue que a = 4n, ou seja, a é par, o que é ABSURDO, pois contraria a hipótese. Observações importantes: Todo número ímpar, isto é, um inteiro não múltiplo de, pode ser representado, indiferentemente, pela expressão k + 1, ou por k 1, com k inteiro, pois sempre existem dois números pares tais que ele seja o sucessor de um deles e o antecessor do outro. Assim, por exemplo, o número ímpar 17 é o sucessor de 16 e o antecessor de 18. Consideremos, agora, um inteiro x, não múltiplo de. Repare que há uma diferença entre afirmar que x é da forma k + 1 e afirmar que x é da forma k 1, onde k é um inteiro. Assim, por exemplo, o número 4 é da forma k + 1 e não da forma k 1, enquanto o número 5 é da forma k 1, sempre considerando k inteiro. Observe que todo inteiro não múltiplo de, ou é da forma k + 1, ou é da forma k 1. Verifique a seguinte afirmação, com k inteiro: - Todo inteiro não múltiplo de 5 é de uma e apenas uma, das seguintes formas: 5k + 1, 5k 1, 5k +, 5k - Exemplo 4 Sendo a um inteiro, não múltiplo de 5, mostre que o antecessor de a ou o sucessor de a é um múltiplo de 5. Demosntração: Tem-se que a é da forma 5k + 1 ou da forma 5k +. No primeiro caso, tem-se que: a 5k 10k 4 = + +, isto é, a 1= 5( 5k + k) No segundo caso, tem-se que: a = 5k + 10k+ 4 e, portanto: ( ) a + 1= 5k + 10k+ 5= 5 5k + k+ 1 (c.q.d.) Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 18

24 .. Teorema Sejam x, y e d inteiros. Se d é divisor de x, e d é divisor de (x + y), então d é divisor de y. Justificativa: Existe um inteiro k 1 tal que x = d k 1 Existe um inteiro k tal que x + y = d k Logo, d k 1 + y = d k y = d k - d k 1 y = d (k k 1 ) Como k k 1 é inteiro, tem-se que d é divisor de y. (c.q.d.) Exemplo 5 Obter os valores inteiros de n de modo que n + seja um divisor de n + 1. Resolução: n + é divisor de n + 11 n + é divisor de n (*) n + é divisor de n + (**) De (*) e (**) segue que: n + é divisor de 8 Portanto, n+ { 1,, 4,8, 1,, 4, 8} { } n, 1,1,5, 4, 5, 7, 11 Resposta: -, -1, 1, 5, -4, -5, -7 e -11. Exemplo 6 Mostre que um inteiro N com quatro algarismos é múltiplo de se, e somente se, a soma dos algarismos for múltiplo de. Demosntração: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 19

25 Seja N = ( a, b,c,d) dezenas e d o das unidades. N = 1000a+ 100b+ 10c+ d N = 999a+ 99b+ 9c+ a+ b+ c+ d N = ( a+ b+ c) + a+ b+ c+ d, isto é, a é o algarismo dos milhares, b o das centenas, c o das 1a parte: se a + b + c + d = m, então N é obviamente múltiplo de. a parte: se N for um múltiplo de, isto é, N = h, então h= ( a+ b+ c) + a+ b+ c+ d h ( a+ b+ c) = a+ b+ c+ d Logo, a + b + c + d é múltiplo de. (c.q.d.) Observação: Esta regra de divisibilidade por vale para todos os inteiros, independentemente do número de algarismos. A mesma regra vale para a divisibilidade por Número primo Um inteiro p é dito número primo, ou simplesmente primo, se, e somente se, ele possuir quatro e apenas quatro divisores distintos. (Os quatro divisores em questão são 1, -1, p e p.).5. Número composto Os números inteiros não nulos que têm mais do que 4 divisores distintos são chamados de números compostos. Observações: Os números 1, -1 e 0 não são primos nem compostos. Os números e - são os únicos números primos e pares. Todo inteiro k positivo e diferente de 1 admite pelo menos um divisor primo positivo..6. Teorema Existem infinitos números primos. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 0

26 Demosntração: Suponhamos que exista só um número finito de primos positivos p 1, p, p,..., p n e consideremos o número p = p 1 p p... p n + 1. Como p é maior que qualquer um dos números primos enumerados, segue que p é um número composto e, portanto, um destes primos deve ser o divisor de p. Seja p k, com 1<k<n, este divisor. Como p k é divisor de p 1 p p... p n e p k é divisor de p, conclui-se que p k é divisor de 1, o que é absurdo, pois os únicos divisores de 1 são os números 1 e -1. (c.q.d.) Exemplo 7 Verificar se 51 é primo. Resolução: O seguinte procedimento de verificar a primalidade de um número é conhecido como o crivo de Erastótenes. Constrói-se uma tabela de todos os inteiros maiores que 1 cujos quadrados não superem o número (Note que 16 > 51) O próximo passo consiste em verificar se um dos números desta tabela é um divisor do número 51. Isto pode ser feito de maneira relativamente rápida, pois se um dado número não for divisor, então seus números também não o serão. Note que não é divisor de 51 e, portanto, os números 4, 6, 8, 10, 1 e 14 também não serão. Vamos eliminar o número e todos os seus múltiplos Note que não é divisor de 51 e, portanto, também podemos eliminar todos os múltiplos de. Prosseguimos desta maneira até encontrar um divisor, ou então até eliminar todos os números da tabela. Se for encontrado um divisor, então o número em questão é composto; caso contrário, o número é primo Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 1

27 Resposta: 51 é primo Observação: A elegância deste procedimento chama a atenção pelo seguinte: Consideremos o produto d 1 d. Se d 1 > 15 e d > 15, então d 1 d > 51. Logo, se 51 admitisse um divisor d 1, d 1 > 15, deveríamos ter um inteiro d, d < 15, de modo que d 1 d = 51, isto é, 51 teria um divisor menor ou igual a 15. Porém, isto é absurdo, pois, como foi verificado na tabela, 51 não admite divisor menor ou igual a 15. Exemplo 8 Obter todos os inteiros a tais que a 4 + a + 1 seja um número primo. Resolução: a + a + 1= a + a + 1 a 4 4 ( a 1) a ( a 1 a)( a 1 a) = + = Repare que para este produto ser um número primo é necessário (mas não sufuciente) que um dos seus fatores seja igual a 1 ou igual a -1. Vejamos: a + 1 a= 1 a= 1 ou a= 0 + = a 1 a 1 a não é int eiro a + 1+ a= 1 a= 1 ou a= 0 a + 1+ a= 1 a não é int eiro Os valores encontrados foram 1, -1 e 0. Substituindo, conclui-se que a 4 + a + 1 é primo somente para a = 1 ou a = -1. Resposta: 1 e Forma fatorada Todo inteiro a, não nulo, diferente de 1 e diferente de -1, pode ser expresso na forma: a=+ p p p...p, se a> 0, ou α1 α α α 1 n n a= p p p...p, se a< 0 α1 α α α 1 n n Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira

28 onde p 1, p,... e p n são primos positivos e dois a dois distintos, e os expoentes α 1, α,..., α n são números naturais não nulos. Exemplo 9 Qual a forma fatorada de 58? Resolução: Resposta: 4 11 Exemplo 10 Quantos divisores possui o número ? Resolução: Consideremos os conjuntos: { } D 5,5,5,5 = e { } D = 11,11,11,11,11 d Repare que todo produto do tipo d 1 d com 1 1, e apenas estes produtos são divisores positivos de Para d 1, temos (1 + ) opções, e para d há (1 + 4) opções. Logo, existem (1 + )(1 + 4) = 0 divisores positivos. Consequentemente há 0 divisores negativos. Há, portanto, 40 divisores de D d D Resposta: 40 Observação: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira

29 p p p...p α1 α α αn 1 n Sendo a forma fatorada de um número natural n, pode-se concluir que o número de divisores positivos de n é ( 1)( 1 )... ( 1) α + α + α +. 1 n.8. Divisão euclidiana Dados dois inteiros n e d, com d 0, efetuar a divisão de n por d significa obter dois inteiros q e r tais que n = d q + r e 0 r< d. Os números n, d, q e r são, nesta ordem, chamados de dividendo, divisor, quociente e resto. Pode-se provar que para cada par (n,d), o quociente e o resto são únicos. Exemplo 11 a) 9 por 4 b) 9 por -4 c) -9 por 4 Efetuar a divisão de: Resolução: a) 9 4 b) 9 4 c) Observe que, em cada caso, o resto é não negativo e é menor que o módulo do divisor! Resposta: a) quociente 7, resto 1 b) quociente -7, resto 1 c) quociente -8, resto Exemplo 1 Seja d um divisor comum dos inteiros não nulos x e y. Mostre que d é um divisor do resto da divisão de x por y. Demonstração: x= y q+ r Sendo x Sejam q e r, respectivamente, o quociente e o resto da divisão de x por y. Então: = a d e y= b d, segue que: r= x y= a d b d= d( a b) (c.q.d.) Exemplo 1 Obter o conjunto dos inteiros positivos menores que 180 e que, quando divididos por 7, deixam um resto igual ao quociente. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 4

30 Resolução: x= 7r+ r com 0 r 7 e x< 180 x= 8r r { 1,,, 4,...,6} x { 8,56,84,11,140,168,196,... } Como devemos ter x < 180, tem-se que o conjunto pedido é: { 8,56,84,11,140,168 }. Resposta: { 8,56,84,11,140,168 }.9. Máximo divisor comum Sendo a e b inteiros, não ambos nulos, chama-se de máximo divisor comum de a e b ao maior dos divisores que eles têm em comum. Notação: mdc(a,b) Exemplo 14 Calcular mdc(1750,1400). Resolução: 1a maneira: = 5 7 e 1400= 5 7 O maior divisor (ou fator) comum é = 50. a maneira (por divisões sucessivas): Efetua-se a divisão de um número pelo outro e, daí em diante, divide-se sucessivamente o último divisor obtido pelo resto, até obter um resto nulo. (Os quocientes são abandonados.) restos: (O exemplo 1 justifica a validade deste processo.) Resposta: 50 Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 5

31 Exemplo 15 Calcular mdc(048,195). Resolução: restos: Resposta: Números primos entre si Dois inteiros quais quer são ditos primos entre si se, e somente se, o seu mdc for 1. Exemplo 16 Os números 048 e195 são primos entre si. Exemplo 17 Verificar se existe um inteiro k tal que k + 1 e k + 1 não sejam primos entre si. Resolução: Seja d, d > 0 um divisor comum; então tem-se que: k+ 1= a d ( ) k+ 1= b d () 6k = a d 6k+ = b d + ( ) 1= b a d Como d=1, conclui-se que os números k + 1 e k + 1 são primos para todo inteiro k. (Tente resolver este exercício pelo método das divisões sucessivas.) Resposta: não.11. Mínimo múltiplo comum Sendo a e b inteiros, não ambos nulos, chama-se de mínimo múltiplo comum de a e b ao menor dos múltipos positivos que eles têm em comum. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 6

32 Notação: mmc(a,b) Exemplo 18 Calcular mmc(1750,1400). Resolução: = 5 7 e 1400= 5 7 O menor dos múltiplos positivos que estes números têm em comum é Resposta: Teorema Sendo a e b inteiros, não ambos nulos, tem-se que: mdc( a,b) mmc( a, b) = a b. Exemplo 19 Obter k, dado que o mdc e o mmc de k e 0 são, nesta ordem, iguais a 4 e 160. Resolução: 1 0 k = k = e 1400= 5 7 Resposta: e - Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 7

33 4. Técnicas de fatoração 4.1. Expressão algébrica Para estabelecer conceitos, definições, axiomas, teorema, etc., na Álgebra, usaremos, quase sempre, seqüências de caracteres, que podem ser letras, algarismos, sinais de operação, parênteses, colchetes ou chaves, dispostos numa ordem determinada. Seqüências desse tipo, em que pelo menos um dos caracteres é uma letra, são chamadas expressões algébricas. O uso de expressões algébricas traz várias conveniências, entre elas a precisão e a concisão de linguagem. Observe o quadro abaixo: Exemplo: Expressão Algébrica: O dobro de um número x O quadrado da soma de dois números (a + b) A soma dos quadrados de dois números a + b A soma do quadrado de um número com o n + n seu dobro 4.. Valor numérico Quando, numa expressão algébrica, cada letra for substituída por um número e as eventuais operações puderem ser efetuadas, obter-se-á um resultado chamado de valor numérico da expressão algébrica. Exemplo 1 Obter o valor numérico de a b + ab para: a) a = 1 e b = b) a = e b = 1 Solução: a) Substituindo a por 1 e b por, obtemos: ( )( ) = + =. b) Substituindo a por e b por 1, obtemos: ( )( ) = + =. Exemplo Sendo a = e b = 4, obter o valor numérico de ( a+ )( ab+ 1) a( ab+ b+ 1) Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 8

34 Solução: Substituindo a por e b por 4, obtemos: ( + )( 1+ 1) ( ) = ( 5)( 1) ( )( 1) =. Exemplo de a e b. Mostrar que o valor numérico de ( a+ )( ab+ 1) a( ab+ b+ 1) independe dos valores Solução: Efetuando os produtos indicados, obtemos: a b+ a+ ab+ a b ab a=. Portanto para quaisquer valores de a e b a expressão terá valor numérico. EXERCÍCIOS Sendo a = 5 e b =, obter os valores numéricos de: a+ b 1) ( ) ) a + b a b ) ( ) b a 4) ( ) a b 5) 6) Mostrar que o valor numérico da expressão abaixo não depende do valor de b. ( a b)( ab 1) b( a ab 1) Fatorar Desenvolver Consideremos as expressões: F= ( x+ y)( x+ y) e Repare que: D= x + 7xy+ 6y ( x+ y)( x+ y) = x + xy+ 4xy+ 6y = x + 7xy+ 6y Denomina-se: ( x+ y)( x+ y) de FORMA FATORADA x + 7xy+ 6y de FORMA DESENVOLVIDA Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 9

35 Repare que, em geral, desenvolver um produto requer apenas mão-de-obra e, portanto, não oferece maiores dificuldades. O que pode dar problemas é a passagem no sentido contrário. Como fatorar? Isto é, como passar da forma desenvolvida para a forma fatorada? A seguir veremos algumas identidades fundamentais, que serão ferramentas indispensáveis para a técnica de fatoração Casos de fatoração 1 caso: o fator comum Pela propriedade distributiva, temos que a( b+ c) = ab+ ac e portanto: a b+ a c= a( b+ c) Observe que no membro esquerdo da igualdade acima h uma soma (adição ou subtração) de produtos que, neles, a é um fator comum. No membro direito diremos que o fator comum a foi colocado em evidência. A igualdade acima pode ser ilustrada da seguinte maneira: Exemplo 4 A área da região hachurada é igual a a( b+ c) = ab+ ac. Fatorar x+ xy ax. Solução: Como x é fator comum, segue que: x+ xy ax= x( + y a) Exemplo 5 Fatorar 8x 4x. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 0

36 Solução: Observe que 4x é fator comum! 8x 4x= = 4x x 4x 1 ( ) = 4x x 1 Exemplo 6 Fatorar 6 5 x y x y + x y. Solução: O fator comum é x y : 6 5 x y x y + x y = = xx y x y y+ x x y y 4 ( ) = x y x y+ x y 4 EXERCÍCIOS 7) Fatorar as seguintes expressões: a + ab a 8) a( x+ y) + b( x+ y) 9) a( x ) b( x ) 10) x( a b) + y( a b) 11) x( a b) + b a OBSERVAÇÃO Pode haver aplicações repetidas deste caso. Vejamos um exemplo básico. ax+ ay+ bx+ by= ( ax ay) ( bx by) a( x y) b( x y) ( a b)( x y) = = = + + Exemplo 7 Fatorar ax+ ay bx by. Solução: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 1

37 ax+ ay bx by= ( ax ay) ( bx by) a( x y) b( x y) ( a b)( x y) = + + = + + = + Exemplo 8 Fatorar ax ay bx+ by. Solução: ax ay bx+ by= ( ax ay) ( bx by) a( x y) b( x y) ( x y)( a b) = = = EXERCÍCIOS Fatorar: 1) 1) ab a b a+ b x x+ bx b 14) ap by+ bp ay 15) x + ax+ bx+ ab x + a b x ab 16) ( ) caso: diferença de dois quadrados ( )( ) a b = a+ b a b Assim, por exemplo, 5 é igual a ( 5+ )( 5 ) (verifique!). É claro que podemos justificar essa identidade partindo do membro direito e, desenvolvendo o produto, chegar ao membro esquerdo. Como ficaria se quiséssemos partir do membro esquerdo e, fatorando, chegar no direito? Repare que em a b = a a b b não há fator comum! Observe então a seguinte seqüência em que é usado um pequeno artifício: somando e subtraindo ab, obtemos fatores comuns sem alterar o valor da expressão. a b = a + ab ab b a( a b) b( a b) ( a b)( a b) = + + = + Veja na seguinte ilustração como podemos verificar a identidade em questão. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira

38 a a b a b b a b ( a+ b)( a b) a - b As regiões hachuradas têm áreas iguais e ilustram o fato de que ( )( ) a b a b a b = +. Exemplo 9 Fatorar x 5. Solução: x 5 = = x 5 ( x 5)( x 5) = + Exemplo 10 Fatorar a b. 4 4 Solução: a b = 4 4 ( a ) ( b ) ( a b )( a b ) = = + ( a b )( a b)( a b) = + + (Observação: No conjunto dos números reais, a expressão a + b não é fatorável!) Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira

39 EXERCÍCIOS 17) 18) 19) 0) 1) ) ) x 1 4 Fatorar as seguintes expressões em R : x 1 a b + ax+ bx a+ b+ b a a b + a ab a b + b a x x 4x+ 1 caso: trinômio quadrado perfeito ( ) a + ab+ b = a+ b ( ) a ab b a b + = Veja: a + ab+ b = a ab+ b = = a + ab+ ab+ b ( a ab) ( ab b ) = a( a b) b( a b) ( a b)( a b) = = + + ( a b) = + = a ab ab+ b ( a ab) ( ab b ) = a( a b) b( a b) ( a b)( a b) = = ( a b) = Ilustrando: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 4

40 a b a a ab b ab b a + b a + b ( a+ b) Exemplo 11 x+ y. Desenvolver ( ) Solução: ( x y ) + = ( x) ( x)( y ) ( y ) = + + = 4x + 1xy + 9y 4 Exemplo 1 Desenvolver 1 x x. Solução: 1 x = x 1 1 = x ( x) + x x 1 = + + x x Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 5

41 Exemplo 1 Fatorar 4 4a + 0ab + 5b. Solução: 4 4a + 0ab + 5b = ( a) ( a)( 5b ) ( 5b ) ( a 5b ) = + + = + EXERCÍCIOS 4) Desenvolver: 1 x+ x 5) 6) 7) 8) 9) 0) 1) ) Fatorar as seguintes expressões em R : x + 6x+ 9 x 10x+ 5 x 16x + 64x x + 0x 100 x 1 x a + a + 4 a + ab+ b c x + x+ 1 y 4 1 x y 1 ) ( ) 4 caso: soma e diferença de cubos Justificativa: ( )( ) ( )( ) a + b = a+ b a ab+ b a b = a b a + ab+ b ( a b)( a ab b ) + + = = a a b+ ab + a b ab + b = a + b ( a b)( a ab b ) + + = = a + a b+ ab a b ab b = a b Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 6

42 Exemplo 14 Solução: Fatorar x 8 + = x + 8. = x + ( x )( x x ) ( x )( x x 4) = + + = + + Exemplo 15 Solução: Fatorar Exemplo 16 Solução: 7x 1 Fatorar 7x 1. = ( ) = x 1 ( ) ( ) ( )( ) = x 1 x + x ( x 1)( 9x x 1) = + + a b + a b + a b. a b a b a b + + = ( a b ) ( a b ) ( a b) ( a b)( a ab b ) ( a b)( a b) 1( a b) = + + = ( ) ( ) ( ) ( a b)( a ab b a b 1) = a b a + ab+ b + a+ b + 1 = EXERCÍCIOS 4) a) Fatorar x - 1 b) Sendo x = 0,1, obter o valor numérico de x 1 x 1 5) Fatorar: a) b) x x + y 9 9 y 9 9 Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 7

43 5 caso: cubo da soma e cubo da diferença ( ) a + a b+ ab + b = a+ b ( ) a a b ab b a b + = Justificativa: ( a+ b) = ( a+ b) ( a+ b) = ( a + ab+ b )( a+ b) = a + a b+ a b+ ab + ab + b = a + a b+ ab + b ( a b) = ( a b) ( a b) = ( a ab+ b )( a b) = a a b a b+ ab + ab b = a a b+ ab b Exemplo 17 Solução: Exemplo 18 Solução: Exemplo 19 Desenvolver ( x+ 5). ( x 5) + = ( ) ( ) ( ) ( )( ) = x + x 5 + x = x 60x 150x 15 x y. Desenvolver ( ) ( x y) = Fatorar ( ) ( ) ( ) x x y x y y = + = x 6x y+ 1xy 8y x + x + x+ 1. Solução: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 8

44 EXERCÍCIOS x x x = = x + x 1+ x ( x 1) = + 6) Desenvolver as expressões: x+ yz b) ( x 1) a) ( ) Fatorar as expressões: 7) 8) 9) 40) x + x y+ xy + y 4 6 x + 6x y + 1xy + 8y x 9x + 7x 7 a + a b+ ab + b + c RESUMO 1. ab+ ac ad= a( b+ c+ d). a b = ( a+ b)( a b). a + ab+ b = ( a+ b) 4. a ab+ b = ( a b) 5. a + b = ( a+ b)( a ab+ b ) 6. a b = ( a b)( a + ab+ b ) 7. a + a b+ ab + b = ( a+ b) 8. a a b+ ab b = ( a b) Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 9

45 5. Potenciação 5.1. Definição Dado um número a, a R, e um número inteiro n, n > 1, chama-se potência enésima de a, que se indica por a n, ao produto de n fatores iguais a a. Assim: Exemplo 1 n a = a a a... a n fatores O número a é chamado de base e n, de expoente. a) = = 8 = = 8 b) ( ) ( ) ( ) ( ) Exemplo Solução: Obter o valor de cada expressão: b) a) ( ) a) ( ) ( ) ( ) b) c) 4 + = 4 4+ = 16+ 9= 5 = c) 1 = ^ 10 = = OBSERVAÇÕES 1) ( ) pois: ( ) = ( ) ( ) = 4 e ( ) ) ( 1) n = 1, se n é par ( 1) n = 1, se n é ímpar = = 4 Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 40

46 EXERCÍCIOS 1) Calcular: a) 1 4 d) 4 g) b) 4 0 e)( 4) h) 4 c) 4 f) ( 4) i) ) Calcular: a) ( ) 4 b) c) Definições Considere, por exemplo, a potência 5, que é. Observe que, ao diminuirmos de 1(uma) unidade o expoente, o valor da potência fica dividido por, que é o valor da base. Veja: 5 =, 4 = 16, = 8, = 4 Continuando-se o raciocínio anterior, vem: 1 =, 0 = 1, 1 1 =, 1 = e assim por diante. 4 Tais resultados sugerem as definições: 1 a = a 0 a = 1 n n 1 1 a = =,a 0 n a a Exemplo Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 41

47 a) 1 = e) b) ( ) 1 = f) c) 0 = = = = = 1 1 = = 9 g) ( ) d) ( ) 0 = 1 h) ( ) ( ) 1 1 = = 7 ( ) Exemplo 4 Calcular: a) 4 1 b) c) d) Solução: a) b) c) d) = = = = 4 9 = = 4 1 = = 1 EXERCÍCIOS ) Calcular: a) 1 5 d) ( 5) 1 g) j) 4 b) 0 5 e) ( 5) 0 h) k) 4 c) 1 5 f) ( 5) 1 i) l) 4 4) Calcular: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 4

48 a) b) 1 1 5) Calcular o valor de ( 1 x y 1 ) 1 +, sabendo que x = 0,1 e y = 0, Simplificação de expressões Numa expressão numérica com parêntesis ( ), colchetes [ ] e chaves { }, efetuamos inicialmente as operações que estão entre parênteses, depois as que estão entre colchetes e por fim aquelas que estão entre chaves, obedecendo à seguinte ordem de cáculo: Exemplo 5 1) as potenciações; ) as multiplicações ou divisões na ordem em que aparecem; ) as adições ou subtrações na ordem em que aparecem. Simplificar a expressão: { ( ) } x : Solução: Efetuando as operações entre parênteses na ordem dada: { ( ) } = { + ( ) } + x : x { } = x Efetuando as operações entre colchetes na ordem dada: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 4

49 { [ ]} x { } = x1 + Efetuando as operações entre chaves na ordem dada: { 9x1} + = 108+ = = 117 EXERCÍCIOS 6) Calcular: { + + } { } { + } a) 0 : 0 ( :8) b) + 1 ( ) : 1 0 c) 10 x 10 : ( 6 : : ) 5.4. Propriedades das potências Observe os cálculos: ( ) ( )( ) ( 4+ ) fatores ( ) ( ) ( 4 ) ( ) 4 4+ A = = B 4 A = ( ) = = 4 ( B) fatores ( ) ( ) ( )( ) ( 4.) fatores ( ) 4 4. A B = = = = = ( A) ( B) ( A) ( ) = ( )( ) = = ( B) Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 44

50 Imprimiremos maior rapidez aos cálculos se passarmos diretamente do estágio (A) para o estágio (B) e vice-versa. Tal passagem é garantida pelas chamadas propriedades das potências. Para todo a R, b R, m e n inteiros, prova-se: P1. a a = a m n m+ n a a m m n P. = a, a 0 n m ( ) P. a = a n m ( ) m n m a a P4. =, b 0 m b b m m m P5. a b = a b Exemplo 6 a) b) c) = = (P1) 7+ + ( ) = : = = (P) d) ( ) e) 7 8 = (P) = 4 (P4) f) ( ) 5 = 5 (P5) Exemplo 7 = (P1) 1. Calcular: a) ( ) 5 18 b) c) ( ) Solução: a) b) c) ( ) ( ) = = = = = 5 = = ( 1 10 ) ( ) = = = = = Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 45

51 . Calcular: a) ( 0,01) 1 b) c) Solução: , 01 = = = 10 = 10 = a) ( ) ( ) b) ( ) c) = = = = = 79 9 ( ) 8 = = = 6561 OBSERVAÇÕES 4 4 1) ( ), pois ( 4 ) = = e ( ) 4 16 ) ( ) + +, pois ( ) = = 5 = 5 e + = 4+ 9= 1 EXERCÍCIOS 7) Transformar cada expressão abaixo numa única potência de base. a) b) 5 4 d) 6 e) c) ( ) 4 f) : 8 : 1 8) Transformar cada expressão abaixo em uma única potência de base 10. a) c) b) ( ) 100 :10 d) ) Calcular o valor de cada expressão. Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 46

52 a) ( ) 0, , , 001 b) ( ) 00 10) A expressão 5 ( 0,) 199 é equivalente a: a) 5 d) 1 10 b) 10 e) 100 c) ) Assinalar V (verdadeira) ou F (falsa) a) b) c) 4 1 = 4 ( ) = 5 ( ) :10 = 10 ( ) d) ( ) = ( ) 6 8 e) 10 = 10 ( ) 1) Assinalar V (verdadeira) ou F (falsa) a) b) x x 8 x 1 x + = ( ) = ( ) x c) ( ) = 8x ( ) 1) Se 6, 4 = a e 7, 4 = b, então 1,4 é igual a: a) a + b d) a b b) a b e) 4 c) 6a + 7b 5.5. Equações exponenciais Sendo b > 0 e b 1 x1 x, tem-se b = b x = x 1 Exemplo 8 x 5 = x= 5 Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 47

53 Exemplo 9 Resolver em R a) x 1 7 = Solução: Sendo > 0 e 1, temos que: x 1= 7 x= 8 x= 4 Logo: S = {4} b) x = Solução: x = Sendo 1 0 > e 1 1 Logo: S = {5}, temos que x = 5. c) Solução: x 9 9 = 7 ( ) 1 + x 9 = 7 = = + x= x= 1+ x + x 1 Logo: S = 1 d) Solução: 1 x 1 x = = = x Sendo > 0 e 1, temos que: x= x= Logo: S = { } Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 48

54 OBSERVAÇÃO Se a base for zero, um ou negativa, não se poderá concluir a igualdade entre os expoentes. De fato: 1) ) = 1 e no entanto = 0 e no entanto 5 4 ) ( 1) ( 1) = e no entanto 4 EXERCÍCIOS 14) Resolver em R a) b) c) d) x 5 = 5 f) 5 5 = g) x x 5 = 5 h) x 5 = 15 i) 9 = x 1 x = 7 x 8 8 = 4 x 1 x = 7 e) 1 5 x = 5 j) x x = Notação científica Todo número N, não nulo, pode ser representado numa das formas: m N= a 10 ou m N= a 10 ( 1 a 10) e ( m Z ) conforme N seja positivo ou negativo, respectivamente. Essa forma de se escrever um número é chamada de notação científica e é bastante utilizada na Química, Física, Matemática, etc. propriedades: Por exemplo, os números 10 7 e estão em notação científica. Para se escrever um número em notação científica, devem-se observar as seguintes 1) Multiplicar um número por casas decimais. Se p é negativo, desloca-se a vírgula para a esquerda. Assim: a) b) 4 0, =, =,5 p 10, p > 0, é o mesmo que deslocar a vírgula para a direita de p ) O valor de um número não se altera ao ser multiplicado por p p = =. p p De fato: Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 49

55 As duas propriedades acima permitem escrever um número em sua notação científica. Exemplo 10 a) b) c) d) = = = = 1, = = 6, ,000= 0, =, EXERCÍCIOS 15) Escrever em notação científica os números a) 0 e) 8000 b) f) 87 c) g) -54, d) 0, h) 0,01 16) A carga de um elétron é 0, C. Escreva este número em notação científica. 17) A vida na terra existe há aproximadamente 10 bilhões de anos. Escreva este número em notação científica Resumo DEFINIÇÕES b R, n N 1) ) ) 4) n b = b b b... b, n b 1 = b 0 b = 1 n fatores n n 1 1 b = =, b 0 n b b OBSERVAÇÕES 1) ( ) = 4 ) = 4 ) a) ( 1) n = 1, se n é par b) ( 1) n = 1, se n é ímpar PROPRIEDADES A R, b R, m e n int eiros OBSERVAÇÕES 1) + = 1 ) ( + ) = 5 = ) ( ) 5 10 Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 50

56 P1. a a = a m n m+ n a a m m n P. = a, a 0 n m ( ) P. a = a n m ( ) m n m a a P4. =, b 0 m b b m m m P5. a b = a b 4) 5 5 = EQUAÇÃO EXPONENCIAL b> 0, b 1 x 1 x b = b x1= x OBSERVAÇÃO Se a base for zero, um ou negativa, nada se poderá concluir. NOTAÇÃO CIENTÍFICA m N= a 10 ou m N= a 10 ( 1 a< 10) e ( m Z ) Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 51

57 6. Radiciação 6.1. Introdução (x>0). Consideremos o seguinte problema: Qual é a medida do lado de um quadrado com 5 cm de área? Para resolvermos esse problema, vamos supor que a medida do lado do quadrado seja x A área desse quadrado é dada por x, e pelo enunciado devemos ter: x = 5 Nessas condições, o problema estará resolvido somente quando determinarmos o valor positivo de x que torne verdadeira a sentença x = 5. O número x, não negativo, cujo quadrado é igual a 5, será indicado por 5, que deve ser lido: raiz quadrada de cinco. Assim, x= 5 Portanto, o lado do quadrado mede 5 cm. 6.. Generalização Suponhamos a sentença x n =a onde n N e a 0. O valor não negativo que satisfaz tal igualdade será indicado por n a e deve ser lido: raiz enésima de a. Adotaremos a seguinte nomenclatura para o novo símbolo apresentado: n a é o radical n é o índice do radical a é o radicando Curso Pro-Técnico - Disciplina: Matemática - Professores Antônio José B. Bottion e Paulo Henrique C. Pereira 5

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.

Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel. Matemática Essencial Equações do Segundo grau Conteúdo Matemática - UEL - 2010 - Compilada em 18 de Março de 2010. Prof. Ulysses Sodré Matemática Essencial: http://www.mat.uel.br/matessencial/ 1 Introdução

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,...

Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,... Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,... 0) O que veremos na aula de hoje? Um fato interessante Produtos notáveis Equação do 2º grau Como fazer a questão 5 da 3ª

Leia mais

Aplicações de Combinatória e Geometria na Teoria dos Números

Aplicações de Combinatória e Geometria na Teoria dos Números Aplicações de Combinatória e Geometria na Teoria dos Números Nesse artigo vamos discutir algumas abordagens diferentes na Teoria dos Números, no sentido de envolverem também outras grandes áreas, como

Leia mais

TEORIA DOS CONJUNTOS Símbolos

TEORIA DOS CONJUNTOS Símbolos 1 MATERIAL DE APOIO MATEMÁTICA Turmas 1º AS e 1º PD Profº Carlos Roberto da Silva A Matemática apresenta invenções tão sutis que poderão servir não só para satisfazer os curiosos como, também para auxiliar

Leia mais

Capítulo 1. x > y ou x < y ou x = y

Capítulo 1. x > y ou x < y ou x = y Capítulo Funções, Plano Cartesiano e Gráfico de Função Ao iniciar o estudo de qualquer tipo de matemática não podemos provar tudo. Cada vez que introduzimos um novo conceito precisamos defini-lo em termos

Leia mais

Raciocínio Lógico Matemático Caderno 1

Raciocínio Lógico Matemático Caderno 1 Raciocínio Lógico Matemático Caderno 1 Índice Pg. Números Naturais... 02 Números Inteiros... 06 Números Racionais... 23 Números Decimais... - Dízimas Periódicas... - Expressões Numéricas... - Divisibilidade...

Leia mais

94 (8,97%) 69 (6,58%) 104 (9,92%) 101 (9,64%) 22 (2,10%) 36 (3,44%) 115 (10,97%) 77 (7,35%) 39 (3,72%) 78 (7,44%) 103 (9,83%)

94 (8,97%) 69 (6,58%) 104 (9,92%) 101 (9,64%) 22 (2,10%) 36 (3,44%) 115 (10,97%) 77 (7,35%) 39 (3,72%) 78 (7,44%) 103 (9,83%) Distribuição das 1.048 Questões do I T A 94 (8,97%) 104 (9,92%) 69 (6,58%) Equações Irracionais 09 (0,86%) Equações Exponenciais 23 (2, 101 (9,64%) Geo. Espacial Geo. Analítica Funções Conjuntos 31 (2,96%)

Leia mais

Material Teórico - Módulo de Divisibilidade. MDC e MMC - Parte 1. Sexto Ano. Prof. Angelo Papa Neto

Material Teórico - Módulo de Divisibilidade. MDC e MMC - Parte 1. Sexto Ano. Prof. Angelo Papa Neto Material Teórico - Módulo de Divisibilidade MDC e MMC - Parte 1 Sexto Ano Prof. Angelo Papa Neto 1 Máximo divisor comum Nesta aula, definiremos e estudaremos métodos para calcular o máximo divisor comum

Leia mais

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO RAUL PILLA COMPONENTE CURRICULAR: Matemática PROFESSORA: Maria Inês Castilho. Conjuntos

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO RAUL PILLA COMPONENTE CURRICULAR: Matemática PROFESSORA: Maria Inês Castilho. Conjuntos ESCOL ESTDUL DE ENSINO MÉDIO UL PILL COMPONENTE CUICUL: Matemática POFESSO: Maria Inês Castilho Noções básicas: Conjuntos 1º NOS DO ENSINO MÉDIO Um conjunto é uma coleção qualquer de objetos, de dados,

Leia mais

MATERIAL MATEMÁTICA I

MATERIAL MATEMÁTICA I MATERIAL DE MATEMÁTICA I CAPÍTULO I REVISÃO Curso: Administração 1 1. Revisão 1.1 Potência de Epoente Inteiro Seja a um número real e m e n números inteiros positivos. Podemos observar as seguintes propriedades

Leia mais

Bases Matemáticas. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. v. 2013-7-31 1/15

Bases Matemáticas. Aula 2 Métodos de Demonstração. Rodrigo Hausen. v. 2013-7-31 1/15 Bases Matemáticas Aula 2 Métodos de Demonstração Rodrigo Hausen v. 2013-7-31 1/15 Como o Conhecimento Matemático é Organizado Definições Definição: um enunciado que descreve o significado de um termo.

Leia mais

Sistemas Numéricos e a Representação Interna dos Dados no Computador

Sistemas Numéricos e a Representação Interna dos Dados no Computador Capítulo 2 Sistemas Numéricos e a Representação Interna dos Dados no Computador 2.0 Índice 2.0 Índice... 1 2.1 Sistemas Numéricos... 2 2.1.1 Sistema Binário... 2 2.1.2 Sistema Octal... 3 2.1.3 Sistema

Leia mais

Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional. n=1

Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional. n=1 Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional MA Números e Funções Reais Avaliação - GABARITO 3 de abril de 203. Determine se as afirmações a seguir são verdadeiras

Leia mais

Faculdades Pitágoras de Uberlândia. Matemática Básica 1

Faculdades Pitágoras de Uberlândia. Matemática Básica 1 Faculdades Pitágoras de Uberlândia Sistemas de Informação Disciplina: Matemática Básica 1 Prof. Walteno Martins Parreira Júnior www.waltenomartins.com.br waltenomartins@yahoo.com 2010 Professor Walteno

Leia mais

Uma lei que associa mais de um valor y a um valor x é uma relação, mas não uma função. O contrário é verdadeiro (isto é, toda função é uma relação).

Uma lei que associa mais de um valor y a um valor x é uma relação, mas não uma função. O contrário é verdadeiro (isto é, toda função é uma relação). 5. FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL 5.1. INTRODUÇÃO Devemos compreender função como uma lei que associa um valor x pertencente a um conjunto A a um único valor y pertencente a um conjunto B, ao que denotamos por

Leia mais

COLÉGIO ETIP NIVELAMENTO BÁSICO DE MATEMÁTICA ENSINO MÉDIO INTEGRADO À INFORMÁTICA PROFESSOR RUBENS SOARES

COLÉGIO ETIP NIVELAMENTO BÁSICO DE MATEMÁTICA ENSINO MÉDIO INTEGRADO À INFORMÁTICA PROFESSOR RUBENS SOARES COLÉGIO ETIP NIVELAMENTO BÁSICO DE MATEMÁTICA ENSINO MÉDIO INTEGRADO À INFORMÁTICA PROFESSOR RUBENS SOARES SANTO ANDRÉ 2012 MEDIDAS DE SUPERFÍCIES (ÁREA): No sistema métrico decimal, devemos lembrar que,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR Assuntos: Matrizes; Matrizes Especiais; Operações com Matrizes; Operações Elementares

Leia mais

Equações do segundo grau

Equações do segundo grau Módulo 1 Unidade 4 Equações do segundo grau Para início de conversa... Nesta unidade, vamos avançar um pouco mais nas resoluções de equações. Na unidade anterior, você estudou sobre as equações de primeiro

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA DE CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1) Considerações gerais sobre os conjuntos numéricos. Ao iniciar o estudo de qualquer tipo de matemática não podemos provar tudo. Cada vez que introduzimos um novo conceito precisamos defini-lo em termos

Leia mais

a 1 x 1 +... + a n x n = b,

a 1 x 1 +... + a n x n = b, Sistemas Lineares Equações Lineares Vários problemas nas áreas científica, tecnológica e econômica são modelados por sistemas de equações lineares e requerem a solução destes no menor tempo possível Definição

Leia mais

13 ÁLGEBRA Uma balança para introduzir os conceitos de Equação do 1ºgrau

13 ÁLGEBRA Uma balança para introduzir os conceitos de Equação do 1ºgrau MATEMATICA 13 ÁLGEBRA Uma balança para introduzir os conceitos de Equação do 1ºgrau ORIENTAÇÃO PARA O PROFESSOR OBJETIVO O objetivo desta atividade é trabalhar com as propriedades de igualdade, raízes

Leia mais

Somatórias e produtórias

Somatórias e produtórias Capítulo 8 Somatórias e produtórias 8. Introdução Muitas quantidades importantes em matemática são definidas como a soma de uma quantidade variável de parcelas também variáveis, por exemplo a soma + +

Leia mais

x0 = 1 x n = 3x n 1 x k x k 1 Quantas são as sequências com n letras, cada uma igual a a, b ou c, de modo que não há duas letras a seguidas?

x0 = 1 x n = 3x n 1 x k x k 1 Quantas são as sequências com n letras, cada uma igual a a, b ou c, de modo que não há duas letras a seguidas? Recorrências Muitas vezes não é possível resolver problemas de contagem diretamente combinando os princípios aditivo e multiplicativo. Para resolver esses problemas recorremos a outros recursos: as recursões

Leia mais

I.INTRODUÇÃO A MATEMÁTICA.

I.INTRODUÇÃO A MATEMÁTICA. I.INTRODUÇÃO A MATEMÁTICA. 1. HISTÓRIA DA MATEMÁTICA Matemática é uma ciência que foi criada a fim de contar e resolver problemas com uma razão de existirem, foi criada a partir dos primeiros seres racionais

Leia mais

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Rua Oto de Alencar nº 5-9, Maracanã/RJ - tel. 04-98/4-98 Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Podemos epressar o produto de quatro fatores iguais a.... por meio de uma potência de base e epoente

Leia mais

3 - CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS

3 - CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS 3 - CONJUNTO DOS NÚMEROS RACIONAIS Introdução É o conjunto de todos os números que estão ou podem ser colocados em forma de fração. Fração Quando dividimos um todo em partes iguais e queremos representar

Leia mais

MATEMÁTICA BÁSICA E CALCULADORA

MATEMÁTICA BÁSICA E CALCULADORA DISCIPLINA MATEMÁTICA FINANCEIRA PROFESSOR SILTON JOSÉ DZIADZIO APOSTILA 01 MATEMÁTICA BÁSICA E CALCULADORA A matemática Financeira tem como objetivo principal estudar o valor do dinheiro em função do

Leia mais

Teoria dos Números. A Teoria dos Números é a área da matemática que lida com os números inteiros, isto é, com o conjunto

Teoria dos Números. A Teoria dos Números é a área da matemática que lida com os números inteiros, isto é, com o conjunto Teoria dos Números 1 Noções Básicas A Teoria dos Números é a área da matemática que lida com os números inteiros, isto é, com o conjunto Z = {..., 4, 3, 2, 1, 0, 1, 2, 3, 4...}. Ela permite resolver de

Leia mais

Universidade Estadual de Santa Cruz. Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas. Especialização em Matemática. Disciplina: Estruturas Algébricas

Universidade Estadual de Santa Cruz. Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas. Especialização em Matemática. Disciplina: Estruturas Algébricas 1 Universidade Estadual de Santa Cruz Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas Especialização em Matemática Disciplina: Estruturas Algébricas Profs.: Elisangela S. Farias e Sérgio Motta Operações

Leia mais

2. Representação Numérica

2. Representação Numérica 2. Representação Numérica 2.1 Introdução A fim se realizarmos de maneira prática qualquer operação com números, nós precisamos representa-los em uma determinada base numérica. O que isso significa? Vamos

Leia mais

NIVELAMENTO 2007/1 MATEMÁTICA BÁSICA. Núcleo Básico da Primeira Fase

NIVELAMENTO 2007/1 MATEMÁTICA BÁSICA. Núcleo Básico da Primeira Fase NIVELAMENTO 00/ MATEMÁTICA BÁSICA Núcleo Básico da Primeira Fase Instituto Superior Tupy Nivelamento de Matemática Básica ÍNDICE. Regras dos Sinais.... Operações com frações.... Adição e Subtração....

Leia mais

INE5403 - Fundamentos de Matemática Discreta para a Computação

INE5403 - Fundamentos de Matemática Discreta para a Computação INE5403 - Fundamentos de Matemática Discreta para a Computação 2) Fundamentos 2.1) Conjuntos e Sub-conjuntos 2.2) Números Inteiros 2.3) Funções 2.4) Seqüências e Somas 2.5) Crescimento de Funções Divisão

Leia mais

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º GRAU

EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º GRAU 1 EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES DE 1º GRAU Equação do 1º grau Chamamos de equação do 1º grau em uma incógnita x, a qualquer expressão matemática que pode ser escrita sob a forma: em que a e b são números reais,

Leia mais

Lógica Matemática e Computacional 5 FUNÇÃO

Lógica Matemática e Computacional 5 FUNÇÃO 5 FUNÇÃO 5.1 Introdução O conceito de função fundamenta o tratamento científico de problemas porque descreve e formaliza a relação estabelecida entre as grandezas que o integram. O rigor da linguagem e

Leia mais

QUESTÕES COMENTADAS E RESOLVIDAS

QUESTÕES COMENTADAS E RESOLVIDAS LENIMAR NUNES DE ANDRADE INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA: QUESTÕES COMENTADAS E RESOLVIDAS 1 a edição ISBN 978-85-917238-0-5 João Pessoa Edição do Autor 2014 Prefácio Este texto foi elaborado para a disciplina Introdução

Leia mais

Construção dos números racionais, Números fracionários e operações com frações

Construção dos números racionais, Números fracionários e operações com frações Construção dos números racionais, Números fracionários e operações com frações O número racional pode ser definido a partir da aritmética fechamento da operação de divisão entre inteiros ou partir da geometria

Leia mais

Conjuntos numéricos. Notasdeaula. Fonte: Leithold 1 e Cálculo A - Flemming. Dr. Régis Quadros

Conjuntos numéricos. Notasdeaula. Fonte: Leithold 1 e Cálculo A - Flemming. Dr. Régis Quadros Conjuntos numéricos Notasdeaula Fonte: Leithold 1 e Cálculo A - Flemming Dr. Régis Quadros Conjuntos numéricos Os primeiros conjuntos numéricos conhecidos pela humanidade são os chamados inteiros positivos

Leia mais

Cálculo Numérico Aula 1: Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante

Cálculo Numérico Aula 1: Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante Cálculo Numérico Aula : Computação numérica. Tipos de Erros. Aritmética de ponto flutuante Computação Numérica - O que é Cálculo Numérico? Cálculo numérico é uma metodologia para resolver problemas matemáticos

Leia mais

Universidade Federal Fluminense ICEx Volta Redonda Introdução a Matemática Superior Professora: Marina Sequeiros

Universidade Federal Fluminense ICEx Volta Redonda Introdução a Matemática Superior Professora: Marina Sequeiros . Conjuntos numéricos Objetivo: aprender sobre conjuntos numéricos, suas operações e propriedades..1 Conjunto dos números naturais (IN) O conjunto dos números naturais é representado por IN e IΝ{0;1;;;...}.

Leia mais

RELAÇÕES BINÁRIAS Produto Cartesiano A X B

RELAÇÕES BINÁRIAS Produto Cartesiano A X B RELAÇÕES BINÁRIAS PARES ORDENADOS Um PAR ORDENADO, denotado por (x,y), é um par de elementos onde x é o Primeiro elemento e y é o Segundo elemento do par A ordem é relevante em um par ordenado Logo, os

Leia mais

¹CPTL/UFMS, Três Lagoas, MS,Brasil, oliveiralimarafael@hotmail.com. ²CPTL/UFMS, Três Lagoas, MS, Brasil.

¹CPTL/UFMS, Três Lagoas, MS,Brasil, oliveiralimarafael@hotmail.com. ²CPTL/UFMS, Três Lagoas, MS, Brasil. Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 36 INTRODUÇÃO A CRIPTOGRAFIA RSA Rafael Lima Oliveira¹, Prof. Dr. Fernando Pereira de Souza². ¹CPTL/UFMS, Três Lagoas,

Leia mais

BOM DIA!! ÁLGEBRA. Aula 3 COM JENNYFFER LANDIM. jl.matematica@outlook.com

BOM DIA!! ÁLGEBRA. Aula 3 COM JENNYFFER LANDIM. jl.matematica@outlook.com BOM DIA!! ÁLGEBRA COM JENNYFFER LANDIM Aula 3 jl.matematica@outlook.com Números inteiros: operações e propriedades Adição Os termos da adição são chamadas parcelas e o resultado da operação de adição é

Leia mais

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES FUNÇÕES O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico de função é o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/59 2 - FUNDAMENTOS 2.1) Teoria dos Conjuntos 2.2) Números

Leia mais

Revisão para a Bimestral 8º ano

Revisão para a Bimestral 8º ano Revisão para a Bimestral 8º ano 1- Quadrado da soma de dois termos Observe: (a + b)² = ( a + b). (a + b) = a² + ab+ ab + b² = a² + 2ab + b² Conclusão: (primeiro termo)² + 2.(primeiro termo). (segundo termo)

Leia mais

AULA 6 LÓGICA DOS CONJUNTOS

AULA 6 LÓGICA DOS CONJUNTOS Disciplina: Matemática Computacional Crédito do material: profa. Diana de Barros Teles Prof. Fernando Zaidan AULA 6 LÓGICA DOS CONJUNTOS Intuitivamente, conjunto é a coleção de objetos, que em geral, tem

Leia mais

Truques e Dicas. = 7 30 Para multiplicar fracções basta multiplicar os numeradores e os denominadores: 2 30 = 12 5

Truques e Dicas. = 7 30 Para multiplicar fracções basta multiplicar os numeradores e os denominadores: 2 30 = 12 5 Truques e Dicas O que se segue serve para esclarecer alguma questão que possa surgir ao resolver um exercício de matemática. Espero que lhe seja útil! Cap. I Fracções. Soma e Produto de Fracções Para somar

Leia mais

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL PARTE FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL.1 Funções Vetoriais de Uma Variável Real Vamos agora tratar de um caso particular de funções vetoriais F : Dom(f R n R m, que são as funções vetoriais de uma

Leia mais

Soluções Nível 1 5 a e 6 a séries (6º e 7º anos) do Ensino Fundamental

Soluções Nível 1 5 a e 6 a séries (6º e 7º anos) do Ensino Fundamental a e 6 a séries (6º e 7º anos) do Ensino Fundamental 1. (alternativa C) Os números 0,01 e 0,119 são menores que 0,12. Por outro lado, 0,1 e 0,7 são maiores que 0,. Finalmente, 0,29 é maior que 0,12 e menor

Leia mais

Equações do primeiro grau

Equações do primeiro grau Módulo 1 Unidade 3 Equações do primeiro grau Para início de conversa... Você tem um telefone celular ou conhece alguém que tenha? Você sabia que o telefone celular é um dos meios de comunicação que mais

Leia mais

MD Teoria dos Conjuntos 1

MD Teoria dos Conjuntos 1 Teoria dos Conjuntos Renato Martins Assunção assuncao@dcc.ufmg.br Antonio Alfredo Ferreira Loureiro loureiro@dcc.ufmg.br MD Teoria dos Conjuntos 1 Introdução O que os seguintes objetos têm em comum? um

Leia mais

.x.y.z A B = {1,2,3,4} Conjunto das Partes CONJUNTOS. Nomenclatura: Conjuntos Letras maiúsculas Elementos Letras minúsculas

.x.y.z A B = {1,2,3,4} Conjunto das Partes CONJUNTOS. Nomenclatura: Conjuntos Letras maiúsculas Elementos Letras minúsculas Nomenclatura: Representação:.x.y.z CONJUNTOS Conjuntos Letras maiúsculas Elementos Letras minúsculas A = {x,y,z}- Entre chaves Diagrama de Euler-Venn Descrição de um Conjunto Enumerado - A= {a,e,i,o,u}

Leia mais

FUNÇÃO REAL DE UMA VARIÁVEL REAL

FUNÇÃO REAL DE UMA VARIÁVEL REAL Hewlett-Packard FUNÇÃO REAL DE UMA VARIÁVEL REAL Aulas 01 a 04 Elson Rodrigues, Gabriel Carvalho e Paulo Luís Ano: 2015 Sumário INTRODUÇÃO AO PLANO CARTESIANO... 2 PRODUTO CARTESIANO... 2 Número de elementos

Leia mais

Introdução. A Informação e sua Representação (Parte III) Universidade Federal de Campina Grande Departamento de Sistemas e Computação

Introdução. A Informação e sua Representação (Parte III) Universidade Federal de Campina Grande Departamento de Sistemas e Computação Universidade Federal de Campina Grande Departamento de Sistemas e Computação Introdução à Computação A Informação e sua Representação (Parte III) Prof.a Joseana Macêdo Fechine Régis de Araújo joseana@computacao.ufcg.edu.br

Leia mais

Aritmética Binária e. Bernardo Nunes Gonçalves

Aritmética Binária e. Bernardo Nunes Gonçalves Aritmética Binária e Complemento a Base Bernardo Nunes Gonçalves Sumário Soma e multiplicação binária Subtração e divisão binária Representação com sinal Sinal e magnitude Complemento a base. Adição binária

Leia mais

Faça uma leitura atenciosa do conteúdo e das situações problemas propostas para compreensão e interpretação.

Faça uma leitura atenciosa do conteúdo e das situações problemas propostas para compreensão e interpretação. Apostila de Cálculo Zero Este material visa auxiliar os estudos em Matemática promovendo a revisão de seu conteúdo básico, de forma a facilitar o aprendizado nas disciplinas de cálculo e também melhorar

Leia mais

POLINÔMIOS. x 2x 5x 6 por x 1 x 2. 10 seja x x 3

POLINÔMIOS. x 2x 5x 6 por x 1 x 2. 10 seja x x 3 POLINÔMIOS 1. (Ueg 01) A divisão do polinômio a) x b) x + c) x 6 d) x + 6 x x 5x 6 por x 1 x é igual a:. (Espcex (Aman) 01) Os polinômios A(x) e B(x) são tais que A x B x x x x 1. Sabendo-se que 1 é raiz

Leia mais

CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES

CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES CAPÍTULO 3 - TIPOS DE DADOS E IDENTIFICADORES 3.1 - IDENTIFICADORES Os objetos que usamos no nosso algoritmo são uma representação simbólica de um valor de dado. Assim, quando executamos a seguinte instrução:

Leia mais

MATEMÁTICA I AULA 07: TESTES PARA EXTREMOS LOCAIS, CONVEXIDADE, CONCAVIDADE E GRÁFICO TÓPICO 02: CONVEXIDADE, CONCAVIDADE E GRÁFICO Este tópico tem o objetivo de mostrar como a derivada pode ser usada

Leia mais

2 A Derivada. 2.1 Velocidade Média e Velocidade Instantânea

2 A Derivada. 2.1 Velocidade Média e Velocidade Instantânea 2 O objetivo geral desse curso de Cálculo será o de estudar dois conceitos básicos: a Derivada e a Integral. No decorrer do curso esses dois conceitos, embora motivados de formas distintas, serão por mais

Leia mais

Sistema de Numeração e Aritmética Básica

Sistema de Numeração e Aritmética Básica 1 Sistema de Numeração e Aritmética Básica O Sistema de Numeração Decimal possui duas características importantes: ele possui base 10 e é um sistema posicional. Na base 10, dispomos de 10 algarismos para

Leia mais

Aula: Equações polinomiais

Aula: Equações polinomiais Aula: Equações polinomiais Turma 1 e 2 Data: 05/09/2012-12/09/2012 Tópicos Equações polinomiais. Teorema fundamental da álgebra. Raízes reais e complexas. Fatoração e multiplicação de raízes. Relações

Leia mais

matemática álgebra 2 potenciação, radiciação, produtos notáveis, fatoração, equações de 1 o e 2 o graus Exercícios de potenciação

matemática álgebra 2 potenciação, radiciação, produtos notáveis, fatoração, equações de 1 o e 2 o graus Exercícios de potenciação matemática álgebra equações de o e o graus Exercícios de potenciação. (FUVEST ª Fase) Qual desses números é igual a 0,064? a) ( 80 ) b) ( 8 ) c) ( ) d) ( 800 ) e) ( 0 8 ). (GV) O quociente da divisão (

Leia mais

PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS

PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS 1 - CONCEITO PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS CONJUNTOS Conjunto proporciona a idéia de coleção, admitindo-se coleção de apenas um elemento (conjunto unitário) e coleção sem nenhum elemento (conjunto vazio).

Leia mais

Sumário 1.OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS...2. 1.1 Adição e Subtração de Números Racionais...2. 1.2 Multiplicação e Divisão de Números Racionais...

Sumário 1.OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS...2. 1.1 Adição e Subtração de Números Racionais...2. 1.2 Multiplicação e Divisão de Números Racionais... Sumário 1.OPERAÇÕES COM NÚMEROS RACIONAIS...2 1.1 Adição e Subtração de Números Racionais...2 1.2 Multiplicação e Divisão de Números Racionais...2 2.OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS...4 2.1 Adição e Subtração

Leia mais

FUNÇÃO DO 1º GRAU. Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência:

FUNÇÃO DO 1º GRAU. Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência: FUNÇÃO DO 1º GRAU Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência: Correspondência: é qualquer conjunto de pares ordenados onde o primeiro elemento pertence ao primeiro

Leia mais

Teoria dos Conjuntos. Prof Elizeu Junior

Teoria dos Conjuntos. Prof Elizeu Junior Teoria dos Conjuntos Prof Elizeu Junior Introdução A teoria dos Conjuntos representa instrumento de grande utilidade nos diversos desenvolvimentos da Matemática, bem como em outros ramos das ciências físicas

Leia mais

Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. I. Conjuntos

Programa de Formação Contínua em Matemática para Professores do 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico. I. Conjuntos I. Conjuntos 1. Introdução e notações 1.1. Relação de pertença 1.2. Modos de representar um conjunto 1.3. Classificação de conjuntos quanto ao número de elementos 1.4. Noção de correspondência 2. Relações

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PIBID-PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA PROVAS E DEMONSTRAÇÕES EM MATEMÁTICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PIBID-PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA PROVAS E DEMONSTRAÇÕES EM MATEMÁTICA 1 DOCÊNCIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ PIBID-PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO A PROVAS E DEMONSTRAÇÕES EM MATEMÁTICA Fabio da Costa Rosa Fernanda Machado Greicy Kelly Rockenbach da Silva

Leia mais

MATEMÁTICA PRINCÍPIOS

MATEMÁTICA PRINCÍPIOS MTEMÁTI PRINÍPIOS PÍTULO NÚMEROS oneões Podemos imaginar um campo de futebol no qual desejamos ir de uma trave à outra. Pode-se seguir este raciocínio: Na caminhada, em determinado momento, estaremos na

Leia mais

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU FUNÇÃO IDENTIDADE... FUNÇÃO LINEAR... FUNÇÃO AFIM... GRÁFICO DA FUNÇÃO DO º GRAU... IMAGEM... COEFICIENTES DA FUNÇÃO AFIM... ZERO DA FUNÇÃO AFIM... 8 FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES... 9 SINAL DE UMA

Leia mais

INSTITUTO TECNOLÓGICO

INSTITUTO TECNOLÓGICO PAC - PROGRAMA DE APRIMORAMENTO DE CONTEÚDOS. ATIVIDADES DE NIVELAMENTO BÁSICO. DISCIPLINAS: MATEMÁTICA & ESTATÍSTICA. PROFº.: PROF. DR. AUSTER RUZANTE 1ª SEMANA DE ATIVIDADES DOS CURSOS DE TECNOLOGIA

Leia mais

O B. Podemos decompor a pirâmide ABCDE em quatro tetraedros congruentes ao tetraedro BCEO. ABCDE tem volume igual a V = a2.oe

O B. Podemos decompor a pirâmide ABCDE em quatro tetraedros congruentes ao tetraedro BCEO. ABCDE tem volume igual a V = a2.oe GABARITO - QUALIFICAÇÃO - Setembro de 0 Questão. (pontuação: ) No octaedro regular duas faces opostas são paralelas. Em um octaedro regular de aresta a, calcule a distância entre duas faces opostas. Obs:

Leia mais

Corpos. Um domínio de integridade finito é um corpo. Demonstração. Seja D um domínio de integridade com elemento identidade

Corpos. Um domínio de integridade finito é um corpo. Demonstração. Seja D um domínio de integridade com elemento identidade Corpos Definição Um corpo é um anel comutativo com elemento identidade em que todo o elemento não nulo é invertível. Muitas vezes é conveniente pensar em ab 1 como sendo a b, quando a e b são elementos

Leia mais

I. MATEMÁTICA FINANCEIRA - ANDRÉ ARRUDA TAXAS DE JUROS. Taxas Proporcionais

I. MATEMÁTICA FINANCEIRA - ANDRÉ ARRUDA TAXAS DE JUROS. Taxas Proporcionais 1º BLOCO...2 I. Matemática Financeira - André Arruda...2 2º BLOCO...6 I. Matemática - Daniel Lustosa...6 3º BLOCO... 10 I. Tabela de Acumulação de Capital... 10 I. MATEMÁTICA FINANCEIRA - ANDRÉ ARRUDA

Leia mais

Dicas para a 6 a Lista de Álgebra 1 (Conteúdo: Homomorfismos de Grupos e Teorema do Isomorfismo para grupos) Professor: Igor Lima.

Dicas para a 6 a Lista de Álgebra 1 (Conteúdo: Homomorfismos de Grupos e Teorema do Isomorfismo para grupos) Professor: Igor Lima. Dicas para a 6 a Lista de Álgebra 1 (Conteúdo: Homomorfismos de Grupos e Teorema do Isomorfismo para grupos) Professor: Igor Lima. 1 /2013 Para calcular Hom(G 1,G 2 ) ou Aut(G) vocês vão precisar ter em

Leia mais

CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS

CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS 15 CÁLCULO DE ZEROS DE FUNÇÕES REAIS Um dos problemas que ocorrem mais frequentemente em trabalhos científicos é calcular as raízes de equações da forma: f() = 0. A função f() pode ser um polinômio em

Leia mais

Notas de Cálculo Numérico

Notas de Cálculo Numérico Notas de Cálculo Numérico Túlio Carvalho 6 de novembro de 2002 2 Cálculo Numérico Capítulo 1 Elementos sobre erros numéricos Neste primeiro capítulo, vamos falar de uma limitação importante do cálculo

Leia mais

Análise de Arredondamento em Ponto Flutuante

Análise de Arredondamento em Ponto Flutuante Capítulo 2 Análise de Arredondamento em Ponto Flutuante 2.1 Introdução Neste capítulo, chamamos atenção para o fato de que o conjunto dos números representáveis em qualquer máquina é finito, e portanto

Leia mais

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO 0. Introdução Por método numérico entende-se um método para calcular a solução de um problema realizando apenas uma sequência finita de operações aritméticas. A obtenção

Leia mais

Solução da prova da 1 a fase OBMEP 2008 Nível 1

Solução da prova da 1 a fase OBMEP 2008 Nível 1 OBMEP 00 Nível 1 1 QUESTÃO 1 Como Leonardo da Vinci nasceu 91 anos antes de Pedro Américo, ele nasceu no ano 14 91 = 145. Por outro lado, Portinari nasceu 451 anos depois de Leonardo da Vinci, ou seja,

Leia mais

As fases na resolução de um problema real podem, de modo geral, ser colocadas na seguinte ordem:

As fases na resolução de um problema real podem, de modo geral, ser colocadas na seguinte ordem: 1 As notas de aula que se seguem são uma compilação dos textos relacionados na bibliografia e não têm a intenção de substituir o livro-texto, nem qualquer outra bibliografia. Introdução O Cálculo Numérico

Leia mais

Circuitos Digitais. Engenharia de Automação e Controle Engenharia Elétrica. São Paulo 2014. Prof. José dos Santos Garcia Neto

Circuitos Digitais. Engenharia de Automação e Controle Engenharia Elétrica. São Paulo 2014. Prof. José dos Santos Garcia Neto Engenharia de Automação e Controle Engenharia Elétrica Circuitos Digitais Prof. José dos Santos Garcia Neto São Paulo 2014 Prof. José dos Santos Garcia Neto 1 Introdução Esta apostila tem como objetivo

Leia mais

Estruturas Discretas INF 1631

Estruturas Discretas INF 1631 Estruturas Discretas INF 1631 Thibaut Vidal Departamento de Informática, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Rua Marquês de São Vicente, 225 - Gávea, Rio de Janeiro - RJ, 22451-900, Brazil

Leia mais

Conteúdo Programático Anual MATEMÁTICA

Conteúdo Programático Anual MATEMÁTICA MATEMÁTICA 1º BIMESTRE 5ª série (6º ano) CALCULANDO COM NÚMEROS NATURAIS 1. Idéias associadas à adição 2. Idéias associadas à subtração 3. Idéias associadas à multiplicação 4. Idéias associadas à divisão

Leia mais

PROVA DE MATEMÁTICA DA UFBA VESTIBULAR 2010 1 a Fase. RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia.

PROVA DE MATEMÁTICA DA UFBA VESTIBULAR 2010 1 a Fase. RESOLUÇÃO: Profa. Maria Antônia Gouveia. PROVA DE MATEMÁTICA DA UFBA VESTIBULAR 010 1 a Fase Profa Maria Antônia Gouveia QUESTÃO 01 Sobre números reais, é correto afirmar: (01) Se m é um número inteiro divisível por e n é um número inteiro divisível

Leia mais

Análise Combinatória. Prof. Thiago Figueiredo

Análise Combinatória. Prof. Thiago Figueiredo Análise Combinatória Prof. Thiago Figueiredo (Escola Naval) Um tapete de 8 faixas deve ser pintado com cores azul, preta e branca. A quantidade de maneiras que podemos pintar esse tapete de modo que as

Leia mais

Breve referência à Teoria de Anéis. Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/2006 191 / 204

Breve referência à Teoria de Anéis. Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/2006 191 / 204 Breve referência à Teoria de Anéis Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/2006 191 / 204 Anéis Há muitos conjuntos, como é o caso dos inteiros, dos inteiros módulo n ou dos números reais, que consideramos

Leia mais

Matriz Curricular de Matemática 6º ao 9º ano 6º ano 6º Ano Conteúdo Sistemas de Numeração Sistema de numeração Egípcio Sistema de numeração Romano Sistema de numeração Indo-arábico 1º Trimestre Conjunto

Leia mais

APOSTILA DE MATEMÁTICA BÁSICA PARA E.J.A.

APOSTILA DE MATEMÁTICA BÁSICA PARA E.J.A. CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE CURITIBA C.E.E.P CURITIBA APOSTILA DE MATEMÁTICA BÁSICA PARA E.J.A. Modalidades: Integrado Subseqüente Proeja Autor: Ronald Wykrota (wykrota@uol.com.br) Curitiba

Leia mais

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2

O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 3.2 O Espaço Nulo de A: Resolvendo Ax = 0 11 O ESPAÇO NULO DE A: RESOLVENDO AX = 0 3.2 Esta seção trata do espaço de soluções para Ax = 0. A matriz A pode ser quadrada ou retangular. Uma solução imediata

Leia mais

ficha 3 espaços lineares

ficha 3 espaços lineares Exercícios de Álgebra Linear ficha 3 espaços lineares Exercícios coligidos por Jorge Almeida e Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico 2 o semestre 2011/12 3 Notação Sendo

Leia mais

Sistemas Lineares. Módulo 3 Unidade 10. Para início de conversa... Matemática e suas Tecnologias Matemática

Sistemas Lineares. Módulo 3 Unidade 10. Para início de conversa... Matemática e suas Tecnologias Matemática Módulo 3 Unidade 10 Sistemas Lineares Para início de conversa... Diversos problemas interessantes em matemática são resolvidos utilizando sistemas lineares. A seguir, encontraremos exemplos de alguns desses

Leia mais

Aluno: Fatorar é transformar uma expressão num produto indicado, ou seja, numa multiplicação de dois ou mais fatores.

Aluno: Fatorar é transformar uma expressão num produto indicado, ou seja, numa multiplicação de dois ou mais fatores. 8º ANO LISTA 1 de fatoração AV 1 3º Bim. Escola adventista de Planaltina Professor: Celmo Xavier. Aluno: Fatorar é transformar uma expressão num produto indicado, ou seja, numa multiplicação de dois ou

Leia mais

9. Derivadas de ordem superior

9. Derivadas de ordem superior 9. Derivadas de ordem superior Se uma função f for derivável, então f é chamada a derivada primeira de f (ou de ordem 1). Se a derivada de f eistir, então ela será chamada derivada segunda de f (ou de

Leia mais

Maia Vest. Denominamos o fator de base e de expoente; é a n-ésima potência de. Portanto, potência é um produto de fatores iguais.

Maia Vest. Denominamos o fator de base e de expoente; é a n-ésima potência de. Portanto, potência é um produto de fatores iguais. Maia Vest Disciplina: Matemática Professor: Adriano Mariano FUNÇÃO EXPONENCIAL Revisão sobre potenciação Potência de expoente natural Sendo a um número real e n um número natural maior ou igual a 2, definimos

Leia mais

A equação do 2º grau

A equação do 2º grau A UA UL LA A equação do 2º grau Introdução Freqüentemente, ao equacionarmos um problema, obtemos uma equação na qual a incógnita aparece elevada ao quadrado. Estas são as chamadas equações do 2º grau.

Leia mais

8 8 (mod 17) e 3 34 = (3 17 ) 2 9 (mod 17). Daí que 2 67 + 3 34 8 + 9 0 (mod 17), o que significa que 2 67 + 3 34 é múltiplo de 17.

8 8 (mod 17) e 3 34 = (3 17 ) 2 9 (mod 17). Daí que 2 67 + 3 34 8 + 9 0 (mod 17), o que significa que 2 67 + 3 34 é múltiplo de 17. Prova Teoria de Números 23/04/203 Nome: RA: Escolha 5 questões.. Mostre que 2 67 + 3 34 é múltiplo de 7. Solução: Pelo teorema de Fermat 2 6 (mod 7 e 3 7 3 (mod 7. Portanto, 2 67 = 2 64+3 = ( 2 6 4 8 8

Leia mais

Exemplo de Subtração Binária

Exemplo de Subtração Binária Exemplo de Subtração Binária Exercícios Converta para binário e efetue as seguintes operações: a) 37 10 30 10 b) 83 10 82 10 c) 63 8 34 8 d) 77 8 11 8 e) BB 16 AA 16 f) C43 16 195 16 3.5.3 Divisão binária:

Leia mais